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SUMÁRIO
MEDIDAS DE DISPERSÃO - DESVIO PADRÃO ................................................................................................. 2
CONCEITOS SOBRE A DETERMINAÇÃO DO DESVIO-PADRÃO .................................................................... 2
FORMA PRÁTICA DE DETERMINAR O DESVIO-PADRÃO ............................................................................. 3
FORMAS DE CÁLCULO DO DESVIO-PADRÃO ............................................................................................. 4
DADOS ISOLADOS ................................................................................................................................ 4
DADOS REPETIDOS COM FREQUÊNCIA ................................................................................................. 5
DADOS AGRUPADOS EM INTERVALOS DE CLASSE ................................................................................. 5
PROPRIEDADES DO DESVIO-PADRÃO ....................................................................................................... 5
PRIMEIRA PROPRIEDADE ...................................................................................................................... 5
SEGUNDA PROPRIEDADE...................................................................................................................... 6
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 6

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MEDIDAS DE DISPERSÃO - DESVIO PADRÃO


CONCEITOS SOBRE A DETERMINAÇÃO DO DESVIO-PADRÃO
O desvio-padrão é a medida de dispersão mais utilizada e, dependendo da forma de
apresentação dos dados estatísticos, pode ser calculado de três formas diferentes.
Como foi visto no estudo da média aritmética, uma de suas propriedades implica que a
soma dos desvios tomados com relação à própria média é igual a zero.
Então, para o conceito de dispersão, como podemos “medir” o grau de afastamento ou
agregação dos dados com relação à média? Uma das respostas foi apresentada na aula anterior,
através do conceito de Desvio Médio Absoluto (DMA). Entretanto, tal conceito não é totalmente
adequado. Então, como resolver esta questão?
Vejamos como calcular o desvio-padrão de uma AMOSTRA, cujos valores são a série de
dados representada por: {10, 20, 30, 40 e 50}.
1º Passo – Achar a média aritmética da distribuição
A média da distribuição é calculado utilizando a fórmula a seguir.
10 + 20 + 30 + 40 + 50 150
𝑋𝑋� = = = 30
5 5
Outra maneira (mais rápida) de se achar o valor médio da distribuição é verificar que a
sequência de números forma uma PA (Progressão Aritmética) com número ímpar de termos.
Portanto, o valor central será a média da distribuição.

2º Passo – Determinar os desvios


A tabela a seguir apresenta os desvios tomados em relação à média aritmética.
Xi �
di = Xi - 𝑿𝑿
10 10 – 30 = ⎼ 20
20 20 – 30 = ⎼ 10
30 30 – 30 = 0
40 40 – 30 = + 10
50 50 – 30 = + 20
Total zero

3º Passo – Determinar os desvios quadrados


Os desvios quadrados da série de dados estão expressos na tabela a seguir e apresentam
uma soma total igual a 1.000.
Xi �
di = Xi - 𝑿𝑿 di2
10 10 – 30 = ⎼ 20 + 400
20 20 – 30 = ⎼ 10 + 100
30 30 – 30 = 0 0
40 40 – 30 = + 10 + 100
50 50 – 30 = + 20 + 400
Total zero 1.000

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4º Passo – Cálculo do desvio-padrão


Observe que a forma encontrada, nesta resolução, para eliminar a propriedade da média
aritmética, a qual estabelece que a SOMA DOS DESVIOS tomados com relação à referida média
vale ZERO (conforme pode ser visto no quadro do passo anterior), foi calcular o quadrado dos
desvios (na aula anterior, a forma adotada foi achar os desvios ABSOLUTOS).
Entretanto, ao adotar os quadrados, a unidade de medida da variável em estudo ficará
elevada ao quadrado. Isso significa que, se a variável em estudos estiver expressa, por exemplo,
em metros (unidade de comprimento), então a soma dos desvios quadrados estará expressa
em metros quadrados (unidade de área). Assim, caímos num problema. Então, como resolver
isso?
A solução é fácil, basta extrair a raiz quadrada do resultado da soma dos desvios
quadrados. Dessa forma, caso a variável em estudo seja expressa em metros, então a raiz
quadrada dos desvios quadráticos também estará expressa em metros.
Portanto, para se determinar o desvio-padrão da série de dados apresentada, devemos
utilizar a fórmula a seguir.

∑ 𝑑𝑑𝑖𝑖2
𝜎𝜎 = �
(𝑁𝑁 − 1)

Onde: 𝑑𝑑𝑖𝑖 = 𝑋𝑋𝑖𝑖 − 𝑋𝑋�


i = 1, 2, 3 ..., N
N = número total de elementos da série

Observe que o denominador do radicando constante da fórmula é o número


total de elementos da série diminuído de um grau de liberdade (expressão “N – 1”).
Isso deve ser feito sempre que se deseja calcular o desvio-padrão de uma AMOSTRA.
Caso o cálculo do desvio-padrão seja para uma POLULAÇÃO, então o denominador
será o total, N, de elementos da série.

Substituindo os valores na fórmula, obtém-se:

1000 1000
𝜎𝜎 = � = � = √250 = 15,81
(5 − 1) 4

FORMA PRÁTICA DE DETERMINAR O DESVIO-PADRÃO


Outra fórmula amplamente utilizada para o cálculo do desvio-padrão para uma
POPULAÇÃO é:
2
(∑ 𝑋𝑋 )
2
�∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖 − 𝑁𝑁 𝑖𝑖
𝜎𝜎 =
𝑁𝑁

Onde: 𝑋𝑋𝑖𝑖 são as observações da série de dados


i = 1, 2, 3 ..., N
N = número total de elementos da série

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Entretanto, se o cálculo é para uma AMOSTRA, a fórmula a ser utilizada será:

2
(∑ 𝑋𝑋 )
2
�∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖 − 𝑁𝑁 𝑖𝑖
𝜎𝜎 =
(𝑁𝑁 − 1)

No caso do exemplo anterior, teríamos:


Xi Xi2
10 100
20 400
30 900
40 1.600
50 2.500
150 5.500

Portanto, retirando da tabela acima os valores necessários para os cálculos, teremos:

∑ Xi2 = 5.500 e (∑ Xi)2 = 1502 = 22.500

Substituindo esses valores na fórmula aplicada a uma AMOSTRA, teremos:

22.500
5.500 − 5.500 − 4.500 1.000
𝜎𝜎 = � 5 = � = � = √250 = 15,81
(5 − 1) 4 4

FORMAS DE CÁLCULO DO DESVIO-PADRÃO


DADOS ISOLADOS
Para dados isolados, conforme exemplo apresentado anteriormente, o desvio-padrão é
obtido extraindo-se a raiz quadrada da média aritmética dos quadrados dos desvios em torno
da média aritmética.
∑ 𝑑𝑑 2
𝜎𝜎 = � 𝑖𝑖
𝑁𝑁
Onde: 𝑑𝑑𝑖𝑖 = 𝑋𝑋𝑖𝑖 − 𝑋𝑋�
i = 1, 2, 3 ..., N
N = número total de elementos da série

OBSERVAÇÃO
Lembrando que, no caso de calcularmos o desvio-padrão para uma AMOSTRA,
devemos substituir “N” por “N – 1” na fórmula anterior.

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DADOS REPETIDOS COM FREQUÊNCIA


Quando cada elemento da série de dados estatísticos aparece na distribuição com
determinada frequência, a fórmula a ser utilizada para se determinar o desvio-padrão para uma
POPULAÇÃO é dada por:
∑ 𝑑𝑑𝑖𝑖2 . 𝐹𝐹𝑖𝑖
𝜎𝜎 = �
∑ 𝐹𝐹𝑖𝑖

Onde: 𝑑𝑑𝑖𝑖 = 𝑋𝑋𝑖𝑖 − 𝑋𝑋�


Fi = Frequência simples observada
i = 1, 2, 3 ..., N
OBSERVAÇÃO
Quando se tratar de uma AMOSTRA, deve-se substituir “∑Fi” por “∑Fi – 1” no
denominador da fórmula.

Para dados repetidos com frequência, assim como no caso anterior, também existe uma
fórmula prática para se determinar o desvio-padrão, a qual é dada, no caso de população, por:

2
(∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖 . 𝐹𝐹𝑖𝑖 )
∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖2 . 𝐹𝐹𝑖𝑖 −
� ∑ 𝐹𝐹𝑖𝑖
𝜎𝜎 =
∑ 𝐹𝐹𝑖𝑖

Já se os cálculos são relativos a uma amostra, a fórmula prática será expressa por:
2
(∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖 . 𝐹𝐹𝑖𝑖 )
∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖2 . 𝐹𝐹𝑖𝑖 −
� ∑ 𝐹𝐹𝑖𝑖
𝜎𝜎 =
∑ 𝐹𝐹𝑖𝑖 − 1

DADOS AGRUPADOS EM INTERVALOS DE CLASSE


Nesse caso, as fórmulas serão idênticas à apresentada no tópico anterior. Porém, deve-se
considerar como “Xi” o valor do ponto médio (Pm) de cada intervalo de classe.

PROPRIEDADES DO DESVIO-PADRÃO
PRIMEIRA PROPRIEDADE
Somando-se ou subtraindo-se uma constante arbitrária a cada elemento de um conjunto
de dados, o desvio-padrão não se altera.
Como o desvio-padrão é uma medida de dispersão, o fato de somarmos (ou subtrairmos)
uma constante não afetará essa dispersão.

Exemplo:
Seja uma amostra dada por X = {10, 20, 30, 40, 50}

Como já foi visto, o desvio-padrão dessa amostra vale: σx = 15,81. Se somarmos a


constante 100 a cada elemento desse conjunto, teremos:

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Y = {110, 120, 130, 140, 150}, cujo desvio-padrão será igual a: σy = σx = 15,81

SEGUNDA PROPRIEDADE
Multiplicando ou dividindo cada elemento de um conjunto de dados por uma constante
arbitrária diferente de zero, o desvio-padrão ficará multiplicado ou dividido por essa
constante.

Exemplo:
Seja a amostra dada por X = {10, 20, 30, 40, 50}. Sabe-se que seu desvio-padrão vale
σx = 15,81. Se multiplicarmos por 10 cada elemento desse conjunto, teremos:

Z = {100, 200, 300, 400, 500}, cujo desvio-padrão será:


σz = 10 . σx  σz = 10 x 15,81  σz = 158,1

EXERCÍCIOS
Exercício
Seja σ = 1,9 o desvio padrão da série X = {6; 8; 10; 10}. Calcular o desvio padrão da série
dada por Y = {106; 108; 110; 110}.
a) 1,7 b) 1,8 c) 1,9 d) 2,0 e) 2,1

Resolução do exercício
Comparando as duas séries, observa-se que a série Y foi obtida ao somar o
valor 100 a cada elemento da série de dados X. Sendo assim, aplica-se a primeira
propriedade, a qual estabelece que não há alteração no desvio-padrão caso seja
somado ou subtraído uma constante a cada elemento da série de dados.
Sendo assim, o desvio-padrão da série Y será 1,9.
Portanto, a alternativa correta é a opção “C”.

Exercício
Ainda com relação a série “X” fornecida no exercício anterior, determine o desvio padrão
da série Z = {60; 80; 100; 100}.
a) 17 b) 18 c) 19 d) 20 e) 21

Resolução do exercício
Comparando as duas séries, observa-se que a série Z foi obtida ao se multiplicar
por 10 cada elemento da série de dados X. Sendo assim, aplica-se a segunda
propriedade, a qual estabelece que, “ao se multiplicar ou dividir cada elemento de
um conjunto de dados por uma constante arbitrária diferente de zero, o desvio-
padrão ficará multiplicado ou dividido por essa constante”.
Logo, o desvio-padrão da série Z será:
σz = 10 . σx  σz = 10 x 1,9  σz = 19

Portanto, a alternativa correta é a opção “C”.

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Exercício
Em certa empresa, o salário médio era de R$ 9.000,00 e o desvio padrão dos salários era
de R$ 1.000,00. Todos os salários receberam um aumento de 10%. O desvio padrão dos salários
passou a ser de:
a) R$ 1.000,00 b) R$ 1.100,00 c) R$ 1.500,00 d) R$ 1.700,00 e) R$ 1.900,00

Resolução do exercício
Se todos os salários receberam aumento de 10%, isso significa que cada um
deles foi multiplicado pelo fator “1,1”. Dessa forma, aplica-se a segunda propriedade
do desvio-padrão.
Sendo assim, o novo desvio-padrão será dado por:
σ Novo = 1,1 x σAntigo  σ Novo = 1,1 x 1000  σ Novo = 1.100,00

Portanto, a alternativa correta é a opção “E”.

Exercício
Determinar o desvio padrão do conjunto de dados amostrais apresentados a seguir.
A = {2, 4, 6, 8, 10}

a) 2,1 b) 2,4 c) 2,8 d) 3,2 e) 3,6

Resolução do exercício
Embora seja simples achar o valor da média aritmética simples dessa
distribuição, já que se trata de uma progressão aritmética de número ímpar de
termos, o que implica o valor médio igual a 6, calcular o desvio-padrão através da
fórmula dos desvios quadrados é extremamente trabalhosa. Sendo assim, para a
resolução deste exercício, será utilizada a fórmula prática dada a seguir.

2 (∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖 ) 2
∑ 𝑋𝑋 −
𝜎𝜎 = � 𝑖𝑖(𝑁𝑁−1)𝑁𝑁

Para a obtenção da soma dos quadrados e do quadrado da soma, será utilizada


a tabela a seguir.

Dessa forma, os componentes da fórmula são:


∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖2 = 220 (∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖 )2 = 302  (∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖 )2 = 900

Substituindo esses valores na fórmula, teremos:

2 (∑ 𝑋𝑋𝑖𝑖 ) 2 900
∑ 𝑋𝑋 − 220−
𝜎𝜎 = � 𝑖𝑖(𝑁𝑁−1)𝑁𝑁
220−180 40
= � 5−1 5 = � = � = √10 = 3,16 ≈ 3,2
4 4

Portanto, a alternativa correta é a opção “D”.

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