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Atividade Experimental 1 – Avaliar o pH das chuvas de diferentes zonas do país

A primeira atividade experimental (anexo ) pensada e realizada para o nosso


projeto, teve como objetivo avaliar o pH das chuvas dos locais onde cada elemento
constituinte do grupo reside, e assim perceber se, o facto de ser um local urbano ou
suburbano, afeta, ou não, os níveis de pH da chuva.
Para a experiência, recolhemos, então, a chuva de quatro zonas, cada uma com
características diferentes. A primeira amostra foi recolhida em Alenquer, num local
perto de três escolas, onde existe tráfego de automóveis, resultante da circulação de
transportes públicos e individuais, e onde se localiza uma zona industrial constituida por
mais de 10 fábricas. Outra amostra foi recolhida em Arroios, localizado no centro de
Lisboa, junto de uma das mais movimentadas avenidas da Capital, a Avenida Almirante
Reis, onde existe também um tráfego de carros e transportes públicos. Outro ponto de
recolha foi Alcântara, também localizado na cidade de Lisboa. Aqui existe, também,
uma grande concentração de trânsito, devido ao facto de ser uma zona com muita
afluência turísticas, por conter muitas zonas comerciais e por ser uma das principais
interfaces de transportes públicos da Capital. Por último, recolheu-se chuva em Alhos
Vedros, localizada na Margem Sul do Rio Tejo. O local exato, embora se encontre
rodeado por campo e natureza, tem também escolas, transportes públicos, como o barco
fluvial na cidade do Barreiro e, embora não esteja atualmente em funcionamento, é
importante realçar que, durante muitos anos, as localidades periféricas à cidade do
Barreiro, como é o caso de Alhos Vedros, eram afetadas pelos gases poluentes
provenientes da antiga fábrica da CUF.
Antes da realização da experiência, achávamos que as chuvas recolhidas em
Alenquer e Alhos Vedros, por serem locais suburbanos, teriam um pH mais elevado, ou
seja, as chuvas seriam menos ácidas, e que as chuvas recolhidas em Alcântara e Arroios,
em contrapartida, apresentariam níveis de pH mais baixos, por se localizarem em zonas
de maior concentração de gases poluentes.
Após a realização da experiência, constatámos que os resultados foram
completamente contrários às previsões do grupo. Neste sentido, observou-se que as
amostras da água da chuva das zonas suburbanas tinham um nível de pH mais baixo do
que as amostras das zonas urbanas (anexo ). Ao nos debruçarmos sobre os resultados,
pensámos que estes talvez se devessem às correntes de ar, que ao circularem,
transportam os gases poluentes de um lado para o outro, fazendo com que, até nos locais
suburbanos, as chuvas possam ser ácidas. Assim podemos, também, supor que, tendo
em conta o fenómeno observado em zonas tão próximas no mesmo país, a um nível
mais macro, não são apenas os países industrializados e desenvolvidos que apresentam
maior acidificação das chuvas, consequência da poluição, mas também os países
subdesenvolvidos, que, ainda que não produzam tantos gases poluentes, acabam por
também ser vítimas deste problema.
Apesar das conclusões inesperadas, estas continuam a contribuir para a
solução/compreensão do problema central do projeto, na medida em que, permite
fornecer uma prova real de que as chuvas ácidas efetivamente existem, dando assim o
alerta de que é necessário tomar medidas para que os níveis de pH das chuvas aumente
para níveis neutros e não prejudiciais aos seres vivos, incluíndo o ser humano.

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