O nome “Bíblia” vem do grego “Biblos”, nome da casca de um papiro do
século XI a.C. Os primeiros a usarem a palavra “Bíblia” para designar as
Escrituras Sagradas foram os discípulos de Cristo, no século II d.C. Segundo a crença católica, a Bíblia ou Sagradas Escrituras, contém toda a revelação divina. Trata-se de uma coleção de Livros Sagrados que contém relatos desde a criação do universo (Gênese), até o que virá no Final dos Tempos. Diz-se que as Sagradas Escrituras trazem ensinamentos divinos aos fiéis, e que por meio delas, Deus se comunicava e se comunica até os dias de hoje com os homens para se revelar, ensinar, guiar, repreender, exortar, instruir, encorajar. A Bíblia é o livro mais vendido do mundo. Estima-se que foram vendidos 11 milhões de exemplares na versão integral, 12 milhões de Novos Testamentos e ainda 400 milhões de brochuras com extratos dos textos originais. Foi a primeira obra impressa por Gutenberg, em seu recém inventado manual, que dispensava as cópias manuscritas. A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748. A tradução foi feita a partir da Vulgata Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325). Celebra-se a 30 de setembro o Dia da Bíblia. A data foi escolhida por ser festa litúrgica de São Jerônimo, o Padroeiro dos biblistas. Jerônimo, cujo nome exato é Eusebius Sophronius Hieronymus, nasceu em Strídon, possivelmente no ano de 347 e faleceu em Belém, a 30 de setembro de 419 ou 420. Sua maior obra foi fazer a primeira tradução da Bíblia, do grego e do hebraico, para o latim, tradução esta conhecida como vulgata que serve para a Bíblia Católica e para a Protestante. Sobre Jerônimo, um dos maiores doutores da Igreja, disse o Papa Bento XVI: a preparação literária e a ampla erudição per mitiram que Jerônimo fizesse a revisão e a tradução de muitos textos bíblicos: um precioso trabalho para a Igreja latina e para a cultura ocidental. Com base nos textos originais em grego e em hebraico e graças ao confronto com versões anteriores, ele realizou a revisão dos quatro Evangelhos em língua latina, depois o Saltério e grande parte do Antigo Testamento. Tendo em conta o original hebraico e grego, dos Setenta, a versão grega clássica do Antigo Testamento que remontava ao tempo pré-cristão, e as precedentes versões latinas, Jerônimo, com a ajuda de outros colaboradores, pôde oferecer uma tradução melhor: ela constitui a chamada Vulgata, o texto oficial da Igreja latina, que foi reconhecido como tal pelo Concílio de Trento que, depois da recente revisão, permanece o texto oficial da Igreja de língua latina. (Audiência geral, Roma, em 7 de novembro de 2007). A obra de São Jerônimo é de tal importância, que qualquer estudo bíblico que não levasse em consideração suas pesquisas, ficaria certamente falho. Ele teve o cuidado de ser totalmente fiel ao texto original. O principal objetivo da Sagrada Escritura é a revelação e a vivência. No evangelho de São Mateus, pode-se perceber que não basta conhecer a Palavra e nem mesmo orar sobre ela. Diz Jesus: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este entrará no reino dos céus (Mt.7,21). Para maior seriedade ainda, vemos o Senhor asseverar: Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em vosso nome, em vosso nome não expelimos demônios, em vosso nome não fizemos muitos milagres? E então eu lhes direi bem alto: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que operais a iniqüidade. (Mt.7,22-23). O esforço diário de colocar a Palavra de Deus na vida é o fundamento sólido da obra e da salvação. Por isso o Senhor prossegue dizendo: Todo aquele que ouve a Palavra e a põe em prática será semelhante a um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha firme. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa, mas ela não desabou, porque estava edificada sobre a rocha.(Mt.7,24- 25). Viver a Palavra é estar sempre aberto à ação do Espírito e sempre atento à vontade de Deus. Maria é apresentada como a mais fiel servidora do Senhor, em quem o Altíssimo realizou maravilhas. Sua decisão de cumprir a vontade de Deus expressa ao anjo Gabriel, Eis aqui a Serva do Senhor, faça- se em mim a sua palavra, é o protótipo para todos os que procuram autenticamente a Cristo. Ela é a expressão máxima, na Bíblia, no que se refere à vivência da Palavra. Toda a sua existência, desde a anunciação, passando pelo nascimento e a infância de Jesus, pelos tormentos da paixão e morte de seu Filho, depois experimentando a alegria da ressurreição e por fim sua presença no dia de Pentecostes, no nascimento da Igreja, Maria é a imagem viva e reluzente de fidelidade a Deus e à sua Palavra. Pedro Apóstolo pôde exclamar após o discurso eucarístico de Jesus, transcrito por São João: Para onde iremos, Senhor, só Tu tens palavra de vida eterna. (Jo.6,69).
Um pouco sobre a Bíblia
A palavra Bíblia é originária do idioma grego e significa coleção de livros; é dessa palavra que deriva o termo biblioteca. Esses livros contêm a história da Criação, da Salvação, da formação dos povos, das origens dos conflitos terrestres, entre outros vários temas. Para um melhor entendimento, alguns estudiosos preferem caracterizar a Bíblia como uma grande carta enviada por Deus a todos os c ristãos. A Bíblia foi escrita durante muitíssimo tempo. Seu início ocorreu antes da vinda de Cristo, com as chamadas traduções orais, que vêm a ser as histórias que uns contavam a outros. Bem antes do nascimento de Cristo, os chamados escribas decidiram passar para o papel essas histórias. Com isso, pouco a pouco, a Bíblia foi sendo formada. A Bíblia terminou de ser escrita por volta do ano 100 d.C., com o Apóstolo João Evangelista (que escreveu o Apocalipse). Foi escrita por várias pessoas, mas todas com inspiração divina. A Bíblia é formada por um total de 73 livros, dos quais 46 formam o Antigo Testamento e 27 constituem o conjunto dos livros do Novo Testamento. É correto afirmar, então, que a Bíblia é dividida em duas grandes partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. A palavra testamento significa aliança, compromisso, pacto, primeiro com Moisés, segundo com Jesus Cristo (plena). Antigo Testamento O Antigo Testamento fala da Criação do mundo, as alianças que Deus fez com os homens, as profecias que anunciavam a vinda do Messias, a fidelidade e infidelidade do povo de Deus, e principalmente a preparação do povo escolhido de onde viria o Verbo Encarnado. Salmos O livro dos Salmos com 150 (cento e cinqüenta) orações, é o coração do Antigo Testamento. Podemos dizer que os Salmos formam uma coleção de Poemas. Um canto de louvor a DEUS LIBERTADOR, que ouve o clamor do povo e se torna presente. Eles acalmam nossa ira, afastam nossas preocupações e nos confortam em nossas tristezas. De noite são uma arma, de dia um instrumento, no perigo são uma defesa, nas festividades nossa alegria, expressam a tranqüilidade de nosso espírito, são uma prenda de paz e concórdia, são como a cítara que une em um único canto as vozes mais diversas. Com os Salmos celebramos o nascimento do dia e cantamos seu ocaso. Novo Testamento O Novo Testamento possui quatro livros (Mateus, Marcos, Lucas e João) que contam toda a vida de Jesus Cristo, desde o seu nascimento até a sua ascensão ao céu. Esses quatro livros formam um conjunto denominado evangelho. O Novo Testamento é ptambém constituído por várias cartas (também chamadas epístolas), que foram escritas pelos apóstolos com o objetivo de direcionar a Igreja fundada por Cristo. Além do evangelho e das cartas, o Novo Testamento possui um livro que conta os primórdios da Igreja Cristã e outro livro profético que fala da Segunda Vinda do Messias, o Apocalipse. A Bíblia original foi escrita em três idiomas: o hebraico, o aramaico e o grego. O Antigo Testamento foi totalmente escrito em hebraico. Já o Novo Testamento foi a maior parte escrita em grego e uma pequena parte em aramaico (que vem a ser um dialeto do hebraico). Por curiosidade, o idioma que Cristo falava era o aramaico. Com o tempo, foram surgindo as traduções. Hoje em dia, a Bíblia é o livro mais traduzido no mundo inteiro. Isso foi graças ao esforço de muitos estudiosos da época. São Jerônimo é um grande exemplo disso; foi ele quem traduziu a Bíblia para o latim, no século III d.C. . Pouco a pouco, logo após a tradução para o latim, a Bíblia foi sendo traduzida em mais e mais línguas. Até chegar ao que temos hoje: o livro mais lido mundialmente. No ano de 1966, no Concilio Vaticano II, o Papa João XXIII com suas mudanças, colocou a Bíblia nas mãos do povo. A Interpretação da Bíblia é algo muito importante e delicado. A Igreja Católica, que vem a ser a Igreja fundada por Jesus Cristo, vem desde os seus primórdios adotando a tradição apostólica, ou seja, os ensinamentos de Jesus não foram deturpados e muito menos interpretados de modo diferente desde sua origem. Ao ler a Bíblia, deve-se ter bastante cuidado, pois muitas são as palavras estranhas, os exemplos difíceis de serem entendidos e, principalmente, muitos são os equívocos que se cansa de cometer na tentativa de interpretá-la sem a ajuda de um padre, um catequista, um teólogo, ou seja, um conhecedor do assunto. A BÍBLIA É UMA CARTA DE AMOR DE DEUS A SEUS FILHOS. A diferença entre a Bíblia Protestante e a Bíblia Católica Tanto a Bíblia Católica como a Bíblia Protestante devem ser consideradas Palavra de Deus! A única diferença entre elas é em relação ao número de livros, ou seja, a Bíblia Protestante possui sete livros a menos do que a Bíblia Católica. Esses livros são os seguintes: Tobias, Judite, Macabeus I, Macabeus II, Eclesiástico, Sabedoria e Baruc.