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1) Acesse essa referência: DAIBERT, João Dalton.

Análise dos solos: formação, classificação e


conservação do meio ambiente. São Paulo: Erica, 2014 (disponível aqui).

Faça a leitura da página 83 (Poluição: Causas e Efeitos) até a página 91 e durante a leitura
retire do texto e anote em material próprio quais as causas, consequências, medidas de
controle da poluição do solo e resolva os exercícios disponíveis na página 92.

8.2 Principais causas


Poluentes depositados no solo sem nenhum tipo de controle causam a contaminação dos len-
çóis freáticos (ocasionando também a poluição das águas), produzem gases tóxicos, além de
provo- car sérias alterações ambientais, como, por exemplo, a chuva ácida.
Substâncias como lixo, esgoto, agrotóxicos e outros tipos de poluentes produzidos pela ação
do homem provocam sérios efeitos no meio ambiente. As principais fontes poluidoras do solo
são:
» Inseticidas
» Solventes
» Detergentes
» Remédios e outros produtos farmacêuticos
» Herbicidas
» Lâmpadas fluorescentes
» Componentes eletrônicos
» Tintas
» Gasolina, diesel e óleos automotivos
» Fluidos hidráulicos
» Fertilizantes
» Produtos químicos de pilhas e baterias

A contaminação do solo nas grandes cidades se dá principalmente pelo acúmulo de lixo em


áreas de descarte, os chamados resíduos sólidos urbanos. Resíduos depositados sobre
o solo sofrem um processo de lixiviação, pelo qual metais pesados e outros produtos
perigosos são levados para dentro do solo.
A produção exagerada de lixo é uma das principais responsáveis pela poluição do solo.
Durante o processo de decomposição de restos de alimentos, ocorre a produção de
gases e de chorume, que é um líquido extremamente poluente e com forte odor. O
chorume infiltra o solo, causando a sua contaminação, além de atingir o lençol freático
(água subterrânea).
O lixo depositado em aterros é responsável pela liberação uma substância poluente
que, mesmo estando sob o solo, em buracos “preparados” para esse fim, vaza,
promovendo a contaminação do solo.
Um outro problema grave que ocorre nesses aterros é a mistura do lixo tóxico com o
lixo comum. Isso se dá pelo fato de não haver um processo de separação desses
materiais. Em consequên- cia, o solo passa a receber produtos perigosos e com grande
potencial de contaminação misturados com o lixo comum.
A contaminação do solo, nas áreas rurais dá-se sobretudo pelo uso indevido de
defensivos e por adubação incorreta ou excessiva. Restos de cultivo e resíduos orgânicos
de origem animal também podem ser poluentes, se mal manejados. A utilização de
agrotóxicos, pesticidas e fer- tilizantes químicos nas atividades agrícolas também
contamina o solo. Esses produtos químicos são prejudiciais às formas de vida
microbiológica presentes no solo, alterando de forma drástica sua composição.
Assim como a agricultura, a mineração também contribui para a poluição do solo. Essa
ativi- dade, através de escavações e aberturas de imensas crateras, altera de forma
significativa a estrutura natural do solo, e o uso de substâncias químicas agrava esse
desastre ambiental.

Ainda há a contaminação do solo por resíduos industriais, normalmente associados a


metais pesados, produtos químicos perigosos ou restos industriais, enterrados em solo
sem pre- caução adequada.

A contaminação do solo por resíduos industriais, na maioria dos casos, ocorre por
depósito ilegal de restos industriais. Logo, para impedir essa contaminação é muito
importante uma maior fiscalização e controle pelos órgãos responsáveis.

E hoje não podemos esquecer o lixo eletrônico, que vem crescendo em uma velocidade
cada vez maior.

8.3 Consequências da poluição no solo

Uma das principais consequências da poluição do solo é a infertilização para plantação


e a contaminação da água. A terra se torna improdutiva que não comporta qualquer tipo
de plantação. Outras consequências são:

» Desfertilização do solo, ou seja, tornar o solo infértil.


» Saturação do solo.
» Deposição ou infiltração no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos
poluentes.
» Contaminação do solo com metano e dióxido de carbono.
» Perda das funções e qualidades do solo devido à introdução de poluentes. »
Alteração da tipografia.
» Perda da fauna.
» Alteração da densidade e consistência do solo.
» Alteração da aptidão para drenagem natural.
» Alteração do solo em profundidade.
» Alterações da qualidade da água à superfície e em correntes.
» Lixiviação de contaminantes de instalações, em particular lixiviados de aterros.
» Deposição com impregnação de líquidos poluentes.
» Aplicação direta de resíduos da terra, como por exemplo lamas de esgoto.
» Produção e migração de gás nos aterros conduzindo ao aumento de
temperatura dos solos.
» Contaminação dos solos através do movimento ascendente dos lixiviados por
ação capi- lar, sob determinadas condições climáticas.

8.4 Medidas de controle da poluição

Entre as possíveis medidas para combater a poluição do solo estão: redução da


produção do lixo, destino e tratamento adequado do lixo, reciclagem, saneamento
ambiental, métodos agrícolas que possam substituir os agrotóxicos, entre outras.
Essas medidas de controle da poluição do solo são:

» Utilizar sempre que possível materiais reciclados e preferir produtos ecológicos,


colabo- rando com a reciclagem de vidro, papel, cartão, alumínio e plásticos, fazendo a
separação correta dos lixos.
» Práticas adequadas de destinação de resíduos, tratando os lixos e resíduos
domésticos e industriais.

» Execução de sistemas sanitários de destinação dos dejetos; devem ser evitados


os lança- mentos de dejetos no solo, a céu aberto; colocar o lixo no local correto.
» Controle dos sistemas de tratamento de esgoto através de sua disposição no
solo, pro- curando localizá-los distantes dos recursos hídricos e adotando medidas de
controle da infiltração dos resíduos no terreno.
» Controle da aplicação de defensivos agrícolas, incluindo: uso de produtos menos
per- sistentes, tais como os inseticidas fosforados; proibição de aplicação desses
produtos em áreas próximas a mananciais; obrigatoriedade do uso do receituário
agronômico para uti- lização desses produtos; aplicação de pesticidas na dosagem
correta e na época adequada; utilização de outros métodos de combate às pragas.
» Controle da utilização de fertilizantes, evitando-se a sua aplicação em áreas
onde possa haver riscos de poluição da água; deve ser incrementado o uso de adubos
orgânicos, em substituição aos produtos químicos.
» Proteger as florestas, evitando o desmatamento, com remoção periódica dos
dejetos e des- tinação adequada para eles.

DAIBERT, João D.; SANTOS, Palloma Ribeiro Cuba dos. Análise dos Solos - Formação,
Classificação e Conservação do Meio Ambiente. Editora Saraiva, 2014. E-book. ISBN
9788536521503. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521503/. Acesso em: 10
abr. 2023.

2) Acesse a norma ABNT NBR 10004 disponível nesse link e realize a leitura da página 3 (4.2
Classificação de resíduos) até a página 5.

Durante a leitura retire do texto e anote em material próprio no mínimo, uma propriedade
que caracteriza o resíduo em Inflamável, corrosivo, reativo, tóxico e patogênico.
4.2.1 Resíduos classe I - Perigosos Aqueles que apresentam periculosidade, conforme definido
em 3.2, ou uma das características descritas em 4.2.1.1 a 4.2.1.5, ou constem nos anexos A ou
B. NOTA O gerador de resíduos listados nos anexos A e B pode demonstrar por meio de laudo
de classificação que seu resíduo em particular não apresenta nenhuma das características de
periculosidade especificadas nesta Norma.

4.2.1.1 Inflamabilidade

Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável (código de identificação D001), se uma


amostra representativa dele, obtida conforme a ABNT NBR 10007, apresentar qualquer uma
das seguintes propriedades:

a) ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C, determinado conforme ABNT NBR 14598 ou
equivalente, excetuando-se as soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume;

b) não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25°C e 0,1 MPa
(1 atm), produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas
espontâneas e, quando inflamada, queimar vigorosa e persistentemente, dificultando a
extinção do fogo;

c) ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como resultado,
estimular a combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro material;

d) ser um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação Federal sobre transporte de


produtos perigosos (Portarianº 204/1997 do Ministério dos Transportes).

4.2.1.2 Corrosividade

Um resíduo é caracterizado como corrosivo (código de identificação D002) se uma amostra


representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes
propriedades:

a) ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior ou igual a 12,5, ou sua mistura
com água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2
ou superior ou igual a 12,5; ABNT NBR 10004:2004 4 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos
reservados

b) ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e
corroer o aço (COPANT 1020) a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de
55°C, de acordo com USEPA SW 846 ou equivalente. 4.2.1.3 Reatividade Um resíduo é
caracterizado como reativo (código de identificação D003) se uma amostra representativa
dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades:

a) ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar;

b) reagir violentamente com a água;

c) formar misturas potencialmente explosivas com a água;

d) gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar danos à
saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água;

e) possuir em sua constituição os íons CN- ou S2- em concentrações que ultrapassem os limites
de de 250 mg de HCN liberável por qulilograma de resíduo ou 500 mg de H2S liberável por
quilograma de resíduo, de acordo com ensaio estabelecido no USEPA - SW 846;
f) ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo, ação
catalítica ou temperatura em ambientes confinados;

g) ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição detonante ou explosiva a


25°C e 0,1 MPa (1 atm); h) ser explosivo, definido como uma substância fabricada para
produzir um resultado prático, através de explosão ou efeito pirotécnico, esteja ou não esta
substância contida em dispositivo preparado para este fim.

4.2.1.4 Toxicidade Um resíduo é caracterizado como tóxico se uma amostra representativa


dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades:

a) quando o extrato obtido desta amostra, segundo a ABNT NBR 10005, contiver qualquer um
dos contaminantes em concentrações superiores aos valores constantes no anexo F. Neste
caso, o resíduo deve ser caracterizado como tóxico com base no ensaio de lixiviação, com
código de identificação constante no anexo F;

b) possuir uma ou mais substâncias constantes no anexo C e apresentar toxicidade. Para


avaliação dessa toxicidade, devem ser considerados os seguintes fatores: ― natureza da
toxicidade apresentada pelo resíduo; ― concentração do constituinte no resíduo; ― potencial
que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem para migrar do resíduo
para o ambiente, sob condições impróprias de manuseio; ― persistência do constituinte ou
qualquer produto tóxico de sua degradação; ― potencial que o constituinte, ou qualquer
produto tóxico de sua degradação, tem para degradar-se em constituintes não perigosos,
considerando a velocidade em que ocorre a degradação; ― extensão em que o constituinte,
ou qualquer produto tóxico de sua degradação, é capaz de bioacumulação nos ecossistemas;
ABNT NBR 10004:2004 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 5 ― efeito nocivo pela
presença de agente teratogênico, mutagênico, carcinogênco ou ecotóxico, associados a
substâncias isoladamente ou decorrente do sinergismo entre as substâncias constituintes do
resíduo;

c) ser constituída por restos de embalagens contaminadas com substâncias constantes nos
anexos D ou E;

d) resultar de derramamentos ou de produtos fora de especificação ou do prazo de validade


que contenham quaisquer substâncias constantes nos anexos D ou E;

e) ser comprovadamente letal ao homem;

f) possuir substância em concentração comprovadamente letal ao homem ou estudos do


resíduo que demonstrem uma DL50 oral para ratos menor que 50 mg/kg ou CL50 inalação para
ratos menor que 2 mg/L ou uma DL50 dérmica para coelhos menor que 200 mg/kg. Os códigos
destes resíduos são os identificados pelas letras P, U e D, e encontram-se nos anexos D, E e F.

4.2.1.5 Patogenicidade

4.2.1.5.1 Um resíduo é caracterizado como patogênico (código de identificação D004) se uma


amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, contiver ou se houver
suspeita de conter, microorganismos patogênicos, proteínas virais, ácido desoxiribonucléico
(ADN) ou ácido ribonucléico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados,
plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças em homens,
animais ou vegetais.
4.2.1.5.2 Os resíduos de serviços de saúde deverão ser classificados conforme ABNT NBR
12808. Os resíduos gerados nas estações de tratamento de esgotos domésticos e os resíduos
sólidos domiciliares, excetuando-se os originados na assistência à saúde da pessoa ou animal,
não serão classificados segundo os critérios de patogenicidade.

3) Agora, em material próprio, construa um mapa conceitual contemplando os três grupos de


resíduos (sólido, líquido e gasoso) e os principais impactos ambientais ocasionados pela sua
geração e descarte inapropriado.

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