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Mas talvez não seja assim que funciona. O que tinha para dar errado? O que
tinha para trazer o sofrimento? Em meio a tantas coisas, em meio a tantos inocentes
planos, o que havia de pedras no caminho?
Eu olho e me pergunto: Por que você errou dessa forma? Mas o seu olhar diz
sobre os erros que foram meus. Erros. Seus erros. Seus erros perseguirão tudo. Todos
esses erros, também podem ser meus. Meus erros. A culpa está em quem?
"Eu conhece-te como a palma da minha mão, mas conheço mesmo? Como pôde
fazer isso comigo?" — "Você me conhecia como parte de si mesmo, como dizes que
não sabe quem sou mais?"
Verdades dolorosas sobem ao clima, dores profundas de feridas abertas por nós
mesmos se expandem em nosso ser. Como tamparemos isso? Como ficará o futuro? E
todos os planos? Já não são nada além de pó: e o pó deve ser esquecido.
Para continuarmos caminhando, o caminho não deve se cruzar. A dor de olhar e
ver que tudo foi erro é grande, mas haverá esquecimento. Assim devemos estar:
Nós dois... E o silêncio, de dois estranhos que nunca conversaram. Não se a o
que falar, não se a o que fazer. O que pensar ao estarmos juntos em momentos de
completo silêncio?
"Nós somos estranhos um para o outro."