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PSICOLOGIA CRISTÃ
Professora: Rebeca Lima
1º Semestre de 2021.
IBEN – Instituto Bíblico Evangélico Nazareno 2
PSICOLOGIA CRISTÃ
ÍNDICE
Página
INTRODUÇÃO 3
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA
1. O QUE É PSICOLOGIA
Definição: A palavra Psicologia é formada de duas palavras gregas: psique, que significa alma, e
logos, que significa estudo, ciência. Portanto, Psicologia significa estudo da alma. Com o
passar do tempo, a palavra psicologia tem sido usada para indicar o estudo da mente e do
comportamento. A definição mais aceita pelos psicólogos é a seguinte: Psicologia é a ciência
do comportamento humano.
A Psicologia só foi considerada ciência no fim do século XIX, quando os estudiosos
empregaram métodos de observação cuidadosos e sistemáticos e mensuração dos
acontecimentos, muitas vezes com o auxílio de experimentos planejados especificamente para
isso.
Freud é amplamente considerado como o psicólogo mais influente da nossa época; dos seus
experimentos se originaram várias teorias. Seus estudos se basearam nas observações que se
processaram tanto em seus pacientes com distúrbios mentais como em pacientes normais. De
acordo com Freud, a psiquê humana é constituída de três sistemas principais de forças
psicológicas que, interagindo dinamicamente, provocam o comportamento do indivíduo:
ID EGO SUPEREGO
Toda esta dinâmica do comportamento humano vai sendo desenvolvida no decorrer da vida,
através das experiências de cada um, das aprendizagens, das punições, das repressões, de
traumas, etc. Este conjunto todo vai determinar como será nosso comportamento em cada
situação.
“Não podemos entender as razões que levam uma pessoa a se comportar de determinada
maneira enquanto não tentarmos ver o mundo a partir do seu ponto de vista” – Gary Collins.
2. A PSICOLOGIA E O CRISTIANISMO
A Psicologia deve ser utilizada no meio cristão como uma ferramenta que auxilie na
compreensão dos problemas, dos conflitos e dos relacionamentos do ser humano.
Sendo Deus o Criador do mundo e do ser humano em particular, Ele com certeza conhece toda
a complexidade do nosso ser, das nossas emoções, reações e sentimentos. Daí porque não
podemos utilizar a Psicologia sem conhecer a Palavra de Deus, e o que Deus diz a respeito do
ser humano.
Rm 9:20 – “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?!”
Sl 139:1-18 – A Onisciência de Deus
Is 40:12-31 – A Onipotência de Deus
Larry Crabb em seu livro Como Compreender as Pessoas (Ed. Vida), diz: “Ao tentar desenvolver
um modelo de aconselhamento, inicio com a certeza de que devo permitir que meu estudo da
Palavra de Deus controle meu pensamento mais do que quaisquer outras informações.” (p.47)
E “Os dados reais da pesquisa psicológica não podem, naturalmente, ser desconsiderados.
Precisamos enfrentar o que observamos e depois nos achegar às Escrituras para entendermos
o porque da existência dos dados e de que maneira devemos reagir ao que observamos. Mas,
em cada caso, a instrução da Escritura deve ser a palavra final.” (p.48)
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A natureza humana
o É pecaminosa – Rm 7:18-25; Gl 5:16,17; Jr 17:9; Mc 7:21-23
A Palavra de Deus
o Nos ensina como agir – II Tm 3:14-17 (Timóteo recebeu o ensinamento em sua
casa); Sl 119:9,11 (obedecer para não pecar); Sl 119:67,71 (as aflições produzem
crescimento)
A escolha do homem
o Livre arbítrio – Jo 1:12 (escolhemos seguir a Jesus); Gl 5:13,16 (escolhemos não dar
ocasião à carne); Sl 119:15,30,44-48 (escolhemos obedecer à Palavra de Deus)
O homem tem liberdade de viver sua própria vida, de tomar suas próprias decisões morais.
Isso significa que existe sempre dentro do homem uma tensão entre Deus e a vontade
egocêntrica do homem. Essa tensão dificulta a vida, dela resultam nossos constantes conflitos
morais, tormentos internos e sentimentos de culpa.
O homem que decide seguir o caminho de Deus conta com o próprio Criador para ajudá-lo nas
suas dificuldades. É mais fácil para o cristão entender e tratar seus problemas emocionais do
que para aquele que não conhece a Deus. Há muitos textos bíblicos que falam também sobre
casamento, família, filhos, finanças, conduta moral, etc.
Exemplos:
Fp 4:6 – ansiedade
Hb 4:16 - misericórdia, graça, socorro
Is 26:3,4 – confiança
Is 40:29-31 - renovação
Outros versículos:
Fp 1:6 -
Is 51:12 -
Is 49:15,16 -
Is 43:1,2 –
Is 41:9,10 –
Js 1:9 –
Sl 37:4,5,7 –
Sl 40:1-3 –
Mt 5:4 –
Sl 4:4,8 –
Ec 3:11,14 -
II Tm 1:7 -
Jo 16:33 –
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Unidade II
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
1. Tipos de Personalidade
Extrovertido – o tipo de pessoa que tem uma orientação dirigida para fora, para o mundo
objetivo das coisas e dos acontecimentos; está interessado fundamentalmente nas
atividades sociais e nas atividades práticas; é racionalista e realista. Exterioriza os seus
sentimentos, é aberto a intercâmbios afetivos e intelectuais e se abre ao contato com
outros.
2. Abrangência da Personalidade
Como o físico e a inteligência, o temperamento pode ser alterado (dentro de certos limites) no
decurso da aprendizagem e das experiências de vida. O temperamento pode alterar-se
durante o desenvolvimento da personalidade.
Existe uma teoria antiga de que o temperamento seria determinado pelos “humores”
(secreções glandulares) do corpo. Embora esta teoria não esteja de acordo com o
conhecimento moderno de Fisiologia, os quatro tipos de temperamento ainda são aceitos
hoje:
Sanguíneo – tipo amigável, falador, gosta de ser o centro das atenções, ousado, têm forte
tendência a agir com base em seus impulsos e só pensar depois de agir, parece sempre ansioso
em agradar os outros, não gosta de estar só, se interessa pelas pessoas.
Colérico – tem vontade forte e espírito determinado, tem iniciativa, é ativo, tem forte
tendência para liderança, organizado, autoconfiante e auto-suficiente, sempre diz o que pensa
mesmo que não agrade aos outros.
IDENTIDADE – dados biográficos de cada um: nome, sexo, idade, parentesco, profissão,
religião, aparência, pensamento próprio.
3. A Formação da Personalidade
Fatores hereditários (inatos) – ainda não são totalmente explicados, embora as diferenças
já sejam visíveis nos bebês. Ex. físico, temperamento, inteligência.
4. Mecanismos de Defesa
Os uso dos Mecanismos de Defesa jamais resolvem o verdadeiro problema, apenas aliviam a
ansiedade. Se ocorrerem com intensidade, podem vir a tornar-se desordem mental ou
perturbação psicológica.
II Co 5:17 –
Ef 5:18-21 –
Gl 5:22,23 –
Gl 5:16 –
Gn 17:1 / Mt 5:48 –
QUESTIONÁRIO I
1. Defina Personalidade.
2. Quais são os dois tipos de personalidade, segundo a teoria de Jung?
3. Fale sobre os quatro temperamentos.
4. Explique, em suas palavras, as diferenças entre as definições de Personalidade, Caráter,
Temperamento, Identidade, Organismo e Eu.
5. Como se dá a formação da Personalidade?
6. Qual a função dos Mecanismos de Defesa? Fale sobre três deles, à sua escolha.
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Unidade III
AUTO-IMAGEM
O modelo de áreas de percepção que chamamos de Janela Johari estabelece como cada
indivíduo se relaciona com os outros no meio ambiente. Através de suas palavras e atos,
projeta uma espécie de janela em relação a si mesmo, que é observado pelos outros.
Conhecido Desconhecido
pelo indivíduo pelo indivíduo
ÁREA ABERTA – Conhecida pelo indivíduo e pelos outros. Relações francas, as cartas em cima
da mesa. É a máxima abertura e franqueza do indivíduo dentro do grupo, muitas vezes
expondo seus problemas e sendo ajudado pelos outros.
ÁREA CEGA – Conhecida pelos outros, mas desconhecida pelo indivíduo. Esta área
compreende pensamentos, sentimentos, atitudes, que o indivíduo tem sem se dar conta.
Entretanto, outras pessoas estão cientes destas coisas porque o indivíduo se revela através de
seus atos e de suas palavras.
Ex. pessoa com forte tendência de domínio, de monopólio de discussão; o chato; o
preconceituoso.
ÁREA SECRETA – Conhecida pelo indivíduo, mas desconhecida pelos outros. Consiste nos
sentimentos, motivações, etc., que o indivíduo tem, mas guarda escondido por alguma razão,
muitas vezes porque considera a revelação como imprópria ou vergonhosa.
Ex. maus pensamentos / julgamentos com relação a outra pessoa; pensamentos ou atitudes
imorais e pervertidas; certos medos e fraquezas.
ÁREA DESCONHECIDA – Desconhecida pelo indivíduo e pelos outros. Compreende aquilo que
ainda não foi explorado, continua latente, inconsciente, simplesmente desconhecido. Somente
em situações inusitadas é que haverá possibilidade de aparecerem.
Ex. covardia; medos; fraquezas; situação de assalto.
Todas estas áreas da nossa percepção são conhecidas por Deus, até mesmo a Área
Desconhecida. Tem coisas que só Deus sabe a respeito de nós – Salmo 139.
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Uma forma de nos conhecermos melhor é observarmos e analisarmos o que os outros pensam
a nosso respeito, qual a impressão que tem de nós (Área Cega). Teremos dificuldade de aceitar
algumas coisas, mas serão importantes para o nosso aperfeiçoamento. As críticas construtivas
e colocadas com sabedoria são importantes para isso.
Também devemos procurar, na medida do possível, mostrar quem somos e o que pensamos
(Área Secreta), para vencermos também obstáculos que se encontram nessa área da nossa
vida, e mudarmos o que precisa ser mudado. Nesta área provavelmente vamos precisar de um
Aconselhamento espiritual competente.
DEUS
ESPÍRITO
Culpa
Auto-imagem negativa
CORPO
Ações Reações
O Espírito de Deus não pode fluir através de uma alma “bloqueada” por sentimentos negativos
– falta liberdade.
O corpo sofre, muitas vezes, as consequencias das feridas e doenças da alma –
psicosomatização.
Ex. ansiedade, raiva, dores inexplicáveis, alergias, quedas de cabelo, etc..
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2. O que é Auto-Imagem
Cada um de nós traz consigo outro retrato de si mesmo, a fotografia mais importante do que
qualquer outra em nossa carteira. A este nosso retrato mental chamamos de auto-imagem.
Muitos de nós ficariam embaraçados se nosso coração se abrisse como uma carteira e alguém
acidentalmente visse o que pensamos de nós mesmos.
Quer gostemos ou não, nossa auto-imagem exerce grande influência em nosso bem estar
emocional e espiritual. Temos a tendência de agir em harmonia com nosso auto-retrato. Se
não gostamos do tipo de pessoa que somos, achamos que mais ninguém gosta de nós. Esta
atitude influencia nossa vida social, nosso desenvolvimento profissional e o relacionamento
com outras pessoas.
AUTO-IMAGEM
Senso de
Valor
Senso de Senso de
Aceitação Competência
Senso de Valor – Consciência da importância de sua existência; que faz diferença para as
outras pessoas.
Ex. a importância das palavras dos pais para os filhos. O filho vai Ter a história que os pais
escrevem.
Senso de Competência – Consciência de ser capaz de realizar determinadas coisas que são
importantes.
Ex. criança começando a andar, aprendendo a calçar, etc.
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3. Formação da auto-imagem
Deus
o Que direito você tem de menosprezar uma pessoa a quem Deus tanto ama? – Jo 3:16
o Que direito você tem de depreciar uma pessoa a quem Deus honrou tanto? – I Jo 3:1,2
/ Ef 1:3-5
o Que direito você tem de menosprezar a quem Deus dá tanto valor? – Rm 5:8 / Ef 2:4-
5,6
o Que direito você tem de depreciar uma pessoa de quem Deus cuida com tanto carinho?
– Mt 7:11 / Mt 6:26,28-30
o Que direito você tem de depreciar uma pessoa que Deus criou com planejamento tão
cuidadoso? – Sl 139:13,14
o Que direito você tem de depreciar uma pessoa em quem Deus se compraz? – Sl 37:23 /
Pv 11:20
Pessoas com auto-imagem inadequada preocupam-se com as opiniões, elogios ou críticas dos
outros como fatores determinantes da maneira como vão se sentir ou pensar num dado
momento. São escravos da opinião dos outros e não se sentem livres para serem eles mesmos.
Muitas pessoas olham para si mesmas mais de acordo com o auto-retrato formado no início da
vida do que de acordo com as suas realizações com adultos. Exteriormente demonstram Ter
alcançado sucesso, mas interiormente sentem-se deprimidos e ansiosos por causa da auto-
imagem pobre que desenvolveram na infância. Aparentemente são fortes e resistentes, mas
na verdade são frágeis e, em situações de crise, o alicerce inadequado da auto-imagem fica
evidente.
Pessoas com frágil senso de valor esperam ser enganadas, rejeitadas, censuradas, aguardam o
pior e muitas vezes criam motivos para Ter medo, lutam com a tensão de “tentarem ser
aceitos” sem acreditar que o serão.
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É possível perceber a diferença que a iluminação correta pode fazer em uma fotografia, ou a
distorção que uma sombra escura produz. Saber que temos grande valor aos olhos de Deus
pode iluminar nosso auto-retrato. Por outro lado, o pecado resultante de nossa natureza
pecaminosa, pode jogar uma sombra sobre nossa auto-imagem.
Pessoas que tem um bom senso de valor sentem-se importantes, acreditam que tem valor e
que o mundo é um lugar melhor porque elas estão aqui. Aceita a si mesmas como agradáveis a
Deus e acreditam em si mesmos como parte da criação de Deus, amadas, valorizadas e
capazes, pecadores por natureza, mas redimidos e reconciliados com Deus para se tornarem
tudo o que Deus deseja que sejam.
AUTO-AVALIAÇÃO
- Examine sua auto-imagem e veja como você se encontra. Está satisfeito(a) com o que
você é nesta altura da vida, presumindo-se que ambicione um maior desenvolvimento
pessoal no futuro? _____________________________________
- Você tem uma visão exagerada de si mesmo, quando se compara com outras pessoas?
__________________________________________________________
- Anote cinco pontos fortes e cinco pontos fracos que você observa em si mesmo.
Pontos Fortes:
1. ________________________________________________________________
2. ________________________________________________________________
3. ________________________________________________________________
4. ________________________________________________________________
5. ________________________________________________________________
Pontos Fracos:
1. ________________________________________________________________
2. ________________________________________________________________
3. ________________________________________________________________
4. ________________________________________________________________
5. ________________________________________________________________
- Qual das listas você levou mais tempo para relacionar, os pontos fortes ou fracos?
____________________________________________________________
- Isto lhe diz alguma coisa sobre a sua auto-imagem? O que? _________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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QUESTIONÁRIO II
Unidade IV
O DESENVOLVIMENTO DAS EMOÇÕES
A emoção é uma força motivadora dos problemas humanos. Está na raiz de guerras,
assassinatos, conflito racial e todos os outros conflitos entre pessoas. Por outro lado, a emoção
é o sal da vida; as coisas seriam bem monótonas sem a emoção.
Muitas vezes os cristãos ficam confusos com toda esta questão de sentimentos. Alguns
pensam que, se você anda com o Senhor, confessando todo o pecado conhecido, então
sempre se sentirá bem. Outros ensinam que é possível ao crente Ter emoções negativas, mas
essas devem ser mantidas trancadas a sete chaves e nunca expressas. Para estas pessoas, as
emoções infelizes são uma vergonha para o testemunho cristão e assim não devem jamais ser
vistas. Estes sentimentos produzem hipócritas espirituais.
Todos nós nos sentimos mal algumas vezes. E todos os “maus sentimentos” não são
moralmente maus. Alguns sentimentos negativos, mesmo que muito dolorosos, são
perfeitamente aceitáveis, são experiências normais no andar cristão e podem coexistir com um
senso profundo de gozo e paz. Outras emoções negativas são resultado de pensamentos e
vivências pecaminosos. Mas mesmo estes não devem ser abafados e enterrados, e sim
enfrentados com um exame de suas causas e fazendo algo construtivo para melhorar.
“O cristianismo nunca foi planejado como uma risada após a outra” (L. Crabb). Crentes que não
entendem isso por vezes se sentem culpados e questionam sua fé cristã se não estiverem
conscientemente felizes o tempo todo. O apóstolo Paulo não estava sempre “vibrando” e o
próprio Jesus soube o que era sentir ira, solidão e angústia. Então não devemos nos
surpreender se nós também passarmos por tempos extremamente angustiosos.
1. ANSIEDADE
Como uma reação a um perigo identificável (muitos escritores chamam isto de “medo” em
lugar de ansiedade). Ex. soldado na guerra; animal perigoso
Em resposta a um perigo imaginário, quando a pessoa sente que alguma coisa terrível vai
acontecer, mas não sabe o que é nem por quê. Pode não estar relacionado a um perigo
real externo, mas uma expressão de conflitos interiores.
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Existem vários tipos de ansiedade, que podem variar de intensidade. A ansiedade moderada
talvez seja desejável e sadia, porque com frequência motiva e ajuda as pessoas a evitarem
situações perigosas. Ex. segurar-se no alto de um prédio; não reagir a um assalto; a expectativa
por uma entrevista de emprego; apreensão antes de falar em público.
Desempenho
Ansiedade
A Bíblia e a Ansiedade
2. STRESS
Este termo está sendo bastante utilizado hoje para definir qualquer situação de cansaço ou
ansiedade extrema, seja por causa do trânsito, do excesso de trabalho ou estudo, problemas
familiares, etc..
Mas o conceito de Stress vai um pouco além dessa utilização popular. Pode ser definido como
um conjunto de reações e estímulos que causam distúrbios no equilíbrio do organismo,
frequentemente com efeitos danosos; é decorrente de uma situação enfrentada pelo indivíduo
onde existe um grande desgaste físico, mental e/ou emocional, com o qual o indivíduo não
consegue lidar, ou seja, não pode “fugir” nem “atacar”.
Sintomas do Stress
o Imobilidade – baixa atividade física e psíquica
Dificuldade para tomar decisões
Dificuldade de concentração
Preocupação excessiva / ansiedade
Esquecimentos (compromissos, prazos)
o Falta de apetite
o Queda de temperatura – frio / palidez
o Pressão baixa ou Hipertensão
o Súbita explosão de raiva
o Sensação de inconformidade – nada está bom
o Mal estar geral
o Dores (em alguns casos)
Origens do Stress:
o Somatogênicas – originadas do próprio corpo: doenças, dores, cansaço extremo,
sobrecarga de trabalho, falta de descanso adequado
o Psicogênicas – ira, fúria, raiva, sofrimento – situações nas quais se sente perda de
perspectiva, infelicidade, pressão ou ameaça, expectativa do pior
o Confiança em Deus – “Não sei o que o futuro reserva, mas sei quem controla o futuro”.
Esta convicção pode trazer grande segurança para a pessoa que aprende a andar em
contato diário com Deus. A Bíblia encoraja o confronto realista dos problemas e
flexibilidade na tomada de decisões. Isto capacita o indivíduo a crescer e adaptar-se às
mudanças ou ao perigo, enquanto conservam a confiança na soberania e sabedoria de
um Deus Todo-Poderoso.
Construir a auto-estima
Evitar o distanciamento das pessoas – manter contato com amigos e construir
novos relacionamentos
Buscar a ajuda de Deus e de outras pessoas para satisfazer nossas necessidades
Aprender a comunicar-se
Aprender alguns princípios e técnicas de descontração
Avaliar periodicamente nossas prioridades, objetivos de vida e controle do
tempo
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3. SOLIDÃO
Sentir-se solitário é tomar consciência de que falta um contato significativo com os outros. A
solidão envolve um sentimento íntimo de vazio que pode ser acompanhado de tristeza,
desânimo, sensação de isolamento, inquietação, ansiedade e um desejo intenso de ser amado
e necessário a alguém.
o Solidão Existencial – refere-se ao sentido de isolamento que vem quando a pessoa está
afastada de Deus e sente que a vida não tem significado ou propósito. Estas pessoas
precisam de uma comunhão e relação crescentes com Deus, de preferência ao lado de
crentes interessados e que lhe dêem atenção.
Causas da Solidão
o Causas Sociais
Tecnologia – as pessoas sentem-se menores e menos necessárias, desenvolvem
relações superficiais e impessoais. Ex. internet
Mobilidade – transporte próprio, promessa de uma vida melhor em outra região ou
país
Urbanização – Novos vizinhos, medo de estranhos, ansiedade pelo sossego
Televisão – Comunicação unilateral, superficialidade nos relacionamentos
o Causas de Desenvolvimento
Necessidade de Afeição – carência afetiva no desenvolvimento da criança,
principalmente filhos de pais separados ou mães que trabalham fora.
Necessidade de Aceitação – é transmitida pelos pais através do toque, gastando
tempo com eles, ouvindo, disciplinando, mostrando afeição. Gera dificuldade de
confiança nas pessoas e o desenvolvimento de relacionamentos íntimos.
o Causas Psicológicas
Baixa auto-estima – refere-se à opinião que temos de nós mesmos.
Incapacidade de Comunicação – quando a pessoa não quer ou não sabe comunicar-
se
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o Causas Situacionais
Condições especiais em que a pessoa se encontra: solteiros, viúvos, idosos,
estrangeiros, deformados fisicamente ou doentes.
o Causas Espirituais
Pecados não reconhecidos e confessados, culpa, rebelião contra Deus, ignorância
da preocupação de Deus com sua vida
A Bíblia e a Solidão
“Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. Na
comunhão com Deus e um com o outro, Adão e Eva não se sentiam isolados nem solitários.
Davi queixou-se certa vez por sentir-se sozinho e aflito – Sl 25:16
Paulo pede pela presença de Timóteo, porque havia sido abandonado pelos outros irmãos – II
Tm 4:9-12
A Bíblia inteira se concentra na nossa necessidade de comunhão com Deus e com nossos
semelhantes, especialmente cristãos, necessidade de amar, ajudar, encorajar, perdoar e cuidar
uns dos outros.
Prevenção da Solidão
4. DEPRESSÃO
A depressão (antes chamada de melancolia) é algo que todos experimentam até certo ponto e
em períodos diferentes da vida. É comparada com o “vale da sombra da morte”, ou “dias
sombrios”, quando nos arrastamos pesadamente através do desânimo, desespero, dúvida e
confusão. Esses períodos podem se estender às vezes durante meses ou mesmo anos. Quando
persistem, os dias sombrios são dias de depressão.
Sinais da Depressão
o Tristeza
o Choro fácil
o Apatia, inércia - torna difícil continuar vivendo ou tomar decisões
o Perda de energia e fadiga - normalmente acompanhada de insônia
o Pessimismo e desesperança
o Medo
o Auto-imagem negativa
o Sentimentos de culpa e desamparo
o Perda de interesse no trabalho, sexo e atividades usuais, perda de espontaneidade
o Dificuldade de concentração
o Perda de apetite.
Causas da Depressão
A Bíblia e a Depressão
A depressão é um termo clínico, não discutido na Bíblia, mas várias descrições bíblicas
sugerem o problema.
Salmos – 88, 102, 142; Jó – 3; Moisés – Nm 11:10-15; Pedro – Mt 26:75; Jesus – Mt 26:37,38.
A Bíblia trata este sentimento com realismo contrastado com uma certa esperança. Cada um
dos crentes que afundou na depressão, eventualmente livrou-se dela e experimentou uma
alegria nova e duradoura. A ênfase bíblica é menor na depressão, e maior na fé em Deus e na
certeza de uma vida abundante no céu e aqui mesmo na terra – Mt 11:28-30; Jo 14:1;
15:10,11; Rm 8:28; Sl 43.
Talvez não seja possível nem desejável evitar momentos de desânimo, mas as depressões de
longa duração são evitáveis.
5. IRA / RAIVA
É um estado emocional experimentado vez ou outra por todos. Ocorre em vários graus de
intensidade, desde o aborrecimento leve até à raiva violenta. Sua duração pode ser curta,
surgindo e desaparecendo rapidamente, ou persistindo durante décadas na forma de
amargura, ressentimento e ódio. A ira pode ser destrutiva, especialmente quando persiste na
forma de agressão, falta de perdão ou vingança. E pode ser construtiva, quando nos motiva a
corrigir a injustiça ou pensar criativamente.
Causas da Ira
o Injustiça – é uma das razões mais válidas para a ira, mas é uma das causas menos
comuns. É a razão da ira divina e deveria despertar a ira dos crentes.
o Frustração – é um obstáculo (um acontecimento, pessoa ou barreira física) que impede
nosso progresso em direção a um alvo. Ex. fracassar numa prova importante, perder
uma promoção.
o Ameaça e Mágoa – quando a pessoa é rejeitada, deixada de lado, humilhada, criticada
injustamente, ou ameaçada de qualquer outra forma. Mexem com a nossa auto-
estima, e muitas vezes nos obriga a tomar consciência de nossas imperfeições.
Normalmente a mágoa e a ira andam juntas.
o Aprendizado – observando e ouvindo outros, as pessoas aprendem a tornar-se mais
facilmente iradas e amis agressivas externamente. Ex. a violência na televisão estimula
à intolerância e atos de agressão.
A Bíblia e a Ira
A ira divina e humana é mencionada repetidamente na Bíblia. A ira contra a injustiça é reta e
boa, tanto em Deus como nos seres humanos. Pelo fato de Deus ser sábio, soberano,
poderoso, perfeito e onisciente, ele jamais interpreta mal uma situação, jamais sente-se
ameaçado, não perde nunca o controle, e fica sempre irado com o pecado e a injustiça.
Em contraste, nós humanos interpretamos mal as circunstâncias, cometemos erros de
julgamento, reagimos na hora quando nos sentimos ameaçados ou feridos, e algumas vezes
respondemos com atos de vingança e represália.
Como resultado, a ira humana pode ser prejudicial e perigosa, ela fornece uma brecha para
Satanás – Ef 4:26.
Rm 12:19; 14:4; Ef 4:31; Hb 12:15; Mt 7:1-5; Pv 14:29; 15:18; 29:11,20,22; Tg 1:19; 3:14; 4:1;
5:9; Pv 15:28
o Ensino bíblico
o Evitar situações e pessoas que provoquem ira
o Aprender a avaliar as situações – dominar os pensamentos que dão lugar a esses
sentimentos
o Edificar a auto-estima – a ira é menos destrutiva e mais facilmente controlada quando a
pessoa é segura e não se deixa dominar por sentimentos excessivos de inferioridade ou
desconfiança de sua própria capacidade
o Evitar remoer sentimentos negativos
o Aprender a confrontar – demonstrar mutuamente pensamentos, sentimentos e
desejos, num contexto de amor
o O controle pelo Espírito – a ira descontrolada é uma obra da carne, mas o autocontrole
é parte do fruto do Espírito.
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6. CULPA
Tipos de Culpa
Vários tipos de culpa já foram identificados, e podem ser divididos em duas categorias:
o Culpa Objetiva – existe em separado de nossos sentimentos. Ocorre quando uma lei foi
violada e o transgressor é culpado, embora talvez não se sinta culpado.
Culpa Legal – violação das leis sociais. Ex. roubar, ultrapassar farol vermelho.
Culpa Social – quebrar uma norma não escrita, mas socialmente esperada. Ex.
comportar-se com grosseria, críticas maldosas, ignorar necessitados, etc.
Culpa Pessoal – a pessoa viola os seus padrões pessoais ou resiste aos apelos da
consciência. Ex. tirar férias quando tem muito trabalho no escritório, bater nos
filhos e ficar com remorso, etc.
Culpa Teológica – muitas vezes chamada de culpa verdadeira, envolve a violação
das leis de Deus = pecado.
É possível a pessoa violar todos os padrões acima, e ainda assim não sentir culpa. Ex.
criminosos endurecidos.
o Culpa Subjetiva – está associada aos sentimentos íntimos de remorso, pesar, vergonha
e autocondenação que surge com frequência quando fazemos ou pensamos algo que
sentimos estar errado, deixando de fazer algo que deveria Ter sido feito. Esta culpa
pode gerar perda de auto-estima e sentimentos de solidão, rejeição ou isolamento, e
pode ser destrutiva.
A Bíblia e a Culpa
o Perdão divino – através do sacrifício de Jesus Cristo, que morreu para que todos os
seres humanos pecadores pudessem ser perdoados e restaurados à plena comunhão
com Deus. Exige arrependimento em primeiro lugar. Mc 6:12; At 2:38; 3:19; Rm
3:23,24; Sl 38 (Arrependimento do pecador); Sl 32 (A bem-aventurança de quem
recebe o perdão)
Resultados da culpa por falta de arrependimento e confissão de pecado: problemas
físicos, depressão, tristeza, descontrole.
o Ensinar aos pais que, se forem rígidos e condenadores, exigindo e não sabendo
perdoar, os filhos se sentirão como verdadeiros fracassos, que colabora para produzir
sentimentos de culpa prolongados.
QUESTIONÁRIO III
Unidade V
ACONSELHAMENTO CRISTÃO
O aconselhamento é uma relação em que uma pessoa (o ajudador) busca assistir outro ser
humano nos problemas da vida. “Levar a carga sem o peso de resolver o problema”. (Gl 6:1-5)
o Não é dizer o que a outra pessoa deve fazer, mas orientá-la a buscar a melhor
alternativa, a tomar as suas próprias decisões com confiança e sabedoria (encorajar).
o Não é dizer o que a pessoa quer ouvir, mas sim o que ela precisa ouvir naquele
momento.
o Não é simplesmente uma relação de amizade, mas às vezes requer um distanciamento
emocional para que o aconselhamento possa ser mais eficaz.
o Não é compartilhar a nossa experiência, quando já passamos por problemas
semelhantes, e dizer “eu fiz assim e deu certo; faça isto também”.
Quase todos nós encontramos pessoas que gostariam de desempenhar o papel de conselheiro,
muitas vezes por se tratar de uma atividade fascinante. Na verdade, a maioria das pessoas se
acha capacitada a aconselhar, e o resultado pode ser um estrago na vida da outra pessoa.
O aconselhamento pode ser um trabalho gratificante, mas é uma tarefa árdua,
emocionalmente exaustiva. Requer uma análise da situação, da pessoa, e das consequências
envolvidas.
Quando as pessoas não conseguem melhoras, como acontece com frequência, é fácil o
conselheiro sentir-se culpado e tentar dar mais de si, ou ficar imaginando o que aconteceu de
errado e continuar tentando consertar.
Tipos de Aconselhamento
Qualificações Educacionais
Qualificações Práticas
Qualificações Motivacionais
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO