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BRASILEIRA 15868
Primeira edição
17.08.2010
Válida a partir de
17.09.2010
Acidente ferroviário —
Classificação, comunicações e relatório
Railroad accident – Classification, information and report
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - 83.899.526/0001-82
Número de referência
ABNT NBR 15868:2010
14 páginas
© ABNT 2010
Impresso por: UFSC-JAVA
ABNT NBR 15868:2010
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - 83.899.526/0001-82
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Sumário Página
Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ...............................................................................................................................1
2 Referência normativa .........................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................1
4 Classificação dos acidentes ferroviários .........................................................................3
5 Comunicações dos acidentes ferroviários ......................................................................3
5.1 Comunicações necessárias ..............................................................................................3
5.2 Comunicação inicial (CI) ....................................................................................................3
5.3 Comunicação complementar (CC) ....................................................................................5
6 Relatório do acidente (RA) ................................................................................................8
Anexo A (informativo) Causa dos acidentes ferroviários ..................................................................9
A.1 Descarrilamento .................................................................................................................9
A.2 Colisão ..............................................................................................................................11
A.3 Explosão ou incêndio ......................................................................................................12
A.4 Atropelamento ..................................................................................................................12
Bibliografia .........................................................................................................................................14
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Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15868 foi elaborada no Comitê Brasileiro Metroferroviário (ABNT/CB-06), pela Comissão
de Estudo de Traçado e Infra-estrutura (CE-06:100.04). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 06, de 27.05.2010 a 26.07.2010, com o número de Projeto 06:100.04-004.
Esta Norma cancela e substitui as ABNT NBR 8934:1985, ABNT NBR 14169:1998 e
ABNT NBR 14179:1998.
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Scope
This Standard classifies the railroad accidents and estabilishes the requirements for accident information
and report.
1 Escopo
Esta Norma classifica os acidentes ferroviários e estabelece requisitos para comunicações e relatórios
de acidentes.
2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
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3.1
abalroamento
colisão de veículos ferroviários ou trens, circulando ou manobrando, com qualquer obstáculo, exceto
outro veículo ferroviário
3.2
acidente ferroviário
ocorrência que, com a participação direta do trem ou veículo ferroviário, provoca danos às pessoas, ao
meio ambiente, ao veículo, às instalações fixas e/ou animais (no caso de animais, desde que ocorra
paralisação do tráfego)
3.3
atropelamento
acidente que ocorre com um trem ou veículo ferroviário com pessoas e/ou animais, provocando lesão
ou morte
3.4
causa
origem de caráter humano ou material, relacionada com a ocorrência pela materialização de um risco,
provocando danos
3.5
choque
colisão de veículos ferroviários ou trens, circulando no mesmo sentido, na mesma via, podendo um
deles estar parado
3.6
colisão
acidente ferroviário resultante de impacto indevido de veículo ferroviário contra um obstáculo à sua
livre circulação
3.7
descarrilamento
acidente em que uma ou mais rodas do veículo ferroviário saltam do boleto do trilho
3.8
disparo de trem
irregularidade caracterizada pela perda de controle da velocidade do trem
3.9
encontro
colisão de veículos ferroviários ou trens circulando em sentidos opostos na mesma via, podendo um
deles estar parado
3.10
esbarro
colisão de veículos ferroviários ou trens circulando ou manobrando em vias distintas, podendo um
deles estar parado
3.11
explosão
acidente ferroviário ocorrido por explosão em trem ou veículo ferroviário
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3.12
incêndio
acidente ferroviário ocorrido por incêndio em trem ou veículo ferroviário
3.13
lucro cessante
receita que a empresa deixa de auferir em conseqüência da paralisação da circulação ferroviária de-
vido a uma ocorrência
3.14
risco
uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para causar danos
3.15
semitombamento
adernamento
descarrilamento que resulte na inclinação lateral parcial do veículo ferroviário
3.16
tombamento
descarrilamento que resulte na inclinação lateral total do veículo ferroviário
3.17
trem
qualquer veículo automotriz ferroviário, com ou sem vagões e/ou carros de passageiros, devidamente
licenciado e com indicação “trem completo”
3.18
veículo ferroviário
todo material ferroviário rodante de tração, de transporte e de utilização especial utilizado na operação
ferroviária
— explosão;
— incêndio;
— atropelamento;
— outros.
4.3 Quanto à gravidade, os acidentes ferroviários são classificados de acordo com a legislação vigente.
NOTA A classificação de cada acidente como grave ou não é feita de acordo com a Resolução nº 1431,
de 26 de abril de 2006, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e suas alterações.
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— operação;
— via permanente;
— material rodante;
— sinalização;
— atos de vandalismo;
— casos fortuitos.
Cada operadora deve definir seus procedimentos internos para a comunicação (fluxo de informações)
e atendimento aos acidentes ferroviários. Contudo devem ser feitas três comunicações:
— comunicação inicial;
— comunicação complementar;
— relatório do acidente.
A CI deve ser a primeira informação após o acidente que, pelo meio de comunicação disponível, che-
gue ao conhecimento do Centro de Controle Operacional.
A CI deve ser feita pela equipagem do trem, pessoal de estação ou qualquer empregado da empresa
que constate o acidente.
Esta comunicação visa a cientificar o Centro de Controle Operacional da existência do acidente, para
que se adotem as primeiras providências, tais como:
— orientar as estações para impedir ou restringir a venda de passagens para trens que possam ter
seus horários prejudicados pelo acidente;
— comunicar à rede hospitalar, corpo de bombeiro, polícia, órgãos de defesa civil, órgãos de proteção
ao meio ambiente, firmas de atendimento a emergências, assistência social etc. quando houver
vítimas e/ou envolvimento com mercadoria perigosa;
— estações adjacentes;
— município;
— acesso rodoviário (se existir, e referências para se chegar ao local via rodoviário);
— existência de água no local (se existe água nas proximidades, como rios, riachos, lagoas etc.,
que possa ser utilizada pelo socorro);
— localização do acidente na via (túnel, ponte, viaduto, corte, aterro, curva, tangente, rampa, passa-
gem de nível, pátio ou terminal);
A CI deve ser feita mesmo na falta de algumas das informações citadas. No entanto, um maior número
de informações permite agilizar os procedimentos e as tomadas de decisões no Centro de Controle
Operacional, no momento do recebimento da comunicação.
A CC é o conjunto de informações que dizem respeito ao acidente, devendo ser emitida através
de e-mail, telefone, fax, rádio ou qualquer outro meio de comunicação disponível.
Estas informações são compiladas e expedidas aos órgãos da empresa envolvidos com o acidente,
entre eles:
— via permanente, oficina de reparação ou manutenção de material rodante, rede aérea, sinalização
e telecomunicação da jurisdição do local do acidente;
— comunicação social;
— segurança patrimonial;
— órgão jurídico, quando houver vítima, danos materiais a propriedade de terceiros ou de propriedade
da empresa com presunção de responsabilidade de terceiros;
Durante o atendimento ao acidente, havendo modificação substancial de qualquer item contido na CC,
deve ser emitida sua complementação sob forma de adendo e endereçada a todos os destinatários
da CC anterior.
— trem(ns) envolvido(s):
— prefixo;
— passageiro;
— existência de vítimas:
— nome, matrícula ou registro e órgão de lotação da equipagem do(s) trem(ns). Se o acidente for
em pátio de estação aberta, devem ser colhidas as mesmas informações do pessoal em serviço
na estacão;
— hora prevista para a liberação da via com indicação do responsável pela previsão;
— concedente;
— condições gerais da travessia (nível, aclive, declive, curva, iluminação, quantidade de vias etc.);
— condições específicas (condições não atendidas pelo veículo rodoviário e condutor - Condi-
ções do Código de Trânsito Brasileiro);
— condição de serviço (caracterização do que não estiver de acordo com projeto da PN - situa-
ção em planta e perfil/situação da pista de rolamento e passeios etc.);
— outras informações.
— séries e números dos vagões descarrilados, tombados, semitombados etc., além das distâncias
percorridas, em metros, pelos veículos acidentados;
— outras informações.
Anexo A
(informativo)
A.1 Descarrilamento
A.1.1 O descarrilamento provocado pelo material rodante pode ser causado por:
— fratura de eixo;
— fratura de roda;
— fratura de peças;
— peças em arrasto;
— queda de peças;
— outras.
A.1.2 O descarrilamento provocado pela via permanente pode ser causado por:
— fratura de trilho;
— trilho desgastado;
— caminhamento de trilho;
— dormentação deficiente;
— pregação deficiente;
— pregação insuficiente;
— socaria imperfeita;
— linha desbitolada;
— junta arriada;
— abatimento de plataforma;
— agulha defeituosa;
— agulha fraturada;
— deslizamento de aterro;
— deslizamento de corte;
— fratura de solda;
— fratura de AMV;
— boleto esmagado;
— empeno de trilhos;
— empeno de agulha;
— deslocamento da via;
— outras.
A.1.3 O descarrilhamento pode ser causado, além das causas enumeradas em A.1.1 e A.1.2, por:
— deslocamento da carga;
— carregamento irregular;
— excesso de velocidade;
— corrida do veículo;
— falha funcional;
— obstáculos na via;
— ação de terceiros;
— calamidade;
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— disparo de trem;
— fracionamento de trem;
— queda de barreira;
— outras.
A.2 Colisão
As colisões podem ser causadas por:
— avanço de sinal;
— sinalização incorreta;
— licenciamento incorreto;
— corrida de veículo;
— falta de marco;
— ação de terceiros;
— desrespeito ao sinal;
— obstáculo na via.
— combustão espontânea;
— curto-circuito;
— vazamento de inflamável;
— ação de terceiros;
— outras.
A.4 Atropelamento
A.4.1 O atropelamento de pessoas pode ser causado por:
— desobediência ao sinal;
— falta de sinalização;
— suicídio;
— outras.
— falta de cerca;
— porteira defeituosa;
— falta de fosso;
— sabotagem;
— outras.
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Bibliografia
[1] Ocorrência Ferroviária: Terminologia e Classificação – NDSE.001 – Rede Ferroviária Federal S.A.
– 1984
[2] Ocorrência Ferroviária: Comunicação – NDSE.002 – Rede Ferroviária Federal S.A. – 1984
[3] Ocorrência Ferroviária: Apuração – NDSE.004 – Rede Ferroviária Federal S.A. – 1984