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Disciplina: Produção, Transmissão e Distribuição de

Energia
Professor: Gabriel Almeida Santos
PRODUÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 1
Unidade I
Aula V – Transmissão de Energia elétrica: Aspectos Físicos e Capacitância.
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Linhas de
Transmissão
Parâmetros:
Capacitância e
Susceptância

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Capacitância
❑Assim como o Campo Magnético é importante na determinação da Indutância, o estudo e
análise do Campo Elétrico é essencial no cálculo da Capacitância de linhas de transmissão
aéreas.
❑A capacitância, ou efeito capacitivo, de linhas de transmissão é o resultado da diferença de
potencial elétrico entre os condutores. O fluxo elétrico inicia-se na carga positiva e dirige-se à
carga negativa.
❑De modo geral, a capacitância entre condutores (𝐶) é a relação entre carga (𝑞) e diferença de
potencial (𝑉), e depende das dimensões e da distância entre os condutores.

𝑞 𝐹
𝐶= ( )
𝑉 𝑚

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Capacitância
❑O efeito da capacitância para linhas curtas é pequeno e, por isso, é geralmente desprezado em
cálculos com linhas de transmissão.

❑Por outro lado, em linhas longas de tensões elevadas, o efeito capacitivo afeta
consideravelmente o transporte de energia elétrica, tornando importantíssimo o cálculo desse
parâmetro.

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Capacitância de um Condutor até Ponto P
❑Considere um condutor cilíndrico de raio “r”, reto e longo, tendo uma carga elétrica “q”
uniforme em toda a sua extensão e que está a uma distância “D” de um condutor de raio ínfimo
“P” (com q = 0).

❑todo o fluxo de campo elétrico está fora do condutor, já que as cargas elétricas tendem a se
agrupar na superfície externa do condutor. Assim, a capacitância causada por este condutor até
“P”, pode ser calculada utilizando:

▪ A Lei de Gauss do Campo Elétrico.

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Capacitância de um Condutor até Ponto P
❑Através da Lei de Gauss, a densidade do campo elétrico (ou densidade do fluxo elétrico) pode
ser obtida por:

❑A partir da densidade de campo, calcula-se a intensidade de campo elétrico por meio da


permissividade elétrica do meio ε:

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Capacitância de um Condutor até Ponto P
❑A diferença de potencial elétrico entre um ponto na superfície do condutor de raio “r” e o
condutor P (distante “D” metros do centro do condutor) pode ser calculada pela integral de
linha do campo elétrico, da seguinte forma:

❑A partir da diferença de potencial entre “r” e P sem carga, a capacitância é calculada por:

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Capacitância de um Condutor até Ponto P
❑A partir da diferença de potencial entre “r” e P sem carga, a capacitância é calculada por:

❑Observe que, como a carga está na superfície do condutor, r representa o raio externo do cabo.
Desta forma, diferente da analise para indutância, aqui não existe o fator 𝒓′ .
▪ 𝑟 = 𝑟𝑒𝑥𝑡

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Capacitância de uma Linha a Dois Fios (Bifilar)
❑ Considere um condutor cilíndrico de raio “r1” e outro condutor de raio “r2” (retorno), que
estão distantes entre si em “D” metros, e que q2 = - q1.

❑No cálculo da capacitância 𝐶12 , deve-se calcular primeiramente o valor da tensão 𝑉12 entre os
dois condutores da linha.
❑A tensão 𝑉12 pode ser obtida através da superposição de efeitos, isto é, calculando primeiro a
diferença de potencial devido à carga q1 do condutor 1; e depois, a diferença de potencial
devido à carga q2 do condutor 2.

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Capacitância de uma Linha a Dois Fios (Bifilar)
❑ Tensão 𝑉12

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Capacitância de uma Linha a Dois Fios (Bifilar)
❑Somando os efeitos:

❑como q2 = - q1:

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Capacitância de uma Linha a Dois Fios (Bifilar)
❑Por fim, a capacitância 𝐶12 é:

❑Caso r1 = r2 = r:

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Capacitância de uma Linha a Dois Fios e Terra
❑Considere a seguinte situação:

❑A capacitância entre cada condutor e a terra vale:


2𝜋𝜀 𝐹
𝐶𝑎𝑛 = 𝐶𝑏𝑛 = 2𝐶𝑎𝑏 = 𝐷 ( )
ln( ) 𝑚
𝑟

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Capacitância de uma Linha Trifásica com
Espaçamento Assimétrico
❑ Considere 3 condutores retilíneos, paralelos e de raios distintos, que constituem uma linha
trifásica.
❑Considere também um ponto P (ou condutor de raio ínfimo com q=0) afastado desses
condutores conforme a figura abaixo:

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Capacitância de uma Linha Trifásica com
Espaçamento Assimétrico
❑Matriz de capacitância trifásica:

❑O mesmo processo de análise feito na indutância pode ser aplico aqui:

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Capacitância de uma Linha Trifásica com
Espaçamento Assimétrico
❑A diferença de potencial elétrico entre o condutor 1 e o ponto P é composta de três parcelas:

▪ A diferença de potencial entre o condutor C1 e P devido à carga q1.


▪ A diferença de potencial entre o condutor C1 e P devido à carga q2.
▪ A diferença de potencial entre o condutor C1 e P devido à carga q3.

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Capacitância de uma Linha Trifásica com
Espaçamento Assimétrico
❑A diferença de potencial elétrico entre o condutor 1 e o ponto P é composta de três parcelas:

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Capacitância de uma Linha Trifásica com
Espaçamento Assimétrico
❑A partir da soma das três parcelas:

❑Utilizando o mesmo raciocínio realizado em termos de fluxo concatenado (para indutância), e


considerando P → ∞ e q1 + q2 + q3 = 0, podemos simplificar a equação acima por:

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Capacitância de uma Linha Trifásica com
Espaçamento Assimétrico
❑E:

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Capacitância de uma Linha Trifásica com
Espaçamento Assimétrico
❑Matriz Capacitância:

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Capacitância de uma Linha Trifásica com
Espaçamento Assimétrico
❑Utilizando o mesmo raciocínio realizado em termos de fluxo concatenado (para indutância).
❑Hipótese inicial de que q1 + q2 + q3 = 0 e, eliminando q3 da primeira e da segunda equação, e
eliminando q1 da terceira equação, temos a matriz para sistema assimétrico:

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Capacitância de uma Linha Trifásica Simétrica
(Arranjo Equilátero)
❑No caso em que os condutores de fases distintas estão num arranjo equilátero (D12 = D13 =
D23 = D) e os raios são iguais, temos:

❑Logo, a capacitância total de uma fase pode ser calculada como:

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Capacitância e Transposição de Condutores
❑A transposição dos condutores pode ser aplicada a qualquer tipo de arranjo e serve como uma
transformação da linha original em uma linha equilátera equivalente:
▪ Considerando os raios iguais para os três condutores (r) e mesma distância D entre os cabos, minimiza
ou elimina as capacitâncias mútuas por meio de uma Distância Média Geométrica Deq entre os
condutores (de fases distintas).

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Capacitância e Transposição de Condutores
❑A transposição dos condutores pode ser aplicada a qualquer tipo de arranjo e serve como uma
transformação da linha original em uma linha equilátera equivalente:
▪ Minimiza ou elimina as capacitâncias mútuas por meio de uma Distância Média Geométrica Deq entre
os condutores (de fases distintas).
▪ Deq é o espaçamento equilátero equivalente das três distâncias, causado pela transposição dos três
condutores: 𝐷𝑒𝑞 = 3 𝐷12 ∗ 𝐷23 ∗ 𝐷13

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Raio Médio Geométrico (RMG)
❑Usualmente, cada condutor elétrico utilizado em transmissão de energia elétrica é composto
por um conjunto de subcondutores, formando assim um cabo encordoado.
❑No caso de cabos ou feixes, o raio equivalente considerando o conjunto de subcondutores é
expresso pela Distância Média Geométrica Própria (𝑫𝑺 ), também chamada de Raio Médio
Geométrico (RMG). Podendo ser calculada através de:

𝑛2
𝐷𝑆 = 𝑟𝑒𝑞 = (𝑟1 ∙ 𝐷12 ∙ ⋯ ∙ 𝐷1𝑛 ) ∙ (𝐷21 ∙ 𝑟2 ∙ ⋯ ∙ 𝐷2𝑛 ) ∙ ⋯ ∙ (𝐷𝑛1 ∙ 𝐷𝑛2 ∙ ⋯ ∙ 𝑟𝑛 )

▪ Onde 𝑛 é a quantidade de subcondutores que formam o cabo.

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Múltiplos Condutores por Fase
❑Em sistemas elétricos cujas tensões são maiores que 230 kV (EAT)
é usual a utilização de cabos (ou condutores) múltiplos por fase.
▪ Isto é feito, principalmente, para diminuir o gradiente de potencial
elétrico nos condutores, e assim, evitar ou minimizar a ocorrência do
Efeito Corona.

▪ Efeito Corona ocorre quando campos elétricos muito intensos na


superfície do condutor causam a ionização do ar, que se torna um
condutor.

▪ A utilização de cabos múltiplos reduz a capacitância por fase e total da


linha, já que o Raio Médio Geométrico de cabos múltiplos 𝑫𝑪𝑴 𝑺
aumenta.

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Múltiplos Condutores por Fase e Raio Médio Geométrico (RMG)
❑Raio Médio Geométrico de cabos múltiplos 𝑫𝑪𝑴
𝑺

❑Em situações práticas, os cabos múltiplos apresentam sempre condutores iguais, espaçados
uniformemente, circunscritos em um círculo (o que facilita os cálculos do raio equivalente).

❑Desta forma teremos:


▪ 𝑫𝑆 - raio médio geométrico de um cabo encordoado.
▪ 𝑫𝑪𝑴
𝑺 - raio médio geométrico de cabos múltiplos por fase.

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Múltiplos Condutores por Fase e Raio Médio Geométrico (RMG)
❑A formula do raio médio geométrico também se aplica neste caso. No entanto o 𝑟 se
transforma no raio médio geométrico do condutor por fase 𝐷𝑆 , e a distância 𝐷 entre condutores
internos do cabo se torna a distância 𝑑 entre os cabos por fase.

𝑛2
𝐷𝑆 = 𝑟𝑒𝑞 = (𝑟1 ∙ 𝐷12 ∙ ⋯ ∙ 𝐷1𝑛 ) ∙ (𝐷21 ∙ 𝑟2 ∙ ⋯ ∙ 𝐷2𝑛 ) ∙ ⋯ ∙ (𝐷𝑛1 ∙ 𝐷𝑛2 ∙ ⋯ ∙ 𝑟𝑛 )

𝑛2
𝐷𝑆𝐶𝑀 = (𝐷𝑠1 ∙ 𝑑12 ∙ ⋯ ∙ 𝑑1𝑛 ) ∙ (𝑑11 ∙ 𝐷𝑠2 ∙ ⋯ ∙ 𝑑2𝑛 ) ∙ ⋯ ∙ (𝑑𝑛1 ∙ 𝑑𝑛2 ∙ ⋯ ∙ 𝐷𝑠𝑛 )

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Múltiplos Condutores por Fase e Raio Médio Geométrico (RMG)
❑Desta forma:
❑A expressão geral para cálculo da capacitância por fase em circuitos trifásicos com transposição
de condutores é:

❑Para cabos múltiplos por fase, temos

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Reatância Capacitiva e Susceptância Capacitiva
❑A reatância capacitiva (Xc) por fase da linha de transmissão corresponde à parte imaginária da
impedância complexa em derivação ou shunt (Zsh) da linha, e depende do valor da freqüência
(f) e da capacitância (C):

❑Geralmente escrevemos o efeito capacitivo das linhas em termos de susceptância em


derivação ou shunt:

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Exercício 1
❑Determine a capacitância, a reatância capacitiva e a susceptância por metro de uma linha
monofásica que a opera a 60 Hz. Os condutores estão espaçados de 6,1 m e possuem diâmetros
igual a 16,3 mm. Considere 𝜀 = 𝜀0 .

𝜋𝜀 𝜋 ∗ 8,85 ∗ 10−12 𝐹
𝐶12 = = = 4,69 ∗ 10−12
𝐷 6,1 𝑚
ln( ) ln( )
𝑟 0,0163

1 1
𝑋𝑐 = = = 565,3 MΩ ∙ m
2𝜋𝑓𝐶 2𝜋 ∗ 60 ∗ 4,69 ∗ 10−12

1 1
𝐵𝑠ℎ = = = 1,76 ∗ 10−9 𝑆/𝑚
𝑋𝑐 565,3 MΩ ∙ m

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Exercício 2
❑Caso a linha do exemplo anterior seja Fase-Fase-Terra, calcule capacitância, a reatância
capacitiva e a susceptância para o terra.

2𝜋𝜀 2𝜋 ∗ 8,85 ∗ 10−12 𝐹


𝐶1𝑛 = 𝐶2𝑛 = 2𝐶12 = = = 9,38 ∗ 10−12
𝐷 6,1 𝑚
ln ln
𝑟 0,0163

1 1
𝑋𝑐 = = = 282,8 MΩ ∙ m
2𝜋𝑓𝐶 2𝜋 ∗ 60 ∗ 9,38 ∗ 10−12

1 1
𝐵𝑠ℎ = = = 3,54 ∗ 10−9 𝑆/𝑚
𝑋𝑐 282,8 MΩ ∙ m

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Exercício 3
❑Para o mesmo sistema da aula anterior, calcule a capacitância por fase da linha. Considere 𝜀 =
𝜀0 .
▪ A fase de uma linha é composta por múltiplos condutores. Cada condutor está separado um do outro
em 45 cm.
▪ Cada condutor é formado por um cabo encordoado que contem 3 condutores de 1cm de raio,
espaçados em 5cm um do outro.

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Exercício 3
❑A capacitância é expressa pela expressão para múltiplos cabos.

3 3
▪ 𝐷𝑒𝑞 = 𝐷12 ∗ 𝐷23 ∗ 𝐷13 = 0,45 ∗ 0,45 ∗ 0,45 = 0,45 𝑚

𝟑𝟐 3
▪ 𝐷𝑆𝐶𝑀 = (𝐷𝑆1 ∗ 𝑑 ∗ 𝑑) ∗ (𝐷𝑆2 ∗ 𝑑 ∗ 𝑑) ∗ (𝐷𝑆3 ∗ 𝑑 ∗ 𝑑) = 𝐷𝑆 ∗ 𝑑²
𝟑𝟐 3 3
▪ 𝐷𝑆 = 𝑟1 𝐷12 𝐷13 ∗ 𝑟2 𝐷21 𝐷23 ∗ (𝑟3 𝐷13 𝐷32 ) = 𝑟 𝐷² = 0,01 ∗ 0,05² = 0,0292

3 3
▪ 𝐷𝑆𝐶𝑀 = 𝐷𝑆 ∗ 𝑑² = 0,0292 ∗ 0,452 = 0,1808

2𝜋𝜀 2𝜋∗8,85∗10−12
▪ 𝐶1𝑛 = 𝐶2𝑛 = 𝐶3𝑛 = 𝐶 = 𝐷𝑒𝑞
= 0,45 = 6,098 ∗ 10−11 𝐹/𝑚
ln ln
0,1808
𝐷𝐶𝑀
𝑆

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Exercício 3
❑A capacitância é expressa pela expressão para múltiplos cabos.

𝐹
▪ 𝐶 = 6,098 ∗ 10−11
𝑚

1 1
▪ 𝑋𝑐 = = = 43,49 MΩ ∙ m
2𝜋𝑓𝐶 2𝜋∗60∗6,098∗10−11

1 1
▪ 𝐵𝑠ℎ = = = 2,29 ∗ 10−8 𝑆/𝑚
𝑋𝑐 43,49 MΩ∙m

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Exercício 4
❑ Considere uma linha monofásica cujos condutores tem um raio de 2 cm, estão espaçados de 1
m. Considere 𝜀 = 𝜀0 e 𝜇 = 4𝜋10−7 .
❑Calcule a indutância e a capacitância entre os cabos.

𝜇 𝐷 4𝜋10−7 𝐷 4𝜋10−7 1
❑𝐿 = ln = ln = ln = 1,665 ∗ 10−6 𝐻/𝑚
𝜋 𝑟′ 𝜋 𝑟′ 𝜋 0,7788∗0,02

𝜋𝜀 𝜋∗8,85∗10−12
❑𝐶 = 𝐷 = 1 = 7,107 𝑝𝐹/𝑚
ln( 𝑟 ) ln( )
0,02

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Referências
❑ MONTICELLI, A. J.; GARCIA, A. Introdução a Sistemas de Energia Elétrica. Editora UNICAMP,
1ª. Edição, Campinas, 2003.
❑Notas de Aula UTFPR. Professor: Dr. Raphael Augusto de Souza Benedito. Elementos de
Sistemas Elétricos de Potência.
❑Notas de aula UNICAMP. Professor Carlos A. Castro. Sistemas de Energia Elétrica I.
❑FUCHS, RUBENS DARIO. Transmissão de Energia Elétrica: linhas aéreas; teoria das linhas em
regime permanente. 2ª. Edição; Editora Livros Técnicos e Científicos, Rio de janeiro, 1979.
❑STEVENSON, W. D. Elementos de Análise de Sistemas de Potência. 2ª ed. Editora MacGraw-
Hill do Brasil. São Paulo.1986.
❑ZANETTA Jr., LUIZ CERA. Fundamentos de Sistemas Elétricos de Potência. 1ª. Edição; Editora
Livraria da Física, São Paulo, 2005.

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