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A CARACTERIZAÇÃO DO ÍNDIO DE JOSÉ DE ALENCAR: uma perspectiva
dialética nas obras O Guarani, Iracema e Ubirajara.
Marluzi Rodrigues Pereira
Aluna do Curso de Especialização em Língua Portuguesa e
Literatura da FAMA
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1 INTRODUÇÃO
foi inspirado na tese de que, em sendo a sociedade a grande responsável pela violência do
homem contra o homem, seria, então, afastado da sociedade, em harmonia com a natureza
que o homem reencontraria sua bondade natural, corrompida pelos grilhões da sociedade.
Ambos os olhares aqui postos – do índio mitificado e mistificado ao índio
miscigenado, adulterado pela influência da cultura européia – serão analisados a partir de
três obras de José de Alencar: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874), nas
quais serão verificados os traços evolutivos do índio no que se refere, sobretudo, a sua
descaracterização na literatura romântica brasileira, na medida do envolvimento dos
personagens indígenas com personagens brancas.
2. ROMANTISMO: UM MOVIMENTO CULTURAL
2.1 José de Alencar e o romantismo brasileiro
O status de maior prosador romântico é também conferido a Alencar por Faraco
e Moura (2000, p.17), que assinalam quatro tendências na obra do prosador cearense: prosa
indianista, prosa urbana, prosa regionalista e prosa histórica. Do mesmo modo, Romero
(1980, p. 1464) declara abertamente que José de Alencar é o principal representante da
literatura brasileira, pois estudou profundamente a história dos nativos, no caso, os índios,
valorizando sua cultura e principalmente sua língua: “Estudou com os velhos cronistas e
historiadores; procurou conhecer os costumes dos selvagens, o viver dos colonos, dos escravos,
das classes dirigentes durante a formação das populações brasileiras”.
Coutinho e Coutinho (2002, p.259) dizem em que José de Alencar criou, com
base mais lendária do que histórica, o mundo poético e heróico de das origens brasileiras, para
afirmar a nacionalidade, a existência de raízes legitimamente americanas, inspirado pelos
ideais da Independência. Também Cândido (1918, p. 223) confirma que José de Alencar foi o
único da literatura brasileira a criar um mito heróico, o Peri.
A preocupação com a formação do povo brasileiro é um dos aspectos que
ressalta na leitura da obra romântica alencariana. O seu propósito de levantar a gênese do povo
e da cultura brasileira, resgatando raízes nacionalistas, é confirmado pelo nascimento de
Moacir, fruto do amor de Iracema e Martim, celebrando a mistura das raças brancas e
indígenas no primeiro momento de formação do nosso povo, como tão bem descreve Alencar
(1995, p. 60):
Nessa hora em que o canto guerreiro dos pitiguaras celebrava a derrota dos
Guaraciaba, o primeiro filho que o sangue da raça branca gerou nessa terra da
liberdade via luz nos campos da Porangaba.
O mergulho no passado, muito característico do Romantismo como forma de
evasão, em Alencar reforça também a questão do nacionalismo, pois vai buscar na história as
raízes de um perfil brasileiro que a partir desse momento também será valorizado como
temática. Esse historicismo é analisado por Coutinho (1980, p.147):
Assim, Alencar se referirá à colonização, em Iracema, ao tomar como protagonista
do romance o português Martim Soares Moreno que, de acordo com notas do autor
(1995,p.66), foi um dos pioneiros na colonização do Ceará, intermediando o contato
entre índios e portugueses. O mesmo se diga com relação ao guerreiro Poti, outra
figura real que, no curso do processo de aculturação, veio a ser batizado com o nome
de Felipe Camarão, herói da guerra dos Emboabas, que resultou na expulsão dos
holandeses da Bahia, em 1640.
Como se percebe, do ponto de vista cultural, o lugar do índio brasileiro na obra de
Alencar aparece secundarizado em favor do registro histórico tendenciosamente nacionalista –
e romantizado – da colonização e da supremacia da cultura branca e de seus valores (religiosos,
sobretudo) sobre a indígena – uma contradição, se se pensar em José de Alencar como o
romancista que valorizou o índio e sua cultura em suas obras.
3 O ÍNDIO BRASILEIRO NA LITERATURA: DA RELEITURA DO HERÓI
MEDIEVAL AO ENCONTRO DA COR LOCAL
O mito do bom selvagem, referido, entre outros, por Bosi (1994, P.93),
Coutinho (1980, p. 170) e Bosi (1992, P. 176), deriva do pensamento de Rousseau. O filósofo
francês acreditava que o progresso da sociedade européia tinha corrompido a pureza original
do homem, mas, em algum lugar, distante de uma sociedade modificada pela Revolução
Industrial, ainda deveria existir esse homem em estado puro, cheio de nobreza e de bondade.
Esse mito do gênero narrativo segundo D’Onofrio (2000, p. 335) nasceu das idéias de
Rousseau:
Na França, as idéias geniais de JeanJacques Rousseau (1712
1778), mais filósofo do que ficcionista, tiveram o mérito de preparar os adventos do
Romantismo e do Socialismo. [...] Em Emílio, apresenta seu pensamento
pedagógico: a tese da bondade natural do homem (o mito do “bom selvagem”) e da
maldade como conseqüência das exigências da civilização leva Rousseau a propor
um tipo de educação segundo a natureza de cada um, de forma que a criança possa
desenvolver suas aptidões espirituais.
A exaltação da cultura indígena a partir da concepção nacional desse mito ficou
conhecida como indianismo, que, ainda segundo D’Onofrio (1980, p. 170), na obra de Alencar,
está estreitamente relacionado com a restauração do mito da infância e do retorno à
inocência infantil característica geral do Romantismo. Cândido (1975, p. 212) afirma que o
indianismo alencariano contribuiu para consolidar uma consciência nacional, tocada pelo
sentimento de inferioridade em face dos padrões europeus. Para Brasil (1980, p. 46), José de
Alencar está para a prosa indianista assim como Gonçalves Dias está para a poesia.
Segundo Coutinho & Coutinho, (2002, p. 260) nas duas obras Iracema e O
Guarani, o mito do bom selvagem, da pureza do americano, é posto em contraste com a rudeza
e ambição desenfreada e sem escrúpulos do branco europeu. É o próprio conceito de
indianismo e a sua visão do índio que têm, para ele, valor mítico.
3.1. Peri e Iracema: o amor romântico e a amizade do índio pelo colonizador
Em O Guarani, segundo Antônio Candido (1918, p. 228), a diversidade, mais
que de posição, é quase de natureza, entre a fidalga loura e o índio selvagem. Segundo Assis
Brasil (1980, p. 47), tanto em O Guarani como em Iracema é o índio que deixa a sua vida
selvagem, seus costumes, para acompanhar o branco, por quem é capaz dos maiores sacrifícios
em demonstração do seu amor e fidelidade.
Em O Guarani, o convívio com o homem branco exige que o índio abandone
totalmente sua cultura, o que acaba reforçando suas qualidades: heroísmo, coragem e
fidelidade. Peri, o índio aculturado de O Guarani, deixase, inclusive, batizar, tornandose
cristão. O índio destemido revelase submisso ao amor:
Se tu fosses cristão, Peri!...
O índio voltouse extremamente admirado daquelas palavras.
Por quê?... perguntou ele.
Por quê?... disse lentamente o fidalgo. Porque se tu fosses cristão, eu te confiaria a
salvação de minha Cecília, e estou convencido de que a levaria ao Rio de Janeiro, à
minha irmã.
O rosto do selvagem iluminouse; seu peito arquejou de felicidade; seus lábios
trêmulos mal podiam articular o turbilhão de palavras que lhe vinham do íntimo da
alma. (p. 254)
Peri também é capaz de morrer por amor a Ceci, e por isso é visto como um ser
corajoso, mas apenas no sentido romântico do termo, já que, na comunhão com o branco
colonizador, ele um escravo que chega a se orgulhar de sua posição: socialmente, o índio doa
seu trabalho – e até sua vida – em troca simplesmente de aceitação. No lado afetivo, o índio é
escravizado pela beleza da mulher branca, Ceci, a quem idolatra como sua “Iara”, que quer
dizer “senhora”. A ambos, é fiel e submisso:
Tu choras, senhora? Disse ele estremecendo.
A menina sorriulhe; mas com um sorriso tão triste que partia a alma.
Não chora, senhora, disse o índio suplicante; Peri vai te dar o que desejas.
O que eu desejo?
Sim; Peri sabe.
A moça apontou para o fundo do precipício.
Quem te disse? Perguntou a menina admirada.
Os olhos de Peri.
Tu viste?
Sim.
O índio continuou a descer.
Que vais fazer? Exclamou Cecília assustada.
Buscar o que é teu. ( p. 117)
Além da exaltação ao amor romântico, uma outra característica recorrente nos
romances indianistas de José de Alencar e, aqui, em O Guarani, é a exaltação à natureza, com
o que procura destacar a identidade da terra brasileira, valorizando a sua cor local:
A vegetação nessas paragens ostentava outrora todo o seu luxo e vigor; florestas
virgens se estendiam ao longo das margens do rio, que corria no meio das arcarias de
verdura e dos capitéis formados pelos leques das palmeiras. (p. 14)
Peri também mostrase disposto a tudo para ser amigo do colonizador, mesmo
conhecendo as diferenças culturais que os separam:
Peri, filho de Ararê, primeiro de sua tribo, eu sou um fidalgo português, um
branco inimigo de tua raça, conquistador de tua terra; mas tu salvaste minha filha;
ofereçote minha amizade. (p.89)
Peri, que durante um ano não fora para ela senão um amigo dedicado aprecia
lhe de repente como um herói; no seio de sua família estimavao, no meio dessa
solidão admiravao. (p.263)
A doçura da mulher índia é uma temática muito forte em Iracema, a virgem
dos lábios de mel, personagem que representa a perfeição da mulher, para o romântico uma
obraprima da natureza – expressão maior da perfeição divina.
Além do aspecto formal, o lírico se depreende da exaltação da flora e da
forma da terra brasileira e do idealismo sentimental com que são retratadas as
personagens principais, especialmente a índia Iracema.
3. 2 Ubirajara: um mergulho na história do povo brasileiro précolonização
O romântico voltava ao passado para escapar da realidade, para se evadir da
vida presente, que usualmente magoava o eu sensível e delicado do artista, que, na Europa,
buscava se refugiar no passado medieval, envolto em mistério, povoado de lendas. No Brasil,
desprovidos de tradição medieval, os escritores se voltaram para a cultura do índio, primitivo
habitante da terra – no caso de Alencar, situando a narrativa no instante em que se iniciava a
colonização portuguesa.
O retorno ao passado é explicado por Coutinho (1980,147):
1
De acordo com Afrânio (2002, p. 146) escapismo é o desejo do romântico de fugir da realidade para um
mundo idealizado, criado, de novo, à sua imagem, à imagem de suas emoções e desejos, e mediante a
imaginação.
O escapismo romântico traduziuse em fuga para a natureza e em volta ao passado,
idealizando uma civilização diferente da presente. Épocas antigas, envoltas em
mistério, a Idade Média, o passado nacional, forneciam o ambiente, os tipos e
argumentos para a literatura romântica. A história era valorizada e estudada
(historicismo).
b) Iniciação do guerreiro tema central de Ubirajara, a iniciação do guerreiro
marca a passagem da adolescência para a idade adulta, quando o jovem então se afirma como
ser adulto. O jovem guerreiro precisa demonstrar coragem e valentia, derrotando um guerreiro
famoso, cujo valor aumentasse a importância do feito que, de grandioso, seria contado de
geração em geração. Só este combate justificava o ritual antropofágico, através do qual o
vencedor se alimenta das qualidades do vencido.
Não era porém a vingança a verdadeira razão da antropofagia. O selvagem não
comia o corpo do matador de seu pai ou filho, se acontecia matalo em combate.
Abandonava o cadáver no campo, e apenas cortavalh a cabeça para espetala em um
poste à entrada da taba, e arrancava´lhe o dente para troféu. (p.61)
c) Papel da mulher a mulher indígena não participa da guerra ou do conselho
dos anciãos. É, no entanto, responsável pela alimentação da tribo através da caça, da pesca e da
agricultura, além de preparação dos alimentos. Na cultura indígena mostrada em Ubirajara, a
mulher indígena é mostrada com esse perfil associado ao perfil romântico da mulher submissa,
frágil, dedicada, que se restringe a cuidar dos filhos e do marido e a embelezarse para
satisfazer os guerreiros, sendo muitas vezes reduzida à condição de objeto, ao servir de
presente para os estrangeiros e de companhia para os prisioneiros:
Neste momento as mulheres, colocadas em duas filas, com as mãos
erguidas, urdiam os fios de algodão, passados pelos dedos abertos em forma de
pente. Itaquê manejava a lançadeira, tão destro como na peleja vibrava o tacape. Sua
mão ligeira tramava a teia de uma rede, que entretecia das penas douradas do galo
daserra. ( p.68)
Alencar igualmente descreve a sociedade indígena:
a) Organização social contra a idéia de um primitivo brutal, a sociedade
indígena é descrita como bem organizada, liderada por um chefe – o guerreiro mais valente;
conduzida em sua vida mística pelo pajé e orientada pela experiência do conselho de anciãos:
No fundo da ocara, o presidente do conselho dos anciões, que decide da
paz ou da guerra e governa a valente nação.
Os anciões, sentados no longo jirau, contemplam taciturnos a geração
de guerreiros que eles ensinaram a combater, e têm saudades da passada glória.
(p.45)
b) Valores morais a organização social indígena cultiva valores extremamente
positivos como:
• Coragem
Ele vem combater e ganhar um nome de guerra que encha de orgulho a
sua nação. Torna à taba dos Tocantins e dize aos cem guerreiros cativos de teu amor
que Jaguaré, o mais destemido dos caçadores araguais, os desafia ao combate.
(Ubirajara, p. 36)
• Hospitalidade
O estrangeiro veio à cabana de Itaquê, grande chefe da nação
tocantim – disse Ubirajara.
Bemvindo é o estrangeiro à cabana de Itaquê, grande chefe da nação
tocantim.
Então o tuxava voltouse para Jacamim, a mãe de seus filhos:
Jacamim, prepara o cachimbo do grande chefe, para que ele e o
estrangeiro troquem a fumaça da hospitalidade. (p. 68)
4 A VALORIZAÇÃO DO ÍNDIO NA VALORIZAÇÃO DA LINGUAGEM
Segundo Brasil (1980, p.45) os escritores românticos, principalmente José de
Alencar, deram um novo sabor à linguagem literária brasileira, utilizando uma linguagem
própria, diferente dos padrões europeus.
Alencar é também exaltado por ter sido um inovador no plano da linguagem não
só pelo aproveitamento do material lingüístico indígena, como também pela utilização de
uma prosa poética singular, caracterizada pela musicalidade e pela grande beleza de
imagens, aproximando narrativa da poesia, como se pode ver em O Guarani, em Iracema e
em Ubirajara:
Apesar de ser um pouco mais de duas, o crepúsculo reinava nas profundas e sombrias
abóbadas de verdura: a Luz, coando entre a espessa folhagem, decompunha
inteiramente; nem uma réstia de sol penetrava nessa templo da criação, ao qual serviam
de colunas os troncos seculares dos acaris e araribás. (p.23)
Retumba a festa na taba dos araguaias.
As fogueiras circulam a vasta ocara e derramam no seio da noite escura as chamas de
alegria. (p.45)
Em O Guarani:
Como Cecília estava bela nadando sobre as águas límpidas da corrente,... Parecia
uma dessas garças, ou colhereiras de rósea cor que deslizam mansamente à flor do
lago, nas tardes serenas , espelhandose no cristal das águas. (p.58)
O estilo de José de Alencar é uma das mais importantes contribuições de sua
obra à literatura do Brasil. Procurando acomodar à melhor forma literária um
conteúdo representativo da então nascente nacionalidade brasileira, uma de suas
maiores preocupações foi o problema da língua e do estilo; a esse respeito, defendeu
a tese que se confirmou com o tempo, segundo a qual os escritores, sem a pretensão
de criar uma língua brasileira, diferente do português, deveriam adaptar às
peculiaridades nacionais o poderoso instrumento de expressão que lhe fora
transmitido pronto e alicerçado em rica e absorvente tradição. Dessa compreensão é
que decorre o seu estilo, que atende às exigências da forma narrativa, mas, também,
traduz particularidades sintáticas e vocabulares do falar brasileiro; foi ele que
enriqueceu a língua literária, acrescentandolhe numerosos tupinismos e
brasileirismos.
5 CONSIDERAÇÕES FINA
As contribuições do Romantismo à cultura brasileira deuse, sobretudo, através
da criação de um estilo que reflete as peculiaridades sintáticas e vocabulares do português
falado no país, uma adaptação às particularidades nacionais de uma língua literária recebida
pronta e alicerçada em rica e absorvente tradição.
Alencar voltase para o passado não para a destruição das tribos tupis, mas para
a construção ideal de uma nova nacionalidade: o Brasil que emerge do contexto colonial. Por
isso, José de Alencar procurou retratar o índio como um ser heróico, incorporando nele o mito
europeu do bom selvagem, isto é, o índio como um ser generoso, bom e moralmente valoroso.
Nesse percurso, percebese claramente a evolução discursa na forma de
caracterizar o índio brasileiro, a princípio mais próximo do modelo europeu e depois
conscientemente, mais amadurecido, em harmonia com seu povo e a natureza, distante das
influências do colonizador.
Nas três obras de José de Alencar, O Guarani, Iracema e Ubirajara podese
perceber nitidamente esse percurso, pois nas duas primeiras obras os índios se constituem
como sujeitos apenas a partir da aproximação com o colonizador, abrindo mão do seu povo de
sua cultura para se dedicar aos colonizadores. Já na terceira obra, Ubirajara, a preocupação era
realmente a de resgatar não só a figura do índio, mas as suas crenças e cultura, pois a obra
valoriza desde a linguagem tupiguarani até os rituais das tribos.
ABSTRACT:La caractérization de l’indien de l’écrivain romantique José de Alencar, dans ses
oeuvres O Guarani, Iracema e Ubirajara, dans une perspective dialéthique. Pour faire ce
parcours, on part du mouvement Romantique dès se origines européennes, et pourtant en
donnant plus d’attention à ses caractéristhiques quand il arrive ici, au Brésil. Dans cet analise,
on aperçoit les interférences du modèle européen de l’homme virtueux et bon (le “bon
sauvage”) dans la construction de l’indien brésilien dans la littérature romantique de José de
Alencar, tandi que les contradictions entre le modèle romantique présenté et la vraie culture
indiènne, reprise seulement dans la dernière oeuvre, d’une façon plus fidèle.
Motsclés: Littérature Brésiliènne. Romantisme. José de Alencar.
REFERÊNCIAS
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ALENCAR, de José. Iracema. São Paulo: Martin Claret, 2003.
______________ 0 Guarani. São Paulo: Martin Claret, 2003.
______________ Ubirajara. São Paulo: Martin Claret, 2003.
BERALDO, José Luiz. José de Alencar, seleção de textos, notas, estudos biográfico, histórico
e crítico. São Paulo: Abril Educação (Literatura Comentada), 1980.
BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994.
___________ Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das letras, 1992.
MOISÉS, Massaud. A Literatura Brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1997.
_______________ A Literatura portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1968.
_______________ Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1986.
SAMUEL, Rogel. Novo Manual de Teoria Literária. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.