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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Rudiclér Silveira Belem


SUMÁRIO
Esta é uma obra coletiva organizada por iniciativa e direção do CENTRO SU-
PRINCIPAIS CONCEITOS DE CUSTOS 4 PERIOR DE TECNOLOGIA TECBRASIL LTDA – Faculdades Ftec que, na for-

CONCEITO DE CUSTOS 5 ma do art. 5º, VIII, h, da Lei nº 9.610/98, a publica sob sua marca e detém os

CONTABILIDADE DE CUSTOS NA INDÚSTRIA 6 direitos de exploração comercial e todos os demais previstos em contrato. É

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 8 proibida a reprodução parcial ou integral sem autorização expressa e escrita.

PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS INDUSTRIAIS 12


SÍNTESE16 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTEC
Rua Gustavo Ramos Sehbe n.º 107. Caxias do Sul/ RS

REITOR
Claudino José Meneguzzi Júnior
PRÓ-REITORA ACADÊMICA
Débora Frizzo
PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO
Altair Ruzzarin
DIRETOR DE ENSINO A DISTÂNCIA (EAD)
Rafael Giovanella

Desenvolvido pela equipe de Criações para o Ensino a Distância (CREAD)


Coordenadora e Designer Instrucional
Sabrina Maciel
Diagramação, Ilustração e Alteração de Imagem
Igor Zattera, Thaís Munhoz
Revisora
Luana dos Reis
APRESENTAÇÃO

Caros, alunos!

Sejam bem-vindos à disciplina de Contabilidade de custos.

Esta disciplina está sendo abordada de novas maneiras, pois as empresas precisam repensar sua abordagem para

mudar frente à concorrência, bem como seus métodos de produção e serviço. No entanto, quando se trata de precifica-

ção, a empresa pode adotar uma perspectiva contábil que atenda aos requisitos legais e demonstre saúde financeira do

negócio ou investimento. Apesar da importância de respeitar os aspectos legais e a responsabilidade das empresas em

relação às suas obrigações, também é necessário atender às expectativas dos investidores que desistiram de outras so-

luções de investimento que correm riscos para a empresa, ou seja, exigem o pagamento de custos de oportunidade.

Os principais objetivos da disciplina são: qualificar os alunos para desempenhar atividades relacionadas à gestão

e tomada de decisões nas empresas e promover o desenvolvimento de competências que favoreçam a empregabilidade

e a permanência no mundo do trabalho.

Nesse contexto, as lições que integram a disciplina pretendem atender de forma abrangente o universo corpora-

tivo, entendendo que as atividades desempenhadas em cada ocupação perpassam os diferentes setores de uma orga-

nização em níveis de complexidade crescente, englobando uma abordagem introdutória a contabilidade de custos, os
diferentes tipos e sua importância para tomada de decisão nas organizações.

A disciplina pretende estar comprometida com uma introdução aos custos nas empresas, podendo ser utilizada

como um auxílio no tratamento de anomalias e redução de custos. Desta forma, a disciplina tende a contribuir por meio

da abordagem contábil, verificar aspectos objetivos da formação de preços por meio da Contabilidade de Custos. Essa

perspectiva permite observar o comportamento de custos que denota diversas estratégias de formação de preços. Den-

tre os métodos de custeio têm destaque o Custeio Integral (absorção), Marginal (variável) e por Atividade (ABC).

CONTABILIDADE DE CUSTOS 3
PRINCIPAIS
CONCEITOS DE
CUSTOS
A contabilidade de custos evoluiu ao longo do tempo, como resultado de
mudanças e tendências do mercado, fornecendo informações confiáveis
para a tomada de decisões de produção até o preço final do produto.

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SUMÁRIO

CONCEITO DE CUSTOS

Desde os tempos antigos, a contabilidade ajudou as pessoas na sua or-

ganização e controle sobre seus ativos (valores/patrimônio/bens). Embora as

funções contábeis não tenham sido reconhecidas há muito tempo, as pessoas

já utilizaram métodos muito simples para controlar e avaliar seus bens. Atu-

almente, a contabilidade é uma função extremamente importante nas empre-

sas, independentemente do ramo de atividade das empresas.

Assim, a contabilidade é um sistema de informação e avaliação projetado

para fornecer àqueles que precisam de estudos e análises econômicas, finan- Desta forma, as ciências contábeis são divididas em uma série

ceiras, físicas e de produtividade para seu negócio. Entende-se, desta forma, de especializações que estudam o patrimônio de um ângulo especí-

que a contabilidade é uma ciência social que estuda a riqueza individualizada fico. Sobre a origem da contabilidade de custos, antes da Revolução

de forma quantitativa e qualitativa. Industrial, os produtos eram fabricados por artesãos que geralmen-

te não eram pessoas que possuíam controles e nem davam muita

Os objetivos da contabilidade incluem a geração de informações e a ex- atenção aos custos. A partir dessa necessidade, surgiu a precisão de

plicação dos fenômenos patrimoniais, permitindo controle, planejamento e um ramo específico para o controle de custos dentro das empresas.

tomada de decisões no passado, presente e futuro.

Assim, a contabilidade de custos mede e comunica informa-

A Contabilidade de custos é um elemento da ciência contábil dedicado ções financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e consu-

ao estudo racional das despesas realizadas para obter um bem, para venda ou mo de recursos da empresa. Ele fornece informações para contabili-

consumo, seja uma mercadoria ou prestação de serviço. dade gerencial e contabilidade financeira.

CONTABILIDADE DE CUSTOS 5
SUMÁRIO

A contabilidade de custos passou por um desenvolvimento acentuado desde a Revo-


CMV = EI + Compras - EF
lução Industrial. Os procedimentos para determinar os resultados das empresas comerciais

foram adaptados às empresas industriais.


No setor industrial, o mesmo sistema de custeio não pôde ser usado porque o fabri-

cante compra e processa os materiais, paga a mão de obra para produzi-los e usa uma in-
A contabilidade da época teve sua maior aplicação no setor comercial, sendo utilizada
finidade de outros custos (energia, água, etc.) para finalmente gerar um preço de venda. A
para calcular a receita do ano. No entanto, conforme o setor cresceu, os custos de estoque
seguir, observarermos como funcionará a contabilidade de custos na indústria.
devem ser calculados. Na Figura 1, será apresentado um esquema simples do cálculo de re-

sultado, a partir das vendas.

Figura 1 – Estrutura simples do resultado de um produto

CONTABILIDADE DE CUSTOS NA INDÚSTRIA

Fonte: Autor (2019).


Como vimos, vários insumos são consumidos para o desenvolvimento de um novo
Na atividade comercial, o custo dos produtos vendidos era mais fácil de identificar
produto, o cálculo do custo para implementar não é tão simples quanto a geração de in-
porque sua composição se baseava no valor pago pelos produtos, mais impostos não dedu-
formações na atividade comercial. Essa dificuldade levou a contabilidade de custos, ini-
tíveis, frete e seguro.
cialmente, para medir os estoques produzidos, fornecendo dados de custos correspon-

dentes às demonstrações financeiras, determinando a demonstração de resultados com


No caso de alteração de estoque, será aplicada a fórmula que envolve estoque inicial,
três objetivos principais, mostrados na Figura 2.
compra e estoque final a aplicar ao CMV.

CONTABILIDADE DE CUSTOS 6
SUMÁRIO

No que diz respeito ao controle, sua tarefa mais importante é fornecer dados para a defi-
Figura 2 – Principais objetivos da contabilidade de custos
nição padrão, o orçamento e outras previsões e, no futuro imediato, monitorar o que realmen-

te aconteceu em comparação com os valores definidos anteriormente.

Com relação à decisão, seu papel é fornecer informações sobre os valores relevantes re-

lacionados às consequências de curto e longo prazo do corte do produto, definição do preço de

Fonte: Autor (2019). venda, opção de compra ou fabricação.

Desde a Revolução Industrial, a contabilidade de custos evoluiu para gerar


Em resumo, nos últimos anos, a contabilidade de custos mudou da assistência sim-
informações não apenas para controle, mas também para planejamento e tomada
ples à avaliação de estoques e benefícios gerais para uma arma de controle e uma base para
de decisão.
as decisões da administração. As possibilidades de usar os fatores de produção determinam

uma variedade infinita no comportamento dos custos, tornando um sistema de custos es-
A contabilidade de custos tem como objetivo mais específicos:
sencial à sociedade.

a. avaliação de estoque; g. avaliação de desempenho;

É difícil tomar decisões confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória sem co-
b. atender aos requisitos físicos; h. controle operacional;
nhecer os custos mais reais possíveis. Nesse sentido, as informações sobre custos de produção

e / ou marketing, na medida em que sejam adequadamente organizadas, resumidas e relata-


c. determinação do resultado; i. análise de alternativas;
das, são uma ferramenta administrativa extremamente relevante.
d. planejamento; j. estabelecimento de parâmetros;

As informações de custo tornam-se um verdadeiro sistema de informações gerenciais,


e. formação do preço de venda; k. obter dados para orçamentos;
com grande importância para o gerenciamento das organizações empresariais, pois fornecem

uma base básica para o processo de tomada de decisão e para o gerenciamento das organiza-
f. controle gerencial; l. tomada de decisão.
ções: comercial; planejamento e controle de atividades, atividades comerciais.

CONTABILIDADE DE CUSTOS 7
SUMÁRIO

• Determinação de lucro: uso de dados de registros contábeis convencionais e tratamento

de maneira diferente, tornando-os mais úteis para a administração.

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

O Custo pode ser considerado como um gasto relacionado a um bem ou serviço usado na
• Operações de controle e outros recursos produtivos: estoques, conformidade com pa-
produção de outros bens ou serviços. Despesas significam as renúncias de um ativo da cor-
drões e orçamentos, comparação de resultados esperados e realizados.
poração (dinheiro ou promessa de entrega de bens e direitos) para obter um bem ou serviço

seja para uso, troca, transformação ou consumo. Esses gastos podem ser classificados da se-

guinte forma, conforme Figura 3.

Figura 3 – Classificação dos gastos

• Tomada de decisão: o que envolve a produção (o que, como e quando fazê-lo); forma-

ções de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada. Fonte: Autor (2019).

CONTABILIDADE DE CUSTOS 8
SUMÁRIO

Investimentos – são os gastos para obter ativos, direitos ou serviços A Figura 4 mostrará a diferença básica entre custo e despesa.

que serão ativados com base em sua vida útil ou benefícios atribuíveis a Figura 4 – Diferença entre custos e despesas

períodos futuros.

Custo - é o gasto incorrido por uma entidade para ter seu produto pron-

to para comercialização, para ser fabricado ou simplesmente para revender

ou para atender o serviço terceirizado. São todos os gastos incorridos pela

empresa que estão diretamente relacionados ao processo de industrializa-

ção, marketing ou prestação de serviços. Em uma indústria, o preço pago

ou a pagar pelas matérias-primas, salários dos funcionários da fábrica, ele-

tricidade, aluguel, etc., representam custos porque estão “relacionados” ao Fonte: Autor (2019).

processo de produção de outros bens e serviços.


CLASSIFICAÇÃO DO CUSTO EM RELAÇÃO AO PRODUTO

Despesas - despesas incorridas para obter bens ou serviços utilizados


A classificação dos custos em relação ao produto pode ser feita entre custos diretos e indiretos. Cus-
nas áreas administrativa, comercial ou financeira, a fim de obter receita.
tos diretos são gastos relacionados a um objeto de custo específico que podem ser identificados com ele de

uma maneira economicamente viável ou mais econômica. Por exemplo, a matéria-prima, o trabalho dos
Perda - despesas não intencionais incorridas durante o processo de fa-
funcionários, a energia elétrica (quando existem condições objetivas para medir o consumo real, utilizado
bricação, transporte ou manuseio de produtos.
diretamente no produto).

• Devido a fatores externos / aleatórios: as despesas são levadas em


CUSTOS DIRETOS
consideração e passam para a demonstração do resultado.

• Devido a atividade produtiva da empresa: integra o custo do produto. Os principais custos diretos na fabricação de um produto consistem em materiais e mão de obra.

CONTABILIDADE DE CUSTOS 9
SUMÁRIO

CUSTOS INDIRETOS

Os custos indiretos estão relacionados a um objeto de custo específico, mas não podem ser identi-

ficados com ele de uma maneira economicamente viável. Os custos indiretos são cobrados no objeto de

custo usando um método de alocação de custos chamado alocação. A atribuição deve ser feita de maneira

estimada e geralmente arbitrária. Exemplo: aluguel de fábrica, depreciação, manutenção e seguro.


Materiais: matérias-primas, materiais de embalagem, componentes e

outros materiais necessários para a produção, acabamento e apresentação fi-

nal do produto.

Exemplo: na fabricação de um calçado, todos os materiais utilizados como

couro, tecido, linha para costura, cola, sola, bem como materiais de embala-

gem, papel e a caixa do sapato serão considerados custos de materiais diretos


Quando não é possível identificar onde e quanto foi gasto para preparar um bem ou serviço, te-
no processo de fabricação.
mos a figura de custo indireto, apropriado para um produto ou serviço prestado que requer certos

critérios de distribuição.
Mão de obra direta: trabalho diretamente aplicado à fabricação de um

produto ou à prestação de um serviço. Neste gasto, será necessário saber quan-


Materiais indiretos: materiais utilizados nas atividades auxiliares de produção.
to tempo cada funcionário trabalhou na fabricação do produto ou na prestação

de serviços, bem como o preço da mão de obra poderão ser diretamente atribu-
Exemplo: graxas, lubrificantes, parafusos de baixo valor.
ídos ao produto.

Mão de obra indireta: representa o trabalho realizado no qual não pode ser diretamente relacio-
Exemplo: número de horas gastas na fabricação de 100 calçados: 30 horas.
nada ou quantificada a quantidade consumida para produzir um bem ou prestar um serviço.
Preço por hora: R$ 14,00 = Custo da mão de obra direta: R$ 420,00.

CONTABILIDADE DE CUSTOS 10
SUMÁRIO

Exemplo: salário de um supervisor da indústria. Salário do enfermeiro chefe em uma Custos variáveis: os valores mudam de acordo com o volume de produção da empresa.

enfermaria de hospital. Salário de um gerente de verificação. Os custos variáveis aumentam à medida que o volume de produção aumenta. Outros exem-

plos de matérias-primas consumidas, materiais consumidos indiretamente, depreciação de

Outros custos indiretos: aluguel, depreciação, seguro, taxas de limpeza, custos de equipamentos quando realizados por causa do número de horas trabalhadas ou máquina,

eletricidade, água, etc. gastos com horas extras de produção.

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM RELAÇÃO AO VOLUME DE PRODUÇÃO

Custos fixos: são aqueles cujos valores são os mesmos, independentemente do vo-

lume de produção da empresa. É o caso, por exemplo, de aluguel de fábrica. Será cobrado o

mesmo valor, independentemente do nível de produção, mesmo que a fábrica não produza

nada. Os custos fixos estão diminuindo gradualmente em termos de unidade, à medida que o

fator de custo aumenta. Exemplos: imposto predial, amortização de equipamentos (usando

o método linear), salários de custodiantes e proprietários de fábricas, prêmios de seguros.

Custos semivariáveis: variam de acordo com o nível de produção, mas possuem uma

parte fixa, mesmo que nada seja produzido. Exemplo: fatura de eletricidade da fábrica, na

qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto durante o período.

Outros exemplos: alugar uma copiadora na qual uma parte fixa é faturada, mesmo que ne-

nhuma cópia seja feita; gasto para aquecer uma caldeira, porque a caldeira não pode esfriar.

Custos semifixos: também chamados de custos escalonados, são custos definidos den-

tro de uma determinada faixa de produção, mas variam se esse intervalo for alterado. Consi-

dere, por exemplo, a necessidade de supervisores de produção de uma empresa.

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SUMÁRIO

Outras classificações de custo a. um conhecimento adequado do tipo de negócio da empresa;

b. tamanho do negócio, volume e tipo de transações;


• Custo de produção = custo de matérias-primas + mão de obra direta + cus-

tos indiretos.
c. os recursos materiais disponíveis da empresa ou parte que processará o sistema contábil;

• Custo primário = matéria-prima + mão de obra direta. d. necessidade de informações dos usuários, internas ou externas, principalmente no que se refere ao

nível de detalhamento e ao saldo das transações mais relevantes para a administração da empresa.

• Custo de conversão ou conversão = mão de obra direta + custos indiretos de

fabricação. Deve-se lembrar que o plano a ser elaborado deverá conter o mínimo de detalhes exigidos para

os fins da legislação do imposto de renda, para seus acionistas ou terceiros. Mas, acima de tudo, o

PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS INDUSTRIAIS plano de contas deverá atender às necessidades de informação da administração da empresa.

Plano de contas (ou lista de contas) é o conjunto de contas, previamente Existe uma codificação no elenco das contas. A codificação deve ser feita de acordo com a estru-

estabelecido, que orienta o trabalho contábil de registrar os fatos e atos ine- tura do plano de contas, o que possibilita a identificação do balanço patrimonial e da demonstração do

rentes à entidade, servindo de parâmetro para a preparação das demonstrações resultado sem deixar vestígios.

financeiras. Fundamentalmente, o estabelecimento adequado de um plano de

contas sempre deve levar em consideração a necessidade de atender os usuários A codificação deve levar em consideração o tamanho da empresa e o tipo de equipamento usado

das informações contábeis. para a contabilidade. Portanto, grandes empresas, geralmente, têm até 18 dígitos para cada conta. Para

pequenas empresas, quatro números são suficientes para fazer um bom plano. Ao codificar as contas,

O plano de contas deve ser elaborado por um profissional especializado a estrutura adotada deve deixar condições - espaço - para muitas adições, levando em consideração a

no campo da contabilidade, como parte de um estudo anterior, levando em possibilidade futura de inserção de novas contas.

consideração os seguintes aspectos:

CONTABILIDADE DE CUSTOS 12
SUMÁRIO

Figura 5 – Modelo de codificação de plano de contas

De acordo com a Lei nº 6 404/76, alterada pela Lei nº 11 638/2007 e Medida Provisória

nº 449/2008, as contas serão classificadas de acordo com os ativos registrados e agrupados,

facilitando seu conhecimento e análise: a situação financeira da empresa.

Fonte: Autor (2019).

A codificação de contas, além de acelerar naturalmente o trabalho de classificação

de documentos, é um elemento indispensável do efeito do processamento de dados. É

importante que apenas uma pessoa na empresa (contador ou controlador) possa abrir

novas contas no plano. Isso evita a inclusão duplicada de contas iguais em termos de

conteúdo, mas com nomes e códigos diferentes.

A estrutura básica do balanço patrimonial e da demonstração do resultado deve

ser a seguinte:

CONTABILIDADE DE CUSTOS 13
SUMÁRIO

No ativo, as contas serão classificadas em ordem 2.3. Patrimônio

decrescente do grau de liquidez dos itens registrados ne-


2.3.1. Capital do social
les, nos seguintes grupos:

2.3.2. Reserva de capital


1.1. Ativo circulante

1.2. Ativo não circulante 2.3.3. Ajustes de avaliação patrimonial

1.2.1. Viável a longo prazo


2.3.4. Reservas de lucros

1.2.2. Investimentos
2.3.5. Ações próprias
1.2.3. Ativo imobilizado
2.3.6. Perdas acumuladas
1.2.4. Imaterial

No passivo e no patrimônio, as contas serão clas-

sificadas em ordem decrescente de responsabilidade,


apresentando o seguinte grupo:

2.1. Passivos de curto prazo

2.2. Passivo não circulante

Nota: conforme alterado pela Lei nº 11.638 / 2007 e

MP 449/2008, os grupos “Passivo de longo prazo e re-

sultados futuros” desaparecem à medida que foram in-

corporados como subgrupos no passivo não circulante.

CONTABILIDADE DE CUSTOS 14
SUMÁRIO

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, alterada pela Lei nº. 11.638 / 07, o lucro líquido do exercício deve ser inte-

gralmente alocado de acordo com os motivos estabelecidos no art. 193 a 197, da Lei das Companhias, que não eliminou a conta

de lucros acumulados ou a demonstração de seus movimentos, que devem ser apresentados na demonstração de mudan-

ças no patrimônio líquido. Essa conta, no entanto, é de natureza transitória e deve ser utilizada para a transferência do

lucro líquido do período, como contrapartida de reversões de reservas de lucros e alocação de lucros.

Ressaltamos que este documento não se destina a apresentar um modelo padrão de plano de contas, pois cada

empresa possui sua própria particularidade e, além disso, a lista de contas proposta pode ser modificada por razões

comerciais - indústria, comércio, agricultura e pecuária, construção, etc. No entanto, os atores sugeridos contribuem

para o desenvolvimento de um plano de contas consistente com cada tipo de empresa, desde que, naturalmente, sejam feitos

os ajustes necessários: a estruturação de determinados planos contábeis relacionados a determinadas atividades. Cabe ao pro-

fissional contábil proceder com precisão ou exclusão e codificação das contas, a fim de adaptá-lo às necessidades da empresa.

CONTABILIDADE DE CUSTOS 15
SUMÁRIO

SÍNTESE

Nesta unidade, realizamos uma introdução à contabilidade de custos, com uma

introdução situando esse assunto dentro da contabilidade e verificando a importân-

cia da contabilidade de custos no desempenho financeiro das empresas. Além disso,

podemos verificar os conceitos básicos utilizados nos custos, bem como a diferença

entre estes termos.

Verificamos que, diferente do comércio, a realização do cálculo de custos dentro

das indústrias é bem mais complexa, pois envolve uma série de informações de agrega-

ção de valor na composição dos produtos, principalmente o que envolve a utilização de

matéria-prima e mão de obra.

Podemos, desta forma, realizar uma revisão de como é o mecanismo da classifi-

cação dos custos no processo de fabricação de um produto, diferenciando os custos de

acordo com suas características. Observamos que é de extrema importância que o custo

de um determinado produto esteja corretamente com seus elementos cadastrados de

consumo, para que não haja distorção na realização da análise de custos da organização.

Por fim, podemos observar, no final desta unidade, a composição de um plano de

contas que serve como uma base para a correta alocação dos custos envolvidos no pro-

cesso de produção de um item e a correta valorização destes custos como informação

para uma correta tomada de decisão.

CONTABILIDADE DE CUSTOS 16
EXERCÍCIOS SUMÁRIO

1. O Custo pode ser considerado como um gasto relacionada a um bem ou serviço usado na pro-

dução de outros bens ou serviços. Despesas significa a renúncia de um ativo da corporação (di-

nheiro ou promessa de entrega de bens e direitos) para obter um bem ou serviço seja para uso,

troca, transformação ou consumo.

Gastos não intencionais incorridos durante o processo de fabricação, transporte ou manuseio

de produtos são chamadas de:

a. Investimentos

b. custos

c. despesas

d. perdas

e. nenhuma das alternativas

2. A classificação dos custos em relação ao produto pode ser feita entre custos diretos e indiretos.

Matérias-primas, materiais de embalagem, componentes de um produto são considerados:

a. Custos diretos

b. Custos indiretos

c. Despesas Indiretas

d. Despesas diretas

e. Nenhuma das alternativas

CONTABILIDADE DE CUSTOS 17
EXERCÍCIOS SUMÁRIO

3. A classificação dos custos pode ser em relação ao III. Despesa - Despesas não intencionais incorridas duran-

volume de produção, classificados, normalmente, te o processo de fabricação, transporte ou manuseio de

em fixos e variáveis. Desta forma, matérias-primas produtos.

consumidas são consideradas:


Estão CORRETAS as afirmações:

a. Custos diretos
a. Apenas II

b. Custos indiretos
b. Apenas I e II

c. Custos fixos
c. Apenas I e III

d. Custos variáveis
d. Apenas a III

e. Nenhuma das alternativas


e. nenhuma das alternativas

4. Os gastos podem ser classificados em investimen-


5. Quando não é possível identificar onde e quanto foi gasto
to, custo, despesas e perdas. Analise as afirmações
para preparar um bem ou serviço, temos a figura de Custo
abaixo:
indireto. Quando falamos em graxas, lubrificantes, para-
I. Investimentos – são os gastos para obter ativos, di- fusos de baixo valor, estes podem ser considerados como:
reitos ou serviços que serão ativados com base em sua
a. materiais diretos
vida útil ou benefícios atribuíveis a períodos futuros
b. materiais indiretos
II. Custo - é o gasto incorrido por uma entidade para
c. custos fixos
5. b
ter seu produto pronto para comercialização, para 4. b

ser fabricado ou simplesmente para revender ou d. despesas variáveis


3. a
2. a
para atender o serviço terceirizado.
e. nenhuma das alternativas 1. d
Gabarito:

CONTABILIDADE DE CUSTOS 18

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