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400.5 1.3- DOSSIÊ SOBRE A GENEALOGIA DA FAMÍLIA BEZERRA DE MENEZES. 1856-1995.


em Natal, RN, o IHGRN patrocinou a apresentação do livro Montenegro: a história de wna
famflia, da escritora Maria Yolanda Montenegro Tavares. Dia 3 de julho. E, no Rio de Janeiro e
CARTA MENSAL
em Salvador, nosso confrade Luiz Alberto Moniz Bandeira (Frankfurt, Alemanha) autografou o COLÉ610 BRASILE.IRO DE 6ENEALOOIA
seu O feudo, sobre a Casa da Torre, de Garcia d 'Avila . O livro teve prefácio do Ministro da
ANO Xlll -lfl 56 - JUL/SET/2000
Cultura, Francisco Weffort. Já em São Paulo, a ASBRAP se mobiliza para o próximo lançamento
Redaç!lo: Victorino Chennont de Miranda
do 6ll número de sua revista, anunciado para o trimestre próximo. • • Noticias de sócios: Sônia S;).'
Collares Moreira tomou posse na Cadeira rf 9, patronimica de Nair de Teffé, da Academia
Nacional de Letras e Artes; Paulo Carneiro da Cunha e Cybelle de Ipanema foram agraciados com
VELHOS TRONCOS BRASILEIROS
a Medalha Alda Pereira Pinto, da mesma Academia, e Roberto Guião de Souza Lima publicou no
jornal Diário do Vale, de Volta Redonda, artigo intitulado "Patrimônio, povo, cidadania e
IX - Os Alves, da Bahia
educação", conclamando a elite polftica e educacional daquele município a lutar pelo resgate da
memória histórica da cidade . •• O Colégio recebeu com alegria, o retomo a seus quadros do O sargento-mor reformado, de segunda linha, Antônio José Alves, avô paterno de Antônio
embaixador João Hermes Pereira de Araújo, diretor do Museu Histórico e Diplomático, do de Castro Alves, era filho legítimo de José <•> Alves e de sua mulher, D. Maria Rodrigues, naturais
Itamarati, e 3.!! vice-presidente do IHGB, que dele se afastara há anos, quando de sua remoção para da Comarca de Valença, arcebispado de Braga e da Freguesia de São João de Longos Vales, termo
o serviço diplomático no exterior. Profundo conhecedor da história imperial brasileira, representa, da vila de Monção, na Província do Minho, em Portugal [...)
com sua volta, wn prestigioso aval às nossas atividades.
Residia, na cidade baixa, na freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em wn
sobrado de três andares, em frente à Alfândega, próximo à capelinha de São Frei Pedro
Gonçalves, vulgarmente denominado do Corpo Santo.
O VALOR DA GENEALOGIA
Em 22 de dezembro de 1819, data em que fez testamento, declarou que "nunca foi casado",
e, por "fraqueza da hwnanidade", tinha dois filhos, em sua companhia, "com toda a guarda do
"A Genealogia é a origem, a fonte, a derivação, a procedência. Liga o passado ao presente".
ventre matemo". Um deles, o segundo, foi pai do poeta baiano.
LeãoXIJI De sua união com D. Ana Joaquina (2l, " mulher solteira", natural desta cidade e freguesia
ôa Conceição da Praia, nasceram: Jesuina Alves, Antônio José Alves, Scr-afim José e João José
BffiLIOGRAFIA Alves, os quais os legitimou no dia 26 de agosto de 1825 [...)
Faleceu em 8 de abril de 1831 [...]
O Colégio recebeu, dentre outras, as seguintes obras para sua biblioteca: João Pessoa: Observa-se em seu testamento, que era muito modesto, pois os únicos bens que
biografia e genealogia, por doação de seu autor Adauto Ramos (Paraíba, 2000); Inácio Franco: discriminara foram dois escravos: Luiz, de nação gegê, que deixou liberto, e Isabel, "de esmola
um ramo inédito das Três Ilhoas, de Marta Amato e Douglas Fazolatto, por doação deste último para a mãe dos meus filhos".
(São frt to, 2000); Notfcias genealógicas sobre os Cunha Medeiros do Seridó, por doação de seu Pediu que o seu corpo fosse sepultado na freguesia onde residia, sem pompa, acompanhado
aut~Lüiz Hugo Guimarães (João Pessoa, 2000); Genealogia do Brigadeiro Jerónimo Joaquim pelo seu " pároco com doze padres", e que o seu testamenteiro mandasse dizer duas capelas de
Nunes e dos Arruda e Sá de Mato Grosso, por doação de seu autor lporan Nunes de Oliveira missas, wna pela sua alma, "de corpo presente, de esmola de trezentos e vinte reis", e outra pela
(Cu.4lbá, s.d.);Os Gomes Leitão: ramos de Lavras, Crato e Cajazeiras, de Deusdedit Leitão (João de seus pais, já falecidos[ ...]
Pessoa, 1982), por doação de Adauto Ramos; Jorge e Maria: a história biográfica do casal de
Dos filhos do sargento-mor Antônio José Alves destacam-se as seguintes notas
origem ..sírio-libanesa, de Joaquim A. Cosendey, (Rio de Janeiro, 1999), por doação de Jorge elucidativas:
Ganimi; O elo perdido, de Maria Schaun (Ilhéus, 1999), por doação de Ester Bertoletti;
I)- Jesuina Carolina Alves de Sampaio, nascida em 1815, casou-se [... ) com o Dr.
Apontam(!nlos históricos e genealógicos sobre a famllia Pacheco da Silva, de João Baptista de
Francisco Sabino Coelho de Sampaio, morador no estado de Sergipe, a quem o Dr.
Souza Filho (São Paulo, 1930), por compra.
Alves dedicou a sua tese de doutoramento, intitulada "Considerações sobre os
~
~........-~ limo. Sr.
enterramentos por abuso praticados nas igrejas e recinto das cidades". Faleceu em
1875. Do casal descende o escritor Jackson de Figueiredo Martins, "ensaísta e

Jili~
Geraldo Montedônio Bezerra de Menl panfletário de grande vigor"[...)
Rua Oswaldo Cruz, 49 / 602 li)- Dr. Antônio José Alves, nascido a 16 de março de 1818, diplomado pela Faculdade
24.230-210 Niterói RJ de Medicina da Bahia, casou-se com D. Clélia Brasilia da Silva Castro (3) a 30 de
~:COLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA
Av. Augusto Severo, 8 122 andar-parte Glória novembro de 1844, na Fazenda Curralinho (...] <4><s>. Casou-se, ~ela segunda vez, em 24
20.021-040 Rio de Janeiro RJ de janeiro de 1862, com a viúva D. Maria Ramos Guimarães 6), no oratório particular
da casa do Sodré. Do segundo matrimônio deixou wn filho, Cassiano Alves (7) [ •••] .
III) - Serafim José Alves, nascido em 1820, casado, em 27 de novembro de 1841, com O. É autor de extensa bibliografia, que vem publicando em plaquettes e em artigos em
Cândida Rosa de Souza Ribeiro, filha de Joaquim de Sousa Ribeiro. Teve um filho de periódicos de seu Estado, contabilizando mais de 30 titulos, dentre os quais se destacam: Notas
igual nome, editor no Rio de Janeiro, à rua Sete de Setembro, 89. sobre o Barão de Maraú (1986); Cadernos de genealogia Jt 1-3 (1987-89); Bibliografia
IV) - João José Alves, nascido a 27 de abril de 1824, tutelado do irmão mais velho. Casou- paraibana de genealogia (1985); José Leal: sua genealogia (1991), Luiz Pinto: sua genealogia
se com O. Maria Leocácia Pereira Alves, a 3 de maio de 1856, na Capela do Senhor do (1991); O engenho Calabouço (1995); Sesquicentenário do Desembargador António Ferreira
Bonfim (I)[. ..]. Tomou parte nas campanhas do Uruguai e Paraguai, e foi condecorado Baltar (1998); Petrónio Paulo de Souza: perfil biográfico e genealógico (1999); Engenho Santos
por ato de bravura <9>. De volta, foi nomeado comandante da Fortaleza do Morro de São Reis: roteiro para sua história ( 1999) e João Pessoa: biografia e genealogia (2000).
Paulo, ocupada pelos mutilados da guerra, que viviam sempre em revolta. [...]. Faleceu, Adauto reside em João Pessoa, PB.
em conseqüência de um ferimento por bala, no posto de capitão, a 6 de agosto de 1879. NOTICIÁRIO
Waldemar Mattos Duas palestras marcaram as atividades do trimestre: a de nosso confrade Francisco
(A Bahia de Castro Alves)
Tomasco de Albuquerque (Niterói, RJ) sobre ''Os primeiros moradores de Niterói e suas
<•>- A escritura de "filiação e legitimação" diz João. sesmarias", em 27 de julho, e a de Roberto Guião de Souza Lima (Volta Redonda, RJ) e Fernando
(2) - Desconhecemos as razões por que Xavier Marques e Afrânio Peixoto acrescentam Alves de Sá.
Jannuzzi (Rio de Janeiro, RJ) sobre "A fazenda São Lourenço - história e genealogia", em 28 de
(3) - Filha do Tenente-Coronel José Antônio da Silva Castro, comandante do batalhão de caçadores
Voluntários do Principe, que havia organizado, para combater os soldados do General Inácio Madeira de setembro, ambas com apresentação de transparências e slides, que muito enriqueceram as
Melo, em 1823. respectivas comunicações. Na oportunidade, foi distribuída aos presentes uma plaquette com a
<4>- Em 1850 recebeu o Hábito de Cristo e em 1855 a Ordem da Rosa. Foi catedrático de Clínica Cirúrgica história da mesma e a genealogia de seus primeiros proprietários, ilustrada com fotos da sede e de
da Faculdade de Medicina da Bahia e médico do Hospital de Caridade. seus antigos titulares, os Barões de Cajuru (1~ e Almeida Ramos, especialmente confeccionada
(S)- Faleceram ambos em Salvador, ela em 10 de abril de 1859 e ele em 23 de janeiro de 1866. Foram pais pelo Jll Secretário, Nelson V. Pamplona •• Em agosto, em contrapartida, participou o Colégio da
de: José Antônio de Castro Alves, nascido em 13 de fevereiro de 1846, na fazenda Cabaceiras, falecido Mesa de Comunicações, organizada pelo Instituto de Cultura Italiana, intitulada ''Memórias de
solteiro, em 19 de fevereiro de 1864, no Recôncavo; Antônio (Frederico) de Castro Alves, o poeta famflia: a presença italiana no Brasil", a propósito do lançamento do livro Os Ottoni:
condoreiro, nascido em 14 de março de 1847, na mesma fazenda e falecido, em Salvador, na casa do Sodré, descendentes e colaterais, de nossa consócia Lais Ottoni Barbosa Ferreira. Participaram do evento
em 6 de.julho de 1871; João, falecido logo depois do nascimento, em 12 de dezembro de 1850; Guilherme
nossos consócios Victorino Chermont de Miranda, que falou sobre "A genealogia como espaço de
de Castro Alves, nascido em 13 de fevereiro de 1852, no mesmo local, casado em 13 de novembro de 1870
com Silvana Amélia Moyer, então menor, e falecido em 28 de janeiro de 1877, em Salvador; Elisa de Castro construção da identidade familiar", e Femanâo Jannuzzi,, com o tema "A imigração italiana em
Alves, nascida em 26 de fevereiro de 1853, em Salvador, e ali falecida em 1931, casada com Francisco Lopes Valença, do final do século XIX aos dias de hoje", além do prof. Nireu Cavalcant~ do IFICS, que
Guimarães; Adelaide de Castro Alves, nascida em 22 de março de 1854, em Salvador, e falecida, no Rio de abordou o tema "Presença italiana nos tempos da Colônia", e da autora, que discorreu sobre sua
Janeiro, em 21 de setembro de 1942, e Amélia de Castro Alves, nascida em Salvador, em 7 de maio de 1855, pesquisa. O evento teve lugar no Consulado da Itália e foi seguido de um vinho de honra e da
e casada com Manuel Ribeiro da Cunha, médico e depois deputado à Assembléia Geral Legislativa [Notas inauguração de mostra de fotos da família Ottoni e de livros de genealogia de famílias brasileiras
coligidas no livro]. de raízes italiana, do acervo do CBG. Dentre as obras expostas, os livros de nossos confrades
(6) - Filha de Manoel Gonçalves Ramos e D. Leonor Custódio Ramos. Casou-se em primeiras núpcias com o
Pedro Wilson Carrano (Brasília, DF), Orita Gariglio Reche (Juiz de Fora, MG), José Luiz Pasin
negociante Francisco Lopes Guimarães, natural da freguesia de Paredes de Coura, termo da Vila de Ponte de (São Paulo, SP), Arthur Virmond de Lacerda Neto e Sebastião Ferrarini (Curitiba, PR) e Rovflio
Lima, arcebispado de Braga, Portugal, falecido na cidade do Porto, em 30 de novembro de 1851.
(1)- Nasceu a 18 de fevereiro de 1865 e faleceu em 1883.
Costa (Porto Alegre, RS). **Luto: o Colégio perdeu, em 30 de julho, seu dedicado sócio adjunto
<8>- Filhos do casal: D. Odflia Alves, batizada no solar da Boa Vista, mãe de D. lsaura Alves da Costa Dias, Joaquim Amarante Cosendey. Autor de três livros de genealogia, editor do boletim de sua
casada com Matias Alves Dias Júnior; Alfredo José Alves, falecido com 2 meses de idade, e Artur Alfredo família, presidente da Associação Desamis, dos descendentes suíços em Nova Friburgo, RJ,
Alves, com sucessão. fundador, presidente da ACRJC- Associação Cultural e Recreativa Jean Cosendey e editor de seu
(9)- Em sua passagem pelo Rio Grande do Sul, deixou dois filhos naturais. noticiário, ex-tesoureiro e membro do Conselho Fiscal do Colégio, Cosendey sempre teve intensa
participação em nossas atividades. Entusiasta de Internet, era também presença obrigatória no
CADEIRA~ 4 -NOVO OCUPANTE meio intemauta, tendo aberto em seu site, espaço para divulgação do Colégio. Prestativo e
solicito, foi um companheiro modelar, pelo que seu passamento foi profundamente sentido por
A Cadeira tt 4 do Quadro de Titular, patronimica do Cônego Roque Luiz de Macedo Paes quantos a ele se afeiçoaram nesses mais de dez anos de convívio. O Colégio o homenageou com
Leme, tem novo ocupante: o genealogista Adauto Ramos. Eleito em 07.07.2000, em sucessão a coroa de flores e se fez representar no sepultamento pelo lll secretário Nelson V. Pamplona e na
Maurílio de Almeida, o novo titular é natural de Sobrado, PB, onde nasceu a 21.02.0938. missa de ?li dia pelo vice-presidente Victorino Chermont de Miranda. •• Adauto Ramos (vide
Odontólogo, dedica-se, há muito, a estudos genealógicos em seu estado natal, tendo sido biografia na pág. 2) e o Pe. Reynato Frazão de Souza Breves foram eleitos, pela AGE de
um dos fundadores do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica. É também membro dos 07.07.2000, respectivamente, sócios titular e adjunto. Nossos parabéns a ambos.•• A genealogia é
Institutos Históricos da Paraíba e Rio Grande do Norte e do Instituto de Estudios Genealógicos y notícia: Bartolomeu Buarque de Holanda, foi destaque no O Jornal, de Maceió, em 2 de julho e
Heraldicos de la Província de Buenos Aires. Ingressou no Colégio em · 05.12.88, como na revista Isto é, de 20 de setembro, a propósito de sua pesquisa, a ser proximamente lançada em
colaborador, passando a adjunto em 26.10.90. livro, sobre os Buarque, mapeando três séculos de ramificações de sua família. •• Lançamentos:

t
15. NEVES, llka de Guittes CARTA MENSAL~ 56
15.1. Adélia Câmara Barcelos ............................................................................................... 25,00 SUPLEMENTO
15.2. Canguçu, RS: primeiros moradores, primeiros batismos ............................................. 25,00
TRONCOS PAULISTAS EM TERRAS DO PIRAÍ
16. PEREIRA, Américo Arantes
A fam!lia Arantes: estudo genealógico ................................................................................... 30,00
Adilson Guimarães JWlior
17. SAMPAIO, Sérgio I. Salusse Bittencourt Sócio Adjunto
17.1. Imagens de familia- esboço biográficos ...................................................................... 20,00
17.2. O Hotel Salusse em Nova Friburgo .............................................................................. 20,00 Nos livros de assentamento paroquiais da freguesia de Piraí e seus arrabaldes, do final do último
quartel do século XVIII até o primeiro do século seguinte, encontramos antigas famflias
18. SANTOS, J. F. Assumpçao paulistas, notadamente de Guaratinguetá, Pindamonhangaba e muito mais além.
18.1. Árvore genealógica de Getúlio Vargas, cópia dos originais arquivados no CPDOC-
FGV, encadernação Xerox, 60 p., lO mapas genealógicos e 4 encartes.......................... 30,00 Estudiosos paulistas como Silva Leme, Carlos da Silveira e outros, por vezes, não conseguiam
18.2. Domingos Antunes MacieVAutos de Nobilitate Probanda/Lisboa, 1756 (Anais transpor as fronteiras estaduais principalmente pela falta de informação, o que implica na
do MHN, v. 14, 1964) - raro (em cópia xerox) ............................................................ ... 30,00
18.3. O Escudo dos Maciéis no Armorial Brasileiro (RGL, v. 11, 1959}, em cópia xerox. ... 10,00 maioria das vezes em encerrar a descendência deste ou daquele ramo.
18.4. Genealogia recente do Presidente da República Dr. João Belchior Marques Goulart,
contendo a súmula de sua atividade política, cópia dos originais arquivados no Exemplos não nos fogem. Inicialmente temos o caso de dois filhos do casal João Pires de
CPDOC-FGV, encadernação Xerox, 13 p. , 2 mapas genealógicos e 2 encartes ............ 20,00 Gusmão e Maria Bicudo: Antônio Peres da Silva, casado com Rosa Maria, e Miguel Peres da
18.5. Uma linhagem sul-riograndense: os Antunes Maciel (acompanha um cader- Silva, no artigo "Genealogia Guaratinguetaense", do padre Adalberto Ortmann (AGL 1940),
no de 33 páginas datilografadas, contendo acréscimos e retificações), raro............... 30,00 estes não aparecem com geração, no entanto, vamos encontrar parte desta nas terras de Piraf.
18.6. Relação comentada de Maciéis, radicados no Brasil ou filhos da terra - in Revista do Daquele Antônio, encontramos suas filhas Margarida da Silva, casada com Domingos Francisco
IHGGS, rf1- 4/5, 1960, encadernação Xerox, 18 p., incluindo acréscimos ..................... .. 10,00 de Sousa Breves (t. 12.03.1831) e Tomásia Maria da Silva ,casada com Antônio José de Sousa,
e o filho Francisco Peres da Silva, casado a primeira vez com Mariana Alves e a segunda com
19. SILVA. Marco Pólo Phenee Dutra Marta Maria de Jesus. Quanto ao outro irmão, João, este casado com Maria Francisca, temos:
Uma famrtia Silva na São Paulo setecentista ........................................................................ .. 20,00 Quitéria Maria casada com Jerônimo Nogueira; Brígida Pedrosa casada com Nicolau de
.._,... 20. WOLFF, Egon e Frieda
Oliveira; Francisco Peres casado com Maria de Jesus; João Peres casado com Helena Fernandes
e Maria da Conceição casada com José da Silva Magalhães.
20.1. Os cristãos novos na obra de Carlos G. Rheingants ...................................................... 5,00
20.2. Genealogia carioca -11- A familia Hime....................................................................... 3,00
20.3. O lndio, o negro e seus descendentes na obra de Carlos Rheingantz .......................... .. 5,00 Temos também Manoela de Santana, filha do casal Felix de Sousa Teixeira e Ana Maria de
20.4. Sepulturas de israelitas, vol. 2, 3 e 4 (cada) ................................................................... 10,00 Santana, casada com Narciso Francisco Alves, com geração em Pirai. Este Felix Teixeira,
segundo Silva Leme em sua obra, é descendente de Baltazar de Godoy e Paula Moreira.

Outro caso de migração paulista para terras do Piraf é o caso da famflia Lopes Figueira, estudada
O Colégio só dispõe de um exemplar das seguintes publicações: ri"' 2, 7, 8, 12, 13 e 16. por Carlos da Silveira em "Apontamentos para o estudo de uma grande família: os Lopes
Pedidos para o Colégio acompanhados de cheque nominal cruzado ao INSTmJTO HISTóRJco E Figueira do Facão" (Revista do IHGSP, vol. XXXV) Nesse trabalho, dois dos filhos havidos do
GEOGRÁFICO BRASILEIRO no valor respectivo, acrescido de uma taxa de RS 3,00 por volume
(exceto o ~f- 6), de valor a calcular conforme a distância. Eventuais diferenças serlo acertadas
casal Antônio Lopes Figueira e Bárbara Maria de Viveiros são citados, sem qualquer outra
posteriormente. Remessa sob registro. Nlo mande vale postal. informação quanto a sua descendência: Inácio José Figueira (t. 13.08.1845) e Victoriano. Este
Victoriano da Silva Figueira, em Piraf, casou-se com Brites Clara de Sousa, da fam{)ia Breves, e
aquele Inácio José Figueira, casado com Ana Victória Barbosa. Dentre os filhos deste último
destacamos Francisca Maria da Silva Figueira (t. 25.02.1847), casada com Antônio José Dias
Novais (t. 2l.l 0.1852), João Albano da Silva Figueira e José Domingos da Silva Figueira,
ambos casados com filhas daquele irmão de seu pai; o primeiro com Maria Pimenta de Almeida
(t. 20.04.1853) e o outro com Escolástica Maria de Viveiros (t. 12.10.1863).
Quanto ao casal Victoriano da Silva Figueira, ressaltamos, além das filhas já citadas, a figura de
José da Silva Figueira, Visconde da Silva Figueira, por Portugal, tido como um dos fundadores
do mWlicfpio de Santo Antônio de Pádua-RJ.
De mesma forma temos os irmãos Margarida Barbosa de Lima, casada com João Rodrigues
LIVROS DE GENEALOGIA Á VENDA NO lliGB
Leal, e José Barbosa de Lima, casado com C lara Pereira, ambos filho de Antônio Barbosa Lima
e Francisca Cardoso de Siqueira, paulistas de antigas raízes, e que tiveram sua prole espalhada
em Piraf.
1. ALBUQUERQUE, Pedro Carrano
E, por último, mas não esgotando os exemplos, wna vez que muitos são os paulistas que se Encontro com os ancestrais ................................................................................................. . 35,00
fixaram naquelas paragens temos, a mulher de Sebastião José de Oliveira, fazendeiro de café,
Francisca Maria da Palma, bisneta do casal Francisco Leite de Miranda e Ana Vieira Fajardo, 2. BASTOS, Wilson de Lima
com antigas raízes na região de Pindarnonhangaba. A wtião deste casal deixou larga O engenheiro Henrique Halfeld: sua vida, sua obra, sua descendência ............................... 20,00
descendência em toda a região do Piraí.
3. BRASIL GENEALÓGICO
3.1. Tomo IV, n. 2 ......................................:........................................................................ . 10,00
Observa-se, que a região do Piraí, que era passagem para as Minas Gerais e se achava próxima 3.2. Tomo I, n. I, II. n. la 7 e III, n. I e 3, cada ................................................................... 3,00
às cidades paulistas, inspira àqueles imigrantes a se instalar na região, fincando raízes e
espalhando sua descendência, pelo que é possível encontrar seu sangue até hoje nas cidades e 4. BRASIL, Lael Vital
lugares de lá. 4.1. Os Pereira de Magalhães, descendentes do ce' José Francisco Pereira ......................... 20,00
4.2. Vital Brasil Mineiro de Campanha - uma genealogia brasileira .................................. . 43,00

5. BUENO, Antônio Henrique Cunha; BARATA, Carlos Eduardo.


Dicionário das famílias brasileiras, 2 vols. + CD-Rom ...................................................... .. 200,00

6. CUNHA, Rui Vieira da


Estudo da nobreza - V - Tra!amentos (recém-lançado) .................................................... . 10,00
7. DRUMMOND, José Tavares
A família Drummond no Brasil ........................................................................................ .. 10,00

8. FERRARINI, Sebastião
Da Itália ao Paraná: 100 anos depois -genealogia .............................................................. 10,00

9. FONSECA, Raymundo da
9.1. Genealogia dos Machados e Fonsecas.......................................................................... 18,00
9.2. A saga dos Fonsecas ................................................................................................... . 18,00

10. JACQUES, Paulino


Famílias alegretenses (raro) ................................................................................................. 10,00

11. LEFORT, José do Patrocino


Famílias campanhenses: dados genealógicos .................................................................... . 20,00

12. LESSA, Francisco de Paula Mayrink


Vida e obra do Conselheiro Mayrink (completado por uma genealogia de família) ........ .. 25,00

13. MENDES, Alípio


Os barões de Angra ............................................................................................................. 20,00

14. MIRANDA, Victorino Chermont de


14.1. Como pesquisar sua própria genealogia. ..................................................................... . 3,00
14.2. Iconografia e bibliografia dos titulares do Império -I- títulos de letra A; II-
títulos de letra B, cada ............................................................................................... . 10,00

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. - - - - - - - - COLÉGIO nn \SILEII\0 OC 'CC\'E.\LOGI.\ ---------. COLÉGIO BRASILEIRO ·oE GENEALOGIA
Rio de Jaoeli'O

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CM'l'A MENSAL N9 39 CX!r;tlEZ/1995
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O PROOO ~ - LA E'ClR::E 1995


N:ssos a:nfrades P'ranclsco Ant:aúo Corta, Carloe Eduardo Barata, G1l.scn N.uaxeth, ~
Ricardo Fonseca e Ricardo 'l'eles <!e Araújo, .sut:ores do livro •as Herdeiros do Poder•, fo-
rca aqnw:::1ados pela Cc::lnCedération Internatiooale de ~lo91e et o•Héra.l.cU.que o::aa o
.,., Ptim1o CN.IOfr- LA roR:E 1995 •
Tal f.stD se constitui 1"14 ma1..s s1gn1flct1va d4.s e!errérldes gereal.ÓglC4S do CXlrrente aro
e enctw de jlbllo a todos qu.snt.oa se dedic:.w a t.Us estudos em rosso p.ús e, de 1.111 acdo
espec141, ao <::B:õ, põr CXJntar em seus quadros COIII os ilustres premia<Ds.
J E para que não se perca a Cl'eii'Órta do f.stD, tn.nsc:revenos .sbsixo .s CXlll'lln1caçào oficial te!
pectiva:
~ ~ONM..E DE~ ET D'~IÇUE
Prot. F'rancisao Antonio Dorta
U\lversi.dade Federai do Rio de J.srelro
De: Sutolcs de WJAY Av. Pasteur 250, Rio de JaneUo lU 22295-90
l,pl«le de l'Ancten-Port
O:rl800 ~. Su1za
el 18 de Sept1eubre de 1995

EstilMdo Profesor Corta:

Al reqres.u de Craa::JVia, qu1s1era roti.f1carle ex-oficio la entrega del Premio


c.aLMlNl'- IA FOPO: 1995 ~ decerró ~ Ud y su equipo la Cq\federad.Ón 1!!
tern.sc1ona..l. - Se celebro la ceriJrcn1a el 5 de sept1el!bre, en la Gr.sn Sala de
la h:ademla FÕ1.5:4 de Ciencias, en presencia de uros 50 Ac&Êmi.CXls, especia-
listas y oficlales. Era un 00nor (larll W y su equipo, y tllllb1én para

~F--
':"""~ el
Brasil. CC1!p4rto s1ncer41t'ef\te su satisf4CC1Ón .l.eg{tiJM.

~~=
':: ~1
o,tz~~= Se entr'e9Õ la pl.5:4 del Premio a su lllal'ld4t:arlo, el Dr. Francisco de V4SO:lncel
los, representante del Brasil en los actoa a Craoovia. 51 lo dcsearian, estai\
Uds .sutor154à>s .s o('9iV\lsar bajo el patrocin1o de la <bnfeder~ón UM !nti-

M-fio~nSRAcll-
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- 11'8 c:::eriJlcnla local para dar relleve 1"14Ciona..l a su d1st1nclón. Esta Ui autort
satb aderrás a hacer fiqurar en la t.!ip4 de reed1c1ores del llbro prem14do Li
lema "Cbra lal.lr'Mda por el Prend.o Caunont - La Foroa 1995 de la <bnfeder&-
c1Ón Intemac1onale de Gerealoqb y Be.cáldJ.ca•. ( ••• )
I.e fellc1to rrueVl!l!'ellta de haber consequido su Premio . 01Ó reli~ a nuestras
ciencias en el Brasil donde Ud y su equipo estan - a m1 !lOdo &! ver- predes
ILMO. SR. t1naà:ls a crear tn nuevo Instituto Brasil.eiio de Ciencias Genea1Óq1C4S y ~
GERALDO M. BEZERRA DE MENEZES ráld1cas, vi.ncul.4ró:) as{ los espec14llstas de su Patrla oon el c1.rcu1to inter
nad.ON.l que rcpresentll estll COnfedenK::lón. -
RUA OSVALDO CRUZ, 49 °
24320-210- NITERói, RJ I.e saluto 11Uf ootd1a.ll!enye y en sincera amlstad ,.
Sutolcs &! Vaj4Y
Presidente &! la Cani.s1ón

PRESSO O CBG, em sua reunião de rovetrbro p.p . , aprorou, à Ull41\J.mi.d4de, a 1nsecçào em At4 de \Qto
de CXlnqratliliq3es aos autores pelo recebi.!rento de tal PrEmio.

,....... -- -- ,_.....-·~ - -·· - . ---=-- --.-----


COLÉGIO OR.\SILEIRO DE tCNEt\LOGIA - - - - - - - - COLÉGIO OR.\SILEIIlO DE tCNEi\LOGI.4 - - - - - - - -
EDITM. DE c:x:m'.lOQíO te111 sido ptÕdl.qa em espáços para a q~: em Conselheiro Lafayette, por eJeTplo,
Ftc.sa oe Sr7. Me!lbroe do COI1l::Io BRASII.EIK) DI~ oonvf.c!adl:» a participar da o jotl'llll Parorl!ll!la vem plblicando a~& da Fatdlia Baêta Neves, ji oo 89 Cllp[bJ
Asseubléia Ceral Ord1.nárta e Ext:raordi.n.iria a realizar-se oo dia 14 de deZEI'Ibro de lo, e, pouco antes, em 4 outros, publicou a da Fatdlia Milagre, ant:Jos do jornallstã
1995, em 14. ~. 4.a 20:00 horas e ea 2a. c::onvoc:ação às 20:30 horas, no Salão Alex Assis 111l.agre. Pena que o e.xeaplo não seja seguido esa outroe est:ad::ls. *"N:)sso oon
de ReuniÕes do Hotel Lwclr ~3bana, na Av. Atlântica rR 2554, cna a seguinte Ordem fr.sle Marcelo Ebgad.ovas acaba de ser reeleito presidente da Associação Brasil.ei~ dã
do Dia: I - Ela Asserrbl.éia Geral OrdiJ\ârta: a) discussão e YO~ do Pelatórto d4 Di.re Pesquisadores de K1s tórta e Genealt::x}ia - ASBRAP, para o biênio 1995-1997. totl8sce para
torta e contas do ~.rdcio encecracb ea 11.12.94; b) fi><4Çâo d4 jÓia e 4ll\lidade pari bens a ele e votos de SIXleSSO. • • NoYO desfalque no quadxo social: o dr. João J{essLer
o eJCie.r'CÍclo de 1996. U - e. Assenbl.éi.s Ce.ral E:xt:r~rdinária: a) eleição de SÓCios ti- Coelho de SOuza, nosso sóc:io colabor8dor, falecldo em out\i)ro p.p. ltarenagea de salda
tulares (Cadeiras rR 2 e 9)!. b) e lei~ de SÓcios adjuntos (4 v&gas); c) eleição de ~ de do CBG. •• ~dada gereal.óc;lca: a Biblioteca Nacional. mantem e.aa sua seção oonsul=
cios honorários: d) discussao e votaçao do Protxxx>lo de Amizade a ser fi.rlMdo caa o tas, lnt:.eressa.nte obra intitu.l..!ld& "Genealogia da famllla Leal: trab&ll'o etLtilcd> pelo
Instituto Histórico, ceográfico e CellealÓgico de 5ot'cx:4ba para concessão .rec:!proc:a de vigário Joiio Evangelista Leal. Periquito, oontinuado pelo Briqadeil:o Antaúo José leal
útulos de oonespcllrlente tiOS saiS SÓcios titulares/efetivos; e) alteração dos · arts. e CXX1Clu!do em 31 de dezarbro de 1861. ~ edição aunentad.s coa as alterações OCX>rri-
19 e 39, para explici~ do local d.s sede e saiS se.rviçost 69 e 79, para reqular o clas de 31.12.1875 a 31. 12.1888. o livro teaa a seguinte n~: n-ll7, 5, 16 -929-
quadro de oo.rresponden~ especial~ &eims referido e a eleição de hcnorártos e ~ 2. Vale a pena oon.ferir. •• Albe.rto Llbanio, nosso oonfmde de Ca1selheixo Lúayetta ,
ritos; 159, para oorreç«> de ~; 209 e 239, para definição do quonm est:ectal.e re 1-(i, est:4 levantando & q~a dos L1banio. Infor:tração para o seu enderecio, na Cai-
vogar;~ do art. "29 (cri~ de filiais), tx:dos do Estatuto Social; alteração dos arts: xa E'osW, 1.402, CEP-J0.161,8e1o Horisonte,l-(i.** A Diretoria deseja a tod::> o Quadro
29, 39 e 49 do Regilrento Interno, para aã:quar à cr1.aç.;o dos oorresporC.entes esr-=tats SocLsl liD Feliz Natal e liD Aro }Ovo repleto de realiMÇÕes e felicidade.
e regular a s it-.l!!Ção dos sócios remidos.
BIBLIOIR:A
~orrcrARio O Coléqlo recebeu as seguintes obras para Sl.l4 biblioteca: "Fand:lias c.&TpMhenses, de
seu autor José oo Pat.rocl.nio t.efort (~, 1995); "~logta das Familias Fw::t«k>
Novos Ulrçclm!lltos viertllll enrl.queoer a blb Uografia. qerea.l.Õgica, oo últino triJres tre: •~ de ~. Dias ~rei& e Silva 65da.ró",de seu autor F"cancisoo de Oliveira Bada.ró(Vol
Saga dos BreV'!!S" ,à> Pe. Reynato de Souza 9rew:s (Barra do Piral, RJ); "' Visooncle de ta Redoma, 1985): •o rincão dos Palmares - os prlrre.lroe p&.lmarenses oo Rio G.rarde dÕ
~4C4ju - Roteiro histórico-qenealÕrp.co", de José lbaldiro ~tta do Alr&ral (Rio de Ja Sul•, de seu autor :-\arco Antonio Velho Pereira (Palmares do Sul, 1994) 1 "Gerea.l.ogy of
neiro, lU); "Famllias ~·.de~. José do Patrodnio t.efort (~,1-C); the kin:1S of ~. de A.rtrel Wisnes (Nantes, s/d), por clo!tção de Marleti.lil& reão de
além do 29 YOlure da revista "'rigens•, do InstitutoGeneal.Õgicodo Rio Grande do Sul. Aquino; "Apcnt:arentos biográficos do clero eernaaDucano•, de Fernaroo Pio dos Santos,
r-ossos parabens aos autores. ** José lbal.dlno 1-t>tta do Amaral e Maro.:lo Meira Bogaclo en 2 vols. Ci!eclfe, 1994); "' ~de SliO Franc:1soo do sul•, de seu autor Antonio
vas forc!l.lll os palestrantes de setenbro e llCIVeltbxo últiF.os. O 19 falou scbte seu livro Poberto do Nascimento (Jolnville, 1995); "Raizes e Troncos•, de seu autor Pérct.o Buys
recem-edltado e o 29 scb.re as footes de pesquisa ~ca em são Paulo. ** ~ Pinto, em 2 t:aros (Porto Alegre, 1995); "A elite ooloni.&l piaulense-Famllia e p::x3er• ,
oonfr&des Fraocisoo Tanasoo de Alb\.que.r:que (Nite.roi, lU) e Claudio de Alblq\le.rque 84! de Tania l'larla Br4lldão Barbosa. (são Paulo, 1993) e "' !olJnldpio de Francisco Santos -
tos(8e1o Horlzonte,l-C)forlll!l agr&eiados respectivarrente cem a rredalha "JoséCleaente Pe- estu:b e l!'elt1)ria•, de Floria.no da Silva Neto (Teresina, 1985), antx::e por ~ de M.l-
reira • ,da c.iaara Municipal de N1 terói, por serviços pres bdos à cultura oo r.tuni.deio,e a::m o rldan Brito Knox Fald.; "Escravos do Sert~·, de sua autora ~rldan B.Knox Falei (Teres!
Prêmio Clio, d.s Academia de Klstórta, por seu recem-l.ançado "Dicionário Klstorlco e na, 1995); "!!a!zes Ibé.ric.u - Livro de famllla", de Marcos Antaúo Filgueir& (Col.:-t::ls=
Ceográflco do Es~ do Plaul•. }bssos parc1bens & ~. **Por fal1r nesse prêmio já soroense, v. 1276, 1995): "Arvores de Costado-Klstórias que a história esquece• (idem,
são rove (9) os sócios oo c~ por ele dist.lngu.ldos: Eqon e Fried& ', oiolff C1982 e 1984) , V.CIXVIII, 1981); "Infor!MÇÕes gereal.Ógicas de alguns Rosado (idem, cx:xxxiii, 1982); "In
Wilso n de Li1na Bastos ( 1983), It.3mar Bopp (1984), Walter F. Piazza (1983), Edgarcb Pi- vent.irlos ~bssoroer.ses " Cieem, v. CXXX, 191\0 , CXXXIII, 1980, CLI, 1981; ca::JON, 19 86 ;
res Ferreira e <;.,.brlel Bitterx:x>urt (1988), Len1ne Cdlrpos PÓYOas (1990) e, agora, Clau o::J::X:;()N, 1986) 1 '"His tórta de r-t~ssoró •, de Franclsco Fausto de Souza Cidem, v .897, 1995) ;
dio de Alb~ Bastos. ** GU4rlt:4 e Ca1!pC11 E.Useos, fazerda.s outrora pert.enoenteS "As~ 9~ da fM\llla CMtlo& - Estudo Genea.l.Õqico" (idem, v.55, 1978) e "A F"'!!f.
~ Visconde de Ipi.!lbas, e a Casa do 111nlstro Sebastião Lacerda, em V.sssouras, foram lia de Padre ~guellnho, de Luiz Camara C4sc\rl::l (idem, v. 55/s.d.), tocbs por à:lac;«>
três belos exenpl..ares da arquitetura fllllllrense da époc& do café visitados pelo CBG, da FUrldação Virqt-un Fosado (r-tlssoró, RN) , . '"Laura GUedes Ralro8 - 90 an::lS", de seu au-
em out\bro p.p., er11 mais um de seus roteiros culturais. GUaritá i.Jtllressionou a toà::ls tor Adauto Rluro!l (João Pessoa, 1995); "' Ma.rech&l. Viscx:n:1e de Mar4C4ju - !-'e!TÓrla hls-
pela suntu:lsidade de seu conjunto 4Lqllltetônlco e pela ooleção de o:x:hes; a cas& do tórico-<Jerealóp.ca• ,de seu .rutor José li:W.dirD M:ltta do Amaral (Rio de Jane.i.J:o, 1995);
Ministro Sebastião Lacerda, ilrortallzada nas páginas de "A Casa de rreu a..õ•, de seu ne "De txxb coroçao - ~rtas•, de sua. autora Isabel de Orl.eans e Bragança, Oordessa
to Carlos I.acerda, pelo estilo diferente e pelo 500ocheqo d& deooração. Alltcc;o oo ~ de Paris (Rio de Jareiro, 1995); "Domingos José de Alneid& e SU!l desc:endencia", de sua
tel Fazenda Santa Luiza. ** O CBG foi dist.lngu.ldo pelo Instituto Kistórloo e Ceográfi autora Ilka ~leves (Porto Alegre, 1987); ~tas para o estlXb qeneal.Õgl.oo dos Pr~
co do Distrito Federal caa a eleição de seus presidente, Paulo Cc!l..rneiro d.s CUnha, e 19 e outras fwli<!IS de Ta!pu", de seu autor Vingt un Posado (Col. 1-t:lssoroense, v .LXXXIII,
secretário, Victo.rino Olemont de Miranda, para o quadro de SÓCios correspondentes da 1995).
quel4 casa. E,er~~. ~ Gorç&lo, lU, Francisco Tarasoo de Alb~ foi eleito para ã
Cadeira$ do ~func!Ado Instituto local. ~ eutt>rlnentos s:>s três. Mais um 1/M.OR
instituto ÍenealÕgico volt& à atividad.e: o da BolÍvia, fundado em 19.$8 • A rova DA CE:E.\.UX;!A
diretoria e encabeç4d.s pelo qerealogis ta don Carlos Calvo Calirm . .,. A fwlla a:r "' que s e trata , ro fundo, é de estudar e descobrir a nós rresrros. Pois é trcontest.ável
se~ realizou sua Ha. convenç.;o anUill, desta feita em AraruM.a, RJ, de 30 .09 a 10. que, MS tlnbS de rossa. persona.lldade há crui.to e crui.to oo balde dos ancestrais - de
10. À frente oos trabalhos, rosso oonfr~ JOdC{Uim Alr4rante Cosendel·· Os Bittenc:ourt, sua herança física, e spiritual , cultural e ética.
do Est;.,.do do Rio, t:Mt::ém se reunlr.1m E>m ~. Fr iburgo, em 09.11.95 . A r eunii:l oon ..• SOnos bdsic.31Tl!nte, ~lo que de nós fizerem os pais cordlcio nacbs, por Sll4 ~z, pe
tou o:::.m mais de 2. ooo integrantes d&:.}uel.e cl4. E alma há quem pense que o interesse lo aolde dos a..Õs. -
gereal.óg1.co s:e reduz a rreia dÚzia de passlldistas. ** ~so oonfrade Seb4stl~ de Oli- ••• E: isSO UM faml:lia: cont.!:nuidade, qu.uddoos, retratos, lerrbrarças, afei~ frases
veira Cintr&, de S. Joiio del Rei, publicou na Tribuna Sanjoanense, de 10 de outlbro e di~s que pASSdrdlll de a1.0s a netos". t
p.p., mlnucioso estudo scbre os Alrreid.s Magalhães, sob o titulo "Correrdaà:>r CUstódio
de A. Magalhães - Tronco de i!!pOrtante fam!lla Sanjo..'ll'ellSe•. A i.nprensa :nJ.reira,allás, sérglo da Costa F"canco
(in Família Ma.rlante - árvore Cenealógic:al

~s ..;,
. - - - - - - - - - COLÉGIO nn.\SILE!nO DE t::G'\Ei\LOCI.-\ COLÉGIO on.\SILEJnO DE t::ENEHOCI.\ - - - - - - - . . . . ,
~ I"D&\L N9 39 St'PUMNIO
20. PAN;, Eul-Soo
A GEMJU0CIA a:Kl OIS:::XPUNI'. llJJXILIAR ClA Hisr6RIA
O Engerllo Central de Bcnt Jard..lnl na ecoromia balana(cxn daà>s gene
alÕqic:oe) ••.•• ••••••. .•••.• ••••.••• •..••.••••• • .• • • •• .•. • ••••. •: 20,00 Da seu livro •rntrodl.ç.io ao estudo da História do Brasil• o sauà>90 historiador Alréri
co Jacdllna Lacatt:le <são Paulo: Edit:cra Nacional, Ed. da IJniversidade da são Paulo-;
21. PCRIO, R\beN
50,00 1913,, 208 páq), ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e <DI!O
A Famllia Horta (Edição definitiva) ••••• •• ••••••••••.•••• ••••• ••
SÓCio 1-crorário, ded1cou 1.111 tópico aos estucbs genealÕqioos.
22. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Transcrevef~ld, hoje, pelo alcance ele SU<W observaçàes,lanentanà::> CjU1! a nossa ex1-
Cereal.oqia - r9 1 •••..•..•.•••••••• •.. ••.•.•••.. ••••.•.. ........ 10,00 quidade de esp4ÇO, não nos permita P\blicar as notas de rodapé e indicaçoes bibliogrifi-
c.ss que ~ o texto.
23. Revista cb extinto Instituto de ~tudos GenealÕqiCXJS, depob Ins-
"Do estub das biografias e das famílias, passa-se natura.lzrente ao das ~log1as. Es
tib.lto Heráld1co e Ceneal.Óg1.co, de são Paulo,VQls. 1 a 6,cada •••• 20,00
tas tiveram no Brasil 1.111 caráter peculiar. Desernl01ver~se corro una afi.tm!IÇão de c:apã
24. RHEIN::I\Nl'Z, car los G. cidade em face do desprezo dos re.iciiis. Irritava aos portugueses a l.nvocação de nus=
24 . 1. Fam!lias Pt1Jreiras de Baqé !Allreida e Az.anbuja) tono II .... 10,00 ::.res asoerdentes por parte dos colonos e brasileiros natos. Carção pÕe na boca de un
24.2. Genealogi.a carioc:a I - Tltula.res do Inpérlo •.•..•.•... ... . 1,00 persorugem do Teatro ro110 ~m~a tirada sarcástica:
24.3. JaCDb P,tle.ingantz(l817-l8771- Fl.lndaOOr da COl.Õniadesão ~
1, 00 Estou tonto de ouvir estes Senhores!
renço - seus ascerden~ e c!esoendentes ••...•.......•..... Parece-rre que estou entre paulistas
24 . 4. PriJreiras Faml:lias cb Ri.o de Jareiro (séc. :,v r e XVIII t.
5,00 Que, arrotancb cx::llrq)Ma, rre aturdiam
III, r9s. l a 4, cada ••••••••••••••••••• • • • • • • • • • • • • • • • · • • Co'a fabulosa ilustre desoencÊncia
25. la:RIGI.JES. Gama De seus claros a\.Ós, que de cá fonm
O COnde :-t:>reira L.ima• (BGB, r9 2) ....••...••............. ·• • · · · · · 10,00 Em jaleco e ceroulas.
26. SANTOS, J .F. de Assll!TpÇão A estas farpas respondiam o5 brasileiros oom a dei!Onstração da robreza e esplendor de
26 .l. Autos de Ncbilit.lte probanda de Domincps Antur.es - Lisl:oa, s eus arcestrais. O titulo da obra de Pedro Taques ele Alneida Paes lem!(l714-1777) é
1756 (Tr.:ms lado dos oriqina.l~ da Torre <.b Torbo) • Anais cb nada rrenos que ~biliarquia paulistana, histórt.ca e qeneal.Óg1.ca. A qraràt p~
MUseu Histórico Nacional, 1101. XIII, 1953, Acresd.cbs de va- do autor é denonstrar as Oric:JI!OS arl.stocráticas das fam!lias paulistanas.
liosa docurrentação histórica de pesquisa e correntártos cb Nerl á outra a idéia rrestra da frei Antcnio de Sant.a Maria JaboatãoCl695-1764), no "Ca-
autor ••••..••••••••••.•.•.•. • • • ·•· · · • • • • · ··• • ·•·· · •·· · · ·•· 30,00 tálogo genealÕqico das principais famílias que procederam de Albl.qUe~ e cavalcan-
26 .2. Relação oorrentada de KJciéis, rad1cacks no 3rasil ou filhos tis em Pern.:Jni:luoo e Caraaurus na Bahia •, publicado na RlHGB Ctato LII-1889) . As fi-
da terra. Revista cb I.H.G.G. de Sorocaba, nÚ!rer:>s 4, 5, ~ do cacique Arcoverde, matrl.a.rcas de tão LTÇOrtantes fam!llas do Norte, cerro quase
1960. Acresclrros atualiz.acks do texto ...... . • ....... · · · · · · 3,00 todas as que se ligaram aos pcliiQdà:>res protugueses, recebem a! o tratarrento de p~
sas.
27. Sll.VEIRA. Walcbniro Franco da Tanbém sobre as famílias nort!estinas, tendo COTO ponto de partida l'ernanbuoo, versa o
~btas CenealÕgicas (8GB, nQ 71 ..... ........ •. ......•. .... ....... u,oo tr.Jbalho de Antônio José Vi torlaro Borges da Fonseca C1718-1786) , '1-bbiliarquia perr..am
28. 9JUZA LE'}o F9, J~m buc:ana• , ABN, v. XLVII, 1925, Rio de Jareiro, 1935). -
O Barão àe Vila Oela (com notas ) erealÕqicJS ) ......... . ..... .. . . 30,00 Alguns estudos reglor.ais são básicos. AssL-.,, os do gereral Borges Fortes, Troncos se
cul.lres , O PQ\oarrellto do Ri.o Grande do Sul, Ri.o de Jar.eiro, 1931, e Casais, Rio ele Ja=
29. Vlú.E , Dario Cardoso neiro, fd. do Centen9 Farroupilha , 1932, e Jorge Godofredo Fellzarcb, Genealogia rio-
~leJTÓria Histórica de l?rados (com rotas gerealÓqicos) ............ . 10 , 00
qrardense (C.U-neiro da Fontoura) , Porto Alegre, 1937.
J0. XAVIER, Paulo A propósito da CXl!Tt'let.a transfooração do conceito de genealoqia dos t:errp:>s atuais , )a
Familla de 1.1!1 p:lYOador-a>ntribuição à ger.ealoqia de Manuel de Ar~ ti'V-erros ocasião de falar certa vez: hoje em dia o sentido dos estudos genealÕqlcos nu
újo Porto Alegre (Barão de Santo Angelo) .•••.•.....•....•.... .•. 10,00 dou por carpleto, E diss.J não se deraa conta nuitos pesquisadores que parecem ~
dos por um esp{rito CCJil>leta!rente ultrapassado. O que se procura é enccntrar os traços
31. WHI'l'JU<ER, Eduardo Aguiar furdanentais que s e mantêm nos Cescendentes de 1.111 ancestral OOIIUII (os ch.anacbs harens
A Fam!lla Aguiar ·~taker (raro) .. • •.....••....•.•••••. •. ....••• 100,00
fortes que todas as fam!lias reivindicam), e CCJil>reender os laços de parentesoo que
32. WIIDB~, A.rrold justificara .,lguns fenõrrenos ~licálfeis para os cbscrv3dores Sl.p!rficia.is. A genealo
Os Presidentes da Província da Bahia (1808-18891 raro . ...... . .. . 150,00 qia sofreu as influências da genética m:x:lerna , especialsrente apés os trabalhos do cele
bre c:ôreqo ~~l. Galton realizou, aliás, pesquisas bast.l!lte curiosas a respeito oo5
33. \..OIFF, Egon e Frieda traços COiruruJ das estirpes. são dele as tentativas de cbterção cks retratos de famí-
33.1. Os cristãos roiiQS na o br" ele Carlos G. Rheingantz ••..•.... 5,00
lia, pela Sl.p!rposição de ~m~a sért.e ele i ll'.agens em condições sesrelhantes de proporção e
33.2. Dicionácio Biográfico VI-Gerealogias Judaicas(raro) ...... . 15,00
iluninaçào. Q-.egava- se , assim, a \.llM fisionomia familiar paradigrca , da qual se aproxi
33. 3. O {ndio, o r.eqro e seus eescerxlentes r.a obra ele carlos G. mavam ou afastav.llll os consangu{neos. -
Rt-einc;.l!ltz ............................. . ........... . ..... · 5,00
Através desses estudos cbjetiVQS, consequiu-se chegar a conclusões práticas a respeito
33.4. Ccr~aloqia carioca , II-A-A Família Hime .................. . 1,00
cbs hc:lrens fortes , que reaL-Tente marcam a descendência até várias <;er ações posterior es
com traços que scbre l evam os c!emais ancestrais . Assim é que se explica o Eerãreno de
~ota: O Co1éqio só di3pÕe ?eira venc:!a l~e 'llll e :.:eq:>l ..u •.!as 3eq1ú:1tes o- s er Guilherme II da Ale!TW1ha llll1d reprodução exata, f{sica e !!Oral, de seu antepas -
bras n9s. ~. 5 , 1l,l~,l7.l,l7.2,l7.6,l8,l9, 20,23 , 25,26 .1, 26.2,27 , saà:>, o Grarde Eleitor de Brardeburgo, que só teria UIM probabilidade sobre 65.536 de
28,31,32,33.2
lhe legar seus traços.
Pedidos para o COlégio ac:x:xrpanhado de che:JCE! nominal ro valor res~ Da{asdistorçi)esque têm ido até a fraude deslavada, CX>CTD a cb susposto O. Tivlsoo de
tivo , acrescicb ele uma taxa de R$ 2, 00 por 1/Qlune, Eventuais diferen Nasao Zarco y Colona , que não passa ele ~m~a inpostura cb pai cb ~ de Partbal, oom
ças serão acertadas posterionrente.Relressas s cb reqistro. Não ra.ndii
Vale Postal.
~--'------ COLÉGIO on.~SILEtnO DE "GENEALOGI.\ - - - - - - - - . ~------- COLÉGIO 00.\SILEJnO DE "GG~E1\LOGJ:\ - - - - - - - -

o seu Teatro Cet>.eal.Óqic:o, orde erx:artou, em rreio a daUos exatos, alguna.s mentiras hls-
tócicas para aUTB\tar o lustre de sua casa, mu que teve afi.r::la.l. de ser procristo por LIVRJS ~ VENlA MJ rot.a:;IO
alvari réqto(~ ocntia "notórios erros contra a verdade, Mo tem fé nem =édito,
nera se lhe d4í para efeito alqu~~") • 1. .a.IDCAR, Adauto
Roteiro GenealÓqiC:O de Mato Grosso, v.I, II e III, cada •••••••••• 15,00
~ aspecto antes ridlculo os estudos ligaroo as ascendêncl.as de fandlias brasilei-
ras nas casaa reais européias, nW.tas vezes autênticas, mas sem significação, dadll a 2. P.."WVJ., José Ubaldino M:ltta do
quantidade ini.IIW!r'ável de descerrlentes de certos pdncipes. Um honesto e diligente pes- O Marechal Viscorà! c!e Maracaju -Men'Õria Hist:órtc:o-Genea1Õg1ca ••• 36,00
quisaà)r, pcx exeaplo, no Wcio deste século, foi eroontrar a orige. das famll.ias Bar-
ros e Penteado, de são Paulo, em vultos europeus caro Vltiza, rei doe OOdos, Fernard:l 3. BARroS, oalmiro da M:>tta Buys de
Magno, rei de~. Afonso III, rei de Portugal, e, oonsequenterente, car.l.os Magno, ~ Banhos-Pes\1110 dos priJrelros ca.sal1'el\tos no Rio de Janeiro dos sécu
pilo o Breve, Pepúo de Heristal, Santo Arnaldo, du::{ue de Austrásia, ClÓvis e Meroveu • Los XVIII a xrx- n9s. 1 a 3, cada •••••••••••••••.•••.•••••••••~ 2,00
Par outro lado, descerderi.am as rresmas famÍlias de aal..dliro II, rei de JerusaléM, Mcü- 4. BARJO;, Frederico de Assis Pacheco
c:olna III, rei de Fso5cia, Alfredo, o Grande, E:qberto e Etelredo, reis de !Nzl.aterra. Itu e a Famllia Paula teite de Barros ••••••••••••••••••••••••••• JO,OO
Este result:acb nada tem de extraordinário se c:onsidera.rlros que na base de tres gerações
por século, '.'! média, cada uu de rós teria necessarianente U1l milhão de antepassados .., S. BASIOS, '"'il.son de I.J.r.a
A Fazeroa da Borda do CanlX> e o Inconfidente José Aires Gcmes~caa
alc~ar a 21. geração (ou seja , o te'rpo do rei são Ll.Ús) e alguns bilhÕes ao alca.'lÇar JO,OO
dados genealÓgicos) •.•.••••••••••••••.•••.•••••••••...•••••.••••
a 4~, na alta Idade Média. Esta verificação é espantosa porque tais núrreros \!ltrapas-
sam de nW.to a população do ll'llOdo civilizado naquele t.erp:>. O que s e passa, de fato, é 6. BRK.AN;A. Isabel ele orl.eans e (Condessa de Paris)
que as uniões c:onsarqu{nea.s inevitáveis vão reduzindo c:onsideravellrente o niire.ro de an- De tocb c:oraç~rlas (oom': t.M>ua.s genealÓgicas) .••••••••••••• 40,00
c estcais. Assim é que as casas reais vão infimizando o núrrero de seus troncos. O ro.J
Afonso XIII, por exelll)lo, eescendia 8 .000 vezes de são Luis e tinha 111 avós na geração 7. ~n.. tael Vital
em que nornallrente deveria ter 1.124. são Luis, por sua vez, tima Carlos Magnt' por ai.Ó os Pereiras de Magalhães descerrlentes do Cel.José Francisco Perei-
ra • .•.•.•.• •.• .•.•• • ••••••••.•••..•..• • •••...•.......• .• • •.. ·. • • • 10,00
500 vezes. O 1erdário Carlos Magro figura necessariarrente nas ra!zes 1e toda a nobreza
francesa e grande parte da européia. e por isso c:harrado "pai cxxn..m do ocidente". 8. BRESOLIN, IJ.x:iaro
10,00
~tatis rrutand.l.s, na genealogia brasileira, os hc:rrens fortes (Car~ na Bahia, os Al- Imigração Italiana- OS Bresolin •••••••••••••••••..•••••••••••••
b~ e cavalcantis e111 Pernallt:>IXD e João ~lllo, em são Paulo) aparecem infalivel
mente nas ascendência das principais famllias, Mo só porque havia a precx:\p!lção em pro 9. 8RDfES F9, Pe. Reynato Frazão de Souza
9 .1. A Saga dos Breves •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.•• 40,00
curar a aliança dos descerxientes dos troncos prlrcipais, caro porque os pesquisadoreS' 36,00
9.2. Sant'Ana do Pira! e a sua História(ocm dados geneal.Õgic:os) ••
tendem a seguir a lirtlagem nd::lre, abarà)nando as rrenos brilhantes. E isso não só pela
natural vaidade caro pela facilidade de pesquisa, porque são os ranos ilustres que dei- 10. CX)SDI)EY, JoaquiJII Atrarante
xam a marca da Sllll passagem ros cartórios. Origem da Famllia Brouck no Brasil ••••••••••• •• •••••.•• • •••••••• 10,00
O reaparecirrento súbito da figura de um ancestral em un long{rqi.D descereente, a que
ros refirilros a propósito do iltperador Guilherne II, p::de surgir em C3SOS surpree~ li. frnNN)ES, João B:)SCO
Marorial da Famllia-Pesquisa GenealÓgica •••••••.••••.•.•••••.••• 20,00
tes.
12. FIGUEIRA, Mucos Antonio 10,00
Ralzes Ibéricas - IJ.vro de Famllia .•••• ••• ...•.•••••••• •. ••••..•
. /.
13. FICUEIRIDO, JÚlio
3,00
Boletim~. n9s. 1;7 e 9 (cem genealogia) •••• ••••••• • ••.••• •

14. GARDEL, Luiz D. 100,00


Les Arrnoiries eocLesiastiques au Brêsil (raro) •••.••••••••• ••• ••
15. ~ NE'IO, Arthur Vimcnl de
Ua italiano em CUritiba (Famllia castellaro) .•..•••.••.•••.••••• 5,00

16. MI:RNDA, Victorúo 0\ernont de


Colro levantar sua própria genea.log1.a • • ••• ••••.• .• ••• •••••••••••• 2,00

ll. MYO., Salvad:Jr de


17 .1. ~res de c:osbdo Cgeneal.c?'1ia) -La. série (raro) ••••••.••• • 20,00
17.2. catálogo de autores genealógicos (raro) •• •••••• .• •••..•••• 15,00
17. 3. trdlce GenealÓgiex>-Cat:Ã.l.oqo Jaboatão (apelidos) •.• •••. • •• • 15,00
17 .4. trdice GerealÓgiex>-l't:biliarquia Paulistana/Gen. Sul Riogr~
dense ••••• •••••• • • • •••••••• • ••••••••• •••• ••••••• • •••••••• 15,00
17.5. !rdlce Gerea1Õg1ex>-~tililiatquia Pernarrbucana (apelidos) 15,00
17 .6 . Revista GerealÓgica Brasileira, 18 vols. (cr..npleta) ••••• •• • 100,00

18. NE.VtS, I l.ka 15,00


~ José de Allreida e sua descerdênc:ia •••••••••••••••• • •••• •
19. ~. Henrique Henriques de 60,00
Ndbiliário da Ilha da Madeia, 3 vols ••••••• • •• • •••••••••••••••••

D.:Jl
INSTITUTO CULTURAL
FREDERICO GUILHEID-IE DE ALBUQUERQUE

ASSENTAMENTOS DE BATISMOS PROCURADOS

O Instituto Cultural Frederico Guilherme de Albuquerque, para


complementar uma pesquisa genealógica em fase adiantada de desenvolvimento, procura
localizar os Assentamentos de Batismos referentes aos abaixo relacionados filhos do
Barão Georg Heinrich von LangsdortT e sua 2a. mulher Wilhelmine von LangsdortT,
os quais, no Brasil, assinavam-se Jorge Henrique LangsdortT e Guilbermina
LangsdortT.
Não obstante professarem a religião luterana, o Barão de LangsdortT e sua
mulher, segundo consta de antigas anotações familiares, batisaram seus filhos aqui
nascidos em igrejas católicas, visto não existirem, na época, igrejas luteranas no Rio de
Janeiro ou em suas imediações:

• Georg von LangsdortT, nascidos na célebre Fazenda da Mandioca, Vila de


Inhomirim, RJ, em 14.07.1822;

• Heinricb Emst von LangsdortT, dado erroneamente como nascido em Hamburgo,


Alemanha, em 1823. Tudo indica que esse filho tenha nascido mesmo no Brasil pois
não existe nenhuma prova ou evidência da presença de seus pais na Alemanha nessa
época;

• Wilbelm von LangsdortT, nascido no Rio de Janeiro em 12.12.1824;

• Aleundrine von LangsdortT, nascida em 1826, ao que supomos, em Mato Grosso,


durante a longa e famosa Expedição que o Barão de LangsdortT realizou pelo
interior do Brasil ( em parte, acompanhado por sua mulher Wilhefmine );

• Heiorich von LangsdortT, nascido no Rio de Janeiro, RJ, em 26.08.1827.

Caso Você possa nos ajudar nesta pesquisa, por favor, comunique-se conosco
pelos Telefones ( 021 ) 711-2298 ou 610-1089, ou escreva para o endereço: Rua Brito,
31 - S.Francisco - CEP 24360-570 - Niterói - RJ, A/C Prof. Francisco T.de
Albuquerque.
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1Y Manchete Ltda. • Rua do Russell, 004 • Telefones: 265-2012 e 285-0033 • Telex: 021-21525 • Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, ll de junho de 1991

Prezado Dr. Geraldo Bezerra de Menezes ,

Muito prazer em conhecê-lo, ainda ~ue só por telefone.


Espero visitá-lo, em Uiterói , ainda este mês.
Acabo de ler, no dicionário do Barão de Stndart, o verbete
referente a seu avô Leandro Bezerra 1·íonteiro, no qual ficou claro
o nosso parentesco.
Descendo de Joana Bezerra de Meneses, irma de seu ancestral
João Bezerra Monteiro. João e Joana eram filhos do casal Bento Ro-
drigues Bezerra e Petronila Velho de Meneses, de •lUe se originou a
famÍlia Bezerra de Meneses.
Sou um Bezerra do Riacho do Sangue, nascido em Fortaleza. O
Sr. é um Bezerra do Cariri, nascido em Niterói. No gráfico dos Be-
zerras, que vai junto a esta carta, o Sr. entenderá melhtr as minhas
origens. Minha mãe , Maria Dilara Bezerra de Meneses, era irmã de Cau-
bi de Assis Bezerra , o herdeiro da Tipografia Minerva.

Mando-lhe exerox de um capÍtulo do priae iro volume das "Minhas


:MemÓrias dos Outros", de Rodrigo Otávio, pai, em que seu avô Leandro
está citado entre os advogados cearenses de ParaÍba do Sul. Foi a
leitura desse capÍtulo que ~otivou meu telefonema.

Já ~ue o Sr. manifesta admiração por meu pai, Andrade Furtado,


mando-lhe cÓpia, t ambém, de dois discursos pronunciados no centená-
rio dele, no ano passado: o discurso do professor Luís Sucupird e o
meu.
Aguardo a publicação de seu livro de genealogia, de que me fa-
lou no telefone, mas se tiver separatas de seus artigos genealÓgicos ,
terei gosto em recebê-los. Aquele que foi publicado na Revista do Ins-
tituto do Ceará já tenho comigo.
v
v~
n· ~v

I
- 81 t
tura e preclaro jurista flue !lohreviveu por lon~o!i
:mo!; a sua dispersão.
IV Percebendo minhas vacilações de juiz novato,
nos primeiros despachos que não foram ao ~ilbor de
O DOUTOr:~ !Vii\C/\r?!P seus desejos, o Dr. Macnrio rompeu contr<~ 111im em
arrazoados e minutas no insopit;tvel impulso de sru
J temperamento irrequieto: mas. e11pirito ju~. lo, tev,.
ele reconhecer, bem cedo, a sinceridade nt" m<.>u rJec;e-
APUROS DE Jllr7. NOVATO jo de acertar . No exercido de minha juriscliç:io, foi
ele, talvez, o advog~oo a cujos interc-sSI'!; m r. n(ls me
N:t Pllrilíba do Sul, p:trél ~'lide fui dl'sp:"~charlo foi possível atender; negnt"i clrferirnento n provi ·
.fui? Municipal, havia urnn t:nlnnia famQsa de nclvo- clencias a que ligava a maior imporlanri;r, julguei
J:;rdo<; Cl'ilrt"uses, dos qu11es n. dc> nuus relevo era o improcedentes C<IWH\S de avultado valor, pQr P.le rle-
llr .lrr'lrtyrr1o Macario Figucir:~ de Mello. que fez fendidas, com vivacidade e esforço. c. niío c:ontanas
rpr... 'l nto foro nacional. Fazrndo repercutir, ora C'llll a!l cscarnm11çns inici11i!1, estflR mesnHrs, lllliPc; brinca-
rtc11 l'~'~'prin nome, ou mais fr<'qrtenternentr . r.otn o
deiras que agres!!Ões, jám11is houve drlc c:on1r11 mim
notor• ,, J><:!'rrrlonimo de "DilnÍ<>I", qu11si di::~ri~unente, :~titude de que me ficaF:se resentirnrnl'l .
por ... ,,or. rt•lll':ccutivos, peloc: :~ pedidos do Jornal
"" c., ,.,,11.,. , , ,: écos de strns campan has for<'nsc s , "'
Não deix::~rá de tE-r interesse <1 nnr r;~çiin ele rn c uc;
1 ' ':o r J i· r,, tr:r:~"m ora violenta. ora cheia de ironin.
primeiros apuros 110 desempenho rlros!:no; ""'' ""
•• • ) 1117o •r., colega:<: e partes interessaria~. n Dr. funções .
· • :"'1JtiÍ:1vn os horizontes daquele fnr'l pro- Como era natural, meu preparo juriclico. ,, , ;•'lro-
;. • Orrrr ,~ c:~usidicos, vindos. corno <'I e, e, :-ti- .to de vista pratico. er11 muito deficiente; !Ir prn r ~s c;•J
i; , ; :, ~ ·· . fr:'lziclo~ ou atrnido!l P"r elro, dn trrr:t eu não conhecia nada.
•'r!•.,, ,. c o rr1 os quais, II' P,'O depois, c:~ cl"'c:aveio Chegando á Paraíha, desci no hotel dn 1 rrr.•.
· . ,., ,.,,,.., for;:tm os Drs. José Viri11to d~ Me-
chama do do Anjo da Mein Noite, não st'i po• 'I""·

,.
. l'rrrinr) Furtado de Mendonça, T... adi!;l:ío Acri-
1\ ''"<'id:r Ft.lllllll<t, Alex;~nrlre ChavPs H:rr ish"-
t;:t)v(':> pela circumstanda de ser o prQrrit•t!lri'J urn
nrf:r:~lh~(l. de alta cs1:11ur11, m:t!l de trnto ""'i1: ••

·'' '"'" Bt·?.rrrn Mnnteirn c Pcrgentino da Cor.- Tnstllltrrlo c ::JhP.rtn JT1inh11 mal:~ , trolroi !n:••l rio•
.,,, ,.. ~ ~c. o Tl(',, i:rrniu dn trilHt! honir."Í•TI;r cri'1- I'' <'pnrar A 111esa de trubnlbo. enfileirar111" 11 ·' 1: r11 -

'
,Jj

I.

- 85- - 8<i --

rn!>t:lllos it pr1rcde, os livros que trouxera. E, nesse panheiro de viagem, cti:rendo, com antoric!ade: -- está
mc~mo clin, chegando {1 casa, drpois de uma primeira em ordem ...
•; : <. it:~ protocolar ao Juiz de Direito, foi-me npr<>srn-
• :~ do o primeiro requcrin1ento. Subscrevin·o 0 Dr.
..
;.tncnrio c pedia nnd<1 menos do que um !ll<l1Hl~Hio pt r- O ~aso agora éra. porém, muito rnaic; si-ri o . Tra-
limilt3r d" arresto. tavél-se do medido viole11ta rlo arreRto, " en, na v isitn
Era um caso sério. que acabava de fa;o:er ao Juiz de Dir,..ito, havia tido
lssn rne fez lembrar outro apuro em que me en- um pan o de am"s tra ria aç5o elo Dr. Macnr io . /\l i ch e-
rnntr<'i. n o s meus primeiros cllas ele Juiz Munici p al, gando, E'n co nlrPi " Jui:r eucoleri?.ado . Ti11hn rt!l tn ?i n
~r n lv,uac;su'. Par:t a sécle ela Comarca se ia prln lren•- um requ<'rirnP.tlf O inc:niE"nte do velho ad v0 ~:'1d o <' :~ o
7.Ínho rlo Rio do Ouro, que parti:t da Ponta rJ n Cnj \1 . ) flt~al havi;'l d::~ d o um rle s p::~cho não menos <tgress iv0.
Em ccrla manhã, encontrei no trem o advo~-:-:uJr• t 'ar- E tl Dr J os<- R irordo, contou-me, trem ui n clt>
lo'! Sonres Guimar5cs. meu colega e amig o l•: tr tTJP raiva, 1t hiRtorin toda, antes de entregar o requer i-
(liRqe logo que ia a Iguassír, pnra ~presen u,, ,, '' ' <'11 mento ao ofici;tl tle justiça qne esperavA á port:'l.
:~ ~ rl1'~p:1cho uma precatoria r clar-Jhe cumprinp•n rn . li.:tl. Depois sonhe qn<' o Jni1: e o advogado rram,
..~ ..
t!~ t:tl in.formado, percli inteiramente n gr:tt a ,.. ""g ui t1 esde mui t·os anos, in itni g os i rreconcil iaveis. O
,r...,. '
'f, 'll:lgcm m<1cambuzio e preocupado. pen s:11trl" 11 n qtrP- oficial , que me trouxér:1 o petiçfio, éra o meRmo que
~.,l trri!'l <I~ f;:,zer com a tnl prccé1tnri.1 O ( <~rhc:, vh·o vi r a, pouc:0s ""' "'t'n toe; nn tt'S, 1111 port:1 do J ub: ele
-"'· Ct')nvcr~:oclor, animado e jovial, ('tu:hcu :1<; h"t':ts mo-
t Direito, e fic:r)•t ""pernndo pelo despacho rlo lado ele
) o

(t noton:-~s elo percurso pela h:~ixn«ln flufltitt<'ttc;c · com f6ra do corrrrlor lmagine-sP. o estado de ·aflição
f·"
t.. ·;il•.. r.ua prosa intere~sante. Pouco :lflte•, da chegada, po- em que tomP.i (In papel, e o li e reli .
rém, criei coragem e pedi-lhe n P' e•::~tori<J. E li torlo O homem pP.rli::~ :1 expedição do mandado sem
o in!ltrnmcnto, cada ve7. m:tis aflito, r.em s<Jher o ju!ltificaçiln prP\•ia, com protesto de provar o alega-
ile~pacho a dar áquilo, at~ qnE', d<'<;animado, chegan- do no tríduo posterior á diligencia.
do, ao fir:n. encontrei entre as fnnnéls tabelioas do Era :t pritttrir::t ve?. que me encontrava com tacs
i
ti
cnccrr:~mcnto, a snlvaçi'io n<t'lll€'1::1 snplica :10 Juiz coic;as . Niio 1111' o correu onrle podia. de momento, .
í
tlcprec:tclo, que éra Cll, pnrn C"Jll<' se rlignassr p ri r tiO
in~trumento seu respeitavel "Clllllf'ra- se'' .. .
estttdM o ttt:l(t't in Tive receio de deferir. ele piAno, o
que se pNlia. llll!ditla de m11ito rigor . E, suando frio,
'
Aberta a fisionomia, num tranquiln ~nr r ic:n de 110 ·C'~tlor rhJ')tr<'IP quente r\i;~ de Dr:rembro, despa-
• \tpcrioridadc. dobrei o papel e o entreguPi no com- cht>i, pr!lo f:1ro, como ~;e me pe rlia n mr~nrlado in clc·
...
f

-- B7 - -Afl

pendente de justificação, determinf\ndo que justi fi- Dai o grande interesse do caso, ::~pes:u do valor mí-
C:\!Ise. Era uma solução que me dava tempo . nimo d:uto ao terreno. O Dr. Maca rio, - sempre o
Estava eu ainda sob a ação nervosa elo caso, f Dr. Macario - era pntrono de uma rlll!; partes. To-
quando veio ver-me o Dias da Rocha. meu velho nmi- mei logo dos autos volumosos . Fi?. cieles ·urn estudo
r.o e comp:mheiro de casa, na Paulicéa, e t01tnhr111 ::~cl­ minucioso, lendo, pacientPmente, traslados de escri-
.,.ogado na Puaiba . Pttchei logo n conv('r~a p:~t n n tttras, laudos ele vistoria, depoimentos de testemu-
c:-~~o: e o Rocha disse: nhas. Ao fim de alguns dias l<wrei uma longa e c:ir-
- Mas, você encontra toda essa tllaterin r- 0mpl<'- cttmstanciada sentença, polida e repelida; a conclu-
t:~mente explicada no Regulamento 737. ~5o erf\ contraria ao cliente rlo Or. l'yfacario. N;jo Ptl ·
E, olhando para a lombada dos livros qn c es ta- treguei, entretanto, os nutos desciE' logo, fiquei r~ind:t
vnm sobre a minha mesa, tomou do volume do C o cligo matutando sobre G caso :
I
Comercial, do Orlando, abriu na . parte respe ctiva. E, de repente, ocorreu-me que era incompetente
e começou a ler os ;~rtigos do Regulamento pro c e~­ para proferir julga'mento na causn, pelo rliminutn
.. sunl.
Procurando disfarçar o meu enleio, exclamt:'i. lo-
valor dado ao terreno; o competente seria o juiz c]p
p;'lz .. . Escrevi, então. breve despacho ncssn confor-
rn:-tn<lo o livro: " ... que diabo, como é que eu n?k• me midade e devolvi os autos para r.artorio, lmnentanclo
lembrei que tinha trazido esse livro . .. ". o tempo perdido na confecção da laborio~a ~entença.
Pouco depois, já tendo saído o Dias da Hc~cha, Mns eu eRtnv<t em erro; e IJ Dr. M;~rnrio npresentou
voltou o oficial com o mesmo r~'qnerim c ttto cotn cmhnrgos ft minha rlecisfio, nos q11ne~ moRtrava por D
unHt rC:·plicn no meu de s pacho. E, rnt fio, jft l'l<'tth•'f' de tnniA b, que era competente p;"~rn o julgAmento final,
mim, com citaçiio dos artigos do Regulamento 73 '1, por se tratar de bem de rai;o: .. . Confnnrlido com o
C:Otn que :1cabava de travar reJaçÕeg, deferi O pedi- quináo, niio qui?. perder mais tempo E' fi?: logo, no dia
dtl num fundamentl'tdo despacho . ~eguintc, baixar os autos com n sentença que já esta-
No rlia seguinte viernm-m" :~l::H fls :-11itos conrlu- v~. riesde muito, prontinh:t e copia(l~t em algumas
!IOII para sentença. O printeirr• qut:> tomei era o de folh:1s de papel almaço.
:l
I •f
uma questão possessoria rel::~ti ,·;• " urna pequPnin;'l
nc ; ga de terra numa encrm:ilb;1rln. cli ~ putada por dois
De t~J sentença o Dr. Macario apelou e nas
)
sua<~ raT.ÕN; ele recurso mostrou-se estarrecido .de es-
propriet~rios con finanli'S. So11hr, rlcpois, que se Ira- rnnto ;'ltl\e o milagre da elaboraçiio dessa longa deci-
I:I 'J :'I ele sitio pri,•ile ~ i:Jclo p:lra colocação de pPqtt<'- são, prep::~racla, e~crita e copiada no breve espr~ço
nn vrnda p;'lra .. ·· nmpr;:~ noturn:~ de café f11rt:uln que mecl('iott ele 'I horas da tarde, qu;'lnrlo os autos fo·
r
- 89

t:~m entregues em minha casa, até 11 horas da mnuhâ


.. - 90-
l
tio dia seguinte, em que deram entrada em car torio, i calçada, fumando e discursnndo a amigos que o Í<1m
com o desconto, ainda, das horas indisp'ensavP.is para f vi!:itar e se Rent:.vnm nesses bancos de~ rui'!.
o 1110no e outros mistéres.

I
As questões puhlicns o apaixonavam, e, es pírito
E, pelo simples confronto dos termos de C(lnclu~ liberal, apesar de filinclo por tradição de família ao
siio e de recebimento, tinh::~ ele razão. partido cons('rvaclor, era nm apologista intrnnsi gen tt>
De tudo se vê como as aparencias eng:.111<1111;

l
da liberd<~dt> elos cultos e da secularização oos ccmi-
niio me c:tbcndo mais falar no processo e não cle vrndo t('rios. E isso o levou a uma formidavel cam panha
trntar ele viva vo7. com o advogndo, o caso fic o11 por cnntra os parlrt>s da terra. na qual eu, por minha qna-
i~ ~o mes111o . ~
lichde d" Juiz, tive de intervir.
TI O Governo Prnvisorlo, por áto de 7 de Ja·
A QUEST.i\0 DO CHJSTO
i neiro de 1890, ·havia decretado a completa separa-
I ção da Igreja e do Estado. Em consequencia, os In~
<'\ tendentes Municipais da Pnraíba, que, depois da
1':r:1 n Dr . Macario nrn curios o tipo ()c lwrncm, i
t·i h:Jstantc velho quando o conhrt: i. Nin:~ucm s:1 hia,
proclamaçno da R('publicn, haviam tomado conta dos
nr. ce-rr o. <1 sua idt~de e ele ni'io •r rli ;·i:,, J)t' nm:"l V P.7.,
' negocies nntnidpais, orclenaram a remessa · para a
'"" ·In de prP.stnr depoimento lll11ll I'' nn•sso. rliv n rs<~s
Capela do Cemiterio de um Cristo crucificado, qua-
l't' '· "ll;J ~: C0111parcceram á minll:1 ''<ll.1, 110 Forum, p r~ra si de tam:.nho nnturnl, corn que dotára a saln do Juri
a religiosidade ~xlrP.mn d e 11111 antigo Presidente da
1111\· tl - o, ll<~ qu:1li ficaç5o, rlP.c l:1r,,,. t •·, :111 0 5 que tinh<t.
r·,, :o. r:11n, fJOrém, desap0111 <Hlos j) () f' oj IIP, ft perg1111 ta Camara Municipal, o Dr . Leandro Be?.erra Mon t eiro.
preclaro cidadão cearf!ns"!. a rlvogarlo na Paraíba e,
·,. '111~ id<tclc tinha, o .Dr lVT<~ •:;-n· i , rt•·pnndern, !' illl-
por vezes, Deputado por Sergi Jlf!.
;• d' ' III P ntc, Cil'CUJnV;tg<~nd'l 0 0.: o) IHJ~ p r J:~ <ISSi S tPPCÍ:t
• \lr111 ~ il:
Esse áto nlvoroçou o sentimento ele urna part~:
l ·- Maior de 60 . . . dn populâçiio e, elementos rencion;:trio'l, que existiam
latentes, quizeram aproveitnr o inciclente para turvar
Ern um homem matun. frio dr r0s1·o, de b:1rhns c
~.
h q,odcs arrepiados: mor:1ndo :-•'o. """'a cas:. d" es- as aguas.
~'
•: 11111:1, no longo de c11j n rnlç:.d .o h:t vi:. uns b:1nrns á O Vigario, por isso que no Cerniterio não havia
'
(.
•.o rnhra de umas ;u·vorl' !': fnll11r d : o<:, I inhn ele o hnhi- proprimnente uma Capela, mas um simples e de.!l·
,I lr, d!:' J1:l!iSP.:lr, de sohn•tudo P 1.: '' ' r ''· ;-,n longo d nr, !: ; , guarnecido deposito de cadaveres, pNliu que o Cri.s·
to· lhe f0!:!:e entregue, pMa a Matri?.; R fntenclencia,

~-
~I -
- Q?. ---'
Joh o fnrul;tmcnto ele que o Cri!\lo era um valiQSO
Poucos dias pnssnclos !!oube-se que nova tentativa
btm do rnunicipio, negou entregn da imagt>m, ror
11ar!a nt:ti!l ter n Tgreja com o Estado. E tun<~ qu~~tiio de rapto se esperava para cP.rta noite .. , Que é que se
r~lir,ior.:t se desencadeou na P<~riiÍhél elo Sul, trm- não sabe nas cidar.lt>s pequen:~s?
,,~~tarle num copo cl 'agua.
E a repE'tiçiio do primeiro caso se reproduziu
Os partidos se extremaram, houvP. polemicas vio- com o mesmo s\tcesso: os encarregados da diligen·
lt>nt:~s pelos jornais, agressões pelns l'IHls, e toda u cia lá não encontrnnun o Cristo, e, por certo, no dia
J.~ric elos cpi~or:lio~ impre,.ristos, p0r vezescarir:~tos, seguinte, Hver;~m 1\(lticin, pela boca das proprias
rll! urn:t nova guerra do alecrim e d'l mnngeron:~. testemunhas. cln cP.nn cnmic:~ que se pass:\ra na Ma-
Nn mais aceso do desentendido, correu. um triz, na hora mesmn em fJ"e eles cont::wam nli entrar
di;, ó hoca pequena, que o partido cntolico havin transport:mclo n preciosn rnrga,
re~olviclo furt;rr, a horas mot·tas, a malsinad:t .irn<~­
r.em . F: , de fá to, ;:t tentativa foi feit;t: tn~s. qunndo O caso foi que ·11m dos procéres da situação, o
com nn m:1iores cautelaR, os ous;rdos roubadores pP- Salvador da Silveirn Bueno, conhecedor de ' tudo o
11~trnr:rm nn C:tp<'ln do Cernitcrio, ver i ficaram qu!' :t que se eRtnv<~ pnsMrtrlo. teve a idé::t de ir, áquela hora,
im:'lg<'m In niio estava, tendo sido po!lta, em tempo. ;~ á Igrej;~, a ver que111 é qtrf' estari::~ lá para receber o
bom re c;Jto pelo pessoal <.lo partido ndverso. Cristo ...
J.: o in terc>s s:t nt·e é que, no dia srg uinte, corria
,y,. n<~rraçftl) porrnenori?.<~da elo irtc:i-
J.,...,. ;'l ''"' hoc;r a
Ali cher.-:~nclo, vi11, :10 se aproximar, que a por-
!! f•lfr ir•rl n•:ive o nome dor. que h:tvianr ido procE'der
ta principal Pstnvn rntrc>nhNta: abriu-i\ e, ~ntrando.
cncontrott·SP com clivf!rsa!l pessoas sentadas em tor·
w T:ll•'f) do pohre Nazareno, que entr:-rv<t nis!lo tnclo.
., ., '";') ve?., como Pilatos no credo. no de uma l:~rrtt:!rna :1cesn. e que, á chegada !lubita
do intrnso. s(' lev:~nt::~rr~rn ('lllb;~raçadas. E o ine!lpc-
O povo acorreu prcsuro!:o a certific:~r-se d:t <~11- nulo visitRrttP lhE'1' dissf', com c~tlma:
H'n-:i., do Cristo na Capela parn ondf' o hnviam cles-
'<'rr:tdo, E', não ::~creditando nos proprios olhos, viu - Por qu~ se a1'sttt:~rnm? Acreditaram .que era o
t;t1e ele lá estava de novo, n:~ imobilid::tde de 1'11<1 Cristo qur. Pntrav;~ p0r 1'""" proprios pés?
ltnt.1 c conformada ag-onia ...
Df'pois cl f'ssn rtovn decP.pção, e, sobretudo, do
As velhas beatas cli?.i<Jtrl que ern milagre, c se
j'rn.i;:nnv:tm contritns ... desapontnrn"11 tn )1rl(l s:~rrasn to, os apologistas do sis-
tema rlesistir:tlll rlelt> E' o Cristo foi cleixndn em p111.
''
;l
- 93- -· · 9·1 ·-

ITI O caso estrAnho. como era natural, prcHittT.i:J


urn enorme escandalo.
!J 1\ PROCISSÃO DE DESt\GRJ\ VO O Dr. Macario ouvira tudo com a mais ab~o­
luta calma, e, quan<lo os rlois pndres se calaram c ~c
O Dr . Macario foi elos que mnis se np<~ixnnrtrnn• iam recolhendo á casn ,r~penas disse, de modo que
c·· m o cnso elo Cristo; e, certo di:~, (]uando '":1;1\'n, foRRe ouvido de toda a gente, que ' o sucesso havia rc·
<'1>•1f nrmc seu costume, :1 prelecio11<1r sobre oo; nr rm- unido ali:
f'!l in,~ntos. passei ando pela cnlç::~dn de Sll:l r::ts;'l. - "Eu vou prcccssar eRtes dois senhores ele hn ·
IICI)ntcceu que o Vigario 1\lvnren gn ~nllcs, cprc, por tinl'l: c quero quP to<loR se certifiquem ele que Fu-
dt-\J:r<~çn. mornva em frent~. s:-ir1 r segu iu. nprcs - l:wo. Reltnmo e Sicntnt') (e citou o nome de mria du·
~ado pelo lado oposto dn ru:~ . zia de prssoas dr r.espP.itabiliclade), que eu v011 arro·
Depois de ter dndo uns cinco<•nta pnssos, porém . lar como testemunh::~s. assistiram a tudo o que se
Q Vir~nrio voltou e, entrondo em <::tsa, dela sniu de ncnbn de passar ...
no~·o lllltnido de um rebeiH]u~ 1: o11trns arma!', C'Oill E, recolhendo-sé ao seu gabinete, !oi tedigir, con·
H 'fllt~ro;, vindo parn o meio dn •un. nmraçou violr.n- tra o Vignrio. n qut'ixn. por crime rle nmeaça .e, contra
umr·ntc o Dr. Mncario, sob n nlcP.nçi\o de que efot~. o outr<?, a queixa por crime de injurias verbaes, que
~:~ ~lln <~renga habitual, vendo-o s;~ir rJc casa . .Ih r rli · no di<1 seguinte me submeteu R despacho.
·:r,irn grosseiras chufas .
Dado o primeiro passo, o Dr. Macario não era
Qnando mnis vcementt>s inm ns nlll~nçns do Vi-
hoincm de voltnr atrás: os processos seguira~ o RCU
H :, •. que ln1nentnvclmcntc pcrclf'ra n scrcniclnrlr c :1
curso normnl r cu. em rnziio de oficio e bem pon·
• •:'JHJ<: tur:~, 11111 outro · paclre. joveu. rc cem-cht>r:n c)P
deradas as provas acumuladas. tive de condenar o
:,. S ~o ]o5o d'cJ Hei que, penso. r:h:nltCJva-sc Re?.cn -
padre Re?.enclr.. a j:'í ••iio sei quanto tempo de-prisão,
...--..
'· .,:11u. •gunlmentr.. da casa do Vi,gari o c t' olncnnd•l·S<'
tratando-se de um process0 Pspecial de alçada, e de
•'• ' t•u Indo, endereçou <tO velho nrlvogndo umn sn ·
pronuncinr 0 Vigario Snlrc;, parn que fosse subme·
'··•···•<!;~ rle injnrias pesndas (1).
tido ao Tribunal d0 ,l11ri . 1\mbos os meus despàcho!>
I• F.,r•lllll'<'i nn tlfrmn ri11l, ,,.,,... Ih ,\l:to•:orin pnhlit••ur forám confirmndos prl0 .1 ui?. de Direito, tendo o vi· ,
• ' '·'"' •·nu,n•t ~oh n til tdn dt• (} r,,,, . ,f,. J•utfrr Sr~/,•.-: , u
tln IHIIIrt' llt'7.l'IHio-: ,. ,,. .. .,,. ,, ..•. . ln:in l'tiiH·~ r:lll'•
..:.·lt··· gario ido <~o Juri, qne, nnturnlmente o absoiveu, e
d o• "''"1'11cft•. F:tçu c•:qlu IHdn .. ... , runt I p.iid li ihi'hlilii'hl ,
11ão tendo o outro p::~dre l"lllnprido 11 pena por geue
~i ,; I' C I' fllt f'HI'HI'If\' :1 tolf!H" ,. ultt••, tJu 111('"\ 11 111 'IJt\'
ro!liclnde do queinos<' .
Um ep i!\oclio extr~Q.-rlin :JriP, pnrélll 1 ocorrett nQ
- 95- -- 9(j -

N(tCCilso elo Vigario S<tles . Srn<lo as tcstcmunh:1~ padre pensav11 qur. ~c pocleria retir:~r em paz, o quci·
lonr:::t c minuciosamente inqueridas e reperguntada!:. xoso começou, rorno lhe fac:ult<~ve~ a lei, A interrogar o
, t.umario teve demora e acoutecP.u que, dur:1nte o indiciado . As pessoas presentes vir<~m logo no que
t~u curso. como consequcncia d« reviravolta política aquilo ia dar; o Vigario. con!;trangido a submeter·
r,ur !;C operou no Est<~do rlo Rio com a quécla dn Go- se ao interrog::ttorio, via o tempo se csconr e apro·
'Crnador Portela, <1 Ritu<~~5o d<~ Par<tíba, mudon c n ximar-se a hora d<1 sai da ela procissão. Os sinos co-
p:~rtido :"ldverso veiu <lO pocler . Um elos primeiro!' meçar<~m a rr•pic<~~· numa esfusiada de alegria, anun- .
4tu" dos novos Intendentes f oi oficiar ao Vig<~rio. ciando nos quntro cantos da cidade a vitória dn
~•H•nÍ7.<1tHlo a fazer transportar o Cristo. ja?ia q\Hl Igreja : pessoas mand<ldas da s:~cristia chegava'm, es·
n:~ Capela do Cerniterio, para a M<1triz da Cid;~clr. r o piavam, inform<~vam-sE' f' pnrtiam, para voltar mais
Vif:<~rio, triunfa11te, não quiz fazer a coisa ;, r.n- tarcie e tornar ;'I pArtir . .. e o interrogatorio seguia
pucha ; preferiu dar á trasl:tdação o maximo esplen- calmo, minuciosCl, interminavel... O advogado do
dor c preparou um<~ solene procisR~o de des::Jgr<~vo , Vigario reclamou: o Dr . Macmio replica, lê os arti·
pura a gual convocou os fieis e convidou os vip.arins go~ de lei ')lle drfinem o ~eu incontestnvel direito, e
.~· drmais cléro elo Município f' <l0s Municípios vi7.i - o inc.i dente não f:'l7. l'en5o "perder urna hoa meia hora .
nho~. Afinnl, jri l'llllito rE'tardnda, não se podendo e.c;pe-
Mas, como disse, o processo continuava e niio sc1 rnr por mais tempo. n procissão s:~iu sem o vlgarlo:
por que artes, sendo o escrivão ;~migo do Vigarin c o pobre h omem estnva num lastimavel estado de de-
prn do<~ mai orais da Irmanda(le, mio sei porque arte :~. solAção, m11s nem rorliA dnr expansão 1'10 11eu resen-
repito, conseguiu o Dr. M::tc<lrin qut• Cl interrognlnt i0 tirnen'to, porquC', IP.IHlo de responder ;ls perguntas
rl<1 Vigario {~sse marcadCl ju s lmtH•nte para o cli:t 'l:t solicitadas Jlf']o queixosn. crn -lhe mistér toda suA
atenção parn vP.r o que di;o;in P n iio se comprometer
.
procif''lâo, ns 3 hor::ts ela tnrdf.' .
E, nesse dia, estntHln a cicl<~dc em festns. nurn:t
com utna resposta inconveuiente. Os sinos não ces·
savam o ~eu badalar festivo: cltcg:wnm ~ minha satã,
M'lirnnçiio dcsusncl«. rtt<l!': C'rnbnnclc iradns e atnpctr~dõls
á feição do vento, acórdes de filnf<~rra e éco11 de
de fnlhns de! m;,n~ucirr~. :i hora marcnd<~. deu cn t t'él rl<t
canto chão; girando las de fog-u<'tes e h~ferias de bom-
em minh:1 q:ll<l toclo o pessoal para <1 assentada.
bas, atordoavam o <~r e, impassivel, romo se nada
O Vigario, ::tpesar d::t natural contraried;,dc <lliC
ouvisse, o Dr. Mncario pnmf'g ui;, no interrogatorio
n j Hnq·sso lhC' 1r::1:r.in, entrou r<~<li:ltttc; era o din rlo
que RÓ foi clnrlo por terminarln ,,, mnmento em que,
"• : tdun(o Tcrminndo o inlerrog<~torio !; lllnn -
tend o cessndo os sinos de l:tnp,C'r, ~e ::tp<?rceheu o for·
•• ,, 'Jll>: .n •: r ;thin fn?.cr, nos tf'nno s lq~n<:s, e 'JII:tnd o t •

l
---------------------------- I
r
..

- 9R-
- 97-

na inrleclinnvel necessid<Hle de se aposentar (1). Fó- •


mid:wcl :ui vcr~ario. que. <1~ volta do Cemitf'rio. hn-
ra clR carrc>ira, c sem ootro!l recursos além de seus
vi:t :t procissão dado entracln. na Mntriz.
mingu<~dos venr.inúmtos rle apo!:entRdo, ~briu banca
O bocaclQ, como tantas ve?.es acontE>ce, não fi) r::~
de Rclvognrlo t", C]IHilHlo estouraram no fôro os retum·
.,., fJitC'lll Q tinhn, com tanto c:1riuho, prep~rnrln.
bantes processos do Dr. Mac~rio, ele ap:~receu co·
mo rulvogn~o dos j1adrf's, o que, certamente, contri-
TV lntiu sohrP.nHmcir;~ para ninda rmtiR a7.edar o ~aso:
J\cresda qne o Dr . José Ric;~rdo, a despei-
1\S REFRÉG/\S FORENSES to de sua lQnga pratica de judicatura, não era pro-
• .
fissionnl (Htra terçar com o velho Macario; ele ja-
,\ li :'tc;, egse não fôra o uni co episorlin (oren!'le in-
mnis CXf'fCCI':1 R <tdvocncia, para O que, além do sa-
· ·:· " .'11111:' 'llle o caso provocou. ber, quP. é rnisté.r para o Jui?., se exige habilidade,
('l Dr. José Ricardo Gomes de Cnrvalho. Jui;: tnt i c:~, maqui:wel istno. E. entiio, na Paraíba, na-
' · Dir<'ito ria Comarca. crn mn rnngislr:1do rl'!~pci\:'1· qr1ele tc111p.o. rm tAis processo<: e com tal ~dversario .
Ot·tx::rrnm-no, porém, ficar, por mni!: tle dc7. ano". E ,., cnso (oi que. não semlo possivf'l, dada a notaria
:'. trrrivel Comarca de lutl'lr. impi r.dosas, W1i- e ret mnh::111te puhliciclade que tiveram os aconteci-
·. III•:An<.lescentcs c ex::tltamento político. Tcntln JIIE'nlo<:, rH•g-nr o~ dt"litos e sua nutoria, o ac'lvogado
·· · tntcrvir •. corno julg:~dor, em toclos os cn~os qn!' :1li de ti'io 111:í l';"Jll<:n cpri?: hu!:car urm1 explicaçilo atenuA·
,,. ó'l l:itnvnrn, crion nnlnralml.'nte' inimic;:'ltlr.s impl::~ra· clorn 11:1 provor:'lçfio. t" rlcu ttllll\ justificAção par:~ f::~­
"d", fJUC' numcntnvn111 rom os :1110!;, cnlr C' n~ qunis :l\'111 ?.er :r prnvn r!f' 1111~. h:lVP il(lo o Vignrio Sales saidn
tó'lva.n elo velho Mac;1rio, ndvogaclo ele f!1:111de cliP'I·
tr.la c arquirliaholicos expedientes. SE>urlo catolicn (I) - r) r·:. nlt:trtl<'"'" p:.,·llrh\rln lnnlo npnllrÚI)oll "' l''l' ;
r·ltn~. ru.·~~,. '""'"'''""·OI"< "''' f!rupn rlc cirlodiio~ clii'J(OU "" r·•
fervor01:o c vindo do Imperio, o J\rÍ7 ni'io ern {'"'- \1'1'11111 rll' .. rrtr·o·c·r "'"" ' l'"'hu cnntrn n .lul7. l)r·. .ln~é llir:oool ...
nlndn 1111 •·.~·.,·r·k i ,. oln i~toll •"rloll'ro , r• ton rptnl rnnlrn ~Ir ~I''""
fiO/In,, r,rnta p<tr<t a gente, alguma, ftliás, de pri1neir:~ rulr"""' ,.., ''""'"'" '"'"' '"''" ·rl .. ·lndn~. Tln· rluvltlo em '11""' "
ordem, QUC', com n <t<lvento do novo rt>gi1t1~>n, ton1itrn Oll''lr· 11 .lvi' olo· llin·il" ""l•r·r rqqo1 qucllm . lHfcll'l no Mlnl•lr ·r
tio .lu <tiçn. <por ,.,.,. r11\ri" " ~~·. Campos Snles, e de ~l'U ·"•·
conta ela terra. cr·clnrlu, '' J)r·. ArotllltÍP l.ui1. olu~ Snnln~ \Vrr·ncclr (qur•, pnr nn•·
~o. o:ro• fllhn ,. "'''""""' "" l'nrnlhn I, n·rchf com dntn rir• li
de nl{n~l" oll' 1.~1111, n ~o·gtli111c• rnrln: "Dt• nconlo com oo Mi ni•-
Nn qucsHio \lo Cristo, o Dr . .I oo::c Ricardo to- trn, nrhn ntnlln prowrolo• 11l•·~ "'"~ IIOIHlrrnçõr~ ~ohrc ro C'n,, ''" ..
•1. lli cu trllf . 1~. llrll''ll'l'. pf'io'inlnH'Itlc, 111io ~I' pftrlc r'l'~llf11Hh·r· ""
m:irn Olltensivamente particlo pelo l<~rlo catotico P., IICU urfrfo• IHIIJU/IIr• "'ltl j,f,., f)lll'liO:Uior·lltt'lllC Ih r ('11J111t!IÍI'"
~m torn o de sua pessoa. intrig:~s liin rormidaveis (' qur uii•o oi~ n•t .f . ll lo•otr•olu " •lr•11•11orin pn rro r!'•prttorl rr . E•rr·,.•·r·-
r·r i huJt• ltlC!'UHU ltll J,f'etpni,J .. •• .
lntxtric:wf:'is se entretccen1rn t"ntiio. fJIIC ele se vi11 l ~ .. !ltf' Lrnprtlrf,•. n 'l"t' ·• •·Htln ~r- •·"rrl'r, <'tn rl llu~tr·p llr.

·'··
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''• •• : ~

~ ~~ ~; I :~·i :~:
~
\ , ....· r .l: • ,
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I
- 99 : '.:\
~
· ·'
\f' ... ~
1.
l l ~.

de sun casa, fronteira á casa do queixoso, clesceu :(;(jj r .·:


~~ . .. ~~ , t .

. \ \ _) \
I
_

100-

{
outrn rua. que com ela fazia csqnina, just<~mente para
furtar-se ás referencias do Dr. lVIacário. C'}Ue dic;cur-
\ .
'I ju1;1tar o ~eu requerimento no~ . autos. Era uma obra
.. '
·~· llilv:~ 11:1 c:~lç<~dn de sua casa, mas que. ch<'ganrlo á ;:~1-
prima (lE' \tmmonr e ele ironin.
f
f~
tnr;'l de certo numero dessa rua, ouviu o mesmo Dr . I,
... rh:tm:1ndn-o rlc p .1 c/I'C'CO disto ... paúrC'co d.1quilo ...
~t~'f
,. , nunw snr:tivncla rle doestos em que entrava o qu:'llifi-
\
I *
·r r:'lt i;· v c:unbronc;.mo, o que tudo lhe irritcíra os brios:
1
I
Pouc·JS fltJOs depois rl::t minha retirada da Paralba
.. f' •• •• . . •·t roccdc-r:t, entr~ra em casa, arm::tr:t-ce "· !:::ti n- '
rio Spl, c>S jomais noticiarflm o falecimento do velho
·- • ,., ' 1.111, pronunciár<~ as ameaç::ts C'JUC tanta ge ntf' ou- aclvoP,ado. · \ . • .
r ~.- t r :. P 'e na foi\ q\te seu e11terramento uão houvesse sido
I . -;~;1 justific::~ção, que fizera o regalo rJo qnci- (f" i I 9 ~o t~m~o tlflqllela extrnorcli nária demanda que,

.. . ·"· ; •Hcp rc era a solene e documentad::t <'on{issflo :\c; fnt'migM, pu?.eram os Religioso!! Menores da Pro-
", · ' · tÍ"IÍ I •) , levo11 o Dr. Macario :1 requerer n renli?.n- vinc:in\:t~ ~~iêclnrlC', no Mnrnnhiio, e de que Be~n::trdE's
"· ,:t• wna diligenr.in rlelicioc:amente ori1~in;~J, por f);\ IIOJ if.i::t 1 em \" N<w;r F'lore.-;f;r (1 ). Aqueles animais,
c " ~to ineclita em nossos <111ais fo,·enses. P<'rli11 o fn- pn•vidt>~lte·t~._mas daninhos. havia estabel.e cido seu pro-·--:::
m" · •"> cnnsidico, em longo requer imcnto. ,..,.J, 1111'110'
.. r:·· · - · --- -· ·-
• -:-:-:: iííê1Õ- cr.l~irt.l- ~'Oli . :tA fnnd!lçÕeA do conve_ntõ, ' prej~:,i..·l ,
d o que se dign:tssc o Juiz nomrnr duns Jl'"'!:oa <: im - \ Cé\ndo-lh~s. ;l_l!O}j•~P':,.C s?4otuecÍam, _.Bem cerimonia, l
;•:~rcinis c llc milito hnm ouvid". :-~fim tl<' rpr•·. J'fl~ \:1 · ____l l1Jf~.7f.;n1ntl'l<l cln cli~pPtiAA que pnrn sua mesa havinm
"~''' rm frctll'c ft c:t:-::t n q11e SC' rcf<'rin 0 IJ i:!;" in, •lc- .. r _ch.elllc!9, oc; frnrlc-r..
c: l:'l t .:l~r.ctn SC pocJÍntn OllVÍr n V07 do I"J!l <'Í::t•c" er· it:lll j..,., .~~·,o/nr . M;'ltio hC't\IV~~se morrido. e sido darlos
cln. •: '>m n maior ve~mencia, cin rnlçn<ln d" ''11:1 ~":l ~:n. á t~ra; l.ot ~sc;c '"'111'~~ - trn:-un <1s formtga~· encontrn-
1 1•'tC'r 'O disto ... , p;'rc/Jcco dnq:"'!n .. do,: em/_~r.u ntllttrl" c;pbt "' r:~nco, quem lheR defendes-
Por ce-rto, que indeferi C'SSC' nrir~i11al Jl"didn, m ~·: ;. se o t\treito. " n f;'"'''~·· n111~icHro inesperarlo e coR-
,;.,•: cr:1:-; l~mento n5o lrn v{! t fritn cnpi ar, p<tnl g u:1r- l\t~~i/o J~oliYn rlf" ""'' <'lr.IIÍ111P.nto em ·sua forçada '
•I.H. n replica pelo Dr i\/f ;;(' ;-~ rin fcitn <lO mcn r:lesp<~­ •deso. du paçao.
< hn, cnnform:'lnclo-s" rotn ,. ,,. ,. J• Ptlindo qu e fi;r;r>c:.sc /
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•· • •' ;ttllllm. lfornr•111 l' ' '' 'h·nf·· •· dn 11H•I hnr· t'tHHao lh ... ,. ltr· I
1,,.,, ,, •fdn C'' •US('f!llill H l't•lit olfl:l tl!t '1 1H'i~n.
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( ll · - 'Nn etllçilo (Ir illln•linht• dr Gnll>flO~ (Anl,fnoi" /'nr·


(II(JIIhtll Alllnu tl & ll~lrnnrl, 1.1 • 1•1\n. 1!1111, I, J5 .
f

I
LIGAÇÃO ENTRE OS BEZERRA DE MENEZES DO CARIRI, RIACHO DO SANGUE [ SOBRAL

Dlogo Alvares Corrêa (Caramuru)


c. Cat~arlna Alves (Paraguaçu)
pais de
A;)olonla Alvares
c. .loão de Figueiredo Mascarenhas (Boaluca)
pais de
Gracla de Foiguelredo Pantnleno Monteiro (l) Antonio Bezerra Felpa de Barbuda
c. f ranclsco do Barros c . Brasin Montei ro
c. M:trlo cfo Arnúlo
pais do pois de pnls do
Lulsa de Barros (2) Domingos BEZERRA Felpa de Barbuda
c. Manoel Lobo '-------------------c. Brnsia MONTEIRO
pais de pais de
Francisco de Barros Lobo Domingos BEZER~A Felpa de Barbuda
c. Ana de Menezes c. Antonio Rodrigues Delgado
pais de pais de
Eusébla Teles de Menezes Simoa Bezerra
c. Miguel Alvares Campos c. Bento Rodrigues da Co<;ta
pai.- de pais de
Lulsa Teles (3) Bento Rodrigues BEZERRA
c. Sgt. Mor. Antonio Pinheiro de Carvalho c. Petronila Valho de MENEZES
pais de p&js de

(4)João Bezerra Monteiro (4) Joana Bezerra de Menezes


c. Jozna Ribeiro de Lacerda c. João de Souza Pereira
pais de pais do
Antonio Bezerra de Souza
Joana Bezerra de Menezes
c . Tereza Maria Josó
' - - - - - - - - - - - - - - - - c . Antonio Pinheiro Lobo
pais de
pais de
. ,------------------~,
Brig . Lea~dro Bezerra Monteiro Antonio Bezerra de Souza e Monozu Jo•~ Oozorro do Menezes
c. Rosa Jose la do sacramento c. Ana Maria da Costa c Mnl~ Borges ds F ~n~eca
pais de pais de pais de
Cap. Mor. Joaquim Ant 0 • Bezerra de Menezes: Antor.lo Oezerra de Menezes """ Oozorro da Menezes
c. Ouitérl a Delfins Nobre c . Fablana de Jesus Marta c M. Jos.l Bezerra de Menezes
pais de pais de pais de
Oc., Fronc . Co Ja.~s: s Eozerra de Msnezes
I
Joaquim Bezerra de Menezes
I 1
Leandro eezerra de Menezes Cap . Josó Pinheiro Bezerra de Menezes Manoel Soares da Silva Bezerra c . Moria do Souza Bezerra de Menezes
c. Rosa Jose la do Sacramento (c. 1 Ralmunda Teles Bezerra de Menezo• c . Ana Teles Bezerra do Menezes c . Maria Tereso de Albuquerque Dtunt pois de
pais de c . 2 Josofa Sara·lva Bezerra de Me nozes pais de pais de Antonio Dozorro de Menezes
Jacon las Bezerra de Menezes pais de Clcero Pinheiro Bezerra de Menezes Israel Bezerra de Menozu c M~ :1 a co N~zo oth C:e C~stro Bezerra
c. Ines Rodrigues Bezerra de Monezes Jo<Sé Bezerra do Menezes c. Teresa de Jesus Te los c. f ablna Borbota de Culro Bozt111 pais do
pais de c. Maria Amélia Bezerra de Menezes pais de pais de Funclaco Assis Bozorra do Menezes
pais de Gon. D"iv. Raimundo Teles Pinheiro Eduardo de Castro eozerra ç . Maria Cristina Saraiva Bezerra
Josó Adauto Bezerra c. 1 Eunice Te les P "nhelro
3 c. Antonio Correia Bezerra pnls do
c . L! dia do A lmeida Bezerra c. a Va:dell~e Tolos Pinheiro pais "ce Caubl do Assis Bezerra
pais de José Moacyr Bezerra c. Suly Furlodo Bezerra
pais de
!solda Carlaxo Polxolo (1. adotiva) c. Eunice Folguei rodo Bezerra pa1s de
Moemo Bezerro d o Menezes Mola
c. José Ulisses Peixoto pais do rodro Jorgo Furtado Bezerra
c. Franc•sco Suel6nlo Bastos Mola
Eduardo de Ca: tro eezerra Nc:o c. Mo ria Co leste Joftily Bezerra
c. Margarida Maria Câmara BeztHI

NOTAS :
(1) Fez parte do grupo de portugueses de VIana, (2) Do ca5amen1o de Domingos com Brasla derivou (3) Do casamento de Bento com Pelronlla teve orlgenl (4) Jo4o Btz&Ha U....talro 6 Joana GUelra dll
que Duarte Coelho trouxe em 1535 para Per. o sobrenome Bezerra Monteiro usado pelo trlneto o sobrenome Bezerra do Menezes, o mais ' 'e. Menezes eram lnd~• O prlmolro velo para o
nambuco. .loêo. que veio para o Cariri. quentemente usado pela descendência, tanto do Cariri, a segunda th ou - ~ o .,a zonn do Jaguarlbe
Riacho do Sanouo, quanto do Cariri. lornando·se o tror.co do• Dozurro do Menezes do
Riacho do Sanou• Jororumo OozoHn do Menezes,
lrmao do ambos. '"'u ••
na ••ollo da Sobral.
·Na c·entenário de Nascimento Vasco Rogério Furtado escolheram a então vila de Ouixeramobim para resi-
dência.
Vasco Aogório, capitão da Guarda Nacional, veio a casar-se com Henri-
queta Angélica do Patrocfnlo, neta do coronel AntOnio Bezerra de Sousa e Me-
de Manuel Antônio de neses, que teve grande influência e ação no seu meio e no seu tempo, tendo si-
do comandante das armas da Confederação dõ Equador no Ceará. Derrotado e
feito prisioneiro, foi processado e condenado à morte, tendo, porém, sua pena

Andrade Furtado ( * ) . comutada em degredo perpétuo, que deixou de cumprir, por ter falecido quando
levado para o exnio.
Do casamento do capitão Vasco Rogério Furtado com Henriqueta Angéli-
ca nasceram quatro filhos. O primogênito, José Furtado de Mendonça Bezerra
de Meneses, conheéido por Juca, veio a adquirir sólida cultura, tendo cursado o
Luis Sucupira Seminário de Fortaleza até o segundo ano de Teologia, transferindo-se, depois,
para o de São Paulo, não chegando, porém, a alcançar o presbiterato, abando-
A princesa D. Urraca, filha do rei Fernando, de Aragão e Castela, que rei· nando os estudos e volvendo ao Ceará, indo recolher-se à sua morada em Qui-
nou entre 1474 e 1516, mandou raptar o menino de nome Fernando Perez de xeramobim. Falava e escrevia corretamente latim, francês, inglês, italiano e es-
Lima, filho de D. Pedro Gonzalez de Lara, para contar com um· yarqo nã famf. panhol. Poeta, reuniu seus versos no livro "Flores do Coração", publicado em
lia. Não querendo esconder sua origem, acrescentou·lhe o sobrenome Hurtado. 1905, na Tipografia Minerva, de Fortaleza.
Uma filha desse Fernando, de nome Leonor Hurtado, casou com Diego Casou-se, na sua cidade, com Anna Stella de Andrade Furtado, de cujo
Lopez de Mendoza, surgindo, dar, ramo Hurtado-Mendoza. enlace nasceu apenas um filho, em 28 de janeiro de 1890, que recebeu o nome
Fernando Furtado, membro dessa famnia, transferiu residência para Por· de Manuel Antônio de Andrade Furtado. E é, justamente, essa data que hoje
tugal, e sua filha, D. Brites, veio a casar-se, naquele pafs, dando origem ao gru- estâ sendo solenemente lembrada neste Instituto.
po português da famnia Meneses, ficando constitufdo o ramo Meneses Furtado, Homem de vasto saber, dedicado às letras, procurou José Furtado propi-
que passou a adotar um só brasão. ciar ao filho uma educação aprimorada, fazendo-o estudar, desde os primeiros
AntOnio Furtado de Mendonça e Meneses, residente na Ilha da Madeira, anos, na escola da professora ldalina de Sales Andrade, esposa do tio Plácido
no começo do Século XIX, tendo resolvido emigrar para o Brasil, para isso se de Andrade. Conclufdo o currfculo primário, passou a freqüentar cursos avulsos
incorporou à comitiva do ouvidor que fOra designado para atuar na Capitania do a cargo da tia, Maria do Patrocfnio Furtado; do tio, AntOnio Furtado; e do próprio
Ceará. pai. Ao mesmo tempo ia sendo instrufdo no latim pelo professor José Aamfgio
Aqui chegando, conseguiu o português AntOnio Furtado a nomeação de de Freitas; no francês, reJo dr. João Paulino de Barros Leal Júnior, médico, ir-
escrivão dessa ouvidoria pelo então Governador Lurs de Barba Alardo, exer· mão de João Paulino de Barros Leal Filho, avO de Vinicius Barros Leal; e no
cendo o cargo de 1811 até 1815, quando velo a dele afastar-se, segundo voz português expositivo pelo professor Gentil Homem de Barros Leal.
então corrente, para não compactuar com certos negócios pouco !feitos, embo- Já possuidor de apreciável cultura intelectual, tomou a seu cargo a cir-
ra admitidos e geralmente aceitos, pois, segundo a moral corrente, "ultra culação do jornalzinho "O Quixeramobim", de parceria com o primo Vasco Be-
Equinoxiun non peccavi". nfcio, dando, assim, os primeiros passos para a carreira jornalfstica, na qual vi-
Antes, porém, já havia contrafdo núpcias com Isabel Ferreira Cavalcante, ria a ser vulto dos mais representativos anos mais tarde.
filha do rico fazendeiro, coronel José Rodrigues da Silva. Do conúbio adyieram Completando, dentro dos limites que o meio permitia, sua fonnação inte-
12 filhos, sendo sete do sexo masculino e cinco do sexo feminino. lectual, a que não ficou ausente a moral religiosa e que seria ponto vital no de-
Dessa prole desenvolveu-se ·numerosa descendência, que se derramou senvolvim ·• •to de todo o seu futuro viver, entendeu o moço Manuel AntOnio ter
pelas provfncias do Ceará, Aio Grande do Norte e Parafba, permanecendo pe- chegado ? Jcasi15o de buscar novos recursos para atendimento da sua fome de
queno grupo em Riacho do Sangue, no vale do Jaguaribe. aprender mais, como também para abrir-lhe caminho de novos horizontes, na
Um dos membros do referido clã, AntOnio Furtado, avO do Dr. Arruda persecução de ideais superiores.
Furtado, se fixou em Baturité, enquanto os irmãos Hermenegildo Furtado e E, assim, mal transpostos os 17 anos de idade, na desenvoltura de uma
adolescência bem ordenada, transfere-se para Fortaleza, aceitando o amparo
C1 Pronunciado a_ 22111~990 do parente Francisco Assis Bezerra, que não só lhe deu paternal acolhida no
seio de famnia, como lhe ofereceu facilidade de sobrevivência, com emprego na
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importante Tipografia Minerva, de que era proprietário, e de quem, aliás, viria a cargos que conferem honras, poder, glória e riqueza. Como afirmou em seu
ser genro, quando do segundo casamento. De 1907 a 1911 passou a estudar discurso pronunciado quando da aquisição do bacharelado, "desde bem cedo
no Instituto de Humanidades, do professor Joaquim Nogueira, na época o me-, as concepções do Direito empolgaram-me, na magnitude sem par de toda a sua
lhor e mais procurado educandário de Fortaleza, com métodos de transmitir co- harmonia, na grandiosidade infinita do seu imenso prestrgio. E por qualquer as-
nhecimentos, abalando todo o didatismo local e superando formas e noções ' pecto que o contemplasse, admirava-o na imponência real da sua nobreza in·
abstrusas, que a inércia nesse campo de aprendizagem persistia em adotar. confundlvel, na retidão absoluta da sua integridade perfeitrssima".
Nesse estabelecimento Andrade Furtado não só estudava com afinco, como Após curso brilhantrssimo, bacharelou-se em 1915, tendo sido escolhido
também passou a exercer o magistério, aplicando, assim, esse outro lado de orador da turma. No seu discurso destaca-se, avulta, aflui, de modo exuberan-
sua vocação, aliada à do jornalismo. te, o vigor do seu caráter retilfneo, a grandeza dos seus sentimentos valiosos, a
Dedicando-se de modo intensivo às dificuldades e sacriflcios da docên· coragem das suas atitudes desassombradas e a força das suas convicções re-
ela, entregou-se de corpo e alma às atividades profissionais, ensinando também igiosas, superiormente cultivadas. Assim, afirma inlimorato, perante uma as·
no Instituto Miguel Borges, dirigido pelo professor Odorico Castelo Branco, se- sembléia de homens que faziam praça de cultuar uma ciência agnóstica: MRa·
vero e até exagerado na distribuição do ensino e na aplicação da disciplina es· zão de sobra tenho para desprezar o convencionalismo social, para não temer
colar, mas que, por isso mesmo, impôs-se como alvo da preferência dos que. o riso escarnecedor · de certa classe de esplritos adiantados, sem a mlnima
desejavam obter boa formação para seus filhos. Passou ainda a ensinar no quebra da dignidade de meus sentimentos, nesta ocasião solenlssima da minha ·
Colégio Colombo, durante a administração do dr. Leiria de Andrade, e na Fênix vida, declarar aqui, perante vós todos, que as deslumbrâncias do sol da ciência
Caixeira!, instituição iundada em 1891, que inaugurou uma Escola de Comércio não me apagaram no peito a centelha viva da fé, que nesta casa o meu espfrito,
em 1912, proporcionando oportunidades para o aperfeiçoamento profissional da a par de um manancial de fundo saber, encontrou sempre alento eficaz para as
classe dos chamados caixeiros, que, ocupados nos empregos durante o dia, razões da sua crença. Nesta escola de luz tributei o mais decidido preito da mi-
passariam a ter à sua disposição um estabelecimento de ensino para aquisição nha homenagem sincera à sabedoria assombrosa dos homens. Admirei, exta-
de conhecimentos especializados. Criava, assim, a Fênix Caixeira! ambiente siado e perplexo, as grandes conquistas do gênio, surpreendentes maravilhas
próprio para freqüência dos auxilíares do comércio e da indústria, facilitando- da juriscultura universal, o poder de penetração audacfssimo da inteligência dos
lhes meios adequados para aquisição da técnica moderna nos negócios. Nisso r.!ósofos. Nem por isso, nem por isso deixei de manter, no recesso do mais rn-
tornava-se pioneira do ensino comercial no Brasil. Para se ter uma idéia da or· umo de mim mesmo, a crença que dos lábios de minha mãe passou diretamente
ganização administrativa na instituição, os professores da Escola eram escolhi- ao meu coração, crença que os meus estudos posteriores ilustraram e que
dos em sessão da Diretoria e mereciam comunicação protocolar, como suce- é hoje um doce conforto da minha consciência, um dom inauferrvel da minha
deu com a nomeação do jovem Andrade Furtado, que, a respeito, recebeu o própria razão, a frágua, por assim dizer, onde se constituiu, acrisolou ~:~ fortale·
seguinte otrcio: ''Tenho a subida honra de levar ao vosso conhecimento que, em ceu a dignidade do meu caráter. Peço que me perdoem, os que aqui me ouvem,
sessão realizada no dia 30 do fluente, fostes nomeado para reger a cátedra de e não estranhem as minhas franqueas rfspidas, nesta época de desfalecimen-
Inglês, do 32 ano, da Escola de Comércio da Fênix Caixeira!, que muito sedes· tos, de ceticismo falaz, de subserviências à tirania das novas correntes de
vanece e ufana de vos ter inclufdo no número dos seus professores". pensamento. Para mim a fé não necessita de ser somente esclarecida, mas
Além dessas ocupações que só podiam tomar grande parte de seu tem- lambém decidida e corajosa. O meu discurso é, pois, a afirmação sicera do que
po, ainda se entregava Andrade Furtado à colaboração na imprensa, chegando penso e do que sinto. E mais: é a proclamação das minhas convicções, é o
mesmo a fundar, com seu colega do Instituto de Humanidades, José Mendonça aleslado público das minhas crenças inabaláveis, é a minha solene profissão
Nogueira, "O Bandeirante", colaborando na Revista do mesmo Instituto e no de fé, o grito triunfal de um couraceiro andante, que se empenhou na refrega
"Cruzeiro do Norte", semanário católico que circulava em Fortaleza. ~mulluosa dos combates, no torvelinho ardente das lull 3 do pensamento, e
A par dessa intensa atividade, Andrade Furtado empenhava-se denodado que, ao fim, retemperado nas suas mesmas energias de jutrora, fita a bandeira
na consecução dos chamados "preparatórios", institufdos pela Reforma do En- de comando e a reconhece, olha o slmbolo sagrado do seu ideal e o bendiz".
sino, aprovada pelo ministro Carlos Maximiliano. Esses "preparatórios", indis· Ardoroso, incontido, vibrante e altaneiro, Andrade Furt'ldo assumia ares
pensáveis para matricula em cursos superiores, eram conseguidos mediante de profeta, que não só afirma suas crenças como não se teme de enfrentar e
exames pnrcclados no Liceu do Ceará, num ciclo de quatro por ano. Dar expli- cissecar situações clamorosas que podem levar ao desespero e à destruição,
car-se porque, tendo chegado em Fortaleza com 17 anos, somente conseguiu se não se prepararem reações à altura dos perigos em vista. E assim é que,
ingressar na Faculdade de Direito aos 21 anos de idade. contemplando o estado de coisas que denunciavam calamitosos dellqulos, veri-
Não o fez para aquisição de um tnulo honorifico e de um diploma que icados na ordem moral, social e polnica do seu tempo, afirma corajosamente:
sempre foi visto no Brasil como a mola mestra para ocupação e exercfcio de "O estado atual da nossa pátria é fielmente narrado pela eloqüência inconfundf·
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vel dos latos ... Todos os brasileiros sabem do descrédito e das humilhações pois agregadas à Universidade Estadual.
deste pars tão grande, mas tão desastradamente agrilhoado ao rochedo latfdico Seu tempo não era ocupado apenas no magistério superior, aplicando·
da poiRica sem moral, da ganância sem entranhas. Todos percebem a melin· o também na Presidência de uma cooperativa de crédito, depois transformada
drosa gravidade do momento e estão contemplando o vértice do abismo a cuja no Banco Popular de Fortaleza, graças à sua clarividente e operosa administra·
margem nos encontramos. E a maior desgraça que nos aflige, que abate a dig· ção.
nidade da nação e ofende os brios do nosso passado e das nossas tradições Andrade Furtado era devotado partidário da Monarquia. Não por saudo-
veneráveis, é a postergação do caráter, é a relaxação dos costumes, é a deca· sismo, pois nascera ja no regime republicano, mas por convicção, diante do
dência do sentimento moral da raça. Afrouxam-se até os laços fraternais que confronto estabelecido entre as deficiências, incoerências e desacertos do re·
nos unem, perde-se mesmo a compreensão da solidariedade nacional ... Dentro gime inaugurado em 1889 e a austeridade, a segurança, a sensatez e a hones·
de nossas fronteiras não vicejam, já agora, senão excepcionalmente, o patrio· tidade dominantes no Império. Isso ele mesmo expôs, em discurso pronunciado
tismo, o desinteresse, a coragem, a altivez, enfim o prestigio fundamental no em Quixeramobim, no ano de 1913, e continuou a assim pensar pelo resto da
verdadeiro merecimento. Não há ideal, não hâ estrmulo, não há coesão, não há vida.
força, não hâ convicação, ou ainda melhor, não hã crença". Mas nem por isso deixou de dar sua colaboração decidida e eficiente às
Toda esta explosão de revolta, ante os males que assolavam a vida na· instituições republicanas vigentes, quando chamado, não só ao exercfcio de
cional no seu tempo, lançada dos lábios de um jovem mal safdo dos bancos Juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Ceará, por nomeação do Presi·
acadêmicos, bem pode ser repetida em nossos dias, pois, apesar dos 72 anos dente da República, por dois perfodos, um de 1932 a 1936 e outro de 1953 a
decorridos, a situação entremostrada continua a mesma se não aumentada, 1956, como, indo mais longe, aceitando e desempenhando elevadas e impor·
transformando a nação em nova Babel, em que ninguém mais se entende. tantes posições na admir:'istração do Estado, como as pastas das Secretarias
Três anos depois, em 22 de janeiro de 1918, o aluno que tão desassom· do Interior e da Fazenda, sucessivamente, chegando mesmo a assumir o go-
bradamente externara ·suas convicções ac).mesmo tempo em que demonstrava verno nas ausências do seu titular, mostrando no desempenho de tais cargos
o elevado grau de uma cultura jurfdica. polftica e social, adquirida no convlvio inegável capacidade e entranhado amor à coisa pública.
com os livros e nas aulas de eminentes mestres, voltava à Faculdade de Direito Desde a infância borbulhava-lhe no esplrito a vocação para as lides da
envergando a beca de Professor Substituto da Si! Secção do Curso Jurfdico, na imprensa.
cadeira de Economia PoiRica e Finanças, conquistada mediante brilhante con· Como já foi dito, ainda adolescente, na sua cidade natal, assumia, com
curso, com apresentação de teses da mais empolgante atualidade, como liber· seu primo Vasco Benlcio de Castelo Branco, a responsabilidade na circulação
dade humana, seus corolários na Economia Polftica. Regime de Trabalho. Lei do jornalzinho "O Quixeramobim".
da Concorrência. O Poder Público e a Instrução. Passando, logo mais, a residir em Fortaleza, entrou a colaborar na Re-
Abria-se-lhe de modo alvissareiro a vida profissional ligada ao magistério. vista Escolar, publicação do Instituto de Humanidades, do qual era aluno e tam·
Assim, em 3 de julho de 1919 era designado para reger a cadeira de História bém professor. Essa revista, de caráter verdadeiramente revolucionária, não só
Geral e da Civilização no Liceu do Ceará. Em 24 de fevereiro de 1933 assume no campo didático como na divulgação de trabalhos literários do interesse e da
a cátedra de Direito Administrativo na sua Faculdade, mediante permuta com o autoria dos alunos, funcionava como elemento importante no processo educati·
professor da matéria, Waldemar Falcão. Em 24 de maio de 1935 é nomeado vo da época, pouco desenvolvido e ainda apegado a sistemas obsoletos.
professor catedrático da 18' Cadeira de Economia Rural da Escola de Agrono- Nessa convivência com a arte do jornalismo, ia robustecendo a paixão
mia do Ceará. Em 23 de março de 1936, tendo a Faculdade de Direito sido fede- pela manifestação do pensamento escrito, a ponto de ao terminar sua formação
ralizada, é mantido pelo Governo da República no cargo de Professor de Direito intelectual e desenvolver convfvio com as letras jurfdicas, encontrar fácil aco-
Administrativo da mesma escola. Em 22 de junho de 1951 é designado para lhimento na redação dos vários jornais em circulação em Fortaleza, como o
exercer a função de Diretor da Faculdade de Direito do Ceará, prosseguindo no "Diârio do Estado" e "Correio do Ceará", na época o mais importante órgão pu-
cargo por decreto de 29 de abril de 1954, tendo ainda o mandato prorrogado por blicitário do Estado, ali ocupando a chefia da Redação.
mais três anos, por decreto de 28 de fevereiro de 1958. Nessa qualidade assu· Mas foi no NORDESTE, órgão do episcopado mas de grande autonomia
miu várias vezes a Reitoria da Universidade Federal do Ceará, quando das au· no seu papel de formação e informação dos seus leitores, que Andrade Furtado
sências do respectivo titular. Em 31 de dezembro de 1962 foi distinguido com desempenhou tarefa das mais importantes na vasta área da comunicação. Go-
a láurea de Professor Emérito da Faculdade de Direito. zando da mais absoluta confiança da autoridade eclesiástica, que não só co-
Além dessas importantes atividades, ainda passou Andrade Furtado a nhecia sua edilicante cultura como estava ciente da sua perfeita ortodoxia no
ensinar na Faculdade Católica de Filosofia, da qual chegou a ser Diretor, e na que dizia respeito à doutrina católica, dispunha ele da mais completa liberdade
Escola de Serviço Social, ambas encampadas pelo Governo do Estado, e de- na direção da folha, o que lhe facultava dar a ela feição atraente, elevada e de
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vibrante independência. Já não gozo a brandura dos teus mimos,
"'· Senhor da pena, dono de estilo terso e agradável, sereno na argumenta- Penetrados de afetos e inocência.
ção mas enérgico .nos arremessos, não tergiversava na defesa dos princfpios Sofro a profunda mágoa em que carmos,
que abraÇava nem fugia à discussão por mais violentos que fossem os ataques Do nosso puro amor sagrada essência.
a rebater. Isso porque, na época, havia sempre ambiente de hostilidade a des-
fazer· e necessidade de desarmar adversários da lei ou da ordem, a par de Quantas lembranças n'alma me despertas,
contundentes ataques à Igreja e mesmo aos seus mais respeitáveis represen- Ó tempo de ilusões! Sinto desertas
tantes. Não é que o jornal se apresentasse como elemento acirrador de t:onfli- As salas do palácio da quimera...
tos no ·campo das idéias. O seu papel era defender a verdade nos seus aspec-
tos mais conspfcuos e elevados. E isso ele praticava, tornando-se alvo de ad- És meu futuro. Fostes o passado!
mlráção e de respeito em todas as camadas da sociedade. Era, o jornal, assim, Como eu fõra feliz sempre ao teu lado
elemento de probidosa irradiação, alcançando volumosa circulação e penetran- Qual tu desejas, como eu bem quisera!
dó nos vários setores da convivência social. Gozando de indiscutlvel prestigio
léi'ritb nos meios sociais como polflicos, Intelectuais e religiosos, propiciavà ao Logo em seguida, ainda em 1913, dirige à doce amada esses versos:
seú"dlretor e redatores justa respeitabilidade. E a prova da valiosa influência de
Andrade Furtado no jornal, que tão superiormente dirigiu durante 40 anos, foi Se não te conhecesse astro, flor, vida, mimo,
que seu ·afastamento, por motivo de idade avançada e de saúde periclitante, le: Amor, único amor, amor puro e sincero,
vou-o à decadência e terminou com seu desaparecimento. · · ; ,; ,.,; Eu não te quereria assim como te quero,
I A sua juventude; enredada nas ocupações e preocupações da luta pela Eu não te estimaria assim como te estimo!
vida, a que desde cedo foi lançado, na aspiração de ideais os mais edificantes e
de augúrios os mais animadores para a conquista de um bom lugar ao sol, Jamais compreenderia o proceder austero
obumbrava·-se no entanto na saudade de um amor distante, o que lhe varria dá Com que me martiriza esse teu sofrimento,
alma os prismas da alegria. Odiava a solidão, odiava o sofrimento,
~ · Durante a permanência na terra do berço, ao se lhe despertar a adoles- Não te veneraria assim como venero!
cência, teve ó córação alcançado "por uns olhares de inocência, fris de paz, de
amor e de clemência". Se não te conhecesse assim como conheço,
· Esses olhares, "como coriscos rutilantes", atingiram fundamente o cora- Sabendo que tua alma é espelho de cristal
ção do moço, "escravizando-o ao domrnio sem par do seu encanto". E que dentre as vestais és a única vestal
' Obrigado a buscar novas para~ens para atender aos reclamos da inteli- Cujo excelso esplendor proclamo e reconheço.
gência erh desenvolvimento, carregou no seu fntimo a imagem da dona daque~
lês olhares; cujo encanto passou a exercer nele verdadeiro domfnio. ' ·· ·• Por ti não sofreria este anseio profundo,
E; então, 'entre 'as agruras do trabalho diuturno e as exigências do estudo Mil vezes não diria o que te há pouco disse:
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aiJàssaladbr, sentia-se perseguido pela saudade, "tornando seu tormento bem Minha estrela de amor, de paz e de meiguice,
mais 'rU'de".' .•.,•.,,. . . . .. j Só a ti é que adoro e prezo neste mundo!
' ·' ·.E foi assim que, seguindo o conselho de um filósofo, transformou em
P<>emá 'aquele pertinaz sofrimento, passando a confiar a versos o amargor pro- Tão avassaladora era esta saudade, que nem esperou a conclusão do
vocado pela ausência do amor distante. ' Curso de Direito. Marcada a colação de grau para 8 de dezembro de 1915, rea-
Assim, em 1913, em soneto intitulado "Nosso Destino" insUlava seus 'si- izou o casamento com a sua idolatrada ausente, a jovem Maria Alexandrina
Castelo Branco, sua prima, no dia 5 de junho.
ieriCIOsós lamentos:
··ti ! ' ,. A vida lhe abria, então, as portas fagueiras de uma existência ao mesmo
,, tempo envolvida de responsabilidades e de venturas.
Mas o casamento não lhe proporcionou tão-somente as doçuras de um
· · • Um 'dia só! Foi ontem que nos vimos,
.....
;, j ;• \

,
· ::• Mas, quão longe parece a tua ausência! encontro feliz a dois, atrafdos irresistivelmente pelo amor que as Blmas enterne-
·'•'.i Ao peso da saudade que sentimos '• •' ce. Trouxe-lhe uma concorrente amável e mesmo desejada, animosa e culta na
' i.t. .c..,:; refrega jornalfstica, juntando-se-lhe no manejo da pena, ao assinar, com a k:tra
· É bem triste a jornada da existência.
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L, coluna diária no "Correio do Ceará", em que não só enfocava assuntos de vista, de modo particular, o futuro dos filhos, órfãos de mãe e reclamando indis-
agradável interesse como defendia os direitos da mulher, empenhando-se na pensável amanho, decidiu convolar novas núpcias. E, como, no dizer do poeta,
difusão de idéias para realização plena de sua pessoa humana e cristã. E era em se tratando de casos de amor, "o coração não morre, ele adormece", não
de ver como defendia o feminismo, dentro do mesmo brilho de combatividade lhe foi diHcil cogitar. de novos afetos, afastando para bem longe a desolada viu-
que animava os escritos do esposo. Não, como escrevia, "o feminismo rid(culo vez. E suas preferências ·recalram noutra prima, Maria Dilara Bezerra de Mene-
e irrealizável, que pretende masculinizar a mulher, desviando-a do cumprimento ses, que conseguiu despertar no peito enlutado novos anseios, oferecendo-lhe,
de seus deveres, afastando-a da sua missão sublime, para reclamar direitos assim, dulçurosas e>:<pectativas para a formação de novo lar.
que lhe não são próprios, de macular-se no lodo vil de interesses mesquinhos, Contraindo matrimônio em 29 de maio de 1930, readquiriu a placidez da
em que se abismam, as mais das vezes, homens politiqueiros e concorrer com existência, animada pelo elo conjugal de duas almas que passaram a compre-
eles. Quero um feminismo justo, razoável, essencialmente cristão". ender-se e a completar-se.
Assim Andrade Furtado identificava-se também, deste modo, na arena na Essa união feliz não encontrou percalços nem tropeços pelo tempo afora.
imprensa com os sentimentos da bem amada, por quem tão longamente suspi- Vinte e cinco anos após o enlace, dava ele disso testemunho, no soneto intitu-
rava mas que lhe viera trazer, com os encantos de uma convivência álacre e lado "Bodas de Prata":
venturosa, as obrigações da manutenção do ninho em florescência. Daf a febre
de disposição no encalço de meios para a sobrevivência, à altura de um apre-
ciável bem-estar. Temos vinte e cinco anos da mais doce
Acentuaram-se, então, de modo exuberante as duas vocações que lhe Convivência de paz e de ventura ...
animaram toda a existência: o magistério e o jornalismo, e, assim, de um lado E esta afeição, que firmamente dura,
afirmava-se o professor totalmente dedicado ao ensino e do outro o homem de É como se d'agora mesmo fosse.
imprensa, armado cavaleiro impertérrito, vibrando a pena com altaneria e des-
temor, destacando-se como valoroso defensor de princfpios, idéias e doutrinas, O tempo, que, inconstante se afigura,
fundados na dignidade da pessoa humana, nos mais eminentes valores espiri- Ao lar ditoso uma impressão nos trouxe:
tuais e estribado nos mais seguros, serenos e imarcessfveis dogmas da fé ca- -O nosso grande amor consolidou-se
tólica. Porque, nas suas atitudes, nas suas decisões, nos rumos que se traça- Pelos laços do afeto e da ternura.
va e no campo de ação em que terçava as armas da ciência e da verdade, o
que o distinguia, incitava e refulgia eram os seus primorosos sentimentos reli- Junto do Altar, as nossas mãos unidas,
giosos, cultivados na freqüência dos ensinamentos da Igreja e na prática e Prometemos a Deus que nossas vidas
aproximação quotidiana do Sacramento da Eucaristia, certo, convicto e imbuldo Continuariam para sempre assim! ...
de que era esse o único modo de adquirir a força para o desempenho honroso
de todos os trabalhos, tarefas e esforços que se lhe fossem imputados ou re- Os vfnculos de sangue - os nossos filhos -
clamados. Deram-nos à existência suaves brilhos
Estabelecida a famOia, devidamente assegurada a sua solidez econômica E farão elo de ouro aquele "sim"!
e a sua coesão social, foram surgindo aos poucos os rebentos da abençoada
união, que iam recebendo os nomes de Maria Abigail, Anna Stella e J9sé Abner. Cinco anos decorrem e novo epinfcio exalta o adorável convfvio, em ver-
A morte, porém, num rude e tredo golpe, levou-lhe abruptamente a doce sos comemorativos do aniversário da esposa, assim manifestando-se:
companheira, após onze anos de amoroso convfvio, em doce enlevo, deixanc!~
o no mais doloroso desamparo, com três crianças amargando o fel' da orfanda· Neste mês de Maria- mês das flores,
de e grandemente necessitadas da assistência carinhosa e do insubstitulvel Vieste ao mundo, ó doce companheira,
amparo materno. Que partilhas comigo os amargores
O acontecido abalou-lhe fundamente a existência, mas não lhe arrefeceu E as alegrias da jornada inteira ...
o ânimo varonil nem o timbre moral. Na sua fé cristã alicerçou a reação à triste
ocorrência, encarando-a como estabelecida por desfgnios da Providência Divt- Nesta data querida e alvissareira
na, e passou a organizar novo modo de viver, na conformidade com os ditames Junto do altar, radiante de esplendores,
do Alto. Unimos, no repouso e na canseira,
Mas, encarando na realidade da situação o problema surgido, e te~do em Os corações, sem susto nem temores ...
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Trinta anos passados ... Uma existência, Embora avesso a atividades polnicas, pois, se o quisesse, poderia ter
Na feliz e constante decorrência ocupado cadeiras na Câmara dos Deputados ou no Senado da República, e
De horas cheias de paz e de esperança ... mesmo em caráter efetivo o Governo do Estado, uma vez que pelo seu valor e
renome contaria com base eleitoral para tanto, não se furtou quando, insisten-
Seja o futuro o gozo desejado temente solicitado a prestar sua colaboração, reclamada pela afeição da amiza-
Para os filhos, unidos no sagrado de, á indispensável imprescindibilidade do seu concurso ponderado e sereno. E
Amor que eleva a Deus e a glória alcança! tendo nas mãos a responsabilidade do Governo, a este ofereceu, dedicada e
lealmente, a robustez da sua inteligência, a firmeza do seu caráter e a intrepi-
dez do seu proceder sempre retillneo e sem jaça. Apesar de ter ao seu alcance
Foram nove os filhos nascidos desse celso enlace, que receberam na pia poderes ilimitados, a que a ditadura dominante se arrogou, sabia dosar a sua
batismal os nomes de Luis Edgar, Maria Liara, Paulo Abel, Gil Ruben, Maria de ação, tendo em vista o império da ordem, e a salvaguarda das liberdades de-
Lourdes, Maria Noélia, SOvia Maria, Manuel AntOnio e Margarida Maria. mocráticas, baseando-se nas suas arraigadas convicções religiosas e na sua
Todos os provindos da sua numerosa descendência, inclufdos os resul- penetrada formação jurldica.
tantes das primeiras núpcias, e com exceção apenas de SOvia Maria (minha Apesar de sua figura externando austeridade e dos seus princlpios Ires-
cifilhada), falecida no desfraldar da juventude, em número de onze, estão hon- calando rigidez indisfarçável, sabia aliar à finura do esp(rito a finura do trato, e,
rando e enaltecendo o nome herdado, mostrando que o professor e o jornalista nele, por isso, repetindo o celebrado orador português Alves Mendes, a força do
foi também exfmio educador. dever compunha-lhe a força da vontade, burilava-lhe a correção do ca~áter,
Tanto assim que, do numeroso elenco, se destacam o jesuna Padre José pautava-lhe o decoro da vida. Mantinha-se serenamente inflexlvel no centro da-
Abner, que se distingue pela sua cultura e pelo seu saber, mas sobretudo pelas quela zona radiosa chamada dignidade e jamais deslizava da linha suave que
suas virtudes; o excelente jornalista Luis Edgar, com posição proeminente nos tem o nome de cultura. Pesava as ocasiões e media as pessoas e as distân-
grandes centros da comunicação no Sul do Pais; a poetisa Maria Abigail, que, cias. Era a austeridade que se impõe, a probidade que se aprimora, a lealdade
com sua irmã, a apreciada escritora Ana Stella, residem no Rio de Janeiro; o que se espalha, a bondade que se faz amada.
probidoso, respeitado e distinto Gil Ruben; o economista e pesquisador Paulo Sempre em equillbrio nas suas idéias e nos seus atos, e apesar de seu
Abel, que substituiu o genitor na presidência da Conferência Vicentina de Santo aspecto sisudo, impávido e intrêmulo, procedia como homem polido, de virtudes
Tomás de Aquino; o competente bancário Manuel AntOnio; a ilustrada professo- sem rugas e de amizades sem deslizes. Fincava-lhe a existência o amor inte-
ra Maria Liara, que, apesar de formada, prefere, na sua modéstia, ficar a serviço merato à famOia, o respeito incondicional à Igreja, e, como o Cid, de Racine,
de atividades pastorais; a doutora em sociologia, Margarida Maria, professora "sans peur et sans réproche", cumpria fidalgamente os deveres cfvicos, extre-
universitária; Maria de Lourdes escolheu a vida religiosa, passando a ser a frei- mosamente os deveres sociais, sinceramente os deveres religiosos e escru-
ra Irmã Bernadette; Maria Noélia, decidiu-se pelas chamadas "prendas domés- pulosamente os deveres morais.
ticas" e que apresenta exemplar comportamento no seio da famOia que consti- Homem do seu tempo, viveu ardentemente os triunfos e as vicissitudes
tuiu. que o chamado "mundo sem alma" implementava nos que se viam atormenta-
Andrade Furtado, como se fez conhecido, conquistou espaço proemi- dos pela Revolução, que nova ordem de coisas fazia explodir nos vários qua-
nente no calendário dos fastos representativos da cultura intelectual e da gran- drantes da terra, transformando a vida numa escalada cheia de degraus nem
deza morai em nosso Estado, atingindo as culminâncias da vida literária, ocu- sempre a todos accesslveis.
pando cadeiras na Academia Cearense de Letras, de que veio a ser Presidente, Para enfrentar as ações ou subversões entradas em erupção se faziam
e no instituto do Ceará, de cuja Diretoria foi membro largos anos. necessários muito e(luillbrio nas decisões e muita sinceridade nas relações
No mundo religioso, de que era astro fulgurante, recebeu do próprio Santo mútuas.
Padre João XXIII o diploma de Comendador da Santa Sé, da Ordem de São Assim, nessas ebulições exageradas e desordenadas só conseguem
Gregório Magno, uma das mais ricas láureas atribufdas a leigos que prestam vencer as inteligências esclarecidas e os esplritos iluminados por sólida forma-
assinalados serviços à Igreja Católica, serviços esses bem assinalados não só ção religiosa. Querer ou não querer, a religião é o sistema sensório-motor das
na direção do NORDESTE, a que se dedicava de corpo e alma, a ponto de ex- sociedades. E dal ter dito Jesus Cristo que sem Ele nada se pode fazer.
por nesse afã a própria vida, corno na atuação prestigiosa em entidades como o Andrade Furtado podia figurar na galeria dos grandes pensadores católi-
Cfrculo Católico, a C€lngregação Mariana, a Sociedade de Professores Católi- cos, como Louis Veuillot, Chesterton, Léon Blois, Helio. E disso é que nos or-
cos, a União de Moços Católicos, a Sociedade de São Vicente de Paulo e a Li- gulhamos, por .ver que um dos nossos, criado e vivido em nosso meio, que di-
ga Eleitoral Católica, a que serviu com total desprendimento. zem acanhado, possa ombrear-se com figuras do mais alto porte intelectual e
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socialdospovoscultos.-. -·1!. ',..,.::yl ..... _... ,,, , " ....... ''íi"'
• ·- ·: Assim, como. encarou de frente. Çl ,vida, soub13 Jar:nb.ém portar.-se çpm1<;le·
nodo em face da morte,.encerrando seus· dias na placidez dos que SO!Jberam
cumprir os seus dêveres de homem de bem. Como o apóstolo, Paulo, podia s,
Andrade Furta.do - Raízes
repetin ~Bonum certamem·certavi. fidem servavi. c~rsum . consumavj'~.
. · · E •em homenagem ,à-.sua memória, podemos re~tir ·q que el~ escreyeu,
traduzindo o "Epitáfio" i do poeta francês Louis Veuillot, que ele ta.nto admirii~ê:: e Origens ( * )
I • , : -, ' _,+tfjl'i:f ,; ' • ·' J , :: f-;1 .7 tH•t' O ! J, -!~01
)r!'·. Colocai ao meu lado a minha peha · '·)' .. :'{'":'· '~ '!·': ,:: '••n ,;•-,: f'l• :;:•.rJ
r;•.> E sobre o peito o Cristo, meu brasão. .. ·'"' • , ; . • ,.,.,:"·1::: .:•n'A'C'l

1
Ponde aos pés este livro. Então, •serena, • ·.. ,, •· '· . . : . ,. :· : •')' r •' .<J:'.\)r.
• Lurs Edgar de Andrade
• •· ·· Mansamente fechai o meu caixão!·, 'f.':,: .~r.•· · -~· •; ·::;,; ~9· . · '5:'·•·'·,~o;•:
... ; Hb:'·i! fJ'·: ....!f'F(I~ .• ~i t; (_~ ·!:.1f1 ~)'',i
· ···:· :. Em minha•cova,-após a -última prece. ,. I• •• i;·,:.>:-;r: :~:·:~ ·;.:: ,,,;:···''·'~ Vou começar por onde as histórias geralmente terminam: por um casa-
,r, .• .~.• Plantai:a•CNi, conforme o meu desejo, ·•· ·· .1•:'!1': ·,".,:-:r:s··,, ··.·}.>.rõi• c:)r<f~lt.l:.l mento. O noivo tinha 29 anos. A noiva, sete anos mais velha, ia fazer 37.
:l• F' I>~. E se uma'prece·O lidador1merece; ~<• ···lJ:.i!COkn r, o11• 1llé•o) ,1 ;,,_. , K:l .~'::~r; Foi 101 anos atrás. No dia 9 de fevereiro de 1889, nove meses antes da
,.,i,"_;:.• ·Nessa pedra ·gravai: f~Eu' cri,•eu!vejo'!1· nJ·. ;::.>r- .1 .. ··:·'1-t;l•'·u·Hr,,,., ~2·mb proclamação da República, o vigMio de Quixeramobim, no Ceará, Padre Sal-
,t;' .,,,,...... ,,, ! n.'ii-·~f!:ll .,t.,r.;·nt~'qJ~ ··~ ··-···.th,,;., ,;\Jt .t:l~,, !:~h ' \' ·r-"•'>h q •-,,:;-J,Vt.tiJ~q viana Pinto Brandão, uniu pelos laços do matrimônio dois modestos paroquia-
o;; em Ti, Senhor!· Em minha vida ~<l')"' i/; ··:1' I' ,.(·, l<.:oili . ' '1( (, f~l'li lp
' r Confio nos: o poeta José Furt~do de Mendonça Bezerra de Meneses, o Juca, e a zela-
... ;.. ,•. Jamais corei de·tuas lels·prezar. ' .• 1 " ': .'• 1 .~ ... .:: •• • . ,1 ·1 "''li'' ,, "'1'1 dora do Apostolado da Oração, Ana Estala Saraiva de Andrade, a Naninha •
•1 Diantedo·Etemo Pai,·nahoratemida; a· •),: <:l.'l''··i, c;hl.•:;~;n~~: 1;1:·1.<1r.i:1 Juca, nascido em Ouixeramobim, a 12 de julho de 1860, era filho do fa-
Ele, de mim, não deverá coràr.•"' . ·• • • 'lu~ · '':1.-,f> .. :v• .::. .'::~i·!;;<:: • ;! m:p zendeiro Vasco Rogério Furtado de Mendonça e Meneses e de Henriqueta An-
ti • I'
-. ,-;• la ! '· _..-,_ ' \ ! ,.u·,.•,j.• ;:-~p ~;: -~ -~! ~ 1 (' •1,:1!i,,!•'t ( "~.'1 ~~- l,.f' ' ,·:é~ gélica do Patroclnio Bezerra. Naninha, também de Ouixerarnobim, nascida a 2
1
\" ··'. r,}. '\ ):i U!·~ · : _jll ;u 1 c )'' \•tr·l ~• i .. t~ 1 , •:\ 'rf':t': t 1 'l\)itf 11 t~o 1 1t,'.,'iJf; ·~1; 1 :)- !'J~'' J ~·~\ de março de 1853, era filha do vereador Manuel AntOnio de Andrade e de Felrcia
'f'•'· •. f , 1' •f ·~:i ).•• ;-. ~:.'1···! ,•) ·; t • I ,•!,:·, ) 11 i I,, :
~ · -,\.:,· '! tt.. ~;, " :J • , r ;~J: ru~·~.-... Antônia Saraiva Leão.
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, ' o 1~ ~.: r "'~ 1:i•.. p ~~ ~ , :u 1 t -1 ' : 1 ! ,I:_' f ~·• t. I f;-:J..:,: n Um ano depois do casamento, no dia 28 de janeiro de 1890, nascia em
I /·11 '!'ll'!-. l!, ·u· •! 1d r;, .. :j :,~, •.:·r:.r,-,, ,.. J, ·,.,: I '\(n;/ I .,~ •• : . !'l '::I nr,;r_• Ouixeramobim o único filho do casal: Manuel AntOnio de Andrade Furtado, meu
··):. é·'.. :("!:,,:ot· -~ P~ 'l :~~:ur; ; - \ ,~,l f ···:r ,;,, ..!.,J,<·' ·';'; .~-:"• ~! ·· ~ .'J:J :!!_-, c, • , l_r~r;!;_.;:_(.'ffl pai, homem público, jornalista, professor e poeta, cuja vida e obra o ilustre con-
;1. 1 \'r; ,' ' !'l r ,, ..·~-;. :·J ,:,j · •·-q~.;; tl\l;(j ferencista, professor Lurs Sucupira, acaba de nos contar.
''" ,::r: ( 'u•./ ""f., :, •. r·~:,; o~:{'!_~ !'' '!'#,'•·~:l'C : ....,·,~-: ,{l'jpl! 'I'•·' .·~t , !'···~: r •;, I O menino Manuel AntOnio - chamado em casa Andradinho, mais tarde
•;,., .,. I··~ ·, l~ r vi\f ~~lo_) ,i,, ~(:.. . .... '(·.n·~··( t 11 !r'p.-.t. lo!(til , ''\'lt' P:r::~ nr·· ~t~Dr 1 :~·;:.; .-, t4Up Andrade - recebeu o nome de batismo em homenagem ao falecido avô mater-
; f; ,:•)l; c'.- i.\~•; ~.:~(,!~~.:*."'r·.~ ~:-;~ ;•,_:.·!'J'' (J:· , r;~~-,: -Jlt• ~."i(•: ~,.~_Ir; 1 (!' ·;',1J!i"\.'- :,,l • .•::01~: ;:f_~h ro, Manuel AntOnio de Andrade, que foi, em Ouixeramobim, em meados do sé-
1'! ··:, , , ,_.~,: \'' ,,,.,t; ~ rf' ·f'l, ... ·.:-_ r:, I'iid ;'l f- .1·;1·.', :•L!•f':t ,..-,: •r :r·.t' ; !. \:;-h .~~-!ittr,-:h culo passado, presidente da Câmara de Vereadores, juiz municipal substituto e
.:'''l•t1:· ;:· ··:',_+ \~ ~ \):~f:t :..._ :)'(dl r;·.' coletor de rendas .
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~~ ·t ;-:r. i IJ. l':_t,: : •')''rlli.~ r:: 1'i•ll . .. :~!-:~.1; 1 :~~'-l ' } •;·,t; 'Jil n_:,;'·' · ( !;r.'l f ~ '.f i i.:.-:--:(~· ,:·, ~.·fi drade perdeu a mãe. Ela, Naninha, morreu em Ouixerarnobim, a 12 de julho de
•• , ., •!11111 1903, dia em que o marido, Juca, fazia 43 anos. Minha avó padeceu, durante
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•011 t~i f,~.r,. ' I _j ,.: tti'i'.' • r. ,.;\ '"!1"1;:1;_.!,.,~, é'• t 'l o,~ __.r..Vji'7'•, '! ~· ,:•)j !oi•~l'" .'J~i "' ·-·~fi'jV ázia na época, de "longa e cruciante enfermidade". Segundo o necrológio publi-
\ •: :o•:·• o:!':····· !~ , , ; -.·,··!: •=: :) ,·, (J!-~{-r;ri': , .. ,,_.. ~. ,., r·"":l, ~~·.; ···•·/·:; ' :t Jl,"l: Í"'tl r:n:> cado num jornal de Fortaleza, "era o tipo da mulher forte do Evangelho: meiga,
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t ~ . ' ,,., ~ . boa, compassiva, caridosa - um compêndio das mais acrisoladas virtudes".
.,, .... ' ~! ' '-1 I. ·'•! •:' , .,'I,' I Naninha tinha perdido o pai, Manuel AntOnio, em 1862, aos oito anos. Es-
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;r- ., ' •-,:! ......:~r,d!:..~;] n DIICU'*I proferido em nome da lamftla do Dr. M. A. de Andrade FurtadO, agradecendo a homenagem dO
I I,,
ti ·:~·.,: ~l!'•~t 0 ; ·:"l.;' l ~. -,~h.' J ~~ •• ,r,;-'!•"'1!':: '{~.I ,•"'U' ' 1 ! 1 .._ t;·, (j):-1'5.
Instituto do CearA, que, por lnlclallva do Presidente Mozart Sorlano Aderaldo, programou e realizou os
festeJos do centenArlo do grande cearense.
' .. 160
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se Manuel AntOnio, por sua vez, ficou órfão da mãe, em 1829, aos onze anos. Seminário de São Paulo, em Campinas, que teve de abandonar, um ano depois,
Enquanto que Juca, marido de Naninha, perdeu o pai aos oito anos, em 1868, e com problemas de pulmão, antes de receber as últimas ordens.
a mãe aos dezessete, em 1877. Sofria-se muito, antigamente. De volta a Ouixeramobim, o ex-seminarista dedicou-se àquilo que mais
Durante o século passado, o drama da orfandade se repetiu, de geração gostava: o estudo das trnguas. Especialmente, o latim, o grego, o inglês e o ita-
em geração, tanto entre os Furtados como entre os Andrades de Ouixeramo- iano. Numa carta a meu pai, em 1961, a respeito do centenário de Juca, o fale-
bim. José Furtado de Mendonça Bezerra de Meneses e Ana Esteta Saraiva de cido Professor Lauro Nogueira resumiu numa frase toda a atividade de meu
Andrade traziam, ambos, da infância um repertório de lembranças trágicas. avô, em Quixeramobim, no começo do século: "Lia, estudava; estudava e lia".
A história de Naninha era a história da epidemia do cólera em Ouixera· Em 1905, saiu em Fortaleza o seu único livro de poesia, "Flores do Cora·
mobim. O mês de junho de 1862 foi terrrvel para os Andrades. No dia 4 de ju· ção", editado na Tipografia Minerva de meu outro..avO, Assis Bezerra. O livri-
nho, a menina Ana Estela, de nove anos, viu morrer de cólera a tia Maria das nho, com menos de cem páginas, lhe valeu um honroso verbete no "Dicionário
Mercês, viúva do tio Trajano de Andrade, falecido de cólera, quatro meses an- Biobibliográfico" do Barão de Studart, fundador desta Casa.
tes, a 23 de janeiro. No dia seguinte, 5 de junho, morreram o pai da menina, Ma· Poeta·e filho de poeta, o Dr. Manuel AntOnio de Andrade Furtado descen·
nuel AntOnio de Andrade, 44 anos, e o irmãozinho José, de dois anos. E, antes dia de um escrivão: o português de Funchal, na ilha da Madeira, AntOnio Furta-
de junho terminar, no dia 26, morreu mais uma irmã: Maria d'Anunciação Fran- do de Mendonça e Meneses, que desembarcou, em Fortaleza, solteiro, na co-
cisca, de 20 anos. mitiva de um ouvidor, por volta de 1810, e logo abandonou o emprego, segundo
A infância de Juca também foi marcada por desgraças. Primeiro, a morte a lenda, por motivos de consciência, para não compactuar com a injustiça de
do pai. O Capitão da Guarda Nacional Vasco Rogério Furtado de Mendonça e um processo.
Meneses tinha por hábito percorrer a fazenda, todos os dias, a cavalo, para Esse AntOnio Furtado vem a ser o pai de Vasco Rogério. Do escrivão ao
inspecionar o gado. Sara e voltava, pontualmente, às mesmas horas. No dia 18 escritor, só houve, no meio, uma geração. Convertido em fazendeiro, o portu-
de maio de 1868, o menino de oito anos viu o cavalo do pai voltar sozinho, com guês se casou, em 1815, no Riacho do Sangue, com Isabel Ferreira Cavalcan-
os arreios, antes da hora habitual. Na porta da casa, o animal se pOs a rinchar, te, uma das quatro filhas do Coronel José Rodrigues da Silva, o Teimoso, e de
batendo com os cascos na calçada. A mãe do menino, nervosa, mandou que Maria lnácia Cavalcante de Albuquerque, pernambucana. Depois de ter 12 fi-
um empregado montasse no cavalo, deixando as rédeas soltas. O cavalo foi lhos no Ceará, o ex-escrivão mudou-se para o vale do Ceará-Mirim, no Rio
até o lugar onde jazia, de bruços, estirado no mato, o dono da fazenda. Grande do Norte, levando nove dos doze. Só ficaram, na terra natal, Hermene·
E a infelicidade continua. Com 13 anos, à beira da adolescência, Juca giido, Vasco Rogério e AntOnio Júnior. Todos os três se casaram com moças
haveria de enfrentar uma situação extrema. Por muito pouco, não foi enterrado da famOia Bezerra de Meneses.
vivo. Dado como morto, a mãe mandou comprar a mortalha. O caixão já estava Nossos Furtados e Bezerras, como se vê, estão entrelaçados pelo ca-
no cemitério, quando alguém percebeu, no suposto cadáver, ligeiro movimento: samento desde o começo. A bisavó Isabel do Dr. Andrade era irmã de Fabiana,
uma contração do músculo facial, junto ao lábio. Foi dado o alarme: "Parem o mãe do gramático Manuel Soares da Silva Bezerra, !(der católico em Fortaleza e
enterro! O menino não está morto!". Ao recobrar, devagarinho, os movimentos, patrono da cadeira de meu P.ai na Academia Cearense de Letras. Outro filho de
contou que, durante a cerimônia fúnebre, enquanto o padre fazia a encomenda· Fabiana, o médico homeopata Adolfo Bezerra de Meneses, vereador e deputa-
ção do corpo, ele estava consciente, vendo tudo, sem poder mexer-se, sem do pelo Rio de Janeiro, ficou conhecido como um dos introdutores do espiritis-
poder falar. mo no Brasil.
Há nos papéis da famOia uma carta escrita, no final do século, pela poeti· Manuel Antônio de Andrade Furtado tinha sangue Bezerra por parte de
sa Patrocfnio Furtado, irmã de Juca, em que se lê esta imprecação: "Quantas pai e por parte de mãe.
vezes, triste e pensativa, eu medito na avareza da sorte para contigo, bom e Pelo lado paterno, sua avó Henriqueta Angélica do Patrodnio era neta de
querido irmão, alma pura e elevada, formada no grande molde dos santos! Por Antônio Bezerra de Sousa Meneses, o Coronel Comandante das Armas da Re-
que, em vez de gozos, risos e flores, só tiveste, na injusta partilha da fortuna, volução de 1824, mais conhecida como Confederação do Equador. Condenado
espinhos, prantos e dores?". à morte pelo tribunal militar do Coronel Jacob Conrado de Niemeyer, a sentença
Ao se casar com Naninha Andrade, o poeta Juca Furtado declarou a pro- b i mais tarde comutada em degredo perpétuo no interior do Maranhão.
fissão de criador. Mas nunca foi um pecuarista, como se diz hoje, ainda que ti- Os Bezerras, uma das duas famnias mais antigas do Brasil - a outra é
vesse herdado do tio Hermenegildo Furtado a fazenda Serrote dos Bois, em a famnia Albuquerque - chegaram a Olinda, como se sabe, por volta de 1535,
Riacho do Sangue, antigo Frade, hoje Jaguaretama. com Duarte Coelho, o donatário da capitania de Pernambuco. O primeiro Bezer-
Juca estudou para ser padre, no Seminário da Prafnha, dirigido pelos la· ra a pisar chão brasileiro, AntOnio Bezerra Felpa de Barbuda, meu décimo se-
zaristas, em Fortaleza, até o segundo ano de teologia. Transferiu-se para o gundo avO, nascido em Ponte de Lima, no Alto Minho, trouxe um filho, Domin·
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gos Bezerra, que se casou, no Brasil, com Brásia Monteiro, filha do judeu Pan. ração, graças à "Nobiliarquia Pernambucana", de Borges da Fonseca. O Luis
• taleão Monteiro, dono de um dos primeiros engenhos de açúcar de Pernambu- descendia dos Drummonds de Escócia. A bisavó dele, Jullana de Dormont, era
co. filha do primeiro Drummond que chegou a Pernambuco, Leandro Teixeira Escó-
Pelo lado Andrade, meu pai também tinha um trisavO Bezerra, que, por cia de Drummond. Leandro veio da Madeira, na segunda metade do século
sinal, se chamava Luis Ferreira da Soledade Catunda. O Catunda, apesar do XVII, logo após a expulsão dos holandeses. Muito antes, portanto, dos Drum-
nome, era filho de uma Bezerra de Meneses: Teresa Maria de Jesus, mulher de monds de Minas Gerais.
um dos Josés Ferreiras Golaços. Luis Ferreira da Soledade Catunda viveu em Refractário à poesia moderna, mas bem humorado, como vocês estão
Natal, no Rio Grande do Norte, onde foi casado, em segundas núpcias, com lembrados, meu pai teria achado muito graça se tivesse sabido da coincidência:
Bárbara Barbosa Cordeiro, descendente de Frutuoso Barbosa, primeiro donatá- no sangue, era tão Drummond de Andrade quanto o grande Carlos.
rio da capit.a ria da Paralba. . Júlia Santana Maria da Encarnação, mulher desse Drummond, Luis de
Chegamos assim ao movediço terreno dos Andrades. Ana Estala Saraiva Brito Lira, era filha de quem? Era filha de Papai Saraiva, o Tenente-Coronel de
de Andrade, minha avó paterna, filha de Manuel AntOnio de Andrade,·o que mor- Millcias Antônio Saraiva Leão, fundador da numerosa famnia.
reu de cólera, era net~ do misterioso licenciado Plácido Francisco de Assis An. Papai Saraiva deu o golpe do baú, casando-se com Ana Batista da Costa
drade, um professor de latim, de origem desconhecida, que chegou a Morada Coelho, filha natural do rico comerciante do Aquirás, o português João Batista
Nova, no Ceará, viúvo, com quatro filhos, na década de 1830. No Ceará, ele fez da Costa Coelho. João Batista, casado com Micaela de Jesus Maria José, teve
polftlca, tendo sido suplente de deputado provincial, na Assembléia, em Fortale- essa filha fora do leito conjugal, com uma Antônia de que a gente só sabe o que
za, no ano de 1843. o neto, Dr. AntOnio Benlcio, deixou escrito: "mulher branca da famnia Estribo
A tradição da famnia, em Ouixeramobim, Informa que o licenciado veio de Seco". Como nunca se ouviu falar nessa famnia Estribo Seco, a ênfase no
Goiana, em Pernambuco, onde não deixou rastros, mas onde ainda hoje hã "mulher branca" leva a crer no contrário: que Antônia fosse filha ou neta de ln-
numerosos Andrades. Os parentes paraibanos pensam diferente. Estão con- dio.
vencidos de que o Plácido era português de nascimento, nomeado para ensinar
latim no Brasil.
.. Nosso passeio genealógico, a passo rápido, que começou pelos Bezer-
ras, volta ao mesmo lugar. Papai Saraiva também era duas vezes Bezerra: Be-
A análise grafológica de um manuscrito de poucas linhas, deixado por ele, zerra, pela mãe cearense, Albina Ferreira do Soveral, irmã de Luis Ferreira da
indica, para quem acredita em grafologia, uma pista interessante. Houve, pro- Soledade Catunda, e Bezerra pelo pai pernambucano, Alexandre de Brito Perei-
vavelmente, na vida desse homem, uma ruptura importante, pouco depois da ra. ·
â~olescência. Ele deve ter romplêlo com a famnia e com as origens, das quats, Graças mais uma vez ao benemérito Borges da Fonseca, autor da "Nobi-
afastado, não gostava de falar. Certos sinais de sua letra, segundo a grafóloga liarquia Pernambucana", está provado que Alexandre de Brito Pereira era Be-
de São Paulo, Dr' Odete Serpa Loevy, revelam uma vida secreta. Era, sem dú- zerrfssimo. Descendia em linha direta de AntOnio Bezerra, o Barriga, que era
vida, uma péssoa muito fechada, nebulosa. neto do primeiro Bezerra de Pernambuco, vindo de Ponta de Lima, no Alto Mi-
Sabe-se de Plácido, com certeza, que sua primeira mulher, Delfina de nho: AntOnio Bezerra Felpa de Barbuda.
Torres Palhano, filha de Luis Ferreira da Soledade Catunda e mãe de Manuel Nosso ancestral Barriga, lamento informar, era, ao que consta, filho de
AntOnio de Andrade, morreu, em Goianinha, no Rio Grande do Norte, a 6 de um criminoso: Luis Brás Bezerra, que matou alguém, quatrocentos anos atrás,
setembro de 1829. Daf a lenda de Goiana. É provável que o nome Goianinha, em Olinda, de parceria com uma mulher chamada Maria Dinis. Os dois foram
passando de boca em boca, ao longo de duas gerações, tenha virado, na tradi- levados presos para a Bahia, "culpados de aleivosa morte", como diz a senten-
ção oral, Goiana, em Pernambuco, cidade mais conhecida. ça. Luis Brás seguiu degredado para a ilha de São Tomé, na África. Depois do
Resta o lado Saraiva Leão de meu pai. Sua avó materna, Felfcia Antônia degredo, viveu em Viana do Castelo, foz do Lima, onde nasceram os Bezerras
Saraiva Leão, mulher de Manuel AntOnio de Andrade, era filha de Luis de Brito Barrigas.
Ura e de uma Saraiva, Júlia Santana Maria da Encarnação. A genealogia não existe para gabar os ancestrais, mas para identificá-los.
Esse Luis de Brito Lira foi batizado em Russas no dia 8 de dezembro de A descoberta desse degredado, no meio de nós, "degredados filhos de Eva",
1n8. O Barão de Studart, no "Dicionário Biobibliográfico", ~o Dr. AntOnio Benf- nos dá uma lição de humildade - virtude a que meu pai tanto foi afeiçoado.
cio, nas notas genealógicas, disseram que a mãe dele, Laura, era filha de um Manuel AntOnio de Andrade Furtado, uma vez, disse, com admiração, que
Távora, perseguido pelo Marquês de Pombal. Não é verdade. Laura Maria de o pai dele lhe transmitiu "a certeza de nada é mais precioso e mais exato do
Jesus, a falsa Laura Távora, provinha dos Meios de Pernambuco e dos Leitões que a honestidade de ser humilde".
Arnosos da Bahia. Homem que cultivava a modéstia, nos cargos que ocupou, meu pai só ti-
Pelo lado paterno de Luis de Brito Lira pode-se avançar até a sétima ge- nha uma vaidade, essa indisfarçável: a de pertencer ao Instituto do Ceará. Por
164 165
isso, é uma honra para nós, seus descendentes, que o centenário dele esteja
• sendo comemorado, aqui, no Instituto.
Em nome dos filhos e netos, aqui presentes, agradeço ao querido profes-
sor LulsSucupira, nosso mestre, a aula de Andrade Furtado que nos deu.
Ao expressar este agradecimento, quero que minhas palavras sejam
também - tal como ele escreveu, em 1960, no centenário do pai -"viva e senti-
da homenagem de gratidão e saudade à memória de quem tudo fez por mim (no
caso, por nós), plasmando nosso caráter na escola do temor de Deus e da
exaltação do Bem". Muito obrigado.

166
coléGIO sno.s1lc1no ~e GGnc~lOGI~
• to be Ja.nea•o

Rio de Janeiro, 2 0 de dezembro de 1990.

Prezado(a) Senhor(a):

O COLtGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA, instituição fundada no Rio


de Janeiro, em 24 de junho de 1950, para o estudo e pesquisa
das famílias brasileiras e estrangeiras radicadas no Brasil,
tem o prazer de convidá-lo(a) a vir integrar o seu quadro de
Sócios Colaboradores.
Dispõe-se o Colégio a ser, cada vez mais, um elo de ligação en
tre os genealogistas espalhados pelo Brasil afora,facilitando,
pelo conhecimento e ajuda recíprocos, o desenvolvimento das
pesquisas de cada um e a divulgação da ciência genealógica no
país.
Para isto dispõe de sua revista "Brasil Genealógico",já no 14Q
volume, e de um informativo intitulado "Carta Mensal", além de
arquivos e biblioteca abertos à consulta pública.
Sua inscrição poderá ser feita mediante o preenchimento da fi-
cha em anexo e o pagamento da jóia e arlJidade previstas no Es-(*) 1 991
tatuto, no valor d e lO(de z ) BTN's a 1~ e de 5 BTN's a 22, que
lhe pedimos remeter através de cheque nominal ao COLtGIO BRAS!
LEIRO DE GENEALOGIA, em envelope endereçadp ao signatário da
presente, para Rua Eurico Cruz, 11/4 0 2 CEP-22461, Rio de Janei ..
r o , RJ ., po de nd o o pagamen to da anu i dade ser feito n o utra o po r
tun idade, se for d e sua c onve n iê nc ia.
Caso t e nha e m suas rela ç õ e s pessoa s que também se interessem
pelo assunto, solicitamos-lhe o favor de lhes fornecer xerox
da ficha de inscrição em anexo, para que, aten dendo a me s ma
condição, possam também filiar-se ao nosso Colégio.

Atenci~ame~~

Victorino Chermon t de Miranda


lQ Secretário
o õe GGl\Có.lOCj{u
tHO ()c J~n. tmo

P R O P O S T A para admissão de sócio

1lom~ do propoófo: -· --~------- ----- .... ---·-- --·- -- ---- - ____________ __ ___ . ···-- ··--·······--·- ..... _. .........................

••••••••-·•••• •••••••••••••••• • •••••• • •••••••••••••• • •••••••••• • • • •••••••••••••••oo n o• oo • ••• •• • •• •• • • • • - -· - - ·- ·-•- ·.o•·•·•-.-- --.. ·····- - •-- -..-•··~ --··-·-•-·•··--• -··--·•••-•••----•

L:.tt(Jf•1' do naJcbncnfo : .............................................................. _ ....... ............... .................................................. - ...........................

.Vala: ..... ............................................................. ..

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--------~--- ---··------ ..------·-·····-------------·--·----- ···-- ·---··--........... ....................................................... ··--·········------------


' -------- ·- -
'})ro/id&ão : ..........................................................................................................__ ....................................................... ................................

Jn&titJfíçôt!J Cltlturaió a fJI!t! puit na:_................................................................ ... .....................- ............................................

-----------------··--··-··.......................: ........................................... ··-····-····-··-····· .. ········-·--· --~ -- ---·--·· ·- -·-- ·- ·· -- ... ·-·-----· . .. -

"Crabalboó publícadod : _________ ____ - ----·-·------·- ···--· --·····-----·····

'Redld~ncia: ·············································· ........ ............................................ ....... --········································--··········-.. ··

6dcrlfór/o: ·-·-·····--·-················ --···-······-····-·····-···-- ·-- ---·-----·--···--·------· ... .. ~ ·-~- -----· · -·----· · ·o·----~-- ......... -------------- -------·
. ... ............de..................................................................._d(............ ..........
.:AJJlnalura do pi•OpoJio._ _________ _.______________________________________............................... ..................................................................... .

'Propont!nie.-1 :------------ ---------------- - _____ ------------ - ------------------------- ----·----·-------------- .......... ______ ·----·---------------·-- ---··-·----·- . ·--- - ....... ..... ..

---·--------'-··········---···--·············--················-························ --·························· ...

Rtte XoYior da 6rh·e1ra, 96 • A pto;-~9-4


Tel : 59-'1622
Crato,30-12-983.

Prezado Dr.Geraldo: paz e felioidades , junta-


mente aos seue. Desejamos prosperidades e bem estar
para o ano de lo984o
Recebi pelo correio o livro "Oliveira Viana IR
terprete do Brasil~ O que me foi ofertado,meus siD
caros agradecimentoso
Os numeros que foram enviados nos amigos advo-
gados,juiz e promotores, não tardei em destribui-loe.
Muito embora,nosso pre zado parente Raimundo Pi-
nheiro,afirmar que não ~ costume do pessoal daqui,ac~
sar o recebimento e muito menos agradecer,dando uma •
palavra de conforto ou de encorajamento.Paciencia.o.
Crato, sem novidades. Graças a Deus em paz.
Esta semana,já deu uma chuva que em parte melhorou o
calor.
O livro "Retalhos Genealogicos" do Gen. que lhe
remeti de Crato,chegou ao destini?
Com nossos votos de felicidades para toda fami-
11a,dê ordens e despomha sempre com franqueza.
O primo amo. ~ ~~t-JJ
••
Crato,l6-2-81.
Dr. Geraldozpaz para todos os de casa. Crato,sem novidades.
o verão,est& tra zendo apreensões. Tudo est' nas mãos de naus.
Recebi sua carta,com a nota sobre Manoel Leandro. Procurei
quem po4esae informar. Os primââros consul•auos,vi que estavam por
f 6ra. Encontrei Pantina Aires de Menezes. Nasceu em Crato,em 1.892.
Est& lucida. L1 sem ~ressa o trabalho para a mesma ouvir. Picou
admirada. As notas sao certas. Apenas algumas modificações,como se-
jama pg 2. Manoel Leandro Ferreira,não deixou filhoo.Criou e educou
o seu sobrinho Raimundo de Norões Milfont e não Ricardo.
Pg 4. Pode-se acrescentar Joáo SimÕes de Menezes,filho de Vicente
Roque,foi med ico de nomeada, f aleceu em Fortaleza.
Rui SimÕes de Menezes,agronomo, irmão do precedente &um doa maiores
conhecedores de piscicultura do nordeste,ha quem af irme ser do Bra-
sil. Não vem ao caso.
Fantina, achaou o trabalho completo e sem necessitarbde modi-
ficações ou aorescimos.
Ontem, por acaso,encontr3i o rapaz da tipografia.Af irmou que
na proxima semana,teria condição de entregar alguns numeros da sepa
rata. Jm.Ant onio e sua descendencia. -
Bondade inf ormar quantos numeros deyerão ser enviados para
tomar as providencias.
. L! e gost'-es da nota e da fotografia estampada no jornal.
Por tudo, o nosso agradecimento.
O Pe. Teodgsio,continua colhendo material para a revista.
Bão calculou ser tao tif i cil. âo mcomo tempo,má vontade em cooperar.
Mais uma vez, com nossa recomendação, d3 ordens e desponha
sempre com franqueza. O primo e amo. ~· /? r
E~r /.~ ~ /1),.
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EXPLICAÇÃO PRÉVIA

R <Oo!vou • Editori•l Enddopédi•, ldo. «uni• om volum<, com o nom< d<


Armorial Lusitano, as notícias relativas à origem dos apelidos das famílias nobres, )
que, acompanhadas das res ctivas .!!.._~ se publicaram nos volumes da primeira parte
da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, pedindo~nos que revíssemos a matéria, /<'-
trabalho necessário, porquanto, além dos erros tipográficos, havia, também, troca e falta
de algumas gravuras.
Satisfazendo tal desejo, melhorámos o texto, sobretudo na parte heráldica, emhora
a remodelação não fosse tão profunda quanto seria conveniente, pois o assunto é bast&nte
vasto para que se pudesse proceder a ela sem largo espaço de tempo à nossa frente.
A forma fragmentária que a matéria teve, pela natureza da sua publicação em dicio·
cionário, levou a faltas de harmonia, que se procuraram rectificar aogrn.
O trabalho não é, nem podia sê-lo, perfeito, porque foi preciso reunir elementos
dispersos, utilizando obras impressas e, também, algumas manuscritas, sem contudo
nos ser permitido recorrer às fontes documentais, visto a urgência de original para o texto
da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira consentir, apenas, compilação cautelosa, li
o que fizemos, pondo de parte todas as notícias de aspecto duvidoso, visto preferirmos
a deficiência ao erro,
Utilizaram~se, também, algumas informações relativas a famílias estrangeiras e res-
pectivas armas, sem registo em Portugal, ministradas por actuais descendentes, igno-
rando~se, porém, se a sua forma está absolutamente correcta.
Não ignoramos que muitas origens de famílias e de apelidos não correspondem à
verda:le, mas, pelos motivos apontados, não pudemos esclarecê~los. Fica, todavia, esta . _,_
J:.Gl obra mais completa do que as congéneres, em virtude de a Armaria Portuguesa, de Anselmo ~ ,:._~l
w ~aamcamp Freire (c. 1917) e o Armorial PorluHJ!ês, de Gabriel Luís dos Santos Fer;;ra 1 1
faj (1920~1923), não_~ ex~
,. _: no
informa ões familiares, q ue:--;bmente,
fndi~ Heráldico~Gentalógico,
muito redu;da,
do Visconde de Sanches de Baena (1872), obra que, t~!-:14
~f;;i' d alé.!D e escaua na parte histórica, o é, também, na ;êiTcllica. - - N~
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~~- r:.k.~.Bt@~~~~::'_~.._ -J~. .,.,:/~(~.l:JI9.~oft~~
':> .s"" \..;;;
~·~~ . Pelo expost~ compreender~ o leitor que n~o
encarecemos o nosso trabalho, embora ~\2
~1 ~l fe1to com honestidade. O própno plano não se na o adoptado, se houvéssemos de o traçar i~~.>~
~~'S- para empreendimento análogo. ·~
1

~'\j O~tudo das armas não se faz com eficácia se não se acompanhar do históri~enea- ~_..,.
Mgico, porque, na maioria dos casos, os ~ aludem a acções praticadas ,_.
-.s'fi?
~ pelos ganhadores ou representam ligações familiares já distantes. Têm, contudo, os apre- ~
ciadores das insígnias heráld icas feito delas o moti vo principal das suas preocupações,
desprezando- talvez por desconhecimento - as o_dg_ens famili~ e das respectivas ~
armas, como se esta.s, no seu estado actual, reúnam em si toda a ~ia das linhagens ~
l
e sejam garantia de um passado ilustre.
Número apreciável de brasõf's de armas não representam a ascendência de quem os \
trouxe ou usa, porque. embora sejam os dos apelidos respectivos, estes não tiveram a mesma
proveniência dos das linhé!gens a quem as armas pertenciam. Isto deu-se, sobretudo, )l
c~os apelidos muito antigos, verificando-se existirem várias famílias que os tomaram
em épocas diferentes, sem parentesco entre si, e, apenas, provindas do mesmo lugar de
que se originou a designação familiar ou de outros de igual nome, e, também, por come-
çar~m em alcunhas que, embora aplicadas a pessoas diversas, foram pontos de partida
de um só apelido. Há a considerar o uso de apelidos tomados dos padrinhos e por
simples adopção, volun tária ou imposta.
Outras causas se pode m, ainda, invocar na falta de direito natural para uso de certas \
~orno a ignorância _&!:nealógica de que!!! as trouxe ou do oflcial de armas que
passou o documento com patente e, até, a falsidade dos documentos apresentados para
o~a carta de bra~ão de armas ou dos testemunhos que, para tal fim, prestaram muitas
pessoas pouco escrupulosas.
Aos que estão abrangidos por qualquer destes casos resultantes de desconhecimento
ou má fé, somente
,--
o direito de posse lhes é permitido invocar, o que a bastantes satisfará,
~

mas aos mais rigorosos não pode contentar, porquanto nem o tempo, nem um documento
oficial convertem a mentira em verdade.

ANTÓN IO MACHADO DE fARIA

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GENEALOGIA
E
HERÁLDICA

LISBOA
196 1
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}.fa.náas me,ofJ{ti~ qu.fcomt Jec/arlllllt~1


1Je minhttgente agrãogeanalofia:
Não me manJe~ contar ejlranba hiflori.:
Mas ma11áa~ mt lot~uar Jos meus aglori4,
LU1S DE CAMOES- OS LUSIADAS, Ill, 222
FAMÍLIAS NOBRES

SUAS ORIGENS E SUAS ARMAS

por

ANTóNIO MACHADO DE FARIA

(da Academia Portuguesa da História)

E D I To R I A L E N c I c L o p É D I A ' L . DA
e parece ter ficado em Valhadolide para tratar dos neg6cios do tio, casando aí com O. Elvira
de Ávila, filha de Estêvio Domingo de Ávila, aenhor das Navaa e Cesp~doza, no Reino
da CAiiza, e de sua mulher. Teve deste matrim6nio João Sanches de Bethancourt, senhor
de S. Bartolomeu dos Lunares e Nave Redonda, em sucessão a seu pai, casado com Maria
Vaz de Vadilho ou de Padilha, de quem teve filhos, dois dos quais. Antão e João Gon-
çalves de Ávila. vieram para Portugal. Antão G 'lnçalves de Ávila, no tempo das comuni-
dades de Castela. entrou por Almeida. onde o recebeu Afonso G onçalves de Antona.
criado da lnfanta D. Beatril., mais tarde Duquesa de Sabóia, o qu!ll. pela boa h osp~dagem
que recebeu de Afonso Gonçalves, se tornou seu amigo, acompanhando-o à ilha Gra-
ciosa e casando com sua filha Inês Gonçalves de Antona, com a qual houve em dote a
parte de terra que seu sogro aí tinha. Vieram deste casamento os Ávi las Bet h1ncourts.
Seu irmão João Gonçalves de Ávila serviu em África e depois casou na Graciosa com
Leonor Álvares, ficando dele geração.
Posto que saídos de F rança ao mesmo tempo, os Bethancourts chegaram a Por-
tugal por vias e em épocas diversas.
As suas armas são: De prata, com um leão de negro, armado c lampac;sado d.: ver-
melho. Timbre: o leão do escudo.

BEZERRA. Família originária da Galiza que já existia no século XII , ligada á dos
Limas, entrando depois nas mais nobres famílias, quer da
Galiza, quer de Portugal.
As armas que trazem são: De verde, com duas bezerras de
ouro, uma sobre a outra. Timbre: uma bezerra do escudo.

BICUDO. Família nobre da cidade do Porto, existente.


também, nas ilhas. onde se ligou aos Medeiros. O Bispo de
Malaca, D. ]oão Ri beiro Caio, nas
suas trovas cantou-os deste modo:

Foram sempre mui sizudos


e do Porto naturaes.
antigos, e como tais
são carneiros e bicudos,
os que ha são principaes. Bezerra

Manuel de Sousa da Silva, o insigne genealogista, também


lhes dedicou a seguinte quintilha, porém juntando-os aos Bicos:

1
Do Por/o são naturai" ' •

Vem a Fanzeres morar


na ferra de Gondomar

Que em Bicudos vem a dar. -

:~~~~}1~~
~~~~.~
E N DO a nobreza das familias a coufa mais
1i~~~ler prezada nas Republicas politicas,he juntamê·
te a menos conhecida , & bem mtendida de
muitos,que fe della prezaõ. E como os nobres
Portugueles ctlimaõ, & com rnaõ , tanto fua
-~~~ generolidade,& fidalguia, he jufio que naõ fal·
te em ooílo vulgar efta ma teria panicularmmte cfcrita. Pelo
que me pareceo faze.r cfte difcurfo, em que fe veja, que co ufa he
a Nobreza, de que partes confia, & da origem, que tivera õ os
.Appellidos,& Brazoés das linhagés nobres,& como fe illuftra-
raõ com a clareza das dignidades, & acçoés das virtudes.
MANUEL SEVERIM DE FARIA . NOTICIAS DE PO RTUG A L.
L1sbon, 1655, p 8~
seus princípios. Ligados a ela andam
os seguintes versos, referindo-se a
dois escudos dourados que figuraram
numas justas:

Si quieres saber quien son


/os dos dorados paveses
hijos de la hija son
de Ordonho de Leon
e de Te/lo de Meneses.

D. João Ribeiro Caio, bispo de


Malaca, escreveu as duas quinti-
lhas abaixo, alusivas aos Teles de
Meneses <antiKO) Meneses: Meneses (moderno>

Do godo rei de Leão Em Meneses de Cardulia


nasceu a formosa }ulia /ez Te/lo sendo villam
que ouve de Telo vilão esta gram geraçam
em Menezes de Cardúlia na nam conhecida ] ulia
alta e real geração. filha de/Rey de Leam.

Com o titulo somente de Meneses deixou os versos seguintes:

De Ordonho rey de Leão


vem os pavezes reais
fidalgos não os ha mais
na Hespa11ha e dês então
/oram sempre os principais.

Também o insigne João Rodrigues de Sá e Meneses se ocupou dos deste apelido,


escrevendo:
Tem os dourados paueses
limpos de toda mystura,
a real progenytura
no.s senhores de Menezes
DOrdonho rey, quynda dura.

Cuja linhajem real,


que por muytas rezoens val,
mete dentro em 1ua rede
Vil/arreai, Cantanhde,
Meneses, senhores
de Cantanhede o prior do Sprital.
Manuel de Sousa da Silva, erudito genealogista, dedicou aos Teles de Meneses a
quintilha seguinte:

Dos Rrandes Reys de Úam


e dos nossos porluRuezes
vem os Tellos de Menezes
a quem tantas palmas dam
f
os sarracenos arneses.

As armas antigas dos Meneses,


usadas em Portugal e Espanha, são:
De ouro, pleno. Timbre: uma don~
zela, sainte, de carnação, vestida de
ouro, com um escudo das armas sus~
Menesess, Marqueses
penso da mão direita por um cordão Meneses,
de Martalva Condes de Tarouca
de vermelho e amparado em baixo
pela mão esquerda.
Modernamente, usam os Meneses as seguintes: De ouro, com um anel encoberto,
tendo encastoado um rubi voltado para o cantão esquerdo da ponta. Timbre: o
mesmo.
Os Meneses, senhores de Cantanhede, trouxeram: Partido: o pnme1ro de prata,
com cinco escudetes de azul, postos em cruz, cada escudete carregado de cinco bcsantes
do primeiro esmalte postos em sautor; o segundo de vermelho, com cinco flores~de~lis
de ouro, postas em sautor; sobreposto um escudete de ouro, pleno.
Pertencem aos Marqueses de Marialva as seguintes armas: EsquarteJado: o primeiro
e quarto de prata, com cinco escudetes de azul, postos em cruz, cada escudete carregado
de cinco besantes do primeiro esmalte, postos em sautor, e bordadura de vermelho
carregada de sete castelos de ouro, com filete de negro em barra; o segundo e terceiro
de a.zul, com três flores~de~lis de ouro; sobreposto um escudete de ouro, com um
anel encoberto, tendo encastoado um rubi voltado para o chefe. Timbre: o dos
Meneses.
As armas dos Meneses, Condes de Ta rouca, foram: Partido de dois traços e cortado
de um: o primeiro, terceiro e quinto de ouro, com dois lobos de púrpura, armados e Iam~
passados de vermelho passantes um sobre o outro (Vilalobos); o segundo, quarto e sexto
de ouro, com quatro palas de vermelho (Lima); sobreposto num escudete de ouro, pleno.
~~ Timbre: um lobo do escudo.
~ Encontram~se as armas dos Meneses também ligadas às dos Albuquerques, dos No~
~~:~::: •• fo<ma. indioada. Mo" prin<ipai,.
~~~~~
--------- -- ~ ·----~--.,

- ------- .....
_.,.
-,
OOLEçXo

"VIEIRA FAZENDA"
COLECÃO ~
SOB A DJUÇXO DB
\,CIDADE RIO D~!RO . MACIEL PINHEIRO
sob a direção de
Maciel Pinheiro • VOLUMES PUBUCADOS:

1 - Conquistadores e Povoadores do
OBRAS PUBLICADAS: Rio de Janeiro, por Elysio de Oli-
~ . veira Belchior.
~1 - Efemérides Cariocas - Antenor ' 2 L Efemérides Cariocas, por Antena-r
Nascentes .
J Nascentes.
' 2 - Calendário Folclórico do Distrito "-.... 3 - Dicionário Biobibliográfico de Es-
Federal - )fariza Lira. critores Cariocas, por J. S. Ribeiro
~3 - Toponímia Carioca - Agenor Lopes Filho.
de Oliveira ""'- 4 - Vida e Obra de Paula Brito, por
Eunice Ribeiro Gondim.
""-.4 - Geografia do Distrito Federal - 5 - Primeiras Famílias do Rio de Ja-
(volume 1) - Afonso Várzea.
neiro, (Séculos XVI e XVII) To-
--f>5 - Vida e Morte do Padre José de An·
chieta Quirício Caxa.
mo I A-E, por Carlos G. Rhein-
-, gantz.
" 6- A Fundação da Cidade do Rio de 6 - O Rio de Janeiro Através das Re-
Janeiro - Frederico Trotta. vistas, Vol. I - "Revista do Insti-
~7 - Efemérides do Teatro Carioca
tuto Histórico e Geográfico Bra-
sileiro" - por Maciel Pinheiro.
Bandeira Duarte.
7 -· Denominações Indígenas na To-
8- Estudos da História Cari ca - De ponímia Carioca, por J. Romão
Par anhos Antunes. , da Silva.
9 - História das Ruas do Rio de Janeiro " 9 - História das Ruas do Rio, por
Brasil Ger.:on· Brasil Gerson.
11 - Viagem Pitoresca ao Velho e ao
'"-to -Meu Velho Rio- Augusto Mauricio. Nôvo Rio, por Herculano Gomes
-~ 1 - Paulo de Frontin - Raymundo de Mathias.
Athayde.
"-12 - Páginas Cariocas- Nelson Costa. VOLUMES NO PRELO:
13 - O Rio no Tempo . do "Onça'' - Ale- Cidade de São Sebastião do Rio de
xandre Passos .
. . Janeiro, (Fundação e Termo), por Mau-
-h..14 - Geonomásticos Cariocas de ~roce­ ......._ r{cio A . T. de Castro.
. 7?" dência Indígena - J. Roma o da ~ 5-A_ Primeiras Famílias do Rio de Ja-
Silva. neiro, (Séculos XVI e XVII) To-
----1;>ts - O Mundo de Machado de Assis - mo 1I F-M, por Carlos G. Rhein-
Miécio Tati. gantz.
~6 - Folias de Reis - Zaide Maciel de
*
"\. Castro e Aracy do Prado Cout.o .
EDIÇÕES DA
17 - Estácio na Guanabara - Hennque
Orciuoli. LIVRARIA BRASILIANA EDITORA
Av. Rio Branco, 156, SJLoja, 228{229
Edifício Avenida Central- Fone: 42-!078
RIO DE JANEIRO- GUANABARA
BRASIL
--------~~~~.---------------------------------------- -

mais ilustres e antiga da Pen{nsula. O. Fruela 11,


Rei de Leão e de Galiz.a, subiu ao trono no ano de 924, por morte de seu irmão o Rei
Ordonho li, e foi casado duas vezes, a primeira das quais com O. Nunilo, filha de O. Sancho
Garcez, Rei de Navarra, morrendo no ano de 925. Teve entre outros, a O. Ordonho,
chamado o Cego por seu primo O. Ramiro 11 de Leão o haver mandado cegar. Casou
.y_ este Infante com O . Cristina, filha de O. Bermudo 11 , Rei de Leão e Oviedo, e de sua t ",.:
primeira mulher, O. Velasquita, e teve o Conde O. Afonso Ordonhes, que fundou com
sua mulher, O. justa, o mosteiro de Santa Maria de Liébana, no ano de 955, para pôr
nele o corpo de S. Torlbio, o qual quis reconhecer, pelo que cegou, recuperando a vista
por intercessão do mesmo santo. Foi senhor de muitas terras nas Astúrias, e de sua mu-
lher, que era de sangue real, houve a O. Rodrigo Afonso das Astúrias, senhor do solar
de Nava, nas Astúrias, que é o primitivo desta famllia. Este O. Rodrigo foi casado com
O. Gónia, senhora muito poderosa nas Astúrias e Leão, e morreu no ano de 1011, nas-
cendo do matrimónio O. Diogo Rodrigues das Astúrias.
Foi O. Diogo Rodrigues Duque das Astúrias, Conde de Oviedo, senhor de Noronha,
rico-homem, governador e capitão-general das Astúrias, cavaleiro muito esforçado de
O. Fernando I, o Magno, confirmante no ano de 1063, e marido da lnfanta O. Ximena,
filha de O. Afonso V, Rei de Leão, e de sua mulher, O. Elvira, de quem houve a O. Ber-
nardo Dias das Astúrias, que também foi Conde e confirmava no ano de 1119. Contraiu
matrimónio com uma filha de O. Afonso Teles, rico-homem, senhor de Monte Ategre
e mordomo-mor do rei O. Afonso VI. Oeste casamento nasceu O. Pedro Bernardo de
S. Fagundo, que confirmava no ano de 1124, senhor do castelo de Magalon, casado
com O. Maria Soares, filha de O. Soeiro Mendes da Maia, o Bom, e de O. Gontrode
Moniz, de quem teve O. T el Peres de Meneses, o qual sucedeu na casa de seu
pai, foi rico-homem, senhor do castelo de Magalon, que trocou com o Rei de Castela,

---
O. Afonso VIl I, pelas vilas de Meneses, Vila Nova, S. Romão, outras muitas terras e
umas casas em Cuenca, no ano de 11 81. Confirmou no ano de 11 68 e doou à Ordem de
Sant 'lago as casas de Ciuenca, no ano de 1188. Serviu O. Afonso IX, foi um dos ricos-
-homens que assistiram às pazes feitas no ano de 1195 com o Rei de Aragão e enviado a
França para buscar a Rainha O. Leonor, mulher do mesmo Prlncipe, e fundador do
hospital de Villamartin, onde fez vida santa. Casou com O. Urraca Garcia Dorca, segundo
uns, ou, conforme outros, com O . Gontrode Garcia de Villamayor, filha de O. Garcia
Ordonhes, rico-homem, senhor de Villamayor e Celada, e de sua mulher, O. Maria,
senhora de Almenara. Deste casamento nasceram diversos filhos que seguiram o ape-
lido de Meneses, tomado por seu pai da vila do mesmo nome, conservando seus descen-
dentes o patronímico Teles (que também usaram na forma não derivada de Telo) junto
com o apelido. Alguns desta família largaram o apelido Meneses e ficaram somente com _.. .._
o patronímico, que ligaram a outro apelido, como os Teles da Silva. I
~
I I~

Passaram os T eles de Meneses a Portugal, dando ao trono português uma rainha: t'T
O. Leonor Teles, mulher de O. Fernando I. ,...
A família dos Meneses, como muitas outr~ de grande categoria, achou pequena a
história da sua origem e criou uma lenda que e~brecesse, à maneira cavalheiresca, os ~

/~~~~~-~~::.~
~
- .... , IJ:§.~~.74 - ~\
· ([)
(!j)
~) Q;t. ·~Q.AAA.o ~ma,~4 ?~&c \..tlL 1 ~oc~~
-~ - r-a...~et\\.. e.h. (t . .'-krv P~L ) \'Y1M rQ..~ .i~
f---~,.h_•~"'--~ ol._ ~.:u..~~ ":= ,_.....:::~:: :'. . _ _ ___,
~ 1-\ ~ ~"-''f''""' ,_ lr..,...:=.... _ ___.
CcJv::..-c.t:. '
-<-<-'""' ~k .~ L~~----------1
- Rr) 'D ~~X:.~~~-e?f.~ rp~·------------
1~--~~\~~-~-------------------------------------

c..) ~\v-~ ~~ Be...""C.ue.. eM. ~Ma_X~.b-:.-_ _.,


_ __wL~~.

cA) ~Ctj_~ ~Z:.e.N..hd.~~e_~ \-?vo.-d.P. , ~~don.k


e ~'\D·L~· ~~ .
---~--~

5 .. _c\v~~\~~~~e :6..Luc.. c:l-t . ()\~ -e.~~\ ~ ~.c~ c.l.u. -ear'-~


\. Ct...~ Ct.v~"-i , ,.- h~h ~~cv~.LO aXc_Gs..Lõ\c.._ i~'<l J
-Rc.\-A.~Q~ t vY1 ~:(;..\~'(L_·_~~-~ - ~o
_ C { r~ ·& lC\~0~---
Fortaleza, 13 de outubro de 1987

Prezado Ministro Geraldo Bezerra de Menezes:

,
Estou precisando dos seus valiosos prestimos.Tra-
ta-se do seguinte. No momento, ando escrevendO algumas a-
,
ekegas genealogicas a respeito dbs MendOnças Barros , do
A
Orato, descendentes do meu trisavo - lado paterno - capi-
tão Roque de Mendonça Barros ~ s~esposa, Maria Josefa da
Conceição.
,
Esta minha trisavo, segundo documentos de fontes;
• I • A ,_., ,
pr~mar1a~era filha de Estevao Jose Teles de Menezes com
sua s~gunda consorte Ana Josefa de Menezes. (A primeira
foi Oaetana Bezerra Pereira).
Aquele, digo, informaçÕes orais, colhidas ao lon
go do tempo, acerca daquele Roque de Mendonça Barros e
sua citada esposa, dão conta de que o mencionado Estêvão
José Teles de Menezes era irmão de Dona Rosa Josefa do
Sacramento, cas1da com o Brigadeiro Leandro Bezerra Mon-
teiro.
N
O Sr. dispoe de elementos para confirmar ou ne -
gar essa informação?
,
OUtra coisa. O Sr., que ha estudado, aom profundi
dade, os antepassados e descendentes dos Pinheiros, Be-
zerras de Menezes, Monteiros e outros, saberia dizer-me
-.- * • - - '"' .......... - -- · - - - - - ... ..... ..- ...... - ............- .. , .

Ge o capitão AntÔnio Pi~iro LÔbo e Mendonça, marido de


Joana Bezerra de Menezes (ou Monteiro), nossos ances -
...
trais, teve um irmao chamado Manuel Parreira de Mendon-
S!f!?
No aguardo da gentileza de sua resposta, subs-
crevo-me,atenciosamente ffiCOm um cordial abraço ,

Seu parente e admirador

~yu/LL-Jr-
Joaryvar Macedo
COLÉGIO BRASILEinO DE tENEALOGIA - - - - - - - - COLÉGIO BRASILEIRO 'DE GENEALOGIA
1110 de Jooclro
$:( e José Francisa:> de AsstmpÇão Santos. Para o quadro de adjuntos, foi a;>resentada
UMa d1âpa dê 20 norres, representativa das diversas localidades do país.** um " tour" ~
las cidades de Vas~uras e Juparanã permitiu a vários nenbros do Colégio cxmhecer, nõ
últir.o dia 22 a C1acara da Hera e as fazendas Oriente (outrora pert:e;lloente ao Visa:>nde
de J!)iabas) e Paraiso.Tuà:> com direito a alJroço no lbtel Mara e a detnlhacbs explica- CJ>mA ~AL '1-:9 17 oUIUBro re 1990
ções do consócio R:lberto Penczes de M:'lraes, conhecedor profunà> da história vassouren-
~
~
BIBUcx;AAFIA PER':AMBOCO- lM SONIO G:NEJ\I~OO
o Colégio recebeu os s c guint.es livros para sua biblioteca: "Angra dos Pgis no Se9uncb ( 2a . Parte ) Carlos Eduardo A. Barata
JS9narb" v. I, de tlaroello e be :ca (llngra dos I:'Cis , 1990)!. por à>açâo de Sócio Titular à> CBG
Allp!.o M:!ndcs ; "Nobi i uia Pau s , 3 wls. (Sao Paulo, 1982);
"Anuário Cenealogia:> Braz leiro e Latino) , "Biblioteca Genealógica" (Brasileira e La- Na primeira parte deste · arti<p publicada na carta 1-t!nsal n9 16 foi traçado um pequ:mo
tina), "!ndiccs Gc!'leal.óciros Brasileiros" (dive::sos avulsos), tocbs por à>ação de Paulo histórico sobre a literatura qepea;;ica em Pemanbuoo, apontanà> aqueles que realizaram
Carnei!:O da eun.l'ia; Revistas i, 2, 3, 5, 6, 7, 8 do IHGSC (Florianópolis, l 979/89), todos levant:a;rentos no decorrer de quase SÓ anos - a fê d1egar aos ~enealoaistas pernam
por doação de 1-Jalter F. Piazza , rontendo artigos de sua autoria; Marília e Di.roeu - Ge-
nealogia" (Belo lbrizonte, 1990) , de seu autor 1-laldemar R. de Oliveira teal ; "Q; .1\ndra
~s, de Cbiana i r.aran~ - Oito Gerações ", de Francisa:> Andrade Barroso (Foffiíeza ,
99'0) , {X)r doaçao de L~Edgar dê Mdtade; "História da Imigração a Colonização ll.lenâ
no Vale oo Rio Pardo - Cemitérios ele Imigrantes AlcnÕes", v.I , t . 2 e 3 (SMta Cruz à>
Qrlanc.iô ~\9.
ta pà.rll o r
bucanos, :~o XX: Carlos xavier Paes Barreto, Eugênio de ~
cayalcaoti dê Ãffiu:rue
ro
artigo - que,
ca Paes Barrern
XVII, 09 l evantarrentos foram feitos por Jero
ni110 do F'ada }'l@ir êeb José te sã e Nb\JôlUf!~, António Feijó de ~\:!llo e
tJêrCOSJI.er de 1\nd.r C .
Fran~
ê
• E !np:>rtante acrescentar - a:>llO forma de erra
roA
Sul, 1990) ,de seu autor Arminà> L. !':uller; "P.orta à> D:>uro" (Rio, 1984) e "O 'fe rreiro
\OltcllOs àquela tríade de genealogist:as que iniciara o século XX dedicanà> todos os
F'i.l.loo de José e Otília - Jl.utobiografia" (s/1, 1988) , a'!'I:Jos de seu autor Rui à> Brasil
seus esforços intel ectuais e culturais, a fim de realizar o sol'lho de vêr a História Ge-
!..cal; "C'.ademos de G:!nealogia", rR 3 (João Pessoa, 1989) e "Heróis Indiqenas à> Brasil-
H:."l5rias Sinreras de uma R..1ça" , de Geraldo G\!sta\0 de Alr.eida (Rio , 1988) , arrbos por rc.üógica de Pern<llrbua:> inpressa.
à:>açiio de 1\Cauto Rmrcs e "~vista do IHGFS" wls. 90, 93, 94,97, 101, 109/12, !B/16, o ,,:-..ncito
2·:!1C::S - u C=;CJI L.:uo,~,.Joc C:..rlo3 Y.:.wic r l'uC3 D.n:r-::to- <lpe!.: "lr c1é'. p11hli l"il>';Q. ~
117/20, 121 e 122 (t.odos a:>ntendo matéria genealógica) , rrediante pcntUta can aqu:la dcZcM s de articps nas ~vis tas e 1\nuários Genealógicos, editados sob o lnccnti \O cb
instituição. yrMêlê pãiâd!iki'de genealõQia brasileir a Cci.t.Mivâ&5r(!
\OS COlonizadores !lbraêstinos", dei xou quase a sua ra
?Jtu. e à> livro "Os Piimiti-
ta. Foi ll'Ciitiro Institui
Fe-:-etente: C'O~GtO PAASIIEIRO 0:: G:NEAI.OG!A
Av. Augusw SC·.~o , S li? u.."iê!ar-p.:4'"....::! ãôr-F\iri&dor dã Fundaçao G:nealógica Brasileira (SP, 1964). Entre os inúrreros docuneri=
ter.;, ~:ls, lllillt=t:ru:os c
CEP 20021 Rio ee Janeiro RJ.
wne;~lõ<ücas d5s 14andcrley, Paes Barreto,
valcapti , Lins e mw.tãS outras . Entre seus
ifã
J.u·fiiJoi..a.dos l:e seu &qut\0 OXlStcm as rre;cór ia.s histo rica.; e
Barros, Bãiros Pimentel, AlbUJuezsue,_9!_-
abãThõs inõditos tenos: "Paes Burreto e
~us EnLro"'iiCãiiientos" e "Esj:irpe Lins" - trabalhos que,nos últi110s quarenta anos,vem sen-
à> C01Su1Eãõ5s por vários uisad5res ent eles . lvio Paes oarr-eto, Gilson Naza-
~· Bartolareu Buar de , Claudio :-< alcao e o autor tas llí'ihas.
o segunro pesquisador - Euoênio c1e M;n00nca Paes Barreto - foi merrbro efe ti\0 à> Insti
tuto GenealÓgia:> de São Paulo e fundaà>r e lQ presidênte do Instituto Gmealógia:> clC
PcrnarrbllOO (fundado a 24.11.19t13). E: o refericb pesquisador autor de um trab.:llho sobre
os Paes Barreto,&ublicaC!o no Anuário Genealóqico Brgsileiro, v . VII, além de outros q~.e
penronccem ~nêdl . A scrrente oonealoafuca plantada
ne'â)r Etico Paes Barreto teve caro
fruto seu genro dr . Femanê'b I.oyo de !' ra~ , ro nosso Usle§io.
Quanto ao ~;enbargad? r_Qrlanà:> Maroue5 CaValcanti de Alb~,Q.uerque - o ter ceiro susten~
culo da Hist.Oria GeneWf!ca Pemarrbucana - foi quem rrelhOr soübê aproveitar os espaços
par a a ptb"Ucaçao ac . dê sua êbra;5ob a forma de centenas de arti<ps nas Jevistas
e 1\nuários do cel. M:>ya, assim <X>llO na ~vista do Instituto Arqueológico,llfstonco Gê
' ografico Pemiliíbucano,em jornais permrrbucanos e na ~vista "Tradição".
Corroborancb as palavras do dr. ~inaldo Carneiro Leão, em carta a mim enviadl em 1989,
foi Orlanà> cavalcanti , realmente, o "Borges da Fonseca" à> século XX. Entrou para o
Instituto G.mealógico Brasileiro, em 19'40, a:>ntãí1êb 21 anos de idãdê e participou da fun
APOIO COLTORJ\L dação do Instituto Genea - a:> de Pcmarrbuco (1943), jmtarrente oom M'irio de 1-t!llo e
,~ E Z!nio Paes to. llC ro correspon cn tituto Heráldiro-Gmealõgico
Sao Pau o (19tltl) ,à> In_sUtuto GencalÓ<]ico da Bahia (1947) e à> ÇQ_légio Brac;ilciro de
de

~\ ~ J~
ALDERGO DEL LEONE Ccncalpsia (1951), além de prcsia&\te à> InsUEutõ Gênêãlógioo de Pcmãiibuoo (1951) , rc-
I taipava - Petrópolis prcsentanEê da fUndação dos Institutgs Cenc~a:>s Latinos (1955) e nenbro I nsti tuià>r
- Func'..:lcbr da Funda~ G5neal$Jica Brasilêlf!Oil!® . Em 1989 , teve seu rorre escolhid:> ~ i
ée-~t..Jc Ruu Onte. ~arcolino A. de Souza, 435 ra patrono da: Ciiêlêiiã n9 28 co e5lcglo dê a.
C"/»f!O dC'\V Telefones : (07.42) 22- 2350 - 22- 3359 Infc li~m:::ntc , niio foi possível a esses três suoortes da aencalooia de Pemanbuoo, a pu-
blicação à> tão esperado 1\nuário cenealógico & Peinã!Tbuoo. ·
Em 1947 - quatro aros clcpois ci.1 fundação do Instituto G:!ncalÕqico de Pernarrbuco - escre
COLÉGIO BRASILEH\0 DE 'GENEALOGIA - - - - - - - - COLÉGIO BRASILEJnO DE 'G ENEALOGIA ~;;----------.
via (r.l<1o1à:> Cavalcanti ao or. Carlos ><avier: "Estive coordenan<b minhas notas cr...nealÕgi
cas, de rolde a selecionar mutcrlal para um 19 VOlurre , a ser publicaà:> breverrente. Istõ Ingressanà:> oo CBG em 2 de acpsto de 1967, checou a titular em 27 de maio de 1972 . Era
de:mnà:>u mui.to tenpo. Datilografei o trabalho can duas c:iipias, \.!IM para o rreu bom amiçp rrenbro tanbém à:> Instituto Pontanovense de História.
(Carlos ><avier) e outra para o Bulcão Sobrinho , d.:l Bahia . " Dentre os títulos de sua autoria registranos: "Dr. D:>micHiaro Leite Ribe.l.ro ( Visconde
qe ?\r~,'\)'', "Fa2(:es Varela e seus Parentes de Barra Mansa" , "FilllÚlias FlllJD1penses - I
E mais adiante , na rrcsma correspondência, la;rcntava: "Estou em dificuldac'le::; Põrõ fr.~r
a publicação, porque parece que só em são Paulo Silbcm faiõo:1-le dJ.rci to. Ficarla bem nu Maçhado ~teH,P dê &iltaSaíel ~:o'""lr ::: wé',Q.êÊs~r {de Pir;il ) " 1 "Un rrédico <b Inpé-
rto (Dr . lDbo Diniz) rt, "Volta !e:bnda AtravésClê ÍÕanos de ffis~ria" e "13arra Mansa
projetada revista gcnealÕ<J1= de Pernanbuco.! ITUS esta publicação não pode vir a lurre
po~ precisei do;;i;...u: o :Recife, por estar a frente de minhas fazendas e outros interes- e seus 1\dministraà:>res". Deixou ainda inédito um Erlsaio Biográfico sobre () Correndaà:>r
ses qi.X! têl'.ho aqui. ~tarte, ficou sozinho na Capital o nosso rrotu:>
e dedi.c<là:> amiçp José Joaquim de Souza Bre'l.>es. .........
Eu.')ênio Paes Barreto. " Faleceu em Cruzeiro, são Paulo , em 9 de oovenbro de 1974.
Estava selado o destino destes três horrens, isolados ge::>graficarrente - um no Pecife, ou A atual ocupante desta Cadeira é O. Frieda ~lff.
tro no interior de Perna"Tbuco e outi'õ no Rio de J aneiro e que, iiidmsavelrrente ,se cor
respondiam, tr.:çanéb e elcl::loranà:> \.!IM forma de viabilizar a realiz~1ção ~ ~G'J5 ~~~:­
a:.mo verenos no próxino seg:rrento.

"PreMio CO~élCü BRASILEiro DE~ - 1990"


Acha'!l-se abertas as inscrições para o prêmio aci!T'a, nas categorias de obra publicada e
pesquisa inédita, destinaà:> a assinalar trabalhos de natureza genealÓgica realizaà:>s
oo biêniQ 1988L90 e, na falta destes, os à:> últino quirsuênio .
o orêmi.o terá caráter rrerarrente honorífico e de sua conoessão serão feitas ca:uni.cações
oo'rnstituto Histórico e Geográfico Brasileiro, à União Brasil~ra de Escritores , ao
editor respectho (quanéb for o caso) e às instituições congêneres .
As inscrições estarão abertas '!..~ 31 de dezenbro oróxino. Poderão concorrer livros ou
trabalhos inédi. tos inseri tos pel os propdos autores ou por dois ou mais ll'Cnbros do Ool.§
gio.
A pre:ni.ação ficará a cargo de uma comissão integrada p:>r cinco sócios titulares, que te c. Frieda é rrenbro à:> Instituto Histórico e C'..eoqráfico Brasileiro e à:> Institutos Hi.s-
rã o prazo de 60 (sessenta) dias após o encerrarrento para o julgarrento respectivo. tórioos 00 Rj,Q Grande do !lbrte, Rio&;; Janeiro e Esoirlto santo. Eleita socia titülar
Para maiores in!:orm.1ÇÕcs, dirigir-se à Secretaria à:> Colégio. em 1989, é presenterrente vtce-presl te êlõ 03G.

A CNEIRA N9 15 ror.rcrJIJuo
A <?deira rR 15 tem p:>r Patrono o genealogista paranaense Francisco de Paula Dias Ne- Em sessão solene realizada na sala Pedro Calrron, à:> I~ , oo dia 28 de setenbro p.p. re
alizo~rse a r:osse do sócio Wilson de L1.ma Bastos na Cadei à:> dro de Titula::
grao.
~ - - -
Natural de Sao Joao da Graciosa, na antiga Barreira, Parana, onde nasceu aos 13 de agos
res. O crrpossado foi saud pelo Pro Alexandre Mi.ran
da obra de historiaébr e çenealogista. Agr a cen ,
o que lhe fez o elogio
Bastos fez a a(X)logia de seu
to de 1871 , :-rancisco Negroo foi capitilo honorário à:> Exército p:>r serviços prestados aõ patrooo ntGuela Ca~ira, o ~a~sta Guilherrre Auler. A sessão contou 'com a pres~
<bverno durante a Revolta da Ar!T'ada. Funcionário público, dirigiu depois, a seção ~dua­ ça de D. Pedro Gastao de Or eans e ragãi'l'ça e dê historiadores e convidaà:>s, dentre os
neira à:> Ar!T'azem de Encorrcndas Postais de Curitiba . quais destacarros os Prof<i>s . ~llo e eybelle de Ioanerra, Q>~OO de t"ene?&s, repres~
Foi rre!'rbro oo Instituto JU.stórico e G:x>gráfico Paranaense e à:> Centro de Letras à:> Para tante éb IHGB, D:>nato Me.l!o Jlnior e Jorge Pacheco e aíaves Filho . •• Quatro grandes
ná. Dirigiu tallbé.11 o Boletim à:> Arqui.\'o Municipal de Curitiba. - clãs realizaram oo rres passâaÕ suas convêriÇiSêS dê hunÜia: os Bittencourt, em Ni.terói-
PJ. , os <bsend~, em Cant;agalo-RJ., os Garcia,em Canpo Belo-Ftl. , e os Saraiva Leão, em
Dei:>ou os seguintes trabalhos: "As l·ti.nas de ouro da capitania ce Paranaguá", "O Guarda-
~br Fra'lcisco ~~rt.ins Lustosa" , "A Conjura Separatista de 1821" e "~ria Histórica Pa
I Joà:> Pessoa-PB. Hábito, r:or sinal, que se vai tornando uma cx:::nstante em tõdõ o país. **
Dia 24 de açpsto p.p. , a convite à:> ProfQ A;ntplp lbbbin Ferro, de Rio Bonito-RJ. , o
( ra'lacnse". Cone ~neal is 1 - sica "Geneal ia Paranaense", em cinco võ= Colégio apresentou um painel sobre genealogia e herâldica para 200 almos à:> Curso de
lU"CS , e colaborou can ilva I.cll'C na "~alog a Pa s ---" Formnção de Professores do Colégio de Rio Demito. Foram e.xp:>sitorcs os .coofradcs Gilson
Pwlicou ta.Tbém, na irrprensa de seu Estad:J, as "Eferréridcs Paranaenses " e deixou inédi- Nazare.th e Carlos Eduarcb Bcg_ata. ** QlX!m tarrbém falou sobre heráldica, encerranéb o c:!:_
tos oois estudos intiLulados "Esboço para a llisEõrla à:> Parana" e 11\lüitos !lOtáveis d? elo de palestras que profêriu no Colégio, foi a coosócia Cândida ();n:bett. Na opor tuni-
,!!i!,ran.l" • dade foram 110Stracbs os belos br ... - de fanúl lX! vêm sen""êb feitos r:or Carlos Eduar

l~'
à:> Barata. •• Para você que tem fotografias antigas, uma ca : o e ra-
Faleceu e.11 11 re setenbro de 19 37. ~ !f'ao e Prese~ão Fotográfica (Rua tbnte Alegre, 255 - Sta. Tereza-RJ. , Fone: (021)
O prirreiro ocupante desta cadeira foi o fll.llÚ.nense José Botelho de Athayde . 297-6116 R-248) ,atende tarrbém a pedi.à:>s de recq:leração de particulares . •• Foi fundaéb
em Soo João~ ~a-RJ ., oo dia 7 de setenbro p.p., o Instituto ~U.stõrico e Genealógi-
Natural.Qe ~lacaé , onde nasceu a 3 de fevereiro de 1916, J . B. de Athayde cx:rro era mais co !:lÕrtê F;n . Para a sua presidência foi elelto rosso confrade Fernan<b Antcnio
coi'llíeciéb, fez seus prirreiros estucbs no Liceu de Artes e Ofícios oo Rio ele Janeiro. !õbato Borges. ** Nossos consócios Ecpn e Frieda 1\blff acabam de lançar V e VI volwres
rorm::no ern contabili~dc industrial, foi chefe da Divi :J~c dc CUStos Diver<.:vs e Serviços dê seu "Dicionário Bioqráfico" . Parélhéns a eles . ** U!Ja jnfo rmação inportante: no Arqu.!,

~
Sociais da Cot?anhia Siderúrgica Nacional, em VOlta Feébnda. vo !listórlco dõ Exercltõ, funcionando no prédio à:> antigo t.fulistério da Guerra, !U . , en
contra- s e a coleção "Ra:i'JÕcs de Cndete" que cobre toà:> o Brasil, conlcnà:> a ascendênciaõ
CJlaborou na i nprcnsa fluminense, deixando extensa produ:;:ão, ainda hoje dispersa à es~ de mili tares e/ou can<lldat.os a militar desde 1808. Vale a pena ver. ** Acham-se inscri-
r.1 dc urn levant.:l.'TCnto . - to~ para a Cadeira rn 10 à:> quadro de titulares os qcnealogistas Jo:-quim .1\nÚrante OSScn

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SELO

VIA AÉREA
PARAVION •...............•...•

Exmo. Sr.

Ministro Geraldo Montedonio Bezerra de Menezes
Rua Herotides de Oliveira, 13 - Icara{
,
24.230 NIWBROI - ~
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Remttente •• doa eylta lj .Ji.ta.C.a~Q···········-·····..······"'·····-·..················-·


E~dereço .••~.!..!?.~~...!:.~~.?:.~.!...àl.!....~.Ç!?.::~........_..................•

CEP ~ loll b15] Fortaleza-OE


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