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Curso Profissional de Técnico(a) Auxiliar de Saúde

GOSCS – UFCD 6575 – Rede Nacional de Cuidados de Saúde

10º CPTAS 2022/2023


Ficha de Avaliação Formativa

GRUPO I
Leia, atentamente, cada uma das questões e responda de forma clara e objetiva.

Resenha histórica do Serviço Nacional de Saúde

Celebrou-se, em 2019, o 40.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde (SNS), criado pela Lei n.º 56/79, de 15 de
setembro, que, entre outras, instituí uma rede de órgãos e serviços prestadores de cuidados globais de saúde a toda
a população, através da qual o Estado salvaguarda o direito à proteção da saúde.
António Arnaut (1936-2018), mentor dos pilares fundamentais do SNS, muitos anos depois da sua criação, recolheu
o desenvolvimento do seu projeto fundador, o SNS, ‘melhorou a qualidade de vida, a justiça social, a confiança e a
dignidade dos portugueses ‘.
Até à criação do SNS, a assistência médica competia às famílias, a instituições privadas e aos serviços médico-
sociais da Previdência.
 Em 1899, o Dr. Ricardo Jorge propõe a reorganização dos serviços de saúde pública com aprovação do Rei D.
Carlos I (Decreto de 28 de dezembro), transposto para o Regulamento Geral dos Serviços de Saúde e Beneficência
Pública, de 24 de dezembro de 1901. Esta organização, apesar de proposta em 1899, aprovada em 1901 veio a
entrar em vigor apenas em 1903.
A prestação de cuidados de saúde era então de índole privada, cabendo ao Estado apenas a assistência aos
pobres.
 Lei n.º2011, de 2 de Abril de 1946, estabeleceu a organização dos serviços prestadores de cuidados de saúde
então existentes, lançando a base para uma rede hospitalar. Começou aqui um programa de construção de
hospitais que entregues às Misericórdias.
Até aqui o Estado assumia um papel complementar no que toca à saúde, sendo os cuidados médicos da
responsabilidade do indivíduo e família.
 Dec. Lei n.º 413/71 de 27 de setembro, reconhece do direito à saúde de todos os portugueses, cabendo ao Estado
assegurar esse direito (…) e ainda a noção de planeamento central e de descentralização na execução,
dinamizando-se os serviços locais. Surgem os "centros de saúde de primeira geração". O direito à saúde
compreende o acesso aos serviços sem restrições.
Confere prioridade à promoção da saúde e prevenção da doença (que a nível internacional só sete anos mais tarde
foi adotado); abandona-se a referência à caridade e ao primado das instituições particulares para resolverem os
problemas de saúde dos portugueses.
 A Lei n.º 56/79, de 15 de setembro, cria o Serviço Nacional de Saúde enquanto instrumento do Estado para
assegurar o direito à proteção da saúde, nos termos da Constituição.
O acesso é garantido a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica e social, bem como
aos estrangeiros, em regime de reciprocidade, apátridas e refugiados políticos.
 Decreto-Lei n.º 254/82, de 29 de junho, cria as administrações regionais de cuidados de saúde.
A aplicação deste DL criou 18 ARS, contudo a reformas introduzidas, em 2012 pelo DL 22/2012 traduzem-se nas
5 ARS atuais.
 Decreto-Lei n.º 57/86, de 20 de março, regulamenta as condições de exercício do direito de acesso ao SNS, com
introdução de taxas destinadas a moderar a procura de cuidados de saúde, evitando assim a sua utilização para
além do razoável.
 Em 1989, na 2.ª Revisão Constitucional, a alínea a) do n.º 2 do artigo 64.º é objeto de alteração, estabelecendo
que o direito à proteção da saúde é realizado através de um serviço nacional de saúde "universal e geral e, tendo
em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito". Coloca-se assim a ênfase
no princípio de justiça social e de racionalização dos recursos.
 Lei de Bases da Saúde - Lei nº 48/90, de 24 de Agosto, aprova a Lei de Bases da Saúde. Pela primeira vez, a
proteção da saúde é perspetivada não só como um direito, mas também como uma responsabilidade conjunta dos
cidadãos, da sociedade e do Estado, em liberdade de procura e de prestação de cuidados.
 Dec. Lei n.º 11/93, de 15 de janeiro, Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, que cria unidades integradas de
cuidados de saúde, viabilizando a articulação entre grupos personalizados de centros de saúde e hospitais.
(…)
 Decreto-Lei n.º 52/2022, de 4 agosto, aprova o mais recente Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, revogando
a Lei n.º 48/90, reafirmando a centralidade do SNS, pautado pelos princípios da universalidade, generalidade,
tendencial gratuitidade e dotado de estatuto próprio. Este novo diploma legal vai além dos ajustamentos no que
toca a s estabelecimentos e serviços, direitos e deveres dos seus beneficiários, organização territorial e funcional,
recursos humanos e financeiros, participação de cidadãos, utentes, familiares, autarquias e outros setores no
funcionamento do SNS, introduzindo inovações como a Direção Executiva do SNS e Sistemas Locais de Saúde
(SLS) que revogam DL anteriores.

Adaptado de https://www.historico.portugal.gov.pt/pt/o-governo/arquivo-historico/governos-constitucionais/gc19/os-
ministerios/ms/quero-saber-mais/quero-aprender/historia-sns.aspx, consultado a 28.02.2023
1. Até ao século XV quem competia a assistência aos pobres?
____A. Misericórdias ____C. Estado
____B. Setor Privado ____D. Famílias

2. A partir de ____________ a assistência à saúde passa a ser competência do (a)___________.


____A. 1903 (…) setor privado. ____C. 1093 (…) Estado.
____B. 1988 (…) Misericórdia ____D. 1988 (…) Estado.

3. Em que ano foi criado o Serviço Nacional de Saúde (SNS)?


____A. 1971 ____C. 1979
____B. 1978 ____D. 1981

4. A criação do SNS refletiu-se num conjunto de mudanças sociais, tal como idealizou António Arnaut, reconhecido
como o pai do SNS.
Indique as missões do SNS, referidas no texto e exploradas nas aulas.
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5. Com 2º Revisão Constitucional, “pela primeira vez, a proteção da saúde é perspetivada não só como um direito,
mas também como uma responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do Estado”.

5.1. Indique o ano da referida Revisão Constitucional. ______________________________________________

5.2. Comente a afirmação.


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6. Complete as afirmações que se seguem relativas à evolução legal e histórica do SNS


A. O SNS é tutelado pelo _________________________.
B. O SNS é administrado regionalmente através das _____________ instituídas, inicialmente pelo Decreto-Lei
n.º 254/82 de 29 junho.
C. Em _____________1971, o ______________ direito à saúde compreende o acesso aos serviços sem
restrições.
7. Na Lei 48/90 de 24 de Agosto considera, o Capítulo II é dedicado ao Estatuto dos utentes, considerando os seus
direitos e deveres.
7.1. Distingue utente de doente dando um exemplo.

7.2. Para além dos referidos indica:


7.2.1. dois direitos dos utentes: ___________________________________________________________

7.2.2. dois deveres dos utentes: ___________________________________________________________

8. O Decreto-Lei n.º 57/86, de 20 de março, introduz de “taxas”.


8.1. Qual a designação dada a essas taxas. _______________________________________________________

8.2. Em que ano foi, pela primeira vez, introduzida a cobrança de taxas.
____A. 1982 ____C. 1989
____B. 1986 ____D. 2003

8.3. Quais os objetivos da introdução dessas mesmas taxas. _________________________________________


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_________________________________________________________________________________
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9. Qual (quais) o(s) enquadramento legal (s) subjacente(s) à criação das ARS?
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_________________________________________________________________________________

9.1. O que significa ARS? _____________________________________________________________________

10.A Constituição Portuguesa foi revista, em 1989. A partir dessa data o acesso à saúde passa a ser visto como…
____A. universal, geral e gratuito ____C. universal, geral e tendencialmente gratuito
____B. universal, geral e taxado ____D. universal

11.O sistema de saúde português é constituído pelo Serviço Nacional de Saúde e …


____A. pelas entidades públicas de saúde.
____B. pelas entidades privadas de saúde.
____C. por todos os profissionais livres que tenham acordos com as entidades públicas.
____D. por todas as entidades referidas anteriormente.

12.O São beneficiários do SNS …


____A. somente os cidadãos portugueses residentes em Portugal.
____B. os cidadãos portugueses e todos os cidadãos da EU.
____C. os cidadãos estrangeiros e os cidadãos apátridas residentes em Portugal.
____D. somente os cidadãos portugueses residentes em Portugal ou na EU.
GRUPO II

Em 9 de outubro de 2019 foi lançado o Plano Nacional de Saúde 2021-2030, no Seminário Saúde e Desenvolvimento
Sustentável – Desafio para uma década.
A estrutura responsável pelo processo de elaboração e execução do PNS 2021-2030 foi definida pela Exma. Sra.
Diretora Geral da Saúde através do Despacho nº 013/2019 de 19/7/2019, revisto pelo Despacho nº 012/2021 de
17/5/2021.
De entre outras informações relevantes dos termos de referência do PNS 21-30, disponíveis na página eletrónica
www.pns.dgs.pt destacam-se os seguintes itens:

Saúde Sustentável: de Tod@s para Tod@s

1 – O que é o PNS 2021-2030?

O PNS 2021-2030, mais do que um documento, é um processo de mudança.


Embora centrado em Portugal, o alinhamento com a Agenda 2030 da OMS, proporcionará a contribuição adequada
para os principais desafios de saúde global das próximas décadas
Assenta em 3 pressupostos essenciais:
 valor social da saúde:
 papel central da Saúde, como “ponto de partida” e “ponto de chegada” para o alcance dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável 2030;
 planeamento estratégico em saúde, de base populacional, como instrumento-chave para a sua concretização:
o Plano de Ação Europeu para o Fortalecimento dos Serviços e Competências em Saúde Pública, da Região
Europeia da OMS (Organização Mundial de Saúde), aprovado em 2012, identifica o planeamento estratégico
em saúde como uma das operações essenciais em saúde pública.
2 – Para que serve?
 O PNS ajuda-nos a fazer as melhores escolhas.
 O PNS ajuda-nos a melhorar e a focar no que é importante.
 O PNS ajuda-nos a alinhar e a trabalhar em conjunto.
 O PNS é um instrumento essencial de governação em saúde.
 O PNS orienta e facilita, ao nível nacional, a construção de um compromisso social explícito, por parte de cada
uma das principais partes interessadas.
3 – Como é elaborado/construído?
Planear a saúde deve ser parte de planear para o desenvolvimento sustentável. O planeamento em saúde
sustentável traz novos desafios aos processos e metodologias de planeamento. Planear no contexto dos ODS
(objetivos do Desenvolvimento Sustentável) implica que todas as instituições, em todos os Países, devem atuar em
colaboração, em parceria e em intersectorialidade. Isso implica a valorização da participação das pessoas e das
organizações da sociedade civil em parcerias, com envolvimento 5 Coordenação Técnica da Estratégia e do Plano
Nacional de Saúde – janeiro de 2020 de todos os parceiros com interesse nos ODS, relacionados direta ou
indiretamente com a saúde
4 – Como é implementado?
A implementação do PNS 2021-2030 irá exigir, por parte dos Programas de Saúde Nacionais, originalmente de
natureza vertical, desafios acrescidos, mas irá, também, gerar oportunidades, quer ao nível do trabalho conjunto,
sinérgico e da participação intersectorial, quer ao nível do alinhamento e da progressiva transversalidade da sua
operacionalização.
Ao nível local, os Planos Municipais de Saúde, liderados pelos Municípios, mas necessariamente de natureza
intersectorial, servirão, sobretudo, para integrar e implementar as ações concretas assumidas quer pelas autarquias,
quer pelas restantes partes interessadas, no âmbito do referido compromisso (ou contrato) social, condição essencial
para a redução efetiva das iniquidades em saúde e a garantia do desenvolvimento sustentável das respetivas
comunidades. A Associação Nacional de Municípios, as Comissões Intermunicipais, as Comissões de Coordenação
e Desenvolvimento Regional, bem como a Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis e os cidadãos, terão um papel
fundamental no impulso, dinamização e facilitação destes processos de participação e compromisso, neste âmbito
e a este nível.
5 - Quem pode participar?
Uma estratégia de comunicação eficaz é essencial para que esta participação aconteça ao longo de todo esse
processo. Serão, também, procuradas sinergias e pontos de convergência com iniciativas já existentes de promoção
da participação pública em saúde, como é o caso da “Carta para a Participação Pública em Saúde”, que visa o
envolvimento das pessoas com ou sem doença e seus representantes na tomada de decisão em saúde.
Para uma participação pública orientada para se focar e “agir sobre aquilo que importa”, as redes sociais, os media
e a melhoria da literacia mediática em saúde terão também um papel importante neste contexto, exigindo, por parte
dos mesmos, um compromisso social explícito para a próxima década, conforme o já referido no ponto anterior.

In, https://pns.dgs.pt/pns-2021-2030/plano-nacional-de-saude/

1. Indica qual a entidade internacional, parceira e cooperante, referida no texto. ___________________________

2. O que significa PNS? __________________________________________________________________________

3. Qual é o horizonte temporal do atual PNS?


____A.2025 ____C. 2040
____B. 2030 ____D. 2050

4. Qual é o lema do PNS, em vigor?


____A. O nosso Planeta, a nossa Saúde ____C. Saúde Sustentável: de todos para todos
____B. Saúde um Compromisso ____D. Saúde de Qualidade para todos

5. Comenta a afirmação recorrendo a dados do texto “O sucesso da implementação do PNS depende de todos, por
isso, a sua participação é importante para que todos façam parte do plano de forma critica e conscienciosa”.
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6. Quais os pressupostos do PNS 21-30?


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7. Como ocorre/de quem é a responsabilidade de implementação do PNS?


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8. De acordo com o que falaste nas aulas, relaciona a implementação dos Programas Nacionais de Saúde com o
PNS?
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