Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Após a guerra, o trabalho pioneiro de pesquisadores como Paul Otlet, Vannevar Bush
e Claude Shannon levou à criação do campo da Ciência da Informação. Otlet e Bush
eram visionários que previam um mundo em que a informação seria facilmente acessível
a todos. Otlet fundou a Mundaneum em 1910, que se tornou uma das primeiras
bibliotecas mundiais, enquanto Bush escreveu um artigo em 1945 intitulado "As we may
think", que previa o surgimento de um sistema de recuperação de informações baseado
em tecnologia.
Na fase baseada em linguagem natural, que teve início na década de 1960, foram
desenvolvidos sistemas de recuperação de informações capazes de entender as
consultas feitas em linguagem natural. Nessa fase, a busca por informações tornou-se
mais rápida e eficiente, uma vez que o usuário não precisava mais conhecer a estrutura
dos índices e catálogos para fazer uma busca.
Na fase baseada em sistemas especialistas, que teve início na década de 1980, foram
desenvolvidos sistemas de recuperação de informações mais sofisticados, capazes de
utilizar técnicas de inteligência artificial para compreender as consultas dos usuários e
identificar as informações relevantes em um conjunto de dados. Essa fase também foi
marcada pelo desenvolvimento de sistemas de recuperação de informações baseados
em ontologias, que ajudam a organizar e categorizar as informações.
Nos anos 1980 e 1990, a ciência da informação passou a ser vista como uma área
mais ampla, que incluía não apenas a organização e gestão da informação, mas
também o estudo dos processos de produção, disseminação e uso da informação.
Nessa época, surgiram novas abordagens interdisciplinares, como a perspectiva da
ciência cognitiva, que busca entender como as pessoas processam e utilizam a
informação.
Inicialmente, a Ciência da Informação era vista como uma disciplina voltada para o
estudo dos sistemas de informação, incluindo as bibliotecas e os arquivos. A orientação
era mais técnica, com foco na organização, classificação e recuperação da informação.
No entanto, a partir da década de 1970, houve uma mudança significativa na
abordagem da Ciência da Informação. Surgiram novas perspectivas, como a
abordagem cognitiva, que considera a forma como as pessoas buscam e usam a
informação, e a abordagem social, que enfatiza o papel dos contextos sociais e culturais
na produção e uso da informação.
Nos anos 1990, a orientação por problemas começou a ganhar destaque na Ciência
da Informação. Essa abordagem enfatiza a importância de identificar e solucionar
problemas concretos relacionados ao uso da informação. A ideia é que a pesquisa em
Ciência da Informação deve estar diretamente ligada às necessidades e demandas dos
usuários da informação, em vez de se concentrar apenas em questões teóricas.
Hoje em dia, a orientação por problemas é uma das principais tendências na Ciência
da Informação. A pesquisa em Ciência da Informação está cada vez mais voltada para
a solução de problemas concretos, em áreas como a gestão da informação, a
recuperação da informação e a organização da informação. A abordagem também se
aplica ao desenvolvimento de novas tecnologias de informação, como sistemas de
inteligência artificial e big data.
Biblioteconomia
Por exemplo, a ciência cognitiva pode ser usada para estudar como os usuários
procuram informações em um sistema de recuperação de informações, como eles
fazem julgamentos sobre a relevância da informação, e como eles usam a informação
para tomar decisões. Também pode ser usada para entender como as pessoas lidam
com a sobrecarga de informações e como elas fazem escolhas entre diferentes fontes
de informação.
A ciência cognitiva pode ser uma ferramenta valiosa para a ciência da informação,
ajudando os pesquisadores a entender melhor como as pessoas interagem com a
informação e a projetar sistemas de informação mais eficazes e intuitivos para os
usuários.
Comunicação