Você está na página 1de 24

AO USO DO

G . . O . . L U Z . .

RIO D E J A N E I R O „

NA T Y P O G R A P H Y AUSTRAL
BECO DOS QUARTÉIS 21.

1836.
DOS

A Gr. Diecta extraordinaria, o conslituinlo da


Mar. Luz. reunida debaixo dos Ausp. d o G. A.
do L. aos :j5 do " r m. do A. da Y. L. 5800 lo-
iikuhIo em consideração a insuficiência da antiga
Constit. Mac. P o r l u g . , e a t t c n d e n d o á u r g e n t e
necessidade de marcar as qualidades necessárias
nos A d e p t o s , declarar os direitos, e d e v e r e s dos
l/ivr. Mac. c L L P o r l u g . , e traçar a linlia divi-
sória dos diversos p o d e r e s , c u j a c o n f u s ã o ha sido,
c seria sempre p e r n i c i o s a , tem d e c r e t a d o , e de-
^ creia o seguinte.

CAPITULO I.

Das qualidades dos Prof, para ser Mae.

i . Prof, algum será iniciado Mac. sem a idade


c o m p e t e n t e de 21 a n n o s , bons c o s t u m e s , boa
r c p u l a c ã o , subsistência honesta.
l>. U indiscreto, pussilanime, e g o i s l a , e ini-
B*

t;
migo do Governo R e p r e s e n t a t i v o , não deve ser
reeouheeido Mae. , seja qual for a sua Jerarchia
Prof.

C A P I T U L O II.

Dos Mitç. , seus direitos, e deveres.

r>. Fica constituído Mae. o iniciado em luima


L . perl ei t a ; mas não será reconhecido Mae.
regular senão o q u e pertencer a liuma L. da
c o m m u n b ã o do G. O .
/|. T o d o o Maç. tem direito a bencPicencia,
e protecção dos seus I. ; porém só o regular gosa
da p r o t e c ç ã o , e benef. d o G. Or, , c das L . d o
seu Circulo.
5. T o d o o Maç. regular be igual perante a
L e i , seja qual for o seu gráo.
(). A cada hum he licito passar de liuma para
outra L . , intervindo os precisos requisitos; mas
não deve pertencer a o m e s m o tempo a mais d e
liuma L.
7. T o d o o Mac. tem direito a pedir gráos e m
recompensa de serviços leitos á Orel, ou á P a -
tria.
8. T o d o o Maç. tem direito de votar em t o -
dos os negocios da sua ,L., excepto naquelles
que lhe disserem r e s p e i t o , ou a gráo que elle
não lenha.
<). .Nenhum Mae. regular poderá ser julgado
por suas faltas, ou c r i m e s , senão em sua respe-
ctiva L.
10. 0 Maç. que deixou de ser regular será
julgado na L. a q u e p e r t e n c e r ; se tiver p e r t e n -
cido a muitas, na u l t i m a ; e se a n e n h u m a , iia-
(piella (pie a G. L . nomear ad hoc.
1 1 . Os direitos dos Maç. são suspensos pela
pronuncia de crime que tenha por pena a perda
dos mesmos direitos, e são perdidos por senten-
ça coudemnatoria passada em julgado, ou por
separação voluntária da commuiihão d o G . 0 .
19.. São os principaes deveres do Maç. ser
beneficente constante, d ó c i l , e obediente ás de-
terminaçoens, e Aulhoridades Mac. , ser toleran-
t e , guardar assiduamente os segredos da O l d . ,
trabalhar, e fugir á ociosidade.
í.). Km lodo o caso lie sempre salvo ao Maç.
o direito de recurso em ultima instancia ao (i.
(Jr.

CAPITULO Hl.

Das L. , seus direitos, c deveres.

i/|. A reunião d e sete Maç. para o fim de


trabalharem, fazerem progressos, e instruirein-
se na arte M a ç . , conslitue luima L. perfeita.
i 5 . T r e z e Maç. regulares reunidos por Carla
Valente da i n s t a u r a ç ã o , do G. 0 . , compoem
1 ' i m a L. perfeita, e regular.
if). Será lambem regular aquolla L. do on Iro
O. , que procurar conlederar-se on on Irar ua
communhão do G. U. , o d'elle o b l i v e r Carla
I'alenle de filiarão, seja qual lor a sua locali-
dade.
A L. regular lie composla de sele Dignit.
e seis O l l i c . : aquellcs são liuin Y e n . , hum 1.
Aig. M. , hum if. Yig. M . . hum Orad. M . , h u m
Secrel. M. , hum Chanc. 51. e (1. S. ; estes são
hum \\. de C e r e m . , ] . , e :>. lL\p., luuu Arch,
decorad. , (1. in|. e e\l.
18. O. Von. deverá ler o gráo de C. Pt. C. ,
(' os mais Digiiil. e Ollic. deverão ler p e l o menos
o (Iráo de M.
i(). Todos eslos Dignit. e Ollic. são cleilos
annualmenl(>, e serão elegiveis lodos os 11. da
L. seja cjual Cor o seu gráo.
na. Eslas eleições serão feitas no i . dia do
1'». Hl. d é c a d a a n n o ; mas os eleilos só lerão
posse e e x e r c i d o no i. do 1. mez.
:íi. Aão he prohihida a reeleição dos D i " u i l . ,
e Ollic. da I,
Oada L. regular será designada por h u m
lilulo <pie exprima a anliguidade de sua instau-
ração, ou filiação no (!. ().
•'-!.). Os membros de cada L. regular serão re-
conhecidos por nome de g u e r r a , e hum li luto
que corresponda á anliguidade da sua L. , e a
quelle quo occupar no seu Quadro.
a I- '(H'a a b. regular lie Soberana porque
lhe c o m p e l e exercitar dentro om si os poderes
Legislativo, E x e c u t i v o , e Judiciário.
2 5. Os dois primeiros destes p o d e r e s serão
exercitados immediatamente pela L . , e o ulti-
m o por delegação a h u m a Commissão Judiciaria
composta de tres M e m b r o s , que será p e r m a n e n t e
p e l o tempo da eleição da L.
26. Pertence por tanto a c a d a L . r e g u l a r , 1. 01-
«anisar seus estatutos, e quaesquer outras Leis
relativas á sua p o l i c i a , e e c o n o m i a ; 2. executar
as suas próprias determinações; ">. lazer julgar
por meio da Commissão Judiciaria os Mac. do
seu Quadro.
27. Pertence-lhe além disso administrar seus
f u n d o s , e rendas, eleger 110 tempo competente
os seus Dignit. e O l h e . , os seus Representantes
para a G . D i e t a , o seu D e p u l . para a G. L . , e a
sua Commissão de Justiça.
28. Só á L . regular compete iniciar regular-
mente Prol'., regularisar, e filiar M a c . , o que
nunca poderá fazer-se por meio de Commissão.
2í). Toda a L. regular tem direito de conferir
aos Membros do seu Q u a d r o os grãos symboli-
cos, p r e c e d e n d o approvação dos II. do respe-
ctivo g r á o , e intervindo o interstício de seis Ine-
zes pelo menos de gráo a g r á o , o q u e nunca fará
por c o m m u n i c a c ã o , mas somente em L . aberta
110 gráo que quizer conferir.
5o. Compete t a m b é m a toda a L . regular ele-
var os seus Membros aos gráos mysteriosos, liuma
voz que lenha decorrido o inlerslicio pelo m e -
nos de hum anno de gráo a gváo, e que lenha
no seu Quadro o numero de 11. do g á r o que se
p r o p õ e m , e que exige o ritual Mac. c o m os quaes
possa approval 1 o C a n d i d a t o , e conferir-lhe o
gráo precedendo confirmação da G. L .
5 i . Quando não tiver em seu Q u a d r o o n u -
mero d e l i . exibido pelo ritual íará à G. L. pro-
posição motivada de Candidato para que ella o
approve, e lhe mande conferir o gráo.
.'):•!. INão poderá iniciar, nem regularisar Maç.
sem receber huma joya , que nunca será menos
de r>6$ooo, exceplo quando circunstancias da
sua localidade exigirem alguma diminuição, pre-
c e d e n d o nesle caso a approvação da G. L .
:>:>. I\ão poderá tão pouco iiliar Maç. ÍXacio-
nal ou Estrangeiro, sem receber h u m a joya que
não será menos de ôiff)'200 para aquelle , e
(i($>/|00 para este, n e m conferir aos seus Apr. ,
os outros grilos symbolicos sem p e r c e b e r outra
j o v a , que não descerá de 2$)000 pelo 2 . , c
7)íjf)000 pelo 5.
5 '|. Toda a L. regular deverá reunir-se ao me-
nos h u m a vez cada mez em Sessão de institui-
ç ã o , na qual será lida a presente Constituição,
e serão oílerocidas, e discutidas, proposições para
o m e l h o r a m e n t o , e prosperidade da Orel., ou
da Patria, as quaes proposições sendo importan-
tes serão remei tidas pela L . , ou á G. Dieta se
estiver reunida, ou á G. L .
55. Deverá ter hum Livro Mestre, onde es-
creva o nome dos seus M e m b r o s , e as observa-
ções q u e fizer a seu respeito.
.")(). JNonhuma L . poderá ter em seu Q . mais
de f)C) Irabalh. e só tpiando tiver o numero d e
81 peio menos, poderá r e q u e r e r , ou consentir
<jiie se requeira a instauração de nova L . íilha
do seu seio, e para o seu mesmo O.
5 " . T o d a a L. regular deverá remetter á G.
L. os nomes daquelles que nella forão reprova-
dos, dentro do prolixo tempo de oito dias depois
da reprovação.
58. l i e m e l l e r á igualmente á G. L . de três em
Ires mezes o seu Quadro com observações rela-
tivas aos seus Membros.
5r). A correspondência das L . regulares das
Províncias (lis-Athlanticas do R e i n o L u z . será
sempre directa com a G. L. independente da G.
L P . , ou Gapilulos que lição vedados como tro-
peços ao expediente do Governo Mae. d'aquem
mar.
'jii. Nenhuma L. regular poderá pertencer ao
0 . ou Gap. Estrangeiro, nem aliar-se com elles,
salva sempre toda e qualquer correspondência,
(jue lhe convier.
/|i. ISão porá em execução os Estatutos, o u
quaescjuer outras leis, que l i z e r , sem o Placet
da G. L . , e se esta lhe negar poderá recorrer
á G. D .
/| 1, São lambem deveres de toda a L. regular
10 —

observar, e fazer observar, e religiosamente <mar-


dar a presente Constituição, obedecer ás deter-
minações do Governo Mac., beneficiar e prote-
ger os Maç. regulares, preferindo sempre os do
seu Quadro, cuidar com todo o z e l o , e activi-
dade em promover a p a z , c união entre os seus
Membros, evitar a corrupção dos costumes, fon-
te cie males que tanto tem pezado sobre a nossa
A. U. , ser muito escrupulosa e circunspecta na
admissão de P r o f . , regularisaeão, e filiação de
Maç reconhecidos, despir-se de toda a condes-
cendência nas eleições, não approval- cegamente
qualquer Peç. d A r c h . que lhe apparecer, h o n -
rar a memoria dos seus obreiros fallecidos, e am-
parar c proteger as suas viuvas, c orfãos, se
precisarem.

C A P I T U L O IY.

Do G. O. , c sua divisão.

/|3. O G. O. lie o centro único da confede-


ração das L . , e onde reside o Governo geral da
0 . d dos Livres Maç. do Reino e dos Paizes que
se lhe aggregarem Maç.
4<í- O G. o dividc-sc em G. Dieta; em G.
n' C I0®
, í""' d c J u s L • ' a s quaes exercitão
o poderes eg.slativo, executivo e judiciário
como adiante se verá.
45- Todos estes poderes são independentes no
= « i s r o s *

C A P I T U L O y.

Da G. Dicta, c suas altribuirõcs.

/|6. A reunião dos Representantes das L da


f.nunnunhão do G . 0 . forma a C . Dieta a m
o« l.c const,tuinte., ou constituída. ' ^

dokT> ° , a c o n s t ' t l l i d a he composta de


d o . W o S C „ , a n t e s ordinários por c a l L. I
e lo o a constituinte de mais hum represeu-
cada L a ° 110 d0s * * 01 'diuarios por

S < 4 8 f i i 0 l n ? ° Í T ^T-'osen,antes ordinários


riins no 1 ^solula T , Cis-ma-
c 1 . • 1 d° 1 2 - ° m e z do ultimo anno ,1c

Í t S ^ o l n C m , a l MaÇ" c,;m
lidado. qUC CXJg,r a sua loca-
49- Os extraordinários são eleitos pelo mesmo
modo quando forem necessários, devendo r e c

. L < porem as do ultramar em razão th lis


j a n ™ poderão eleger livremente ^ ^

fio. P o d e m ser representantes todos os Mac


egulares sem distinecao de g r á o ; mas o ^
— 12 —

for elcilo não poderá reger os trabalhos de L ,


alguma.
5 i , A reeleição dos Representantes não lie
vedada, e lodos tomarão assento na G. Diela
revestidos do gráo d e C . R . C.
5:í. À s funcções dos Representantes ordiná-
rios durarão Ires annos, e as dos extraordinários
cessarão logo que tiverem preenchido os fins
para que forão eleitos.
5 5 . Faltando algum a L . respectiva elegerá
immcdiatamente q u e m o substitua.
5,'|. Os Representantes devem trazer das suas
L . procurações por t o d o s , assignados os Digni-
tários, e Oil", deila, que forem presentes á vol-
tarão.
55. Estas procurações serão verificadas na oc-
casião das reuniões da G . Dieta por huraa Com-
missão nomeada ad hoc pela G. L .
5íi. A G , Dieta constiluida reunir-se-ha liuma
vez cada anno ao 0 . no i.° dia do i ° u i e z , e a
constituinte só p o d e r á reunir-se depois de haver
sido discutida e declarada a sua necessidade , e
depois de ordenada a sua reunião na conformi-
dade dos artigos (So e () i.
5". Os Representantes sendo reunidos, e pre-
sididos pelo (.;, M. ou por quem o substituir no
seu impedimento, elegerão d e n t r e si á plurali-
dade relativa o Presidente, Vigil., e S e r r e i . da
G . Dieta.
58. As Sessões annusics da G. Diela Conste-
luida durarão hum m e z , e até dois sc os dois
terços dos Representantes convierem nisso, ou
sc o G. M. o r e q u e r e r , appresentando motivos
que pareção justos á maioria dos mesmos Repre-
sentantes.
59. São attribuições da G. Dieta constituida:
i.° Fazer leis geraes administrativas.
it." Fiscalisar a receita, e despeza M a c . , e ta-
xar as colisações que as L . do Circulo devem
prestar ao G. O ,
.")." Inspeccionar a correspondência e alianças
feilas com os G. 0 . Estrangeiros.
4.° Deliberar sobre tudo o que a G . L . , ou a
Camara de Justiça, ou qualquer L. da Commu-
nhão submetter á sua consideração.
5.° Tomar conta dos processos ultimados, dos
que se não ultimarão, e p o r q u e .
(>.° Ele 'ger no 1 d c cada legislatura (depois
de haver exercido as altribuições precedentes) o
C . M. e mais G. Dignit. da G . L . , o G. Juiz e
mais vogaes da G. Camara de Justiça.
Cio. T a m b é m compete á G. Dieta constituída
fazer observações a aquelles dos Arts, da pre-
sente Constit. que o tempo for mostrando que
precisão de ser reformados , ou addicionados.
t i l . Estas observações serão postas em discus-
são no ultimo anno de cada legislatura, e então
se dois terços dos Representantes convierem na
necessidade dc se reformar a Constituição, a 0 .
Dieta Constituida ordenará á G. L , que ausc as
L . do Circulo para que elejão, além dos Repre-
sentantes ordinários os extraordinários, e q u e
os authorisem com especiaes poderes para f a z e -
rem a dita reforma.
(ia. A reunião destes Representantes assim
authorisados formará a G. Dieta Constituinte.
63. As allribuições desta G. Dieta Constituin-
t e , são todas as que competem á Constituída, e
além dessas as de poder reformar a Constituição
naquella parte para que for aulhorisada.
6/j. As Sessões desta G . Dieta durarão até
dons mezes se preciso 1'or.
65. Feita a reforma a G. Dieta Constituinte
será dissolvida, os Representantes extraordinários
acabarão a sua representação , e os ordinários
continuarão a reunir-se nos annos seguintes e m
Dieta Constituída.
Ob. bin bmna e outra G. Dieta os negocios
serão decididos á maioria de votos.
67. Para melhor regularidade de seus traba-
lhos, a primeira G. Dieta que se r e u n i r , fará
bum regulamento interior, que sirva para aquella
Legislatura.

CAPITULO YI.

Da G. /,. c suns allribuições.

A (i. L. será composta de 9 G. Digiiit. ,


— i5 —
hum Deputado por cada L. da C o m m u n h ã o do
aquém mar, e hum Plenipotenciário por cada
G. L. Prov. d'ultramar.
69. Os 9 G. Dignit. são o G. M. C h e f e da
Mac., os 2 G. V i g . , o Gr. Orad. , o G r . Secret. ,
o Gr. Mest. de G e r e m . , e o G r . Arch, todos elei-
tos pela G. Dieta, conforme o Art. 5 9 , o G .
Thefc., c o G. Chanc.
70. Podem ser eleitos todos os Mae. regula-
res cm exercicio dos seus direitos, mas os D i -
gnit. e Off. das L . deixarão os empregos, que
nella exercerem logo que forem eleitos.
7 1 . As fuucções dos G. Dignit. e deputados
da G . L. durarão tres ânuos, c todos devem
ter o gráo de C. R. 0 .
72. IIc permittida a reeleição dos Membros
da G. L .
70. A G. L. ramir-sc-ha cm Sessão ao menos
huma vez cada m e z , e extraordinariamente por
convite do G. M.
74. Compete á G. L . insfciurar, e filiar L. .
de manter correspondências , e fazer alianças
c o m os G. 0 . Estrangeiros, e nomear Plenipo-
tenciário junto delles.
75. Além disso compete-lhe examinar os Es-
tatutos, e quaesquer outras Leis que fizerem a.s
L . do Circulo; não sendo contrários á Consti-
tuição c Ritos da O r d . , a G. L. dar-lhes-ha sem
dilação o seu Placet; e sendo, remette-los-lia ás
respectivas L. com as observações que julgar con-
— íG —

venientcSj para quo e l l e s , ou os r e f o r m e m , ou


rccorvão á G. Dieta.
- 6 . T a m b é m compete á G. L . confirmar os
Grãos sublimes aos Candidatos approvados pelas
L . „ approvar aquelles que por cilas forem p r o -
postos,, e mandar-lhes conferir os ditos gráos
conforme o Art. 5 i .
^r. C o m p e t e - l h e igualmente administrar os
fundos e rendas do G. 0 . , e approvar a diminui-
ção das Joyas do Inic. , ou reguíarisação, segundo
o art. 3a.
A G. L . exigirá os Quadros das L. da
Communhão j e inspeccionará por meio de vesi-
tadores os trabalhos das mesmas L. ao menos
huma vez cada anno.
79. Logo que a G. L. tiver documentos rela-
tivos ás irregularidades praticadas por alguma L .
lenielte-los-ha á Camara de Justiça para q u e
esta use da sua jurisdicção.
80. A. G. L . mandará processar segundo o
artigo í o . , os Mac. irregulares,, que tentarem
eonlra a O r d . , o u contra a Patria.
81. Convocará extraordinariamen te a G. D i e l a ,
quando julgar conveniente a b e m da o r d e m , o u
da Patria.
82. Hum dever sagrado da G. L. he executar ,
c fazer executar escrupulosamente a presente
Constituição, e Leis da G. D i e t a , observar, e f a -
zer observar os Ritos da Ord. •. , fazendo em am-
bos os casos eííectiva a responsabilidade d o s Q r a d .
cias L. que se não oppozerem ás infracções, ou
que^oppoiido-se as não participarem á G. L.
83. l i e outro dever da G. L. p r o t e g e r , e soc-
correr os Maç. Estrangeiros, verificando primei-
ro os seus Diplomas, e necessidades, c os JNacio-
n a e s q u a n d o as suas respectivas L . não p o d e r e m ,
o u quando elles sendo das Províncias d'áquem e
álem mar se acharem nesta Melropoli.
8/j. A G. L . disvelar-se-ha em manter a boa
o r d e m , e harmonia entre as L. da Communhão.
85. Dará annual mente á G. Dieta huma conta
exacta do estado de todas as L. do Circulo da
Correspondência, c allianças feitas com os G. O.
Estrangeiros, e do estado de finanças do G. 0 .
8(). Poderá propor á G. Dieta qualquer plano
de melhoramento, que lhe parecer conveniente.
_ 8 ; . Cuidará no prompto expediente dos nego-
eios das L. da C o m m u n h ã o , para o que nomeará
Secretários a d j u n c t o s , que serão gratificados.
88. Será muito exacta em participar com a
maior celeridade a todas as L. regulares os nomes
dos reprovados em algumas d elias.
89. Communicará as suas determinações ás L.
por meio de offic. timbrados, e assignàdos pelo
menos pelo G. Secret.
()o. A correspondência immediata com os C
0 . Estrang. , as Cartas Patentes de Instauração,
ou riliação, as Credenciaes dos Plenipotenciá-
rios, e os Diplomas, e Cartas de gráos, serão as-
siguadas por todos os G. Dignit. da G. L.
c
— i8 —

9 1 . Todos os negocios serão decididos á maio-


ria de votos.
92. Para regular os seus trabalhos , e facilitar
o expediente de sua Secretaria, a G. L . proporá
h u m regulamento interior que será submettido á
sancção da G. Dieta.
g3. Em falta do G. M. tomará o malhete o G . 1.
Yig. , e na falta destes os G. Dignit. immediatos.
94. Em falta de algum G. Dignit. o G. M. no-
meará provisoriamente algum dos Deputados q u e
o possa substituir.
9&. Sc faltar algum Deputado a L. respectiva,
por aviso do G. M. elegerá outro.

C A P I T U L O VII. •

Da Camara dc Justiça > c suas attribuições.

96. A Camara de Justiça lie composta de 7


Membros a saber: o G. J u i z , q u e lie o seu P r e -
sidente, e seis vogaes.
9 " . Estes Membros serão eleitos pela G. D .
segundo o art. , e suas f u n c ç õ e s durarão Ires
annos.
98. São elegiveis todos os Maç. regulares e m
exercício dos seus direitos, e não he prohihida
a reeleição; mas os Dignit. e Oíliciaes, e os M e m b .
das Commissões Judiciarias das L . deixarão seus
empregos se forem eleitos.
99. A' Camara de Justiça c o m p e t e : 1. Coiihc-
— »9 —

ccr e m primeira e segunda instancia dos proces-


sos feitos ás L. ; 2. das appeJJações vindas das
mesmas L .

1 No primeiro caso três vogaes nomeados


pelo G. Juiz formarão o Juizo da primeira instan-
cia, e os três que restão com o m e s m o G. J u i z ,
formarão o da s e g u n d a , e então no caso de e m -
pate terá lugar o calculo de Minerva.
í o i . JNo 2. caso o G. Juiz distribuirá as appel-
laçoes entre os v o g a e s , n o m e a n d o sempre tres
para cada processo.
102. Ao G. Juiz compete sempre o voto c o n -
sxdtativo salvo no Juizo de segunda instancia de
q u e trata o art. í o o , em o qual tem voto delibe-
rativo ; além disso p e r t e n c e - l h e presidir a todas
as reuniões da Camara , dirigir e inspeccionar os
seus trabalhos.
i o 5 . A Camara de Justiça reunir-se-ha quan-
do f o r necessário; as suas decisões serão tomadas
á maioria de votos, e os seus Membros terão o
G r á o de C. Tu C.
104. No impedimento do G. Juiz presidirá o
vogal mais antigo na ordem da eleição , e se faltar
algum dos vogaes o G. M. nomeará provisoria-
mente algum M. Maç. regular nos termos do art.
98 q u e o substitua.
— 20 —

CAPITULO YIIL

Governo Maç. Ultramarino.

105. Toda a P r o v i n d a ultramarina do Reino


L u z . , que tiver dentro dos seus limites Ires L.
regulares pelo menos, formará em sua respectiva
Capital liuma G. L. P. e liuma Camara de Jus-
1 iça.
106. A G. L. Provincial será composta á ma-
neira da G. L . do G. O. L. , de () Dignit. e hum
Deput. por cada L. do circulo da P r o v i n d a .
107. A Camara de Justiça será composta de 7
vogaes inclusive o C. Juiz Prov. segundo o art. ()6.
108. Assim os C. Dignit. da G. L . P. como os
vogaes da Camara de Justiça, serão eleitos pela
Assembl. Licit, da Pr.
109. Esta Assembléa Eleitoral será composta
de Eleitores nomeados pelas L. da Communhão
da Província na razão d e a por cada L.
110 Os Eleitores deverão ser escolhidos de en- j
tre os II. do respectivo Quadro sem dislineção
de gráo , e deverão apresentar procurações na for-
ma do art, 5/| , as quaes serão verificadas por liu-
ma Commissão nomeada pela G. L. P. existente,
e quando a não houver pela L . mais antiga da Ca-
pital da Prov.
1 1 1 . A Assembléa Eleitoral depois de verifica-
da reunir-se-ha na Cap. da Prov. 110 anlopenul-
í imo dia do 12. mez do ullimo anno de cada p e -
— 21 —

riodo trieiMial Mac., c alii depois de eleger d e n t r e


•seus membros o seu Presidente, e S e c r e t . , pas-
sará logo a eleger os G. Dignit. da G . L. P. <>
OS vogaes da Camara de Justiça, feito o que dis-
solver-se-ha immedialamente.
n a . São elegiyeis para a G. L. P. os designa-
dos no art. ; o , e para a Camara de Justiça aquel-
les que o puderem ser pelo art. 98.
nT). As fimccõcs dos Memb. da G. L . e Cam.
Prov. durarão 5 annos, e todos deverão ter o iiráo
de C. Pv. C.
11 I- Se faltar o G. M. P. antes do ultimo
iu.no da Legislatura., a Assembléa Eleitoral tor-
nara a reunir-se para eleger quem o substitua;
se porém faltar qualquer outro Dignit. , Deput. ,
<>u vogal da Cam. o b s e n ar-sc-ha o determinado
nos arls. 9 , e 9,").
110. A' G. L. P. competem as attribuicões
concedidas á C. T, do G. O. L . , á excepcãÓ de
poderem lazer allianças com os G. O . Estran-
geiros, e nomearem Plenipotenciários perante
o lies.
ii(). São deveres particulares de cada liuma
G. L . P. dar conta todos os Simestres pelo me-
nos, á G. L . do G. O. I , «Io estado geral da
Prov. e particularmente das L. de seu Circulo;
propòr á C. Dieta qualquer objecto de Lei que
julgar com enienle á sua P r o v . ; soccorrer a Iodos
os Maç. regulares assim Naeioiiacs c o m o Estran-
geiros que chegarem ao seu Ü. ; e íinalmente
— 22 —

nomear Plenipotenciário junto á G. L . do G. 0 .


L u z . , que possa advogar os interesses, e m a n t e r
a correspondência da P r o v i n d a .
1 1 7 . A ('amara de Justiça Prov. goza de Iodas
as [acuidades declaradas 110 Cap. 7.

CAPITULO IX.

Disposições diversas.

118. A Maç. L u z . só a d m i t l e , e r e c o n h e c e os
Ires Grãos Symb. d'Ap. C o m p . e M. , e os q u a -
tro M y s l e r . , ou Subi. de El. S e c . , Gr. El. E s c . ,
(!. do Or. , e C. 11. C. ; mas p e r m i t l e q u e d e -
baixo dos auspicios do seu C. O. trabalhem L.
de qualquer Kilo Maç.
IH). A lira Maç. «laia da C r e a ç ã o do M u n d o
da A', b . , e anuo do dia 21 de Março o primei-
ro do primeiro mez Maç.
_ 1 : í 0 - São dias de Gala M a ç . , e Festividade os
dias \ c 26 do 8. m e z , 11 do 7 . , e 6 do 1 1 . , 4
do j . , 7 do io. , e 11 do 1.
121. O dia 28 do 7. mez he f ú n e b r e , e de
hilo extenso na Maç. L u z .
122. Adoplar-se-ha liuma cifra c o m m u m a
todas as L . do Circulo L u z . para os o b j e c t o s q u e
as exigirem.
12"). Os Fundos, e Rendas d o G. O . L u z , re-
zullao:
23 —

1 D a s Cotisações annuacs das L L .


a.° Das Joyas dos Subi. Gráos.
1 5 Í D 0 S D i P l o m a s f l o s mesmos gráos, c Cartas
de Mae. passadas pela G. L.
f\.° Das Cartas Patentes de Instauração e Fi-
liação de L .
5.° Das multas impostas ás L L . nas R e p a r t i -
ções do G. 0 . Luz. na conformidade das L e i s ,
e penas,
i a/,. A quantia minima das Joyas dos Gráos
' de / j ^ o o o reis pelo 4 . , 5 $ o o o reis
pelo 0. b $ o o o reis pelo tí., c 7 $ 0 0 0 reis pelo
7. O valor mínimo dos Diplomas dos referidos
grãos e Cartas de M. he 4 $ 8 o o , c o das Cartas
l a t e n t e s de Instauração, ou Filiação a 5 $ 6 o o .
A quantia das Cotisações das L . será marcada
pela G. Dieta.
i a 5 . Os Cav. R . C . regulares só poderão ini-
ciar , e conferir gráos na conformidade das suas
prerogativas a dez logoas de distancia de alguma
L . regular.
126. E m nenhuma das Repartições do G . 0 .
L u z . se poderá decidir negocio algum sem que
, estejão presentes á votação, dous terços dos seus
respectivos membros.
127. A presente Constituição não poderá ser
alterada antes de tres annos depois da sua pu-
blicação.

F e i l u , assigaada, c publicada 110 O r . de


- 2Í -

lisboa aos 8 cl. do 9. m e z do anno da V. L .


5b2i.

Está conforme , &.

Tor mandado da G. L.
Danúbio. C. Px. G.
Secret. Adj.

F I M.

Você também pode gostar