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Ano letivo 20222/2023 Agrupamento de Escolas da Trofa

GOSCS  MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS E REPOSIÇÃO DE MATERIAIS COMUNS ÀS


DIFERENTES UNIDADES E SERVIÇOS
DA REDE NACIONAL DE CUIDADOS DE SAÚDE
1. Os materiais: tipologia, logística e reposição

Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde - 11º ano


GOSCS – FT1 – Módulo 2

Nome__________________________________ Nº:____ Turma:____ Data ___/____/____

Os materiais: tipologia – reflexão e discussão


1. Analise, atentamente, o documento que se segue.

Reutilizar dispositivos médicos pode gerar poupança de 45 milhões

A Ordem dos Médicos defende uma maior reutilização de dispositivos médicos e


cirúrgicos de uso único, considerando que são seguros para doentes e profissionais e
que podem permitir poupanças anuais de 45 milhões de euros aos hospitais públicos.

A Ordem vai realizar na quinta-feira um debate sobre a reutilização dos dispositivos


médicos (como máquinas de sutura, tesouras de corte ou dispositivos cardíacos)
considerando que esta prática em Portugal ainda é «muito restrita e está condicionada por um jogo complexo de
interesses».

Em maio de 2013, o Ministério da Saúde publicou em Diário da República um despacho sobre os dispositivos
médicos de uso único reprocessados, com o objetivo de «estabelecer condições adequadas de segurança que
permitam alcançar poupanças indispensáveis».

O bastonário salientou que os médicos estão convictos de «que é possível alargar o reprocessamento, mantendo
ou até melhorando a qualidade», com o argumento de que há razões técnicas e científicas para afirmar a segurança
do processo.
O reprocessamento pode até trazer mais segurança, insiste o bastonário, dado que tem uma «garantia de
funcionamento exatamente pelo facto de [o dispositivo] já ter sido usado e demonstrado que não falha».
Para a Ordem, a decisão de utilização única de um dispositivo, que geralmente cabe à própria indústria, «visa mais
os interesses de quem o produz do que motivações técnicas».

Depois de uma utilização dos dispositivos, eles são enviados para reprocessamento numa fábrica que tem de estar
certificada. São retirados todos os contaminantes, depois os dispositivos são limpos, esterilizados, selados e
passíveis de rastreabilidade. O processo para a reutilização custa menos 50% do que comprar um instrumento
novo.
Esta prática é já seguida, por exemplo, no hospital de São João, no Porto.

O reprocessamento de dispositivos médicos e cirúrgicos de uso único é corrente noutros países, como o caso dos
Estados Unidos, onde 60% dos seus cinco mil hospitais já recorrem a este método.

De fora desta lista ficam os dispositivos médicos de uso único implantáveis no corpo humano (como pacemakers,
desfibrilhadores ou implantes ortopédicos, entre outros). Mas há toda uma panóplia de dispositivos que passam a
poder ser reutilizados, desde que sujeitos a um processo rigoroso de esterilização que obedece a normas europeias.
Endoscópios, catéteres, laringoscópios, tesouras e pinças que até então eram descartáveis e iam diretamente para
o lixo passam a poder ser reutilizados.
Os hospitais terão de reportar ao Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento, a prática de reprocessamento
de dispositivos, bem como os incidentes dela decorrentes. Compete ao Infarmed fiscalizar o cumprimento do
despacho e prestar apoio técnico aos hospitais.
Estima-se que 10 a 16% dos dispositivos possam ser reprocessados.
Adaptado de http://www.netfarma.pt/noticia/dispositivos-medicos-reutilizacao-poupanca-om-
hospitaispublicos#sthash.R93Q1i8N.dpuf
21/04/2015

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Ano letivo 20222/2023 Agrupamento de Escolas da Trofa
GOSCS  MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS E REPOSIÇÃO DE MATERIAIS COMUNS ÀS
DIFERENTES UNIDADES E SERVIÇOS
DA REDE NACIONAL DE CUIDADOS DE SAÚDE
1. Os materiais: tipologia, logística e reposição

1.1. Apresente a posição da ordem dos médicos relativamente ao uso de dispositivos médicos de uso único
reprocessados.

1.2. Refira o circuito que os dispositivos médicos de uso único realizam para serem reprocessados.

1.3. Indique exemplos de DM de uso único que ficam fora da lista de reprocessamento e dos que integram essa
mesma lista.

1.4. Comente a seguinte afirmação: “(…) a decisão de utilização única de um dispositivo, que geralmente cabe à
própria indústria, «visa mais os interesses de quem o produz do que motivações técnicas».”

1.5. Dê a sua opinião, devidamente fundamentada, sobre o reprocessamento de dispositivos médicos de uso
único (refira argumentos a favor e contra bem com a sua posição quanto à sua utilização).

Exercícios teóricos

1. Refira o que se entende por dispositivo médico.

2. Distinga dispositivo médico invasivo de dispositivo médico implantável.

3. Diga o que se entende por dispositivo médico ativo.

4. Os dispositivos médicos abrangidos pela Diretiva 93/42/CEE, na sua atual redação, transposta para a lei nacional
pelo Decreto-Lei n.º 145/2009 de 17 de junho, estão divididos em quatro classes de risco.

4.1. Refira os principais critérios que são levados em conta para a classificação em classes de risco.

4.2. Indique as classes de risco em que se classificam os dispositivos médicos. Dê dois exemplos para cada uma
delas.

5. Quanto ao tipo de utilização os dispositivos médicos podem ser de uso único ou de uso múltiplo.

5.1. Refira o que se entende por dispositivo médico de uso único.

5.2. Refira em que consistem e as características que devem apresentar os DM de uso múltiplo.

5.3. Indique três exemplos de DM de uso único e DM de uso múltiplo.

5.4. Mencione as categorias de classificação dos artigos/materiais reutilizáveis de acordo com o risco de infeção.

6. Explique o que é o reprocessamento.

6.1. Refira os tipos de métodos de reprocessamento.

6.2. Indique os principais riscos reais ou potenciais relacionados com o reprocessamento.

7. Refira como se estabelece a fronteira entre dispositivos médicos e outros produtos.

7.1. Dê um exemplo prático.

FIM

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