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NA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA
RESUMO
MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO
O ponto principal deste artigo é que o método histórico crítico de interpretação bíblica vive
um dilema hoje, ele faz uso de alguns princípios e regras que são derivados do bom senso, da
razão e da lógica, e que não são propriedade de nenhuma hermenêutica em particular, esse
método partia de convicções de caráter religioso na análise bíblica. Os princípios que adotou,
como filho legítimo do Iluminismo, amadureceram e causaram esse dilema. Apesar da alta
consideração que recebeu em seu início e ainda hoje, não há nada neutro e científico sobre
isso. Seu ponto de partida é: a visão de mundo, de Deus, da história e da revelação que
orientam a sua abordagem do texto bíblico, ainda que reiterado como um método neutro e
científico.
Vários métodos críticos surgiram a partir desse ponto de partida, sendo os principais a crítica
da fonte, a crítica da forma e a crítica da redação. O dilema de que fala este artigo foi expresso
por vários estudiosos alemães como Gerhard Maier, Eta Linneman e Peter Stuhlmacher. O
método histórico crítico assumiu, desde o início, pressuposições dogmáticas sobre Deus e a
revelação, que refletem uma rejeição da autoridade e infalibilidade da Escritura, eles dizem
que a Igreja só passou a enxergar a Bíblia corretamente com o advento do método histórico-
crítico, o objetivo do método histórico-crítico, é fazer a separação entre estas duas coisas,
através da exegese “científica”, e descobrir o cânon normativo, dentro do cânon formal. Sendo
uma meta impossível de ser alcançada. Tais objetivos são metodologicamente impossíveis sem
pressupostos teológicos a priori.
Além disso, o método histórico crítico abriu um abismo profundo entre a academia e a
Igreja, não só pela falta de resultados práticos, mas também porque impediu que a Igreja
tivesse acesso às Escrituras. O método esqueceu que a razão humana sozinha não pode
responder adequadamente à revelação divina. No geral, as hermenêuticas pós-modernas
representaram mais um ataque ao método histórico-crítico, especialmente contra a suposta
neutralidade e objetividade do mesmo, podemos apresentar as seguintes razões para o dilema
que hoje vive o método histórico-crítico, como uma ferramenta inadequada de interpretação
bíblica. Devendo ser substituído urgentemente.
Nós como intérpretes, carecemos de estudo e aprofundamento especiais, para que possam ser
devidamente entendidos. Por isso se faz necessário um conhecimento que não exercemos
através do conhecimento humano.