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Profa. DSc.

Risete Maria Q L Braga


FAESA/ITEC/UFPA
risetebraga@ufpa.br
Lei 12.305/2010 - PNRS

X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações


exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta,
transporte, transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com
plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou
com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos
na forma desta Lei

XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações


voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos,
de forma a considerar as dimensões política, econômica,
ambiental, cultural e social, com controle social e sob a
premissa do desenvolvimento sustentável;
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

3 ACONDICIONAMENTO E COLETA DOS RS.


3.1 Acondicionamento.

ABNT - NBR 12.980:1993 - ato de embalar os resíduos sólidos para


seu transporte.

Acondicionar significa dar aos resíduos sólidos "embalagem"


adequada, cujos tipos dependem das características e da forma de
remoção dos resíduos, aumentando, assim, a segurança e a
eficiência do serviço de coleta.

De acordo com a sua origem, existem vários tipos de recipientes


para acondicionamento dos resíduos sólidos, que são:
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
a) Resíduos sólidos domiciliares – comerciais - recipientes metálicos ou
plásticos (latas e contêineres), sacos plásticos padronizados e sacos
plásticos utilizados como embalagens de supermercados e lojas;

b) Resíduos de varrição - sacos plásticos padronizados, contêineres


estacionários, tambores ou bombonas de 100 litros e 200 litros e cestos
coletores de calçadas;

c) Resíduos de feiras livres e eventos - sacos plásticos apropriados,


recipientes basculantes (cestos) e contêineres estacionários;

d) Resíduos conhecidos como entulhos - contêineres estacionários;

e) Resíduos de serviços de saúde - devem ser empregados recipientes


adequados a cada tipo, quantidade e características de RS, para melhor
manuseio e proteção do pessoal encarregado da coleta e remoção dos
resíduos. Isso evita a exposição, bem como permite a identificação dos
resíduos que requerem cuidados especiais, diminuindo os riscos de
contaminação.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
3 ACONDICIONAMENTO, COLETA E TRANSPORTE
3.1 ACONDICIONAMENTO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

CAPACIDADE
660 l, 770 l e 1000 l
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Capacidade
50 l
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

O planejamento da coleta

Planejar a coleta consiste em agrupar informações sobre as condições de saúde


pública, a capacidade técnica do órgão que prestará o serviço, as possibilidades
financeiras do Município, as características da cidade e os hábitos e as
reivindicações da população, para então discutir a maneira de tratar tais fatores e
definir os métodos que forem julgados mais adequados.

 Planejar significa tomar decisões de forma prudente, procurando sempre


imaginar consequências. É, portanto, um ato político. Não há "receitas de bolo".
Podem, porém, ser apresentadas alternativas que ajudem a dimensionar as
atividades em cada cidade.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Entre os levantamentos que deverão ser executados, destacam-se:

 as características topográficas e o sistema viário urbano. Registrados em


mapas, deverão caracterizar o tipo de pavimentação das vias, declividade,
sentido e intensidade de tráfego;
 a definição das zonas de ocupação da cidade. As áreas delimitadas em
mapas deverão indicar os usos predominantes, concentrações comerciais,
setores industriais, áreas de difícil acesso e/ou de baixa renda,
 os dados sobre população total, urbana, quantidade média de moradores
por residência e, caso houver, o número expressivo de moradores
temporários;
 a geração e a composição dos resíduos;
 os costumes da população, onde deverão ser destacados os mercados e
feiras livres, exposições permanentes ou em certas épocas do ano, festas
religiosas e locais preferidos para a prática do lazer;
 a disposição final dos resíduos.
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3.2 Coleta e Transporte

NBR 12.980:1993 - na coleta e no transporte são recolhidos e


transportados os resíduos sólidos de qualquer natureza. Para
isso, são utilizados veículos e equipamentos apropriados

3.2.1 Sistema de Coleta

a) Sistema de Coleta Regular ou Domiciliar


b) Sistema de Coleta por Remoções Especiais
c) Sistema de Coleta por Remoções Pelos Próprios Geradores
d) Sistema de Coleta Seletiva
Profa.Risete Braga
3.2.1 Sistema de Coleta

a) Sistema de Coleta Regular ou Domiciliar

• Prefeitura, Terceirizada ou Mista.


• Remoção de RSD (casas e edifícios residencias),
estabelecimentos comerciais, hotéis, repartições
públicas e pequenas industrias.
• Supermercados e grandes industrias (próprio
produtor).
• É a principal atividade da limpeza pública.
• Custa aproximadamente 50 % do custo total
B) Sistema de Coleta por Remoções Especiais

• Coleta feita mediante escalas ou pedidos.

• Escala: Varredura Pública, Resíduos Sólidos de Serviços de


Saúde, Resíduos de Cemitérios, outros.

• Pedidos: Animais mortos, folhagem, móveis, limpeza de


terrenos e alagamentos.

C) Sistema de Coleta por Remoções Pelos Próprios Geradores

• Fiscalização
Frequência de coleta

Frequência de coleta é o número de vezes na semana em que é


feita a remoção de lixo num determinado local da cidade. Os
fatores que influenciam esta decisão são:

 tipo de lixo gerado;

 as condições climáticas;

 os recursos materiais e humanos à disposição do órgão


prestador de serviço;

 a limitação do espaço necessário ao armazenamento do lixo


pelo usuário em sua casa ou negócio.

Profa.Risete Braga
VANTAGENS E DESVANTAGENS DE DIFERENTES FREQUÊNCIAS DE COLETAS DE RSU.

ALTERNATIVAS DE VANTAGENS DESVANTAGENS CONDIÇÕES QUE


COLETAS POTENCIAIS POTENCIAIS FAVORECEM A
ALTERNATIVA

UMA VEZ POR - MAIS ECONOMICA - LIXO - PROVISÕES


SEMANA (OU MENOS) - NECESSITA MENOS INADEQUADAMENTE ADEQUADAS DE
COMBUSTÍVEL ARMAZENADO CRIA ARMAZENAMENTO
PROBLEMAS DE - CLIMA
ODOR E VETORES TEMPERADO OU
FRIO

DUAS VEZES POR - REDUZ LIXO MAIS CARA - A QUALIDADE DO


SEMANA - REDUZ NECESSIDADE NECESSITA DE MAIS SERVIÇO É MAIS
DE ARMAZENAMENTO COMBUSTÍVEL IMPORTANTE QUE
A ECONOMIA
- CLIMA QUENTE

MAIS DE DUAS VEZES - REDUZ LIXO MAIS CARA - ESPAÇO


POR SEMANA - REDUZ NECESSIDADE NECESSITA DE MAIS SERIAMENTE
DE ARMAZENAMENTO COMBUSTÍVEL RESTRITO PARA
ARMAZENAMENTO
- POPULAÇÃO
DENSA

Fonte: Brasil, 1999.


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PLANEJAMENTO DA COLETA

• RESÍDUOS DOMICILIARES
• SERVIÇOS DE SAÚDE.
• RESÍDUOS PERIGOSOS.
• RESÍDUOS DA VARRIÇÃO.
• RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO.
• RESTOS DE CEMITÉRIOS, FEIRAS LIVRES E ANIMAIS MORTOS.
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ITENS NECESSÁRIOS PARA PROJETAR UM SISTEMA DE COLETA

• MAPA GERAL DO MUNICÍPIO (1:10.000).


• MAPA CADASTRAL DO MUNICÍPIO (1:5.000).
• MAPA PLANI-ALTIMÉTRICO.
• MAPA DE PAVIMENTAÇÃO DAS RUAS.
• MAPA INDICATIVO DAS ÁREAS OU RUAS COMERCIAIS.
• MAPA CONTENDO: ESCOLAS, SERVIÇOS DE SAÚDE, INDUSTRIAS, GARAGEM DOS
VEÍCULOS COLETORES E LOCAL DO DESTINO FINAL.
• MAPA DE TRÁFEGO.
• MAPA INDICANDO: FEIRAS LIVRES E COMÉRCIOS AMBULANTES.
• VOLUME DE RS A SEREM COLETADOS.
• DISTÂNCIA DO LOCAL DE COLETA AO DESTINO FINAL.
• PESO ESPECÍFICO APARENTE ÚMIDO.
• COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA.
• VELOCIDADES DE COLETA E DE TRANSPORTE.
• LOCALIZAÇÃO DOS GRANDES CENTROS PRODUTORES DE RS.
• NÚMERO DE VEÍCULOS DISPONÍVEIS.
ETAPAS PRINCIPAIS A SEREM CONSIDERADAS NA COLETA
1. CAMPANHAS EDUCATIVAS (ACONDICIONAMENTO, FREQUÊNCIA E
HORÁRIO).
2. FREQUÊNCIA (EVITAR ODOR E APARECIMENTO DE MOSCAS).
3. TIPOS DE FREQUÊNCIA:
DIÁRIA - DIAS ÚTEIS COM FOLGA NOS DOMINGOS E FERIADOS. NA
SEGUNDA É NECESSÁRIO UM MAIOR NÚMERO DE VIAGENS.
ALTERNADA – FOLGA SÓ NOS DOMINGOS.
4. HORÁRIO - ZONAS RESIDÊNCIAIS (8 AS 12 HORAS), ZONAS COMERCIAIS
(APÓS AS 18 HORAS) E ZONAS DE HOTÉIS E RESTAURANTES (ANTES
DAS 8 HORAS).
5. GUARNIÇÃO – CARROS COMPACTADORES (2 A 4 COLETORES +
MOTORISTA), CAÇAMBAS (GUARNIÇÃO DO COMPACTADOR + 1 A 2
ARRUMADORES) E TRATORES E CARROÇAS (1 MOTORISTA OU
CARRETEIRO (+ 1 COLETOR).
6. RECURSOS HUMANOS – BOAS CONDIÇÕES DE TRABALHO, SALARIOS
DIGNOS, TREINAMENTOS FREQUENTES E USO DE EPI’s (UNIFORMES,
BOTAS OU TÊNIS, LUVAS E BONÉS).
7. PROJETO DE ENGENHARIA.
DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE COLETA

1. DETERMINAÇÃO DOS TIPOS DE SISTEMAS DE COLETA.


2. DIVISÃO EM SETORES DE COLETA – NA DIVISÃO OBSERVAR A
PROXIMIDADE DOS BAIRROS, A CONDIÇÃO SÓCIOECONOMICA E
OBSERVAR O VOLUME DE RESÍDUOS SUFICIENTE PARA COMPLETAR A
CARGA DO VEÍCULO NOS PERÍODOS DE TEMPOS ESTABELECIDOS.
3. DETERMNAÇÃO DOS ROTEIROS DE COLETA – OBSERVAR O
SENTIDO DE TRAFEGO, A TOPOGRAFIA DA ÁREA, A PAVIMENTAÇÃO DAS
VIAS, O LOCAL DA GARAGEM DOS VEÍCULOS E O LOCAL DO DESTINO
FINAL.
4. ELABORAR UM ROTEIRO GRÁFICO.
5. ELABORAR UM ROTEIRO DESCRITIVO.
6. ACOMPANHAR A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO.
7. AJUSTAR O MODELO ADOTADO.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

LIMITES DA ÁREA URBANA


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SETORES DE COLETA

Setor 1
Setor 2

Setor 4

Setor 3
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

ROTEIRO GRÁFICO

Setor 1

14 13
11
7 12
3 10
8 9
6
4
2 5

Inicio e Fim do roteiro Trecho com coleta Coleta manual Trecho morto
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
ROTEIRO DESCRITIVO
Trecho Tempo Acumulado Tipo de Volume Nome da Rua Conv
(m) (min) (min) Percurso (m³)

80 CU 1 - 25 de abril E
100 CU 2 – Francisco M Beato D
40 CU 3-Arminda G Carvalho E
100 CU 4- Bento de Jesus D
40 CU 5- 25 de abril E
100 CU 6- Souza Lima D
40 CU 7–Arminda G Carvalho E
100 CU 8-Brasil D
80 CU 9-25 de abril E
110 CU 10-Salvador Allende E
60 CU 11-Pará D
50 CM 12-Brasil E
40 CM 13-Arminda G Carvalho D
70 CU 14-P Centro Social FIM
CU coleta útil – CM coleta morta – E esquerda – D direita – R retorno – RE ré
3.2.2 Transporte
NBR 12.980:1993 - na coleta e no transporte são recolhidos e transportados
os resíduos sólidos de qualquer natureza. Para isso, são utilizados veículos e
equipamentos apropriados
3.2.2.1 Veículos e Equipamentos
CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA O VEÍCULO COLETOR
- FORTE
- REVESTIMENTO INTERNO EM CHAPAS DE AÇO
- ALTURA MÁXIMA DE CARREGAMENTO DE 1,00 METRO
- AMPLA ABERTURA DE CARREGAMENTO
- ABERTURA LOCALIZADA NA PARTE TRAZEIRA
- ACESSIBILIDADE A TODAS AS PARTES DA CARROCERIA
- SISTEMA MECANIZADO DE DESCARGA.
3.2.2.2 TIPOS DE VEÍCULOS

Carrinho coletor manual: capacidade é de 0,50 m³, velocidade de locomoção quando não se
encontra em coleta é em média 4 km/h, fácil manutenção e operação, e trabalha com
2 funcionários.
Carroça de tração animal: capacidade é de 2,50 m³, utiliza para operação, 2
funcionários e sua velocidade é em média 6 km/h.
Veículo a motor sem sistema de compactação:
caçambas convencionais, com cobertura
abaulada e corrediça, a capacidade é
normalmente de 4 a 15 m³, sendo necessário de
4 a 6 funcionários.

Veículo a motor com sistema de compactação: é o


mais indicado para o sistema de coleta dos resíduos
sólidos de cidades, apresenta um custo 34 % menor
por tonelada/km e velocidade de 32 %, capacidade é
de 15 a 50 m³ e utiliza de 4 a 8 funcionários e pode ser
feitas com recolhimento por basculamento por meio
de elevadores acoplados nos veículos.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

CAÇAMBA BASCULANTE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
CARRO TIPO PREFEITURA OU BAÚ
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CAPACIDADE – 6 a 10 m³ MATERIAL – Chapas de aço


DESCARGA – Basculamento
VANTAGENS DESVANTAGENS
RESISTÊNCIA E SIMPLICIDADE ALTURA DE CARGA EXCESSIVA
(1,80 M)
PREÇO ACESSIVEL DISPERSA O LIXO

PESO RELATIVAMENTE NECESSITA DE ARRUMADOR


PEQUENO EM RELAÇÃO A
CARGA ÚTIL
BAIXO CUSTO OPERACIONAL CARREGA POUCO VOLUME

FACIL MANUTENÇÃO POSSUI BAIXA PRODUTIVIDADE

CARREGAMENTO FACILITADO
DEVIDO AO GRANDE Nº DE
COLETORES
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CARROCERIA COMPACTADORA (ESPECIALIZADA)

VANTAGENS DESVANTAGENS

COMPACTAÇÃO AUTOMÁTICA PREÇO ELEVADO


EM TORNO DE 1/3
MAIOR CAPACIDADE DE ALTO CUSTO DE OPERAÇÃO E
CARGA, NA FAIXA DE 10 A 40 MANUTENÇÃO

EVITA A DISPERSÃO

IMPEDE MAIOR EXALAÇÃO DE


ODORES
POSSUI BAIXA ALTURA DE
CARREGAMENTO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

TIPOS DE CARROS FABRICADOS NO BRASIL


MODELO FABRICANTE
KUKA PIRAMIX
M – 150 USIMECA PEABODY
SL 100 USIMECA
CLP PLANALTO
COLETRÁS TECTRAN-FRUEHAUF
ENTERPAC ENTERPA
MAXIMMUS LIXOTEC
VEGALIX II W. QUITRAN
VEGAMASTER W. QUITRAN
SITA 6.000 W. QUITRAN
COLECTOMATIC 4000 W. QUITRAN
CHL (RSS) W. QUITRAN
RECYCLER W. QUITRAN
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

USIMECA
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

CIMEL - RSS
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

CITEC – VEICULO COM ELEVADOR


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

USIMECA – COLETOR SELETIVO


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

TIPO KUKA
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

USIMECA

USIMECA - USINA MECÂNICA CARIOCA


S.A.
Rodovia Presidente Dutra, KM 181
26285-001 Posse - Nova Iguaçu - RJ -
BRASIL
TEL: (55-21) 667 4000
E-MAIL: usimeca@uninet.com.br
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO

ACONDICIONAMENTO

COLETA

TRANSPORTE

ESTAÇÃO DE
TRANSFERÊNCIA

TRANSPORTE

TRATAMENTO DISPOSIÇÃO FINAL

Fonte: Norat Carneiro


3.3 ESTAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA-ET

OBJETIVO – Viabilizar economicamente o sistema de coleta.

INDICATIVO – Toda vez que a distância do centro de massa


(gravidade) da zona de coleta ao local de destino final for maior que
20 km, deve-se estudar a viabilidade econômica para a implantação
de uma Estação de Transferência.

TIPOS – E.T. sem compactação – usada para RS pouco


compressíveis a baixa pressão (resíduos públicos, entulhos,
sucatas, etc.), os seus carros transportadores são carregados pela
parte de cima e posteriormente cobertos e a descarga se faz por
basculamento ou ejeção.

E.T. com compactação – os RS são colocados no carro transportador


através de uma prensa transferidora e o descarregamento é feito por
ejeção.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
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Profa.Risete Braga
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GERAÇÃO

ACONDICIONAMENTO

COLETA

TRANSPORTE

ESTAÇÃO DE
TRANSFERÊNCIA

TRANSPORTE

TRATAMENTO DISPOSIÇÃO FINAL

Fonte: Norat Carneiro


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PROJETO DE COLETA – DIMENSIONAMENTO DA FROTA

DADOS EMPÍRICOS

NÚMERO DE RESIDÊNCIAS DE UMA CIDADE É IGUAL A


POPULAÇÃO DIVIDIDA POR CINCO.

NÚMERO DE CASAS COMERCIAIS É IGUAL A 10% DO


NÚMERO DE RESIDÊNCIAS.

DENSIDADE DA POPULAÇÃO É IGUAL A 50 HABITANTES


POR HECTARE.

ÁREA DA CIDADE É IGUAL A POPULAÇÃO DIVIDIDA POR 50.

EXTENSÃO DE RUAS A COLETAR É IGUAL A 200 METROS


POR HECTARE.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
PARÂMETROS MÍNIMOS PARA DIMENSIONAMENTO DA COLETA

1 FREQUÊNCIA E HORÁRIO
2 POPULAÇÃO

3 FLUXO DIÁRIO DA POPULAÇÃO EM GRANDES CIDADES

4 PRODUÇÃO DIÁRIA DE RS POR HABITANTE

5 DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE COLETA (Tipo do logradouro,


extensão e distribuição de domicílios por metro linear)

6 DISTÂNCIA DO CENTRO DE MASSA AO LOCAL DO DESTINO FINAL

7 TIPOS DE VEÍCULOS (capacidade de carga, velocidade de


transporte e consumo de combustível)

8 PESO ESPECÍFICO APARENTE ÚMIDO

9 CAPACIDADE HUMANA DE TRABALHO


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DIMENSIONAMENTO DA FROTA - METODO CYNAMON

Nv = V / (c’ . n)
Nv - Nº de veículos utilizados simultaneamente
V - Volume a ser coletado (m³)
c’- Capacidade útil de cada veículo (m³)
n – Nº de viagens de cada veículo
(IPT 1995):
Profa.Risete Braga
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Cabe análise das parcelas da fórmula para um melhor
entendimento do dimensionamento da coleta:

a) A razão (L/Vc): expressa o tempo total de percurso da


coleta (h);

b) A parcela (2(Dg/Vt)) expressa o tempo de percurso de ida e


volta, da garagem até o CG da área a ser coletada (h);

c) A parcela (2(Dd/Vt)) expressa o tempo de percurso de ida e


volta, do CG da área até o local de destinação final;

d) A parcela (Q/C) expressa o número de viagens do veículo


coletor para escoar todos os RSD produzidos na área.

Profa.Risete Braga
A frequência da coleta é definida pelo tempo decorrido entre duas
coletas consecutivas ocorridas num mesmo local, realizadas em
função do volume de resíduos gerados diariamente, do clima, das
expectativas dos geradores, das limitações de acondicionamento
(USEPA, 1995, p. 4-11).

Se a freqüência de coleta é de duas vezes por semana, excetuado o


domingo, realizada pela manhã, às segundas e quintas-feiras, por
exemplo, a quantidade a ser coletada cada vez que o veículo
coletor passa é de 3 a 4 vezes a geração per capita diária por setor.

O número total de veículos necessários à coleta é obtido pela


soma dos veículos que operam simultaneamente nos diversos
setores do município e não pelo total dos veículos de cada setor.

Profa.Risete Braga
IPT: CEMPRE (1995, p. 60) sugerem que se faça uma tabela
alocando ali os setores servidos, a freqüência da coleta e o número
de veículos necessários para a execução da coleta em cada setor por
dia, conforme exemplo abaixo:

Profa.Risete Braga
O pessoal envolvido também precisa ser dimensionado. A
equipe de trabalho de cada veículo coletor é chamada de
guarnição. O dimensionamento da guarnição depende do tipo
de coleta a ser realizada, do equipamento utilizado, do volume
de resíduos a ser coletado, dentre outros fatores. De modo
geral, são utilizadas as seguintes configurações de guarnições
para os equipamentos abaixo citados:

Profa.Risete Braga
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

DIMENSIONAMENTO DA FROTA - EXERCÍCIOS

1º) Determinar o número de veículos a serem utilizados


simultaneamente na coleta de lixo de uma cidade, com as
seguintes características:
•Volume a ser coletado: 1.106 m³;
•Capacidade dos veículos: Tipo A: 12 m³;
Tipo B: 20 m³
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DIMENSIONAMENTO DA FROTA - EXERCÍCIOS

2º) Considerando que uma cidade média com 80.000


habitantes, onde cada habitante produz 0,5 kg de RS por
dia, calcule o número de viagens de cada veículo e o
número de veículos utilizados simultaneamente. Dados:

•Comprimento de ruas a coletar: 85.000 m;


•Tempo utilizado para a coleta completa: 5,5 h;
•Carga útil de cada veículo: 5 t;
•Velocidade de coleta útil: 4 km / h
•Tempo de ida e volta do caminhão cheio ao local de
destino final: 2 h

Q = 80.000x0,5 = 40.000 kg
Q = 40 ton Q = mc = 40 =m 5 = 8
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DIMENSIONAMENTO DA FROTA – EXERCÍCIOS

3º) Determinar o número de veículos a serem utilizados


simultaneamente na coleta de RS de uma grande cidade
com as seguintes características:

•Produção de RS: 0,6 kg/hab.dia;


m = nv x n = 200 =nvx2
•População: 2.000.000 habitantes;
Nv = 100
•Comprimento de ruas a servir: 1.000 km;
•Tempo utilizado para a coleta: 4 horas;
Q = mxc
•Carga útil de cada veículo: 6 toneladas;
1200 = mx6
•Velocidade média da coleta: 4 km/h;
m= 200
•Tempo de viagem ao ponto de descarga e sua volta: 2 horas
Q = 2.000.000x0,6 = 1.200 ton

n = (1200x4x4)/(1000x6) + (1200x4x2 )= 1,23 = 2


viagens
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
DIMENSIONAMENTO DA FROTA - EXERCÍCIOS

4º) Calcular o tempo de duração para a coleta de RS de


uma cidade com as seguintes características:

•Quantidade máxima de RS a coletar em um dia:1.500 t;


•Nº total de viagens de todos os veículos: 250;
•Tempo de ida e volta do caminhão cheio ao local de
destino final: 1,8 h;
•Nº de viagens de cada veículo: 2;
•Velocidade de coleta útil: 5 km / h;
•Densidade média dos RS a remover: 1 t/km
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
DIMENSIONAMENTO DA FROTA - EXERCÍCIOS

5º) Calcular o número de veículos necessários para a


coleta de RS de uma cidade com as seguintes
características:
•Número de economias: 200.000;
•Volume a ser coletado: 4.000 m³;
•Capacidade dos carros: Tipo A = 28 m³;
Tipo B = 12 m³;
•Tempo de percurso útil unitário: 0,5 min;
•Nº de garis por carro: 3;
•Tempo de percurso morto: 25 % do tempo de coleta;
•Tempo de coleta: 8 h
NOVO MODELO DE
GESTÃO DE RESÍDUOS

Disposição
Final
Redução Reciclagem Adequada
dos Rejeitos

Não Geração Reutilizaçã Tratamento


o

(A partir de 02/08/2014) Destinação Final

Profa.Risete Braga
Nascimento, 2020 adaptado de Norat

Profa.Risete Braga
Cempre, 2016 – estima que o custo médio da coleta
seletiva/tonelada = U$ 102,49 (R$~389,46) e o valor médio da
coleta regular (convencional) é de US$ 25,00 (R$ 95,00),
assim a coleta convencional é de 4,10 vezes menor que a
coleta seletiva.

FATOR LIMITANTE PARA A COLETA SELETIVA

Profa.Risete Braga
Profa.Risete Braga
Reciclagem?
Recycle (inglês ) re = repetir

cycle = ciclo

Atividade de transformar materiais já usados em novos produtos


que podem ser comercializados.

A palavra reciclagem difundiu-se na mídia a partir do final da


década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo
e de outras matérias-primas não renováveis estavam se
esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a
disposição de lixo e de outros dejetos na natureza.

Profa.Risete Braga
A implantação da Coleta Seletiva visa atender o art. 2º do
Plano Nacional de Saneamento (BRASIL, 2007), em
conformidade com os objetivos da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), art. 7º:

“deverá ser implementada com o princípio fundamental da


universalização da prestação dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com
adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que
assegurem a recuperação dos custos dos serviços
prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade
operacional e financeira”

Profa.Risete Braga
Reciclagem

•Plásticos
•Vidros
•Metais: ferrosos, não-ferrosos
•Papel
•Pilhas
•Pneus
•Entulhos

Profa.Risete Braga
Sistema recolhimento dos resíduos
de
recicláveis inertes (papéis, plásticos, vidros e
metais) e orgânicos (sobras de alimentos, frutas e
verduras), previamente separados nas próprias fontes
geradoras, com a finalidade de reaproveitamento e
reintrodução no ciclo produtivo (FUNASA, 2006).

A coleta seletiva surge como um instrumento para a


gestão, educação ambiental e a valorização
social dos catadores que retiram do meio a sua
sobrevivência.

Profa.Risete Braga
 Diminui a exploração de recursos naturais;
 Reduz o consumo de energia;
 Diminui o desperdício;
 Reduz a poluição ambiental;
 Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis;
 Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;
 Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o destino
final;
 Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de
recicláveis pelas indústrias;
 Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;
 Propicia a população o exercício da cidadania e a maior
consciência ambiental.

Profa.Risete Braga
Rejeito
Diversos 11% Pap & Pap
5% 38%
Alum
1%

Metais
9%

Vidro
14% L Vida Plast
2% 20%

EQUIPE FONTE: CEMPRE


CONSULTORES
MMA SRHU / DAU
CORES RESÍDUOS
Azul Papel/Papelão
Vermelho Plástico
Verde Vidro
Amarelo Metal
Preto Madeira
Laranja Resíduos Perigosos
Branco Resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde
Roxo Resíduos radioativos
Marrom Resíduos orgânicos
Resíduo não reciclável ou misturado, ou
Cinza
contaminado não passível de separação.

Profa.Risete Braga
Profa.Risete Braga
COLETA SELETIVA
1) Coleta seletiva porta-a-porta
2) Coleta seletiva em postos de entrega voluntária (PEV’s):
3) Coleta seletiva em postos de troca
4) Coleta seletiva por catadores

Aspectos Positivos da Coleta Seletiva:

• Proporciona boa qualidade dos materiais recuperados;


• Estimula a cidadania;
• Permite maior flexibilidade;
• Reduz o volume do lixo que vai ser disposto.

Aspectos Negativos da Coleta Seletiva:

• Aumento dos gastos com a coleta;


• Necessita, mesmo com a segregação na fonte, de um centro de
triagem.

Profa.Risete Braga
Usinas de Triagem

Fases de Operação das Usinas de Triagem:

1 – Recepção:
_ Aferição do volume ou peso por meio de balança;
_ Armazenamento em silos ou depósitos adequados.

2 – Alimentação:
_ Carregamento na linha de processamento, por meio de máquinas, tais
como pás carregadeiras.

3 – Triagem:
_ Dosagem do fluxo de lixo nas linha de triagem (esteiras transportadoras) e
processos de separação de recicláveis por tipo.

Profa.Risete Braga
Usinas de Triagem

Aspectos Positivos da Usina de Triagem

• Não requer alteração do sistema convencional de coleta;


• Possibilita o aproveitamento da fração orgânica do lixo, pela sua
compostagem.

Aspectos Negativos da Usina de Triagem

• Investimento em equipamentos que vão constituir a usina;


• Necessidade de técnicos capacitados para operar a usina;
• Menor qualidade dos materiais recicláveis separados do lixo.

Profa.Risete Braga
MATERIAL SIM NÃO
Papel Aparas de papel, jornais, revistas, caixas, Adesivos, etiquetas, fita crepe, bitucas
papelão, papel de fax, formulários de de cigarros, papel carbono, papel
computador, folhas de caderno, cartolinas, celofane, papel vegetal, fotografias,
cartões, rascunhos escritos, envelopes, papel toalha, papel higiênico, papéis e
fotocópias, folhetos, sacos, embalagens, guardanapos engordurados/sujos,
impressos em geral papéis metalizados, parafinados,
plastificados
Metal Latas em geral (ex. latas de bebidas, latas Clipes, grampos, esponjas de aço, latas
de óleo, sardinha, molho de tomate, etc.), de aerossol, latas de inseticida e
peças de alumínio, peças de cobre, tampas, pesticida, latas de tinta e pilhas
ferragens, fios, pequenas sucatas

Plástico Tampas, potes de alimentos (margarina), Cabos de panela, tomadas, embalagens


frascos, utilidades domésticas, embalagens metalizadas (ex. alguns salgadinhos),
de refrigerante, garrafas de água mineral, isopor, adesivos, espuma, acrílico,
recipientes para produtos de higiene e fraldas
limpeza, PVC, tubos e conexões,
sacolas/sacos plásticos em geral, peças de
brinquedos, engradados de bebidas, baldes

Todos os materiais devem estar separados, limpos e secos


Profa.Risete Braga
DECRETO FEDERAL Nº 5.940 - 25.10.2006

Separação dos resíduos recicláveis descartados pelos


órgãos e entidades da administração pública
federal direta e indireta, na fonte geradora

destinação às associações e cooperativas dos


catadores de materiais recicláveis

DECRETO ESTADUAL N° 801 - 15.02.2008-PARÁ


Profa.Risete Braga
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO

ACONDICIONAMENTO

COLETA

TRANSPORTE

ESTAÇÃO DE
TRANSFERÊNCIA

TRANSPORTE

TRATAMENTO DISPOSIÇÃO FINAL

Fonte: Norat Carneiro


Queima controlada dos resíduos sólidos
urbanos em altas temperaturas em
instalações chamadas "incineradores“ e
transformação do mesmo em material
inerte (cinzas). Geralmente com
recuperação de energia.

Profa.Risete Braga
Profa.Risete Braga
Incineração
•Pré tratamento: moagem, secagem,
compostagem, ensacamento;
•Alimentação: manual, esteira de roletes, esteira
rolante, ou de rolante com multigarra;
•Incineração: câmaras múltiplas, ar controlado,
forno rotativo, grelhas móveis;
•Condicionamento dos gases: resfriamento com
água, mistura com água, trocador de calor;
•Tratamento dos gases: precipitador
eletrostático, filtros de manga, lavadores
Venturi.

Profa.Risete Braga
 Reduz o volume de lixo em até 90%

 Destrói a maioria do material orgânico e do


material perigoso que no aterro causa problemas

 Pode gerar energia através do calor

Profa.Risete Braga
 Um meio caro
 Só é válida se não poluir o ambiente
 Necessita de manutenção com mão-de-
obra especializada
 Poluição do ar pelos gases da combustão
como dioxinas e furanos

Profa.Risete Braga
COMPOSTAGEM
 Processo de reciclagem da matéria
orgânica formando um composto.
 Propicia um destino útil para os resíduos
orgânicos, evitando sua acumulação em
aterros e melhorando a estrutura dos
solos.
 Permite dar um destino aos resíduos
orgânicos domésticos, como restos de
comidas e resíduos do jardim.

Profa.Risete Braga
LEI 12.305/10- Política Nacional dos Resíduos Sólidos
CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES DOS GERADORES E DO
PODER PÚBLICO

Implantar sistemas de
compostagem para
Seção II
resíduos sólidos orgânicos
Da Responsabilidade
Compartilhada e articulação com os
Artº 36 - inciso V
agentes econômicos e
sociais formas de utilização
do composto produzido”.
De acordo com Pereira Neto (1987), a
compostagem é definida como um
processo aeróbio controlado,
desenvolvido por uma população
diversificada de microrganismos. Fonte: http://porteiradomato.com.br

O termo composto orgânico pode


ser aplicado ao produto compostado,
estabilizado e higienizado, que é
benéfico para a produção vegetal
(ZUCCONI & BERTOLDI, 1987)

Fonte: www.meioambiente.culturamix.com
COMPOSTAGEM- IMPORTÂNCIA X MEIO AMBIENTE
 Reduz a quantidade de resíduos
orgânicos;
 Enriquece a terra em nutrientes para as
plantas;
 Auxilia na agregação do solo
melhorando a sua estrutura;
 Ajuda na aeração e na habilidade de reter
água e nutrientes;
 Melhora a drenagem nos solos argilosos
e a retenção da água nos solos arenosos; Fonte: http://www.recicloteca.org.br
 Reduz a necessidade de usar herbicidas e
pesticidas.
Fonte: Fonte: http://www.oeco.org.br Fonte:
https://br.depositphotos.com http://www.portalresiduossolidos.
com

Composteira Composteira Composteira


Doméstica Comunitária Industrial
• Compostagem • Compostagem • Vermicompostagem
aeróbica anaeróbia

Fonte: Fonte:
Fonte:
http://www.core- Amplaextintores
purpose.com .com.br http://henrico.us
COMPOSTAGEM - Fatores que influenciam o processo

 AERAÇÃO:
TEMPERATURA: É fundamental favorece a
para garantir a destruição térmica de oxigenação,
microrganismos patogênicos. A secagem e
temperatura ótima para o processo diminuição do
deve ser na faixa de 55°C. Acima de volume do material
65° C, a temperatura retarda a a ser compostado.
atividade dos microrganismos
aumentando o tempo de compostagem.
Fonte: Lobato, 2017

 GRANULOMETRIA: materiais
moídos e peneirados com
granulometria fina e maior
homogeneidade melhora a
temperatura e apresenta menor perda
de calor. Fonte: http://www.arteplural.com.br
Fonte: http://www.ebah.com.br
COMPOSTAGEM - Fatores que influenciam o processo

 UMIDADE:
processo de compostagem para que
os microrganismos possam
decompor a matéria orgânica.
Fonte: https://pt.slideshare.net
 Valor ideal: 50% a 60%.

Fonte: http://www.setorreciclagem.com.br

 POTÊNCIAL HIDROGÊNIONICO (pH):


indica o estágio que o material se encontra dentro
do processo (JIMENEZ, E. I.,1989).

Fonte: http://soduvel.weebly.com
COMPOSTAGEM - Fatores que influenciam o
processo
 Carbono/Nitrogênio (C/N) : regulação dos microrganismos para a
transformação do resíduo orgânico em adubo.

 Carbono: fonte de energia para atividade microbiana através da respiração


(materiais secos: folhas, pequenos gravetos e etc.)
 Nitrogênio: essencial para a composição das proteínas, representam
metade da biomassa microbiana, ou seja, é o material construtivo para o
crescimento celular (material úmido: restos de frutas, estercos e etc.)
 Equilíbrio nas reações é importante que se estabeleça uma relação C/N
na faixa de 25/1 a 35/1 (valores abaixo ou acima provocam dificuldades
e retardam o processo).
O que pode ser compostado?

 Resíduos verdes -  Cascas e restos de


frutas e legumes
ricos em nitrogênio.  Restos de pão
 Cascas de ovos
 Aparas de
Gramas
 Hortaliças
 Borras de café
O que pode ser compostado?

Folhas secas
Palha
Resíduos Castanhos Serragem
ricos em Carbono. Feno
Pequenos gravetos
Cinzas de madeira
O que não pode ser compostado?

 Madeira tratada com


pesticida
 Vidro
 Plásticos

O que não pode ser  Metal

compostado  Tinta
 Couro
 Óleo
FASES DA COMPOSTAGEM O processo de compostagem é
marcado por uma contínua
mudança das espécies de
microrganismos devido às
modificações nas condições do
meio. A predominância de
determinadas espécies de
microrganismos e a sua atividade
metabólica determina a fase em
Fonte: D’Almeida eque
Vilhena,se encontra o processo de
2000.

compostagem

1ª Fase: Termofílica
Acontecem as reações 2ª Fase: Mesofílica
bioquímicas de oxidação Fase de maturação, quando ocorrem o
mais intensas, processo de humificação dos materiais
predominantemente orgânicos compostados, predominando nesta
termofílicas. fase reações mesofílicas.
 Termófilos:
microrganismos- crescem Mesófilos: microrganismos - crescem em
em altas temperaturas temperatura ambiente.
Localização da UFPA e Setores.
 Yoshino et al. (2008)
aponta que a UFPA,
pode ser comparado a
uma “cidade de pequeno
porte”. A analogia deve-
se ao fato da
universidade gerar
quantidades
consideráveis de
resíduos, os quais devem
receber uma correta
destinação, com o intuito
de reduzir não somente
os impactos ambientais,
mas também os sociais e Fonte: Neves et al ( 2016)

econômicos.
Área: 450 hectares, sendo 120.265,37m² de
área construída
RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFPA
Segundo Cardoso (2008), a UFPA
produz cerca de 80,2 m³ de resíduos
sólidos dia, desse montante 50,60% são
de resíduos orgânicos que poderiam ser
compostados.

Paredes e Hachem (2012) apontam que na


UFPA foram produzidos no ano de 2012,
em média, 69,34% de Matéria Orgânica,
11,69% de papel/ papelão, 9,08% de Fonte: Cardoso, 2008
plásticos e 9,89% de outros

A UFPA também conta com um grande


volume de resíduos verdes proveniente
das podas e queda de folhas de um grande
área de arborizada.

Fonte: Lobato, 2017


RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFPA

Destinado as
Resíduos sólidos cooperativas e
recicláveis associações

Decreto Presidencial N° 5.940/06

Resíduos sólidos
Coletado pela PMB
orgânicos
Alternativas de O uso da
destinação compostagem como
ambientalmente instrumento de
adequada aos Educação Ambiental
resíduos sólidos COMPOSTAGEM na Cidade
orgânicos da Cidade Universitária "Prof.
Universitária Prof. José da Silveira
José da Silveira Netto" - UFPA
Netto - UFPA (PIBEX)
( PIBIC)
Alternativas de destinação ambientalmente adequada aos
resíduos orgânicos da Cidade Universitária Prof. José da
Silveira Netto - Universidade Federal do Pará - UFPA.

Objetivo: produzir compostos orgânicos a partir


da compostagem dos resíduos orgânicos gerados
na UFPA.
Universidade Federal do Pará- UFPA
Instituto de Tecnologia- ITEC
Faculdade de Engenharia Sanitária e
Ambiental- FAESA
Laboratório de Resíduos Sólidos -LABRS

Gabriela Abdon
Natã Lobato
Rafaela Barros
Soralene Silva Cordenação: Profª DSc Risete Braga
Nilton Ricardo
Composteira Doméstica

Qual o modelo correto para sua casa ou


apartamento?

ConsiderarFonte:
algumas variáveisFonte:
https://br.depositphotos.com
importantes:
http://www.oeco.org.br Fonte:
 o tipo de compostagem escolhido; http://www.portalresiduossolidos.co
m

 o ambiente que você dispõe para a


composteira;
 o tipo e volume de resíduos que serão
decompostos, de acordo com a
quantidade de pessoas que moram na
residência.
TIPO DE MATERIAIS
COMPOSTEIRA NECESSÁRIOS
DOIS BALDES COM
COMPOSTEIRA TAMPA
COM BALDES TORNEIRA
TELA
UMA GARRAFA PET
COMPOSTEIRA DE COM TAMPA
PET
FITA CREPE
METODOLOGIA - “COMPOSTEIRA CASEIRA”

 Materiais
empregados:

 Recipientes plásticos
(baldes) com tampas
 Torneira convencional
METODOLOGIA-PROCEDIMENTOS

 Acoplar um balde ao outro;


 Realizar pequenos furos
(fundo do balde superior)
para o escoamento de
chorume até o balde da base
que servirá de coletor;
 Cortar a tampa do
recipiente;
 Colocar uma tela de
proteção – filtragem de
resíduos sólidos grosseiros;
 Colocação de torneira para
coleta de chorume.

https://www.youtube.com/watch?v=Wo2kzO3zuYs Fonte: Lobato, 2017


METODOLOGIA-PROCEDIMENTOS

CAFÉ

CASCAS
DE
FRUTAS
GRAMA

Fonte: Lobato, 2017


PROGRESSO
DO
COMPOSTO

0 Dias 30 Dias 60 Dias 90 Dias


TEMPERATURA

Segundo Herbest (2005), no inicio da compostagem, logo após a


montagem da composteira, a temperatura deve está em torno de
40ºC.
A temperatura inicia um decrescimento na fase de maturação até
se estabilizar.

COMO MEDIR A TEMPERATURA?


Medição sensitiva
Utilização de termômetro

Fonte:
http://www.freeiconspng.com
UMIDADE
No quesito umidade há divergências entre autores
quanto ao teor ótimo, estudos mais antigos estimavam
de 20 a 40%. Na atualidade o teor ótimo adotado é de
60%.
Teste da mão
Medidores de Umidade
COMO MEDIR UMIDADE?

Fonte: Fonte: pt.aliexpress.com


GRANULOMETRIA

Segundo Pereira Neto (1996), o tamanho das partículas deve estar


entre 1cm e 5cm.

COMO CHEGAR A ESSE TAMANHO?


Medição meramente visual.
http://jdflorenca.com.br/aumento-de-residuos-
organicos-nos-aterros-sanitarios/
Segundo Sharma et al (1997) a importância da relação
carbono nitrogênio é utilizada para estudar os níveis de
maturação de substâncias orgânicas.
De acordo com Morrel et al (1985) a relação do
carbono-nitrogênio interfere diretamente na qualidade
do composto final.
Vários autores citam como relação ideal de C/N para o
inicio do processo deve está entre 25/1 e 35/1.
Durante o processo de compostagem ocorre uma
redução da relação C/N.

Carbono: Maior fonte de energia para os


microrganismos.
Nitrogênio: Essencial para o crescimento e
reprodução dos microrganismos.
RELAÇÃO
VOLUMÉTRICA?

Ex:
FOLHAS
Ex: SECAS
CASCAS
DE
FRUTAS Fonte:
http://bemfacilpng.blogs
pot.com.br

Fonte: pixabay.com
TEMPO DE ESTABILIZAÇÃO: DE
3 A 12 MESES
É POSSÍVEL VERIFICAR SE O
COMPOSTO JÁ ESTÁ PRONTO
COM UM TESTE TÁTIL
SIMPLES.

COMPOSTO
COMPOSTO NÃO
FINALIZADO:
FINALIZADO:
NÃO GRUDA NA
GRUDA NA MÃO
MÃO
Fonte:
http://www.saberesdojardi
TELA DE
PROTEÇÃO

FOLHAS
SECAS

TERRA

RESTOS
DE
FRUTAS

TERRA

FOLHAS
SECAS
Profa.Risete Braga
COMPOSTAGEM

Profa.Risete Braga
- Não formação de gases com cheiro desagradável;
- Redução do volume, peso e teor de umidade dos
resíduos, facilitando o transporte, o
armazenamento e aplicações;
- Inativação de patógenos;
- Transformação dos resíduos sólidos em adubos
orgânicos;
- Reciclagem de nutrientes contidos nos resíduos
- Aproveitamento de lixo urbano;
- Educação ambiental
- Despoluição.

Profa.Risete Braga
- Necessidade de dispor os rejeitos em
aterro;
- Necessidade de estudo de mercado
para usar o composto;
- Necessidade de pessoal treinado
para a operação;
- Contato direto dos operários com o
lixo.

Profa.Risete Braga

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