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Dentre as práticas devocionais, sem dúvida alguma, a oração é uma das mais importantes. Pela
oração falamos com Deus, suplicamos o seu favor e intercedemos pelos homens. A oração é
mais do que um deleite, ela é um dever. Para Cristo, a oração deve ser marcada pela
perseverança, mas, também pela tarefa diligente. Para Jesus orar é vital, é oxigenar a vida
espiritual, é manter acesa a chama da esperança. Para instruir os seus discípulos, Jesus usou
métodos relevantes, simples, objetivos e revolucionários. O seu ensino causava grande
impacto, pois criava situações, cujas imagens atingiam o coração dos seus ouvintes. Para
ensinar que a oração é o instrumento medidor da fé, o Senhor Jesus conta a “parábola do juiz
iníquo” (Lc 18. 1-8). A parábola supracitada contém varias lições, contudo, vamos elencar
apenas três, para a nossa edificação:
O prólogo da parábola contada por Jesus ensina-nos três verdades. Diz o texto: “Disse-lhes
Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer:” (Lc 18. 1). Em primeiro
lugar, a oração é um dever. De acordo com Jesus orar para o crente não é uma questão
opcional, mas, uma tarefa obrigatória. Em segundo lugar, a oração deve ser uma prática
contínua. A oração deve ser um exercício progressivo, uma prática constante e ininterrupta.
Em terceiro lugar, a oração constante só reconhece um tempo, isto é, o sempre. Devemos orar
sempre, o tempo todo, em todas circunstâncias, indiferente das múltiplas adversidades e das
diversas situações. Para realçar a importância da oração, Jesus pinta um cenário cujas cores
sobressaem com brilho, com força e com intensidade. Sua pedagogia alcança o imaginário das
pessoas. Ele conta que havia na mesma cidade um juiz e uma viúva (Lc 18. 2, 3). A viúva insistia
com o juiz: “Julga a minha causa contra o meu adversário” (Lc 18. 3). O juiz, entretanto, “por
algum tempo, não a quis atender”. Porém, a pobre mulher persistiu até que o juiz tomou a
decisão: “julgarei a sua causa”. O pedido da viúva é um protótipo daquilo que o crente deve
fazer, um retrato daquele que jamais desiste, uma caricatura do suplicante que não desiste.
Ela sabe que não tem condição nem competência para resolver o seu problema. Por isso,
implora o favor daquele que tem poder para julgar a sua causa. A viúva é um retrato da
vulnerabilidade humana, de quem não tem forças nem influencia social, mas, que reconhece
que existe alguém com prerrogativa legal para mudar a sua sorte. A perseverança da viúva é
um estimulante para orarmos e uma fotografia da oração que jamais desiste de seu pleito.