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UNIDADE 1 - SERVIÇO DE REFERÊNCIA: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 ASPECTOS PRIMORDIAIS DOS SERVIÇOS INFORMACIONAIS

A revolução industrial nos séculos XVIII e XIX, criou no mercado econômico a lei
da oferta e demanda, sofrendo alteração no mundo globalizado com o alto nível
de competição empresarial do século XXI. De acordo com Silva (2006, p. 61),
“é coerente afirmar que um terceiro fator influencia o equilíbrio do mercado
contemporâneo: a informação”. A informação influencia direto nas mudanças
econômicas criando oportunidades para a oferta de novos meios de
desenvolvimento social alinhados as mudanças sociais que são dinâmicas
(SILVEIRA; KARPINSKI; VARVAKIS, 2020, p.2).

A história dos serviços informacionais tem conexão e está interlaçada com a


história das bibliotecas. Com o passar dos tempos, as bibliotecas passaram
por grandes transformações sociais. Sofrendo ao decorrer dos séculos, a
evolução dos estágios na forma de oferta da informação e de seus serviços
prestados ao longo de histórias mundiais a humanidade. Alguns estudos trazem
retratam historicamente a evolução da oferta dos serviços informacionais através
da perspectiva social.

No quadro 1, pode-se conhecer como Martins (2001) apresenta de forma


delimitada as maiores fases da evolução das bibliotecas em seu contexto
referente aos serviços informacionais.

Quadro 1 – Evolução das bibliotecas

Período Suporte Informacional Objetivo informacional


Pré-história Tabletes argila Memória
Idade média Papiro e Pergaminho Preservação e conservação
Idade moderna Papel Laicização, democratização e
especialização
Contemporaneidade Papel e Internet Socialização

Fonte: Martins (2001) apud Silveira; Karpinski; Varvakis, 2020, p.4

Ainda segundo Martins (2001) a evolução dos serviços de informação em


bibliotecas foi marcada pela indústria editorial, durante a idade moderna onde
foram surgindo transformações e delimitações, deliberadas pela composição de
quatro estágios que surgiram na evolução das bibliotecas: laicização,
democratização, especialização e socialização (MARTINS, 2001).
A laicização diz respeito ao primeiro momento em que as
bibliotecas deixaram de ser gerenciadas pela igreja e passaram
a ser dominadas pelo poder burguês. A democratização
compreende o período permeado pela Revolução Francesa,
motivadas por um sistema social democrático. A especialização
decorre da necessidade de oferecer informação a públicos
leitores com necessidades diferenciadas. A socialização é um
estágio de maior abrangência em que as bibliotecas não
somente abrem as portas, mas saem à procura de leitores com
vistas à integração e à satisfação das necessidades
informacionais. Dessa forma, a biblioteca assume a postura de
um organismo carregado, dinâmico, multiforme da coletividade
(MARTINS, 2001, p. 142).

Observa-se que em cada estágio que perpassou historicamente a informação foi


mutável e se ajustando de acordo com as necessidades específica de cada
época e cada perfil social. As bibliotecas não estão estagnadas ao tempo pois
servem a indivíduos que vivem em constante transformações. “No século XXI as
organizações convivem com novas dinâmicas organizacionais, mudanças
frequentes em níveis macro, ambientes turbulentos, tecnologias disruptivas,
entre outros fatores, o que demandam novas posturas” (SILVEIRA;
KARPINSKI; VARVAKIS, 2020, p.5).

Neste contexto, as bibliotecas acompanham as transformações sociais e


tecnológicas ao longo do tempo. Segundo Rozados (2006, p. 53), “entre as duas
grandes guerras, os progressos verificados tanto nas pesquisas quanto nos
serviços de informação foram lentos, mas constantes”. Como ilustra no Quadro
2.

Quadro 2 – Comparativo dos serviços informacionais no período guerra e pós-guerra


Primeira Guerra Mundial Pós Guerra
Aumento crescente da investigação Incremento nos serviços de informação.
científica.
Fundação de departamentos, de Movimentação da ciência a serviço da
sociedades e de associações de tecnologia.
pesquisa.
Crescimento das bibliotecas Computadores, informática e
especializadas. telecomunicações, utilizados inicialmente
a serviço do governo com propósitos de
espionagem, defesa e preparo para a
guerra, foram sendo incorporados às
universidades, à indústria, à pesquisa.
Informações aos pesquisadores, sem Aparecimento e a difusão, ao final do
esperar que elas fossem solicitadas. século XX, de redes de informação e
comunicação, internet.
Fonte: Rozados (2006, p.53) apud Silveira; Karpinski; Varvakis, 2020, p.6

Com o surgimento da informática e a convergência das novas tecnologias de


comunicação e da computação, a internet passa a representar uma mudança
nas novas formas de acesso à informação se tornando uma revolução não só no
meio industrial mais também da comunicação e principalmente o meio
educacional.

Para Castells (2003), a Internet tem a capacidade de distribuir a força da


informação por todo o domínio de nossa atividade humana, passando a ser a
base tecnológica para a forma organizacional da Era da Informação: a rede.

A tecnologia vem proporcionando profundas transformações nos


procedimentos de produção, transmissão e uso da informação. No
atual momento, encontra-se em andamento uma revolução quanto aos
princípios que orientam as organizações sociais, sendo que, no
processo evolucionário, a informação e o conhecimento transformam-
se em chaves do novo paradigma (ROSETTO, 1997, p.1).

Um meio de comunicação que permite, pela primeira vez, a comunicação de


muitos com muitos, num momento escolhido, em escala global. E enfatiza que o
uso da internet como sistema de comunicação e forma de organização explodiu
nos últimos anos do segundo milênio e no final de 1995, o primeiro uso
disseminado da World Wide Web.

Segundo Tomaél et al. (2001), a rapidez de distribuição via internet é fator


determinante para o crescimento exponencial da informação na rede. Rapidez
relacionamento à somatória de elementos – interatividade, tecnologia do
hipertexto, multimídia, digitalização, computação e informação distribuídas,
compartilhamento, cooperação e sistemas abertos que caracterizam a Internet
como um sistema até então único de geração, armazenamento e disseminação.

A Internet nos disponibiliza uma diversidade de tipologias de fontes de


informações, fontes estas que possuem vários aspectos que têm o propósito de
facilitar o acesso do pesquisador.

Para os autores Legget; Nurnberg; Schneider (1996, p. p5) apud Rodrigues;


Crespo (2006, p. 5), a publicação eletrônica tem características que “não são
compartilhadas com os documentos em papel.” Os documentos eletrônicos são
disseminados com mais facilidade, podem sofrer, facilmente modificações e
múltiplas versões podem ser armazenadas e referenciadas (RODRIGUES, 1999
apud RODRIGUES; CRESPO, 2006).

O acesso a fontes de informação on-line vem se ampliando devido ao constante


surgimento e uso das novas mídias tecnológicas e comunicacionais surgindo
assim um novo meio de produção do conhecimento e formas de comunicação.
Sendo também uma das razões nas mudanças do acesso a informação no
ambiente educacional fazendo com que o profissional bibliotecário seja um
mediador entre o uso das fontes on-line com seu usuário.

[ ...] é a adequação das bibliotecas e bibliotecários às novas exigências


do meio acadêmico, em decorrência do uso das tecnologias. A partir
desta evolução, as bibliotecas universitárias necessitam adaptar seus
recursos serviços a esta situação, na intenção de dar suporte às
atividades de ensino, pesquisa e extensão (RODRIGUES; CRESPO,
2006, p. 5).

Devido a esta diversidade de tipologias nesta pesquisa iremos nos aprofundar


nas informações eletrônicas como fonte de pesquisa no meio acadêmico:
periódicos científicos eletrônicos, bases de dados, ferramentas de busca na
Internet, bibliotecas digitais, bibliotecas e tese e dissertações, publicações de
acesso livre, E-books.

Temos que ter muito cuidado quanto escolhemos a Internet como fonte de
pesquisa, em relação à avaliação de qualidade e confiabilidade da mesma, para
que as pesquisas tenham relevância e credibilidade na apresentação de
trabalhos de pesquisa.

[...] a qualidade da informação é um dos mais importantes aspectos a


serem considerados, devido ao volume exponencialmente crescente
de informações veiculadas na Internet [...] como determinar a qualidade
dessa informação descentralizada e fluente? [...] especialistas em
informação têm apresentado, de forma independente, critérios ou filtros
de qualidade para avaliação das páginas da Web (LOPES, 2004, p.
82).

Neste cenário que apresenta um leque de fontes disponíveis na Web, em um


ambiente acadêmico é o bibliotecário de referência quem pode auxiliar,
desenvolvendo e aplicando habilidades em relação ao ensino\aprendizagem.
Sabendo diferenciar os tipos de fontes (primárias, secundárias e terciárias),
localização de recursos, decodificação da informação, localização e a seleção
das fontes confiáveis, um exemplo de colocar o seu papel em prática como
disseminador da informação é realizando projetos de ensino ao usuário
pesquisador. Se adequado ao novo cenário adotando uma postura proativa em
um ambiente acadêmico usando e tendo domínio das novas ferramentas
tecnológicas e seus recursos.

Para Rodrigues; Crespo (2006) espera-se do profissional da informação, uma


postura efetiva frente aos recursos decorrentes do acesso livre à publicação
científica. A disseminação da informação científica está sendo democratizada,
quebrando barreira de acesso e alterando o modelo tradicional de publicação,
que exigia, anteriormente, trâmites burocráticos, desde a sua publicação, até o
usuário final.

Segundo Carvalho; Kaniski (2000) apud Ferreira; Borges; Jambeiro (2005), a


biblioteca atingiu o limite do desenvolvimento, o que ocasionou a saturação de
algum de seus produtos e serviços, o que a fez buscar o necessário ajustamento
no processo de virtualização do texto: o hipertexto, a multimídia e a hipermídia.
Ela iniciou, então, um processo de abandono progressivo do paradigma do
acervo e passou a assumir o paradigma de acesso à informação.

E o bibliotecário de referência frente a estas novas tecnologias, em especial a


internet as bibliotecas digitais e virtuais surgindo como uma das grandes fontes
de pesquisas ganha o importante papel de orientar e treinar os usuários em
recursos bibliográficos possibilitando ao pesquisar uma auto - independência na
hora de escolher seus instrumentos de pesquisa, e segundo Figueiredo, (1996,
p. 43) apud Rodrigues; Crespo (2006, p. 4) é necessário um treinamento
contínuo, à medida que as novas bases de dados são incorporadas. Não
podendo esquecer que é importante também que o profissional bibliotecário
tenha um processo contínuo de aprendizagem e conhecimento para sempre está
atualizado diante a seu usuário.

E de acordo com Pasquarelli (1996) apud Ferreira; Borges; Jambeiro (2005), as


atividades desenvolvidas pelo bibliotecário sofrem alterações em virtude não só
do aparecimento das novas tecnologias, mas também de novas formas de
documentos, expansão de literatura, ampliação do conceito de tratamento a
informação, compartilhamento e recursos e cooperação/intercâmbio de serviços.
As habilidades em lidar com as tecnologias, segundo Duarte (2002, p.2) apud
Ferreira; Borges; Jambeiro (2005) é fundamental na prática profissional do
bibliotecário. O desconhecido delas pode limitar o profissional a fornecer
informações desatualizadas, que não suprem as reais necessidades dos seus
clientes. Ele necessita, pois desenvolver a capacidade de gerenciar a informação
e as tecnologias disponíveis na biblioteca, de modo a promover serviços de
informação que atendam às necessidades dos usuários e que promovam uma
visão positiva para a biblioteca.

No caso das bibliotecas universitárias, elas sofrem o impacto do fato


das novas tecnologias terem alterado o modo como a universidade
exerce suas funções de ensino, pesquisa e extensão. A partir dessas
mudanças, as bibliotecas universitárias tiveram que aprimorar os seus
serviços no intento de oferecer um suporte informacional aos seus
usuários para que eles pudessem cumprir suas tarefas acadêmicas
(FERREIRA; BORGES; JAMBEIRO, 2005, p.4).

Diante desse contexto os profissionais da informação, terão que assumir um


novo perfil traçado para a utilização das tecnologias avançadas de informação e
comunicação, criando uma postura profissional por parte dos mesmos e dos
gestores de unidades de informação para poderem acompanhar os avanços
tecnológicos e as novas exigências e necessidades de seus usuários.

Ou seja, as mudanças nos serviços de informação ao longo dos anos, vem


causando mudanças disruptivas na oferta de serviços de informação nas
bibliotecas principalmente com o avança das Tecnologias de informação e
comunicação por meio da Internet. Um dos tipos de biblioteca que podemos
trazer para explicar de forma prática aqui no Brasil referente as transformações
nos sistemas de informação é a Biblioteca Universitária (BU).

De acordo com Anna (2020), as transformações ocorridas na sociedade devem


ter reflexos consideráveis nessas instituições. Isso porque “[...] esse tipo de
biblioteca se destina a atender diferentes demandas, fornecendo atividades
variadas que comunguem dos mesmos objetivos da universidade”,
estabelecendo, assim, vínculos com a sociedade impactando diretamente na
formação profissional de acordo com a realidade do contexto social de cada
indivíduo (ANNA, 2020, p.131).

Nunes e Carvalho (2016, p.178) afirmam que, nas antigas bibliotecas


universitárias medievais, seu espaço era unicamente para a “[...] guarda dos
tesouros de textos clássicos, aos quais poucos têm acesso devido
principalmente à pressão das ordens religiosas em considerar os livros como
meio de profanação para os não letrados”, reforçando que, mesmo nas primeiras
BUs, em que o objetivo principal era tornar a leitura mais acessível aos
professores e alunos, o manuseio e a leitura eram ainda pouco facilitados.

Porém, ao longo dos séculos, essas antigas bibliotecas começaram a sofrer


grandes modificações, graças aos avanços científicos e tecnológicos, e,
consequentemente, à proliferação das universidades. Segundo Santos, Gomes
e Duarte (2014, p.2), “[...] a biblioteca universitária atua diretamente no processo
de apoio à construção do conhecimento, pois esta armazena, organiza,
dissemina e proporciona a circulação dos conhecimentos gerados e
desenvolvidos pelos sujeitos por várias gerações”. Ou seja, devido à
modernização, os conceitos começam a mudar e o que antes era um espaço
restrito e morto, agora tem o conceito de organismo vivo onde o livro existe para
ser usado.

As Bibliotecas se constituem em um ambiente vivo e em integração com outros


elementos, estabelecendo relações de compartilhamento e troca de informações
e conhecimentos. “Assim, a biblioteca está repleta de um somatório de funções
aplicadas em vários segmentos sociais, sendo essas funções educativas,
culturais e recreativas” (ANNA, 2020, p.132), conseguindo oferecer a seus
usuários diferentes suportes informacionais.

Nesse contexto, a biblioteca tem como princípio fundamental oferecer serviços


e produtos informacionais de acordo com sua rede de usuários, sendo estes
caracterizados por professores, funcionários, alunos, como também
pesquisadores externos, um dos objetivos da biblioteca é satisfazer esses
usuários por meio de um acervo organizado, atualizado e pertinente à
comunidade. Caracteriza-se como responsável por serem organizações
inseridas em um meio dinâmico e por terem acompanhado, “[...] ao longo dos
anos, as mudanças ocorridas na sociedade como um todo, e buscado uma
melhoria na apresentação de seus produtos e serviços” (ALMEIDA, 2015, p.348).

Nunes e Carvalho (2016) citam Murilo Bastos da Cunha como um dos


pesquisadores que vem se dedicando ao estudo das bibliotecas universitárias
brasileiras. Em 2000, o autor publica um artigo intitulado “Construindo o futuro:
a biblioteca universitária brasileira em 2010” que traz os principais desafios para
essas instituições, ou seja, em 2010, o autor já previa o futuro da BU.
Cunha (2000) afirma, em sua pesquisa, que as bibliotecas universitárias sofrem
mudanças na oferta de seus serviços e produtos por estarem ligadas diretamente
às alterações nas atividades básicas das universidades brasileiras, vinculadas
diretamente aos perfis de seus usuários, da produção científica e do uso da
tecnologia dentro do ambiente universitário. O autor também diz, em sua
pesquisa, sobre uma mudança de foco nas instituições universitárias, “antes
centrado no professor, e agora centrado no aprendiz” (CUNHA, 2000, p.73). Uma
mudança que, de acordo com Cunha (2000, p. 74), implica diretamente na
organização de recursos humanos na biblioteca, “na terceirização de serviços e
na oferta cada vez maior de serviços educacionais a distância”.

Uma das previsões de Cunha (2000) foi a automatização das bibliotecas


universitárias. Este avanço está retratado na Figura 1 referentes à evolução
tecnológica das bibliotecas universitárias desde o Século XIX.

Figura 1- Evolução tecnológica da biblioteca

Fonte: Cunha (2000, p. 75)

No atual cenário, de acordo com Santos Neto; Almeida Junior (2015, p.372), é
imprescindível que “as BU procurem constantemente por novas competências
demandadas pela sociedade da informação, da comunicação e do
conhecimento”. Afirmando que, quando as bibliotecas universitárias se
adequarem às mudanças, é provável que elas consigam alcançar não somente
o usuário local, mas consigam também alcançar usuários virtuais e potenciais.
O ambiente de trabalho das bibliotecas mudou significativamente. A Internet e
as TDICs trouxeram situações diferentes na gestão de serviços e recursos. Por
sua vez, as Unidades de Informação também necessitam de constante
adaptação às realidades atuais. Novos tipos de serviços de informação são
demandados constantemente pela comunidade de usuários e, com isso, os
gestores devem ficar atentos. Deve-se salientar que esses serviços dependem
também de constantes avaliações e divulgações para a comunidade usuária.

No entendimento de Zaninelli; Nogueira; Peres (2019, p.12), “as Bibliotecas


Universitárias são centros de cultura e aprendizagem, ou seja, organismos
dinâmicos e interativos que têm como objetivo principal mediar a relação entre
os produtores e os consumidores do conhecimento científico”. Nessa
perspectiva, atuando essencialmente no processo de sua elaboração, indo além
da oferta do acesso à informação e auxílio no processo de ensino, pesquisa e
extensão, a tríade que compõe o eixo fundamental das universidades brasileiras.
Por conta disso, a biblioteca pode ser considerada o principal agente da
construção sociocultural de um país.

A partir do século XV, Girard e Girard (2012, p.3) afirmam que as bibliotecas
universitárias começam a tornar-se relevantes para o desenvolvimento social
devido à riqueza de seus materiais que, antes, eram arrumados com o objetivo
de armazenar em vista a “preservá-los para o futuro”.

A percepção dos bibliotecários em relação ao nível de relevância dos serviços


de informação prestados pela biblioteca onde atuam pode auxiliar no
estabelecimento de ações voltadas ao desenvolvimento da competência em
informação do usuário, bem como na apropriação dos conteúdos consultados
por eles. Sendo assim, importa ressaltar que

A sociedade hodierna vem exigindo do profissional bibliotecário


conhecimentos especializados para o uso e o domínio da informação
em qualquer formato, físico ou digital, já que elas se caracterizam pelos
princípios da diversidade, da integração e da complexidade (PAULA;
SILVA; WOIDA, 2020, p.5).

Para tal, Corrêa e García-Quismondo (2020) afirmam que os setores


universitários em todas as suas instâncias possuem um papel estratégico a
desempenhar, sendo inquestionável a importância das bibliotecas.
Bibliotecários gestores e educadores devem estabelecer parcerias
com outros profissionais que atuam na universidade a fim de unir
esforços para criar e desenvolver programas, projetos e serviços que
contribuam para o desenvolvimento da alfabetização acadêmica de
seus discentes. Nesse cenário, as bibliotecas devem representar muito
mais do que um local que disponibiliza fontes de informação impressas
ou digitais como suporte ao ensino, pesquisa e extensão universitários
(CORRÊA; GARCÍA-QUISMONDO, 2020, p. 5-6).

Nesse contexto, é necessário reforçar que as bibliotecas são muito mais que um
espaço que disponibiliza fontes de informação impressas, fazendo parte das
suas responsabilidades contribuir com a formação crítica e reflexiva do
universitário. Nesse sentido, é comum, dentre os serviços ofertados, atualmente,
a competência em informação, não só para os recursos oferecidos na instituição
como para orientar e contribuir com a pesquisa científica.

Assim, não bastando somente disponibilizar material bibliográfico, bases de


dados diversas ou equipamentos atualizados, é preciso que produtos e serviços
respondam às demandas da IES e de seu público, propiciando a mediação da
aprendizagem no ambiente informacional e promovendo a BU como espaço de
aprendizagem.

1.2 A CONSTITUIÇÃO DOS CONCEITOS DE SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO

A sociedade em geral se depara com grandes mudanças proporcionadas pelo


avanço tecnológico que vem crescendo neste último século; a informação torna-
se cada vez mais indispensável em nossa sociedade. E, com isso, o profissional
bibliotecário precisa administrar não somente as atividades ligadas diretamente
à gestão da biblioteca, mas também à gestão da informação e os processos de
apropriação da mesma por parte dos seus usuários.

Os usuários, por sua vez, frente às novas tecnologias e metodologias que


envolvem o gerenciamento da informação, são desafiados diariamente a atender
suas necessidades informacionais, fazendo uso de recursos que, em muitas
situações, ainda lhes são desconhecidos. Recursos e metodologias que,
inicialmente, deveriam emancipar o usuário e possibilitar sua autonomia, no
entanto, quando não mediado por um profissional capacitado, acabam gerando
desconforto na trajetória da construção do saber, afastando os usuários de
fontes e atividades seguras para a apropriação da informação.
As mudanças que marcam o dia a dia da sociedade no âmbito pedagógico e
tecnológico também impactam as bibliotecas, obrigando os bibliotecários a se
questionarem e fazerem uma avaliação quanto aos serviços prestados. É preciso
se pensar sobre os papéis desempenhados pelos profissionais bibliotecários,
qual a natureza de seu trabalho, objetivos e missão das bibliotecas bem como
sobre quais os conhecimentos necessários, competências e papel desse
profissional nessas organizações, tendo em vista a construção de ambientes de
informação educacionais.

Partindo do princípio de que a educação e a biblioteca são instrumentos


complementares, Belluzzo (2005, p. 38) afirma que “uma escola sem biblioteca
é um instrumento imperfeito. A biblioteca sem a educação, ou seja, sem a
tentativa de estimular, coordenar e organizar a leitura e a pesquisa, será por seu
lado, instrumento vago e incerto”. A biblioteca pode demonstrar seu papel
educativo, participando ativamente na educação formal e assumindo um
compromisso essencial com a educação, cultura e a formação do cidadão
(BELLUZZO, 2005), assumindo como compromisso relevante melhorar a
aprendizagem do educando nas bibliotecas universitárias, incentivando nos
usuários o hábito do “aprender a aprender” com o uso correto da informação. As
formas de alcance podem ser diversas: treinamentos, oficinas e workshops que
fomentem como utilizar estratégias de pesquisas em bases de dados
acadêmicas; como saber identificar informações fidedignas de fake news.
Podem também oferecer, de forma colaborativa com docentes, cursos livres de
temáticas que sejam de interesse profissional e social dos alunos. Os cursos,
com temáticas diferentes e periodicidade, podem ser ofertados para criar o
hábito de buscar e construir conhecimento constantemente.

Importante ressaltar que as bibliotecas são instrumentos auxiliares no contexto


do ambiente educacional dentro do processo de ensino-aprendizagem.
Nascimento e Santos (2019, p. 26) destacam que elas:
Têm um papel fundamental para a vida do educando, favorecendo sua
formação por possibilitar o exercício da pesquisa e a relação com
variadas áreas do conhecimento, além da independência que adquire
no processo de busca da informação à medida que exercita estas
práticas, preparando-se desta forma para a vida, construindo uma
formação que perpassa as paredes da biblioteca e da Instituição em
que se ensina. Não se trata de ir à biblioteca mecanicamente pegar no
balcão com um auxiliar o livro que lhe foi solicitado, é preciso que ele
exerça o ato da pesquisa, se inquiete, se intrigue.
Nessa perspectiva, o bibliotecário é um agente educacional que contribui para o
processo de aprendizagem e a criação de conhecimento, pois gerencia
informações, nos seus mais variados suportes. O acesso à informação tornou-
se para o homem, inserido na Sociedade da Informação, um dos pilares para a
sua formação educativa e sua relação com o mundo e com os outros (VEIGA;
PIMENTA; SILVA, 2018).

É preciso destacar, dento do contexto da sociedade, uma explosão


informacional. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) se tornaram
importantes instrumentos para o desenvolvimento social, tecnológico e científico,
ofertando diferentes serviços que apoiam o dia a dia das pessoas, e dentre os
quais está a Educação, como afirmam Moyses; Mont’alvão e Zattar (2019, p.6):
A mediação tecnológica na educação permitiu inovar em diferentes
dinâmicas e, especialmente, no processo de ensino-aprendizagem. No
século XXI, o modelo pedagógico está inserido em um contexto
comunicativo e interativo, tendo em vista que a internet, os dispositivos
móveis e as redes sociais digitais facilitam esse modo de se relacionar.
Com isso, as tecnologias tornaram as atividades de ensinar e de
aprender mais dinâmicas, colaborativas e inclusivas.

Os autores também afirmam que as TIC’s passaram a estar presentes nas


práticas pedagógicas aplicadas no contexto educacional, bem como nos
processos educacionais em ações como: trabalhos em grupo, rodas de
conversa, aulas invertidas, entre outras atividades que incentivam os alunos a
se ajudarem mutuamente, compartilharem conhecimentos, se comunicarem
intensamente, trabalharem em rede e formarem equipes.

As TIC’s também provocaram mudanças no processo de ensino e aprendizagem


com grande velocidade, exigindo uma mudança direta na postura do professor
na sala de aula e refletindo dentro dos espaços das bibliotecas universitárias que
precisam acompanhar, junto com as IES, as inovações no campo educacional
(MOYSES; MONT’ALVÃO; ZATTAR, 2019).

Feijó e Corrêa (2020, p.637) destacam a atuação do bibliotecário no campo


educacional sob duas perspectivas distintas, porém interligadas:
Em primeiro lugar, refletir sobre a responsabilidade do bibliotecário
atuante em BU em buscar o desenvolvimento de sua própria
competência digital de forma mais aprofundada, pois ele trabalha tanto
na criação quanto na prestação de serviços com base tecnológica e,
além disso, pode e deve exercer funções pedagógicas para uso da
informação nesse ambiente. Em segundo lugar, discutir a importância
desse profissional em auxiliar a comunidade acadêmica no
desenvolvimento de habilidades para o uso de informação digital como
parte de sua competência em informação, para que seja bem-sucedida
em seus estudos ou atuação profissional.

Santos Neto; Almeida Júnior (2015) afirmam que as constantes mudanças no


cotidiano das bibliotecas provocam diretamente alterações no comportamento
dos profissionais da informação. Eles precisam estar preparados para lidar com
as mudanças ocorridas. Também afirmam que não basta a biblioteca estar
equipada com aparelhos tecnológicos e oferecer serviços inovadores já que
requer preparo e aperfeiçoamento dos bibliotecários.

Considera-se que, além das práticas pedagógicas, a arquitetura e a organização


física de uma instituição de ensino também passaram a ser elementos de
destaque no aprendizado dos alunos. Ou seja, o espaço físico dentro das
instituições de ensino passou a ser visto como fator que impacta na forma como
as pessoas nele convivem e como estimula e facilita o processo de ensino e a
aprendizagem. Outra questão que se replicou dentro dos espaços das
bibliotecas universitárias, além da sua arquitetura, é a evolução tecnológica que
teve profundo impacto nos serviços de informação, alterando de forma
acentuada as formas e métodos de trabalho de seus profissionais.

É necessário destacar, nesse contexto, que os serviços mais tradicionais das


bibliotecas, como tratamento, organização, recuperação, difusão da informação
ou gestão e desenvolvimento das coleções, aumentaram o grau de
complexidade, mediante a evolução das TCI’s. E, nesse caminho, vem se
destacando a necessidade de atuação do bibliotecário como educador devido a
aspectos como as exigências colocadas por modelos educativos (que
pressupõem o uso de metodologias de ensino variadas), as mudanças ocorridas
nos espaços de aprendizagem (que passaram de presenciais a semipresenciais
ou totalmente virtuais, através do e-learning1), aumento exponencial da
informação disponível, entre outros (AMANTE; PLACER; COSTA, 2009).

Segundo Saraiva; Quaresma (2015), no relatório da American College &


Research Libraries2, em 2012, e reforçadas no mesmo documento, em 2014, em

1O e-learning ou ensino eletrônico corresponde a um modelo de ensino não presencial apoiado


em Tecnologia de Informação e Comunicação (WIKIPÉDIA, 2021).
2 Uma divisão da American Library Association é uma associação profissional
de bibliotecários acadêmicos e outros indivíduos interessados. Dedica-se a melhorar a
capacidade da biblioteca acadêmica e dos profissionais da informação para atender às
decorrência das novas tendências evidenciadas nas práticas educacionais, as
bibliotecas universitárias devem:
i. Saber comunicar o seu valor dentro da comunidade acadêmica
demonstrando os benefícios que toda a universidade usufrui se souber
utilizar de forma intensiva os seus serviços.
ii. Gerir os dados científicos no âmbito do apoio à investigação e sua
curadoria de modo a preservá-los e partilhá-los através de serviços
como o «cloud computing» ou através de repositórios científicos,
armazenando-os, gerindo-os e reutilizando-os.
iii. Aplicar procedimentos e normas à preservação e curadoria digital
de modo a conservar e gerir os documentos digitais.
iv. Aceitar o desafio trazido pelo novo modelo de ensino-aprendizagem
do ensino superior aliado a métodos de ensino não formais de
aprendizagem ao longo da vida e em processos de eLearning e
bLearning
v. Adaptar-se constantemente às novas tecnologias da informação tais
como software open source, cloud computing, ferramentas de
colaboração e partilha, acesso aberto, conteúdos híbridos, e-learning
e mobile learning.
vi. Caso seja necessário, seus utilizadores deverão recorrer ao uso das
tecnologias móveis em seus dispositivos (smartphones e tablets),
adaptando o seu uso ao contexto da aprendizagem.
vii. Dinamizar as coleções eletrônicas nomeadamente os ebooks sendo
esta também uma condição presente na Agenda Portugal Digital, pela
flexibilidade da utilização das suas licenças que permitem várias
utilizações e “requisições” em simultâneo.
viii. Reforçar o apoio à publicação científica institucional, através dos
serviços de publicação de revistas e dos repositórios de acesso aberto
apoiando os autores relativamente às normas técnicas e direitos de
autor.
ix. Reforçar as competências das equipas, sua valorização e formação
profissional.
x. Proceder à elaboração de estudos dos comportamentos e
necessidades dos utilizadores de modo a conhecerem, cada vez
melhor, aqueles que são os seus clientes e a razão primordial da
existência das bibliotecas.
xi. Reforçar a colaboração entre bibliotecários, informáticos,
investigadores e entidades parceiras financiadoras será essencial para
fomentar a qualidade na investigação e promover a futura reutilização
dos dados científicos assentes em estruturas de Open Access e
sistemas de descoberta.
xii. Contribuir para o sucesso acadêmico dos utilizadores proporcionará
maior financiamento e prestígio para a universidade o que se refletirá
nos serviços da sua biblioteca, assim, é fundamental intervir na literacia
da informação e no reforço das competências acadêmicas bem como
medir o impacto das publicações produzidas recorrendo à bibliometria,
à altimetria e ao apoio nos estudos de humanidades digitais. (ALA,
2012; 2014 apud SARAIVA; QUARESMA, 2015, p. 2)

Os autores Saraiva; Quaresma (2015) ilustram as novas tendências baseadas


nas novas tecnologias e novas práticas pedagógicas, a evolução do conceito das

necessidades de informação da comunidade de ensino superior e para melhorar o aprendizado,


o ensino e a pesquisa.
bibliotecas universitárias que saem de um modelo tradicional para um modelo
híbrido3 (FIGURA 2).

Figura 2- Tendências, modelos e competências das BUs

Fonte: SARAIVA; QUARESMA, 2015, p.11

A utilização do modelo híbrido na educação influenciou na atuação de muitos


bibliotecários que passaram a exercer atividades bibliotecárias no ciberespaço e

3 O modelo híbrido combina práticas pedagógicas do ensino presencial e do ensino a distância


com o objetivo de melhorar o desempenho dos alunos tanto no presencial quanto a distância.
Esta modalidade é conhecida também como blended-learning ou b-learning.
Fonte:http://www.ead.unimontes.br/index.php/artigos/noticias/modelo-hibrido-de-ensino-uma-
nova-tendencia
na virtualidade. Nessa posição, os profissionais bibliotecários precisam de
capacitação contínua para estarem aptos à prestação dos serviços de
informação, acompanhando as mudanças tecnológicas e as necessidades dos
usuários.

A educação híbrida busca a reestruturação do espaço de aprendizagem a partir


da combinação da aula presencial com a virtual. Isso ocorre por meio da
integração de ferramentas que facilitam a transmissão de conteúdo pelo
professor e viabiliza a realização de atividades, bem como a autoaprendizagem
do estudante que desempenha as tarefas em seu ritmo. Para Moran (2015, p.28),
na educação acontecem vários tipos de misturas. Blended ou educação híbrida:
“de saberes e valores, quando integramos várias áreas de conhecimento (no
modelo disciplinar ou não); blended de metodologias, com desafios, atividades,
projetos, games, grupais e individuais, colaborativos e personalizados”.

Para isso, é preciso identificar as competências a fim de promover a capacitação


adequada e que vise às melhorias dos serviços prestados e ao desenvolvimento
profissional dentro da organização, acompanhando sempre as mudanças
educacionais que ocorrem continuamente nas IES. Segundo Dudziak (2001), a
definição de um modelo educacional voltado para a competência em informação
passa, necessariamente, pela definição do papel do bibliotecário. Analisando a
atuação do bibliotecário, seu papel profissional tem se modificado, basicamente,
segundo três enfoques: como intermediário da informação, mediador do
conhecimento e educador.

Muito além de oferecer um acervo bibliográfico e documental ou espaços de


estudo, a biblioteca universitária tem um papel fundamental na formação dos
acadêmicos, favorecendo a aprendizagem dos alunos. Assim, os bibliotecários
podem atuar como agentes mediadores dos processos de ensino-aprendizagem
tanto no uso de recursos informacionais, quanto na construção do conhecimento
e na formação do pensamento crítico e reflexivo. (GULKA; LUCAS, 2020).

As autoras Gulka e Lucas (2020) afirmam que é com base nessa perspectiva
que se levanta a questão do papel educativo das bibliotecas universitárias e dos
bibliotecários que buscam aliar a questão da informação e da educação como
elementos indissociáveis.
Evidencia-se, nesse novo cenário, que a biblioteca precisa estar sempre atenta
às mudanças pelas quais passa a sociedade moderna em que tudo é urgente,
emergencial e instantâneo. Existe a responsabilidade, como profissionais da
informação, de o bibliotecário ajudar os usuários a se posicionarem de maneira
coerente diante de suas pesquisas, demonstrando-lhe a responsabilidade desse
ato.

1.3 PROCEDIMENTOS DE REFERÊNCIAS: METODOLÓGICOS

De acordo com Grogan (1995, p. 60) as qualidades necessárias a um bom


bibliotecário de referência, incluem os seguintes atributos pessoais: “segurança,
cortesia, tato, interesse pelas pessoas, imaginação, adaptabilidade, iniciativa,
diligência e paciência, superando em muito as habilidades profissionais”.
Outras características como: ética, humildade, curiosidade e
inteligência também fazem parte dos atributos necessários para o
exercício desta função. Sabe-se que, geralmente, são nas bibliotecas
escolares que as crianças têm seu primeiro contato com uma gama
diferenciada de materiais bibliográficos e com a leitura. Por isso, é
fundamental que estes espaços contemplem ações para estimular o
gosto pelo ato da leitura e pesquisa, para isso, faz-se necessário que
a biblioteca disponha de um serviço de disseminação da informação
eficiente. (Grogan,1995, p. 60).

Com o volume de materiais bibliográficos e publicações disponibilizadas em


acervos físicos e principalmente na Internet, atrelados às diversas tecnologias
que passaram a ser um meio de organizar e disseminar a informação, as
bibliotecas precisam acompanhar essa transformação e não ficar somente em
seu ambiente estático, precisa acompanhar com velocidades as inovações no
âmbito da comunicação e educação.

Para Ranganathan (1961), o serviço de referência é o processo de


estabelecimento de contato entre o leitor e os documentos. Este autor enfatiza a
necessidade do usuário em relação à informação e destaca a importância da
proximidade entre ele e o bibliotecário, numa relação que define como pessoal.
Já Hutchins (1973) afirma que o trabalho de referência inclui a assistência direta
e pessoal dentro da biblioteca às pessoas que buscam informações para
qualquer finalidade, e também às diversas atividades biblioteconômicas
destinadas a tornar a informação tão acessível quanto seja possível, como ilustra
a figura 3.
Figura 3 – Ciclo do serviço de referência

Fonte: Silva; Schons; Rados (2016, p.12)

De acordo com Chagas (2010, p.3) os serviços de referência são “àqueles que
representam toda a atividade desenvolvida na biblioteca com o objetivo de
proporcionar acesso à informação e ao conhecimento”.
Medeiros (2005, p.14) afirma que:
A biblioteca deve levar em consideração as necessidades específicas
de cada segmento de clientes. Seus produtos e serviços, a adequação
do espaço físico e condições ideais à motivação do seu uso, de acordo
com suas características. Seus objetivos devem unir o papel tradicional
das bibliotecas acadêmicas de pesquisa ao papel inovador,
armazenando tanto publicações impressas quanto outros tipos de
materiais; disponibilizando acesso à informação por meios eletrônicos
e digitais; criando novos formatos de disseminação da informação;
treinando o uso das novas tecnologias pelos clientes; mantendo a
melhoria dos serviços prestados e às necessidades dos usuários.

Desse modo, é pertinente, destacar os serviços essenciais em bibliotecas


relacionados aos usuários, os quais passaram a ser realizados de forma on-line,
como consulta ao catálogo e acesso às fontes de pesquisa (periódicos on-line,
livros digitais, acesso a base de dados de livros virtuais, repositório institucional,
aplicativos, softwares de web conferências etc.). Evidenciando-se a informação
e o conhecimento não só de natureza técnica, mas de relações interpessoais, e
de entrosamento no ambiente onde o profissional está atuando. Espera-se
esclarecer, também, que os bibliotecários envolvidos nos serviços de informação
têm consciência de que são necessários mais do que conhecimentos técnicos
para atuar com qualidade na área.

As pesquisadoras Carvalho e Lucas (2022) reforçam a importância de se ofertar


serviços de referências de acordo com o perfil, a satisfação e as necessidades
dos usuários de cada unidade de informação, eles reforçam a necessidade de
se ter a antecipação da respostas dos usuários para conseguir ser assertivo na
oferta de serviços na biblioteca, trazendo como exemplos de Figueiredo (1996)
os seguintes serviços em bibliotecas universitárias, que também podem ser
adaptadas em outros tipos de bibliotecas:

a) Provisão de documentos: Circulação, consulta, empréstimo entre


bibliotecas, comutação, fornecimento de copias, entrega de material,
preparação de traduções;
b) Provisão de auxílio bibliográfico: Localização de material,
verificação de referências, levantamento bibliográfico em assuntos
especializados;
c) Serviço de alerta: Informais (exposições), Formais (lista de novas
aquisições);
d) Orientação ao usuário: Provisão de Guia, Consulta orientada,
cursos de instrução Bibliográfica, promoção de serviços, auxílio
editorial, preparação de obras individuais (CARVALHO; LUCAS, 2022,
p.3-4 apud FIGUEIREDO, 1996).

Os autores também fazem menção as alternativas de serviços online de


referências, serviços que antes eram ofertados somente no formato tradicional e
de forma presencial, passam a ser de forma híbrida ou totalmente virtual, os
dividindo em duas alternativas: a provisão virtual e a provisão física, utilizando
meios eletrônicos e/ou virtuais (CARVALHO; LUCAS, 2022):

Pesquisa on line do acervo da biblioteca - Com os recursos


provenientes das redes de computadores e das constantes inovações
tecnológicas a consulta on line, permite ao usuário remoto conectado
a internet, ter acesso ao acervo da Biblioteca. Acerca disso, programas
de instrução de como acessar e ou utilizar este acervo podem ser feitas
na forma de tutoriais e manuais de acesso de forma virtual.
Comutação bibliográfica on line – Pode ser feito das seguintes
formas: - Através de formulário on line próprio para solicitação de
Comutação Bibliográfica; - A Biblioteca pode disponibilizar um tutorial
que auxilia o usuário a fazer sua solicitação diretamente, na site do
IBICT com o número de seu CPF, para o caso do COMUT; - Hiper link
de acesso direto a sites que disponibilizam o serviço de Comutação
Bibliográfica.
Fornecimento de cópias on line - Criar links de anais, teses,
dissertações e periódicos eletrônicos e/ou que disponibilizam versões
eletrônicas dos seus originais impressos. Para documentos como
normas técnicas, disponibilizar eletrônicamente aos usuários que
fazem parte do grupo atendido, respeitando sempre os direitos autorais
e a liberdade de disseminação do original.
Empréstimo entre bibliotecas - A biblioteca pode disponibilizar
formulário on line para solicitação de empréstimo entre bibliotecas e
um tutorial para guiar melhor o usuário nesta solicitação ou também,
através de consórcios de bibliotecas, ou redes de cooperação entre
bibliotecas.
Entrega de material - A entrega de material pode ser feita via e-mail,
FTP e/ou utilizando programas específicos. Em muitos casos a
solicitação é feita de forma on line , mas por vezes atendida de forma
tradicional através da Agência Brasileira de Correios e Telégrafos ou
de empresas que prestam serviços na área logística.
Preparação de traduções - Criar link com tradutores on line
(CARVALHO; LUCAS, 2022, p.4-5).

E a provisão de auxílio bibliográfico, que podem ser de formas a ofertar o auxílio


bibliográfico de forma virtual:

Questões de referência simples e questões de referência


complexas - O serviço de mensagens, e recentemente de telefonia,
pela Internet, estão sendo mundialmente difundidos principalmente nas
ações que envolvem rapidez quanto à troca de informações
emergenciais, estes recursos podem ser muito bem aproveitados e
utilizados para esclarecimento de questões de referência simples,
lembrando que geralmente é um serviço disponibilizado gratuitamente
através da Internet. Já os canais Pergunte a Biblioteca, e-mail ou
formulário de dúvidas e sugestões previamente elaboradas e
disponibilizadas no site da Biblioteca, permitem ao usuário elaborar e
sanar dúvidas em questões de referência mais complexas. Não
descartando o uso dos acima citados para afinar a entrevista e/ou tirar
dúvidas do bibliotecário de referência.
Localização de Material - O bibliotecário de referência, geralmente
localiza informações de todas as fontes e suportes, no caso da
publicação eletrônica o bibliotecário pode localizar e indicar ou
referenciar ao usuário através de e-mail, o material solicitado.
Levantamento bibliográfico em assuntos especializados -A oferta
de formulários on line para solicitação de levantamento bibliográfico de
assuntos especializados dinamiza o mais antigo dos serviços
bibliotecários.
Serviço de alerta eletrônico – os serviços na virtual: Informais:
divulgação de novos serviços e produtos oferecidos pela biblioteca,
divulgação de cursos oferecidos bem como promoções, através de
boletins informativos on line ou alerta eletrônico no site da biblioteca.
Formais: Lista de novas aquisições on line, lista de duplicatas,
formulário on line para solicitação de novas aquisições, formulário on
line para solicitação de duplicatas.
Orientação ao usuário -Corresponde a esse segmento do serviço de
referência e informação as atividades de: Orientação e Normalização
Bibliográfica Web - O Serviço de referência e informação on line pode
disponibilizar tutorias e manuais explicativos sobre interpretação de
normas e exemplos de como elaborar os mais diversos tipos de
trabalhos científicos, através do site da biblioteca. Vocabulário
Controlado - Disponibilizar na forma virtual através de documento de
texto, ou a partir do próprio software, ou ainda índice de assuntos com
finalidade de padronizar a terminologia técnica utilizada na unidade de
informação, visando agilizar a recuperação da informação por parte do
usuário (CARVALHO; LUCAS, 2022, p.5-6).
Trazendo exemplo de processos metodológicos de serviços de referências
também de bibliotecas escolares, a biblioteca, para Roca (2012), deve ser
agente catalisador e canalizador de ações concretas que, sem apoio estável e
contínuo, não poderia frutificar. Fazendo parte da engrenagem pedagógica que
envolve a totalidade da realidade educacional da escola, deve aglutinar, como
um imã, demandas e necessidades concretas surgidas nas diferentes áreas
curriculares.

É necessário que exista um agente que realize essa função se desejamos que
os processos de mudança na escola se concretizem com realismo e praticidade.
Esse imã pode e deve, por sua vez, iluminar e canalizar por caminhos de
corresponsabilidade e interdisciplinaridade as demandas recebidas, vinculando-
as a ferramentas e recursos tradicionais e digitais mais úteis para sua realização,
e assessorando no planejamento de propostas didáticas concretas (ROCA,
2012).

Roca (2012) também contextualiza sobre a atuação de apoio: uma a nível


metodológico, assessorando o uso de recursos facilitadores de processos de
aprendizagem, e a outra, a nível de conteúdo curricular. Tudo isso no que se
refere ao assessoramento no planejamento e na organização de intervenções
didáticas de conteúdos específicos, vinculados às competências básicas e,
especialmente, à leitura em suas diversas modalidades (Quadro 3).

Quadro 3 – Apoio Pedagógico alinhado ao serviço de referências

Vias de atuação de apoio pedagógico da biblioteca escolar para o


desenvolvimento curricular
A serviço da aprendizagem por meio A serviço da aprendizagem e
da pesquisa fomento da leitura.
Contexto facilitador do desenvolvimento de habilidades intelectuais e
de práticas de leitura.
A biblioteca transforma-se em um A biblioteca é facilitadora de
laboratório onde se faz experiências ambientes de leitura pessoais e
por meio da interação com os coletivos que permitem experiências
materiais durante a gestão da leitoras significativas
informação.
Trabalhos de pesquisa Atividades de leitura
• Habilidades linguísticas. • De acordo com diferentes
• Habilidades cognitivas. objetivos e finalidades.
• Habilidades documentais. • Utilizando a diversidade de
• Habilidades tecnológicas: busca e materiais físicos e digitais.
recuperação da informação; análise e
tratamento da informação e • Conhecimento e uso dos
comunicação e aplicação da diferentes tipos de textos.
informação. • Expressão oral e realização de
• Projetos de aula. apresentações.
• Projetos interdisciplinares. • Formação e experiência literária.
• Exploração de algum aspecto do • Acesso e melhor utilização dos
cotidiano. diferentes tipos de materiais e uso
• Tarefas de resolução de problemas. da biblioteca.
• Elaboração de um estudo de caso. • Apropriação dos discursos e
• Busca de informação sobre um conteúdo das diferentes áreas.
aspecto real.
• Trabalho de síntese.
Fonte: Roca, (2012, p.92)

Sob essa perspectiva, o bibliotecário escolar é compreendido como um


educador, que colabora diretamente na construção e efetivação do Projeto
Político Pedagógico e, consequentemente, do currículo oficial da escola. Na
mesma proporção, ele é corresponsável pela formação contínua de toda
comunidade escolar, mas principalmente dos profissionais docentes, assumindo
papel de liderança no desenvolvimento de habilidades e competências para uso
das tecnologias de informação e comunicação, com enfoque no trato com a
informação, nas suas variadas dimensões (IFLA, 2018).
Neste contexto, a IFLA (2005, p. p.13) descreve a cooperação que precisa existir
entre os professores e os bibliotecários escolares:
A cooperação entre os professores e o bibliotecário escolar é essencial para
maximizar o potencial dos serviços da biblioteca. Os professores e os
bibliotecários devem trabalhar em conjunto, com a finalidade de:
• desenvolver, instruir e avaliar o aprendizado dos alunos conforme
previsto no programa escolar
• desenvolver e avaliar habilidades no uso e conhecimento da
informação pelos alunos desenvolver planos de aula
• preparar e realizar projetos especiais de trabalho, num ambiente
mais amplo de aprendizagem, incluindo a biblioteca
• preparar e realizar programas de leitura e eventos culturais
• integrar tecnologia de informação ao programa da escola
• oferecer esclarecimentos aos pais sobre a importância da biblioteca
escolar.

Ainda, segundo a IFLA (2005, p.18), os bibliotecários podem ofertar aos


professores os seguintes serviços:
• oferecimento de recursos aos professores para ampliar seu
conhecimento na especialidade ou aperfeiçoar suas metodologias de
ensino,
• fornecimento de recursos para diferentes estratégias de avaliação,
• oferecimento dos serviços da biblioteca como parceira de trabalho no
planejamento de tarefas a serem feitas em classe,
• auxílio aos professores para superar situações heterogêneas na
classe, organizando serviços especializados para aqueles que
necessitam de maior apoio ou estímulo,
• a biblioteca como uma porta para a aldeia global [em que vivemos],
por meio de empréstimos-entre-bibliotecas e redes eletrônicas.

Assim, a biblioteca escolar precisa ser entendida como espaço de relações


sociais, políticas e pedagógicas que concorrem para a produção e formação de
leitores autônomos, críticos e criativo, além de competentes em informação.

Contudo, a Sociedade do conhecimento se produz a partir de redes sociais, das


interações e ações colaborativas entres os indivíduos e está relacionada com a
experiência, utilizando-se da informação para gerar novos conhecimentos
agregados aos produtos e serviços.

Neste contexto, independentemente do tipo de biblioteca em que atua, os


profissionais bibliotecários precisam se adaptar e constantemente inovar a forma
de prestar serviços adequados ao novo momento de pandemia, mesmo visto na
pesquisa que alguns desses profissionais possuem recursos limitados no que
tange a infraestrutura, materiais tecnológicos e financeiros.

Faz-se necessário, de forma contínua por parte dos profissionais bibliotecários,


desenvolverem competências que possibilitem, mesmo diante de grandes
esforços, continuarem a ofertarem os serviços de referências no modelo
tradicional ou híbrido. Visto que com a pandemia da COVID 2019, vivida no ano
de 2020, o híbrido se destacou e a oferta de serviços remotos e on-line, foi o que
possibilitou a continuidade da nova rotina em muitas das unidades de
informação. Na unidade 2, vamos refletir mais sobre a importância do serviço de
informação nas unidades de informação.

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