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CONCEITO DE CUSTOS 5 ma do art. 5º, VIII, h, da Lei nº 9.610/98, a publica sob sua marca e detém os
CONTABILIDADE DE CUSTOS NA INDÚSTRIA 6 direitos de exploração comercial e todos os demais previstos em contrato. É
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 8 proibida a reprodução parcial ou integral sem autorização expressa e escrita.
REITOR
Claudino José Meneguzzi Júnior
PRÓ-REITORA ACADÊMICA
Débora Frizzo
PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO
Altair Ruzzarin
DIRETOR DE ENSINO A DISTÂNCIA (EAD)
Rafael Giovanella
Caros, alunos!
Esta disciplina está sendo abordada de novas maneiras, pois as empresas precisam repensar sua abordagem para
mudar frente à concorrência, bem como seus métodos de produção e serviço. No entanto, quando se trata de precifica-
ção, a empresa pode adotar uma perspectiva contábil que atenda aos requisitos legais e demonstre saúde financeira do
negócio ou investimento. Apesar da importância de respeitar os aspectos legais e a responsabilidade das empresas em
relação às suas obrigações, também é necessário atender às expectativas dos investidores que desistiram de outras so-
luções de investimento que correm riscos para a empresa, ou seja, exigem o pagamento de custos de oportunidade.
Os principais objetivos da disciplina são: qualificar os alunos para desempenhar atividades relacionadas à gestão
e tomada de decisões nas empresas e promover o desenvolvimento de competências que favoreçam a empregabilidade
Nesse contexto, as lições que integram a disciplina pretendem atender de forma abrangente o universo corpora-
tivo, entendendo que as atividades desempenhadas em cada ocupação perpassam os diferentes setores de uma orga-
nização em níveis de complexidade crescente, englobando uma abordagem introdutória a contabilidade de custos, os
diferentes tipos e sua importância para tomada de decisão nas organizações.
A disciplina pretende estar comprometida com uma introdução aos custos nas empresas, podendo ser utilizada
como um auxílio no tratamento de anomalias e redução de custos. Desta forma, a disciplina tende a contribuir por meio
da abordagem contábil, verificar aspectos objetivos da formação de preços por meio da Contabilidade de Custos. Essa
perspectiva permite observar o comportamento de custos que denota diversas estratégias de formação de preços. Den-
tre os métodos de custeio têm destaque o Custeio Integral (absorção), Marginal (variável) e por Atividade (ABC).
CONTABILIDADE DE CUSTOS 3
PRINCIPAIS
CONCEITOS DE
CUSTOS
A contabilidade de custos evoluiu ao longo do tempo, como resultado de
mudanças e tendências do mercado, fornecendo informações confiáveis
para a tomada de decisões de produção até o preço final do produto.
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SUMÁRIO
CONCEITO DE CUSTOS
já utilizaram métodos muito simples para controlar e avaliar seus bens. Atu-
para fornecer àqueles que precisam de estudos e análises econômicas, finan- Desta forma, as ciências contábeis são divididas em uma série
ceiras, físicas e de produtividade para seu negócio. Entende-se, desta forma, de especializações que estudam o patrimônio de um ângulo especí-
que a contabilidade é uma ciência social que estuda a riqueza individualizada fico. Sobre a origem da contabilidade de custos, antes da Revolução
de forma quantitativa e qualitativa. Industrial, os produtos eram fabricados por artesãos que geralmen-
Os objetivos da contabilidade incluem a geração de informações e a ex- atenção aos custos. A partir dessa necessidade, surgiu a precisão de
plicação dos fenômenos patrimoniais, permitindo controle, planejamento e um ramo específico para o controle de custos dentro das empresas.
A Contabilidade de custos é um elemento da ciência contábil dedicado ções financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e consu-
ao estudo racional das despesas realizadas para obter um bem, para venda ou mo de recursos da empresa. Ele fornece informações para contabili-
consumo, seja uma mercadoria ou prestação de serviço. dade gerencial e contabilidade financeira.
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SUMÁRIO
cante compra e processa os materiais, paga a mão de obra para produzi-los e usa uma in-
A contabilidade da época teve sua maior aplicação no setor comercial, sendo utilizada
finidade de outros custos (energia, água, etc.) para finalmente gerar um preço de venda. A
para calcular a receita do ano. No entanto, conforme o setor cresceu, os custos de estoque
seguir, observarermos como funcionará a contabilidade de custos na indústria.
devem ser calculados. Na Figura 1, será apresentado um esquema simples do cálculo de re-
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SUMÁRIO
No que diz respeito ao controle, sua tarefa mais importante é fornecer dados para a defi-
Figura 2 – Principais objetivos da contabilidade de custos
nição padrão, o orçamento e outras previsões e, no futuro imediato, monitorar o que realmen-
Com relação à decisão, seu papel é fornecer informações sobre os valores relevantes re-
uma variedade infinita no comportamento dos custos, tornando um sistema de custos es-
A contabilidade de custos tem como objetivo mais específicos:
sencial à sociedade.
É difícil tomar decisões confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória sem co-
b. atender aos requisitos físicos; h. controle operacional;
nhecer os custos mais reais possíveis. Nesse sentido, as informações sobre custos de produção
uma base básica para o processo de tomada de decisão e para o gerenciamento das organiza-
f. controle gerencial; l. tomada de decisão.
ções: comercial; planejamento e controle de atividades, atividades comerciais.
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SUMÁRIO
O Custo pode ser considerado como um gasto relacionado a um bem ou serviço usado na
• Operações de controle e outros recursos produtivos: estoques, conformidade com pa-
produção de outros bens ou serviços. Despesas significam as renúncias de um ativo da cor-
drões e orçamentos, comparação de resultados esperados e realizados.
poração (dinheiro ou promessa de entrega de bens e direitos) para obter um bem ou serviço
seja para uso, troca, transformação ou consumo. Esses gastos podem ser classificados da se-
• Tomada de decisão: o que envolve a produção (o que, como e quando fazê-lo); forma-
ções de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada. Fonte: Autor (2019).
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SUMÁRIO
Investimentos – são os gastos para obter ativos, direitos ou serviços A Figura 4 mostrará a diferença básica entre custo e despesa.
que serão ativados com base em sua vida útil ou benefícios atribuíveis a Figura 4 – Diferença entre custos e despesas
períodos futuros.
Custo - é o gasto incorrido por uma entidade para ter seu produto pron-
tricidade, aluguel, etc., representam custos porque estão “relacionados” ao Fonte: Autor (2019).
uma maneira economicamente viável ou mais econômica. Por exemplo, a matéria-prima, o trabalho dos
Perda - despesas não intencionais incorridas durante o processo de fa-
funcionários, a energia elétrica (quando existem condições objetivas para medir o consumo real, utilizado
bricação, transporte ou manuseio de produtos.
diretamente no produto).
• Devido a atividade produtiva da empresa: integra o custo do produto. Os principais custos diretos na fabricação de um produto consistem em materiais e mão de obra.
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SUMÁRIO
CUSTOS INDIRETOS
Os custos indiretos estão relacionados a um objeto de custo específico, mas não podem ser identi-
ficados com ele de uma maneira economicamente viável. Os custos indiretos são cobrados no objeto de
custo usando um método de alocação de custos chamado alocação. A atribuição deve ser feita de maneira
nal do produto.
couro, tecido, linha para costura, cola, sola, bem como materiais de embala-
critérios de distribuição.
Mão de obra direta: trabalho diretamente aplicado à fabricação de um
de serviços, bem como o preço da mão de obra poderão ser diretamente atribu-
Exemplo: graxas, lubrificantes, parafusos de baixo valor.
ídos ao produto.
Mão de obra indireta: representa o trabalho realizado no qual não pode ser diretamente relacio-
Exemplo: número de horas gastas na fabricação de 100 calçados: 30 horas.
nada ou quantificada a quantidade consumida para produzir um bem ou prestar um serviço.
Preço por hora: R$ 14,00 = Custo da mão de obra direta: R$ 420,00.
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SUMÁRIO
Exemplo: salário de um supervisor da indústria. Salário do enfermeiro chefe em uma Custos variáveis: os valores mudam de acordo com o volume de produção da empresa.
enfermaria de hospital. Salário de um gerente de verificação. Os custos variáveis aumentam à medida que o volume de produção aumenta. Outros exem-
Outros custos indiretos: aluguel, depreciação, seguro, taxas de limpeza, custos de equipamentos quando realizados por causa do número de horas trabalhadas ou máquina,
Custos fixos: são aqueles cujos valores são os mesmos, independentemente do vo-
lume de produção da empresa. É o caso, por exemplo, de aluguel de fábrica. Será cobrado o
mesmo valor, independentemente do nível de produção, mesmo que a fábrica não produza
nada. Os custos fixos estão diminuindo gradualmente em termos de unidade, à medida que o
Custos semivariáveis: variam de acordo com o nível de produção, mas possuem uma
parte fixa, mesmo que nada seja produzido. Exemplo: fatura de eletricidade da fábrica, na
qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto durante o período.
Outros exemplos: alugar uma copiadora na qual uma parte fixa é faturada, mesmo que ne-
nhuma cópia seja feita; gasto para aquecer uma caldeira, porque a caldeira não pode esfriar.
Custos semifixos: também chamados de custos escalonados, são custos definidos den-
tro de uma determinada faixa de produção, mas variam se esse intervalo for alterado. Consi-
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SUMÁRIO
tos indiretos.
c. os recursos materiais disponíveis da empresa ou parte que processará o sistema contábil;
• Custo primário = matéria-prima + mão de obra direta. d. necessidade de informações dos usuários, internas ou externas, principalmente no que se refere ao
nível de detalhamento e ao saldo das transações mais relevantes para a administração da empresa.
fabricação. Deve-se lembrar que o plano a ser elaborado deverá conter o mínimo de detalhes exigidos para
os fins da legislação do imposto de renda, para seus acionistas ou terceiros. Mas, acima de tudo, o
PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS INDUSTRIAIS plano de contas deverá atender às necessidades de informação da administração da empresa.
Plano de contas (ou lista de contas) é o conjunto de contas, previamente Existe uma codificação no elenco das contas. A codificação deve ser feita de acordo com a estru-
estabelecido, que orienta o trabalho contábil de registrar os fatos e atos ine- tura do plano de contas, o que possibilita a identificação do balanço patrimonial e da demonstração do
rentes à entidade, servindo de parâmetro para a preparação das demonstrações resultado sem deixar vestígios.
contas sempre deve levar em consideração a necessidade de atender os usuários A codificação deve levar em consideração o tamanho da empresa e o tipo de equipamento usado
das informações contábeis. para a contabilidade. Portanto, grandes empresas, geralmente, têm até 18 dígitos para cada conta. Para
pequenas empresas, quatro números são suficientes para fazer um bom plano. Ao codificar as contas,
O plano de contas deve ser elaborado por um profissional especializado a estrutura adotada deve deixar condições - espaço - para muitas adições, levando em consideração a
no campo da contabilidade, como parte de um estudo anterior, levando em possibilidade futura de inserção de novas contas.
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SUMÁRIO
De acordo com a Lei nº 6 404/76, alterada pela Lei nº 11 638/2007 e Medida Provisória
importante que apenas uma pessoa na empresa (contador ou controlador) possa abrir
novas contas no plano. Isso evita a inclusão duplicada de contas iguais em termos de
ser a seguinte:
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SUMÁRIO
1.2.2. Investimentos
2.3.5. Ações próprias
1.2.3. Ativo imobilizado
2.3.6. Perdas acumuladas
1.2.4. Imaterial
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SUMÁRIO
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, alterada pela Lei nº. 11.638 / 07, o lucro líquido do exercício deve ser inte-
gralmente alocado de acordo com os motivos estabelecidos no art. 193 a 197, da Lei das Companhias, que não eliminou a conta
de lucros acumulados ou a demonstração de seus movimentos, que devem ser apresentados na demonstração de mudan-
ças no patrimônio líquido. Essa conta, no entanto, é de natureza transitória e deve ser utilizada para a transferência do
lucro líquido do período, como contrapartida de reversões de reservas de lucros e alocação de lucros.
Ressaltamos que este documento não se destina a apresentar um modelo padrão de plano de contas, pois cada
empresa possui sua própria particularidade e, além disso, a lista de contas proposta pode ser modificada por razões
comerciais - indústria, comércio, agricultura e pecuária, construção, etc. No entanto, os atores sugeridos contribuem
para o desenvolvimento de um plano de contas consistente com cada tipo de empresa, desde que, naturalmente, sejam feitos
os ajustes necessários: a estruturação de determinados planos contábeis relacionados a determinadas atividades. Cabe ao pro-
fissional contábil proceder com precisão ou exclusão e codificação das contas, a fim de adaptá-lo às necessidades da empresa.
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SUMÁRIO
SÍNTESE
podemos verificar os conceitos básicos utilizados nos custos, bem como a diferença
das indústrias é bem mais complexa, pois envolve uma série de informações de agrega-
acordo com suas características. Observamos que é de extrema importância que o custo
consumo, para que não haja distorção na realização da análise de custos da organização.
contas que serve como uma base para a correta alocação dos custos envolvidos no pro-
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EXERCÍCIOS SUMÁRIO
1. O Custo pode ser considerado como um gasto relacionada a um bem ou serviço usado na pro-
dução de outros bens ou serviços. Despesas significa a renúncia de um ativo da corporação (di-
nheiro ou promessa de entrega de bens e direitos) para obter um bem ou serviço seja para uso,
a. Investimentos
b. custos
c. despesas
d. perdas
2. A classificação dos custos em relação ao produto pode ser feita entre custos diretos e indiretos.
a. Custos diretos
b. Custos indiretos
c. Despesas Indiretas
d. Despesas diretas
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EXERCÍCIOS SUMÁRIO
3. A classificação dos custos pode ser em relação ao III. Despesa - Despesas não intencionais incorridas duran-
a. Custos diretos
a. Apenas II
b. Custos indiretos
b. Apenas I e II
c. Custos fixos
c. Apenas I e III
d. Custos variáveis
d. Apenas a III
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