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Sem título

Sobre a sombra

que nos abraça

arremessa a

vida para longe

sendo em nós

o ser

nos abriga

a ventania

lá fora

enquanto te

acalmo

nos meus olhos

visitas a

casa

câmara

escura

delineada

em teus versos

eu te chamo

OUTRO eu

nas vozes
rubras

que queimam

minha

garganta

para longe voas

na

razão de ser

um pequeno pássaro

a metáfora

rupestre

o signo

do beija flor

insígnia antiga

levada em

fúria

eu temo

que não

me vejas mais

pois

me ausentei

do enquadro

tornei-me

coisa fora

da margem
asfáltica paisagem

eu temo que jamais

na fúria das

minhas palavras

a lira ensurdeça

Que escute apenas

a voz

mansa do rio

e minha arcada

Sem língua

Soe tiromante

amarela e

vencida

Perdi-me no tempo

simples verbo

amálgama antiga

Sem trama

eu assobio

vento

para maior

Vista

simulacros

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