Você está na página 1de 11

Sistemas de injeção

As primeiras injeções compartilhavam uma das grandes limitações dos carburadores:


apenas um injetor para alimentar quatro cilindros. Assim, ainda proporcionavam pouco
controle sobre a mistura de ar e combustível e, portanto, traziam muita ineficiência para os
motores. Por isso, ficaram conhecidas como injeções monoponto.
Para corrigir esse problema, surgiu a injeção multiponto. Com ela, cada cilindro tem um
injetor específico. Essa pequena mudança ocasionou um ganho em eficiência absurdo para o
sistema do motor. Isso foi possibilitado graças a softwares cada vez mais sofisticados que
controlam a distribuição de combustível do veículo.
A principal diferença entre os três sistemas em termos de configuração é a localização dos injetores. Da
esquerda para a direita, é apresentado o seguinte:

1. Sistema de injeção indireta monoponto - Como o nome indica o combustível é injetado apenas num
local, no coletor de admissão e é depois levado pelo ar admitido para cada um dos cilindros. Pressão
de funcionamento característica: 0,5 a 1,0 bar.

2. Sistema de injeção indireta multiponto - Possui um injetor para cada cilindro, situado na porta de
admissão antes da válvula. Pressão de funcionamento característica máxima de 6,0 bar.

Para além do referido anteriormente, os sistemas de injeção indireta evoluíram de forma a reduzir a
emissão de poluentes como o monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxido de nitrogénio
(NOx). Com o aparecimento destes sistemas, surgiu também o catalisador de três vias, sensor lambda e
eletrónica de controlo.

3. Sistema de injeção direta – Possui um injetor para cada cilindro e a injeção é realizada diretamente na
câmara de combustão. Pressão de funcionamento característica máxima de 350 bar.

O fato do combustível ser injetado diretamente no cilindro, faz com que a temperatura da mistura
arrefeça. Com menos temperatura dentro da câmara de combustão, torna-se possível aumentar a
relação de compressão do motor, aumentando assim o rendimento energético do mesmo.
Injeção indireta
Injeção direta
Injeção dupla
Sistema Common Rail
No sistema Common Rail os bicos injectores não estão ligados a uma bomba injectora através
de um tubo para cada cilindro como acontece no sistema mecânico. Aqui, o gasóleo é
continuamente bombeado para um único tubo distribuidor (um único “Rail”), aumentando a
pressão. Todos os cilindros recebem combustível através deste tubo de alta pressão. A injecção
é efectuada sob alta pressão no injector, independentemente da rotação do motor, sendo o
comando dos injectores realizado por válvulas magnéticas presentes na cabeça dos mesmos.
A quantidade de combustível e a pressão são determinadas de forma independente pela
unidade de comando e, de acordo com as informações provenientes de diversos sensores,
maximizando assim o desempenho do motor. De forma a atingir o processo de combustão ideal,
a injecção pode ser separada em várias fases, como por exemplo, pré-injecção, injecção
principal e pós-injecção.
O sistema Common-Rail optimiza assim o processo de combustão, melhora as propriedades de
funcionamento do motor e reduz as emissões de gases. Isto irá trazer várias vantagens, entre
elas a diminuição de ruído no funcionamento do automóvel, o arranque a frio quase
instantâneo, e uma melhoria evidente na eficácia do sistema de injecção, na diminuição do
consumo e poluição.

Você também pode gostar