Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Um relato do que era a crucificação nos tempos do império de Roma, mostra toda a agonia
física e mental que Jesus Cristo passou. O que vemos nos evangelhos e nos filmes é apenas
uma simples alusão do que realmente essa tortura era na realidade.
Uma das mais terríveis formas de punição na Roma antiga, a crucificação combinava vergonha,
tortura, agonia e morte. Era a mais humilhante das formas de execução. Despojado de suas
vestes, o condenado era açoitado impiedosamente pelos carrascos com um azorrague, espécie
de chicote com cerca de oito tiras de couro cujas pontas eram reforçadas com objetos perfuro
cortantes, como pregos e pedaços de ossos, para aumentar o sofrimento da vitima.
Finalmente, os braços do condenado eram atados à trave e seu corpo içado. Normalmente, os
punhos eram atados à viga por cordas, mas no caso de Jesus, foram usados cravos de ferro,
que perfuravam a carne, destruindo nervos e ossos, multiplicando ainda mais o sofrimento.
Um estudo da agonia
O cirurgião francês Pierre Barbet, do hospital Saint Joseph, de Paris, descreve a agonia da
crucificação no livro “A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o cirurgião “:
Com a carne e a pele dilaceradas pelas chibatadas com o azorrague, Jesus recebeu na
cabeça espécie de coroa ou capacete feita com galhos entrelaçados de uma planta com
espinhos, que perfuram seu couro cabeludo, provocando fortes dores e sangramento
abundante. Em seguida, foi vestido com uma túnica. O tecido, em contato com as
feridas abertas, gruda na carne.
O braço horizontal da cruz é posto sobre seus ombros e ele é exposto à multidão feroz. Já sem
forças, Jesus é rebocado com cordas pelos soldados, num percurso de cerca de 600 metros.
Seus passos são arrastados, o peso da trave e a fadiga causam várias quedas, ferindo seus
joelhos. Os soldados o agridem, o açoitam e o forçam a prosseguir.
Nos momentos finais de sua agonia, Jesus, num esforço sobre humano, se apoiava nos pregos
cravados em seus pés e erguia o corpo, aliviando a tração dos braços, para poder respirar e
falar. Pede ao pai que perdoe seus carrascos, e desabafa: “ Eli, Eli, lama azavtani” (Pai, Pai,
porque me abandonastes?). Num último e derradeiro esforço, grita: “ Pai em tuas mãos
entrego meu espírito! Tudo está consumado! ”. E morre, cumprindo com seu sacrifício da lei
ditada por Moisés. O Cordeiro de Deus livra, com seu sangue derramado os pecados do
mundo.