Você está na página 1de 32

1

Secretaria de Estado da Educação do Paraná


Superintendência da Educação
Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do
Discente - CAADI

Governador do Estado do Paraná


Roberto Requião

Secretário de Estado da Educação


Mauricio Requião

Diretor Geral
Ricardo Fernandes Bezerra

Superintendente de Educação
Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde

Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do


Discente - CAADI
Arilete Regina Cytrynski

2
Caros Estudantes,
Diretores e Professores,

Dentro de uma escola surgem, quase que naturalmente, diferentes grupos que se
articulam informalmente em torno das mais variadas razões e motivos. A organiza-
ção dos grêmios estudantis é um deles e favorece o relacionamento e a convivência
entre os nossos jovens. Por serem institucionalizados, podem representar melhor a
rica experiência que é a busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estu-
dantes.
O Grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. São eles que devem
reconhecer a sua importância e que devem definir o seu perfil. Os grêmios, organiza-
dos dessa forma, exercem papel importante na formação do aluno, devendo ter uma
dimensão social, cultural e também política.
Muitas vezes, os grêmios podem se tornar profundamente “incômodos”, como no
período da ditadura militar, em que foram colocados à margem da lei pela defesa dos
princípios democráticos e acabaram perdendo muito do seu espaço. Ou mesmo ago-
ra, quando muitas direções escolares agem contra a formação dos grêmios, seja por
temerem a sua força reivindicatória, seja por não conseguirem compreender a sua
importância.
Mas esta é uma visão precipitada. O educador precisa ter consciência de que o
aluno se expressa, muitas vezes, pela contestação. O bom educador enriquece, ga-
nha com isso, enxerga mais e melhor a realidade dos alunos.
Queremos que o aluno tenha voz e vez. Para isso, nos espelhamos na preocupa-
ção que o educador Paulo Freire teve ao tratar o aluno como agente e não como mero
paciente. Queremos um aluno que seja, que haja, que viva.
Sempre gostei muito da participação, da luta coletiva. Aprendi muito no Grêmio.
Muitas vezes, ele foi minha escola dentro da escola. Os grêmios da atualidade não
devem ser uma tentativa de imitar os grêmios do passado. Temos de encontrar um
novo caminho e acredito que estejamos dando apenas o primeiro passo.

3
Mauricio Requião
Secretário de Estado da Educação
Grêmio Estudantil

A Secretaria de Estado da Educação entende que toda representação estudantil deve


ser estimulada, pois ela aponta um caminho para a democratização da Escola. Por isso, o
Grêmio nas Escolas públicas deve ser estimulado pelos gestores da Escola, tendo em vista
que ele é um apoio à Direção numa gestão colegiada.
Os Grêmios Estudantis compõem uma das mais duradouras tradições da nossa juventu-
de. Pode-se afirmar que no Brasil, com o surgimento dos grandes Estabelecimentos de
Ensino secundário, nasceram também os Grêmios Estudantis, que cumpriram sempre um
importante papel na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da
nossa juventude, organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música, tor-
neios esportivos e outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis representam
para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e política. Assim, os Grêmi-
os contribuem, decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional de grande
parcela da nossa juventude.
O regime instaurado com o golpe militar de 1964 foi, entretanto, perverso com a
juventude, promulgando leis que cercearam a livre organização dos estudantes e impedi-
ram as atividades dos Grêmios. Mas a juventude brasileira não aceitou passivamente
essas imposições.
Em muitas Escolas, contrariando as leis vigentes e correndo grandes riscos, mantiveram
as atividades dos Grêmios livres, que acabaram por se tornar importantes núcleos demo-
cráticos de resistência à ditadura. Com a redemocratização brasileira, as entidades estu-
dantis voltaram a ser livres, legais, ganhando reconhecimento de seu importante papel na
formação da nossa juventude. Em 1985, por ato do Poder Legislativo, o funcionamento dos
Grêmios Estudantis ficou assegurado pela Lei 7.398, como entidades autônomas de repre-
sentação dos estudantes.

4
Como organizar um
grêmio em sua escola

Para organizar um Grêmio em sua Escola, em primeiro lugar deve-se constituir uma
comissão PRÓ-GRÊMIO formada por alunos representantes de turma ou escolhida entre
seus pares para tal finalidade. Essa Comissão PRÓ-GRÊMIO deverá elaborar um Estatuto e
organizar a Assembléia Geral dos estudantes. Nessa assembléia, deverá ser esclarecido a
todos os estudantes o que é um Grêmio, qual a finalidade do Grêmio dentro da Escola,
aprovar o Estatuto apresentado e formar a comissão eleitoral.
No início da reunião, deve-se escolher um participante para secretariá-la, isto é, aque-
le que ficará com a incumbência de escrever tudo o que houve na reunião, quem compare-
ceu, a que horas se iniciou, em que local se deu; quais assuntos foram tratados e quantos
votaram pela aprovação e quantos votaram contra, etc.
No final da reunião, todos os presentes devem assinar esse documento.
A Comissão Eleitoral ficará com a responsabilidade de marcar a data da eleição e
receber a inscrição de chapas e candidatos, fiscalizar o processo eleitoral e resolver even-
tuais dúvidas que surjam no processo eleitoral. Os membros dessa Comissão devem eleger
um coordenador para centralizar as atividades. Esses também devem promover a apuração
dos votos, declarar os vencedores e organizar um ato de posse.
É muito importante produzir uma Ata Eleitoral onde constem as chapas e os candidatos
concorrentes, as ocorrências e os resultados.
Deve-se então juntar todas as atas e registrar tudo no Cartório Civil de Pessoas Jurídi-
cas ou em Cartório de Títulos e Documentos.
O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado apenas por alunos,
de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas, produzindo jor-
nal, organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, que não fazem parte
do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações, tais como compra de livros
para a biblioteca, transporte gratuito para estudantes, e muitas outras coisas.
É muito importante criar o Grêmio em sua Escola, pois ele será um órgão reconhecido
de apoio à Direção Escolar.
O Grêmio Estudantil não terá caráter político-partidário, religioso, racial e também
não deverá ter fins lucrativos.
5
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão estabelecidas em seu
Estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo discente do Estabelecimento de Ensino,
convocada para este fim, obedecendo à legislação pertinente.
A aprovação do Estatuto, a escolha dos Dirigentes e dos Representantes do Grêmio
serão realizadas pelo voto direto e secreto de cada estudante, observando-se, no que
couber, as normas da legislação eleitoral.
São sócios do Grêmio todos os alunos matriculados e com freqüência regular.
Os representantes do Grêmio não poderão utilizar seu horário de aula para reuniões e
quaisquer outras atividades sem autorização da Direção geral e do professor da turma.
O Conselho de Representantes de Turmas será eleito anualmente, no início do período
letivo, em data fixada pelo Grêmio e/ou equipe pedagógica.
O Conselho de Representantes de Turmas é a instância intermediária e deliberativa do
Grêmio e será constituído pelos representantes de turmas eleitos pelos alunos de cada
turma em voto secreto.
O Estabelecimento de Ensino não se responsabilizará pelas dívidas ou outros compro-
missos assumidos pelo Grêmio.
A realização de qualquer evento do Grêmio nas dependências do Estabelecimento deve-
rá ser precedida de autorização do Conselho Escolar.
Quando da realização de qualquer evento ou reunião no interior do Estabelecimento, o
Grêmio será responsável pela manutenção da limpeza, da ordem e por qualquer dano ao
patrimônio ou a material do Estabelecimento.
As atividades do Grêmio serão supervisionadas pelo Conselheiro (que deverá ser um profis-
sional da Educação da Escola escolhido pelo Diretor e/ou alunos)
Ao Conselheiro compete:
I. acompanhar as atividades do Grêmio comparecendo à sua sede no mínimo uma vez
por semana;
II. informar à Direção do Estabelecimento sobre as atividades do Grêmio;
III. apresentar sugestões para o melhor funcionamento do Grêmio e seu relacionamen-
to com a Direção do Colégio;
IV. comunicar com antecedência à Direção seu afastamento, justificando-o.
V. responder junto às instituições bancárias pela abertura e movimentação de conta-
corrente do Grêmio Estudantil.

6
O balanço anual de movimento financeiro do Grêmio será apresentado à Assembléia
Geral dos alunos e ao Conselho Escolar ao final de cada mandato.
Modelo de estatuto para Grêmio Estudantil
O Estatuto do Grêmio Estudantil é um documento que estabelece as normas sob as
quais o Grêmio vai funcionar, explicando como serão as eleições, a composição da Direto-
ria, como a entidade deve atuar em certos casos. Lembre-se de que o Grêmio vai existir por
muito tempo, inclusive depois que a chapa eleita já tiver saído da Escola, novas diretorias
precisam seguir certas regras e rituais para que o Grêmio continue funcionando.
Para facilitar, preparamos um modelo básico, que pode ser modificado de acordo com
as necessidades de sua Escola.

Estatuto do Grêmio Estudantil


( NOME DO GRÊMIO )
CAPÍTULO I
Da Denominação, Sede e Objetivos
Art. 1º O Grêmio Estudantil _______________ é o órgão máximo de representação
dos estudantes do Colégio ________________ localizado na cidade de ____________
e fundado em ______________ com sede neste Estabelecimento de Ensino.
Parágrafo Único - As atividades do Grêmio reger-se-ão pelo presente Estatuto aprova-
do em Assembléia Geral convocada para este fim.

Art. 2º O Grêmio tem por objetivos:


I - Representar condignamente o corpo discente;
II - Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;
III - Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;
IV - Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos
no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos;
V - Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras
instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades gerais UMES
(União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estu-

7
dantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas);
VI - Lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação
nos fóruns internos de deliberação da Escola.

CAPÍTULO II
Do Patrimônio, sua Constituição e Utilização
Art. 3º O patrimônio do Grêmio se constituirá por:
I - Contribuição voluntária de seus membros;
II - Contribuição de Terceiros;
III - Subvenções, juros, correções ou dividendos resultantes das contribuições;
IV - Rendimentos de bens móveis e imóveis que o Grêmio venha a possuir;
V - Rendimentos auferidos em promoções da entidade.

Art. 4º A Diretoria será responsável pelos bens patrimoniais do Grêmio e responsável


por eles perante as instâncias deliberativas.
§ 1° Ao assumir a diretoria do Grêmio, o Presidente e o Tesoureiro deverão assinar um
recibo para o Conselho Fiscal, discriminando todos os bens da entidade.
§ 2° Ao final de cada mandato, o CF conferirá os bens e providenciará outro recibo que
deverá ser assinado pela nova Diretoria.
§ 3° Em caso de ser constatada alguma irregularidade na gestão dos bens, o CF fará
um relatório e o entregará ao CRT e à Assembléia Geral para serem tomadas as
providências cabíveis.
§ 4° O Grêmio não se responsabilizará por obrigações contraídas por estudantes ou
grupos sem ter havido prévia autorização da Diretoria.

CAPÍTULO III
Da Organização do Grêmio Estudantil
Art. 5º São instâncias deliberativas do Grêmio:
a) Assembléia Geral dos Estudantes;
b) Conselho de Representantes de Turmas (CRT);

8 c) Diretoria do Grêmio.
SEÇÃO I
Art. 6º A Assembléia Geral é o órgão máximo de deliberação da entidade nos termos
deste Estatuto e compõe-se de todos os sócios do Grêmio e excepcionalmente, por convi-
dados do Grêmio, que se absterão do direito de voto.
Art. 7º A Assembléia Geral se reunirá ordinariamente:
I - Nas datas estipuladas pelos estudantes na própria Assembléia;
II - Ao término de cada mandato para deliberar sobre a prestação de contas da Dire-
toria, parecer do CF e formação da Comissão Eleitoral (CE) que deliberará sobre as
eleições para a nova Diretoria do Grêmio.
Parágrafo Único. A convocação para a Assembléia será feita em Edital com antece-
dência mínima de quarenta e oito horas (48), sendo esta de competência da
Diretoria do Grêmio.

Art. 8º A Assembléia Geral se reunirá extraordinariamente quando convocada por 2/


3 do CF ou 2/3 do Conselho de Representantes de Turmas ou 50% + 1 da Diretoria do
Grêmio. Em qualquer caso, a convocação será feita com o mínimo de antecedência de 24
horas, com discriminação completa e fundamentada dos assuntos a serem tratados em
casos não previstos neste Estatuto.
Art. 9º As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias devem ser realizadas, em
primeira convocação, com a presença de mais da metade dos alunos da Escola ou, em
segunda convocação, trinta minutos depois, com qualquer número de alunos.
A Assembléia Geral vai deliberar com maioria simples dos votos, sendo obrigatório o
quorum mínimo de 10% dos alunos da Escola para sua instalação.
§ 1º. A Diretoria será responsável pela manutenção da limpeza e da ordem quando for
realizado qualquer evento, assembléias ou reunião do Grêmio.
Art. 10 Compete à Assembléia Geral:
a) Aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio;
b) Eleger a Diretoria do Grêmio;
c) Discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas apresenta-
dos por qualquer um de seus membros;
d) Denunciar, suspender ou destituir diretores do Grêmio de acordo com resultados de
inquéritos procedidos, desde que comunicado e garantido o direito de defesa do

9
acusado, sendo que qualquer decisão tomada neste sentido seja igual ou superior a
2/3 dos votos;
e) Receber e considerar os relatórios da Diretoria do Grêmio e sua prestação de contas,
apresentada juntamente com o CF;
f) Marcar, caso necessário, Assembléia Extraordinária, com dia, hora e pautas fixadas;
g) Aprovar a constituição da Comissão Eleitoral, sempre composta com alunos de
todos os turnos em funcionamento na Escola, com número e funcionamento defini-
dos na Assembléia.

SEÇÃO II
Do Conselho de Representantes de Turmas
Art. 11 O Conselho de Representantes de Turmas (CRT) é a instância intermediária de
deliberação do Grêmio, é o órgão de representação exclusiva dos estudantes, e será cons-
tituído somente pelos representantes de turmas, eleitos anualmente pelos estudantes de
cada turma.

Art. 12 O CRT se reunirá ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente


quando convocado pela Diretoria do Grêmio.
Parágrafo Único. O CRT funcionará com a presença da maioria absoluta de seus mem-
bros, deliberando por maioria simples de voto.

Art. 13 O CRT será eleito anualmente em data a ser deliberada pelo Grêmio e/ou
equipe pedagógica.

Art. 14 Compete ao CRT:


a) Discutir e votar sobre propostas da Assembléia Geral e da Diretoria do Grêmio:
b) Velar pelo cumprimento do Estatuto do Grêmio e deliberar sobre os casos omissos;
c) Assessorar a diretoria do Grêmio na execução de seu programa administrativo;
d) Apreciar as atividades da Diretoria do Grêmio, podendo convocar para esclareci-
mentos qualquer um de seus membros;
e) Deliberar, dentro dos limites legais, sobre assuntos do interesse do corpo discente
de cada turma representada;
f) Deliberar sobre a vacância de cargos da Diretoria do Grêmio.

10
SEÇÃO III
Da Diretoria
Art. 15 A Diretoria do Grêmio será constituída pelos seguintes cargos:
I - Presidente
II - Vice-Presidente
III - Secretário-Geral
IV - 1° Secretário
V - Tesoureiro-Geral
VI - 1° Tesoureiro
VII- Diretor Social
VIII - Diretor de Imprensa
IX - Diretor de Esportes
X - Diretor de Cultura
XI - Diretor de Saúde e Meio Ambiente

Parágrafo Único. Cabe à Diretoria do Grêmio:


I – Elaborar o plano anual de trabalho, submetendo-o ao Conselho de Representantes
de Turma e Conselho Escolar;
II – Colocar em prática o plano aprovado;
III – Divulgar para a Assembléia Geral:
a) As normas que regem o Grêmio;
b) As atividades desenvolvidas pela Diretoria;
c) A programação e a aplicação dos recursos financeiros do Grêmio.
IV – Tomar medidas de emergência, não previstas no Estatuto, e submetê-las ao Conse-
lho de Representantes de Turmas.
V – Reunir-se ordinariamente pelo menos uma vez por mês, e extraordinariamente a
critério do Presidente ou de 2/3 da Diretoria.

11
Art. 16 Compete ao Presidente:
a) Representar o Grêmio dentro da Escola e fora dela;
b) Convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do Grêmio;
c) Assinar, juntamente com o Tesoureiro-Geral, os documentos relativos ao movimento
financeiro;
d) Assinar, juntamente com o Secretário-Geral, a correspondência oficial do Grêmio;
e) Representar o Grêmio no Conselho Escolar;
f) Cumprir e fazer cumprir as normas do presente Estatuto;
g) Desempenhar as demais funções inerentes a seu cargo.

Art. 17 Compete ao Vice-Presidente:


a) Auxiliar o Presidente no exercício de suas funções;
b) Substituir o Presidente nos casos de ausência eventual ou impedimento temporário
e nos casos de vacância do cargo.

Art. 18 Compete ao Secretário-Geral:


a) Publicar avisos e convocações de reuniões, divulgar editais e expedir convites;
b) Lavrar atas das reuniões de Diretoria;
c) Redigir e assinar com o Presidente a correspondência oficial do Grêmio;
d) Manter em dia os arquivos da entidade.

Art. 19 Compete ao 1º Secretário:


Auxiliar o Secretário-Geral em todas as suas funções e assumir o cargo em caso de
vacância do mesmo.

Art. 20 Compete ao Tesoureiro-Geral:


a) Ter sob seu controle todos os bens do Grêmio;
b) Manter em dia a escrituração de todo o movimento financeiro do Grêmio ;

12
c) Assinar com o Presidente os documentos e balancetes, bem como os relativos à
movimentação financeira;
d) Apresentar, juntamente com o Presidente, a prestação de contas ao Conselho Fiscal.

Art. 21 Compete ao 1º Tesoureiro:


Auxiliar o Tesoureiro-Geral em todas as suas funções, e assumir o cargo em caso de vacância.

Art. 22 Compete ao Diretor Social:


a) Coordenar o serviço de Relações Públicas do Grêmio;
b) Organizar os colaboradores de sua Diretoria;
c) Organizar festas promovidas pelo Grêmio;
d) Zelar pelo bom relacionamento do Grêmio com os gremistas, com a Escola e com a
comunidade.

Art. 23 Compete ao Diretor de Imprensa:


a) Responder pela comunicação da Diretoria com os sócios e do Grêmio com a comunidade;
b) Manter os membros do Grêmio informados sobre os fatos de interesse dos estudantes;
c) Editar o órgão oficial de imprensa do Grêmio;
d) Escolher os colaboradores para sua Diretoria.

Art. 24 Compete ao Diretor Cultural:


a) Promover a realização de conferências, exposições, concursos, recitais, festivais de
música e outras atividades de natureza cultural;
b) Manter relações com entidades culturais;
c) A organização de grupos musicais, teatrais, etc.;
d) Escolher os colaboradores de sua Diretoria.

Art. 25 Compete ao Diretor de Esportes:


a) Coordenar e orientar as atividades esportivas do corpo discente;
13
b) Incentivar a prática de esportes organizando campeonatos internos;
c) Escolher os colaboradores de sua Diretoria.

Art. 26 Compete ao Diretor de Saúde e Meio Ambiente:


a) Promover a realização de palestras, exposições e concursos, sobre saúde e meio
ambiente;
b) Manter relações com entidades de saúde e meio ambiente;
c) Incentivar hábitos de higiene e conservação do ambiente escolar;
d) Escolher os colaboradores de sua Diretoria.

CAPÍTULO IV
Do Conselho Fiscal
Art. 27 O Conselho Fiscal se compõe de 03 membros efetivos e 03 suplentes, escolhi-
dos na reunião do CRT entre seus membros.

Art. 28 Ao Conselho Fiscal compete:


a) Examinar os livros contábeis e papéis de escrituração da entidade, a sua situação de
caixa e os valores em depósito;
b) Lavrar o Livro de “Atas e Pareceres” do CF com os resultados dos exames procedidos;
c) Apresentar na última Assembléia Geral Ordinária, que antecede a eleição do Grêmio,
relatório sobre as atividades econômicas da Diretoria;
d) Colher do Presidente e do Tesoureiro-Geral eleitos recibo discriminando os bens do
Grêmio;
e) Convocar Assembléia Geral Extraordinária sempre que ocorrerem motivos graves e
urgentes dentro da área de sua competência.

CAPÍTULO V
Dos Associados

14
Art. 29 São sócios do Grêmio todos os alunos matriculados e freqüentes.

Art. 30 São direitos do Associado:


a) Participar de todas as atividades do Grêmio;
b) Votar e ser votado, observadas as disposições deste Estatuto;
c) Encaminhar observações, moções e sugestões à Diretoria do Grêmio;
d) Propor mudanças e alterações parciais ou totais neste Estatuto.

Art. 31 São deveres dos Associados:


a) Conhecer e cumprir as normas deste Estatuto;
b) Informar à Diretoria do Grêmio sobre qualquer violação dos direitos dos estudantes
cometida na área da Escola ou fora dela;
c) Manter luta incessante pelo fortalecimento do Grêmio.

CAPÍTULO VI
Do Regime Disciplinar
Art. 32 Constitui infração disciplinar:
a) Usar o Grêmio para fins diferentes dos seus objetivos, visando o privilégio pessoal
ou de grupos;
b) Deixar de cumprir as disposições deste Estatuto;
c) Prestar informações referentes ao Grêmio que coloquem em risco a integridade de
seus membros;
d) Praticar atos que venham a ridicularizar a entidade, seus sócios ou seus símbolos;
e) Atentar contra a guarda e o emprego dos bens do Grêmio.

Art. 33 São competentes para apurar as infrações dos itens “a” a “d” o CRT, e do
item “e” o Conselho Fiscal.
Parágrafo Único. Em qualquer das hipóteses do artigo será facultado ao infrator o
direito de defesa ao CRT, ao CF ou à Assembléia Geral.
15
Art. 34 Apuradas as infrações, serão discutidas na Assembléia Geral e aplicadas as penas
de suspensão ou expulsão do quadro de sócios do Grêmio, conforme a gravidade da falta.
Parágrafo Único. O infrator, caso seja membro da Diretoria, perderá seu mandato,
devendo responder pelas perdas e danos perante as instâncias deliberativas do Grêmio.

CAPÍTULO VII
Do Regime Eleitoral

Titulo I Dos Elegíveis Eleitores


Art. 35 São elegíveis para os cargos da Diretoria todos os brasileiros natos ou natura-
lizados matriculados e freqüentes.
Parágrafo Único. Para o cargo de Presidente o aluno não pode estar cursando o 3° ano
do Ensino Médio.

Art. 36 São considerados eleitores todos os estudantes matriculados e freqüentes.

Titulo II Da Comissão Eleitoral e Forma de Votação


Art. 37 A Comissão Eleitoral deve ser escolhida em Assembléia Geral pelo menos um
mês antes do final da gestão. A Comissão deve ser composta por alunos de todos os turnos
em funcionamento na Escola. Os alunos da Comissão não poderão concorrer às eleições. A
Comissão definirá o calendário e as regras eleitorais que devem conter:
1) Prazo de inscrição de chapas;
2) Período de campanha;
3) Data da eleição;
4) Regimento interno das eleições.

Art. 38 As inscrições de chapas deverão ser feitas com os membros da Comissão


Eleitoral, em horários e prazos previamente divulgados, não sendo aceitas inscrições fora
do prazo ou horário.

16
Art. 39 Somente serão aceitas inscrições de chapas completas.

Titulo III da Propaganda Eleitoral


Art. 40 A propaganda das chapas será através de material conseguido ou confeccio-
nado pela própria chapa.
Parágrafo Único. É vedada a ajuda de qualquer pessoa que trabalhe na Escola à chapa, na
criação, confecção, ou fornecimento de material ou dinheiro para a propaganda eleitoral.

Art. 41 É expressamente proibida a campanha eleitoral fora do período estipulado


pela Comissão Eleitoral bem como a boca de urna no dia das eleições.

Art. 42 A destruição ou adulteração da inscrição de qualquer chapa por membros de


outra chapa, bem como a desobediência ao que está previsto nos artigos 40° e 41°, uma
vez comprovadas pela Comissão Eleitoral, implicarão na anulação da inscrição da chapa
infratora.
Parágrafo Único. Toda decisão de impugnação de chapas só poderá ser tomada por
maioria absoluta da Comissão Eleitoral, após exame de provas e testemunhas.

Título IV da Votação
Art. 43 O voto será direto e secreto, sendo que a votação será realizada em local
previamente escolhido pela Comissão Eleitoral e aprovado pela Direção geral do Estabele-
cimento, no horário normal de funcionamento de cada turno.

Art. 44 Cada chapa deverá designar um fiscal, identificado com crachá, para acom-
panhar todo o processo de votação e apuração dos votos.

Art. 45 Só votarão os estudantes presentes em sala na hora da votação.

Art. 46 A apuração dos votos deverá ocorrer logo após o término do processo de
votação, em uma sala isolada em que permanecerão apenas os membros da Comissão
Eleitoral e os fiscais de chapa. Nenhum outro estudante poderá entrar ou permanecer
nesta sala durante o processo de apuração.
17
Parágrafo Único. Fica assegurado às entidades estudantis o direito de acompanhar
todo o processo eleitoral.

Art. 47 Todo ato de anulação de votos ou urnas será efetivado a partir da decisão
soberana do Presidente da Comissão Eleitoral, baseado na comprovação do ato que impli-
cou na anulação.

Art. 48 Não será aceito nenhum pedido de recontagem de votos ou recursos de


qualquer chapa após a divulgação dos resultados oficiais das eleições, salvo nos casos em
que se comprove inobservância deste regulamento por parte da Comissão Eleitoral.

Art. 49 O mandato da Diretoria do Grêmio será de 1 (um) ano a partir da data da posse.

Art. 50 Cabe à Comissão Eleitoral dar posse à Diretoria eleita 1 (uma) semana após a
data da eleição da mesma.

CAPÍTULO VIII
Disposições Gerais e Transitórias
Art. 51 O presente Estatuto poderá ser modificado mediante proposta de qualquer
membro do Grêmio, do CRT ou pelos membros em Assembléia Geral
Parágrafo Único. As alterações serão discutidas pela Diretoria, pelo CRT e aprovadas
em Assembléia Geral através da maioria absoluta de votos.

Art. 52 As representações dos sócios do Grêmio só serão consideradas pela Diretoria


ou pelo CRT quando formuladas por escrito e devidamente fundamentadas e assinadas.

Art. 53 A dissolução do Grêmio só ocorrerá quando a Escola for extinta, ou quando


a Assembléia Geral assim deliberar por maioria absoluta de votos, revertendo-se seus bens
a entidades congêneres.

18
Art. 54 Nenhum sócio poderá se intitular representante do Grêmio sem a devida
autorização, por escrito, da Diretoria.

Art. 55 Revogadas as disposições em contrário, este Estatuto entrará em vigor na


data de sua aprovação pela Assembléia Geral do corpo discente.

Art. 56 Este Estatuto entrará em vigor após a sua aprovação em Assembléia Geral,
configurando a entidade como Grêmio Estudantil autônomo, representante dos estudantes
do referido Estabelecimento educacional, com finalidades preestabelecidas neste Estatu-
to, não podendo ser proibido ou cancelado por nenhum indivíduo, grupo ou autoridade,
conforme a Lei Federal 7398/85 e a Lei Estadual nº 11057/95.

19
Modelo de Chapa

Nome da Chapa :
........................................................................................................

Presidente: __________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

Vice-presidente: ______________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

Secretário-Geral: _____________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

1º Secretário: ________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

20
Tesoureiro-Geral: _____________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

1º Tesoureiro: ________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

Diretor Social: ________________________________________________________


Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

Diretor de Imprensa: ___________________________________________________


Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

Diretor de Esportes: ___________________________________________________


Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________
Assinatura:___________________________________________________________

Diretor de Cultura: ____________________________________________________


Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________

Diretor de Saúde e Meio Ambiente: _____________________________________


Endereço: ___________________________________________________________
Telefone: ________________________ Série/Turma: _________ Turno:_________

21
Modelo de Ata de Eleição

Às ___ horas, do dia ____, do mês de _________, do ano de _______, foi feita a
apuração dos votos das chapas ___________________ e ______________, que disputa-
ram as eleições para o Grêmio Estudantil _________________________, da Escola
____________________________________________.
A mesa apuradora, dirigida por dois representantes de cada chapa concorrente, com-
provou ser vencedora a chapa _______________, que obteve ______ votos, contra ______
votos da chapa ___________, ______ votos brancos e ______ votos nulos, num total de
______ votantes.
Atestando a lisura do pleito, assinam ____________________ e ____________________,
pela chapa ____________________, e ____________________ e _____________________,
pela chapa ____________________.

Assinaturas:

22
Modelo de Ata de Posse da Diretoria do Grêmio

Aos _________________________ dias do mês de ______________ de


________________, às ____ horas, teve início a cerimônia de posse da nova Diretoria do
Grêmio Estudantil _________________________.
A entidade tem como finalidade defender os interesses dos estudantes da Escola
__________________________, situada na rua _________________________, bairro
_______________________, em _______________________.
O presidente do Grêmio , ____________________________, encerra hoje o mandato
da gestão _________ e passa a Direção da entidade para os seguintes estudantes, eleitos
no dia ______ do mês de _________ de _________, pela chapa _______________:

I- Presidente
II- Vice Presidente
III- Secretário-Geral
IV- 1° Secretário
V- Tesoureiro-Geral
VI- 1° Tesoureiro
VII- Diretor Social
VIII- Diretor de Imprensa
IX- Diretor de Esportes
X- Diretor de Cultura
XI- Diretor de Saúde e Meio Ambiente

Foram convidadas a compor a mesa dos trabalhos as seguintes autoridades:


1)
2)
3)
4)
23
Após a apresentação da Diretoria, o Presidente eleito fez um discurso falando de
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

Em seguida, foi aberta a palavra para os membros da mesa e posteriormente às pessoas


presentes na platéia. No final das saudações, foi declarada encerrada a cerimônia e empos-
sada a nova Diretoria do Grêmio.

(Seguem-se as assinaturas dos membros da Comissão Eleitoral, do novo Presidente, do


ex-Presidente e dos membros da Diretoria eleita.)

24
Modelo de Ata de Reunião

Às ___ horas, do dia ____, do mês de ________, do ano de ______, reuniu-se a


Diretoria do Grêmio Estudantil ____________________, da Escola ____________________.
Na pauta de reunião foi discutido que __________________ e ______________________,
sendo aprovadas as seguintes propostas a serem encaminhadas: __________________________,
________________________ e __________________________. A reunião foi presidida
por __________________________ (nome), _______________ (cargo) e por mim,
________________________ (nome), ___________________________ (cargo), que a
secretariei.
Assinaturas:

25
Referências:

Lei Federal1 n.º 7.398, de 04/11/85.


Medida Provisória n.º 2.208, de 17/08/2001.
Lei Estadual n.º 11.057, de 17/01/95.
Lei Estadual n.º 10.054, de 16/07/92.
Estatuto do Criança e do Adolescente.
Site www.ubes.org.br (acessado em 08/07/2003)
Site www.estudantenet.com.br (acessado em 08/07/2003)

26
LEI Nº 7. 398, DE 4 DE NOVEMBRO DE 1985.

Dispõe sobre a organização de entidades representativas dos estudantes de 1º e 2º


graus e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e em
sanciono a seguinte lei:
Art. 1º Aos estudantes dos Estabelecimentos de Ensino de 1º e 2º graus fica assegu-
rada a organização de Estudantes como entidades autônomas representativas dos interes-
ses dos estudantes secundaristas com finalidades educacionais, culturais, cívicas esporti-
vas e sociais.
§ 1º (VETADO).
§ 2º A organização, o funcionamento e as atividades dos Grêmio s serão estabelecidos
nos seus estatutos, aprovados em Assembléia Geral do corpo discente de cada Estabeleci-
mento de Ensino convocada para este fim.
§ 3º A aprovação dos estatutos, e a escolha dos dirigentes e dos representantes do
Grêmio Estudantil serão realizadas pelo voto direto e secreto de cada estudante observan-
do-se no que couber, as normas da legislação eleitoral.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, em 04 de novembro de 1985; 164º da Independência e 97º da República.

JOSÉ SARNEY
Presidência da República Casa Civil

MARCO MACIEL
Subchefia para Assuntos Jurídicos

27
MEDIDA PROVISÓRIA No 2.208, DE 17 DE AGOSTO DE 2001.

Dispõe sobre a comprovação da qualidade de estudante e de menor de dezoito anos nas


situações que especifica.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo do Presidente da República,


usando da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida
Provisória, com força de lei:
Art. 1º A qualificação da situação jurídica de estudante, para efeito de obtenção de
eventuais descontos concedidos sobre o valor efetivamente cobrado para o ingresso em
estabelecimentos de diversão e eventos culturais, esportivos e de lazer, será feita pela
exibição de documento de identificação estudantil expedido pelos correspondentes Esta-
belecimentos de Ensino ou pela associação ou agremiação estudantil a que pertença,
inclusive pelos que já sejam utilizados, vedada a exclusividade de qualquer deles.
Parágrafo Único. O disposto no caput deste artigo aplica-se nas hipóteses em que
sejam oferecidos descontos a estudantes pelos transportes coletivos públicos locais, acom-
panhada do comprovante de matrícula ou de freqüência Escolar fornecida pelo seu Estabe-
lecimento de Ensino.
Art. 2o A qualificação da situação de menoridade não superior a dezoito anos, para
efeito da obtenção de eventuais descontos sobre o valor efetivamente cobrado para o
ingresso em estabelecimentos de diversão e eventos culturais, esportivos e de lazer, será
feita pela exibição de documento de identidade expedido pelo órgão público competente.
Art. 3o Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 17 de agosto de 2001; 180o da Independência e 113o da República.

MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL


JOSÉ GREGORI
PAULO RENATO SOUZA

28
LEI Nº 10.054, DE 16 DE JULHO DE 1992

Súmula: Dispõe sobre o funcionamento de Cantinas Comerciais nos Colégios estaduais


de 1º e 2º Graus da rede oficial de Ensino.
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei:

Art.1º As cantinas comerciais nas Escolas de primeiro e segundo graus da rede oficial
de ensino, funcionarão sob a responsabilidade, direção e exploração do Grêmio Estudantil
oficial e/ou Associação de Pais e Mestres.
Parágrafo Único. As cantinas comerciais terão regulamentação própria, baixada pelo
Secretário de Estado da Educação, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 2º Os lucros da venda e exploração da atividade não poderão ultrapassar 25%
(vinte e cinco por cento) do custo dos produtos à venda.
Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas a Lei nº 9.004,
de sete de junho de 1989 e demais disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 16 de julho de 1992.

ROBERTO REQUIÃO
Governador do Estado

ELIAS ABRAHÃO
Secretário de Estado da Educação

29
LEI Nº 11.057, DE 17 DE JANEIRO DE 1995
Publicado no Diário Oficial N.º 4429, de 17/01/95

Assegura, nos Estabelecimentos de Ensino de 1º e 2º graus, públicos ou privados, no


Estado de Paraná, a livre organização de Grêmio s Estudantis, conforme especifica.
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º É assegurada nos Estabelecimentos de Ensino de 1º e 2º graus, públicos ou
privados no Estado do Paraná, a livre organização de Grêmios Estudantis, para representar
os interesses e expressar os pleitos dos alunos.
Art. 2º É de competência exclusiva dos estudantes a definição das formas, dos critéri-
os, dos estatutos e demais questões referentes à organização dos Grêmios Estudantis.
Art. 3º Aos estabelecimentos paranaenses de ensino caberão assegurar espaço para
divulgação das atividades do Grêmio estudantil em local de grande circulação de alunos,
bem como para as reuniões de seus membros.
Parágrafo Único. É assegurada nas instituições de ensino do Estado do Paraná a livre
circulação e expressão das entidades estudantis:
I - Os Grêmios Estudantis;
II - As entidades representativas estudantis municipais, regionais e nacional.
Art. 4º É garantida a rematrícula dos membros dos Grêmios Estudantis, salvo por livre opção
do aluno ou do responsável, nos mesmos estabelecimentos em que estejam matriculados.
Art. 5º Sob pena de abuso de poder, é vedada qualquer interferência estatal e/ou
particular nos Grêmios Estudantis, que prejudique suas atividades, dificultando ou impe-
dindo o seu livre funcionamento.
Parágrafo Único. 0s responsáveis pela interferência de que trata o “caput” deste artigo
responderão na forma da lei, civil e/ou penal, e na Constituição Federal, sob a égide do
art. 5º, XVIII.
Art. 6º Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 17 de janeiro de 1995.

JAIME LERNER

30 Governador do Estado
RAMIRO WAHRHAFTIG
Secretário de Estado da Educação
31
32

Você também pode gostar