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STIPERTERAPIA EM:

FASES E SAÚDE DA MULHER

Prof. Janete Santos Moreno

Outubro/2017
História da Mulher

A Mulher na pré-história
A figura feminina na Pré-História tinha um enorme peso nas sociedades de todo o
mundo.

Não eram sociedades matriarcais, mas sim sociedades matricêntricas (a mulher não
dominava) centradas na mulher pela sua fertilidade. Assim, pela sua inexplicável
habilidade de procriar, as mulheres eram elevadas à categoria de Divindades.

Do período Paleolítico foram encontradas estatuetas femininas, pinturas e objetos,


que cultuavam a mulher como um ser sagrado. O elevado número de vestígios
encontrado revela que o feminino ocupava um lugar primordial.

A divisão do trabalho nas sociedades primitivas ocorreu entre os dois sexos, cabendo
ao homem a caça e a pesca, e à mulher a coleta de frutos primeiramente e a cultura da
Terra posteriormente.

Um marco na História da arte do Paleolítico é a Vênus de Willendorf:


- A Vênus de Willendorf, também conhecida como Mulher de Willendorf, foi
descoberta no sítio arqueológico do paleolítico, perto de Willendorf, Áustria.

É uma estatueta com aproximadamente 11 cm de altura representando


estilisticamente uma mulher. Não pretende ser um retrato realista, mas sim uma
idealização da figura feminina.

A vulva, seios e abdome são extremamente volumosos, de onde se infere uma relação
com a fertilidade. Os braços, muito frágeis e quase imperceptíveis, dobram-se sobre os
seios e não têm uma face visível, sendo a cabeça coberta do que podem ser rolos de
tranças, um tipo de penteado ou mesmo vários olhos.

A Mulher no Egito
No Egito, a mulher tinha um estatus privilegiado (comparando com as mulheres das
civilizações antigas), dado pela igualdade entre sexos como um fato natural. Por
exemplo, era comum atribuir similar importância à filiação paterna e materna.
A visão institucional da mulher no Antigo Egito aparece claramente em alguns textos
(Instruções de Sabedoria), e neles se estabelecia a maioridade feminina. Quando
atingida, possibilitaria a escolha do marido mediante consentimento paterno. Quando
casada, a mulher podia intervir na gestão do patrimônio familiar.

Em relação ao trabalho, a tecelagem constituía uma ocupação reservada ao sexo


feminino, competindo-lhe tosquiar as ovelhas e tecer a lã. Podia também trabalhar na
ceifa de trigo, no preparo da farinha e da massa do pão. As mulheres mais pobres
trabalhavam em grandes obras de construção pública.

Apostila pertencente ao Mini-curso Stiper – Stiperterapia em Fases e Saúde da Mulher


2 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
A Mulher na Grécia
A sociedade grega do Período Clássico era equiparada a um clube de homens, pois
estes não permitiam o acesso da mulher ao saber, desvalorizando tudo que a ela dizia
respeito, incluindo a beleza.

Nem a maternidade escapava da desvalorização sistemática, sendo as mulheres vistas


apenas como receptoras da semente masculina.

Segundo Aristóteles, cabia aos homens produzir o esperma, a causa eficiente da


geração e o objetivo fundamental do casamento era a reprodução, pois a mulher,
apesar de efetivamente não ser uma cidadã, transmitia a cidadania aos filhos.

A inferioridade da mulher no pensamento Grego pode verificar-se pela Política de


Aristóteles, que a justifica em virtude da “lei natural”. Cada elemento da sociedade
tem as características que à sua posição são necessárias. Segundo Aristóteles não é
necessário para a sociedade que a mulher (assim como os escravos) tenham virtudes,
logo, não têm.

Em Atenas, uma jovem podia até casar-se sem dote, mas só em casos excepcionais, no
entanto, em Esparta, as mulheres pareciam ter uma “liberdade” maior que as
Atenienses. Inclusive, Aristóteles faz duras críticas ao comportamento das mulheres
Espartanas chamando-as de licenciosas, depravadas e luxuriosas. Acusava-as,
principalmente, de “mandarem nos maridos”.

A Mulher na Idade Média


A Igreja Católica medieval considerava a mulher como causa e objeto do pecado, pois
tinha como referência a idéia do pecado original, cometido por Eva. Assim sendo, era
considerada a porta de entrada para o demônio. Só não eram consideradas assim
quando eram virgens, mães, esposas, ou quando viviam em convento.

Estes conceitos estão presentes no Cristianismo desde os primórdios. A fraqueza


associada à carne estava intrinsecamente ligada a figura feminina. E vários foram os
filósofos que com isso concordaram.

As mulheres eram vistas como criaturas débeis e susceptíveis às tentações do diabo,


devendo estar sempre sobre tutela masculina.

A Idade Média foi também palco de uma das maiores perseguições contra a mulher. A
"Caça as Bruxas" foi um movimento pelo qual a Igreja, através do Santo Ofício
(inquisição), caçou os rituais pagãos. Nestes, a mulher era a base da fertilidade e o
corpo feminino o centro da vida. Contra o movimento pagão, a igreja Católica
comandou um massacre e chegou a, num único dia executar três mil mulheres.

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STIPERTERAPIA

As Terapias Alternativas têm sido cada vez mais utilizadas por pacientes para
complementar tratamentos convencionais e até prevenir doenças. Especialistas
aconselham a interação entre as modalidades terapêuticas e salientam que o
acompanhamento médico tradicional em hipótese alguma deva ser abandonado.

Em 2006, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou portaria que


aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS
(Sistema Único de Saúde). Ao longo da última década, a nomenclatura dada a esse
segmento da ciência foi alterada, passando de Alternativa à Complementar. Hoje,
recebe o nome de Medicina Integrativa.

“A palavra alternativa, em português, dá significado de exclusão. Não queremos que


essas terapias excluam os tratamentos convencionais. Pelo contrário, queremos que
haja um complemento” - afirmação do Dr. Ricardo Monezi, pesquisador do Núcleo de
Medicina e Práticas Integrativas da UniFESP (Universidade Federal de São Paulo).

STIPERTERAPIA (pastilhas de silício) é uma excelente ferramenta para todos


profissionais da saúde que buscam proporcionar alívio em dores físicas ou emocionais
de seus pacientes. Quando aplicada juntamente com as terapias clássicas ela otimiza
seus efeitos, de forma a prestar atendimento rápido e seguro, tendo caráter resolutivo
para os casos de menor gravidade, que, na prática, costumam representar um
percentual significativo dos pacientes. Além de indicação como meio corretivo a
Stiperterapia também é recomendada como forma de prevenção.

HISTÓRIA
O silício foi descoberto por Lavoisier em 1787.
O Silício Elementar foi preparado pela primeira vez por Jons Jakob Berzelius. Em 1823,
ele colocou tetrafluoreto de silício na presença de potássio aquecido conseguindo um
produto mais puro resultante de filtragens prolongadas, aparentemente, outros
cientistas de sua época tentaram obter o silício pelo mesmo método. A forma cristalina
do silício viria a ser preparado por Deville, em 1854. Já no princípio deste século
(1907), Potter estudou a interação da sílica com o carbono que serviu de base ao
processo de obtenção de silício para fins comerciais durante quase todo o século XX.

O silício elementar é preparado comercialmente pelo aquecimento de dióxido de silício


com carvão de coque em fornalhas elétricas. Para se obter silício mono cristalino,
recorre-se ao método de Czochralski, que consiste em introduzir uma semente
cristalina em silício fundido, baixando então lentamente a temperatura para que se dê
a cristalização.

O vidro comum utilizado para fazer janelas ou garrafas é, na sua maior parte sílica
(75%), sendo os 25% restantes uma mistura de Na2O (15%), CaO (8%) e Al2O3 (2,7%).

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Por vezes, introduzem-se no vidro algumas “impurezas” como compostos de boro para
aumentar a resistência ao calor dando origem ao que vulgarmente é conhecido como
Pyrex.

O QUARTZO
Os quartzos são cristais de óxido de silício conhecido como Silicatos. Suas formas e
cores são muito variadas. Seu sistema de cristais é triangular e sua estrutura tem
formas idênticas numa mesma orientação e dimensão. Tem 32 classes de simetria e
suas faces são formadas por figuras planas e retas.

Os quartzos são minerais de grande dureza e ao mesmo tempo apresentam


fenômenos de dilatação e elasticidade, dependendo da força externa que atuam sobre
eles como tensão, compressão, temperatura, etc. Estas qualidades dos cristais de
quartzo lhes permitem a conhecida capacidade em produzir impulsos elétricos, e seu
campo de energia tem a habilidade de se associar com as freqüências precisas,
conhecidas como “piezoeletricidade”. Desta forma, quando se lhes induz uma carga de
energia, começam a vibrar, pulsando numa freqüência harmônica. Esta propriedade
lhe dá a possibilidade de ser utilizado para estabilizar circuitos amplificadores, para
medir potenciais elétricos muito elevados (milhares de volts) ou para medir pressões
instantâneas muito elevadas.

Seus recursos são hoje utilizados em tecnologia de ponta: Sonares, Radares,


Computadores, Relógios, Rádios Transmissores e Receptores, têm a capacidade de
separar e selecionar uma determinada freqüência para que possa ser utilizada sem a
interferência de outras. O mais perfeito ordenador de ondas e freqüências.

Quando se remete este mesmo benefício diretamente ao ser humano, percebe-se que
o quartzo, em contato com a pele, recebe a influência energética do corpo, ativando-
os e fazendo-os vibrarem, induzindo-os a uma pulsação equilibrante. É importante
saber que a água e o quartzo vibram numa freqüência similar à do corpo humano (que
é 70% água, silício e oxigênio) e é similar também ao cristal de quartzo em sua
estrutura. Talvez seja por isso a notória relação e simpatia existente entre os seres
humanos e o quartzo ou silício cristalizado de três faces.

O segredo dos quartzos está na estrutura tridimensional de suas moléculas. Esta


estrutura tem a vibração do equilíbrio perfeito. Na linguagem universal, o triângulo
representa o equilíbrio e a harmonia. Tudo na vida é energia vibrante. O átomo é um
exemplo de sistema de energia. Consiste de elétrons, nêutrons e prótons, têm cargas
elétricas que criam as matrizes. Estas matrizes sustentam a energia numa forma.

Tudo no universo está em estado de vibração, e para a freqüência na qual um objeto


ou uma pessoa vibra damos o nome de ressonância.

AÇÃO BIOLÓGICA
Encontra-se silício em quase todos os organismos vivos. É possível que o silício tenha
desempenhado um papel importante ou mesmo indispensável no aparecimento da
vida na Terra. O padrão de deposição de silício nas plantas é biologicamente

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específico, sendo possível identificá-las pelo exame microscópico das partículas de
sílica. Por vezes, sua presença parece indiciar uma maior resistência da planta a
diversas doenças ou pragas. As folhas da urtiga, por exemplo, estão revestidas de
milhares de micro-cristais de silício.

O tecido humano contém normalmente de 6 a 90 mg de sílica por 100 gramas de


tecido muscular; no entanto, este percentual varia muito com a idade. Tecidos que
requeiram força e resistência como tendões, cartilagens, traquéia, córnea, unhas, pele,
cabelos e artérias, entre outros, contém quantidades importantes de silício.

Para se ter uma idéia da importância do silício no corpo humano, uma artéria
enrijecida (arteriosclerose) tem 15 vezes menos silício que uma artéria saudável. Isto
nos leva a concluir que o silício é fundamental para uma boa saúde vascular.

Ele está presente na síntese do colágeno. Ajuda a reduzir o colesterol “mau”, o LDL.
Ajuda na manutenção da pressão arterial. Tem um importante papel na regulação do
sistema imunológico. Pode retardar e retroceder os processos de arteriosclerose.
Possui uma propriedade inibidora das inflamações devido à sua grande capacidade de
absorção.

A falta do silício pode ocasionar: alterações nos ossos e cartilagens, inclusive a


dificuldade de consolidar fraturas, cicatrizar feridas e queimaduras; perda de
elasticidade da pele; falta de elasticidade vascular; artrites; perda de cabelos;
enfermidades cutâneas como eczemas e pruridos. O déficit de silício no organismo
pode ser causado por envelhecimento e pela ingestão de alimentos muito processados
e refinados.

Em algum momento da vida, como no caso da terceira idade, a necessidade de silício


aumenta.

O silício é um mineral facilmente absorvido no sistema digestório (intestino) e o


excesso são eliminados através da urina.

AS PASTILHAS COM SILÍCIO - STIPER (Stimulation and Permanency)


A prática dessa terapia teve origem na Espanha em meados da década de 90, é
utilizada e difundida em países da Comunidade Européia tais como França, Itália,
Alemanha, Portugal. No Brasil é uma grande novidade.
São pastilhas macias como algodão, com 13 mm de diâmetro x 3 mm de espessura,
produzidas com Quartzo Micronizado (SiO²) depositados e ordenados em manta
hipoalergênica, tendo sua concentração por mm² pré-determinada e granulometria
rigidamente controlada.

Produzido com 100% (quartzo) = cristal de rocha natural.


Estas pastilhas proporcionam um estímulo permanente, agindo enquanto estiverem
em contato com a pele do paciente.

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Efeitos Biológicos
A aplicação quando bem executada, desencadeia efeitos biológicos muito importantes,
destacando-se:
- Promove melhora do metabolismo basal (efeito Biocompatível),
- Aceleração das reações enzimáticas;
- Reforço das fagocitoses na luta contra as infecções;
- Eliminação de resíduos (radicais livres);
- Relaxamento da musculatura lisa e estriada;
- Aumenta a produção de oxigênio ativo na circulação periférica;
- Ativação da circulação sangüínea e linfática; produz vasodilatação geral, local e
profunda;
- Melhora da permeabilidade capilar e venosa.

Em alguns pacientes pode ocorrer uma vermelhidão no local de aplicação da pastilha,


porém isso é apenas fruto da oxigenação potente que a pastilha causa na epiderme,
forçando o sangue a vir à superfície epitelial.

Aplicação do Stiper
- Em todos os casos deve-se fazer a assepsia local com álcool a 70% antes da aplicação
das pastilhas.

- Fixá-las com fita aderente microporosa e hipoalergênico de 4,00 cm x 2,50 cm, nos
pontos ou regiões, deixando atuar nas zonas da pele de 30 a 40 minutos ou de 1 a 5
dias, dependendo da patologia que estamos tratando.

- A renovação depende do nível de carga emocional do paciente: dor articular deixar


de 2 a 3 dias, problema de estresse ou ansiedade, sugerimos substituí-lo todos os dias
e a medida em que a situação problema esteja mais amena poderemos deixar durante
3 ou 5 dias.

- Peles extremamente delicadas e muito frágeis apresentam uma ligeira irritação na


área de contato, mas pela reação ao adesivo utilizado. Neste caso recomendamos usar
um adesivo antialérgico e caso ainda exista alguma reação alérgica, fazer revisões mais
freqüentes.

- Durante este período o Stiper pode ser molhado, como por exemplo: o banho de
chuveiro, terapias de imersão, hidroterapia, sem prejudicar o tratamento proposto.

Cuidados e Precauções
- Não aplicar Stiper sobre feridas abertas, peles com fissuras, fístulas, mucosas ou área
com qualquer tipo de abrasão, poderá ocorrer processo inflamatório local ou regional.

- Não aplicar Stiper sobre a pele com creme que contenha em sua composição ácidos
(glicólico, retinóico), poderá ocorrer uma reação alérgica como irritação, vermelhidão
da pele ou escurecimento da região.

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- Não aplicar Stiper em conjunto com magnetos ou quaisquer outros metais, poderá
ocorrer reação alérgica local.

- Não aplicar quaisquer aparelhos que emitam ondas elétricas, magnética ou sonora
sobre Stiper, poderá ocorrer reação inflamatória local.

- Não aplicar Moxa sobre Stiper, poderá ocorrer reação inflamatória local.

- Não aplicar Laser sobre Stiper, poderá ocorrer reação inflamatória local.

- Cuidado com peles sensíveis, principalmente em crianças e idosos, pode ocorrer uma
vermelhidão no local de aplicação da pastilha, porém isso é apenas fruto da
oxigenação potente que a pastilha causa na epiderme, forçando o sangue vir à
superfície epitelial.

Mecanismo de Ação do Quartzo


Como toda matéria, os cristais de quartzo são compostos por partículas microscópicas,
os átomos. Átomos são constituídos de partículas ainda menores: prótons, elétrons e
nêutrons. Essas pequeníssimas porções de matéria estão em movimento constante,
vibrando sempre. É por isso que se define a matéria como energia condensada.

Durante essas vibrações, cada átomo de matéria capta e emite energia ao mesmo
tempo (ressonância), este processo forma uma estrutura molecular interna que faz
com as forças eletromagnéticas dos minerais tenham uma freqüência regular e como
tal, utilizam as vibrações eletromagnéticas para que as forças e informações que
autoregulam o corpo físico possam ser liberadas e normalizadas, estimulando o
processo de autocura.

Quando em contato com a corrente elétrica que percorre a superfície da pele (variadas
freqüências), os cristais de quartzo agregados a pastilha STIPER absorvem essa energia
em diferentes freqüências e amplitudes de ondas (efeito de Bioressonância). Após
absorvê-las, o STIPER as regulariza criando campos eletromagnéticos que estimulam as
partículas do silício orgânico presente nas fibras de colágeno, melhorando assim a
atividade funcional da célula (efeito Biocompatível), possibilitando a regulação da
energia vital (Biomodulação Frequencial).

Mecanismo de Ação - Bioressonância e o Homem


Para que possamos compreender os eventos observados no mundo da Bioressonância,
se faz necessário abstrair e tentarmos aceitar novos paradigmas relacionados aos
fluxos energéticos, já que seres humanos são organismos multidimensionais, ou seja,
um único ser contêm dentro de si muitas freqüências diferentes e complexas
interconexões energéticas entre os corpos físicos visíveis dos seres humanos e seus
corpos superiores invisíveis, sutis.

Órgãos, células, tecidos etc. emitem sinais eletromagnéticos em forma de oscilações


(freqüências).Todas as células vivas emitem energia em forma de ondas
eletromagnéticas que podem ser medidas, a exemplo de ondas das células miocárdicas

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detectáveis pelo exame de eletrocardiograma e as das células cerebrais pelo
eletroencéfalograma.

Cada componente do mundo físico sejam eles, moléculas, organelas, células, tecidos,
órgãos, sistemas orgânicos, ou ainda constituintes químicos (princípios ativos), fungos,
bactérias, vírus, alérgenos, agrotóxicos, agente poluentes e uma lista sem fim de
componentes diversos, tem suas assinaturas energéticas, como tudo em nosso
universo, suas assinaturas vibracionais, suas Freqüências Energéticas.

Freqüências Energéticas são medidas em hertz, que equivale a ciclos por segundo,
quilohertz (mil hertz), megahertz (um milhão de hertz) e assim por diante, esta medida
foi adotada pelo Comité International des Poids et Mesures (Comitê Internacional de
Pesos e Medidas) nome dado em homenagem ao físico alemão Heinrich Hertz.
Para ilustrar sobre freqüências e assinaturas vibracionais, exemplo da homeopatia,
onde sabemos que após várias diluições, chega-se a um estágio que não mais existi
uma única molécula do princípio ativo, mas, a assinatura vibracional desse princípio
ativo, a freqüência energética do princípio ativo e isso é o que influência na resposta
da autocura.

Sistema de Autocura
A característica comum compartilhada por todos os diferentes tipos de Terapias
Alternativas é o uso de materiais que promovam quaisquer tipos de lesões nas
camadas superficiais da pele: agulhas, calor com ou sem queimaduras, laser,
eletroestímulos, massagens, fricções, pressão, etc. A estimulação por lesões, que
foram produzidas acidentalmente, constitui uma parte indispensável dos nossos
mecanismos de sobrevivência inerentes, tanto para nossa evolução filogenética
(evolução da espécie) quanto para nosso desenvolvimento ontogenético
(desenvolvimento pessoal de recem-nascido até a fase adulto mais velho).

Em nossa vida diária quase sempre somos expostos a vários tipos de minúsculos
ferimentos e lesões. Sem os mecanismos de autocura não sobreviveríamos a uma
lesão mínima.

Nosso corpo desenvolveu mecanismos de autoproteção que normalizam a homeostase


e promovem a autocura. Esse processo é composto de duas partes: central e
periférica.
Para o mecanismo central as lesões induzidas estimulam parte do cérebro que ativam
os principais sistemas de sobrevivência – nervoso, endócrino, imunológico e
cardiovascular - e normalizam as atividades fisiológicas de todo o corpo.

Para o mecanismo periférico, as lesões resultantes desencadeiam reações fisiológicas


ao redor dos locais que envolvam todos os quatro sistemas de sobrevivência a fim de
dessensibilizar e reparar os tecidos lesados, reação imunológica.

Desde o nascimento, as estimulações externas de baixa freqüência são experiências


comuns ao cérebro do bebê como o toque, a pressão, o atrito, inserção de agulhas
(vacinas), cortes e pequenas lesões transmitem impulsos elétricos de baixa freqüência

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ao cérebro por meio de nociceptores, ou seja, receptores nervosos periféricos, criando
uma reação imunológica de autocura.

Pele Humana
A pele é o maior órgão do nosso corpo, reveste e assegura grande parte das relações
entre o meio interno e o externo. Além disso, atua na defesa e colabora com outros
órgãos para o bom funcionamento do organismo, como no controle da temperatura
corporal e na elaboração de metabólitos. É constituída de derme e epiderme, tecidos
intimamente unidos, que atuam de forma harmônica e cooperativa.

Epiderme
A epiderme é composta por epitélio de revestimento que é um tecido estratificado,
pavimentoso e queratinizado, ou seja, formado por várias camadas de células com
diferentes formas e funções. As células superficiais são achatadas como se fossem
escamas e possuem queratina.

A epiderme não possui vasos nem nervos; tem espessura variada, sendo mais grossa
nas regiões de atrito como solas dos pés e palmas das mãos e mais fina sobre as
pálpebras e próximo dos genitais.

Derme
A derme é formada de tecido conjuntivo denso. Sua composição é essencialmente
de colágeno (cerca de 70%) e outras glicoproteínas e fibras do sistema elástico. As
fibras elásticas formam uma rede ao redor das fibras de colágeno que conferem
flexibilidade à pele.
A camada imediatamente abaixo da epiderme é chamada de camada papilar, pois
possui inúmeras papilas dérmicas encaixadas nas reentrâncias da superfície irregular
da epiderme. Em seguida há a camada reticular que contém mais fibras elásticas, além
de vasos sanguíneos e linfáticos e terminações nervosas (nociceptores), são
encontradas glândulas sebáceas e sudoríparas e as raízes dos pelos.

Hipoderme
Localizada logo abaixo da derme encontra-se a tela subcutânea ou hipoderme, que é
uma camada de tecido conjuntivo frouxo rica em fibras e células adiposas. A gordura
que se acumula nessas células funciona como reserva de energia e isolante térmico.

Estruturas Anexas da Pele – Sistema Sensorial


O Sistema Sensorial é um conjunto de órgãos dotados de células especiais chamadas
de receptores. Através dos receptores, o indivíduo capta estímulos e informações do
ambiente que o cerca e do seu próprio corpo. Os estímulos são transmitidos na forma
de impulsos elétricos até o sistema nervoso central. Por sua vez, o sistema nervoso
central processa as informações, traduzindo-as em sensações e gerando respostas.

Em humanos, os principais órgãos do sistema sensorial são: pele, língua, nariz, ouvidos
e olhos. Estes órgãos captam estímulos físicos ou químicos e os transformam em
impulsos elétricos, que são transmitidos ao sistema nervoso central.

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Receptores Sensoriais - Nociceptores
São terminações das fibras nervosas, mielínicas (fibras ADelta), algumas estão livres
associadas às células epiteliais (fibras C), outras, encapsuladas. Existem 7 tipos de
receptores que captam os estímulos do meio, levam ao sistema nervoso e devolvem
respostas sensoriais; são eles:

Discos Receptores de Merkel: ramificações das extremidades de fibras nervosas


sensoriais, cujas pontas têm forma de disco e estão ligadas às células da epiderme.
Percebem estímulos contínuos de pressão e tato;

Corpúsculos de Meissner: são receptores encapsulados, de adaptação rápida


(respondem ao estímulo no fim), percebem estímulos vibratórios, de pressão e de
tato, localizados na superfície da derme;

Corpúsculos de Vater- Paccini: encapsulado, de adaptação rápida, sentem estímulos


vibratórios rápidos e pressão, localizados na derme profunda;

Corpúsculos de Ruffini: encapsulado, de adaptação lenta (responde ao estímulo


continuamente), sentem a pressão e se localizam na derme profunda;

Bulbo Terminal de Krausse: encapsulados, são pouco conhecidos, mas associados aos
estímulos de pressão, se localizam nas bordas da epiderme;

Terminações dos Folículos Pilosos: são fibras sensoriais enroladas ao redor dos
folículos, podem ser de adaptação lenta ou rápida;

Terminações Nervosas Livres: são ramificações de fibras mielínicas ou amielínicas não


encapsuladas, são de adaptação lenta e transmitem informações de tato, dor,
temperatura e propriocepção. Estão localizados por toda pele e em quase todos os
tecidos do corpo.

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Diagnóstico Diferencial Stiperterapia

Zonas Cutâneas
As Zonas Cutâneas são as partes reativas da pele, e estão relacionadas com pares de
nervos espinais, glândulas endócrinas cujos segmentos sejam responsáveis. Elas
estabelecem contato direto entre cada órgão, víscera, músculos, pele (meio externo).
Assim elas são sensíveis às alterações do meio ambiente como variação de
temperaturas, luz, som, contato, etc.

Centros de Energia
Os centros de energia podem estar conectados a plexos específicos da divisão
autônoma do sistema nervoso, um par de nervos espinais tem influência sobre a pele e
os músculos de seu segmento, assim como sobre o órgão mais próximo. Além dessa
função fisiológica, os centros de energia também agem na mente e nas emoções,
dependendo do segmento no qual estão localizados.

Os pontos que comandam o movimento de entrada e saída dos fluxos energéticos,


estão localizados sobre áreas importantes tanto para diagnóstico quanto para o
tratamento.

São determinados pela sintomatologia e principalmente pela unificação clínica. Os


pontos localizados em posição proximal a articulação promovem a movimentação da
energia centrífuga, enquanto que os pontos localizados distalmente promovem a
movimentação da energia centrípeta.

O Diagnóstico
Conforme a homeostase do corpo declina mais pontos sensíveis aparecem em
localizações e seqüências previsíveis, o padrão de surgimento dos pontos sensíveis é
quase o mesmo em todas as pessoas. A palpação dos pontos primários ou de origem
auxilia na localização exata do desequilíbrio energético, além de mostrar o ponto exato
para a aplicação das pastilhas.

O numero de pontos sensíveis representa o potencial de autocura do paciente:


- pacientes com menos pontos sensíveis precisam de um menor número de sessões.
- quanto maior for o número de pontos sensíveis maior será o tempo de tratamento e
o poder de reação do paciente será mais lento.

Protocolo Stiperterapia
Exame Físico: palpar os pontos na ordem em que estiver apresentada. Palpar pontos
ou áreas sintomáticas que tenham relação com a queixa e/ou estiverem próximos aos
pontos listados.

Tratamento:
- Aplicar as pastilhas Stiper sobre cada ponto que tenha apresentado resposta positiva
à palpação.
- Aplicar as pastilhas Stiper sobre pontos ou áreas sintomáticas que ainda apresentem
resposta positiva à palpação.

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Pontos Barreira Articular
Distribuem-se anatomicamente da seguinte maneira:

Cabeça e Pescoço:
BA19: Infra-orbitário – referência MTC E.2
BA23: Supra-orbitário – referência MTC B.2
BA2: Grande auricular – referência MTC TA.17
BA7: Occiptal maior – referência MTC B.10
BA3: Espinhal acessório – referência MTC V.B21

Membro Superior:
BA17: Peitoral lateral – referência MTC E.15
BA9: Cutâneo lateral do antebraço – referência MTC IG.11
BA1: Radial profundo – referência MTC IG.10
BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4
BA13: Escapular dorsal – referência MTC ID.14
BA8: Supra escapular – referência MTC ID.11

Membro Inferior:
BA16: Glúteo inferior – referência MTC Extra 34
BA18: Iliotibial – referência MTC VB.31
BA11: Poplíteo lateral/medial – referência MTC B.39
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34
BA10: Sural – referência MTC B.57
BA6: Tibial – referência MTC BP.6
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3

Região Dorsal:
BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26
BA14: Cluneal superior – Sem correspondência.

*MTC: Medicina Tradicional Chinesa - pontos de Acupuntura.

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Conceituação da Fisiologia Feminina sob a visão da MTC
Orquídeas Desabrochando

Na concepção da Medicina Tradicional Chinesa, a mulher é tida como Yin e o homem


como Yang, e sua fisiologia deve ser vista através de seu ciclo menstrual, suas
secreções, a gravidez, o parto e a lactação.

É claro que, apesar da mulher ser Yin, apresenta aspectos em sua fisiologia Yang, o
mesmo acontecendo com o homem. A fisiologia feminina está baseada no Xue
(Sangue), e a masculina no Qi (Energia).

No capitulo I do livro Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo - Questões


Simples (Yellow Empero’s Canon of Internal Medicina - Huang Di Nei Jing - Su Wen),
cujo surgimento remonta ao primeiro milênio a.C (770 – 221 a.C) e consiste em um
texto escrito em forma de diálogos, onde o Imperador Amarelo obtém informações de
seu Ministro Chi Po a respeito de todas as questões ligadas à saúde; principalmente à
arte de curar. Está dividido em dois volumes: Spiritual Axis (Ling Shu), e o Symples
Questions (Su Wen). O livro é uma compilação sistemática dos conhecimentos acerca
da Medicina Tradicional Chinesa, versando sobre: teorias básicas da MTC; elementos
de fisiologia e fisiopatologia; princípios de diagnóstico; procedimentos terapêuticos;
orientações sobre a prevenção e tratamento de doenças, são colocadas que:

- “Para uma mulher, a Energia dos Rins se torna ativa quando ela faz sete anos; como
os Rins determinam a condição dos ossos, e os dentes sendo excessos de osso, seus
dentes de leite caem e os dentes permanentes emergem se a energia dos Rrins for
próspera; como o cabelo é a extensão do Xue (sangue) e o Xue é transformado a partir
da Essência dos Rins (Jing Qi), seus cabelos irão crescer quando os Rins estiverem
prósperos.”

- “Seu Tian Gui (substância necessária à promoção do crescimento, desenvolvimento e


função reprodutora do corpo humano) surge na idade de quatorze anos (2 x 7). Por
esta época, seu canal Ren Mai começa a ser posto a prova, e seu canal Chong Mai se
torna próspero e sua menstruação começa a aparecer. Já que todas as condições
fisiológicas estão ma duras, ela pode engravidar e gerar um bebê”.

- “O crescimento da Energia dos Rins atinge o status normal de um adulto por volta da
idade de vinte e um anos (3 x 7), seus dentes do juízo despontam por volta deste
estágio e seus dentes se encontram completamente desenvolvidos.”

- “Por volta da idade de vinte e oito anos (4 x 7), seu Qi (Energia) e seu Xue (sangue) se
tornam substâncias, suas extremidades se tornam fortes, o desenvolvimento dos
tecidos e dos pêlos de todo o corpo é florescente. Neste estágio, seu corpo atravessa a
condição mais forte.”

- “O físico duma mulher muda da prosperidade para o declínio, gradativamente após a


idade de trinta e cinco anos (5 x 7). Assim, nessa época, seu canal Yang Ming (IG/E)
começa a ficar debilitado, e seus cabelos começam a cair”.

Apostila pertencente ao Mini-curso Stiper – Stiperterapia em Fases e Saúde da Mulher


16 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
- “Por volta da idade de quarenta e dois anos (6 x 7), seus canais Yang (Tai Yang, Yang
Ming e Shao Yang) começam a declinar. Por essa época, a compleição de sua face
murcha e seus cabelos começam a ficar brancos.”

- “Após a idade de quarenta e nove anos (7 x 7), seus canais Ren Mai e Chong Mai
declinam, sua menstruação some já que seu Tian Gui está exausto. Seu físico fica velho
e frágil, e por essa época, ela não pode mais conceber.”

A FISIOLOGIA FEMININA
Os 5 Zang (órgãos) são os responsáveis pela criação e fluxo do Qi e do Xue, sendo o Xin
(Coração) que impulsiona o Xue (sangue) junto com o Fei (Pulmão) que rege o Qi, o
Gan (Fígado) que conserva o Xue (Sangue), o Pi (Baço/Pâncreas) que produz o Xue
(Sangue) e Jing Pós-Natal para que o Shen (Rins) conserve o Jing Pré-Natal (Essência).
Considerando que a fisiologia feminina está baseada no Xue (Sangue), estão
diretamente envolvidos neste processo o Shen (Rins), o Gan (Fígado), o Coração (Xin) o
Pi (Baço / Pâncreas), o Wei (Estômago) e o Útero. Também estão diretamente
envolvidos os Vasos Maravilhosos Chong Mai, Ren Mai e Du Mai.

RIM (Shen)
O Rim (Shen), é referido como a ‘Raiz da Vida’, do Qi Pré Celestial , isto porque este
órgão armazena a Essência (Jing), que no contexto da MTC é entendida como a base
material para a manutenção de todas as atividades orgânicas.

É constituída por 2 partes, que são:

Essência Pré-Celestial ou Jin Inato ou Jin Hereditário: oriunda dos pais, é a


responsável pela formação e nutrição do feto, como também pela procriação, sendo
portanto, na visão contemporânea, a carga genética herdada pelos pais e a
determinante das características morfofisiológicas do indivíduo.

Essência Pós Celestial, ou Jing Adquirido ou Essência do Céu-Posterior: que é extraída


pelo Estômago (Wei) e o Baço (Pi) dos alimentos sólidos e líquidos ingeridos, que é
transportada pelo Baço (Pi) até os Pulmões (Fei), aonde é distribuído por ele e o
Coração (Xin) para todo o organismo, com o objetivo de nutrir todas as estruturas e
manter todas as funções fisiológicas. Quando o Jing dos Zang Fu estiver repleto, o
excedente é armazenado no Rim (Shen), tornando-se parte Jing do Rim.

É importante ressaltar que o Rim (Shen) é entendido como o provedor do Yin e Yang
para todos os outros sistemas, (Yin e Yang Primário), portanto, a deficiência de Yin e ou
Yang do Rim (Shen) irá comprometer outros órgãos; principalmente o Yin do Fígado
(Gan), Coração (Xin) e Pulmão (Fei) e o Yang do Baço (Pi), Pulmão (Fei) e o Coração
(Xin). O Yin do Rim (Shen) é fundamental para ao nascimento, crescimento e
reprodução e o Yang do Rim (Shen) é o responsável pela força motriz de todos os
processos fisiológicos.

Na MTC o Rim (Shen) desempenha inúmeras funções, destacando-se:


- Armazenar a Essência (Jing), controlar o nascimento, puberdade, climatério e a

17
morte;
- Controlar a recepção de Qi;
- Produzir a Medula, abastecer o Cérebro e controlar os ossos;
- O Rim (Shen) se conecta a outros órgãos através dos Vasos Maravilhosos Du Mai,
Ren Mai e Chong Mai.

FÍGADO (Gan)
O Fígado (Gan), entre outras funções, é o responsável pelo armazenamento e a
regulação do volume do Sangue pelo corpo, além de ser responsável pelo fluxo suave
de Qi, portanto, este órgão é muito importante na fisiologia feminina, especialmente
quanto ao fluxo menstrual, pois é o Útero quem armazena o Sangue oriundo do
Fígado, e estando este deficiente irá provocar mudanças no padrão menstrual
(amenorréia, oligomenorréia), como também, se estiver em excesso irá provocar
menorragia ou metrorragia.

Pelo fato de ser o Qi o responsável pelo fluxo de Xue, seu bloqueio pode provocar o
surgimento de dismenorréia, alterações no ciclo menstrual e Tensão Pré Menstrual.

CORAÇÃO (Xin)
O Coração (Xin), entre suas inúmeras funções, governa o Sangue, através da
transformação do Qi dos Alimentos em Sangue (Xue) como também por sua
circulação, o que por si só tem enorme influência sobre a menstruação, além da
conexão existente com o Útero pelo Canal do Útero (Bao Mai).
Outra importante função do Coração (Xin) é a de abrigar o *Shen, (Mente), entendido
pela MTC como o conjunto das faculdades mentais, o que significa dizer que o estado
do Coração (Xin) e do Sangue (Xue) influenciará as atividades mentais, inclusive o
estado emocional, podendo então, se manifestar por alteração da atividade cerebral,
consciência, memória, pensamento e sono.

Cabe ressaltar que na MTC, *Shen (Mente) está intimamente relacionada com o
organismo, isto porque a Essência (Jing) e o Qi formam a base física da Mente, o que
nos permite dizer que se a Essência e o Qi estão satisfatórios a Mente está em
harmonia, se ao contrário, houver uma deficiência de Essência (Jing) e Qi a Mente
sofrerá.

Outra influência do Coração (Xin) sobre a fisiologia feminina é que a Essência do Rim
forma o Gui Celestial (sangue menstrual) com a ajuda do Yang do Coração.

BAÇO (Pi)
O Baço (Pi) é o responsável pela produção de Sangue (Xue) e Qi, a partir da
transformação dos nutrientes e fluidos (Qi dos alimentos), vindos do Estômago (Wei),
e de seu transporte. Esta associação (Pi/Wei), também é chamada de Raiz do Qi Pós
Celestial, pois a partir dos alimentos e fluidos ingeridos, o Baço (Pi) extrai o Qi dos
alimentos (Gu Qi - base para a formação do Qi e Xue), e no Pulmão (Fei) se combina
com o Ar formando o Qi Torácico, que é a base para o Qi Verdadeiro (Zhen Qi). O Qi
dos Alimentos (Gu Qi) também é a base para a formação do Sangue (Xue), que
acontece no Coração (Xin), que o controla.

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Entende-se que o Baço desempenha papel fundamental na fisiologia feminina já que
sua deficiência se manifesta por alterações do fluxo menstrual.

No livro “Secret Record of Master Feng’s Brocade Bag”, diz:

- O Baço é a origem do Qi e do Sangue, e o Coração governa o Sangue de todos os


meridianos. Quando o Baço e o Coração funcionam bem, os ciclos são normais...

- o Sangue é produzido pelo Baço e transformado em fluidos seminais nos homens e


em sangue menstrual e leite nas mulheres. Apesar de o Coração governar o Sangue e o
Fígado armazenar Sangue, o Sangue é controlado pelo Baço. Para nutrir o Sangue,
deve-se tonificar o Baço e serenar o Estômago...

- o Coração e o Baço deveriam ser tratados antes da chegada do Gui Celestial, e o


Fígado e Rins após sua chegada. O sangue menstrual e o leite são produzidos pelo Baço
e Estômago. Após ser digerido pelo Estômago, a parte pura da água e alimentos vai
para o meridiano do Coração onde altera a sua cor tornando-se vermelho, formando
assim Sangue. O Excesso do Sangue dirige-se aos canais Ren Mai e Chong Mai
produzindo a menstruação... Logo após a distribuição, a parte pura do alimento vai
para os Pulmões e então flui para dentro das mamas para tornar-se leite, branco em
coloração assim como os Pulmões. Quando pára a amamentação, a parte pura do
alimento retorna para o Sangue novamente”.

ESTÔMAGO (Wei)
O Estômago (Wei) tem sua importância na fisiologia feminina devido a sua ligação com
o Baço na origem do Qi e Xue, sendo também conhecido junto com o Baço como a
“Raiz do Qi Pós Celestial”.

O Estômago se conecta com o Útero através do meridiano Chong Mai (E30), o que
explica o aparecimento de emese gravídica.

Outro aspecto que deve ser comentado é o trajeto do meridiano que passa pelas
mamas influenciando assim a lactação, como também, o fato do leite materno ser, na
concepção da MTC, uma transformação do sangue menstrual no canal Chong Mai, e
este é suplementado pelo Qi Pós Natal extraído do alimento que por sua vez depende
do Estômago (Wei).

ÚTERO
O Útero é um órgão classificado como Extraordinário pois apresenta forma de uma
víscera Yang e função de um órgão Yin, isto é, sua cavidade tem a função de drenagem
(Yang) ao mesmo tempo em que armazena o Xue e nutre o feto (Yin).

Está conectado aos Rins através de um meridiano chamado “Meridiano do Útero” (Bao
Luo Jin) e ao Coração (Xin) pelo meridiano “Canal do Útero” ((Bao Mai Jin), o que nos
permite dizer que tanto o fluxo menstrual como a fertilidade dependem do estado da

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Essência do Rim e do Sangue do Coração, portanto, a deficiência do Rim como do
Coração podem provocar infertilidade ou amenorréia.

Na concepção da MTC o Útero não corresponde única e exclusivamente a um órgão


único e sim ao conjunto formado pelo útero, trompas e ovários, o que nos permite
entender que o Útero e os Rins respondem pelas funções do sistema reprodutivo e em
especial do eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal.

VASOS MARAVILHOSOS - QI JING BA MAI


Dentre os Vasos Maravilhosos, destacam-se Chong Mai, Du Mai e Ren Mai, no que se
refere a fisiologia feminina e em especial a função menstrual; estes se originam entre
os Rins (Força Motriz – Don Qi), descendem para o períneo (Ren-1), quando se dividem
em 3 ramos, o Chong Mai considerado como “Mar de Sangue”, o Du Mai, Governador
dos Meridianos Yang, e o Ren Mai, Governador dos Meridianos Yin.

CHONG MAI
Nasce em uma área entre os Rins onde pulsa a Força Motriz (Dong Qi), passa pelo
Útero, em direção do períneo (Ren-1), emergindo em E-30, fluindo com o meridiano do
Rim até a altura de R-21 ou R-27 (depende do autor), a partir daí, sobe em direção a
garganta, circunda a boca e sobe para a testa. A partir de Ren-1, um ramo se dirige
para dentro da coluna vertebral, na altura de B-23, o outro flui para baixo a partir de E-
30 seguindo pela parte medial perna e medial do pé, onde se divide em 2 ramos
seguindo o meridiano do Rim até o 5º dedo do pé, e o meridiano do Baço chegando ao
Halux.

Devido a seu trajeto pode-se dizer que este meridiano influencia quase todo o
organismo, com exceção dos braços, estando intimamente relacionado com todos os
meridianos, sendo chamado de “Mar dos Doze Meridianos” ou “Mar dos Cinco
Sistemas Yin e Seis Sistemas Yang”. Este Vaso Maravilhoso conecta o Qi Pré Celestial
(Rim - Shen) com o Qi Pós Celestial (Estômago – Wei), influenciando assim a fisiologia
feminina, principalmente a menstruação em todos os seus aspectos, já que ele é o Mar
de Sangue, portanto o Chong Mai está relacionado ao Xue e Qi.

REN MAI
Tem a mesma origem do Chong Mai, emergindo no períneo (Ren-1) e ascendendo pela
linha media anterior do corpo até Ren-24, contorna a boca e entra nos olhos em E-1.

Este Vaso Maravilhoso está conectado ao Yin, a Essência e Fluidos (oposto do Chong
Mai), e se conecta aos 3 meridianos Yin da Mão e do Pé, o que o torna o governador
do Yin. Devido a esta característica, o Ren Mai fornece as substâncias Yin (Yin Qi,
Essência, Sangue, fluidos) para todos os processos fisiológicos da mulher, e em especial
aos relacionados a processos hormonais (puberdade, libido, concepção, gravidez,
parto, climatério), ao contrário do Chong Mai que está mais relacionado com a
menstruação e a maioria de suas irregularidades.

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DU MAI
Tem a mesma origem dos Vasos citados anteriormente, e emerge em Ren-1 e a partir
daí segue para Du-1, ascendendo seu ramo principal pela coluna vertebral até a base
do crânio, quando penetra no cérebro. A partir do vértice flui pela linha média para
baixo em direção do lábio superior, terminando em Du-28.

Este Vaso Maravilhoso é de origem Yang e por semelhança do Ren Mai, se conecta
com todos os meridianos Yang da Mão e do Pé, o que lhe dá o status de Governador
Geral do Yang.

Do ponto de vista da MTC, o Du Mai (Yang) e o Ren Mai (Yin) se completam,


promovendo o equilíbrio energético do organismo, e especificamente na fisiologia
feminina, o Du Mai e o Ren Mai devido a mesma origem, passando pelo Útero,
emergindo no períneo, ascendendo pelo dorso e pela frente, respectivamente,
conectando-se com o Coração e atingindo a cabeça e o cérebro, caracterizando um
circuito energético contínuo.

Este circuito, devido a estas


características, conecta o Útero aos Rins e
o Coração ao Cérebro, o que explica a
influência dos problemas emocionais e
mentais sobre a menstruação, função
ovariana e vice versa. Por outro lado, este
circuito conecta-se a Essência (Rins), ao
Sangue (Útero e Coração); a Medula
(vértebras e Rins) e Mar de Medula
(Cérebro), o que na visão da medicina
ocidental representa o eixo hipotálamo-
hipofisário-gonadal.

Água Celestial - Ciclo Menstrual e suas Perturbações

Toda mulher tem um período menstrual, mas nem todas as mulheres têm um período
regular ou indolor. Os problemas menstruais são as patologias mais comuns em
ginecologia.

O que é um ciclo menstrual normal?


- Um ciclo normal é de 21-35 dias de duração (o mais comum é de 28 dias).
- O dia 1 é considerado quando o sangramento menstrual começa.
- O sangramento menstrual deve estar livre de dor e desconforto e dura de 2 a 6 dias.
- Perda média de sangue de 20-60ml

Problemas menstruais referem-se a:

Comprimento do ciclo
- Ciclo menstrual precoce

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- Ciclo menstrual atrasado
- Ciclo menstrual irregular

Quantidade de sangramento menstrual


- Menstruação Profusa (pesada)
- Escala (leve) menstruação
- Menstruação duradoura
- Amenorréia (período ausente)
- Sangramento entre períodos (sangramento ou manchas)
- Metrorragia e Metrostase (sangramento maciço ou gotejamento constante)

Menstruação dolorosa
- Dismenorréia (período doloroso)

PMS: síndrome pré-menstrual


Sintomas menstruais como:
- Distensão das mamas
- Febre
- Dor de cabeça
- Corpo dolorido
- Diarréia
- Sangramento nasal
- Erupção cutânea
- Tontura
- Edema
- Responsabilidade emocional

Observações Importantes nos Ciclos Femininos


• Menarca: ocorre em média dos 10 aos 16 anos.
• Prematura: antes dos 10 anos.
Tardia: depois dos 16 anos.
• Menopausa: ocorre em média aos 50 anos
• Menopausa Precoce: antes dos 35 anos.
• Menopausa Tardia: após 55 anos.

Segundo a MTC:
- Ciclo menstrual - 21 a 36 dias
- Duração – 3 a 7 dias
- Média de perda de Xue – 30 a 80 ml
- Cor: vermelho escuro.

Tratamento com Medicina Tradicional Chinesa (MTC)

A MTC divide o ciclo menstrual em 4 fases:

I FASE
• Fase menstrual – média 7 dias

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• Atividade Yang do Fígado: o Xue se movimenta, o Fígado se excede
• Há uma baixa hormonal (hipoatividade dos Rins) necrose do endométrio

II FASE
• Fase pós-menstrual – 7 dias
• Xue = YIN vazio, Fígado deficiente
• Ren e Daí Mai hipoativos
• inicia a fase folicular – FSH, estrógeno, o Rim eleva sua atividade

III FASE
• Fase do ½ ciclo – fase lútea (7 dias) por volta dos 21 dias
• fase de ovulação
• Ren Mai, Dai Mai e Rim estão hiperativos

IV FASE
• Fase pré-menstrual – (7 dias)
• Yang do Fígado em excesso
• Qi movimenta o Xue, Mobiliza o endométrio

O Tratamento para ciclo menstrual e para ovulação está vinculado diretamente as


fases do ciclo ( 1,2,3 e 4).
Exemplo:
• Nutrir Xue (segunda fase)
• Tonificar R / F (segunda e terceira fase)
• Mover o Xue e o Qi F (quarta fase)

TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Amenorréia, Oligomenorréia
- Amenorréia é a ausência de menstruação, seja ausência da menarca ou a interrupção
dos períodos menstruais. Geralmente a menarca se apresenta por volta dos 14 anos.
Não tendo ocorrido menstruação até os 18 anos, a condição chama-se Amenorréia
Essencial. Amenorréia Secundária é o desaparecimento do fluxo por mais de 3 meses,
desde que a paciente tenha ciclos menstruais normais.

- Oligomenorréia é a redução do fluxo menstrual, durante vários ciclos ou


ocasionalmente.

Principal – Membro Inferior


BA6:Tibial – referência MTC BP.6
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3

Região Dorsal:
BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23

23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Membro Inferior:
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34

Metrorragia Funcional
A Hipermenorragia (fluxo menstrual excessivo ou prolongado) e a Metrorragia
(hemorragia uterina entre ciclos menstruais ou na menopausa), não acompanhadas de
alterações orgânicas genitais. Na MTC é chamada de “Hemorragia Uterina”. Ocorre
com certa freqüência durante as mudanças do sistema endócrino, tempo que coincide
com a puberdade, a menopausa, o pós-parto e o pós-aborto. Também pode ser
induzida por uma enfermidade geral ou por fatores psíquicos.

Principal – Membro Inferior


BA6:Tibial – referência MTC BP.6
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3

Região Dorsal:
BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Membro Inferior:
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34

Tensão Pré- Menstrual - PMS


Estagnação de Qi do Fígado, aparecem sintomas, como:
• Irritabilidade
• Edema
• Sensação de bola na garganta
• Angústia
• Aumento de peso
• Cansaço

O Fígado coordena o movimento do Qi fazendo portanto o jogo entre expansão e


contração, ação e recolhimento. Quando a mulher entra na segunda metade do ciclo
(após a ovulação), o movimento que se faz necessário é o recolhimento.
Tratamento: Suavizar o Fígado, desfazer a Estagnação do Qi e drenar a Umidade do BP.

Principal - Membro Superior:


BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4

Cabeça e Pescoço:
BA2: Grande auricular – referência MTC TA.17

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BA7: Occiptal maior – referência MTC B.10
BA19: Infra-orbitário – referência MTC E.2
BA23: Supra-orbitário – referência MTC B.2
BA3: Espinhal acessório – referência MTC V.B21

Membro Inferior:
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3

Dismenorréia - Período doloroso


O período doloroso, ou a dor relacionada ao ciclo menstrual é uma das queixas de
ginecologia mais comuns, e muitas vezes é negligenciada.

Cólicas dolorosas associadas à menstruação são o resultado da produção de


prostaglandinas no endométrio (revestimento uterino). Durante o período, ou mesmo
apenas antes do início do período, os músculos uterinos se contraem para estimular o
fluxo menstrual para liberação. Essas contrações podem ser muito fortes e levar ao
corte do suprimento de sangue dentro do útero. Essa falta de oxigênio é o que
desencadeia a liberação de prostaglandinas e envia sinais de dor ao cérebro. A
presença de prostaglandinas desencadeia no útero mais contrações, causando
finalmente mais dor.

A dor é muitas vezes grave para muitas mulheres, suas vidas são significativamente
interrompidas, precisam parar de participar de suas atividades normais ou recorrer a
períodos de descanso para aliviar a dor.

Dismenorréia primária: dor menstrual sem patologia pélvica.


Dismenorréia secundária: dor menstrual associada a uma patologia subjacente.

É difícil afirmar por que essa condição é tão comum, mas pode ter como um fator
causal a inflamação pélvica crônica. O tratamento médico padrão é a droga
antiinflamatória não esteróide.

Visão na Medicina Tradicional Chinesa - MTC


Estagnação de Qi e estase de sangue: geralmente devido a fatores emocionais,
especialmente raiva causando Estagnação do Qi do Fígado com bloqueios da circulação
sanguínea nos meridianos de Chong e Ren. A dor começa 1-2 dias antes do período,
distendendo abdome, piora com pressão, distensão mamária, período correto, a cor é
roxo escuro, a dor é aliviada após a passagem de coágulos.

Acumulo de frio no Útero: o frio ataca o corpo diretamente através do próprio clima
frio ou alimentos e bebidas frias. O frio acumula-se nos vasos maravilhosos Chong Mai
e Ren Mai, fazendo com que o sangue coagule e se bloqueie. Mulheres com deficiência
de Yang também podem ser suscetíveis a esse padrão.
Dor por deficiência é pior ao final do período, a dor melhora com calor e pressão,
período longo, sonolência e debilidade nas costas.

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Umidade-Frio: ataques externos de frio combinado com umidade túrbida, digestão
fraca, acumula-se nos vasos maravilhosos Chong Mai e Ren Mai que coagulam e
bloqueiam o fluxo livre de sangue. Dor começando antes do período, melhora com o
calor e piora com pressão, fluxo curto, coágulos pretos escuros, dores no corpo.

Umidade-Calor : o calor úmido que é semelhante à infecção e inflamação é alojado


nos vasos maravilhosos Chong Mai e Ren Mai, bloqueando o fluxo de sangue. Dor
pélvica e abdominal antes do início do período e piora com pressão, sensação de
queimação durante o período, cor vermelho escuro, densa com coágulos, dor e
sensação de distensão na região lombar, descarga vaginal amarela e grossa dias antes
do fluxo menstrual, febre baixa ou sensação de calor, urina amarela.

Deficiência de Qi e Xue: a deficiência de BP e Estômago (sistema digestório) resultam


em não produzir sangue suficiente para nutrir os vasos maravilhosos Chong Mai e Ren
Mai. Progressivamente uma doença prolongada pode esgotar o Sangue levando a uma
deficiência. Dor abdominal durante e após o período menstrual, ou uma sensação de
vazio do abdome e da vagina, melhora com pressão, período curto, cor clara, fadiga,
tez pálida, falta de apetite, fezes soltas.

Deficiência de Fígado e Rim: constituição fraca, muitas gestações e partos, excesso de


sexo leva à deficiência de Fígado e Rim que não é capaz de alimentar os vasos
maravilhosos Chong Mai e Ren Mai. Dor lombar lenta ao final do período, período de
cor da clara, ondas de calor, zumbido.

TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Principal – Membro Inferior


BA6:Tibial – referência MTC BP.6
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34

Região Dorsal:
BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Inflamação Pélvica Crônica


Com o termo Inflamação Pélvica Crônica, nos referimos às inflamações e infecções do
útero, das trompas e dos ovários. Manifesta-se como uma dor intensa no baixo ventre
e dor lombossacral. Intensifica-se com o esforço, geralmente antes ou depois das
menstruações. Ocorrem também leucorréia, distúrbios menstruais, hipermenorréia no
começo do ciclo, amenorréia, massa dura palpável com dor evidente. Quando as
trompas de ambos os lados obstruem, produz-se a esterilidade secundária.

Apostila pertencente ao Mini-curso Stiper – Stiperterapia em Fases e Saúde da Mulher


26 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Principal - Região Dorsal:


BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Membro Inferior:
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34
BA6: Tibial – referência MTC BP.6

- Membro Superior:
BA9: Cutâneo lateral do antebraço – referência MTC IG.11

Botão de Lótus - A Saúde dos Seios

A saúde dos Seios como a Água Celestial, depende do fluxo suave do Qi e do Xue
(Sangue). Um bloqueio no fluxo do Qi e do Xue dentro dos meridianos que passam
nesta região pode, portanto, causar estagnação nos seios. Com o passar do tempo,
levar a sérias disfunções progressivas, começando com uma tensão pré-menstrual até
o câncer de mama.
Meridianos que passam nos seios: Fígado, Rim, Estomago e o vaso maravilhoso Chong
Mai.

Principais Quadros Energéticos


- Estagnação de Qi do Fígado
- Deficiência do Qi do Estômago
- Estagnação no Vaso Maravilhoso Chong Mai

Fatores de Risco
- Idade
- O Chong Mai origina-se no útero e ramifica-se em pequenos vasos por todo seio.
Quando ocorre interrupção da Água Celestial, pode haver estagnação de Qi e formação
de massas nos Seios.
- Deficiência do BP com a idade provocando Umidade.
- Histórico Familiar
- Menarca Precoce (excesso de Yang).
- Não amamentar após o parto.

TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Nutrir os Seios - usar após a menstruação e preparar para amamentação


Principal - Membro Superior:
BA9: Cutâneo lateral do antebraço – referência MTC IG.11

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Membro Superior:
BA17: Peitoral lateral – referência MTC E.15

Região Dorsal:
BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Chuva e Nuvem - Harmonia entre Água e Fogo

Nuvem - Secreções vaginais.


Chuva - Emissão do Sêmen.

Na Medicina Tradicional Chinesa o sexo é considerado um fator importante para a


manutenção da saúde. Para os Taoístas, o ato sexual é considerado um meio de
garantir um bem estar físico, emocional, mental e espiritual, pois é a união de opostos
complementares, que se liga com o macrocosmo do Céu e da Terra. No momento do
ato sexual, os líquidos corporais misturam-se, a respiração entra em sincronia e não há
domínio nem do Yin nem do Yang. O sexo é harmonização da Água e do Fogo. O Fogo
do homem acende e apaga rapidamente, enquanto a Água da mulher leva tempo para
ferver e tempo para esfriar.

- Na Medicina Tradicional Chinesa, o Sêmen do homem é Essência Vital. Ejaculações


frequentes, portanto, poderiam esgotar sua Essência Vital, acelerando o processo de
envelhecimento. Os homens eram aconselhados a fazer sexo regularmente, mas a
ejacular somente para a procriação, a fim de preservar sua Essência Vital.

- Na Medicina Tradicional Chinesa as mulheres retêm sua Essência Vital e são capazes
de absorver a energia Yang do homem para se fortalecerem.

A Libido
O termo Libido deriva do latim e quer dizer ‘anseio’, ‘desejo’, ‘vontade’ sexual.
A libido é a energia sexual de base que impulsiona ao bem-estar e satisfação. Não é só
dirigida às necessidades sexuais mas também ao instinto de sobrevivência e à
necessidade de nos sentirmos bem com nosso Eu, e na relação com os outros.

Em Medicina Tradicional Chinesa, o desejo sexual e o orgasmo são expressões do Fogo


Ministerial (CS/TA). Se o Fogo Ministerial está deficiente, não existe orgasmo ou desejo
sexual. A deficiência de Yang Qi pode levar à estagnação de energia no aquecedor
inferior (TAI) e desencadear problemas ao nível do aparelho reprodutor.

Quando óvulo e espermatozóides se combinam dá-se a união energética dos orgasmos


sexuais do pai e da mãe. O orgasmo da mulher e do homem são possíveis graças ao
desejo sexual que sentem um pelo outro. Quando o novo Ser se forma – ovo ou zigoto

Apostila pertencente ao Mini-curso Stiper – Stiperterapia em Fases e Saúde da Mulher


28 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
– ele próprio recebe uma forma de energia indiferenciada a que a MTC chamam
de Fogo Ministerial que se vai juntar à Essência Hereditária ( Jing Qi inato) dada pelos
progenitores.

O Fogo Ministerial 'desce' à matéria na altura da concepção (Útero), se junta ao Jing Qi


inato e a sua natureza Yang permite, pelo movimento, que se realize transformação e
desenvolvimento do feto. Podemos relacionar o Fogo Ministerial a vontade, ao desejo,
ao instinto de sobrevivência e assim, estabelecer uma analogia entre Fogo Ministerial e
libido.

Por vezes, a libido sofre alterações difíceis de explicar para as quais raramente se
encontra a origem. Um desequilíbrio na alimentação ou na produção de
neurotransmissores pode ser a causa. Além de infertilidade e frigidez, podem estar
presentes problemas menstruais como dismenorréia, cistos nos ovários (por não existir
Yang suficiente para concluir as ovulações), problemas hormonais, insônia e, muitas
vezes, depressão.

Causas da falta de libido na Medicina Tradicional Chinesa

Deficiência de Yang do Rim


• Friorento (tem mais frio do que as pessoas à sua volta).
• Medroso
• Pés frios
• Vontade de urinar durante a noite ou pela manhã bem cedo.
• Urina clara e abundante.
• Dor lombar
• Letargia
• Sangramento menstrual claro
• Fezes soltas
• Face pálida e aspecto cansado.

Deficiência de Qi do BP
• Cansaço
• Falta de força nos membros
• Falta de apetite ou apetite irregular
• Desejo de comer doce
• Varizes
• Preocupação
• Pés gelados
• Suor abundante
• Fezes soltas
• Indigestão ou empachamento
• Edemas
• Dor em peso
• Hematomas que aparecem com facilidade

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Umidade – Mucosidade de BP
• Nódulos nas mamas
• Acne cística
• Dor de cabeça em peso
• Catarro, sinusite e rinite
• Menstruação com muco
• Sobrepeso
• Dores articulares

TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Principal - Região Dorsal:


BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Membro Inferior:
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34
BA6: Tibial – referência MTC BP.6

Membro Superior:
BA17: Peitoral lateral – referência MTC E.15

Infertilidade ou Esterilidade Feminina


- Esterilidade é a incapacidade para ovular. Pode-se falar em esterilidade essencial (a
ausência de gravidez após 3 anos de convivência sexual) e esterilidade secundária (a
não fecundação após 3 anos, depois de algum aborto, parto ou uso prolongado de
pílulas, ou associado a problemas de ovário ou endometriose).

- Infertilidade é a ausência de concepção depois de um ano de relações sexuais


regulares sem usar métodos contraceptivos. Em grande parte, a infertilidade não se
deve a deficiências orgânicas, mas a uma série de fatores, como menstruação
irregular, disfunção ovariana, menstruação anovulatória, bloqueio nas trompas, ou
infecções vaginais e cervicais. As causas podem ser determinadas por meio de exames.

Algumas causas físicas da infertilidade não podem ser corrigidas. Outras, tais como
obesidade, infecção, ou falhas constante em relações durante o período fértil são
bastante fáceis de corrigir.

A MTC classifica o conjunto desses distúrbios como “uma deterioração do BP e do


Coração”, bem como “um enfraquecimento do Fogo e da Porta da Vida”. Pensa-se
também numa estreita relação com os meridianos do Fígado e do Rim.

Apostila pertencente ao Mini-curso Stiper – Stiperterapia em Fases e Saúde da Mulher


30 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Principal - Região Dorsal:


BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Membro Inferior:
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34
BA6: Tibial – referência MTC BP.6

Amadurecendo o Fruto - Gestação

A gestação deve ser um desenrolar Natural do processo interior criativo e não mais
uma condição imposta de cima para baixo, ou , seja, da mente em relação ao corpo.

A Fecundação
União da Energia Celeste (Yang) e Energia Terrestre (Yin), representação terrestre do
embrião cósmico. A fecundação não é somente a união do espermatozóide e óvulo,
existem outras energias e outras condições que precisam estar presentes, para
possibilitar o desenvolvimento do novo SER

Nei Jing: “A energia que procede da mãe é fundamental, e a energia que procede do
pai é secundária. Mas o fundamental se sustenta no secundário,”

Mulher na Gravidez
- Utiliza todo seu Xue (Yin) para transformar em Yang para nutrir o feto (Yang).
- A mulher envelhece mais tarde que o homem, renova seu sangue a cada
menstruação até os 40 anos.

Irrigação Energética do Útero


O útero é uma víscera extraordinária secundária, sendo irrigado pela Essência do Rim
através dos Vasos Maravilhosos: Du Mai (VG - posterior), Ren Mai (VC - anterior),
Chong Mai - centro).

Fecundação - Intervenção dos Vasos Maravilhosos:


- Chong Mai
- Du Mai
- Ren Mai
- Du Mai e Ren Mai regem o Yin e o Yang, Chong Mai rege o Xue (sangue).
- Dai Mai é circular (Vaso da Cintura), une o Yin e Yang
Observação: todos os VM são de energia ascendente exceto o Dai Mai

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Chong Mai
- “Mar de todos os Canais”
- Encarregado de todos os processos da menstruação
- Veicula energia Jing Qi (Céu Posterior)
- Função sexual e reprodutora da espécie

Du Mai: Força celeste que possibilita a manutenção do feto no útero (vida


embrionária) e seu desenvolvimento, sua energia é responsável para evitar o aborto.

Ren Mai
- Canal Feminino, pois é encarregado de regular a quantidade do fluxo e ritmo
menstrual
- O ritmo da ovulação é mantido pelo Ren Mai e auxiliado pelo Dai Mai e Chong Mai
- A fecundação irá dar ao Útero uma condição total de Yin Máximo
- Devido o mesmo permanecer imóvel, estacionado, aumentando o XUE
gradativamente que irá necessitar durante a gravidez, evitando que o útero se abra, e
não ocorra aborto.

Dai Mai
- Canal mantenedor da Gravidez
- É um Vaso que não tem trajeto fixo
- Seu trajeto varia dependendo da função que tenha que realizar
- Após a fecundação é responsável por nutrir o feto e dar sustentação a todas as fases
da
gravidez
- Auxiliado por: Ren Mai, Chong Mai e Du Mai

Maternidade - Aumento de Qi e manutenção do JING


Fatores de desgaste do Jing: idade, doenças crônicas, gestações anteriores, excesso de
atividades, alimentação inadequada, emoções exacerbadas ou não expressas, traumas.

Gravidez - da Nidação ao Trabalho de Parto:


- Beneficiar o Útero (Bao Liao - Palácio do Feto) ativando a circulação local:

TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Principal - Região Dorsal:


BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Membro Inferior:
BA16: Glúteo inferior – referência MTC Extra 34
BA18: Iliotibial – referência MTC VB.31
BA11: Poplíteo lateral/medial – referência MTC B.39

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32 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34
BA10: Sural – referência MTC B.57
BA6: Tibial – referência MTC BP.6
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3

Casos de Riscos e Ameaças de Aborto:


BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4

Analgesia (Parto)
• Os chineses defendem o uso de IG4 e BP6.
BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4
BA6: Tibial – referência MTC BP.6

Problemas no Trabalho de Parto


Anormalidades na contração ou dificuldade uterina numa mulher saudável:
BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4
BA6: Tibial – referência MTC BP.6
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Parto prolongando e retenção da placenta (após 20 minutos):


BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Retenção urinária pós-parto:


BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26
BA6: Tibial – referência MTC BP.6

• Aurículo: uretra, bexiga, nervo Simpático, Rim

Patologias Pós Parto


Doenças do puerpério, período de 6 a 8 semanas pós-parto é caracterizado por duas
maiores condições: Deficiência do XUE ou Estase de XUE. Quatro Fatores e
Características Importantes para o Diagnóstico: depressão, constipação, a dor
abdominal e a inexistência de lactação.

Tratamento: abrir os orifícios da mente.

Principal
BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4
BA6: Tibial – referência MTC BP.6
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

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Membro Inferior:
BA11: Poplíteo lateral/medial – referência MTC B.39
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3

Mês de Ouro - 40 dias do Resguardo

A Visão Chinesa do Aleitamento

O leite materno é visto na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) como uma extensão do
Sangue. Há uma transformação do sangue menstrual em leite assim que o bebe nasce,
Sangue esse que alimentava a placenta durante o desenvolvimento do bebe.

Para a formação de leite é necessário Qi e Sangue. Após o parto, as perdas de sangue


ou a tendência para anemia ao longo da gravidez podem levar a uma deficiência de
Sangue, tal como a exaustão e falta de sono a uma deficiência de Qi, o que pode afetar
a produção de leite.

Na MTC, as perturbações no aleitamento materno inserem-se em duas categorias:


pouca quantidade de leite ou baixo fluxo. A mastite insere-se numa terceira categoria.
A pouca produção de leite deve-se a debilidade de energia e sangue na mãe. Ausência
de leite (agaláctia) ou problemas na descida do leite é devido à estagnação de energia
que não permite que o leite circule pelos ductos e através do mamilo. É possível ter
uma combinação de deficiência (falta de Energia e Sangue) e estagnação ao mesmo
tempo.
A estagnação nos seios ou em redor impede que o leite flua e prejudica a descida. Esta
estagnação pode levar à plenitude da mama, distensão, dor, pressão e ingurgitamento
ou mastite (inflamação).

Para a MTC a principal causa deste bloqueio é emocional, raiva, ressentimento,


frustração e depressão podem causar estagnação do Qi do Fígado, que controla a
função do mamilo da mulher e pode por isso facilitar ou bloquear o fluxo de energia (e
leite) nos canais de energia e ductos na mama.

TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Principal - Membro Superior:


BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4

Cabeça e Pescoço:
BA2: Grande auricular – referência MTC TA.17
BA7: Occiptal maior – referência MTC B.10
BA3: Espinhal acessório – referência MTC V.B21

Membro Inferior:
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3

Apostila pertencente ao Mini-curso Stiper – Stiperterapia em Fases e Saúde da Mulher


34 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
Tonificação do seu sistema energético Nutricional
Principal - Membro Superior:
BA9: Cutâneo lateral do antebraço – referência MTC IG.11

Membro Superior:
BA17: Peitoral lateral – referência MTC E.15
Região Dorsal:
BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26

Membro Inferior:
BA4: Safeno – referência MTC F.8

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Segunda Primavera - Climatério e Menopausa

Climatério
É a fase de transição fisiológica entre o período reprodutivo e não reprodutivo da
mulher. Dura entre 6 a 13 anos. Neste intervalo, a menstruação pode desaparecer
durante meses e ser mais escassa do que o normal. Quando esta irregularidade no
ciclo menstrual começa, os sintomas como dores de cabeça e afrontamentos são
devidos aos níveis mais elevados de estrogênios em relação a progesterona,
provocados pela diminuição do número de ovulações.

Como acontece
A menopausa ocorre quando os ovários deixam de produzir estrogênios, e a
capacidade reprodutora também diminui. Os sintomas mais típicos são ciclos
menstruais espaçados, escassos e irregulares, e afrontamentos, ansiedade entre
outros. Existem outros hormônios que são fabricadas pelos ovários que também
diminuem na menopausa - a progesterona e os androgênios - estes últimos estão
associadas à libido, as reações sexuais, bem como ao bem-estar geral do organismo.

O Climatério e a Medicina Tradicional Chinesa


A Medicina Tradicional Chinesa não estabelece o Climatério como um quadro
nosológico específico como é colocado pela Medicina Ocidental. Conceitualmente
Climatério não é uma enfermidade e sim uma passagem fisiológica que vive a mulher,
da fase reprodutiva para a fase não reprodutiva. Teoricamente não existe a
necessidade de tratamento para a mulher, somente se impondo quando houver
manifestação clínica importante.

As manifestações clínicas mais comumente encontradas são: cefaléia, astenia, letargia,


irritabilidade, depressão, insônia, perda de concentração, fogachos, rubor facial,
secura vaginal, sudorese, irregularidade menstrual (amenorréia, polimenorréia,

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menorragia, etc). Afora esta sintomatologia, como visto na medicina ocidental, temos
enfermidades associadas a este evento, e que na visão da MTC estão
harmoniosamente integradas na fisiopatologia da Síndrome de Deficiência do Rim (p.
ex. a osteoporose, que na MTC é de responsabilidade do Rim). Na visão da Medicina
Tradicional Chinesa (MTC), os sintomas apresentados nesta fase se enquadram como
uma deficiência da Essência do Rim em seu aspecto Yin ou Yang. Também esta
deficiência pode estar associada a alterações de outros órgãos, levando a síndromes
mistas.

É claro que a gravidade dos sintomas está diretamente relacionado ao estilo de vida e
alimentação da mulher no decorrer de toda a sua vida, portanto, a Síndrome
Climatérica é uma Síndrome de Deficiência do Rim, e portanto, sua evolução clínica irá
depender da higidez que se encontra a mulher no momento de seu aparecimento.

TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Pontos Específicos para tratar os Calores


São escolhidos de acordo com o quadro energético de cada paciente. Deve-se buscar
um grupo de pontos a cada vez e não todos juntos:

Principal - Membro Superior:


BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4
BA9: Cutâneo lateral do antebraço – referência MTC IG.11

Cabeça e Pescoço:
BA2: Grande auricular – referência MTC TA.17
BA7: Occiptal maior – referência MTC B.10
BA3: Espinhal acessório – referência MTC VB.21

Peitoral e Dorsal:
BA17: Peitoral lateral – referência MTC E.15
BA13: Escapular dorsal – referência MTC ID.14
BA8: Infra-espinhal – referência MTC ID.11
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23

Menopausa
Ocorre em média por volta dos 50 anos (entre os 45 e os 55 anos), e manifesta-se pelo
cessar da menstruação. Nesta fase de transição, a mulher sente diversos sintomas
físicos e psicológicos que podem afetar a sua qualidade de vida e bem-estar.

Segundo o autor James Hollis, em seu livro A Passagem do Meio - “a vida só é trágica a
medida que se permanece inconsciente da divergência entre escolhas que fazemos e a
nossa natureza. Durante a passagem do meio ainda temos obrigações com os filhos,
com a realidade econômica e as exigências do dever. Não obstante, mesmo enquanto

Apostila pertencente ao Mini-curso Stiper – Stiperterapia em Fases e Saúde da Mulher


36 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
o mundo exterior continua a reclamar nossos esforços, precisamos nos voltar para
dentro de nós para crescer, para mudar, para encontrar a pessoa que é o objetivo da
jornada.”

Na pré-menopausa, as menstruações podem ocorrer mais cedo ou mais tarde do que o


previsto e o fluxo menstrual pode ser mais abundante ou mais escasso. Por fim vão
ficando cada vez mais espaçadas, até que cessam por completo. Com a última
menstruação, a mulher atinge a Menopausa.

Consideram-se 3 fases:
- Pré-Menopausa: todo o período de tempo decorrido entre o inicio do declínio da
função ovárica e a menopausa.

- Peri–Menopausa: período de tempo que engloba a pré–menopausa, até um ano após


a menopausa.

- Pós–Menopausa: todo o período de tempo que se segue a ultima menstruação. É o


começo de uma etapa que irá durar mais de um terço da vida.

Fato curioso: apesar de não haver uma regra, a maior parte das mulheres tende a
entrar na menopausa na mesma idade que as suas mães.

Menopausa na MTC - Declínio do Yin


Fisicamente, os sintomas da menopausa demonstram uma acentuada queda da
Energia Yin, apresentando calores, diminuição do sono, sudorese noturna, diminuição
de lubrificação das mucosas, ressecamento da pele, perda da menstruação. Seu
equilíbrio tende para outro pólo energético. Psiquicamente, a mulher fica mais agitada
e inquieta, sendo mais suscetível a mudanças de humor. A depressão, muitas vezes
observada, se deve a necessidade que a mulher têm de encontrar um novo eixo. Um
novo ponto de equilíbrio.

A Relação entre Coração e Útero


Quando a mulher cessa a menstruação o Jing passa a ser encaminhado direto para o
Coração, recebendo um novo direcionamento Energético Vital (o Jing não é mias
utilizado para reprodução). O *SHEN que habita o Coração torna-se mais aguçado,
mais intenso.

Menopausa e Reposição Hormonal


Para a MTC pode levar a obstrução do Qi, pela alteração do Fígado. Levando ao
aumento e excesso de Umidade.
Nos textos antigos escreve-se que na Mulher com cerca de 49 anos de idade o Ren Mai
se esvazia, o Chong Mai seca, não ocorrendo passagem para o útero. A menopausa
saudável é aquela que há alteração de Qi, sem alteração de Sangue. A mulher que
perde sua capacidade de adaptação, armazenada no Rim (ZHI) sofrerá mais neste
ponto de mutação.

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Na concepção da Medicina Chinesa, tanto as emoções, entendido como preocupação,
ansiedade e medo; o excesso de trabalho, tanto mental como físico; gestações muito
próximas e a atividade sexual excessiva levam ao esgotamento precoce da Essência o
Rim.

O tratamento na MTC tem como objetivo ajudar a mulher a reencontrar seu ponto de
equilíbrio, mas não será capaz de suprimir todos os seus sintomas, pois são estes
sintomas que obrigam a mulher a tomar consciência do seu corpo.

Deficiência do YIN do Fígado e dos Rins


- Quadro Clínico: melancolia, ansiedade, irritabilidade,vertigem e zumbido, cefaléia,
boca seca, falta de memória, ondas de calor no tórax, mãos e pés.

Desarmonia entre o Coração e o Rim


Quadro Clínico: fobia, falta de concentração, insônia, dispersão mental, choro por
tristeza e medo, incontinência urinária, dores e fraqueza lombar, fraqueza nos
membros, cansaço fácil, tonturas.

Deficiência do Yang e do Baço-Pâncreas


Quadro Clínico: temor ao frio, má digestão, perda de apetite, fezes pastosas,
obesidade, prolapso de órgãos, diurese abundante, edemas, palidez, lassidão, tez
opaca.

O tratamento pela Medicina Tradicional Chinesa baseia-se no fortalecimento do Yin e


Yang do Rim (Shen), tonificar o Chong Mai e Ren Mai, acalmar a Mente.

TRATAMENTO COM STIPERTERAPIA

Principal - Membro Superior:


BA12: Radial superficial – referência MTC IG.4
BA9: Cutâneo lateral do antebraço – referência MTC IG.11

Cabeça e Pescoço:
BA7: Occiptal maior – referência MTC B.10
BA3: Espinhal acessório – referência MTC VB.21

Membro Superior:
BA17: Peitoral lateral – referência MTC E.15
BA13: Escapular dorsal – referência MTC ID.14
BA8: Supra escapular – referência MTC ID.11

Dorsal:
BA20: Processo espinhoso de T7 – referência MTC VG.9
BA21: Cutâneo posterior de T6 – referência MTC B.16
BA15: Cutâneo posterior de L2 – referência MTC B.23
BA22: Cutâneo posterior de L5 – referência MTC B.26
BA14: Cluneal superior – Sem correspondência.

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38 Prof. Janete Santos Moreno – Material registrado. Reprodução não autorizada.
Membro Inferior:
BA11: Poplíteo lateral/medial – referência MTC B.39
BA4: Safeno – referência MTC F.8
BA24: Fibular comum – referência MTC VB.34
BA10: Sural – referência MTC B.57
BA6: Tibial – referência MTC BP.6
BA5: Fibular profundo – referência MTC F.3

Referências Bibliográficas

- Auteroche B, Navailh P, Maronnaud P, Mullens E - Acupuntura em Ginecologia e Obstetrícia -


Editora Andrei - São Paulo, 1987

- Auteroche, B., P. Navailh - Diagnóstico na Medicina Tradicional Chinesa – Organização Andrei


Editora – São Paulo, 1992.

- Climatério – Manual de Orientação – Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - São


Paulo, 2006.

- Darella, Maryangela Lopes, Min Li Shih - Jing, Shen, Xue e Jin Ye; (As substâncias
Fundamentais) - Florianópolis: Instituto de Pesquisas e Ensino de Medicina Chinesa - Ipe/MTC,
2002.

- Fundamentos de Acupuntura y Moxibustion de China - versão castellana de Zhang Jun y


Zheng Jung - Recopilado por Instituto de la Medicina Tradicional China de Beijin, Instituto de la
Medicina Tradicional China de Shanghai, Instituto de la Medicina Tradicional China de Nanjing
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- Lian Yu-Lin, Chen Chun-Yan, Hammes Michael, Kolster Gbernard C. - Atlas Gráfico de
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- Macciocia, Giovanni:- Obstetrícia e Ginecologia em Medicina Chinesa. Editora Roca -São


Paulo, 2000.

- Nghi, Nguyen Van e Dzung, Tran Viet – Tratamento Ginecológico em TMC - Instituto de la
Medicina Tradicional China de Shanghai, Instituto de la Medicina Tradicional China de Nanjing
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Tradicional China - Beijing, 1984.

- Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo / Bing Wang; tradução José Ricardo
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- Yamamura, Ysao - Acupuntura Tradicional: A Arte de Inserir. 2. Ed. rev. e ampl. – Editora Roca
- São Paulo, 2001.

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