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Crimes cibernéticos - fundamentação para debate sob a

matéria de ética, cidadania e sustentabilidade

Texto geral sobre os crimes: Crime cibernético é toda a atividade criminosa que
tem como meio um computador, notebook, celular, ou seja, qualquer dispositivo
conectado a rede. Geralmente esse tipo de crime é cometido por pessoas
experientes nas redes, hackers e cibercriminosos, pessoas que organizam e usam
técnicas geralmente não conhecidas para burlar as leis via rede. Geralmente esse
tipo de crime é cometido buscando algo bem específico, geralmente por motivos
pessoais ou políticos. Alguns crimes são a invasão de dispositivos, distribuição de
material pornográfico e pedofilia (inclusive, vale salientar que quando recebemos
esse tipo de matérial também estamos colaborando para a sua propagação),
fraudes de identidades, falsificação de dados financeiros, extorsão cibernética,
golpes e fraudes pelas redes sociais, ataques que bloqueiam o acesso do infectado
e pedem cryptomoedas para liberar, falsificação de documentos, ataques e entre
outros.

Taxa de crimes virtuais no Brasil e exemplos: Segundo a consultoria alemã


Roland Berger, o Brasil foi o 5º país que mais sofreu crimes cibernéticos em 2021:
apenas no primeiro trimeste houve um total de 9,1 milhões de ocorrências, mais que
o ano inteiro de 2020. Alguns dados apontam que no Brasil ocorrem cerca de 54
crimes virtuais por minuto.
- Caso da Klara Castanho
- Anonymous (declarou guerra contra o presidente Bolsonaro durante o seu
mandato) À época candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro foi
alvo da Anonymous ainda em 2018. No caso, o Ministério da Defesa foi
hackeado em uma ação que visava expor Hamilton Mourão, vice-presidente,
e o general Villas Bôas, ex-comandante do Exército.

Tecnologia x renda: O Brasil enfrenta desafios quanto à democratização do acesso


à internet e às tecnologias. Além das pessoas não terem dispositivos necessários
para o uso das redes, a falta de capacitação e a alta taxa são questões
preocupantes quando falamos do tema. A falta de capacitação na área é um fator
importante, a alfabetização é um assunto que pode ser apontado, visto que a falta
de estudo básico faz com que as pessoas sintam mais dificuldade na hora de
presenciar os complexos âmbitos das redes.

Lei LGPD: No Brasil, existe uma lei promulgada em 2018, a LGPD visa proteger os
direitos fundamentais de liberdade, privacidade e a livre formação da personalidade
do indivíduo. A lei visa proteger o público pessoa física e jurídica, tratando os dados
pessoais.

Fundamentação com conteúdo: Um exemplo pessoal que posso citar: Trabalho


em uma gráfica e vez ou outra atendemos pessoas idosas, fazemos alguns serviços
simples relacionados ao INSS, e sempre presenciamos cenas onde há infrações e
roubo desses idosos, algumas pessoas de má fé usam o nome dessas pessoas
para pedir empréstimo e tudo mais, inclusive, às vezes até funcionários do próprio
órgão público se aproveitam.
Um filme que podemos lincar a esse relato e trazer para o debate é o “Eu me
importo” da Netflix, o filme traz a história de Marla Grayson, uma guardiã legal que
burla o sistema para cuidar somente de idosos muito ricos e roubá-los. Marla tem
diversas conexões, seja com os funcionários e gerente da clínica onde hospeda
seus pacientes, quanto com médicos e até as instituições grandes, ou seja, é um
esquema de roubo enorme e totalmente organizado. Ela engana a justiça com ajuda
de suas conexões, falsificando documentos, acessando e modificando dados de
sistemas importantes e até alterando resultados de exames para obter lucro.

Fundamentação com conteúdo: Um documentário que podemos citar para


embasamento é o “Privacidade Hackeada”, nele, conhecemos os detalhes das
empresas Cambridge Analytica e Facebook, acusadas de hackearem informações
pessoais para influenciar pessoas nas eleições americanas de 2016. Esse
documentário é muito interessante pois mostra o quão poderoso e perigoso é o
mundo cibernético, e o quanto estamos envolvidos, de forma que podemos estar
sendo manipulados sem perceber. Sem dúvida, um ótimo exemplo de crime
cibernético.
Fundamentação com conteúdo: A série “Control Z” da Netflix traz a temática
hacker. A inspiração para essa série veio por meio de diversos casos de exposição
de jovens. A história se passa no ambiente escolar, onde um hacker misterioso
começa a divulgar informações sigilosas de um grupo de alunos, ele tem acesso a
todos os números de telefone dos estudantes e as informações chegam a todo
momento, cada segredo mais íntimo é exposto de forma cruel. Ao longo do
desenvolvimento o hacker toda mais força e cria até um perfil nas redes sociais.
Desde o princípio uma das alunas mais observadoras passa a investigar a fim de
identificar o agressor, que possui várias faces e acredita-se que não seja apenas
uma pessoa, e sim um grupo.

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