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GRUPO I
Leia, atentamente, cada uma das questões e responda de forma clara e objetiva.
Celebrou-se, em 2019, o 40.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde (SNS), criado pela Lei n.º 56/79, de 15 de
setembro, que, entre outras, instituí uma rede de órgãos e serviços prestadores de cuidados globais de saúde a toda
a população, através da qual o Estado salvaguarda o direito à proteção da saúde.
António Arnaut (1936-2018), mentor dos pilares fundamentais do SNS, muitos anos depois da sua criação, recolheu
o desenvolvimento do seu projeto fundador, o SNS, ‘melhorou a qualidade de vida, a justiça social, a confiança e a
dignidade dos portugueses ‘.
Até à criação do SNS, a assistência médica competia às famílias, a instituições privadas e aos serviços médico-
sociais da Previdência.
Em 1899, o Dr. Ricardo Jorge propõe a reorganização dos serviços de saúde pública com aprovação do Rei D.
Carlos I (Decreto de 28 de dezembro), transposto para o Regulamento Geral dos Serviços de Saúde e Beneficência
Pública, de 24 de dezembro de 1901. Esta organização, apesar de proposta em 1899, aprovada em 1901 veio a
entrar em vigor apenas em 1903.
A prestação de cuidados de saúde era então de índole privada, cabendo ao Estado apenas a assistência aos
pobres.
Lei n.º2011, de 2 de Abril de 1946, estabeleceu a organização dos serviços prestadores de cuidados de saúde
então existentes, lançando a base para uma rede hospitalar. Começou aqui um programa de construção de
hospitais que entregues às Misericórdias.
Até aqui o Estado assumia um papel complementar no que toca à saúde, sendo os cuidados médicos da
responsabilidade do indivíduo e família.
Dec. Lei n.º 413/71 de 27 de setembro, reconhece do direito à saúde de todos os portugueses, cabendo ao Estado
assegurar esse direito (…) e ainda a noção de planeamento central e de descentralização na execução,
dinamizando-se os serviços locais. Surgem os "centros de saúde de primeira geração". O direito à saúde
compreende o acesso aos serviços sem restrições.
Confere prioridade à promoção da saúde e prevenção da doença (que a nível internacional só sete anos mais tarde
foi adotado); abandona-se a referência à caridade e ao primado das instituições particulares para resolverem os
problemas de saúde dos portugueses.
A Lei n.º 56/79, de 15 de setembro, cria o Serviço Nacional de Saúde enquanto instrumento do Estado para
assegurar o direito à proteção da saúde, nos termos da Constituição.
O acesso é garantido a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica e social, bem como
aos estrangeiros, em regime de reciprocidade, apátridas e refugiados políticos.
Decreto-Lei n.º 254/82, de 29 de junho, cria as administrações regionais de cuidados de saúde.
A aplicação deste DL criou 18 ARS, contudo a reformas introduzidas, em 2012 pelo DL 22/2012 traduzem-se nas
5 ARS atuais.
Decreto-Lei n.º 57/86, de 20 de março, regulamenta as condições de exercício do direito de acesso ao SNS, com
introdução de taxas destinadas a moderar a procura de cuidados de saúde, evitando assim a sua utilização para
além do razoável.
Em 1989, na 2.ª Revisão Constitucional, a alínea a) do n.º 2 do artigo 64.º é objeto de alteração, estabelecendo
que o direito à proteção da saúde é realizado através de um serviço nacional de saúde "universal e geral e, tendo
em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito". Coloca-se assim a ênfase
no princípio de justiça social e de racionalização dos recursos.
Lei de Bases da Saúde - Lei nº 48/90, de 24 de Agosto, aprova a Lei de Bases da Saúde. Pela primeira vez, a
proteção da saúde é perspetivada não só como um direito, mas também como uma responsabilidade conjunta dos
cidadãos, da sociedade e do Estado, em liberdade de procura e de prestação de cuidados.
Dec. Lei n.º 11/93, de 15 de janeiro, Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, que cria unidades integradas de
cuidados de saúde, viabilizando a articulação entre grupos personalizados de centros de saúde e hospitais.
(…)
Decreto-Lei n.º 52/2022, de 4 agosto, aprova o mais recente Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, revogando
a Lei n.º 48/90, reafirmando a centralidade do SNS, pautado pelos princípios da universalidade, generalidade,
tendencial gratuitidade e dotado de estatuto próprio. Este novo diploma legal vai além dos ajustamentos no que
toca a s estabelecimentos e serviços, direitos e deveres dos seus beneficiários, organização territorial e funcional,
recursos humanos e financeiros, participação de cidadãos, utentes, familiares, autarquias e outros setores no
funcionamento do SNS, introduzindo inovações como a Direção Executiva do SNS e Sistemas Locais de Saúde
(SLS) que revogam DL anteriores.
Adaptado de https://www.historico.portugal.gov.pt/pt/o-governo/arquivo-historico/governos-constitucionais/gc19/os-
ministerios/ms/quero-saber-mais/quero-aprender/historia-sns.aspx, consultado a 28.02.2023
1. Até ao século XV quem competia a assistência aos pobres?
____A. Misericórdias ____C. Estado
____B. Setor Privado ____D. Famílias
4. A criação do SNS refletiu-se num conjunto de mudanças sociais, tal como idealizou António Arnaut, reconhecido
como o pai do SNS.
Indique as missões do SNS, referidas no texto e exploradas nas aulas.
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5. Com 2º Revisão Constitucional, “pela primeira vez, a proteção da saúde é perspetivada não só como um direito,
mas também como uma responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do Estado”.
8.2. Em que ano foi, pela primeira vez, introduzida a cobrança de taxas.
____A. 1982 ____C. 1989
____B. 1986 ____D. 2003
9. Qual (quais) o(s) enquadramento legal (s) subjacente(s) à criação das ARS?
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10.A Constituição Portuguesa foi revista, em 1989. A partir dessa data o acesso à saúde passa a ser visto como…
____A. universal, geral e gratuito ____C. universal, geral e tendencialmente gratuito
____B. universal, geral e taxado ____D. universal
Em 9 de outubro de 2019 foi lançado o Plano Nacional de Saúde 2021-2030, no Seminário Saúde e Desenvolvimento
Sustentável – Desafio para uma década.
A estrutura responsável pelo processo de elaboração e execução do PNS 2021-2030 foi definida pela Exma. Sra.
Diretora Geral da Saúde através do Despacho nº 013/2019 de 19/7/2019, revisto pelo Despacho nº 012/2021 de
17/5/2021.
De entre outras informações relevantes dos termos de referência do PNS 21-30, disponíveis na página eletrónica
www.pns.dgs.pt destacam-se os seguintes itens:
In, https://pns.dgs.pt/pns-2021-2030/plano-nacional-de-saude/
5. Comenta a afirmação recorrendo a dados do texto “O sucesso da implementação do PNS depende de todos, por
isso, a sua participação é importante para que todos façam parte do plano de forma critica e conscienciosa”.
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8. De acordo com o que falaste nas aulas, relaciona a implementação dos Programas Nacionais de Saúde com o
PNS?
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