DESVENDANDO MISTÉRIOS DA

BOTÂNICA

TECIDOS VEGETAIS
TECIDOS
VEGETAIS
Sumário
- Para quem é esse eBook?__________________________________ 2
- Introdução_________________________________________________ 3
- Tipos de Tecidos Vegetais__________________________________ 4
Tecidos Meristemáticos_______________________________________________ 4
Tecidos de Revestimento______________________________________________6
Tecidos de Preenchimento____________________________________________ 9
Tecidos de Sustentação_______________________________________________12
Tecidos de Condução_________________________________________________14

- Resumo do Capítulo_______________________________________15
- Para finalizar______________________________________________ 17
- Sobre a autora____________________________________________ 18
- Sobre a Bio Educação Digital______________________________ 19
- Referências_______________________________________________ 20

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 PARA QUEM É ESSE EBOOK?

Você já se perguntou como as plantas são por dentro?

Como fazem para se sustentarem em pé? Como se
alimentam? Se você está curioso para responder essas
perguntas? Esse eBook é para você!

Aqui vamos viajar pelo corpo da planta e aprender mais

sobre as estruturas internas que forma esse organismo.  

Então, vamos começar!

Bons estudos!

Maria Elizabeth Barbosa de Sousa

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 INTRODUÇÃO

Assim como os animais, as plantas também são formadas

por células. As uniões das células vegetais vão formar seus
tecidos e órgãos. 

Os tecidos vegetais estão distribuídos por todo o corpo

da planta. Eles estão divididos em cinco grupos, são eles:
tecidos de revestimento, tecidos de preenchimento,
tecidos de sustentação, tecidos meristemáticos e tecidos
de condução. 

Antes de começar, é importante lembrar que a área da

biologia que estuda as estruturas internas dos vegetais, tais
como as células, tecidos e órgãos é chamada de Anatomia
Vegetal. 

Mas adiante, vamos conhecer os tipos de tecidos vegetais

e sua função para as plantas.

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 TIPOS DE TECIDOS VEGETAIS

1.TECIDO MERISTEMÁTICO

Esse tipo de tecido é formado por um conjunto de células

que têm capacidade de sofrer sucessivas divisões e se
diferenciar em várias partes que compõe a planta. Por esse
motivo, o tecido meristemático é responsável pelo
crescimento e desenvolvimento vegetal.

ONDE SÃO ENCONTRADOS OS

TECIDOS MERISTEMÁTICOS?

Estão localizados principalmente nas extremidades da

planta, como nos ápices do caule e da raiz. Eles estão
divididos em dois tipos.
Meristemas primários e
meristemas secundários

Meristemas primários

São responsáveis pelo alongamento da planta e pela

formação dos galhos, folhas e flores. Costumo dizer que é
aquele que deixa tudo mais bonito, afinal, quando cuidamos
de uma planta o que é que mais observamos? O seu
crescimento, suas folhas e suas flores.
Meristema apical do caule

Gema

Meristema apical da raiz

Localização dos meristemas primários. Fonte: Bio no Ensino

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Meristemas secundários

São responsáveis pelo crescimento em espessura do caule

e da raiz, ou seja, é o responsável por deixar a planta mais
grossa ou mais fininha. Estes são divididos em:

Câmbio vascular que é aquela camada de células

responsáveis pela formação dos vasos de condução
(xilema e floema secundário)

Felogênio que é aquela camada de células

responsáveis pela formação do súber (casca externa)
presentes nos troncos das árvores e formação da
feloderme (células de preenchimento interno) que
vão contribuir com o aumento da espessura do caule.

De que forma podemos observar os

meristemas secundários?

Para visualizar as camadas de células que forma os

meristemas secundários é feito um corte transversal em um
tronco de uma árvore adulta. A imagem a seguir está
esquematizado esse processo.

Localização dos meristemas secundários. Fonte: American Board

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2.TECIDO DE REVESTIMENTO

Como o próprio nome já diz, esse tipo de tecido é

responsável pelo revestimento e proteção das plantas.  Ele
está classificado em dois (epiderme e periderme).

Agora sim vou detalhar cada um deles para você, presta

atenção.

EPIDERME:

A epiderme é a camada de células mais superficiais das

planta. Ela é responsável pelo revestimento das flores,
frutos, folhas, sementes, além de estar presente nas raízes e
caules jovens. 

As células da epiderme apresentar várias funções

específicas, desde a proteção da planta  até a realização das
trocas gasosas.

As imagens a seguir mostram os principais anexos

epidérmicos encontrados nas plantas e suas funções.

Tricomas

Os tricomas são estruturas semelhantes a pelos e são

muito frequentes nas folhas e em ramos de algumas
plantas. Essas estruturas ajudam na absorção de água e
podem secretar substâncias químicas que ajudam contra a
herbivoria.

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 Tricomas. Fonte: Hernán Man - Flickr

Espinhos

Os espinhos são é um tipo de projeção da epiderme que

tem formato pontiagudo e com consistência rígida,
conhecida como (acúleo). Eles servem para proteger a planta
contra a herbivoria.

Espinhos das rosas. Fonte: Marize_sp - Flickr

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 Cutícula

A cutícula é uma película impermeável à água formada

por uma substância gordurosa denominada (cutina). Essa
substância protege a planta contra a dessecação.

Cutícula.  Fonte: Eweb4

Estômatos

Os estômatos são aberturas na epiderme localizadas

geralmente abaixo das folhas, essa estrutura é formadas por
dois tipos de células ( células-guarda e células
subsidiárias). A principal função dessa estrutura é
realização das trocas gasosas.

Estômatos. Fonte: Plant Stomata

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 PERIDERME:

É uma camada de células protetoras originadas a partir do

aumento em espessura dos caules e raízes. As principais
funções dessas células é realizar trocas gasosas, contribuir
para a proteção mecânica e contra dessecação da planta. 

A periderme é dividida em três camadas de células

(feloderme, felogênio e súber).

O felogênio produz a feloderme em direção

ao interior do caule e o súber para o exterior
do caule.

Corte transversal do caule e localização da periderme. Fonte: UDG

3.TECIDO DE PREENCHIMENTO

Esse tecido é formado por um conjunto de células

conhecidas como células parenquimáticas.
Elas têm capacidade de
diferenciar-se e assumir
várias funções na planta.

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 Dentre suas principais funções, destaca-se:
Fotossíntese
Transporte
Reserva
Secreção e excreção 
Preenchimento em geral

Por sua vez, as células parenquimáticas ou parênquimas

podem ser classificadas em quatro tipos, sendo elas:

Parênquima clorofiliano: esse é encontrado nas partes

aéreas das plantas, como nas folhas. Esses tipos de célula
possuem grande quantidade de cloroplastos (responsáveis
por realizar a fotossíntese).  O parênquima clorofiliano é
dividido em dois tipos (paliçádico e esponjoso). 

As células que compõem o tecido paliçádico são ricas em

clorofilas e por isso elas são as principais responsáveis pela
realização da fotossíntese nas plantas. Já o tecido esponjoso,
apresenta células pouco clorofiladas e com grandes espaços
entre elas para a passagem de diversas substâncias.  A
imagem a seguir mostra a organização das células do
parênquima clorofiliano:

Disposição do parênquima clorofiliano na folha. Fonte: Ronal d Biologia

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Parênquima de reserva: encontrado principalmente nas
raízes, caule e no endosperma das sementes (para
nutrição do embrião durante o desenvolvimento). 

Sua principal função é armazenar substâncias que

poderão ser utilizadas posteriormente pelas plantas,
como carboidratos (amido), proteínas e lipídios. Esse a
gente está em constante contato, afinal, muito da nossa
alimentação vem desses tecidos.

Nos tubérculos
da batata é
encontrado um
tipo de
parénquima
(amilifero) que
armazena amido.

Exemplo de parênquima de reserva. Fonte: Cultura Mix e Flickr

Parênquima aquífero: encontrado em plantas

suculentas, como as cactáceas, que são típicas de regiões
semiáridas. As células dessas plantas apresentam
grandes vacúolos (espaços) para o armazenamento de
água, para ajudá-las a suportar longos períodos de
estiagem. Sinceramente? Ele é bem interessante, as
plantas mais resistentes que temos na natureza são ricos
nesse tecido.

Nas plantas
suculentas um tipo
de parênquima
(aquífero) que é
especializadoe em
armazenar água

Exemplo de parênquima aquífero. Fonte: Flickr

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 Parênquima aerífero: são responsáveis por facilitar a
aeração (flutuação) das plantas aquáticas.  Entre as
células dessas plantas são encontrados guardes espaços
intercelulares onde o ar é armazenado. É como quando a
gente infla nosso pulmão de ar para poder flutuar, só que
aqui, têm um tecido especializado só nisso!
Nas plantas
aquáticas o
parênquima
aquífero possui
grandes espaços
de ar que ajudam
na flutuação
Exemplo de parênquima aerífero. Fonte: Flickr

4.TECIDO DE SUSTENTAÇÃO

Agora a gente vai aprender um pouco mais sobre os

tecidos mais importantes para deixar nossas plantinhas de
pé! Esse tipo de tecido é formado por um conjunto de
células alongadas e com reforços de celulose em sua parede.

Os tecidos de sustentação são classificados em dois tipos

(colênquima e esclerênquima).

Colênquima: encontrado em caules jovens, nervuras das

folhas e no pecíolo (eixo que sustenta as folhas). Sua
principal característica ser formado por células vivas com
paredes reforçadas por celulose e pectina. É por isso que
algumas partes jovens das plantas como os galhos, são
bastantes flexíveis.

Localização do colênquima em pecíolo da folha. Fonte: Flickr

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 Esclerênquima: encontrado nas partes mais antigas das
plantas. Tem como principal característica ser formado
por células mortas devido o processo de lignificação, os
quais lhe dar muita resistência e pouca flexibilidade.

O esclerênquima apresenta duas formas de células

(escleritos e fibras esclerenquimáticas).

Escleritos: células lignificadas e rígidas que apresentam

formas poliédricas. Podem ser encontradas em várias partes
da planta, como na epiderme, em frutos, folhas e caules.

Fibras esclerenquimáticas: células alongadas, pontiagudas

e fusiformes. Podem ser encontradas em várias partes da
planta, principalmente próximas dos tecidos condutores.

Localização do esclerênquima na planta. a. Escleritos; b. fibras

esclerenquimáticas. Fonte: Flickr

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5.TECIDO DE CONDUÇÃO

Agora vamos partir para a nutrição da planta, afinal, até

elas precisam "comer" né? Esse tipo de tecido é formado por
células capazes de conduzir substância nutritivas por todo o
corpo da planta. 

Essas células estão organizadas em canais ou vasos,

conhecidos como o (xilema e floema), que juntos formam o
sistema vascular.

Xilema: É responsável por conduzir água e solutos

inorgânicos do solo para o corpo da planta
Ou seja, de baixo pra cima

Floema: É responsável por conduzir substâncias

orgânicas produzidas pelas plantas através dos
processos fotossintéticos, até as partes basais
subterrâneas (raízes).
Já esse, de cima para baixo.

A disposição dos feixes vasculares (xilema e floema), estão

esquematizados abaixo.

Localização dos vasos de condução (xilema e floema) no corpo da planta.

Fonte: desconhecida

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RESUMO
Tecido Meristemárico
Estão relacionados com o
crescimento e desenvolvimento vegetal

Meristema Primário
Crescimento (altura)
Gemas apicais e
gemas axilares

Meristema Secundário
Câmbio vascular
Felogênio

Tecidos de Revestimento
Responsável pela proteção das plantas.
Servem como barreira mecânica,
química e auxiliam nas atividades
fotossintetizantes.

Epiderme
Revestimento externo
Crescimento primário

Periderme
Camada de células protetoras
Crescimento secundário

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Tecido de Preenchimento
Exercem várias funções como reserva
de substâncias produzidas pelas plantas
e auxilia nas atividades fotossintetizantes.

Parênquima
Diferencia-se em:
Parênquima Clorofiliano
Reserva
Aquífero
Aerífero

Tecidos de Sustentação
Proporcionam suporte mecânico à planta
impedindo que a mesma quebre com a
ação dos ventos.

Colênquima
Formado por células vivas
Baixa resistência
Alta flexibilidade

Exclerênquima
Formado por células mortas
Baixa flexibilidade
Alta resistência

Tecidos de Condução
Responsáveis pelo transporte e distribuição
de substâncias por todas as partes do planeta

Floema
Conduz solutos inorgânicos
e água, do solo para a planta

Xilema
Conduz substâncias orgânicas
produzidas pela planta, até as
partes basais

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 PARA FINALIZAR

Assim como o corpo humano é formado por várias células,

o corpo da planta também não é diferente. Essas células vão
se agrupar para formar os tecidos, que por sua vez, vão se
especializar e desempenhar várias funções. 

Além de garantir o desenvolvimento, os tecidos vegetais

desempenham papel importante na sobrevivência do
vegetal.

Espero que este eBook tenha te ajudado a compreender

de forma simplificada quais os tipos de tecidos vegetais e
suas funções.

E que botânica não seja mais seu pesadelo nos estudos, e

sim uma matéria muito interessante e divertida!

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 SOBRE A AUTORA

Maria Elizabeth Barbosa de Sousa

Sou graduanda em Licenciatura  Plena em Ciências
Biológicas pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI).

Durante a graduação sempre despertei interesse em

participar de projetos e organizar eventos relacionados ao
ensino de ciências e biologia.

Sendo assim fazer parte da equipe BPB - Biologia para

Biólogos- está sendo incrível, pois além de compartilhar um
pouco do meu conhecimento sobre a biologia, estou sempre
aprendendo coisas novas.

Quer me contar o que achou deste material? Envie um email

para ellizabethsousa@gmail.com

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 SOBRE A BIO EDUCAÇÃO DIGITAL

A Bio Educação Digital nasceu em 2016 a partir do sonho

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Logo no comecinho era apenas um blog, o Biologia para

Biólogos, onde tratava de textos simples e acessíveis a todos.
Mas como todo bom sonho ela foi crescendo, tornando-se a
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Contando hoje com mais de 50 mil alunos de várias partes

do Brasil, com leitores em mais de 130 países em todo o
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Entre e contato por:

Email: oi@biocollege.com.br
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 REFERÊNCIAS

CUTLER; D.F.; BOTHA; T.; STEVENSON, D.W.M. Anatomia

Vegetal. 1ª ed. Artmed. Porto Alegre. 2011.

RAVEN, P.H.; EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal.

7ª edição. Editora Guanabara/Koogan Rio de Janeiro. 2007.

ESAU, K. Anatomia das plantas com sementes. São Paulo:

Editora E. Blücher; 1974.

SOUZA, L.A.; ROSA, S.M.; MOSCHETA, I.S.; MOURÃO, K.S.M.;

RODELLA, R.A.; ROCHA, D.C. & MIGA, L. Morfologia e
anatomia vegetal. Ponta Grossa: Editora UEPG; 2005.

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 Revisão por
Amanda Lys
Beatriz Morais
Gabriela Verruck

Design por
Gabriela Carretto