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Para este trabalho de psicologia, escolhi inspirar-me na capa da obra O Pão Não Cai

do Céu da autoria de José Rodrigues Miguéis, pois, entendi este título como bastante
promissor para a escrita criativa, não obstante da minha falta de conhecimento sobre a obra, o
seu título leva-me a pensar em emoções de tristeza e frustração, que provêm de um meio de
pobreza.
O Pão Não Cai do Céu, título metafórico, reflecte a vivência em pobreza e com baixas
condições de muitos povos na actualidade, incluindo regiões portuguesas próximas. Esta
pobreza [baixos salários, muitas horas de trabalho, infraestruturas precárias], no entanto, é
causadora de agravados sentimentos de tristeza, frustração e desalento, e sendo assim, tem
um papel de causa nestes sentimentos que surgem perante a realidade, uma das características
das emoções.
Apesar desta realidade estabelecida, as emoções nunca hão de ser apenas negativas. O
povo que vive em miséria, e também as crianças que nascem em tal precariedade, hão de ter
os seus momentos de alegria, causados por brincadeiras, bons momentos ou ambientes de
felicidade, estes demonstram que, por mais que o meio não tenha mudado, o tempo
encarrega-se moderar a polaridade das emoções, outra característica das emoções, pois não
iremos sempre permanecer com emoções negativas ou positivas, uma será sempre trocada por
outra, pois a emoções têm, assim, um início e fim da sua experiência. Este facto comprova
ainda uma certa versatilidade das emoções, que, dependendo das interpretações e reações
dos factos e acontecimentos, estas irão aparecer e desaparecer dinamicamente, compondo
estes três factores outras características fundamentais das emoções.
Podemos, ainda, para melhor entendimento, exemplificar o poder da interpretação
nas emoções do indivíduo. Por mais que neste meio de precariedade se viva de uma forma
dura e deplorável, se os habitantes forem ignorantes ao seu mau viver, as suas emoções vão
manter-se neutras ou positivas face à pobreza, exatamente por não haver uma interpretação
negativa deste modo de vida.
Em suma, as emoções operam de várias formas, complexas e dinâmicas, e
dependendo, em primeiro lugar, da interpretação do indivíduo acerca dos factos que o
rodeiam. Não obstante, as emoções podem ser consideradas como omnipresentes, pois por
mais que seja uma positiva ou negativa interpretação do meio, algo nos fará sempre sentir,
podendo ser alterado com o passar do tempo e com novas experiências.

-David Realinho nº4 12ºL

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