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Resumo Eng. QUÍMICA - Operações Unitárias PDF
Resumo Eng. QUÍMICA - Operações Unitárias PDF
ÍNDICE
1 Destilação Flash................................................................................................... 4
1.1. Flash Isotérmico – Equações Fundamentais...............................................5
1.2. Método Gráfico para Misturas Binárias............................................................6
2 Destilação Binária Multiestágios................................................................ 10
2.1. Destilação Diferencial ou Simples.................................................................... 10
2.2. Destilação Fracionada................................................................................................11
2.3. Método McCabe-Thiele........................................................................................... 18
3 Refluxo Mínimo e Refluxo Total...................................................................21
4 Eficiência................................................................................................................25
5 Análise de Graus de Liberdade em Equipamentos de Separação...27
5.1. Análise Quantitativa..................................................................................................... 27
6 Destilação Azeotrópica....................................................................................29
7 Absorção e Esgotamento...............................................................................32
7.1. Equipamentos de Absorção e Esgotamento............................................ 32
7.2. Balanço de Massa em Bases livres de soluto........................................ 34
9 Extração Líquido-Líquido...............................................................................43
9.1. Quando usar a Extração Líquido-Líquido?................................................ 44
9.2. Características Importantes do Solvente................................................... 45
9.3. Sistemas Ternários...................................................................................................... 46
9.4. Regra da Alavanca........................................................................................................47
9.5. Operações com Estágios........................................................................................48
10 Ponto de Orvalho.................................................................................................51
11 Ponto de Bolha.....................................................................................................54
12 Separações Gás-sólido e Líquido-sólido: Decantação, Filtração,
Ciclones e Hidrociclones.................................................................................55
12.1. Decantação...................................................................................................................... 55
13 Filtração...................................................................................................................73
13.1. Princípio de Funcionamento de um Filtro................................................. 73
13.2. Meio Filtrante................................................................................................................. 74
13.3. Tipos de Filtro................................................................................................................ 75
13.4. Cálculos de Filtração............................................................................................... 77
13.5. Processos com Tortas Incompressíveis..................................................... 81
14 Ciclones.................................................................................................................. 82
14.1. Geometria dos Ciclones......................................................................................... 82
14.2. Escoamento no Interior de Ciclones............................................................ 84
14.3. Dimensionamento de Ciclones........................................................................ 87
15 Hidrociclones......................................................................................................101
15.1. Regimes de Operações de Hidrociclones..............................................104
15.2. Variáveis de Interesse e Conceitos Fundamentais..........................105
1 DESTILAÇÃO
1. Destilação Flash
FLASH
1. Destilação Flash
Balanço de energia:
1.2. MÉTODO
1.2. Método Gráfico para Misturas
GRÁFICO Binárias
PARA MISTURAS BINÁRIAS
O método gráfico para se obter a composição das correntes de saída como função
de f consiste na determinação da interseção da linha de operação com a curva de
equilíbrio.
Exemplo 01
a) A temperatura no separador.
b) A composição do líquido e vapor na saída do separador.
Resolução
Resposta/procedimento:
Para cada valor de f obtemos uma linha de operação que corta a curva de equilíbrio
fornecendo os valores de xB e yB e consequentemente as composições do vapor e
líquido;
2
DESTILAÇÃO
2.BINÁRIA
Destilação Binária Mul-
2. Destilação Binária Multiestágios
MULTIESTÁGIOS
tiestágios
2.1.
2.1.DESTILAÇÃO DIFERENCIAL
Destilação Diferencial OU SIMPLES
ou Simples
2.2.DESTILAÇÃO
2.2. Destilação Fracionada
FRACIONADA
Refervedor: produz o vapor que sobe pela coluna. O líquido retirado do refervedor é
chamado de produto pesado, ou de cauda ou de fundo (B).
• L representa o fluxo de líquido que deixa o prato pela parte inferior e V o fluxo de
vapor que sai do prato pela parte superior;
• e F é a alimentação.
Nesta coluna, o calor QR é fornecido ao vaso, gerando uma corrente de vapor que
sobe. O vapor retirado da coluna pelo topo (V) é condensado e, no estado líquido, é
armazenado num tanque. Parte deste condensado é o produto destilado (D), rico no
componente mais volátil, enquanto que parte Lc é retornada à coluna como refluxo.
O líquido que desce pela coluna atinge o refervedor, tirando o excesso da corrente
do produto pesado (B), rica no componente pesado (menos volátil). A coluna é
alimentada continuamente pela corrente F, que á a mistura a ser destilada.
O sistema tende a atingir o equilíbrio em cada prato da coluna. O vapor que sobe e o
líquido que desce em cada prato não estão em equilíbrio. O componente pesado
condensa a partir do vapor, e seu calor latente de condensação é usado para
vaporizar parte do composto mais volátil presente na corrente de refluxo, tornando o
vapor rico no componente mais volátil, empobrecendo a corrente de refluxo. O
resultado é que as correntes saem de cada prato tendendo ao equilíbrio. A figura
abaixo mostra este processo numa temperatura Tn.
É fácil observar na equação que o calor (QR • ) não é obtido diretamente a partir do
calor de condensação da mistura no refervedor, que é a diferença entre as entalpias
do vapor e do líquido do fundo, mas da mesma composição (yR) e temperatura (TR):
2.3. MÉTODO
2.3. Método McCabe-Thiele
MCCABE-THIELE
No cálculo do número teórico de pratos por este método são traçadas, num diagrama
x - y, a curva de equilíbrio para o sistema dado e, com o auxílio das equações, as retas
de operação das seções de retificação e esgotamento, sendo obtido um gráfico que
será apresentado logo a seguir.
4. uma linha passa através do ponto j na diagonal, onde x = xB, e o ponto h. Esta é a
LOE.
3 REFLUXO MÍNIMO
3. Refluxo Mínimo e Refluxo
3. Refluxo Mínimo e Refluxo Total
E REFLUXO TOTAL
Total
é dada por
Esta inclinação aumenta com o aumento de RD, até que D=0 e tem-se:
Neste caso, a reta de operação da seção de retificação (ROR) passa a coincidir com a
diagonal, de modo que:
Ou seja, o vapor que sobe tema mesma composição do líquido que desce. Como D=0
e Lc = L = V esta é a chamada condição de refluxo total, que é uma condição limite
Assim, as colunas só podem operar em condições que variam entre o refluxo mínimo
e o refluxo total. O valor do refluxo mínimo (RD,min)é calculado a partir de:
Viu-se que:
• Quanto maior o valor de RD, menor o número de pratos teóricos necessários, mas
leva a um aumento na vazão de vapor que sobe do refervedor para o topo da
coluna, mantendo a mesma retirada do topo.
• Diminuindo o número de pratos teóricos, menor a altura da coluna. Com o
aumento da quantidade de vapor, maior deve ser seu diâmetro, havendo um
aumento na quantidade de calor fornecida ao refervedor e um aumento na
quantidade de água de refrigeração utilizada no condensador.
Exemplo 02
Pretende-se tratar um vapor úmido de benzeno e ácido acético, com fração líquida
q = 0,736 e composição xF = 0,4 fração molar, em uma coluna de destilação, de modo
a se obter um destilado 0,85 fração molar em benzeno. Determinar o valor do refluxo
mínimo para estas condições de operação.
Solução: Primeiro, determinar a linha de alimentação que passa pelo ponto (x F, yF) e,
em seguida, sua inclinação, dada por:
Refluxo Ótimo: anteriormente foi visto que, com o aumento da razão de refluxo,
diminui-se o número de pratos teóricos necessários para se efetuar uma separação
determinada.
Deste modo, para cada razão de refluxo arbitrada para uma coluna de destilação,
haverá um determinado número de pratos, um determinado diâmetro e
determinadas quantidades de calor (e fluido de aquecimento) a fornecer ao
refervedor e de água de refrigeração, para o condensador.
O refluxo ótimo, na prática, para uma torre de destilação está na faixa de 1,25 a 2,00
vezes o encontrado para o refluxo mínimo.
44. Eficiência
4. EFICIÊNCIA
Eficiência
O número de pratos necessários para realizar uma operação de destilação pode ser
calculado como descrito anteriormente. No entanto, assumiu-se que as correntes
que saem de cada prato estão em equilíbrio, o que não é verdade. Por esta razão, um
grande número de pratos seria necessário para este processo. Para calcular o
número real de pratos ou estágios, três tipos de eficiência podem ser considerados:
Eficiência de Murphree: é função de cada prato e pode ser definida como a razão
entre a mudança atual atingida na composição e a mudança que ocorreria se o
equilíbrio fosse atingido:
sendo:
A eficiência de Murphree pode ter valores muito maiores que a unidade (maiores que
100%), desde que o vapor produzido a partir do líquido que atinge o prato é rico no
componente mais volátil que o vapor liberado para o líquido que sai do prato. Pode-
se produzir um vapor com composição média mais rica do que seu correspondente
em equilíbrio; isto acontece frequentemente em colunas grandes.
5
ANÁLISE DE GRAUS
5. Análise
DEde LIBERDADE
5. Análise de Graus Liberdade em EquipamentosEM
de Graus de Liberdade de Separação
EQUIPAMENTOS
em Equipamentos DE
de Separação
SEPARAÇÃO
A análise dos graus de liberdade de um processo indica o número máximo de
variáveis controladas que este processo pode ter, e pode ser obtida de duas
maneiras: pela análise quantitativa do sistema e pela análise qualitativa. No cálculo
dos graus de liberdade para os propósitos de controle são eliminados alguns graus
devido às perturbações externas pois apesar da intensidade desse distúrbio ser
desconhecida o processo “reconhece” (reage à perturbação), diminuindo assim os
graus de liberdade. Observe que para os propósitos de projeto estacionário de
colunas de destilação essas variáveis aumentam os graus de liberdade.
5.1.
5.1.ANÁLISE QUANTITATIVA
Análise Quantitativa
• Se F for maior que 0 (zero) então o processo (ou pelo menos alguma variável de
processo) não estará sob controle.
• Se F for menor que 0 (zero) então existem controladores em excesso e eles
estarão “brigando” entre si, um tentando suplantar o outro.
Portanto para um processo estar sob controle o número de controladores deve ser
igual a:
Exemplo 03
Para uma coluna de destilação binária ideal (neste caso não é necessário fazer o
balanço de energia para modelar o processo) 2 temos a seguinte análise quantitativa
dos graus de liberdade do sistema:
6 DESTILAÇÃO
6. Destilação Azeotrópica
6. Destilação Azeotrópica
AZEOTRÓPICA
O aditivo empregado deverá dar origem a uma nova mistura azeotrópica ternária, de
preferência heterogênea (uma fase vapor em equilíbrio com duas fases líquidas),
contendo o próprio agente de arraste, um dos componentes da mistura original e
uma pequena parte do segundo componente. Essa mistura azeotrópica ternária é
então concentrada no topo da coluna, condensada e alimentada a um decantador
líquido-líquido, sendo separada em duas fases líquidas. A fase sobrenadante ou fase
orgânica, rica no aditivo, retorna à primeira coluna como refluxo. A segunda fase
líquida, contendo o componente solubilizado pelo aditivo, traços de aditivo e do
segundo componente da mistura original, é destilado em uma segunda coluna. Isso
permite a recuperação do segundo componente e do aditivo a partir do produto de
topo dessa coluna, os quais, por sua vez retornam à primeira coluna, concentrando o
componente da mistura original no seu produto de fundo. Por meio do azeótropo
ternário formado na primeira coluna, o aditivo funciona como um agente de arraste,
carregando para o topo da primeira coluna grande parte de um dos componentes da
mistura original e uma pequena parte do segundo componente, permitindo que o
segundo componente seja retirado, praticamente puro, pelo fundo da primeira
coluna.
7 ABSORÇÃO E
7. Absorção e Esgotamento
7. Absorção e Esgotamento
ESGOTAMENTO
7.1. EQUIPAMENTOS
7.1. Equipamentos de Absorção e Esgotamento
DE ABSORÇÃO E ESGOTAMENTO
A operação das colunas pode ser feita em duas configurações distintas, conforme a
figura abaixo:
Nas colunas de estágio, o contato entre o líquido e o gás pode ser feito por meio de
pratos perfurados, pratos com campânulas ou com válvulas, como mostrado na
figura abaixo. A diferença entre eles está no custo, na perda de carga, na eficiência e
na flexibilidade de operação. Os pratos perfurados (a) são mais baratos, mas
apresentam baixa flexibilidade, uma vez que, operando com baixa vazão de gás, o
prato “chora”, ou seja, há o retorno de líquido pelos orifícios e, com vazão elevada, o
arraste de gotas de líquido pelo gás pode ser significativo, aumentando as perdas por
arraste mecânico. Os pratos de campânulas (b) oferecem alta eficiência de contato
entre as fases, mas o custo é elevado. A relação custo-benefício é certamente mais
favorável para os pratos de válvulas (c). Nesse tipo de prato, a abertura do orifício
depende da vazão de gás, e a faixa de operação da coluna torna-se, portanto, mais
flexível.
7.2.
7.2. BALANÇO DE MASSA
Balanço de Massa EM livres
em Bases BASES deLIVRES
soluto DE SOLUTO
Os balanços de massa têm como objetivo estabelecer uma relação entre as vazões
de gás e de líquido, bem como entre as concentrações do soluto (componente que
se transfere) nas duas fases.
em que x é a fração molar de soluto na fase líquida [mol · mol–1 total] e y é a fração
molar de soluto na fase vapor ou gás [mol · mol–1 total]. Aplicando-se o balanço de
massa global na coluna para o componente i, obtém-se:
quanto menor for a razão , mais próximas serão a reta de operação e a curva
de equilíbrio, aumentando o número de estágios (custo de projeto), mas reduzindo a
vazão de solvente (custo de operação). Para o esgotamento, essa relação se inverte,
O menor valor para a razão , que corresponde à mínima vazão de solvente para
certo processo de absorção (infinito número de estágios), é obtido quando a
composição do líquido na saída está em equilíbrio com a composição do gás na
pontos Então:
8
NÚMERO DE UNIDADES
DE TRANSFERÊNCIA
de Unidades deETrans-
8. Número de Unidades de Transferência e Altura Equivalente ao Estágio Téorico
8. Número
ferência ALTURA e Altura EQUIVALENTE
Equivalente ao
Estágio AOTéorico
ESTÁGIO TÉORICO
8.1. Colunas de Estágio
8.1. COLUNAS DE ESTÁGIO
Um estágio teórico ou ideal é aquele no qual o líquido e o gás que deixam o mesmo
Já para o estágio N:
99.9. Extração
Extração
EXTRAÇÃO
Líquido-LíquidoLíquido-Líquido
LÍQUIDO-LÍQUIDO
Refinado (ou “rafinado”): Solução rica no diluente e que contém o soluto que não foi
extraído.
Por fim, a separação das 2 fases pode ser feita em um extrator ou coluna.
Tipicamente, apenas 3% do custo de operação estão no extrator e os 97% restantes
são custos de operações de separação adicionais: recuperação do solvente.
9.1.
9.1.QUANDO USAR
Quando usar A EXTRAÇÃO
a Extração LÍQUIDO-LÍQUIDO?
Líquido-Líquido?
9.2.
9.2.CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES
Características Importantes do SolventeDO SOLVENTE
9.3.
9.3.SISTEMAS TERNÁRIOS
Sistemas Ternários
9.4.REGRA
9.4. Regra daDA
Alavanca
ALAVANCA
Extração em Contracorrente
10
10. Ponto de Orvalho
10. PontoPONTO DE
de Orvalho
ORVALHO
Quando se coloca cerveja gelada num copo no verão, o ar próximo ao copo se esfria
e fica saturado, de modo que o vapor de água se condensa no copo como orvalho.
Muita gente começa a sentir desconforto quando o ponto de orvalho fica acima de
20°C. O ar com ponto de orvalho acima de 24°C, por exemplo, é muito úmido. Para
determinar o ponto de orvalho, se coloca água e um termômetro numa vasilha de
metal e se adiciona, aos poucos, água gelada, agitando a mistura. A temperatura em
que começa a se formar o orvalho na face externa da vasilha é o ponto de orvalho.
Ao cair da tarde, o solo, perdendo calor por radiação, realiza um processo contínuo
de queda na temperatura e o ar em contato com o solo também sofre uma queda
em temperatura, havendo uma transferência de calor entre os dois por convecção.
Quando a superfície da terra se resfria abaixo do ponto de orvalho, se forma uma
condensação de noite. Mais, se o ponto de orvalho estiver abaixo de 0°C, se forma
geada.
Uma outra forma de se obter um ar saturado com água é reduzir a sua temperatura.
Reduzindo a temperatura, mantendo o teor de água constante, aumentamos a
umidade relativa, pois reduzimos a pressão de vapor saturado. Numa determinada
temperatura, chamada a temperatura do ponto de orvalho (to), a pressão de vapor
torna-se igual à pressão de vapor saturado àquela temperatura e, portanto, a
umidade relativa será de 100%.
1111. PontoPONTO
de BolhaDE
11. Ponto de Bolha
BOLHA
O ponto de bolha é o ponto em que a primeira gota de uma mistura líquida começa
a vaporizar. ... Ao representarmos os pontos de bolha e orvalho em um gráfico, iremos
obter os diagramas Pxy ou Txy, dependendo se estiver à temperatura constante ou
à pressão constante.
12
SEPARAÇÕES
12. SeparaçõesGÁS-SÓLIDO E Decantação,
Gás-sólido e Líquido-sólido: LÍQUIDO- Filtração, Ciclones e
12. Separações
Hidrociclones
Gás-sólido e Lí-
SÓLIDO: DECANTAÇÃO,
quido-sólido:FILTRAÇÃO, CICLONESFiltra-
Decantação, E
ção, CiclonesHIDROCICLONES e Hidrociclones
12.1.
12.1. DECANTAÇÃO
Decantação
• Viscosidade do meio.
Princípio da Decantação
Objetivos da Sedimentação
Tipos de Decantadores
Dimensionamento de Decantadores
Clarificadores
Espessadores
• Coe e Clevenger
• Kynch
• Talmadge e Fitch
• Roberts
Exemplo 01
Resolução:
2. Método de Kynch
Método que requer apenas um ensaio que forneça a curva de decantação (Z versus
t ). Tanto C como v podem ser tirados diretamente da curva.
3. Método de Roberts
Método gráfico que permite localizar com exatidão o ponto crítico (início da zona de
compressão), que é a linha de separação entre o espessado e o clarificado. Com os
dados do ensaio de decantação traça-se um gráfico de Z−Zf versus t em papel mono-
log. A curva obtida mostra uma descontinuidade no ponto crítico, o que permite
determinar tc com precisão.
Traça-se uma tangente passando pelo ponto crítico até o eixo de Z, definindo
assim o valor de Zic.
Considerando as equações:
Tempo de decantação
onde:
Para as partículas com velocidade de decantação igual ou maior tem chance de ser
eliminada, atingido o fundo antes da extremidade f. Os pontos a e b, com partículas
com velocidade V1 menor que V, são desfavoráveis para eliminação. Para o ponto a,
por exemplo, sua trajetória seria ae, o que não atingiria o fundo, que para isso teria
que percorrer a trajetória af. As partículas elimináveis com velocidade V 1 e V atendem
à proporção:
Decantadores Clássicos
13
13. Filtração
FILTRAÇÃO
13. Filtração
13.1.
13.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Princípio de Funcionamento DE UM FILTRO
de um Filtro
13.2.
13.2. MEIO FILTRANTE
Meio Filtrante
Os tecidos são utilizados industrialmente e ainda são os meios filtrantes mais comuns.
Há tecidos vegetais, como o algodão, a juta (para álcalis fracos), o cânhamo e o papel;
tecidos de origem animal, como a lã e a crina (para ácidos fracos); minerais: amianto,
lã de rocha e lã de vidro, para águas de caldeira; plásticos: polietileno, polipropileno,
PVC, nylon, teflon, orlon, saran, acrilan e tergal.
13.3.
13.3. TIPOS DE
Tipos de FILTRO
Filtro
O tipo mais indicado para uma dada operação é aquele que, além de satisfazer aos
requisitos de operação, também satisfaz quanto ao custo total de operação.
A classificação dos diversos modelos pode ser feita com base nos seguintes critérios:
• Material que constitui o meio filtrante: areia, tela metálica, tecido, meio poroso
rígido, papel;
• Filtros especiais.
✓ O mais comum.
✓ Este tipo de filtro apresenta placas quadradas, com faces planas e bordas
levemente ressaltadas. Entre duas placas sucessivas da prensa há um quadro que
serve como espaçador das placas. De cada lado de um quadro há uma lona que
encosta-se à placa correspondente. Assim, as câmaras onde será formada a torta
ficam delimitadas pelas lonas. A estrutura de suporte do conjunto tem barras
laterais que servem de suporte para as placas e os quadros. O aperto do conjunto
é feito por meio de um parafuso ou sistema hidráulico.
13.4.
13.4.CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
Cálculos de Filtração
Sendo: A = área de filtração e dV/dt = taxa de filtração, isto é, o volume de filtrado que
passa pelo leito por unidade de tempo.
Para integrar a equação (4) e ter uma relação utilizável para todo o processo, é preciso
que apenas duas variáveis apareçam na equação. As grandezas V, t, L, P, So e
podem todas variar. A espessura da torta (bolo) (L) pode ser relacionada ao volume
do filtrado por um balanço de massa, pois a espessura é proporcional ao volume de
alimentação fornecido ao filtro.
Sendo:
O termo final da equação (5) (LA) representa o volume do filtrado retido na torta
(bolo) do filtro. Este volume normalmente é muito pequeno em relação a V, volume
do filtrado que passou pelo leito. Admitindo que esta parcela seja desprezível e
combinando as equações (4) e (5), temos:
13.5.
13.5. PROCESSOS
Processos comCOM TORTAS
Tortas INCOMPRESSÍVEIS
Incompressíveis
Sendo:
14
14. Ciclones
CICLONES
14. Ciclones
14.1.
14.1. GEOMETRIA
Geometria dosDOS CICLONES
Ciclones
No topo do equipamento existe ainda uma abertura central que permite a saída do
gás de dentro do ciclone. Essa saída se dá por meio de uma tubulação que se
estende axialmente para o interior do equipamento (tubo de “overflow). O
comprimento deste tubo que se estende para o interior da parte cilíndrica é
conhecido como “vortex finder”, cuja função é reduzir o “by-pass”, que é a fração do
gás que escoa diretamente da alimentação para o duto de saída. A figura apresenta
a vista superior e uma vista frontal esquemática de um ciclone com suas principais
dimensões indicadas.
Os ciclones são caracterizados por suas dimensões geométricas, sendo por isso
divididos em famílias, que diferem entre si pelas proporções entre suas dimensões,
normalmente expressas em função do diâmetro da parte cilíndrica (Dc). Na Tabela 1
estão descritas as proporções para os ciclones Lapple e Stairmand H.E., duas das
famílias mais amplamente utilizadas nos processos industriais.
14.2.
14.2. ESCOAMENTO NO INTERIOR
Escoamento no Interior DE CICLONES
de Ciclones
O perfil de pressão no interior de um ciclone pode ser visto na figura abaixo. Nela
observa-se que a região mais externa (maior raio) se constitui numa região de maior
pressão, quando comparada com a região central, que pode ter pressões negativas,
a depender da intensidade do movimento rotacional. O mesmo comportamento se
observa na região do tubo de “overflow”, com a pressão crescendo com o raio.
14.3.
14.3. DIMENSIONAMENTO DE CICLONES
Dimensionamento de Ciclones
Ciclones Convencionais
Quando o gás entra no ciclone, a sua velocidade sofre uma distribuição, de modo que
a componente tangencial da velocidade aumenta com a diminuição do raio, segundo
uma lei da forma:
(4)
(5)
Eficiência de Captação
𝜂𝜂 = Eficiência de coleta
Dimensionamento:
Se N = 5
Marcha de Cálculo:
1) Calcula-se D’;
2) Calcula-se DC (equação 02);
3) Especifica-se as demais dimensões:
Q = Vazão de projeto.
v = Velocidade admitida no projeto.
Exemplo
Uma corrente de ar a 50 oC e 1 atm arrasta partículas sólidas de 𝜌𝜌S = 1.2 g/cm3 à vazão
de 180 m3 / min. Deseja-se projetar um ciclone para coletar 87 % das partículas de
50 𝜇𝜇 m em suspensão.
Resolução:
87 % → D/D’ = 3
DC = 13.96.v.(rS-r ).D’2/m
Supor : v = 10 m / s = 1000 cm / s
rS = 1.2 g / cm3
H ≈ DC / 2
A queda de pressão num ciclone e também a perda de carga são expressas de forma
mais conveniente em termos da pressão cinética nas vizinhanças da área de entrada
do ciclone.
Sheferd, Lapple e Ter Linden = consideram que as perdas por energia cinética são as
mais importantes dentro do ciclone e que são as únicas que se deveria levar em
consideração:
𝜌𝜌 ’’= Densidade do gás com o pó, que é calculada em função da fração em volume
das partículas sólidas.
Exemplo:
Resolução:
D/D’= 2.5
D’ = D/2.5 = 20/2.5 = 8 x 10 -4 cm
Se v = 10 m / s = 1000 cm/s
H = 102.94 cm DC/2
Então v = 15 m / s
DC = 122.7 cm
DS = DC / 2 = 61.35 cm
B = DC / 4 = 30.68
P = 296.76 gF/cm2
Exemplo:
DS = 45 cm;
H = 45 cm;
B = 21 cm;
Q = 1.4 m3 /s de ar;
𝜇𝜇 = 1.96 x 10 -4 g / cm.s;
𝜌𝜌 = 1.2 x 10 -3 g / cm3.
Resolução:
B = DC / 4
D’ = 3.854 x 10 -4 cm
D’ = 5.8 µm
15
15. Hidrociclones
HIDROCICLONES
15. Hidrociclones
Ciclones projetados para operar com líquidos são denominados ciclones hidráulicos
ou hidrociclones. São equipamentos amplamente utilizados na separação líquido-
líquido e sólido-líquido, que encontraram vasta aplicação industrial principalmente
nas áreas de mineração, petroquímica e alimentos.
• separação sólido-líquido;
• separação de sólidos diferentes;
• separação de líquidos diferentes;
• separação gás-líquido.
Hidrociclones também podem ser projetados para classificar um sólido por diferença
de tamanho ou separar sólidos diferentes. Nessas aplicações os sólidos podem ser
separados de acordo com a diferença de tamanho de partículas, densidade ou
formato.
15.1.
15.1. REGIMES
Regimes deDE OPERAÇÕES
Operações DE HIDROCICLONES
de Hidrociclones
15.2.
15.2. VARIÁVEIS
Variáveis de DE INTERESSE
Interesse E CONCEITOS
e Conceitos FUNDAMENTAIS
Fundamentais
Concentração mássica
Em que:
Vazão Volumétrica
Eficiência de Separação
em que:
Razão de Líquido
Uma alta razão de líquido indica que grande quantidade de fluido é direcionada para
corrente de underflow, o que contribui para que uma maior quantidade de sólidos
seja coletada nessa corrente. Assim, quando o objetivo é a clarificação da corrente
de overflow, o hidrociclone opera com altas razões de líquidos e com altas eficiências
totais de separação. Já quando o objetivo é concentrar a corrente de underflow, uma
baixa razão de líquido é desejada, o que pode, a depender do caso, diminuir a
eficiência total de separação.
A eficiência total reduzida ( ' ) é uma correção à eficiência total que considera
somente as partículas que foram coletadas na corrente de underflow devido à ação
da força centrífuga, desconsiderando as partículas que foram arrastadas para esse
corrente devido ao efeito T. A expressão que representa esta correção é dada pela
equação
Capacidade Concentradora
Em que os termos Xu (d) e Xa (d) representam a fração de sólidos com diâmetro d
nas correntes de underflow e alimentação, respectivamente.