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CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO AUXILIAR DE

SAÚDE

Gestão e Organização dos Serviços e


Cuidados de Saúde

Módulo 3 – Manutenção preventiva de equipamentos e


reposição de materiais comuns às diferentes unidades e
serviços da Rede Nacional de Cuidados de Saúde

CADERNO DE APOIO 4

1. Os equipamentos: tipologia e atividades de manutenção

2.Tarefas do técnico auxiliar de saúde


MÓDULO 2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS E REPOSIÇÃO DE
MATERIAIS COMUNS ÀS DIFERENTES UNIDADES E SERVIÇOS
DA REDE NACIONAL DE CUIDADOS DE SAÚDE

1. OS EQUIPAMENTOS: TIPOLOGIA E ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Os equipamentos médicos são compostos, na sua grande maioria, pelos produtos médicos ativos,
implantáveis ou não implantáveis.
No entanto, também podem existir equipamentos médicos não ativos, como, por exemplo, as cadeiras de
rodas, macas, camas hospitalares, mesas cirúrgicas, cadeiras para exame, dentre outros.
As atividades de utilização e manutenção dos equipamentos devem ter em conta a disposição dos
equipamentos, o manuseamento correto dos equipamentos nas atividades de manutenção preventiva, o
registo do controlo de avarias e de atividades de manutenção os riscos e procedimentos de segurança
associados e os procedimentos de emergência e protocolos associados.
Neste âmbito o manual do fabricante / manual do usuário tem um papel fundamental fornecendo, para
cada tipo de equipamento, todas as informações necessárias.

1.1. Tipologia de equipamentos

Equipamento de diagnóstico
Equipamento, aparelho ou instrumento de uso médico, odontológico ou laboratorial, destinado a deteção
de informações do organismo humano para auxílio a procedimento clínico.

Equipamento de terapia
Equipamento, aparelho ou instrumento de uso médico ou odontológico, destinado a tratamento de
patologias, incluindo a substituição ou modificação da anatomia ou processo fisiológico do organismo
humano.

Equipamento de apoio médico-hospitalar


Equipamento, aparelho ou instrumento de uso médico, odontológico ou laboratorial, destinado a fornecer
suporte a procedimentos diagnósticos, terapêuticos ou cirúrgicos.

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MATERIAIS COMUNS ÀS DIFERENTES UNIDADES E SERVIÇOS
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Exemplo de uma unidade de UCI


A unidade de cada doente é constituída por uma cama hidráulica / elétrica, uma estrutura metálica dividida em
dois compartimentos, um sistema de monitorização cardíaca e hemodinâmica, sistema de
gases e aspiração por vácuo, bombas e seringas perfusoras, gavetas para arrumos, diversas tomadas de corrente e
uma prótese ventilatória.

Figura 1- Unidade de
cuidados intensivos.

Exemplo de um bloco operatório


Entre outros, no Bloco Operatório existe:
Material de penso; Conjuntos esterilizados; Ligaduras elásticas, ligaduras tubulares…;Campo de Tratamento; Campo
Operatório; Kits de procedimento cirúrgico; Utensílios clínicos
(tesouras, bisturis, agulhas…); Equipamentos clínicos (equip. ECD,
serras, alicates…); Outros equipamentos diversos (computadores,
marquesas, macas, cadeiras de rodas…)
Todos os materiais e equipamentos existentes no Bloco Operatório
devem ser “religiosamente” cuidados, (acondicionamento,
manutenção, lavagem, desinfeção, esterilização), porque disso
depende, não só o sucesso das cirurgias e eficiência do Serviço, como
também a própria segurança do doente e de toda a equipa de
profissionais que trabalham nesse espaço.
Figura 2 – Bloco operatório.

1.2. A manutenção de equipamentos – preventiva e corretiva

O ciclo de vida de um equipamento refere-se ao tempo total de utilização de um equipamento,


desde a sua aquisição e instalação no serviço, até ao seu abate.
Para que a equipa de saúde possa prestar uma adequada assistência à saúde de indivíduos e comunidade,
é necessário que os equipamentos existentes na unidade estejam em perfeito funcionamento, garantindo
dessa forma não apenas a assistência, mas também a segurança de quem está a utilizar o equipamento.
Esta atividade, que consiste em manter os materiais e equipamentos em perfeitas condições de
funcionamento nos momentos em que são necessários, chama-se manutenção e para que ela ocorra é
necessário que assim que a enfermagem ou equipa de saúde perceba alguma irregularidade no
equipamento, o mesmo seja encaminhado para o serviço de consertos e reparos.

Existem dois tipos de manutenção:


Manutenção preventiva - realizada periodicamente nos equipamentos com o objetivo de se detetar e
evitar que venham a apresentar defeitos ou mau funcionamento.

Manutenção corretiva- realizada após o aparelho ter apresentado algum problema tendo como objetivo
restaurar, corrigindo o defeito apresentado pelo mesmo.

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A manutenção preventiva corresponde à manutenção efetuada à priori com vista a prevenir avarias que
possam vir a acontecer. Esta manutenção pretende verificar o estado geral do equipamento, como as
condições do seu funcionamento, limpeza, calibração, entre outros testes.

Principais objetivos da manutenção preventiva:

Aumentar a fiabilidade e disponibilidade dos equipamentos, pela redução do número de avarias;


Diminuição dos custos de manutenção corretiva, através da diminuição do número total de intervenções
corretivas;
Diminuição do número de intervenções corretivas em locais ou momentos inadequados, como no caso
das intervenções cirúrgicas;
Contribuir para melhor conservação e duração dos equipamentos;
Disponibilizar maior segurança nos equipamentos e aumentar a qualidade das intervenções;
Redução de custos nos equipamentos e processos.

As manutenções corretivas correspondem a reparações não programadas aos equipamentos


hospitalares que ocorreram devido a alguma anomalia e que impedem o bom funcionamento do
equipamento. Este tipo de manutenções pressupõe a paragem do equipamento e a reparação dele por
parte de um técnico especializado. Consequentemente, o equipamento deverá ser alvo de análise detalhada
do estado geral em funcionamento, incluindo os pontos mais críticos e as avarias em causa.

1.3. O manuseamento correto dos equipamentos nas atividades de manutenção preventiva


EXEMPLOS
Aspirador de Secreções

1. Inspeção visual - onde é verificado o estado exterior do equipamento e dos


frascos.
2. Verificação funcional: verifica se o equipamento faz o controlo eficaz das
aspirações.
3. Teste de segurança elétrica: este teste utiliza o Analisador de Segurança
Elétrica.

Monitores de sinais vitais


1. Inspeção visual - onde é verificado o estado exterior do
equipamento e acessórios.
2. Verificação funcional: verifica se o equipamento está a funcionar
corretamente e se não apresenta sinais de ruído, no display.
3. Teste de segurança elétrica: este teste utiliza o Analisador de
Segurança Elétrica.
4. Teste de simulação da frequência cardíaca e do sinal de
electrocardiograma.
5. Teste de simulação dos níveis de frequência respiratória: é testada a precisão dos níveis de frequência respiratória
pelo monitor. O equipamento de teste utilizado é novamente o Simulador Multiparâmetros.
6. Avaliação dos parâmetros de PNI: ao longo desta análise são verificados os níveis de pressão programados, o estado
da braçadeira e a existência de fugas de ar.
7. Teste de simulação de SpO2: este teste permite fazer a medição dos níveis de SpO2 e da frequência cardíaca, bem
como testar se o alarme sonoro é emitido caso o oxímetro seja desconectado do simulador.

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Sistemas de Infusão

Bomba de Infusão peristáltica linear. Bomba de Infusão Automática de Seringa.

1. Inspeção visual:
2. Verificação funcional: verifica se o equipamento está a funcionar corretamente.
3. Teste de infusão e verificação do volume: este teste pretende verificar se a bomba injeta o volume de líquido
programado e se a infusão ocorre com um fluxo constante.
4. Teste de Oclusão: o principal objetivo deste teste é a medição do aumento da pressão na linha de infusão e testar
a capacidade da interrupção do fluxo a uma dada pressão limite.
5. Teste de Bolus: este teste pretende verificar se a bomba difunde, ao longo de um período de tempo estipulado, um
volume de líquido superior ao inicialmente indicado.

Eletrocardiógrafos

1. Inspeção visual - onde é verificado o estado exterior do equipamento e dos frascos.


2. Verificação funcional: verifica se o funcionamento das derivações de eletrocardiograma, bem
como o estado da informação obtida no display.
3. Teste de segurança elétrica: este teste utiliza o analisador de segurança eléctrica.

Ventilador ou aquecedor de doentes

1. Inspeção visual - onde é verificado o estado exterior do equipamento.


2. Verificação funcional: verifica se o equipamento faz o controlo eficaz das aspirações.
3. Teste de segurança elétrica: este teste utiliza o analisador de segurança eléctrica.

Elevador de Doentes

1. Inspeção visual – este teste pretende verificar se o elevador de doentes possui um aspeto
exterior agradável.
2. Verificação funcional: verifica se o equipamento está a funcionar corretamente.

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Cardiotocógrafos

1. Inspeção visual - onde é verificado o estado exterior do equipamento.


2. Verificação funcional: verifica se os controlos do equipamento funcionam devidamente.
3. Teste mecânico – Transdutor TOCO: este teste permite verificar se a atividade uterina
está a ser registada devidamente pelo transdutor.
4. Simulação TOCO: pretende avaliar se os valores medidos aquando a cardiotocografia
correspondem aos valores da atividade uterina simulados.
5. Simulação US: pretende avaliar se os valores da atividade cardíaca fetal está a ser
devidamente registada pelo transdutor US e se os cristais piezoelétricos18 funcionam com qualidade.
6. Simulação US mecânica: permite avaliar o funcionamento do transdutor US.

Desfibrilhador
1. Inspeção visual - onde é verificado o estado exterior do equipamento e acessórios.
2. Verificação funcional: verifica-se se o equipamento está a funcionar corretamente
e se não apresenta sinais de ruído, no display.
3. Teste de segurança elétrica: este teste utiliza o analisador de segurança elétrica.
4. Teste de simulação de SpO2: este teste permite fazer a medição dos níveis de
SpO2 e da frequência cardíaca, bem como testar se o alarme sonoro é emitido caso
o oxímetro seja desconectado do simulador.
5. Avaliação dos parâmetros de PNI: ao longo desta análise são verificados os níveis
de pressão programados, o estado da braçadeira e verificar a existência de fugas de ar.
6. Teste de simulação da frequência cardíaca e do sinal de eletrocardiograma: ao longo deste teste são medidos os
parâmetros de frequência cardíaca, no simulador multiparâmetros, e verificados os níveis de ruído, morfologia do sinal
eletrocardiograma obtido no display do desfibrilhador e os alarmes de falta de elétrodos e arritmia, através da
desconexão dos cabos ou impondo uma frequência cardíaca irregular.
7. Teste de Medição de Energia: necessário para efetuar a medição da energia aplicada no paciente pelo choque
elétrico.
8. Teste do Tempo de Carga: este teste pretende medir o período de tempo que demora uma descarga elétrica
9. Teste da Capacidade da Bateria: este teste pretende testar a capacidade da duração da bateria após quinze
descargas, de energia máxima, repetidas e com intervalos de tempo de um minuto. Para além disso, cada ciclo de
descarga não poderá exceder os quinze segundos.
10. Teste de Sincronização de Tempo: este teste pretende medir a energia de pulso aplicado ao paciente e medir o
pico de tensão, corrente e tempo de atraso cardíaco.
11. Teste de Repetição de Pulso de Desfibrilhação: este teste pretende testar se a bateria está em bom estado e se é
possível proceder a 10 descargas em 5 minutos, sem qualquer necessidade de troca ou recarga da bateria.
12. Teste de Parâmetros Pacer: para efetuar a medição da amplitude, energia, a gama de pacer e a largura de pulso
descritos pela própria template.

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1.4. Importância do manual do fabricante/manual do usuário

O processo de certificação tem como objetivo avaliar o


cumprimento de requisitos ou normas técnicas específicas que
são impostos para garantir a segurança do utilizador no
manuseamento do equipamento.
As exigências técnicas contemplam todas as etapas do
ciclo de vida de um produto, desde a concepção,
desenvolvimento, fabrico, rotulagem, embalagem, marketing,
venda até a sua utilização.
Nesse processo avalia-se o contacto físico entre o equipamento
e as pessoas que o utilizam de forma invasiva ou não-invasiva.
Com base nas normas são especificados os procedimentos de teste para cada tipo de equipamento para
que, independentemente dos benefícios de um produto para a saúde, todos os riscos associados à sua
utilização possam ser analisados e mitigados.
Nesses testes poderão ser analisadas as características funcionais, mecânicas e elétricas de um
equipamento, e através dos resultados é possível identificar a conformidade deste equipamento perante
as normas.
No caso dos equipamentos médico-hospitalares, muitos produtos analisam ou monitorizam parâmetros
vitais que são utilizados como base para a elaboração de um diagnóstico preciso.
Além do risco inerente à monitorização que normalmente está relacionado com a exibição de leituras
incorretas, um dos fatores que pode comprometer drasticamente a saúde do paciente é a utilização de
equipamentos que se baseiam na aplicação de sinais elétricos, por meio de contacto físico com o paciente.
A utilização de correntes elétricas através do corpo do paciente deve ser realizada de forma precisa e
controlada, pois caso contrário, diversos tecidos e órgãos poderão ser danificados e comprometidos.

O que deve conter o manual do fabricante


Indicação e finalidade de uso Requisitos de manutenção
Princípio de funcionamento/mecanismo de ação Condições de armazenamento
Especificações técnicas Condições para o transporte
Compatibilidade com outros produtos Condições de manipulação do produto
Dimensões do produto Requisitos de infraestrutura
Produto estéril Advertência e precaução
Método de esterilização Contraindicação
Prazo de validade Efeitos adversos
Método de limpeza recomendado Outras informações pertinentes

O modelo das instruções de uso deve conter, no mínimo, as seguintes informações:


1. Informações constantes no rótulo: as informações necessárias para que o usuário possa identificar o
produto, formas de utilização do produto e advertências e precauções a serem adotadas para o uso do
equipamento, seu transporte, manipulação e armazenamento, incluindo a advertência para os
equipamentos que somente podem ser utilizados sob prescrição médica ou sob sua supervisão.
2. Indicação, finalidade de uso, efeitos colaterais e contraindicações do equipamento médico.
3. Operação conjunta com outros produtos médicos (compatibilidade com outros produtos).
4. Instalação, manutenção (preventiva e corretiva) e calibração do produto médico.
5. Equipamentos médicos implantáveis.
6. Interferência com outros produtos médicos em investigações ou tratamentos específicos.

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7. Danos na embalagem de produtos médicos fornecidos estéreis e métodos adequados para esterilização.
8. Métodos de limpeza, desinfeção, acondicionamento e esterilização.
9. Procedimentos necessários antes do uso do equipamento médico.
10. Equipamentos médicos emissores de radiação para fins médicos.
11. Precauções a adotar em caso de alteração do funcionamento do equipamento médico.
12. Precauções a adotar referentes à exposição do equipamento médico a condições especiais.
13. Informações sobre o(s) medicamento(s) e gases medicinais que o equipamento médico se destina a
administrar.
14. Precauções para descarte e eliminação do produto médico e suas partes.
15. Medicamentos incorporados ao produto médico como parte integrante deste.
16. O nível de precisão atribuído aos equipamentos médicos de medição.

Exemplo do um manual de fabricante (algumas


informações).

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2. Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito da intervenção do/a


Auxiliar de Saúde

O técnico auxiliar de saúde é um elemento precioso e fundamental


numa equipa de saúde. Por isso, exige-se qualidades especiais e uma
boa formação específica, no sentido de lhes conferir o direito de
desempenhar funções essenciais dentro do grupo. Inserido numa
equipa, e em contacto diário com os colegas, os enfermeiros, os
médicos, ou outros técnicos, necessita de ter capacidade de
relacionamento, à custa do respeito mútuo, da consideração, da boa
educação e do espírito de colaboração.

Seguidamente apresentam-se aptidões e tarefas que o auxiliar de saúde pode prestar no âmbito
da manutenção preventiva de equipamentos e reposição de materiais comuns às diferentes unidades e
serviços da Rede Nacional de Cuidados de Saúde.

Assim o auxiliar de saúde deverá apresentar aptidões como:


-Identificar os materiais comuns e mais frequentemente utilizados nas diferentes unidades/serviços, tendo
em conta a sua tipologia, função, catalogação, manuseamento, armazenagem conservação, níveis de
consumo, e formas de destruição após utilização;
-Identificar os equipamentos comuns e mais frequentemente utilizados nas diferentes unidades/serviços,
tendo em conta a sua tipologia, função, disposição e correta manipulação nas atividades de manutenção.
-Substituir os materiais comuns às diferentes unidades e serviços, tendo em conta o tipo de utilização,
manipulação e modo de conservação;
-Efetuar o registo e controlo de existências dos materiais comuns às diferentes unidades e serviços;
-Efetuar pequenas atividades de manutenção preventiva aos equipamentos comuns às diferentes unidades
e serviços;
- Atualizar-se e adaptar-se a novos produtos, materiais, equipamentos e tecnologias no âmbito das suas
atividades;
-Assumir uma atitude próativa na melhoria contínua da qualidade, no âmbito da sua ação profissional;
-Cumprir as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho assim como preservar a sua apresentação
pessoal;
-Agir de acordo com normas e/ou procedimentos definidos no âmbito das suas atividades;
-Prever e antecipar riscos;
-Desenvolver uma capacidade de alerta que permita sinalizar situações ou contextos que exijam
intervenção.

Tendo em conta a temática o auxiliar de saúde desenvolve tarefas no âmbito de:


- Auxiliar na mudança de posição do utente para ser submetido a exame, a tratamento ou a cuidados de
higiene e conforto, nomeadamente, na mudança de roupas, substituição de sacos coletores, fraldas e
arrastadeiras;
- Proceder ao acompanhamento e transporte interno e externo de utentes, nomeadamente, em camas,
macas, cadeiras de rodas e a pé;
- Assegurar a distribuição das refeições, preparar refeições ligeiras ou suplementos alimentares e apoiar os
utentes na sua alimentação, sempre que necessário;
- Proceder à limpeza e desinfeção das zonas e espaços de trabalho e dos equipamentos, nomeadamente,
instalações, quando necessário, e incubadoras, mesas de trabalho, unidades dos utentes, macas, utensílios
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e outros materiais;
- Preparar e esterilizar o material, nomeadamente, selecionando-o, lavando-o e empacotando-o segundo
técnica adequada;
- Proceder à substituição da roupa de cama dos utentes;
-Efetuar a recolha de roupas sujas e a sua entrega na lavandaria e proceder à receção e distribuição de
roupas lavadas pelos serviços e/ou unidades;
-Efetuar o transporte de equipamentos, utensílios e produtos químicos e farmacêuticos, nomeadamente,
balas de oxigénio, materiais esterilizados, aparelhos para exames e medicamentos, entre os diversos
serviços e/ou unidades e proceder à sua distribuição;
-Assegurar a reposição de materiais de uso clínico e de consumo corrente em articulação com os serviços
de aprovisionamento e de acordo com os níveis de consumo previamente estabelecidos;
- Colaborar com a equipa de saúde na circulação de material durante as intervenções cirúrgicas.

Aos profissionais das carreiras dos serviços gerais, na sua área de atuação, compete ainda, sem embargo
do cumprimento das funções enunciadas, o exercício de todas as tarefas genericamente correspondentes
às necessidades de apoio geral dos serviços e setores a que estejam adstritos, sempre que tais tarefas não
sejam da competência de outrem ou assumam carácter urgente.

Fontes de pesquisa
file:///C:/Users/win7/Downloads/manualdeequipamentosmdicosehospitalares-140516110240-phpapp02%20(1).pdf

http://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/4021/1/A%20gest%C3%A3o%20de%20boas%20pr%C3%A1ticas%20da%20m
anuten%C3%A7%C3%A3o%20em%20equipamentos%20de%20anestesia.pdf
A gestão de boas práticas da manutenção em equipamentos de anestesia.

https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/8411/3/Marina_MTB_2013_final_final.pdf
Manutenções Preventivas no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa

http://www.infarmed.pt/portal/pls/portal/docs/1/8750263.PDF

http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7827/1/ulfc102530_tm_Joana_Manso.pdf
Práticas de Gestão de Equipamentos Médicos no Hospital da Luz

http://www.acss.minsaude.pt/%C3%81reaseUnidades/NormalizInstalEquipamentos/Legisla%C3%A7%C3%A3o/tabid/187/la
nguage/pt-PT/Default.aspx

https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/63398/1/000150118.pdf
Aplicação de Protocolos de Atuação em Caso de Emergência em Estabelecimentos Prestadores de Cuidados de Saúde

http://www.chbalgarvio.minsaude.pt/Downloads_HSA/CHBAlg/Servi%C3%A7os/UCI/Manual%20de%20Auxilares.pdf
Hospital do Barlavento Algarvio, SA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS MANUAL DO AUXILIAR DE AÇÃO MÉDICA

http://www.atsgs.pt/UserFiles/File/Perfil%20Profissional%20para%20T%C3%A9cnico%20Auxiliar%20de%20Sa%C3
%BAde.pdf
PERFIL PROFISSIONAL Técnico/a Auxiliar de Saúde Nível 3 CATÁLOGO NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES

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