Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A carta começa a ser narrada a partir do momento que a frota portuguesa partiu de
Belém e chegou as ilhas canárias. No dia 21 de abril, surgiram os primeiros indícios de
que havia terra próxima, dada pela presença de ervas compridas, o que na carta, o
escrivão chama de botelho. No dia 22, avistou-se o que chamaram inicialmente de Terra
de Vera Cruz, onde podia se observar o Monte Pascoal, um monte alto.
A Carta de Pero Vaz de Caminha, segundo a data, foi escrita no dia primeiro de maio do
ano de 1500 por Caminha, que era o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. A carta
foi redigida para Dom Manoel I, também conhecido como ‘Bem Aventurado’ ou ‘O
Venturoso’, com o objetivo de comunicar o descobrimento do Brasil. Como os
portugueses chegaram em Porto Seguro, na Bahia, Gaspar de Lemos, um grande
navegador dessa época, ficou encarregado de levar a carta até Lisboa.
Por mais de dois séculos, a Carta de Pero Vaz de Caminha manteve-se guardada em
Lisboa, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. O arquivo foi fundado na Idade
Média e existe até os dias de hoje em Portugal, sendo caracterizada assim como além da
mais antiga, uma das únicas instituições desse período ativas até os dias de hoje. Foi no
século XVIII, mais precisamente no ano de 1773 que José de Seabra da Silva descobriu
a Carta de Pero Vaz de Caminha. O padre português Manuel Aires de Casal, que
também exercia a profissão de historiador e de geógrafo, foi o responsável pela
publicação deste documento em terras brasileiras, no ano de 1817.