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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

LICENCIATURA EM HISTÓRIA
HISTÓRIA MODERNA 1
FERNANDA RIALTO SCAPINI

Com base no texto “O homem que dividiu o mundo” (Capítulo 6 do livro “1494”,
de Stephen Bown), explique em que medida as relações pessoais e políticas entre os
reis espanhóis Fernando e Isabel, e o Papa Alexandre VI (Rodrigo Bórgia), vieram
a impactar as relações diplomáticas entre Espanha e Portugal, no que diz respeito
ao que foi estabelecido quanto à divisão de mares e terras “descobertos” e/ou “a
serem descobertos”.
Segundo Bown, os reis da Espanha, Fernando e Isabel solicitam ao Papa
Alexandre VI sobre quem deteria as terras descobertas ou que ainda seriam descobertas,
por Colombo. Já haviam ameaçado João II, de Portugal, para que respeitasse essas
descobertas como deles. Havia, entre a Espanha e Portugal, o Tratado de Alcáçova, mas
os reis da Espanha sabiam que para aquelas terras esse tratado não se aplicaria. O Papa
Alexandre VI conhecia Fernando e Isabel já há algum tempo, havia providenciado o
casamento dos dois com legalidade perante a Igreja. Gratos a ele, providenciaram terras
quando era cardeal e ajudou os filhos ilegítimos do Papa quando necessitaram.

A decisão Papa Alexandre VI sobre essas terras o fez emitir três bulas,
conhecidas como as mais significativas já escritas. Nessas bulas, o Papa anunciava que
poder a Fernando e Isabel e seus descendentes dessas terras, porém, tudo de forma
muito superficial e imprecisa, os reis não ficam contentes e mandam, novamente,
alguém ir falar com o Papa. Nessa conversa, há uma explicação ao Papa sobre o poder
militar dos espanhóis, a lembrança de que era sua terra natal e o quanto havia sido
afortunado com suas terras na Espanha. Com a pressão política, Papa Henrique VI
concede direito às descobertas da Espanha para além do Atlântico. Emite mais duas
bulas, reformulando as primeiras.

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