Você está na página 1de 22

INSTRUMENTAÇÃO PARA

MEDIDAS ELÉTRICAS
Prof. Dr. Uilian José Dreyer

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AVALIAÇÃO
• Análise e apresentação de artigo científico (25%);

• Listas de exercícios (25 %);

• Montagem de instrumentação para monitoramento da


rede elétrica (50 %).

Grando F. et al; COBEP, 2015.


MOTIVAÇÃO
https://www.autodesk.com/products/eagle/
blog/reduce-emi-pcb-design-guidelines/

https://www.ansys.com/-
/media/ansys/corporate/resourcelibrary/
article/aa-v4-i1-solutions-for-pcb-
electromagnetic-interference.pdf
MOTIVAÇÃO
INTRODUÇÃO

• Como funciona um circuito eletrônico?


– Análise senoidal usando leis de Kirchhoff
• Porém: altas frequências, sinais de baixa
intensidade, radiação, interferência e/ou
susceptibilidade
• Ainda: comprimento de fios, sequências de
ligação, orientação dos componentes (Geometria
do circuito), “lead dress”
• Nos últimos 20 anos taxas de comutação
aumentaram de 1 MHz para 1 GHz
*susceptibilidade elétrica de um material dielétrico é a medida de quão facilmente ele se polariza em resposta a um campo elétrico.
CARGAS E ELÉTRONS
• Conceitos básicos de física
•Densidade de carga na superfície da esfera

Q Q

A 4r 2
•A força f que uma carga Q exerce sobre uma carga
de teste q é proporcional ao produto das duas cargas
e inversamente proporcional ao quadrado do raio:
qQ qQ
f   Lei de Coulomb
Força tangencial = aceleração 4 0 r 2
0 A
• A força por unidade de carga ou f/q é a medida da intensidade do campo elétrico
Q Q
E E
4 0 r 2 0 A
A medida da capacidade de um material dielétrico de estabelecer um campo elétrico é denominado de
constante dielétrica, ou permissividade relativa.
CARGAS E ELÉTRONS
• Definição de tensão elétrica
– O trabalho necessário para mover uma carga de teste a uma pequena
distância Δd é f(Δd).
– O trabalho necessário para mover uma carga do infinito até um ponto
r1 :
r1
qQ Q
W   fdr   , dividindo ambos os lados por q V 
4 0 r1 4 0 r1

– Diferença de potencial: Trabalho necessário para mover uma carga


entre dois pontos no espaço em um campo elétrico.

1 1 1
V2  V1    
4 0  r2 r1 

– Não há diferença de potencial sem a presença de um campo elétrico.


SUPERFÍCIE EQUIPOTENCIAL
• Superfícies condutoras são superfícies
equipotenciais independente de sua forma.
Assume-se, então, que cargas nessas superfícies
não estão em movimento.

• Superfícies equipotenciais
indicam a direção de E;
• W=qExdl
PLACAS CONDUTORAS

• A força do campo elétrico entre duas placas


condutoras;
• O trabalho necessário para mover uma unidade
de carga entre as placas é a diferença de tensão
elétrica entre as placas.
Q
W h  Eh
4 0 r 2
PADRÕES DE CAMPO ELÉTRICO
• A distribuição de carga na superfície de um condutor não é
uniforme;
• Não há gradiente de potencial ao longo do plano de terra pois
que as cargas não estão em movimento;
• As cargas se concentram na interface entre o condutor e o
plano de terra;
• Há algumas linhas de campo sobre o condutor;
• As cargas de superfície se concentram nas bordas do
condutor;
• Se DV aumentar lentamente, novas cargas deverão surgir.

•Simulação estática;
•Esta distribuição de
cargas não é
considerada na teoria
de circuitos.
PADRÕES DE CAMPO ELÉTRICO
CONFIGURAÇÕES DE CAMPO ENTORNO DE
UM CABO BLINDADO

• Correntes de superfície podem fluir em um


condutor que não esteja conectado a um
circuito.

•Há apenas a necessidade de haver uma


mudança no campo elétrico no espaço no
entorno do condutor.

• A blindagem não necessariamente


deve ser aterrada para ser eficiente.
ENERGIA ARMAZENADA EM UM CAMPO
ELÉTRICO
• É necessário trabalho para mover uma carga em um campo elétrico.
• Quanto maior o número de cargas movendo-se no espaço, maior a tensão
elétrica entre as placas.

• O trabalho dW necessário para


mover um incremento de carga dq a
uma distância h é: • Integrando em relação a carga de 0
a Q, o trabalho total necessário para
q
dW  fhdq  hdq mover a carga Q é:
0 A Q
qhdq Q 2 h
W  
• Uma vez que E  Q  0 A , o 0
 0 A 2 0 A
trabalho W pode ser escrito como:

1 2 1 2 , onde v é o volume do espaço entre os dois


W  E  0 Ah  E v 0 condutores.
2 2
Sem os condutores existe a radiação!
ENERGIA ARMAZENADA EM UM CAMPO
ELÉTRICO
• Campo elétrico possui características de molas!
• Condutores mantém o campo confinado;
• A geometria de placas de circuitos impressos não são regulares;
• Distribuição de campo não uniforme;
• O cálculo se dá por dV;
• Entre os condutores se armazena energia e também pode causar
interferências.
DIELÉTRICO
• Se o espaço entre placas é preenchido por um material dielétrico isolante,
haverá menor trabalho para mover a carga Q de uma placa para outra;
• A força do campo dentro do material isolante é menor;
• Esse fator de redução é conhecido como R constante dielétrica relativa;
• A força do campo entre os planos no meio dielétrico é dado por:

Q Ex.: Borracha, seda, Mylar (Polietileno


E tereftalato), policarbonato, náilon, epóxi
A 0  R e ar;

Q
• Lembrando: V  , ou seja, quando um material dielétrico
4 0 r1
é inserido entre as placas a tensão elétrica diminui de V/R.
• Se a tensão elétrica é aumentada para V, a quantidade de carga na
superfície é aumentada de um fator R
DIELÉTRICO
1) Qual o motivo de os materiais dielétricos
diminuírem o trabalho para movimentar uma
carga dentro de um campo elétrico?

2) Por quê materiais dielétricos são utilizados em


capacitores? Qual o efeito físico causado?
CAMPO D
• A tensão elétrica entre dois pontos define a intensidade do campo
elétrico E;
• O campo D é originado pela presença de cargas e não é afetado
pela presença de um dielétrico.
• Em transformadores de alta tensão, o óleo dielétrico é usado para
reduzir o campo E entorno do condutor. Essa redução no campo E
reduz a formação de arcos elétricos.

Q
E
4 0 r r 2

D
E
 0 r
CAPACITÂNCIA
• A razão entre carga e tensão elétrica é a capacitância (C=Q/V),
lembrando que V   Q ;
4 0 r1
• Então, para uma esfera localizada em um meio dielétrico:

C  4r 0 R
• Para placas paralelas, com um material dielétrico entre elas a razão
Q/V é
 0 R A
C
h
• Três fatores são importantes: proporcional à superfície dos
condutores e permissividade relativa, inversamente proporcional à
distância entre condutores.
• Capacitância é dada em função de qualquer geometria. Na
ausência de condutores, o espaço livre tem capacidade de
armazenar energia de campo elétrico.
Exercício
• Considere a capacitância entre trilhas de
uma placa de circuito impresso em relação
ao plano de terra. Se a distância entre a
trilha e o plano de terra é 5 mm e a trilha
tem 5 mm de largura por 5 cm de
comprimento. Qual será a capacitância?
• Considere a constante dielétrica igual a 10;

• Qual é a capacitância da terra??


CAPACITÂNCIA MUTUA
• O padrão do campo elétrico na maioria
dos circuitos é complexo (geometria);
• Uma tensão elétrica em um condutor
implica na indução de cargas em outros
condutores próximos.
ENERGIA ARMAZENADA EM UM
CAPACITOR

• A energia armazenada em um capacitor é:

1 2
W  E Ah
2
• Substituindo E=V/h e lembrando que E/A=Q, então:
1
E  QV
2
• Podemos usar a relação C=Q/V para obter duas
equações equivalentes para energia armazenada:
1 1 Q2
E  CV 2 E
2 2 C
ENERGIA ARMAZENADA EM UM
CAPACITOR

• Mover a energia em circuitos eletrônicos toma tempo;

• Existem múltiplas reflexões;

• Necessidade de capacitores de desacoplamento


para acelerar o fluxo!

Você também pode gostar