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Conceito Geral

Na literatura brasileira, o Indianismo corresponde a primeira geração


literária do período romântico(1836 a 1852).
O nome dessa tendência remete a figura escolhida para exaltar aspectos
nacionais: o índio, considerado o “bom selvagem”, símbolo da inocência
e pureza.
Após a independência do Brasil (1822), o país passava por diversas
transformações sociais, políticas e econômicas.
Após a separação da Metrópole, os brasileiros, imbuídos pelo espírito
anticolonialista e nacionalista, buscavam uma identidade nacional. Ou seja,
genuinamente brasileira e afastada dos moldes europeus.

Destarte, os artistas passam a buscar temas nacionais com o intuito de criar


uma cultura do próprio país, e a partir disso, o índio foi eleito o nosso “herói
nacional”.

Note que essa personalidade idealizada não poderia ser figurada pelo
“português” ou o “africano”. O português estava relacionado com a figura do
colonizador e explorador das terras, e o africano, com a força escrava utilizada
durante muito tempo no Brasil Colonial.

Literatura
A linguagem do romantismo é simples, popular, subjetiva, melodiosa,
confessional, idealizada, eloquente e repleta de lirismo e dualismos

As principais figuras de linguagem utilizada pelos escritores românticos são:

• Metáfora
• Metalinguagem
• Hipérbole
• Antítese
• Sarcasmo e Ironia

O Romantismo no Brasil tem como marco inicial a publicação da obra


“Suspiros Poéticos e Saudades” de Gonçalves de Magalhães.

Note que o movimento surge anos depois da Independência do país


(1822), o que fez como que os escritores dessa época se afastassem da
influência lusitana, para assim, focar nos aspectos históricos,
linguísticos, étnicos e culturais do país.

Principais Autores e Obras


Os principais escritores brasileiros da geração indianista foram:

• Gonçalves de Magalhães (1811-1882), obras: A Confederação de


Tamoios (1857) e Os Indígenas do Brasil perante a História (1860).
• Gonçalves Dias (1823-1864), obras: I-Juca- Pirama (1851), Os Timbiras
(1857), Canção do Tamoio.
• José de Alencar (1829-1877), obras: O Guarani (1857), Iracema (1865) e
Ubirajara (1874).

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