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Normas de Maturidade

Prof. Jean-Rémi Bourguet

Qualidade de Software e Testes de Sistemas


Maturidade

I A maturidade de uma empresa se vê na base do seus processos.


I Quanto mais bem definidos, maior será a sua maturidade.

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Maturidade

I Ao adotar um PDS, uma empresa está ganhando em maturidade.


I PDS bem estabelecidos contribuem para a qualidade do produto.

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Maturidade

I Existem diversos padrões de desenvolvimento de software.


I Cada um possui um enfoque específico que busca normatizar.
I Estabelecer as melhoras práticas em relação aos seus processos.

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Plano

I. CMM (Capability Maturity Model Integration)

II. ISO/IEC 15504 (SPICE)

III. ISO 12207 (Processos do Ciclo de Vida do Software)

IV. MPS.BR

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CMM (Capability Maturity Model)

I Software Engineering Institute (SEI): Carnegie Mellon University.


I Demanda crescente do mercado para softwares com qualidade.
I CMM (Capability Maturity Model) (80’s)
I Serve para avaliar e melhorar a capacitação das empresas.

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CMM (Capability Maturity Model)

I CMM é um modelo para medir a maturidade de uma organização.


I Relação com um processo de desenvolvimento de software.
I Comparativo entre organizações imaturas e maduras:

ORGANIZAÇÕES MADURAS ORGANIZAÇÕES IMATURAS


Responsabilidades bem definidos Processo improvisado
Existe base histórica Não existe base histórica
É possível julgar a qualidade Não tem como julgar a qualidade
Qualidade dos produtos monitorada Qualidade dos produtos sacrificada
O processo pode ser atualizado Não há rigor no processo
Existe comunicação nos grupos Resolução de crises imediatas

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Níveis CMM

I Existem 5 níveis de maturidade usados no CMM.


I Cada um dos níveis possui características próprias.

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Níveis CMM

1. Inicial
I O processo de desenvolvimento é desorganizado e até caótico.
I O sucesso depende de esforços individuais e heroicos.
I A cultura no nível inicial é muito baseada no valor dos indivíduos.

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Níveis CMM

I A organização nível 1 não é capaz de fazer estimativas de custo.


I Nem faz planos de projeto, e se faz, não é capaz de cumpri-los.
I Engenharia de requisitos e desenho são fracos ou inexistentes.
I Mudanças de requisitos e outros artefatos ocorrem sem controle.

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Níveis CMM

2. Repetível
I Os processos básicos de gerenciamento de projeto estabelecidos.
I Eles permitem acompanhar custo, cronograma e funcionalidade.
I Repetir o sucesso de um processo anterior em outros similares.

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Níveis CMM

I Assumir compromissos com alta probabilidade de cumpri-los.


E.g. requisitos, prazos e custos.
I Estimar/controlar projetos iguais aos quais foram bem-sucedidos.

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Níveis CMM

I Estas organizações correm os riscos diante de algumas mudanças.


I Mudanças de ferramentas e métodos (evolução de tecnologia).
I Mudanças de estrutura organizacional (dinâmica organizacional).
I Mudanças de tipos de produto (variações dos mercados).

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Níveis CMM

3. Definido
I Todos os projetos utilizam uma versão aprovada.
I Versão adaptada do processo padrão do PDS da organização.

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Níveis CMM

I Atividades de gerenciamento e engenharia do PDS documentadas.


I Ferramenta aplicada de forma sistemática, padronizada e coerente.
I Existe uma base de dados de processos recolhidos dos projetos.

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Níveis CMM

4. Gerenciado
I São coletadas medidas detalhadas da qualidade do produto e PDS.
I Produtos e PDS são entendidos e controlados quantitativamente.

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Níveis CMM

I Métricas adequadas para medir o sucesso dos processos.


I A organização administra a base de dados de processo.
I Analisada e administrada por profissionais treinados.
I Os profissionais sabem intervir para atingir metas de qualidade.

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Níveis CMM

5. Otimizado
I Melhoramento contínuo através de feed-back quantitativo.
I Uso pioneiro de ideais e tecnologias inovadoras.
I Os processos estão em melhoria contínua, sendo otimizados.

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Níveis CMM

I Níveis inferiores servem como base para os níveis superiores.


I Implementar os níveis fora da ordem leva a alguns riscos.

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Níveis CMM

I As organizações dos níveis 2 e 3 amadureceram mais facilmente.


I A cultura de melhoria já foi implantada e já está institucionalizada.

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CMMI (Capability Maturity Model Integration)

I CMMI evolução do CMM na área de qualidade de software.


I O CMMI é um modelo consagrado utilizado mundialmente.
I Resultados comprovados em termos de:
- aumento de produtividade - melhoria da qualidade
- redução de retrabalho - satisfação de clientes

u https://www.youtube.com/watch?v=lFrsy6sPVic
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CMMI (Capability Maturity Model Integration)

I Confiabilidade no cumprimento de prazos e custos.


I Decorrente do rigor que o CMMI exige quanto à medição dos PDS.
I Obtenção de uma base histórica realista e confiável para estes fins.

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CMMI (Capability Maturity Model Integration)

I Maior qualidade nos softwares criados (produtos mais confiáveis);


I A organização deixa de depender de alguns profissionais.
I A busca por melhorias contínuas nos processos cotidianos.

3 15. CMMI
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Plano

I. CMM (Capability Maturity Model Integration)

II. ISO/IEC 15504 (SPICE)

III. ISO 12207 (Processos do Ciclo de Vida do Software)

IV. MPS.BR

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ISO/IEC 15504 (SPICE)

I A norma ISO/IEC 15504 ou SPICE publicada em 2003 define PDS.


I SPICE: Software Process Improvement & Capability dEtermination.
I SPICE se baseia em modelos já existentes do CMM.
I Evolução da ISO/IEC 12207 (níveis de capacidade para cada PDS).

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ISO/IEC 15504 (SPICE)

I Avaliação do PDS é uma investigação e análise disciplinada.


I A norma define um modelo de referência de processos universais.
I Fundamentais para a boa prática da engenharia de software.

https://prezi.com/p/e4ufk4ueyrxz/iso-iec-15504-spice/

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ISO/IEC 15504 (SPICE)

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ISO/IEC 15504 (SPICE)

I Define 6 níveis de capacidade, sequenciais e cumulativos.


I Esses níveis podem ser utilizados como uma métrica.

NÍVEL DESCRIÇÃO
INCOMPLETO - 0 Processo não existe ou falha em atingir objetivos.
EXECUTANDO - 1 Processo atinge os objetivos.
Sem padrão de qualidade e controle de prazos/custos.
GERENCIADO - 2 Processo planejado e acompanhado.
Satisfaz requisitos de qualidade, prazo e custos.
ESTABELECIDO - 3 Processo executado e gerenciado.
Adaptação de um processo-padrão, eficaz e eficiente.
PREVISÍVEL - 4 Processo executado dentro de limites de controle.
Com medições detalhadas e analisadas.
OTIMIZADO - 5 Processo disciplinado melhorado continuamente.

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Plano

I. CMM (Capability Maturity Model Integration)

II. ISO/IEC 15504 (SPICE)

III. ISO 12207 (Processos do Ciclo de Vida do Software)

IV. MPS.BR

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ISO 12207 (Processos do Ciclo de Vida do Software)

I A ISO/IEC 12207: 1a norma internacional que descreve os PDS.


I Lançada 1995, fundamental em engenharia e qualidade de software.
I Atividades e tarefas que envolvem:
fornecimento, desenvolvimento, operação e manutenção.
I Serve de referência para os futuros padrões.

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ISO 12207 (Processos do Ciclo de Vida do Software)

I Este padrão formaliza a arquitetura do ciclo de vida do software.


I A norma detalha os diversos processos envolvidos no ciclo de vida.
I Esta norma possui mais de 60 páginas!

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ISO 12207 (Processos do Ciclo de Vida do Software)

I Estes processos estão divididos em três classes:

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1. Processos fundamentais

a) Aquisição:
Definição da necessidade de adquirir um software (ou serviço).
b) Fornecimento:
Preparar uma proposta, assinatura de contrato e recursos.
c) Desenvolvimento:
requisitos, codificação, integração, testes, instalação e aceitação.
d) Operação:
Suporte operacional aos usuários.
e) Manutenção:
Manutenção do software.

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2. Processos de apoio

a) Documentação:
Planejamento, desenvolvimento, produção e manutenção.
b) Gerência de configuração:
Armazenamento, distribuição, manipulação e modificação.
c) Garantia da qualidade:
Processos e produtos em conformidade com os requisitos.
d) Verificação:
Contemplação dos requisitos ou condições impostas.
e) Validação:
Determina se o produto final atendem ao uso específico.
f) Auditoria:
Determina adequação aos requisitos, planos e contrato.
g) Resolução de problemas:
Análise e resolução dos problemas descobertos durante o PDS.

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3.Processos organizacionais:

a) Gerência:
Gerenciamento de processos.
b) Infraestrutura:
Hardware, software, ferramentas, técnicas e padrões de PDS.
c) Melhoria:
Avaliar, medir, controlar e melhorar um PDS.
d) Treinamento:
Atividades para prover e manter pessoal treinado.

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5 visões da norma

I A norma detalha cada um dos processos mostrados.


I Melhoram continuamente a estrutura e os processos.
I Usados de diferentes maneiras por diferentes organizações.
I Agrupá-los de acordo com necessidades, objetivos e equipes.

Existem cinco visões diferentes da norma:

I Contrato
I Gerenciamento
I Operação
I Engenharia
I Apoio

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Plano

I. CMM (Capability Maturity Model Integration)

II. ISO/IEC 15504 (SPICE)

III. ISO 12207 (Processos do Ciclo de Vida do Software)

IV. MPS.BR

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MPS.BR

I Modelos de maturidade são por organizações de grande porte.


I A maioria das empresas de software no Brasil são micro, pequenas.

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MPS.BR

I SOFTEX: Associação Promoção Excelência do Software Brasileiro.


I Coordena 1 programa para melhoria desses processos desde 2003.
I MPS.BR: Melhoria do Processo de Software BRasileiro.
I Adaptar os modelos internacionais para a realidade brasileira.

https://softex.br/
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MPS.BR

I As empresas brasileiras se posicionam em um cenário competitivo.


I Briga com as empresas de desenvolvimento de software do mundo.
I Eficiência dos PDS nos padrões internacionais de qualidade.

u https://www.youtube.com/watch?v=KIMwVKkvGqY
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MPS.BR

I Modelo de Referência (MR-MPS):


Requisitos a serem cumpridos pelas organizações.
I Método de Avaliação (MA-MPS):
Processos para os avaliadores (norma ISO/IEC 15504).
I Modelo de Negócio (MN-MPS):
Regras para implementação do MR-MPS pelas empresas.

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MPS.BR

I O MR-MPS apresenta sete níveis de maturidade.


I Compatível com o modelo CMMI.
I O CMMI possui apenas cinco níveis.
I Os 7 níveis possibilitam uma implementação gradual e adequada.

u https://www.youtube.com/watch?v=wIWDT0jzmt0
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MPS.BR

MR-MPS estabelece:
I níveis de maturidade com base na norma ISO/IEC 15504.
I definições dos processos com base na norma ISO/IEC 12207:2008.

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MPS.BR

G Parcialmente gerenciado:
Gerência de projetos/requisitos. Lidar com mudanças de requisitos.
F Gerenciado:
Produtos/processos de acordo com o plano e recursos predefinidos.
Medição, coleta e análise dos dados.
E Parcialmente definido:
Organização ainda maior nos processos.
Estabelecer e gerenciar o projeto com envolvimento dos clientes.
D Largamente definido:
Validação e verificação. Coletar os requisitos com o cliente.
C Definido:
Gerência de riscos. Análise de decisão e resolução evitando atrasos.
B Gerenciado quantitativamente:
Gerência quantitativa do projeto. Calcular o desempenho do PDS.
A Em otimização:
Maturidade plena. Análise de causas, resolução e inovação.
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MPS.BR

I O nível A é um exemplo típico de empresas que:


I possuem seus processos consolidados,
I mas que mesmo assim buscam melhorar ainda,
I busca inovações e novidades para oferecer ao mercado.
I O nível G é um exemplo típico de empresas que estão começando:
I a caminhada de definição dos processos,
I as melhorias em suas práticas.

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MPS.BR

I Há quase 6 mil profissionais capacitados no mercado.


I A tendência é de que esse número cresça muito nos próximos anos.
I MPS.BR adota as melhores práticas de Engenharia de Software.
I Grande vantagem do ponto de vista técnico e econômico.

3 16. MPS.BR 3 17. MPS.BR


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