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1.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA AULA IDEAL

A educação é bastante estudada, pesquisada e comentada, por ser de extrema importância na vida
de uma pessoa, pois, através do conhecimento e de estudos, o indivíduo possuirá atributos para
se desenvolver socialmente.

2.1 CONCEITO DE AULA


Do lat. aula, aulé, palácio, sala onde se recebem lições, classe, lição. Antigamente, seriam os
locais para onde os discípulos eram conduzidos para que recebessem o conhecimento.

Popularmente a palavra ‘’’aula’’’ pode ser usada para designar:

 O local que contém os meios (livros, mesas, quadro-de-giz, e outros) e pessoas (alunos e
professores) necessários à realização da aula;
 O período estabelecido em que aluno e professor dedicam-se ao Processo Ensino-
Aprendizagem na Escola;
 O momento em que dedica-se à aquisição de algum conhecimento, ou simplesmente a
execução de alguma tarefa coordenada.
 A aula é o horário de estudo de uma turma na escola e/ou instituição académica, em que
se pretende um Processo de Aprendizagem.
 Pode ocorrer dentro ou fora de escolas e academias, como em aulas de ginástica, música,
culinária, teleaulas (como filmes), aulas particulares, entre outras.

2.2 CONCEITO DE AULA IDEAL


AULA IDEAL – é aquela em que há troca de ideias, com textos prévios
disponibilizados pelo professor, para debate e o aprofundamento dos argumentos.

Depois do debate, uma prova que não se remeta a conceitos prontos e fechados, mas que dê
amplitude para o aluno alcançar objectivos.

As aulas, como forma de organização do Ensino, podem ser vista na forma de série que vai desde
as estruturalmente simples até as complexas; nas aulas mais complexas se incluem unidades
estruturais mais simples.
De acordo com LIBÂNEO (1990), em qualquer tipo de aula, deve existir a preocupação de
verificação das condições prévias, bem como de orientação dos estudantes para a consecução dos
objectivos previstos, de consolidação e de avaliação.

2.3 IMPORTÂNCIA DA AULA IDEAL


Facilita e estimula a interacção dos estudantes entre si e com o professor;
O professor numa aula ideal assume papel de facilitador;
Ajuda os estudantes a usufruir do seu direito de participação;
A aula ideal adopta o estilo de educação democrática;
Os alunos interagem para a negociação de ideias;
Os alunos são sujeitos activos e responsáveis do próprio processo de aprendizagem.

2.4 CARACTERÍSTICAS DE UMA AULA IDEAL


2.4.1 Conhecimento e respeito pelas regras

o Se todos falarem ao mesmo tempo, sem qualquer ordem imposta pelo professor no
decorrer da aula, ninguém se entenderá e a aula ficará extremamente confusa.
o Os alunos devem saber, desde início, quais as regras da sala de aula, bem como o que é e
não é aceitável – nomeadamente o respeito pelo professor e pelos colegas – e saber
esperar a sua vez de falar.
o Neste contexto, o professor deve ser uma figura de autoridade, não imposta mas
reconhecida de forma natural pelos alunos, devido à conduta que adopta nas suas aulas.

2.4.2 Ambiente agradável

 O ambiente de uma sala de aula deve ser agradável e todos se devem sentir bem, alunos e
professores.
 Um bom ambiente de sala de aula deve primar pela motivação.
 Todos devem, então, estar motivados, a começar pelo professor.
2,4.3 ORGANIZAÇÃO

 A aula deve ter uma estrutura definida e uma organização visível.


 Todos os conteúdos e actividades devem estar encadeados de forma lógica.
 A sala de aula deve dispor de materiais eficientes, que tornem a aprendizagem mais
dinâmica, permitindo um acesso rápido aos mesmos.

2.4.4 INOVAÇÃO NA ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS

 O professor deve ser inovador na abordagem da matérias,


 Usar várias estratégias diferentes de modo a que as suas aulas não se tornem monótonas.

2.5 Planificação
PLANIFICAÇÃO – É uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.

Níveis de planificação:

I. Central, este nível consiste em prever acções relacionadas com o processo de Ensino-
Aprendizagem numa perspectiva Nacional e é da responsabilidade do Ministério da
Educação e Desenvolvimento Humano.
II. Provincial, conforme a designação, este nível consiste em programar actividades
educacionais a nível da província, tendo em conta as suas características e necessidades
específicas. Esta subordina-se à planificação central.
III. Local, para tornar cada vez mais especifica e adequada ao contexto da escola e aos
alunos, surge a necessidade de uma planificação local que contempla a previsão das
actividades a nível Distrital e Escolar, à luz dos anteriores níveis. O Aluno recebe
serviços de educação especial em instituições especializadas.
2.5 PLANIFICAÇÃO DE UMA AULA ACTIVA
 A PLANIFICAÇÃO DA AULA – é um detalhamento do plano de Ensino. A preparação
das aulas é uma tarefa indispensável e deve resultar num documento escrito que servirá
não só para orientar as acções do professor como também para possibilitar
aprimoramentos de ano para ano.

2.6 ASPECTOS A CONSIDERAR NA PLANIFICAÇÃO DA AULA ACTIVA

O processo de Ensino e Aprendizagem se compõe de uma sequência lógica articulada de fases:

 Preparação a apresentação dos objectivos, conteúdos e tarefas;


 Desenvolvimento da matéria nova;
 Consolidação;
 Aplicação;
 Avaliação.

2.7 IMPORTÂNCIA DA PLANIFICAÇÃO NO PEA


I. Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente,
II. Realização de um ensino de qualidade
III. Facilita a preparação das aulas,
IV. Selecção do material didáctico em tempo;
V. Contribui para a realização dos objectivos visados.
VI. Promove a eficiência do ensino.
VII. Garante maior economia do tempo e energia.

2.7 CARACTERÍSTICAS DO PLANO DE ENSINO


 Deve haver coerência entre os objectivos gerais, os objectivos específicos, conteúdos,
métodos e avaliação.
 Deve existir coerência entre as ideias teóricas e a prática.
 O plano deve ser flexível
3 PROFESSOR
A carreira de um professor engloba uma gama de deveres a serem cumpridos, é necessário então,
que o mesmo perceba a importância de se preocupar com a qualidade de sua docência. Para que
isso aconteça, o professor deve se auto avaliar em todos os dias de seu trabalho, tendo em vista o
controle e o conhecimento sobre sua missão, suas características e sua didáctica.

3.1 CONCEITOS DO PROFESSOR IDEAL


i. Professor ideal é aquele que, além de professor, também é um amigo dentro da sala de
aula. Um professor que aconselha e que tenta passar o conteúdo da melhor forma
possível.
ii. É aquele que tem a maior paciência do mundo e entenderia quando o aluno não
compreende um conteúdo difícil. Um professor que faça uma avaliação e que procure a
opinião dos alunos sobre as aulas.
iii. É aquele que passa o conteúdo de forma objectiva e que usa a interacção com os alunos,
ele que não cria barreiras, que permite a aproximação para que haja diálogo.
iv. O professor ideal é aquele que tem compromisso com os alunos, que passa o conteúdo
com amor. Que traga conhecimento além do conteúdo programado. Não aquele que
chega na aula e despeje a matéria. Que seja flexível e traga conhecimento para a vida da
gente.

3.4 CARACTERÍSTICAS DO PROFESSOR IDEAL


 Conhecimento e domínio de conteúdo
 Relacionamento entre os académicos
 Usar a tecnologia em meio ao ensino
 Atributos pessoais dos docentes –.

3.5 DESAFIOS INTRÍNSECOS


Os desafios intrínsecos são destaques:

 Indisciplina e falta de interesse (motivação) dos alunos, reflexo de contextos social e


familiar onde vivem, causas emocionais, falta de perspectivas sobre a escola etc.;
 A falta de apoio familiar, ligada às diferentes formas e contextos das famílias, a falta de
tempo por conta do trabalho e outros factores;
 A actualização de práticas pedagógicas, limitada devido à falta de uma política de
formação continuada ou de oportunidades de formações de qualidade;
 O domínio e a utilização de tecnologias pelos/as docentes, que pode ocorrer por falta de
oportunidades e recursos para aprender ou até mesmo a resistência por parte deles/as em
aprender e utilizar novas tecnologias.

3.6 OUTROS DESAFIOS NÃO INTRÍNSECOS


Não são só os desafios intrínsecos à sala de aula que atingem os docentes, há os desafios ligados
às condições de trabalho, à desvalorização social e salarial, à carga horária de trabalho e a outros,
que se relacionam com causas extrínsecas a sala de aula.

 A desvalorização da educação e, consequentemente, do profissional da educação e de sua


remuneração;
 As condições de trabalho, muitas vezes precárias, tanto em relação a infra-estruturas
quanto ao material pedagógico, exigindo do/a professor/a acções que “superem” tais
situações;
 A carga mental do trabalho docente, podendo ser ocasionada por carga horária de
trabalho excessiva, que, dentre outros aspectos, gera o mal-estar docente.

4 MÉTODO CENTRADO
Método o significado etimológico da palavra método é o caminho a seguir para alcançar um fim.
Para o nosso objectivo podemos conceituar método como sendo um roteiro geral para actividade.
Portanto método é um caminho que leva até certo ponto, sem ser o veículo de chegada, que é a
técnica.

4.1 TIPOS DE MÉTODO CENTRADO


4.1.1 Método Centrado no Professor

O método tradicional é adoptado por professores universitários, porém, possui uma


aprendizagem passiva e os alunos não são envolvidos. Para Fisher, 2011, o formato tradicional é
ineficaz no processo de aprendizagem.
O método tradicional é um método verbal de exposição e explicação de conteúdos que exige do
professor um conhecimento generalizado dos conteúdos e apenas exige dos alunos a capacidade
para registar esses conteúdos, não facilitando o desenvolvimento do pensamento. Não se
respeitam os ritmos de aprendizagem individual e a evolução dessa aprendizagem é avaliada
periodicamente com recurso a testes.

4.1.1 2 MÉTODO CENTRADO NO ALUNO

O Aprendizado Centrado no Aluno foi criado para desenvolver mais participação do aluno na
sala de aula, aprendizagem activa é qualquer método instrucional em que os alunos façam algo
com o conhecimento que estão tentando adquirir.

De acordo com Mizukami (2013), diferente do método centrado no professor, o ACA facilita o
processo de aprendizagem, onde os alunos ganham além do conhecimento teórico, o
conhecimento intelectual e emocional, conseguindo resolver situações problemas diferentes do
contexto da sala de aula. Para Mizukami, “Autodescoberta e autodeterminação são características
desse processo”. Onde o professor não apenas ensina novos conteúdos, mas também gera
situações para os alunos buscarem o aprendizado.

5 APRENDIZAGEM COOPERATIVA

5.1 Conceitos de Aprendizagem cooperativa

A aprendizagem cooperativa é definida como um conjunto de técnicas de ensino em que os


alunos trabalham em pequenos grupos e se ajudam mutuamente, discutindo a resolução de
problemas facilitando a compreensão do conteúdo.

5.2 VANTAGENS DA APRENDIZAGEM COOPERATIVA


 Estimula e desenvolve habilidades sociais;
 Cria um sistema de apoio social mais forte;
 Encoraja a responsabilidade pelo outro;
 Encoraja os estudantes a se preocupar uns com os outros;
 Estimula o pensamento crítico e ajuda os alunos a clarificar as ideias através do diálogo;
 Desenvolve a competência de comunicação oral;
 Melhora a recordação dos conteúdos;
 Cria um ambiente activo e investigativo.

5.3IMPORTÂNCIADAAPRENDIZAGEMCOOPERATIVA
A aprendizagem cooperativa permite desenvolver no grupo um espírito de entreajuda;
Possibilitar o desenvolvimento de competências sociais,
Contribui, positivamente, para o desenvolvimento cognitivo
Garante a responsabilidade individual, na medida em que, através deste envolvimento, é
possível debater ideias, esclarecer dúvidas,
Tomar decisões e resolver problemas acerca dos vários conteúdos escolares.

6. CONSTATAÇÕES
A aula ideal, como momento planejado e organizado do ensino traz consigo características que
requerem do professor a necessidade de sistematização de seu trabalho junto aos alunos, pois e
preciso definir os objectivos que se pretende atingir, pensar sobre os problemas e desafios que
devem ser superados no momento da aula, as características dos grupos de alunos a que essa aula
se destina, os conhecimentos que serão desenvolvidos, os recurso didáctico a serem
seleccionado, enfim trata se de um processo amplo, que terá sua concretização no encontro com
os educandos. No processo de ensino-aprendizagem, o professor ideal deve possuir domínio do
conteúdo, ou seja, tenha conhecimento e experiência, uma boa didáctica, capacidade de despertar
o interesse.

7 BIBLIOGRAFIA

CORTEZ, Cleide Diniz Coelho. Estudar…Aprender….Ensinar…Mudar…Transformar-se: Um


processo contínuo.In: BARBARA, Leila; RAMOS, Rosinda de Castro Guerra. Reflexão e ações
no ensino-aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de letras, 2003. p. 221-234.

Freitas, L., & Freitas, C. (2003). Aprendizagem cooperativa. Porto: Edições Asa

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