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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Curso: Mecatrônica II
Disciplina: Geografia
Docente: Andréia

Industrialização Indiana e nos velhos e novos tigres asiáticos.

Discentes: Arthur Belém, Fabrício Passos, João Gabriel, Otávio Fernandes, Paulo Ricardo.

Palmas-TO
2023
1.Industrialização Indiana

O processo industrial da índia começou após a independência da índia em (1947) que era colônia da
Inglaterra há muito tempo. Após a independência, o estado indiano investiu tendo como prioridade as
indústrias de base para o desenvolvimento rápido do país, que estava dando os primeiros passos para o
desenvolvimento. As industrias de base são as indústrias que produzem produtos para bens de
produção que fornecem matéria-prima para as indústrias como aço, alumínio, matéria têxtil e
máquinas.
A indústria indiana se baseia na localização geográfica, pois a maioria das indústrias se localiza
perto dos litorais para ter maior economia para eficiência no escoamento da produção industrial para
exportação com navios.
As indústrias que não estão próximas aos litorais estão localizadas nas cidades e na capital que
possui grande mão de obra, como exemplo: a capital Deli com a principal indústria têxtil do país. As
principais indústrias que a Índia atualmente possui a indústria têxtil, siderúrgica, petroquímicos, bens
de consumo não duráveis, cimento, mineração, automobilística, petrolífera, farmacêutica e
cinematográfica (Bollywood).
A indústria cinematográfica tem importância de mostrar as culturas da índia para o exterior e
alimentar o patriotismo do povo indiano através da a representação de sua cultura e costumes para o
mundo.
No final do século XX temos as reformas liberais que diminuíram o poder do estado nas indústrias
que por consequência abre portas para criação e entrada de empresas da área da indústria tecnológica.
Um exemplo de empresa que se instalou na índia foi a Intel.
A Índia tem trabalhado para atrair investimentos estrangeiros e incentivar o desenvolvimento de
startups e empresas locais. O governo indiano tem tomado medidas para melhorar o ambiente de
negócios do país, como a simplificação de procedimentos de licenciamento e a melhoria da
infraestrutura. O país também tem uma política de "Make in Índia", incentivando a produção local e
reduzindo a dependência de importações.
A maioria das indústrias da área da tecnologia está localizada em Bangalore (vale do silício indiano)
com fornecimento de material para a criação de produtos da área aeroespacial, informática e software.
Apesar do progresso, a Índia enfrenta alguns desafios em relação à industrialização. Um deles é a falta
de infraestrutura, como estradas e portos, que limita a capacidade do país de produzir e exportar bens.
Além disso, a Índia enfrenta problemas de corrupção e burocracia, que podem dificultar os negócios e
aumentar os custos de produção.
No geral, a Índia está fazendo progressos significativos em sua jornada de industrialização, e o setor
manufatureiro continuará a ser um ponto focal para o desenvolvimento econômico do país nos
próximos anos. Concluindo, a evolução da indústria indiana tem como base contexto histórico
geográfico e político que influenciou no sucesso das indústrias no país. 2. Bangalore, o vale do silício
indiano

Na última década, a Índia passou a ser destaque no modelo de exportação de serviços. A participação
mundial do país que era de 0,6% em 1990 passou para 1,2% em 2001."Com 20% das exportações
mundiais, a Índia se tornou o maior líder global na exportação de tecnologia da informação, na frente
da Irlanda e dos Estados Unidos", diz estudo publicado recentemente pelo Cepii (Centro de Estudos
Prospectivos e de Informações Internacionais), localizado em Paris (França)." A economia da Índia
também vem se solidificando de maneira positiva em atrair investimentos para o setor de serviços. No
chamado vale do silício indiano, o parque industrial possuí grandes empresas como HP, a Infosys,
HCL, Simens, etc. Com isso a Índia se afirma como potência tecnológica na Asia, já que a indústria de
TI de Bangalore apresentou um crescimento anual de 14%, ganhando um valor de mercado de cerca
de US$100 bilhões.
"Bangalore reserva um roteiro empresarial muito especial, mais de 1500 empresas e instituições de
pesquisa científica e tecnológica. A capital tecnológica da Índia cresceu por dois fatores expressivos,
incentivos fiscais oferecidos pelo governo que atraíram multinacionais e a mão-de-obra barata e
qualificada. Tudo o que as multinacionais almejam estão em Bangalore, mão-de-obra acessível e o
grande diferencial do indiano, o domínio do inglês. Todos os profissionais de alto gabarito falam
fluentemente a língua." Por isso Bangalore é um grande ponto estratégico neste sentido.
Bangalore é um centro cosmopolita e vibrante, com uma mistura de culturas, idiomas e tradições. A
cidade tem muitas opções de entretenimento, incluindo teatros, museus, restaurantes e shoppings. No
entanto, a rápida urbanização e o crescimento econômico também trouxeram desafios para Bangalore,
incluindo problemas de trânsito, poluição e escassez de água. O governo e as organizações da
sociedade civil estão trabalhando para enfrentar esses desafios e garantir que a cidade continue sendo
um centro de inovação e progresso.

3. O que são os tigres asiáticos

Após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os países do sudeste Asiático


encontravam-se parcialmente destruídos devido aos grandes estragos causados pelos combates bélicos.
Resolveram, portanto, formar duas associações estatais: “Os Novos Países Industrializados” e os
“Tigres Asiáticos”, uma vez que seria difícil para eles recuperarem suas economias de maneira
individual.
A partir disso, tais países conquistaram uma grande parcela dos mercados internacionais. Todavia, o
sucesso durou pouco e foram obrigados a agirem individualmente, empenhando esforços para
servirem como exemplos de desenvolvimento econômico mundial.
Neste sentido, o termo “Tigres Asiáticos” vem sendo utilizado desde a década de 1980 para fazer
referência a quatro países do sudeste da Ásia: Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong. Esses,
atravessaram um período de crescimento e desenvolvimento econômico, industrial e social acelerados
nos anos de 1970. A escolha dessa denominação possui relação estreita com o animal tigre, o qual
possui uma origem asiática e uma simbologia ligada à força, sagacidade, esperteza e ao bom
desempenho em suas ações.
É importante lembrar que até a década de 60, os países da região sudeste da Ásia possuíam baixos
indicadores sociais e uma economia fragilizada, uma vez que eram dependentes da exportação de
matérias-primas e bens de consumo. Somado a isso, na esfera social, as taxas de analfabetismo
cresciam entre a população e os salários dos trabalhadores eram extremamente baixos.
Alguns fatores responsáveis pelo fortalecimento industrial de tais países são: o investimento em
diversos setores da indústria, o modelo industrial voltado para a exportação de produtos e a
diversidade na produção de mercadorias.
Vale ressaltar que durante as décadas de 1970 e 1980, o Japão, já reconstruído do pós-guerra,
expandiu suas fronteiras comerciais e investiu na economia dos Tigres. Por sua vez, Taiwan, Coreia do
Sul, Cingapura e Hong Kong reduziram os impostos para os produtos japoneses e os valores da mão
de obra e dos terrenos industriais.

Quando falamos em importância geopolítica nota-se que os tigres asiáticos estão localizados em uma
região geograficamente importante e estratégica, e sua crescente importância econômica e militar tem
ajudado a impulsionar a região para o centro das atenções globais. Eles são importantes atores
geopolíticos em assuntos como a tensão na Península Coreana, as tensões no Mar da China Meridional
e a influência da China na região.
Em resumo os tigres asiáticos são importantes para o contexto global por sua influência econômica,
importância geopolítica, inovação tecnológica e atração de investimentos internacionais.

4.Os velhos tigres asiáticos

O nome Tigres Asiáticos passou a ser usado para denominar esses países a partir da década de 1980,
como explicado no item 3. Dentre os fatores que colaboraram para o crescimento dos países, está o
investimento em diferentes setores da indústria. A diversidade de produtos e o modelo industrial
voltado para a exportação colaborou para o fortalecimento industrial e o crescimento econômico. O
investimento japonês feito ao longo da década de 1970 também foi importante para o crescimento
econômico dos tigres.
Entre as décadas de1970 e 1980, o Japão investiu na economia dos países que compõem os Tigres
Asiáticos enviando filiais de suas importantes e rentáveis empresas, expandindo, assim, suas fronteiras
industriais e investindo em um novo e promissor mercado consumidor.
Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura e Hong Kong, por sua vez, permitiram a entrada das indústrias
japonesas e colaboraram com a redução de impostos e redução dos valores cobrados por terrenos e
mão de obra. Diante dos incentivos, foram criadas as Zonas de Processamento de Exportação, com a
intenção de facilitar a redução de impostos, incentivos e doação de terrenos. O crescimento e a
estabilização da economia permitiram que os países voltassem seus investimentos.
O modelo econômico implantado pelos Tigres Asiáticos é dividido em três etapas e apresenta
algumas particularidades. Na primeira fase, a economia é basicamente agrícola e distribuidora de
matérias primas simples. O país enfrenta altas taxas de analfabetismo e precarização trabalhista. Esse
período é também marcado pela dependência de produtos externos, principalmente os industrializados.
As poucas indústrias existentes eram precárias e desorganizadas.
A partir da década de 1970, o segundo período é marcado pela vinda de indústrias japonesas. A
economia passa por um período de reestruturação com grande investimento industrial e produção de
componentes eletrônicos. O modelo majoritariamente adotado foi o da Industrialização Orientada para
a Exportação (IOE), modelo de produção diversificada voltada para a exportação.
No fim dos anos de 1990, já na terceira etapa, os Tigres Asiáticos passaram por um período de
depressão econômica, a solução encontrada foi o fortalecimento e modernização das indústrias,
estímulos a educação e a garantia de melhoria de salários e direitos sociais. No decorrer da década de
2000 a indústria dos Tigres Asiáticos, embora estabilizada, compete diretamente com a indústria
japonesa e dos novos e novíssimos Tigres.
Os quatro países membros possuem algumas características próprias e que ajudam a identificar
algumas ações e modelos adotados por eles:

• Investimento em alta tecnologia


• Investimento em educação de qualidade
• Constante valorização salarial
• Queda na importação de produtos industrializados
• Investimento educacional no capital humano
• Concorrência com países de alta industrialização

5. Os novos tigres asiáticos

Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan se destacaram no cenário econômico global
por terem atingido um rápido crescimento industrial durante a década de 1970, conhecidos
como os Novos Tigres Asiáticos são um grupo de cinco economias da região que passaram por um
recente processo de industrialização e crescimento econômico, seguindo o mesmo modelo dos Tigres
Asiáticos anteriores. Esses países emergentes surgiram a partir da segunda metade dos anos 90,
impulsionados pela expansão produtiva dos seus predecessores e pelo estabelecimento de grandes
empresas estrangeiras em seus territórios. Essas corporações foram atraídas por incentivos fiscais, uma
grande oferta de mão de obra barata e matérias-primas abundantes. As indústrias mais notáveis
incluem têxtil, calçados, vestimentas, brinquedos e eletrônicos.

Um outro fator explícito do atual período técnico e econômico que tem contribuído para o
crescimento dos Novos Tigres Asiáticos é a melhoria das tecnologias de comunicação e o surgimento
de uma nova divisão internacional do trabalho. Nessa nova realidade, grandes corporações
desmembram suas estruturas e espalham globalmente as etapas da produção, instalando fábricas em
países que ofereçam maiores vantagens locacionais e, dessa forma, reduzindo os custos de produção.
Esses países receberam muitas fábricas nessas condições, as quais vieram não somente dos seus
vizinhos sul-asiáticos mas também da América do Norte e Europa. Algumas dessas unidades
produziam de acordo com uma demanda específica, o que reforçou o papel de exportadores desses
países. A partir dos anos 2000, empresas do setor tecnológico e componentes eletrônicos adentraram
nos Novos Tigres Asiáticos, impulsionando ainda mais o seu crescimento.
E sua participação em um contexto global está diretamente relacionado a significativa participação
na produção de brinquedos, roupas e calçados, o que os torna importantes exportadores dessas
mercadorias mais tradicionais. Outrem, o papel das indústrias de tecnologia está em constante
crescimento na região, o que alterou o perfil das exportações desses países, contribuindo para a atração
de novos investidores estrangeiros e ampliando a relevância dos Novos Tigres no mercado global de
produtos e serviços.

Referências:
https://www.infoescola.com/india/economia-da-india/
https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/geografia/a-economia-india.htm
http://atualidades2014cefi.blogspot.com/p/bangalore-o-vale-do-silicio-indiano.html
https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/geografia/tigres-asiaticos.htm
https://querobolsa.com.br/enem/geografia/tigres-asiaticos https://falauniversidades.com.br/tigres-
asiaticos-saiba-o-que-sao-e-o-porque-dessa-denominacao/
https://www.preparaenem.com/geografia/os-novos-tigres-asiaticos.htm

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