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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia e Ciências


Instituto de Química

Rafael Schirmer de Paula Couto

Uso de aluminossilicatos para adsorção de amônio do lixiviado de aterro e


seu aproveitamento como fertilizante na plantação de rabanetes (Raphanus
sativus)

Rio de Janeiro
2019
Rafael Schirmer de Paula Couto

Uso de aluminossilicatos para adsorção de amônio do lixiviado de aterro e seu


aproveitamento como adubo na plantação de rabanetes (Raphanus sativus)

Tese apresentada, como requisito parcial para


obtenção do título de Doutor, ao Programa de
Pós-Graduação em Química, da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro. Área de
concentração: Química Ambiental.

Orientadores: Profa. Dra. Mônica Regina da Costa Marques


Prof. Dr. Daniel Vidal Pérez

Rio de Janeiro
2019
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ/REDE SIRIUS/CTC/Q

C871 Couto, Rafael Schirmer de Paula.


Uso de aluminossilicatos para adsorção de amônio de
lixiviado de aterro e seu aproveitamento como adubo na
plantação de rabanetes (raphanus sativus). / Rafael Schirmer
de Paula Couto. - 2019.
197 f.

Orientador: Mônica Regina da Costa Marques.


Orientador: Daniel Vidal Pérez.
.
Dissertação (mestrado) – Universidade do Estado do Rio
de Janeiro, Instituto de Química.

1 Amônio - Teses. 2 Cromatografia de troca iônica –


Teses. 3. Lixiviação – Teses. 4. Adubos e fertilizantes – Teses.
I. Marques, Mônica Regina da Costa. II. Pérez, Daniel Vidal.
III. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de
Química. IV. Título.

CDU 543.7

Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta
dissertação.

Assinatura Data
AGRADECIMENTOS

À minha tão querida orientadora, Profa. Dra. Mônica Regina da Costa Marques, pela
oportunidade, orientação, confiança, paciência e compreensão das angústias na realização
deste trabalho, um obrigado especial.
À minha mulher Marion, minha editora chefe, sem a qual eu não teria conseguido
terminar este trabalho, agradeço por todo amor, carinho e dedicação, e por estar sempre ao
meu lado. Agradeço também aos seus pais por acreditarem em mim.
Aos meus familiares, por todo carinho, compreensão, suporte psicológico e pelo
constante apoio e incentivo com um agradecimento especial à minha mãe pelo
questionamento frequente e constante desafio, o que sempre me motivou a exigir o melhor de
mim, agradeço também por sua participação efetiva neste trabalho.
Ao Prof. Dr. Daniel Vidal Pérez, obrigado pela co-orientação, apoio, conhecimento e
material fornecido.
À equipe do LABTAM, Eduardo, Dolores, Maria Elena, Aline, Paulo, Alexandre,
agradeço pelo apoio, pelo incentivo à seguir em frente, pela amizade e companheirismo, com
um agradecimento especial ao Rodrigo, rei do Excel, que participou ativamente, me ajudando
com as análises e elaboração de gráficos , sempre de dando uma força para não desistir e me
ajudando a enxergar melhor os meus próprios resultados.
À Embrapa Solos por todas as análises e material fornecido, que foram essenciais para
execução deste trabalho.
Agradeço à UERJ e seus funcionários pela infraestrutura oferecida e à Capes pela ajuda
financeira.
RESUMO

COUTO, R.S.P, Uso de aluminossilicatos para adsorção de amônio do lixiviado de aterro e


seu aproveitamento como adubo na plantação de rabanetes (Raphanus sativus). 2019. 197f.
Tese (Doutorado em química) - Instituto de Química - Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

A presente tese visa avaliar a capacidade de aluminossilicatos (argilas e zeólitas) em adsorver


os íons amônio, presentes em lixiviados de aterro sanitário, e comparar o seu desempenho
como fertilizantes na plantação de rabanete frente aos fertilizantes comerciais. Testes de
adsorção foram feitos com os materiais adsorventes com soluções padrão de cloreto de
amônio visando a obtenção das isotermas e cinética de adsorção. Foi observado que as argilas
apresentam características diferentes de adsorção comparadas às zeólitas, sendo que argilas
comerciais C3 adsorveram 83% dos íons amônio enquanto que a zeólita comercial (Z) atingiu
10% a menos, em média. O lixiviado coletado do aterro sanitário de Gramacho/RJ foi
caracterizado e o amônio presente foi removido por destilação. O destilado contendo os íons
amônio foi colocado em contato com os dois materiais adsorventes (C3 e Z). A argila C3
confirmou a sua melhor capacidade de remoção (95% NH4+ presente no lixiviado) comparada
à zeólita. Entretanto optou-se em continuar os estudos utilizando a zeólita devido a sua maior
facilidade operacional. Estas zeólitas enriquecidas com amônio foram utilizadas como uma
fonte de nitrogênio nos testes de lixiviação em colunas e no plantio de rabanetes onde seu
comportamento e eficiência foram comparados com os fertilizantes comerciais em solos
tipicamente brasileiros. Foram utilizadas amostras de solo argiloso (ARG) e arenoso (ARE)
ligeiramente ácidos, que foram corrigidos por calagem para o plantio, gerando os solos
tratados ARG-T e ARE -T. O solo ARG apresentou-se eutrófico com maior capacidade de
troca de cátions (CTC) do que o solo ARE distrófico. No teste de lixiviação em colunas, os
tratamentos com fertilizante promoveram uma melhoria nos parâmetros químicos do solo. O
solo ARE, por ter uma CTC menor que o solo ARG, teve uma maior lixiviação dos nutrientes.
Em relação ao plantio de rabanetes, nos vasos de solo ARG e ARG-T, todos os tratamentos
formaram folhagem e rabanete, porém no solo ARG-T, o tratamento com nitrato de amônio
teve rendimento melhor que os demais. Nas amostras de solo ARE foram obtidos os valores
de menor rendimento, principalmente para o tratamento Z, onde não foi observada a formação
de rabanetes. A correção do solo por calagem foi significativa, tendo em vista a melhoria do
rendimento do tratamento Z no solo ARE-T. A proposta de utilizar o tratamento Z como
fertilizante é viável em solos argilosos eutróficos e solos arenosos tratados, pois nessas
condições obtiveram-se resultados mais competitivos deste fertilizante em relação aos
fertilizantes comerciais.

Palavras-chave: Aluminossilicatos. Adsorventes. Fertilizantes. Amônio. Lixiviação. Coluna


de solos. Cromatografia de íons. Rabanetes.
ABSTRACT
COUTO, R.S.P. Use of aluminosilicates for the ammonium adsorption of landfill leachate
and its use as fertilizer in the planting of radishes (Raphanus sativus). 2019. 197f. Tese
(Doutorado em química) - Instituto de Química - Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2019.

The present thesis aims to study the ability of aluminosilicates, such as clays and zeolites, to
adsorb the ammonium ions present in landfill leachate. In addition to compare their
performance as fertilizer in the plantation of radish in parallel with of commercial fertilizers.
Adsorption tests were made with adsorbent materials ammonium chloride standard solutions
in order to obtain isotherms and adsorption kinetics. It was observed that the clays have
different adsorption characteristics compared to the zeolites. The adsorption capacity of one
of the commercial clays (C3) was 83% of the ammonium ions while the commercial zeolite
(Z) reached on average 10% less of clay adsorption capacity. The leachate collected from
Jardim Gramacho / RJ landfill was characterized and the ammonium present was removed by
the distillation technique. The distillate containing ammonium ions was placed in contact with
the two adsorbent materials (C3 and Z). The C3 clay confirmed its best removal capacity
(95% NH4+ present in the leachate) compared to the zeolite. However, it was decided to
continue the studies using zeolite due to its greater operational ease. These ammonium
enriched zeolites were used as a source of nitrogen (Z treatment) in column leaching tests and
in planting radishes where their behavior and efficiency were compared with commercial
fertilizers in Brazilian soils. Samples of slightly acidic clayey (ARG) and sandy (AR) soil
were used, which were corrected by liming for planting, generating ARG-T and ARE-T
treated soils. The ARG soil was eutrophic with a higher cation exchange capacity (CEC) than
the dystrophic ARE soil. In the column leaching test, fertilizer treatments promoted an
improvement in soil chemical parameters. The ARE soil, due to having a CTC lower than the
ARG soil, had a higher nutrient leaching. In relation to the planting of radishes, in the ARG
and ARG-T soil pots, all treatments formed foliage and radish, but in ARG-T soil, treatment
with ammonium nitrate yielded better than the others. In the ARE soil samples, the lowest
yield values were obtained, mainly for the Z treatment, where radish was formed. The
correction of the soil by liming was significant, improving the yield of the Z treatment in the
ARE-T soil. The proposal to use the Z treatment as fertilizer is feasible in eutrophic clay soils
and treated sandy soils, where the most competitive results of this fertilizer compared to
commercial fertilizers was found.

Keywords: Aluminosilicates. Adsorbents. Fertilizers. Ammonium. Leaching. Ion


chromatography. Soil column. Radishes.
LISTA DE ABREVIATURAS

ARG - solo argiloso modificado

A1 - alíquota 1, utilizada para quantificar o amônio arrastado durante a destilação

A2 - alíquota 2, utilizada para quantificar o amônio arrastado durante a destilação

A3 - alíquota 3, utilizada para quantificar o amônio arrastado durante a destilação

A4 - alíquota 4, utilizada para quantificar o amônio arrastado durante a destilação

AAS - absorção atômica de chama

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

APHA - American Public Health Association

ARE - solo arenoso

ARE -T - solo arenoso tratado

ARE - solo arenoso natural

ARG - solo argiloso

ARG-T - solo argiloso tratado

C1 - amostra de argila 1

C2 - amostra de argila 2

C3 - amostra de argila 3

CI - cromatógrafo de íons ou cromatografia de íons

CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente

CTC- capacidade de troca de cátions

DBO - demanda bioquímica de oxigênio

DBO5 - diferença entre o oxigênio dissolvido inicial e o oxigênio dissolvido final

DQO - demanda química de oxigênio

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LAC - lacase

LB - lixiviado bruto
LIP - lenhina-peroxidase

MAP - técnica de precipitação química do amônio formando um precipitado de fosfato de


magnésio e amônio

MAPA - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

MAS - ácido metilsulfônico

MC1 - amostra modificada de argila 1

MC2 - amostra modificada de argila 2

MC3 - amostra modificada de argila 3

MnP - manganês peroxidase

MZ - amostra modificada de zeólita

N- tratamento à base de nitrato de amônio como fertilizante

NA - nitrato de amônio P.A da Vetec®

NBR - norma brasileira

NPK- mistura de diferentes concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio (fertilizantes


solúveis comerciais comumente utilizados)

PET - politereftalato de etileno

PVC - policloreto de vinil

U- tratamento à base de ureia como fertilizante

UR - ureia P.A da Vetec®

USDA - United States Department of Agriculture

Z - amostra de zeólita ou tratamento à base de zeólita como fertilizante

ZC - amostra comercial de zeólita da Watercel-ZS

ZCA - amostra comercial de zeólita da Watercel-ZS enriquecidas com amônio proveniente


do tratamento do lixiviado por destilação

ZN - zeólita natural do Nordeste

ZNA - zeólita natural do Nordeste enriquecidas com amônio proveniente do tratamento do


lixiviado por destilação
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Representação gráfica da "lei do mínimo" .............................................................. 22
Figura 2 Consumo total de fertilizantes no mundo desde 1961 ............................................. 28
Figura 3: Gráfico das taxas de consumo, importação, produção e exportação dos fertilizantes
do tipo NPK ao longo dos anos no Brasil. ............................................................ 31
Figura 4 - Perdas de N de diversas fontes na cultura do milho .............................................. 34
Figura 5 Perfil típico de um solo, ilustrando os tradicionais horizontes: O, A, B e C............. 49
Figura 6 Demonstração de como, a semelhança de um imã, as cargas negativas dos coloides
do solo atraem ou repelem os cátions e ânions. ..................................................... 53
Figura 7 Visão esquemática da CTC .................................................................................... 54
Figura 8 - Inter-relação da solução do solo com outros componentes do sistema .................. 57
Figura 9 Rabanete (Raphanus sativus).................................................................................. 67
Figura 10 Cromatógrafo de íons ICS 3000 da DIONEX® ..................................................... 70
Figura 11 - Colunas de solo .................................................................................................. 79
Figura 12 Casa de vegetação do laboratório de tecnologia ambiental (LABTAM-UERJ)...... 82
Figura 13 - Semente utilizada e preparação para o plantio. ................................................... 84
Figura 14 Curva de calibração de amônio para a análise de cromatografia de íons ................ 86
Figura 15 Resultado do teste inicial de adsorção................................................................... 88
Figura 16 Capacidade de adsorção de MC3 e MZ em diferentes concentrações de amônio ... 89
Figura 17 Efeito da MC3 e MZ dosagem na adsorção de íons amônio .................................. 90
Figura 18 Remoção de íons amônio em diferentes tempos de contato ................................... 91
Figura 19 Gráfico do modelo cinético de segunda ordem ..................................................... 93
Figura 20 Efeito da dosagem de MC3 e MZ sobre a adsorção de íons amônio ...................... 94
Figura 21 Cromatograma típico de amostras de lixiviado bruto ............................................ 98
Figura 22 Concentrações médias de NH4+, Na+ e K+ em seis amostras de LB ....................... 98
Figura 23 Cromatograma típico da primeira alíquota de condensado de destilação de
lixiviados ........................................................................................................... 100
Figura 24 Capacidade de remoção de íons amônio do destilado de lixiviado por MC3 e MZ
.......................................................................................................................................... 101
Figura 25 Médias das variações dos íons potássio e sódio nos diferentes segmentos da coluna
de solo argiloso. ................................................................................................. 110
Figura 26 Médias das variações dos íons potássio e sódio nos diferentes segmentos da coluna
de solo arenoso. ............................................................................................... 111
Figura 27 Médias das variações dos íons hidrogênio e alumínio nos diferentes segmentos da
coluna de solo argiloso..................................................................................... 112
Figura 28 Médias das variações dos íons hidrogênio e alumínio nos diferentes segmentos da
coluna de solo arenoso. .................................................................................... 113
Figura 29 Médias das variações dos íons cálcio e magnésio nos diferentes segmentos das
colunas de solo argiloso e arenoso. ..................................................................... 114
Figura 30 Médias das concentrações de NPK encontradas nos segmentos das colunas de solo
argiloso, após as lixiviações. .............................................................................. 115
Figura 31 Médias das concentrações de NPK encontradas nos segmentos das colunas de solo
arenoso, após as lixiviações. ............................................................................... 115
Figura 32 Média das concentrações de ânions encontradas no lixiviado das colunas de solo
argiloso .............................................................................................................. 117
Figura 33 Média das concentrações de ânions encontradas no lixiviado das colunas de solo
arenoso .............................................................................................................. 118
Figura 34 Médias das concentrações dos íons sódio e potássio encontrados nos lixiviados das
colunas de solo argiloso. .................................................................................... 119
Figura 35 Médias das concentrações dos íons sódio e potássio encontrados nos lixiviados das
colunas de solo arenoso. ..................................................................................... 120
Figura 36 Médias das concentrações dos íons cálcio e magnésio encontrados nos lixiviados
das colunas de solo argiloso. .............................................................................. 122
Figura 37 Médias das concentrações dos íons cálcio e magnésio encontrados nos lixiviados
das colunas de solo arenoso. ............................................................................... 123
Figura 38 Médias das concentrações dos compostos nitrogenados encontrados nos lixiviados
das colunas de solo argiloso ............................................................................... 124
Figura 39 Médias das concentrações dos compostos nitrogenados encontrados nos lixiviados
das colunas de solo arenoso ................................................................................ 125
Figura 40 Registro fotográfico das duas primeiras semanas de plantio de rabanete nos
diferentes tipos de solo em casa de vegetação. .................................................... 128
Figura 41 Registro fotográfico da terceira e quarta semana de plantio de rabanete nos
diferentes tipos de solo em casa de vegetação. .................................................... 129
Figura 42 Registro fotográfico da quinta e da sexta semana de plantio de rabanete nos
diferentes tipos de solo em casa de vegetação. .................................................... 130
Figura 43 Colheita do solo ARG tratamento controle (B) ................................................... 131
Figura 44 Colheita do solo ARG tratamento com nitrato de amônio (N) ............................. 132
Figura 45 Colheita do solo ARG tratamento com ureia (U) ................................................ 132
Figura 46 Colheita do solo ARG tratamento com zeólita (Z) .............................................. 133
Figura 47 Colheita do solo ARG-T tratamento controle (B)................................................ 133
Figura 48 Colheita do solo ARG-T tratamento com citrato de amônio (N) ......................... 134
Figura 49 Colheita do solo ARG-T tratamento com ureia (U) ............................................. 134
Figura 50 Colheita do solo ARG-T tratamento com zeólita (Z)........................................... 135
Figura 51 Colheita do solo ARE tratamento controle (B) .................................................... 135
Figura 52 Colheita do solo ARE tratamento nitrato de amônio (N) ..................................... 136
Figura 54 Colheita do solo ARE tratamento com zeólita (Z) ............................................... 137
Figura 53 Colheita do solo ARE tratamento com ureia (U) ................................................. 136
Figura 55 Colheita do solo ARE-T tratamento controle (B) ................................................ 137
Figura 56 Colheita do solo ARE-T tratamento com nitrato de amônio (N).......................... 138
Figura 57 Colheita do solo ARE-T tratamento com ureia (U) ............................................. 138
Figura 58 Colheita do solo ARE-T tratamento com zeólita ................................................. 139
Figura 59 Gráfico com os valores médios das dimensões dos rabanetes. ............................. 141
Figura 60 Gráfico com os valores médios das dimensões das folhagens. ............................ 143
Figura 61 Valores médios e desvios da massa fresca e da massa seca dos rabanetes ........... 145
Figura 62 Valores médios e desvios da massa fresca e da massa seca das folhagens ........... 146
Figura 63 Porcentagem de água nos rabanetes e na folhagem obtida pela diferença entre a
massa fresca e a massa seca. ............................................................................... 147
Figura 64 Taxa de crescimento dos rabanetes e das folhagens ............................................ 148
Figura 65 Distribuição do nitrogênio após o plantio. .......................................................... 149
Figura 66 Distribuição do fósforo após o plantio. ............................................................... 150
Figura 67 Distribuição do potássio após o plantio............................................................... 150
Figura 68 Distribuição de NPK após o plantio no solo ARG .............................................. 152
Figura 69 Distribuição de NPK após o plantio no solo ARG-T ........................................... 153
Figura 70 Distribuição de NPK após o plantio no solo ARE ............................................... 154
Figura 71 Distribuição de NPK após o plantio no solo ARE-T ........................................... 155
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Cronologia da descoberta dos macros e micronutrientes. ..................................... 21
Tabela 2 - Principais funções dos elementos......................................................................... 25
Tabela 3 Conteúdo médio dos elementos minerais no solo e na fitomassa de plantas terrestres
e a necessidade média dos elementos minerais ................................................... 26
Tabela 4 - Fertilizantes entregues ao mercado. ..................................................................... 29
Tabela 5 Classificação, quanto ao tamanho, dos componentes da fase sólida ........................ 50
Tabela 6 - Características físicas e químicas dos minerais de argila mais comumente
encontrados em solos tropicais. .......................................................................... 52
Tabela 7 Propriedades químicas e físicas dos principais componentes da matéria orgânica
humificada. ........................................................................................................ 52
Tabela 8 Classes de interpretação de fertilidade do solo. ...................................................... 56
Tabela 9 - Condições operacionais utilizadas no cromatógrafo de íons DIONEX®, modelo
ICS 3000............................................................................................................ 70
Tabela 10 Planejamento experimental das colunas de solo. .................................................. 76
Tabela 11 Caracterização por FRX ....................................................................................... 87
Tabela 12 Parâmetros cinéticos de MC3 e MZ na adsorção de NH4+ ................................... 93
Tabela 13 Parâmetros dos modelos de adsorção de Langmuir e Freundlich para MC3 e MZ. 95
Tabela 14 Parâmetros Físico-químico avaliados das amostras de lixiviado in natura ............ 96
Tabela 15 Correlação entre os efeitos das matrizes ............................................................... 99
Tabela 16 concentração média de íon amônio em amostras LB e suas respectivas alíquotas da
destilação (A1, A2, A3 e A4) ............................................................................................. 101
Tabela 17 Caracterização física dos solos virgens .............................................................. 103
Tabela 18 Caracterização química dos solos virgens. ......................................................... 103
Tabela 19 - Caracterização química do solo argiloso fertilizado após lixiviação com água . 106
Tabela 20 - Caracterização química do solo arenoso após a lixiviação em colunas ............. 107
Tabela 21 Concentração dos íons encontrados no percolado das colunas de solo argiloso e
arenoso. ........................................................................................................... 116
Tabela 22 Médias das dimensões das folhagens e dos rabanetes. ........................................ 140
Tabela 23 Tabela com valores médios e desvios da pesagem dos rabanetes e das folhagens.
.......................................................................................................................................... 144
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12
OBJETIVO ............................................................................................................... 14
Objetivos Específicos ................................................................................................ 14
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................ 15
1.1. A problemática da geração de resíduos .................................................................. 15
1.1.1. Lixiviados de aterro e seus tratamentos...................................................................... 15
1.2. Fertilizantes – importância e realidade. ................................................................. 20
1.3. Custos e problemas da fertilização em solos brasileiros ........................................ 30
1.3.1. Reaproveitamento de efluentes como fertilizantes ..................................................... 36
1.3.2. Uso de aluminossilicatos na agricultura ..................................................................... 40
1.4. Solo - suas fases e características ............................................................................ 47
1.4.1. Processos de sorção e troca iônica ............................................................................. 58
1.4.2. Dinâmica da água no solo .......................................................................................... 59
1.4.3. Dinâmica do Nitrogênio no solo ................................................................................ 61
1.4.4. Dinâmica do Potássio no solo .................................................................................... 64
1.4.5. Dinâmica do fósforo no solo ...................................................................................... 65
1.5. O Cultivo de rabanete (Raphanus sativus).............................................................. 66
2. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 69
2.1. Desenvolvimento de metodologia analítica para determinação de compostos
nitrogenados por cromatografia de íons (CI) ........................................................ 69
2.1.1. Preparação das amostras para leitura no CI. ............................................................... 69
2.1.2. Determinação de amônio por cromatografia de íons .................................................. 69
2.2. Solução padrão de amônio ...................................................................................... 70
2.3. Materiais adsorventes utilizados ............................................................................. 71
2.3.1. Caracterização dos alumino silicatos por FRX ........................................................... 71
2.3.2. Tratamento prévio dos aluminossilicatos ................................................................... 71
2.3.3. Teste preliminar ........................................................................................................ 72
2.3.4. Avaliação da capacidade de remoção de íons amônio por aluminossilicatos .............. 72
2.4. Coleta, caracterização e tratamento do lixiviado bruto ......................................... 73
2.4.1. Coleta do Lixiviado ................................................................................................... 73
2.5. Caracterização do lixiviado de aterro ..................................................................... 73
2.6. Destilação do lixiviado bruto ................................................................................... 75
2.6.1. Tratamento do destilado com os materiais adsorventes .............................................. 75
2.7. Avaliação, em coluna de solo, do comportamento dinâmico dos fertilizantes
propostos em solos brasileiros e comparação com fertilizantes comerciais.......... 76
2.8. Solos utilizados ........................................................................................................ 76
2.8.1. Modificação dos solos ............................................................................................... 76
2.8.2. Fontes de nitrogênio, fósforo e potássio ..................................................................... 77
2.8.3. Quantificação de nitrogênio na zeólita utilizada como fertilizante. ............................. 77
2.9. Colunas de solo ........................................................................................................ 78
2.10. Caracterização do solo ............................................................................................ 80
2.11. Avaliação da fertilização do rabanete nos diferentes tipos de solo e fertilizantes . 82
2.11.1. Localização do experimento, Coleta e Caracterização do solo do inicial ................... 82
2.11.2. Montagem do experimento e sua condução ............................................................... 82
2.11.3. Análises de crescimento dos rabanetes ...................................................................... 84
2.11.4. Análise foliar ............................................................................................................ 85
2.11.5. Análise do solo ao final do experimento ................................................................... 85
2.12. Tratamentos estatísticos dos dados ......................................................................... 85
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 86
3.1. Soluções padrão de amônio ..................................................................................... 86
3.2. Caracterização dos aluminossilicatos por FRX ...................................................... 86
3.3. Testes iniciais dos aluminossilicatos ....................................................................... 87
3.4. Isotermas e cinéticas ................................................................................................ 89
3.5. Caracterização e tratamento do lixivado ................................................................ 96
3.6. Destilação do lixiviado bruto ................................................................................... 99
3.6.1. Tratamento do condensado de lixiviado com o material adsorvente ......................... 101
3.7. Caracterizaçao física dos solos virgens (física e fisicoquimica) ........................... 102
3.8. Teste de percolação em colunas de solo ................................................................ 105
3.8.1. Análise do solo das colunas após o processo de lixiviação ....................................... 105
3.8.2. Analise do lixiviado após os testes de lixiviação em colunas de solos com diferentes
tratamentos. ............................................................................................................ 116
3.9. Plantio do rabanete ............................................................................................... 126
CONCLUSÃO ....................................................................................................... 157
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 159
APÊNDICE B ......................................................................................................... 182
ANEXO A ............................................................................................................... 196
12

INTRODUÇÃO

Uma das maiores preocupações, em termos ambientais, do nosso crescimento


populacional, é o consequente aumento da geração de resíduos. Entre os principais problemas
gerados por resíduos, estão a destinação final e o impacto ambiental que estes locais de
destino geram. Um dos impactos mais significantes é a produção de lixiviado, um poluente
resultante da degradação de resíduos que pode contaminar os lençóis freáticos e as fontes de
água que contornam a região onde os resíduos são depositados (MAVAKALAA et al., 2016).
Os lixiviados podem conter grande quantidade de matéria orgânica, onde os compostos
húmicos consistem em um grupo importante. Possuem, também, alta concentração de amônio
e sais inorgânicos e ainda podem apresentar metais pesados e compostos orgânicos clorados.
Segundo Couto e colaboradores (2016), a evaporação do lixiviado por meio de
destilação associada à eluição do destilado por aluminossilicatos seria um meio para realizar o
isolamento do amônio que, após ser arrastado na evaporação, ficaria adsorvido no
aluminosilicato. Uma vez destilado e eluído, o efluente tratado poderia ser reutilizado.
Considerando as mudanças advindas do tratamento, o resíduo da destilação poderia ser
aterrado e o amônio adsorvido pode ser utilizado como adubo na fertilização de plantações.
Nas últimas décadas a produção de alimentos tem aumentado para acompanhar o
crescimento demográfico e o consequente aumento da demanda. O Brasil é um dos maiores
produtores de alimentos do mundo e um dos principais fatores para o crescimento da
produtividade foi uma maior e melhor fertilização dos solos (PLOTEGHER et al., 2017).
Porém, um dos grandes desafios é buscar alternativas para a produção de alimentos
por meio da otimização do uso de insumos agrícolas, possibilitando ganhos econômicos para
o agricultor e reduzindo o impacto ambiental da atividade. Nesse contexto, o manejo da
irrigação aliado ao uso de fertilizantes pelos produtores é considerado uma alternativa quando
se deseja aumentar a produtividade da lavoura (SOUZA et al., 2017). No entanto, o grande
problema relacionado aos fertilizantes está nos processos de perdas como a lixiviação e
volatilização, uma vez que o produtor precisa conhecer qual a dinâmica de distribuição desses
insumos no solo.
Segundo Woltersdorf e colaboradores (2016), saneamento adequado, tratamento de
efluentes e infraestrutura de irrigação muitas vezes fazem falta em áreas urbanas de países em
desenvolvimento. Os autores consideram ainda que o reuso de efluentes, ricos em nutrientes,
seria um recurso precioso para a produção agrícola.
13

Desde 1804, o nitrogênio é considerado um macronutriente, por ser essencial para o


crescimento da planta (PILBEAM et al., 2015). O adequado fornecimento de nitrogênio é um
dos principais fatores de manejo que afetam o rendimento e a qualidade da produção de
hortaliças. As formas preferenciais de absorção de nitrogênio pelas plantas são os íons amônio
(NH4+) e o nitrato (NO3-). Compostos nitrogenados simples, como ureia e alguns
aminoácidos, também podem ser absorvidos, mas são pouco encontrados na forma livre no
solo. Com isso, a utilização de outras fontes de suprimento de nitrogênio, além do solo, faz-se
necessária.
Estudos vêm sendo realizados, em busca de um fertilizante de liberação lenta de
nitrogênio que imobilize este e outros nutrientes em diferentes materiais para aplicação na
pré-semeadura ou cobertura das plantações. Estes estudos indicam que a adição de
aluminossilicatos no solo, além de demostrarem ser eficazes na manutenção dos nutrientes
(CABEZAS et al., 2005; PETRIKOSKI et al., 2011; BERNARDI et al., 2014; OBREGÓN-
PORTOCARRERO et al., 2016), também melhoraram o aproveitamento da água na plantação
(POLAT et al., 2004; FLORES-MACÍAS et al., 2007).
Aluminossilicatos são materiais com uma elevada capacidade de adsorção de
compostos orgânicos através de diferentes mecanismos de interação. Estes minerais podem
ser utilizados, isoladamente ou misturados com solo, como barreiras contra os poluentes
orgânicos. Essas barreiras são reativas, principalmente, às cargas positivas de poluentes
orgânicos (troca de cátions) e poluentes polares (interações íon-dipolo) (RODRÍGUEZ-CRUZ
et al., 2007).
De acordo com Couto (2011), a destilação do lixiviado, associada à remoção do íon
amônio do destilado por aluminossilicatos, consiste em uma tecnologia viável se
considerarmos que o amônio adsorvido poderá ser utilizado na fertilização nas plantações. No
entanto a associação de aluminossilicatos com efluentes, para o reaproveitamento de
nutrientes, ainda é um campo pouco explorado e que precisa ser melhor compreendido,
principalmente na relação desse potencial fertilizante com os solos brasileiros. Este trabalho
teve como objetivo avaliar os efeitos da aplicação de doses e fontes de nitrogênio no
desenvolvimento de rabanetes (Raphanus sativus) uma vez que este cultivo apresenta ciclo
curto, com retorno rápido.
14

OBJETIVO

Preparar um fertilizante obtido a partir da adsorção dos íons amônio, presentes no


destilado de lixiviados de aterro, por diferentes aluminossilicatos e comparar o seu
comportamento em solos tipicamente brasileiros e sua eficiência na plantação de rabanete,
frente ao uso de fertilizantes comerciais.

Objetivos Específicos

 Otimizar a técnica de destilação do lixiviado de aterros sanitários, para utilizá-la como


metodologia necessária para quantificação e remoção do amônio;
 Avaliar a capacidade de remoção do íon amônio do destilado do lixiviado do Aterro de
Jardim Gramacho, da cidade de Duque de Caxias no estado do Rio de Janeiro, por
diferentes aluminossilicatos (argilas granulares brasileiras, zeólitas naturais e zeólitas
comerciais);
 Comparar, através do ensaio em colunas, o comportamento dinâmico dos fertilizantes
propostos com fertilizantes comerciais (ureia e nitrato de amônio) em diferentes tipos
de solos brasileiros;
 Comparar, através da plantação de rabanetes em casa de vegetação, a eficiência da
aplicação dos fertilizantes propostos com fertilizantes comerciais em diferentes tipos de
solos brasileiros;
15

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1. A problemática da geração de resíduos


O crescimento populacional e o aumento do consumo pela população residente
em zonas urbanas estão gerando uma produção exacerbada de resíduos sólidos em todo
mundo. Mesmo com avanços tecnológicos, os processos de tratamento e/ou destinação final
dos resíduos não têm atendido a demanda de forma eficiente. Frente ao insignificante
reaproveitamento e reciclagem da fração potencialmente reciclável presente nos resíduos
sólidos urbanos, uma grande quantidade de resíduos está sendo lançada sem tratamento
adequado no meio ambiente (SÁ et al., 2012).
O potencial poluente de um aterro pode ser entendido considerando-se o processo de
degradação dos resíduos, gerados em três fases: sólida (resíduo degradado), líquida (lixiviado)
e gasosa (principalmente CH4 e outros gases). Por isso, os riscos causados por aterros devem
ser analisados e gerenciados com o objetivo de proteger o meio ambiente de produtos
perigosos. A geração de lixiviado de aterro sanitário ocorre devido à degradação dos resíduos
sólidos, esse se apresenta como um líquido potencialmente poluidor que pode acometer os
recursos naturais nas proximidades. (FRANCO et al., 2018).

1.1.1. Lixiviados de aterro e seus tratamentos

Por apresentar uma composição tóxica e recalcitrante, o lixiviado de aterro sanitário,


tornou-se uma enorme preocupação na gestão de resíduos sólidos urbanos e principalmente na
gestão de aterros sanitários no Brasil e no mundo. O descarte de lixiviado no solo ou
diretamente nos corpos hídricos pode causar danos irreparáveis ao meio ambiente. Torna-se,
então, fundamental o estudo de técnicas que visem à redução de sua geração e o seu
tratamento apropriado a fim de adequá-lo aos parâmetros de qualidade determinada pela
legislação ambiental. (COSTA et al., 2012; FRANCO et al., 2018)
De acordo com Fleck (2003), os estudos sobre o lixiviado e sua composição
começaram no início da década de 1970 e, na segunda metade da mesma década surgiram os
primeiros estudos sobre seu tratamento. No Brasil, de acordo com Lima (1988), o estudo do
lixiviado teve início com o trabalho de Oliveira, em 1971, que descreveu os mecanismos
básicos através dos quais um aterro sanitário, construído e operado inadequadamente, pode
poluir as águas subterrâneas e superficiais.
16

O impacto produzido pelo lixiviado de aterro no meio ambiente é acentuado. Estudos


relatam que num raio superior a 100m do aterro, diversos problemas podem ser observados no
solo, assim como desequilíbrios no ecossistema aquático, principalmente nas imediações da
descarga do lixiviado. A preocupação com a proteção ambiental é crescente e leva agentes
socioeconômicos a se concentrarem nos impactos gerados pelos efluentes de resíduos
domésticos, especialmente nas questões relacionadas ao tratamento do lixiviado. Estes
efluentes podem ser considerados tóxicos por sua composição complexa e suas variações
temporais como relatado em diversos estudos (AHMED & LAN, 2012; PEDROSO et al.,
2012; MANNARINO et al., 2013; COSTA et al, 2016).
Os reforços dados pelas agências reguladoras, que controlam o monitoramento de
contaminantes oriundos de lixiviados, estão tornando as leis e regularizações ambientais mais
restritas e rígidas, o que consequentemente afeta de forma positiva a estrutura, o planejamento
e a operação dos aterros sanitários (HANSEN et al., 2002). Nos últimos anos, os aterros
sanitários tornaram-se alvo de interesse, tanto pelas águas residuais fortemente poluídas
(lixiviados), quanto como pelo biogás, que são recursos que podem ser utilizados para a
produção de energia (DI PALMA, 2002).
Inicialmente, devido a uma tradição de décadas no tratamento de esgoto, aliou-se a
aparente semelhança destes efluentes com os lixiviados de aterros, e por esse motivo os
engenheiros sanitaristas, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, optaram pelo uso das
mesmas técnicas e parâmetros de projeto para tratar esses dois efluentes. Os insucessos
obtidos, principalmente devido à elevada concentração de nitrogênio amoniacal, apontam para
a necessidade de se repensarem as estratégias até agora adotadas (GOMES, 2009).
A escolha de um processo de tratamento de lixiviados de aterros deve considerar as
características físicas e químicas dos mesmos, como também, os aspectos legais, os custos
operacionais e as tecnologias disponíveis. Em função da composição complexa e variada dos
lixiviados, muitas vezes não é suficiente a aplicação de uma única alternativa de tratamento e,
neste cenário, é fundamental o estudo de diferentes possibilidades, uma vez que há a
necessidade de produção de um efluente que atenda a legislação vigente, dentro de uma
relação custo/benefício favorável (GOTVAJN et al., 2009).
Na literatura é possível encontrar diversas alternativas que visam tratar esse efluente,
tornando-o apto para o descarte em corpo hídrico. De acordo com Renou e colaboradores
(2008), o tratamento de um lixiviado de aterro sanitário pode ser, de maneira geral,
classificado em três grandes grupos:
17

1) métodos físicos: baseados em processos de separação de fases - sedimentação, decantação,


filtração, centrifugação e flotação - transição de fases - destilação, evaporação e
cristalização – e transferência de fases - extração por solventes e adsorção;
2) métodos químicos: adsorção química, precipitação química e oxidação química;
3) métodos biológicos: processos podem ser aeróbios ou anaeróbios (lodo ativado, lagoa de
estabilização e compostagem).

Em geral, a opção pelo tratamento biológico é preferida para lixiviados com elevadas
concentrações de DBO5 (RENOU et al., 2008; TEH et al., 2016), enquanto os métodos físico-
químicos são indicados para lixiviados com baixa biodegradabilidade (DBO5/DQO) (HU et
al., 2016). Gotvajn e colaboradores (2009) propuseram que para um tratamento do lixiviado
de aterro ser eficaz, seria necessária aplicação de uma combinação de processos físicos,
químicos e biológicos.
O principal objetivo do tratamento biológico, baseado em lagoas de estabilização e
lodos ativados para lixiviados, é remover ou reduzir a concentração de compostos orgânicos
ou inorgânicos, minimizando altas cargas desses elementos. O trabalho de Reisdörfer (2011),
realizado em escala semirreal, quantificou a eficiência de remoção de carbono orgânico total
de lixiviado oriundo de uma lagoa anaeróbia e sua influência em um sistema de lodos ativados
e encontrou valores médios de carbono orgânico total no lixiviado bruto entre 574 e 706
mg.L-1 e no efluente tratado esses valores variaram de 359 a 446 mg.L-1. O autor concluiu que
o sistema de lodos ativados sofreu interferência do material inorgânico carreado do fundo da
lagoa anaeróbia, que impediu o processo de aclimatação do lodo, inibiu a degradação do
material orgânico degradável e diminuiu a eficiência do tratamento.
Pesquisas realizadas em outros países por Kawai e colaboradores (2012), em
digestores anaeróbios, revelam que durante as estações mais secas o valor médio da DQO
total foi de 9004mg.L-1, número duas vezes maior que em época de chuvas, que apresentou
média de 4539 mg.L-1. Na pesquisa de Lugowski e colaboradores (2014), ao utilizar
tratamento por lodos ativados seguido de lagoas de estabilização, após um tratamento
físico-químico, observou-se taxas médias de DBO menores que 5 mg.L-1 e eficiência de
remoção de DQO de 99%. As médias dos valores encontrados nos estudos de Aziz e
colaboradores (2010) para nitrogênio amoniacal foram de 542, 1568 e 538 mg.L -1,
respectivamente, para lixiviado proveniente de lagoas de tratamento não aeradas, aeradas
intermitentemente e lagoas anaeróbias.
18

Bassani (2010) avaliou o tratamento de lixiviados por lagoas de estabilização em


escala real e verificou que o sistema apresentou eficiência de remoção média de DQO e
fósforo total de 50 e 78%, com qualidade final do efluente de 404 e 1,43 mg.L-1,
respectivamente. Já Fieira, em 2014, avaliou a eficiência de lagoas de estabilização em escala
real no sistema de tratamento de lixiviado proveniente de células encerradas e de células em
operação e observou que a eficiência de remoção do sistema de tratamento foi de 70% para
DQO e DBO, com valores médios da qualidade final do efluente de 382 e 685mg.L-1,
respectivamente. Costa e colaboradores (2016) fizeram um estudo de tratamento de resíduos
por compostagem e afirmaram que no Brasil, em média, 51,4% dos resíduos sólidos urbanos
coletados é de resíduos orgânicos, mas as experiências de compostagem no país ainda são
muito pequenas, onde apenas 211 municípios destinam a fração orgânica dos resíduos para
compostagem. Talvez isso ocorra porque apesar de ser um método sustentável, este pode
gerar emissões gases poluentes de forte odor, além de possuir limitações, como a necessidade
de uma maior área de terreno e mão de obra.
O emprego da tecnologia de separação com membranas é uma ferramenta aplicável
para o tratamento para a eliminação de colóides e materiais em suspensão além do
fracionamento para avaliação da massa molecular preponderante de uma amostra de lixiviado,
podendo alcançar coeficientes de rejeição de DQO e elementos - traço de 98 e 99%
respectivamente (TREBOUET et al., 2001; USHIKOSHI et al., 2002). Por outro lado, o fato
da amostra conter uma quantidade variada de componentes diminui tempo de vida da
membrana, sendo necessários vários pré-tratamentos e uma constante manutenção das
membranas, o que resulta na diminuição da produtividade e eleva o custo de operação
(RENOU et al., 2008).
Silva, Dezotti e Sant’anna Júnior (2004) apresentaram resultados interessantes ao
testar a diminuição da toxicidade do lixiviado após diversos tratamentos em série. A
coagulação-floculação e ozonização conduziram a uma pequena diminuição da toxicidade. Já
a ultrafiltração, em membranas de 50, 20 e 5 kDa diminuíram a toxicidade para alguns
organismos mas aumentaram para outros. Os melhores resultados foram obtidos com o arraste
da amônia (ammonia stripping) após a coagulação-floculação. A toxicidade verificada foi
muito menor que a encontrada para os outros sistemas, sendo que para artemia salina o
efluente do arraste de amônia não se mostrou tóxico.
Hu e colaboradores (2016) também relatam que o tratamento oxidativo utilizando
fungos (Phanerochaete chrysosporium) tem sido intensamente investigado e tem mostrado
19

grande potencial para uso em remoção de poluentes tóxicos perigosos. Várias enzimas
extracelulares produzidas por fungos, incluindo manganês peroxidase (MnP), lenhina-
peroxidase (LIP) e lacase (Lac) estão envolvidas na biodegradação de substratos
lignocelulósicos naturais (GABRIELA et al., 2014). Ellouze e colaboradores (2009) relataram
o sucesso do tratamento de lixiviado jovem utilizando fungos. Considera-se que o tratamento
envolvendo esses fungos e as suas enzimas extracelulares, podem ser benéficos devido à sua
maior eficiência na degradação de poluentes orgânicos de macromolécula .
Outro tipo de tratamento também promissor é a evaporação do lixiviado. Esta técnica
consiste no simples aquecimento do lixiviado em evaporadores com a finalidade de diminuir o
seu volume. O resíduo da evaporação é então disposto no aterro (COUTO et al., 2017;
VIGNOLI et al., 2015). Birchler e colaboradores (1994) afirmaram que o tratamento de
lixiviados por evaporação produz um destilado com qualidade e de mais fácil disposição que
os efluentes provenientes dos tratamentos convencionais. Estes autores destacam ainda a
vantagem do uso de apenas uma unidade operacional e a obtenção de um pequeno volume de
resíduo de fundo após a evaporação. Ainda segundo os autores, este processo é bastante
satisfatório porque o gás produzido no aterro pode ser utilizado para tratar o lixiviado do
próprio aterro e o tratamento por evaporação pode ser eficaz na remoção de amônia e
substâncias húmicas de lixiviados .
Pesquisas relacionadas à remoção de nitrogênio de lixiviados de aterros envolvem a
utilização de microrganismos capazes de converter nitrogênio amoniacal em nitrogênio
gasoso, sua forma inerte, ou em nitrito (POLLICE et al., 2002; YABROUDI-BAYRAM ,
2012). Existe também a eliminação química de amônio por precipitação com fosfato de
magnésio e amônio ou por stripping, que são viáveis, mas geram custos mais elevados que os
processos de tratamento biológicos (FUX et al., 2006).
Pesquisas afirmaram que a técnica de precipitação química do amônio formando um
precipitado de fosfato de magnésio e amônio (MAP, em inglês) é uma opção de tratamento
aplicável e satisfatória para remoção de amônio, pois a precipitação transforma o amônio em
um composto insolúvel, que pode ser facilmente removido da fase aquosa (SUGIYAMA et
al., 2005; BHUIYAN et al., 2008). Entretanto a formação de MAP vai depender da razão
molar de magnésio, nitrogênio e fósforo presente e ainda do valor de pH no reator.
Nos últimos anos, os processos de adsorção - fenômeno no qual uma substância de
múltiplos componentes (gás ou líquido) é atraída pela superfície de um sólido sendo fixada
por ligações físicas ou químicas - tem sido reconhecidos como os mais eficientes e
20

promissores processos, fundamentais para o tratamento de água (DAIFULLAH et al., 2004).


Em sua pesquisa Foo e Hameed (2009) mostraram que na maioria dos casos estudados onde
foi aplicada adsorção por carvão ativo, este se revelou capaz de remover uma quantidade
substancial de compostos orgânicos e nitrogênio amoniacal de amostras de lixiviado. Na
Malásia, um estudo feito por Aziz e colaboradores (2004) que tinha como objetivo comparar a
remoção de nitrogênio amoniacal fazendo uso de carvão ativo e calcário conseguiu atingir a
remoção de 40% de amônio de uma concentração inicial de 1909 mg.L-1, utilizando 42g L-1 de
carbono ativo, enquanto que utilizando 56g L-1 de calcário removeu apenas 19% da mesma
concentração inicial da mesma espécie química.
Além do carvão ativo, alguns estudos sugerem que o uso de aluminossilicatos, como
argilas e zeólitas, para remoção de NH4+ de meio aquoso, parece muito promissor uma vez
que estes materiais possuem alta capacidade de troca iônica, podendo facilmente adsorver
estes íons (IOANNIDIS, 2001; COUTO, 2011; GUOCHENG, 2013).

1.2. Fertilizantes – importância e realidade.

À medida que as civilizações avançam no tempo e a população do mundo continua a


aumentar, torna-se clara a importância de um aumento progressivo na produção de alimentos
e, para tanto, as pesquisas nas diferentes fases da produção agrícola são fundamentais. Muitos
avanços já foram alcançados e podem contribuir para o aumento da produção agrícola no
futuro, alguns dos quais mostram grandes perspectivas para elevar sua produtividade e
eficiência. Estas mudanças farão uma pressão adicional na terra e aumentarão a importância
que a fertilidade do solo exerce na produção das culturas (MANJAIAH et al., 2019).
A busca pelo conhecimento dos materiais que constituem os vegetais deu início aos
estudos sobre nutrição mineral de plantas no século XIX, que se estendeu nos séculos
seguintes (MALAVOLTA, 1999). A tabela a seguir (Tabela 1) apresenta os elementos que
foram tabulados e então classificados como essenciais para as plantas superiores, a partir dos
resultados obtidos na busca pela constituição das plantas. Esses elementos foram assim
classificados, pois preenchem os critérios estabelecidos por Arnon e Stout, em 1939:

 critério direto – o elemento faz parte de um composto ou de uma reação crucial do


metabolismo;
21

 critério indireto – abrange as seguintes circunstâncias: (a) na ausência do elemento


a planta morre antes de completar o seu ciclo, (b) o elemento não pode ser
substituído por nenhum outro;
 o efeito do elemento não deve estar associado com o melhoramento de condições
físicas, químicas ou biológicas desfavoráveis do meio. O sódio (Na) e o silício (Si)
são exemplos de elementos benéficos, sendo assim definidos – sem eles a planta
vive – entretanto, em dadas condições, podem melhorar o crescimento e aumentar
a produção.
Tabela 1 - Cronologia da descoberta dos macros e micronutrientes.

Fonte: Adaptada de MALAVOLTA, 1999.

Dentre os homens desse período inicial com grandes contribuições está Jean Baptiste
Boussingault (1802–1882), químico francês, considerado o pai da experimentação de campo,
que utilizou técnicas cuidadosas em seu trabalho, como a pesagem e análise dos estercos
utilizados em seus experimentos. Boussingault avaliou também quantos dos diversos
nutrientes das plantas vinham do solo, do ar e da chuva, além de analisar a composição das
culturas em várias fases de crescimento, determinando que a maior quantidade de matéria
orgânica (além daquela adicionada por meio do esterco) define a melhor rotação de cultura
(LOPES & GUILHERME, 2007).
Outro importante estudioso foi o químico alemão Justus von Liebig (1803–1873), que
derrubou o “mito do húmus” ao apresentar seu trabalho, em que fazia as seguintes afirmações
(PARIS, 1992):
1. A maior parte do C nas plantas vem do CO2 da atmosfera;
22

2. H e O vêm da água;
3. Os metais alcalinos são necessários para a neutralização dos ácidos formados pelas
plantas como resultado de suas atividades metabólicas;
4. Os fosfatos são necessários para a formação das sementes;
5. As plantas absorvem tudo indiscriminadamente do solo, mas excretam de suas raízes
aqueles materiais que não são essenciais.
Porém, Liebig errou ao acreditar que o ácido acético era excretado pelas raízes, que o
NH4+ era a única forma de N absorvida e ainda que as plantas pudessem obter esse composto
do solo, esterco ou do ar. Além disso, acreditava também que, analisando a planta e estudando
os elementos nela presentes, seria possível formular um fertilizante adequado. Era sua
opinião, que o crescimento das plantas era proporcional à quantidade de substâncias minerais
disponíveis nos fertilizantes.
Em 1862, Liebig estabeleceu a “lei do mínimo”, em que considera que o nutriente que
estiver em menor quantidade no solo limita a produção de uma planta, mesmo que os demais
nutrientes estejam em quantidades adequadas, conforme representação gráfica na Figura 1.
Essa lei era um roteiro para se fazer a previsão das respostas das plantas ao processo de
adubação e dominou o pensamento dos pesquisadores na agricultura por muito tempo e ainda
tem importância universal no manejo da fertilidade do solo (PARIS, 1992).
Liebig formulou e produziu um fertilizante com base nas suas ideias de nutrição de
plantas, porém errou ao fundir sais de K e P com calcário. Embora o resultado tenha sido
negativo, as contribuições de Liebig para o desenvolvimento da agricultura foram grandiosas,
sendo ele reconhecido como o pai da química agrícola (LOPES & GUILHERME, 2007).

Figura 1 Representação gráfica da "lei do mínimo"

Fonte: Adaptado de SCHIESSL, 2018.


23

Para Ronquim (2010), entretanto, a “lei do mínimo” não corresponde à realidade, uma
vez que considera que uma substância mineral isoladamente não limita o rendimento.
Ronquim (2010) afirma que, além dos nutrientes principais e os elementos traço estarem
disponíveis em quantidades suficientes, é fundamental que a planta os absorva em proporções
adequadas, para que possa atingir um metabolismo balanceado, uma alta produção de matéria
seca e um desenvolvimento desimpedido.
Após o reconhecido trabalho de Liebig foi criada uma estação experimental agrícola
em Rothamsted, na Inglaterra, em 1843, por J.B. Lawes e J.H. Gilbert, que desconfiavam de
parte das afirmações feitas por Liebig. Os trabalhos realizados por eles nessa estação
experimental eram semelhantes àqueles executados por Boussingault e, alguns anos após a
fundação da estação de Rothamsted, eles apresentaram os seguintes pontos:
1. As culturas necessitam de ambos, P e K, mas a composição da cinza das plantas não
constitui uma medida das quantidades desses elementos necessárias à planta.
2. Culturas não-leguminosas necessitam do fornecimento de N. Sem este elemento, não
se obterá crescimento, independentemente das quantidades de P e K presentes. A
contribuição da quantidade de N da forma de amônia, pela atmosfera, é insuficiente
para as necessidades das culturas.
3. A fertilidade do solo poderia ser mantida por alguns anos por meio de fertilizantes
químicos.
4. O efeito benéfico do pousio está no aumento da disponibilidade de compostos de N no
solo.

Os trabalhos iniciais em Rothamsted evidenciaram que a fertilidade poderia ser


conservada através do uso de fertilizantes minerais, apesar da descrença dos agricultores. O
relato do experimento Broadbalk Winter Wheat, iniciado em 1843, que comparava
fertilizantes orgânicos e minerais é uma prova inquestionável dessa conservação e é utilizado
até hoje (LAWES AGRICULTURAL TRUST, 1984).
Porém, apesar da descoberta da eficiência da adubação mineral, ainda permanecia um
mistério com relação à adubação das plantas leguminosas. As leguminosas apresentavam
comportamento não convencional, de acordo com diversos estudiosos. Em algumas situações
as leguminosas cresciam normalmente sem o emprego de N, enquanto em outras situações
elas não cresciam. Em contrapartida, plantas não-leguminosas nunca cresciam quando o N
estava insuficiente no solo (LOPES & GUILHERME, 2007).
24

No final do século XIX, os cientistas Theodore Schloessing e Alfred Müntz


começaram a desvendar tal mistério, a partir de experimentos que eram controlados pela
adição de compostos, como o clorofórmio e a água de esgoto. Eles detectaram que a produção
de nitratos era interrompida quando se adicionava clorofórmio e reiniciada quando era
adicionada água de esgoto e então concluíram que o processo de nitrificação era resultado da
ação de bactérias. Posteriormente Robert Warrington e S. Winogradsky chegaram à mesma
conclusão que Schloessing e Müntz.
Porém, foram dois cientistas alemães, Hellriegel e Wilfarth, que chegaram à conclusão
de que as bactérias deveriam estar associadas às raízes das leguminosas, explicando assim a
sua capacidade de assimilar N2 da atmosfera. Eles utilizaram como base para os seus
argumentos, as observações feitas em alguns dos seus experimentos, embora, não tenham
isolado os organismos responsáveis por esse processo. Esta etapa foi concluída
posteriormente por M.W. Beijerinck, que chamou o organismo de Bacillus radicícola.
Alguns elementos são essenciais, exercendo funções importantes na vida da planta.
Essas funções foram estudadas em diversos níveis desde o molecular até a planta
integralmente. O nitrogênio, por exemplo, é utilizado pelos vegetais para a metabolização de
proteínas fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da planta. O fósforo, por sua
vez, é utilizado na geração de energia pela planta, sendo necessário ao processo de
fotossíntese e de reprodução, bem como ao processo de crescimento e sustentação dos
vegetais e animais (LOPES, 1998). O potássio é o responsável por resistência a doenças,
manuseio e durabilidade das plantas. O enxofre, apesar de ser um macronutriente secundário,
é essencial na solubilização do fósforo e, consequentemente, em sua absorção pelos vegetais
(LOBO, 2008).
A Tabela 2 contém um resumo das funções principais dos elementos. Macro e
micronutrientes exercem as mesmas funções em todas as plantas superiores e por esse motivo,
sua falta ou excesso provoca o mesmo sintoma. Já a Tabela 3 apresenta o conteúdo médio dos
elementos minerais no solo e na fitomassa de plantas terrestres e a necessidade média dos
elementos minerais.
25

Tabela 2 - Principais funções dos elementos

Fonte: Adaptada de MALAVOLTA, 1999.


26

Tabela 3 Conteúdo médio dos elementos minerais no solo e na fitomassa de plantas terrestres
e a necessidade média dos elementos minerais

Legenda: Conteúdo médio dos elementos minerais (em g kg-1 de Matéria Seca)* no solo e na fitomassa
de plantas terrestres. Também é apresentada a necessidade média dos elementos minerais
segundo Larcher (2004), baseada em vários autores.
Fonte: (RONQUIM, 2010)

Um grande volume de informações sobre as exigências de macro e micronutrientes


vem sendo acumulado, como por exemplo: quantidades totais, exportação na colheita,
absorção durante o ciclo e repartição nos diversos órgãos. No Brasil, estão disponíveis dados
das principais culturas (arroz, trigo, cana-de-açúcar, milho, cacau, café, chá, fumo e mate;
frutíferas tropicais e outras) (FERREIRA et al., 2001; MALAVOLTA, 2006). A partir dos
dados, a identificação de condições de “normalidade”, de deficiência ou de excesso é
facilitada – além dos sintomas característicos referentes ao estado nutricional que, quando
associadas à análise de solo, dão informações úteis para a prática da adubação
(MALAVOLTA et al., 1997).
Os macronutrientes N, P, K, Ca, Mg e S (também chamados de nutrientes principais)
são absorvidos pela planta em maior proporção que os micronutrientes B, Zn, Cu, Fe, Mo, Cl
e Mn (também chamados de elementos traço). Ambos são constituintes dos minerais e da
matéria orgânica do substrato onde a planta cresce e encontram-se também dissolvidos na
solução do solo.
27

Normalmente, a reposição dos nutrientes é feita com fertilizantes químicos minerais,


matéria orgânica, minerais retirados de jazidas ou do ar (no caso da fixação biológica do
nitrogênio). De acordo com Cruz e colaboradores (2017), fertilizantes são substâncias
minerais ou não minerais, de origem natural ou sintética, que são capazes de dar às plantas um
ou mais nutrientes essenciais ao seu desenvolvimento. Os elementos não minerais são o
carbono, o hidrogênio e o oxigênio. Já os elementos minerais são divididos em três grupos em
função do grau de importância e a quantidade necessária às plantas:
• macronutrientes primários – assim denominados por serem absorvidos em grandes
quantidades pelas plantas, como: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K),
normalmente fornecidos às plantas na forma de misturas ou formulações, pertencentes
ao grupo NPK;
• macronutrientes secundários – que são absorvidos em menores quantidades pelas
plantas, como: cálcio, magnésio, sódio e enxofre;
• micronutrientes – assim chamados por serem administrados em quantidades menores
do que as dos macronutrientes, como: boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio,
zinco, níquel – se presentes no solo em quantidade excessiva à demanda das plantas,
podem ser tóxicos aos vegetais.

A matéria orgânica contém praticamente todos os nutrientes e, além disso, confere


melhor estrutura ao terreno, aumentando sua fertilidade. Os fertilizantes minerais (ao
contrário da matéria orgânica) apresentam nutrientes em alta concentração que são altamente
solúveis, podendo ser absorvidos rapidamente pelas plantas e ou lixiviados com maior
facilidade.
Algumas datas e nomes importantes para a indústria de fertilizantes:
• 1842 – J. B. Lawes, na Inglaterra, patenteou o processo de fabricação de superfosfato
– solubilização de ossos moídos com ácido sulfúrico; até hoje o processo é essencialmente o
mesmo, usando, porém, rocha fosfática;
• 1860 – a Alemanha iniciou a exploração e a exportação de sais potássicos;
• 1910 – Haber e Bosch, na Alemanha, viabilizaram a produção industrial de amônia a
partir do N2 do ar e do hidrogênio, possivelmente a invenção mais importante depois da roda,
pois a amônia é a chave-mestra que abre as portas para a fabricação de outros adubos
(MALAVOLTA, 1981).
Desde então, o consumo de adubos tem aumentado constantemente, seguindo o
aumento da população. É o que se pode ver na Figura 2, de Zhang e Zhang (2007). No estudo
em questão, foi encontrada correlação linear significativa entre população e consumo de
fertilizantes. Foram feitas projeções do consumo para o período 2010 a 2030: 141.800.601
28

toneladas de N, 50.961.129 toneladas de P 2O5 e 33.388.650 toneladas de K2O. O consumo


aumentaria em 54%-55% na Ásia e 40%-60% na África, 39,4% na América do Norte e
Central, 30,9% na América do Sul e 64,7% na Oceania. Na Europa haveria uma diminuição
de 2,4% em 2030.

Figura 2 Consumo total de fertilizantes no mundo desde 1961

Fonte: ZHANG e ZHANG (2007).

O setor do agronegócio tem significativa importância para a economia brasileira pela


geração de empregos, pelos saldos comerciais positivos com o resto do mundo e pela
contribuição para o crescimento e desenvolvimento econômico do país. Ele cresceu 1,8% em
2015, enquanto, no mesmo período, houve recuo de 2,7%, no setor de serviços, e de 6,2%, na
indústria, segundo IBGE (2016).
Nesse setor, o segmento de fertilizantes representa um importante elo, sendo o Brasil o
quarto maior consumidor de nutrientes vegetais do mundo. Entre 2000 e 2015, o uso de
fertilizantes no país cresceu 87%, contribuindo, em parte, para o significativo aumento da
produção de grãos, no país, no mesmo período, de 150%. Entretanto, a produção nacional de
fertilizantes é historicamente inferior à demanda nacional e não apresentou crescimento
similar ao da demanda. Em função disso, a dependência em relação às importações vem
aumentando ano após ano, e, em 2015, cerca de 65% do consumo total de fertilizantes foi
suprido por importações.
O uso de fertilizantes proporciona o aumento da produção agrícola, desde que eles
sejam aplicados da forma adequada e nas quantidades técnicas recomendadas para correção
29

de deficiências nutricionais do solo e da cultura correspondente. Em razão das características


do solo brasileiro, a aplicação de fertilizantes é normalmente acompanhada de outras medidas,
como a correção da acidez do solo, que permitam melhorar a taxa de absorção dos nutrientes
pela planta. Em 2016, foram entregues no mercado brasileiro 31,4 milhões de toneladas de
fertilizantes de janeiro a novembro, representando uma ampliação de 4% em relação a 2015
(CRUZ et al., 2017):
As informações da Tabela 4 sobre a quantidade de fertilizantes entregues ao mercado e
a produção nacional de fertilizantes intermediários representam mero compilado descritivo a
partir de dados agregados obtidos através de sistema de auditoria independente.
Interpretações, conclusões ou comentários a partir das informações acima mencionadas não
são de responsabilidade da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).

Tabela 4 - Fertilizantes entregues ao mercado.

Fonte: ANDA, 2018

As entregas de fertilizantes ao mercado encerraram o mês de outubro/2018 com 4.061


mil toneladas, registrando crescimento de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2017, quando
foram entregues 3.998 mil toneladas. As culturas mais representativas nas entregas do mês
foram a soja e milho. No acumulado do período de janeiro/outubro de 2018, foram entregues
30

29.916 mil toneladas e crescimento de 3,9% em relação ao mesmo período do ano anterior,
quando foram entregues 28.793 mil toneladas (ANDA, 2018).

1.3. Custos e Problemas da Fertilização em Solos Brasileiros

Antes do século XIX a produção agrícola da maioria dos alimentos era feita de forma
orgânica usando-se esterco (PANTANO et al., 2016). Segundo Altieri (1995), a produtividade
dessa agricultura dependia da reciclagem de materiais orgânicos, de mecanismos de controle
biológico e da precipitação pluviométrica. Mesmo modesto, o índice produtivo era mais
estável, devido à rotação de culturas e pouca interferência climática. No entanto, esse cenário
mudou e segundo Gliessman (2000), o sistema moderno de cultivo causou desequilíbrio nos
agroecossistemas levando, em alguns casos, à degradação dos solos que, ao perderem sua
fertilidade, colocam em risco a sustentabilidade da produção.
A agricultura moderna demanda grande quantidade de fertilizante para maximizar o
cultivo. No panorama econômico mundial, o Brasil é o quarto consumidor mundial de
fertilizantes do tipo NPK (mistura de diferentes concentrações de nitrogênio, fósforo e
potássio) com 9% do mercado, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos da América, que
representam, respectivamente, 48%, 23% e 20% do mercado (KULAIF & FERNANDES,
2010). Para se entender a abrangência do problema, atualmente 70% do total dos fertilizantes
utilizados no país é derivada de fontes convencionais de nutrientes, essencialmente de
variantes de NPK de elevada concentração e alta solubilidade (MEDEIROS et al., 2013). O
problema é que cerca de 75% desses insumos têm origem estrangeira e as importações do
conjunto de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos, no Brasil, somaram mais de
US$ 8 bilhões em 2013, com a importação de mais de 20 milhões de toneladas de fertilizantes
(SANTOS, 2016).
O aumento no uso de fertilizantes convencionais no Brasil não acompanha o seu ritmo
de produção, puxando as importações para níveis mais altos (Figura 3) o que
consequentemente aumenta o valor dos produtos agrícolas. Segundo dados da Associação
Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA, 2016) a dependência de fertilizantes nitrogenados
no Brasil deve aumentar para 82% até 2020, aumentando o consumo em mais de três milhões
de toneladas. O único segmento que se difere um pouco é relacionado ao fosfato, onde nas
últimas décadas foram descobertas importantes reservas minerais. Ainda assim, Rodrigues
31

(2009) em um cálculo simplificado infere que a vida útil das jazidas brasileiras de P 2O5 seja
pouco superior a três décadas.

Figura 3: Gráfico das taxas de consumo, importação, produção e exportação dos fertilizantes
do tipo NPK ao longo dos anos no Brasil.

Fonte: Dados dos Anuários ANDA, 1998 a 2015, ANDA, 2016

O manejo de fertilizantes é uma das alternativas fundamentais para o uso racional das
fontes convencionais de nutrientes (DIBB, 2000). Diferentes estudos afirmam que a utilização
dos fertilizantes no Brasil não é feita de forma racional, ocorrendo, geralmente, o uso
excessivo de alguns nutrientes e insuficiente de outros (CERETTA et al., 2007; PRADO et
al., 2008). A própria calagem não é utilizada em quantidade e de forma correta. Os principais
motivos para o uso incorreto dos fertilizantes estão relacionados com a falta de transferência
de tecnologia e a aspectos culturais da prática do produtor agrícola. O sucesso desta
abordagem depende de um programa a ser desenvolvido como política pública para a
avaliação e o monitoramento da fertilidade atual dos solos agrícolas, assim como de uma
assistência técnica efetiva ao produtor agrícola em relação às indicações de adubação.
Mesmo para o pequeno produtor, para conseguir um bom desempenho no campo, é
preciso elevado investimento em fertilizantes e corretivos importados, já que, segundo dados
do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil embora seja o
quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo ainda possui uma produção pouco
significativa desses aditivos. O acesso aos fertilizantes é dramático em meio aos agricultores
familiares, considerando que os preços continuam aumentando e que suas estratégias de
produção se baseiam em recursos de terras em vez de ofertas de mercado. Uma alternativa para
32

este problema é o uso de fontes alternativas, capazes de suprir os baixos índices de fertilidade
dos solos tropicais (LOPES & GUILHERME, 2007).
Os solos tropicais possuem uma baixa fertilidade natural, devido a longos períodos de
exposição ao intemperismo, o que resulta em solos altamente empobrecidos em nutrientes,
com pouca matéria orgânica, baixa capacidade de troca catiônica e baixa fertilidade. Este tipo
de situação é comum nos solos brasileiros e contribui para a baixa sustentabilidade das práticas
agrícolas no Brasil. Os solos brasileiros, de forma geral, são ácidos e carentes, principalmente,
em fósforo e potássio (THEODORO & LEONARDOS, 2006). A presença de nutrientes é um
dos aspectos fundamentais que garantem a boa qualidade dos solos e o seu bom uso e manejo,
principalmente no caso de agroecossistemas. Em ecossistemas nativos, a ciclagem natural de
nutrientes é a grande responsável pela manutenção do bom funcionamento do solo e do
ecossistema como um todo. Essa ciclagem é fundamental para manter o estoque de nutrientes
nos ecossistemas naturais, evitando a perda da fertilidade natural do solo (LOPES &
GUILHERME, 2007).
A matéria orgânica do solo também é um forte indicativo de sua qualidade. Ela é
responsável pela sustentabilidade do sistema, em especial de solos altamente intemperizados
(SANTOS et al., 2014). Contudo, Caetano e colaboradores (2013), complementam que a
qualidade do solo não é representada apenas por altos teores de matéria orgânica do solo, e
sim através do equilíbrio das formas estáveis e mineralizáveis desta matéria orgânica. A
matéria orgânica leve é a fração mais ativa do solo, composta por restos vegetais em vários
estágios de decomposição, quase humificados. Essa fração possui grande parte de carbono e é
altamente influenciada pelo sistema de manejo e também pela cultura utilizada na forma de
resíduo. Em ocasiões onde não há revolvimento do solo o acúmulo de carbono orgânico é
favorecido nas camadas superficiais (PEREIRA et al., 2010).
Aliado a isto, por constituírem grande parte da matéria orgânica, o carbono e o
nitrogênio apresentam comportamento similar no solo. Ambos são influenciados pelo clima,
topografia, textura do solo, drenagem, cobertura vegetal e o uso da terra. As estratégias de
manejo adotadas, especialmente na agricultura, tendem a causar mudanças na quantidade de
matéria orgânica do solo, e consequentemente afetam as propriedades físicas, químicas e
biológicas do solo. Atividades que promovem o uso extensivo do solo originam áreas com
conteúdo de matéria orgânica reduzido, o que pode comprometer a disponibilidade de
nitrogênio e carbono para o sistema produtivo (GUERRA, 2009).
33

Para o crescimento das plantas é essencial a presença de luz, água e de sais minerais.
Caso não estejam disponíveis os nutrientes necessários para o seu crescimento, o
desenvolvimento das espécies vegetais será comprometido. As plantas absorvem somente
íons na solução do solo e necessitam de concentrações diferenciadas de cada elemento. Os
nutrientes que estão presentes no sistema solo-planta-animal desempenham importante papel
em cada componente do sistema produtivo (MONTEIRO & WERNER, 1997). Segundo
Arnon e Stout (1939), o nutriente deve estar diretamente envolvido no metabolismo da planta
(como constituinte de molécula, participante de uma reação, etc.). Na ausência de
determinados elementos, a planta não consegue completar seu ciclo de vida. Dessa maneira, a
função de cada elemento é específica, ou seja, nenhum outro elemento poderá substituí-lo
naquela função. Os nutrientes são classificados conforme sua concentração relativa no tecido
ou de acordo com a quantidade necessária para o crescimento adequado da planta. De modo
geral, as concentrações de macronutrientes (nitrogênio (N), fósforo (P), enxofre (S), potássio
(K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg)) são superiores do que as de micronutrientes (ferro (Fe),
manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B) molibdênio (Mo) e cloro (Cl)) (DECHEN &
NACHTIGALL, 2007).
Para Mai e colaboradores (2003) a disponibilidade de nitrogênio, nas plantações em
sistemas integrados de aveia e milho, depende da quantidade de fertilizante distribuído entre
as culturas. O que consequentemente altera a produção de matéria seca bem como da
produtividade das culturas. Dada a relevância dos nutrientes para planta, é preciso, salientar
que a fertilização é uma prática que promove maior aporte de nutrientes no sistema. Contudo
sua recomendação deve ser planejada para que não comprometa a sustentabilidade do sistema
produtivo. Por sua grande influência nos fatores de crescimento e produtividade, o estudo dos
índices de nitrogênio na planta é fundamental.
As fontes de nitrogênio para as culturas podem ser tanto na forma nítrica (NaNO3,
KNO3), amoniacal [(NH4)2SO4], nítrico-amoniacal (NH4NO3) e amídica (ureia)
(MIELNICZUK, 1982). A produção de fontes agrominerais eficientes, mais acessíveis e de
menor custo, é uma importante forma de aumentar a inclusão social dos pequenos produtores.
Entre as práticas ambientais disponíveis, a técnica da rochagem (adição de pó de rocha) pode
ser considerada como base fundamental para a recuperação dos solos já degradados pelo uso
intensivo (SOUZA et al., 2014; SILVEIRA, 2016), pois tem como principal finalidade
auxiliar os agricultores na reconstrução da fertilidade, restituindo ao solo os constituintes
34

minerais já lixiviados, de forma que possam obter uma produção de alimentos de melhor
qualidade, a custos mais baixos (SILVEIRA, 2016).
A baixa fixação do nitrogênio (N) no solo pode ocorrer devido à grande quantidade de
fertilizantes nitrogenados adicionados ao sistema e ao baixo aproveitamento deste nutriente
pela planta. Aliado a isto, por ser constituinte da matéria orgânica do solo a dinâmica do
nitrogênio é estreitamente relacionada à dinâmica do carbono. Solos degradados que possuem
baixos estoques de carbono orgânico total normalmente apresentam deficiência de nitrogênio
(BAYER et al., 2000a, b).
É muito importante saber as peculiaridades de cada fonte nitrogenada, com atenção
especial às perdas por volatilização da amônia a partir da ureia. Estas perdas podem ser
bastante significativas em condições de ausência de chuvas após a aplicação, temperaturas
altas e presença de restos culturais em superfície.

Figura 4 - Perdas de N de diversas fontes na cultura do milho

Fonte: Cabezas, 1998.

Assim como mostra a Figura 4, de acordo com Cabezas, (1998), a ureia aplicada em
superfície no sistema de plantio direto, havendo condições ótimas para que haja a
volatilização, tem perdas que podem chegar a 76%. A maior disponibilidade de nitrogênio
normalmente promove o aumento da massa forrageira (quantidade de forragem existente por
unidade de área, acima de determinada altura de corte) durante o inverno e o incremento na
35

produção de resíduos vegetais, o que beneficia a cultura de grãos no verão e,


consequentemente, aumenta os lucros do sistema produtivo. Na região Sul do Brasil a
adubação nitrogenada em pré-semeadura promove aumento do nitrogênio no solo, através da
redução da competição entre a cultura do milho e o solo (imobilização) (LANGE et al., 2010).
A Revolução Verde – disseminação de novas sementes e práticas agrícolas que
permitiram um vasto aumento na produção com uso de fertilizantes químicos - possibilitou a
produção agrícola em solos tropicais profundos e muito pobres em nutrientes, em especial no
Bioma Cerrado a partir da década de 1970 (SHIKI et al., 1997; PATERNIANI, 2001). O uso
do calcário agrícola na correção da acidez e na diminuição da saturação por alumínio
(GOEDERT, 1989) foi outro fator que permitiu um aumento considerável na produção
agrícola. Atualmente, a utilização das fontes convencionais de fertilizantes químicos está
diante de um grande dilema. Antigamente, o baixo custo dos fertilizantes e a sua elevada
solubilidade permitiam a sua aplicação na agricultura, em larga escala e sem controle, mas
esta realidade perdurou até a década de 2000 (RODRIGUES, 2009; MANNING, 2010a, b).
A crise de 2008 marcou uma ruptura dos custos das fontes convencionais de
fertilizantes, que mesmo depois da fase aguda retornaram acima dos valores históricos e sem
perspectivas de alterações (MANNING, 2010a). A principal explicação para esta mudança
brusca nos custos das fontes convencionais de nutrientes está relacionada à elevação da
demanda dos fertilizantes (RODRIGUES, 2009, 2010), além da concentração das empresas
detentoras da produção e comercialização no mundo (KULAIF, 1997, 1999; BENETTI, 2002,
2004). No Brasil, apesar de seu potencial mineral, a situação é mais grave devido à
impossibilidade de aumentar, num curto prazo, a produção de fontes convencionais de
nutrientes a partir das jazidas brasileiras de nitrogênio, de fósforo e de potássio
(RODRIGUES, 2010).
Aliado a estes fatores econômicos e de disponibilidade de matérias‐primas, as fontes
convencionais de nutrientes apresentam algumas desvantagens em seu comportamento em
clima tropical relacionadas às elevadas temperaturas e precipitação pluviométrica, além das
características intrínsecas dos solos (LEONARDOS et al., 1987, 2000; FYFE et al., 2006). O
nitrogênio na forma de ureia apresenta grandes perdas por volatilização (BERNARDI et al.,
2004, 2007; LIMA et al., 2015). O potássio na forma de cloreto apresenta elevada mobilidade
química e física por movimentação em solução e por erosão lixiviando rapidamente
(IZIDORIO et al., 2005; BERTOL et al., 2007), com maiores agravantes em solos arenosos e
de textura média (ROSOLEM et al., 2005).
36

Silva e colaboradores (2015) avaliaram as eficiências agronômicas e de recuperação


de P de fertilizante fosfatado organomineral (FOM) granulado, produzido com resíduos da
criação de frango, comparadas às do monoamônio fosfato (MAP), em solos com diferentes
texturas (areia franca e franco argiloso). Em sua comparação eles observaram que os teores de
P assimilável no solo foram maiores com o MAP, no solo areia franca, sem diferenças
significativas entre fertilizantes no solo franco argiloso. O FOM teve maior efeito imediato e
promoveu maior produção de matéria seca no primeiro cultivo; no entanto, o efeito residual
dos fertilizantes não diferiu nos demais cultivos. O acúmulo de P pelas plantas não foi
influenciado pelo fertilizante utilizado. O FOM apresentou maior eficiência agronômica, mas
a eficiência de recuperação de P não diferiu significativamente entre os fertilizantes. O
desempenho do FOM indica bom potencial de uso dos resíduos da criação de frango como
fertilizante, em formulações organominerais.
Segundo a literatura, os fosfatos solúveis são parcialmente adsorvidos em óxidos e
hidróxidos de ferro e alumínio, abundantes em solos tropicais (FONTES & WEED, 1996;
VALLADARES et al., 2003). Estas características negativas dos fertilizantes solúveis foram
percebidas e diversas linhas de pesquisa são desenvolvidas para a adaptação às condições
tropicais, relacionadas especialmente ao manejo racional dos fertilizantes nos sistemas
agrícolas, além de processos para controlar a taxa de liberação para adaptar às condições
tropicais (BERNARDI et al., 2004, 2007; MONTE et al., 2009).

1.3.1. Reaproveitamento de efluentes como fertilizantes

A prática de distribuir dejetos humanos e de animais no solo como fertilizante é


bastante antiga nos países do sul asiático, principalmente na China. Em épocas remotas, em
Atenas, utilizavam-se esgotos para a irrigação e há registros de que durante a Idade Média
empregava-se o reuso na Alemanha e na Escócia (SHUVAL et al., 1986). O reuso de esgoto é
uma técnica utilizada por vários países como fonte hídrica em grandes áreas de produção
agrícola. A China encontra-se no topo do ranking com 1.330.000 ha irrigados com esgoto,
seguido por México 250.000 ha, Argentina com 37.000 ha, Alemanha com 28.000 ha, Estados
Unidos da América com 14.000 ha, Israel com 10.000 ha, dentre outros (MOTA &
SPERLING, 2009).
A reutilização de efluentes, especialmente os de origem urbana, é uma alternativa
viável para aumentar a disponibilidade hídrica, sendo considerada uma forma efetiva de
controle de poluição e preservação do meio ambiente, com benefícios associados aos aspectos
37

econômicos, ambientais e de saúde pública (IMHOFF & KLAUS, 1998; SILVA JR, 2016). O
reaproveitamento de águas residuais tratadas provém da crescente necessidade de dar uma
resposta à escassez de água a nível mundial. Este foi um dos maiores desafios do século XX e
se estende pelo século XXI. Os efluentes vêm sendo considerados como um novo recurso
hídrico que pode ser utilizado em atividades que exijam um menor padrão de qualidade,
deixando assim maiores disponibilidades de água doce para fins que necessitam de maior
qualidade, como é o caso do abastecimento de água para consumo humano (ASANO, 2002;
MARECOS DO MONTE & ALBUQUERQUE, 2010).
Diversos trabalhos mostraram o desenvolvimento de efeito fertilizante das águas
residuárias em várias culturas no Brasil: gramíneas forrageiras (ERTHAL et al., 2010),
plantas herbáceas (girassol - NOBRE et al., 2010; gérbera - DAMASCENO et al., 2011;
mamona - RIBEIRO et al., 2012; milho - COSTA et al., 2012a), cafeeiro (MEDEIROS et al.,
2008), horticultura (alface - SANDRI et al., 2006; pimentão - SILVA JR, 2016), e nas mudas
de espécies florestais (COSTA et al., 2012b). Porém, de acordo com Erthal e colaboradores
(2010), a disposição de águas residuárias no sistema solo-planta, quando feita sem critérios
agronômicos e ambientais, pode causar problemas de contaminação do solo, das águas
superficiais e subterrâneas, e toxicidade às plantas; por outro lado, se bem planejada, esta
aplicação pode trazer benefícios, tais como fornecimento de nutrientes e água para as plantas,
redução do uso de fertilizantes e de seu potencial poluidor.
Quando águas residuais, tratadas ou não, são aplicadas de forma controlada, na
superfície do solo, as mesmas podem sofrer algum tipo de modificação através dos processos
físicos, químicos e biológicos na matriz solo-planta-água. O solo, sendo um sistema vivo e
dinâmico, caracterizado por ter uma grande superfície ativa, reage fortemente com os
constituintes do efluente. Do ponto de vista biológico os compostos orgânicos podem ser mais
decompostos, enquanto do ponto de vista químico os constituintes inorgânicos podem ser
trocáveis, adsorvidos ou precipitados (seguindo reações químicas que os transformem em
compostos de baixa solubilidade) ou podem ainda, ser absorvidos pelas plantas e
consequentemente, serem parcialmente removidos da solução. Assim, o solo e as plantas
atuam como verdadeiros “filtros vivos”, absorvendo e retendo poluentes e organismos
patogênicos presentes nos resíduos e efluentes (LIRA et al., 2016).
No entanto, devido à multiplicidade de reações químicas e biológicas, à dependência
das condições ambientais e ao seu efeito no rendimento das culturas, o nitrogênio é o
elemento que apresenta maiores dificuldades de manejo na produção agrícola, mesmo em
38

propriedades tecnicamente orientadas. Neste contexto, o lixiviado de aterro, propriamente


dito, possui elevado potencial de aproveitamento agrícola por apresentar composição
altamente variável, contendo nutrientes importantes para agricultura, como nitrogênio,
fósforo, potássio e matéria orgânica (MATOS et al., 2013). Silva e colaboradores (2011)
comprovaram a eficácia da fertirrigação desse efluente em solos cultivados com capim Tifton
85 (Cynodon spp.) e obtiveram resultados positivos em relação à aplicação do lixiviado,
entretanto reafirmam a necessidade de um monitoramento em longo prazo para se evitar
possíveis impactos ambientais.
Na etapa de decantação do processo de tratamento do lixiviado, onde se adicionam
agentes alcalinos (hidróxido de cálcio, de sódio, de amônio, óxido de magnésio, bicarbonato
de sódio) para a precipitação dos metais e demais componentes sólidos, ocorre a formação do
lodo. O lodo é inicialmente encaminhado ao leito de secagem, em seguida para centrifuga e
filtro de prensa e, após este tratamento, ele pode ser reutilizado como adubo. Resultados de
pesquisas da aplicação do lodo de esgoto em solos evidenciam aumentos na absorção de
nutrientes pelas culturas com reflexos na produtividade, que pode ser igual e, em alguns
casos, superior à adubação. Na produção do girassol, quando aplicado o lodo do esgoto em
quantidade suficiente para fornecer o nitrogênio exigido pela cultura do girassol, a
produtividade de sementes é equivalente à obtida com a adubação mineral (LOBO & GRASSI
FILHO, 2007).
Apesar do lixiviado da degradação de resíduos sólidos possuir potencialidade de uso
na agricultura, existe informação limitada referente a seus efeitos no sistema solo-planta.
Portanto, torna-se evidente a importância de estudos sobre os efeitos, decorrentes da
disposição do lixiviado de resíduos sólidos urbanos, no ambiente, nas plantas e no solo, na
tentativa de viabilizar tecnologias alternativas para sua disposição final (MATOS et al., 2013;
COELHO, 2015). A aplicação de lixiviado é uma oportunidade para completar o ciclo do
nitrogênio, devolvendo o nitrogênio ao ecossistema e ao mesmo tempo aliviar a carga sobre as
instalações de tratamento com o potencial de fitorremediação do sistema solo-planta. As
espécies Acacia confusa, Leucaena leuocephala e Eucalyptus torelliana responderam
positivamente no seu crescimento e da condutância estomática depois de serem irrigadas com
lixiviados diluídos (LIANG et al., 1999). Cheng e Chu, (2011), ao usarem lixiviados diluído
em diferentes doses para duas gramíneas (Paspalum notatum e Vetiver zizanioides) e duas
árvores (Hibiscus tiliaceus e Litsea glutinosa), durante 12 semanas, observaram efeitos
positivos em algumas plantas. Entretanto a concentração de nitrogênio no solo aumentou nove
39

vezes após irrigação com lixiviados, possivelmente como resultado de nitrificação. Esse
resultado demostra a importância de mais estudos para a decisão da taxa de irrigação, para
evitar a saturação de nitrogênio no solo e não exceder a capacidade de assimilação do solo e
planta.
Wang, Lai e Zhao (2012), em seus estudos com plantas herbáceas, verificaram que a
irrigação com lixiviados em concentrações adequadas podem melhorar a fertilidade do solo e
aumentar o crescimento da parte aérea das plantas. Porém, o desequilíbrio de nitrogênio e de
fósforo nos solos, aliado à acumulação excessiva de sais no solo em concentrações elevadas
de lixiviado implicaram em efeitos negativos sobre o solo e plantas. Os autores observaram
que as concentrações ótimas de lixiviado para irrigação variou de 20% a 40%, tendo que
haver uma suplementação de nitrogênio e fósforo em prol do equilíbrio do solo, diante da
grande absorção feita pelas plantas.
Em contraste, o perigo de metais pesados em lixiviados tem sido preocupação
constante quanto à poluição do solo e água (WANG et al., 2005). Os metais pesados podem
expressar seu potencial poluente diretamente em organismos do solo, pela disponibilidade às
plantas em níveis fitotóxicos, além da possibilidade de transferência para cadeia alimentar por
meio das próprias plantas ou pela contaminação das águas de superfície e subsuperfície
(CHANG et al., 1987).
No trabalho de Risso e colaboradores (2015), avaliou-se a produtividade, composição
química (teores de nutrientes, proteínas, lipídios e cinzas) e teor de metais pesados em grãos de
milho (primeira safra) submetidos à adubação com diferentes doses de lixiviado de aterro
sanitário. Em complemento, também foi avaliado o nível de metais em tecido foliar de aveia
preta cultivada como cobertura do solo no período de inverno no mesmo campo experimental.
Os efeitos positivos da aplicação de lixiviado em relação ao teor de proteínas, lipídios e cinzas
em milho, além da produtividade de grãos, sugerem seu potencial como fonte de nutrientes,
sobretudo nitrogênio. De acordo com os autores a aplicação de doses crescentes de lixiviado
de aterro sanitário não apresentou efeito significativo quanto à acumulação de metais em grãos
de milho, embora, em alguns casos tenha ocorrido o aumento da concentração de manganês,
chumbo e sódio.
Li e Zhao (2003) em sua pesquisa recuperaram o nitrogênio amoniacal de lixiviado de
aterro por precipitação química, com formação também de MAP (fosfato de magnésio e
amônio). Seus resultados indicaram que a recuperação do nitrogênio amoniacal foi de 36 a
92% dependendo dos agentes químicos selecionados em pH 9,0 e numa razão molar de
40

Mg:N:P=1:1:1. Os autores utilizaram o precipitado como fertilizante e afirmaram que o uso de


MAP na forma de cristais insolúveis em água funciona como uma fonte eficaz de fósforo,
nitrogênio e magnésio justamente por estes cristais liberarem estes componentes aos poucos.
Se os cristais estiverem devidamente granulados, podem ser aplicados diretamente no solo em
quantidades até maiores do que os fertilizantes comuns sem causar danos às raízes das plantas.
Todavia quando se trata de lixiviados de aterro, a elevada salinidade e sodicidade são
outros potenciais problemas de sua disposição direta no solo. A elevada concentração de íons
cloreto, potássio e sódio podem impedir a sua reutilização in natura (LANDON, 1991;
MATOS et al., 2013; RIGO, 2016). O acúmulo continuado de sais no solo resulta em
mudanças consideráveis em muitos processos fisiológicos das plantas, tais como: aumento da
taxa respiratória e toxicidade por íons, decréscimo do crescimento, instabilidade na membrana
plasmática, resultante do deslocamento de cálcio por sódio (MANSOUR & SALAMA, 2004),
aumento na permeabilidade da membrana plasmática celular (GUPTA et al., 2002) e depleção
do teor de clorofila (KAO et al., 2003).
Assim, segundo a classificação proposta pelo United States Department of Agriculture
(USDA), não é recomendado o uso de efluentes com elevada salinidade para a irrigação, a não
ser em condições especiais. O indicado é utilizá-lo na fertirrigação, respeitando-se a
capacidade de suporte do sistema solo-planta, no local de cultivo (MATOS, CARVALHO &
AZEVEDO, 2008). A fertirrigação permite a diluição e aplicação de dosagem de águas
residuárias, principalmente de culturas cujo produto não se destina para fins comestíveis
(BEZERRA & FIDELIS FILHO, 2009).

1.3.2. Uso de aluminossilicatos na agricultura

O uso inadequado dos solos pode causar danos ao meio ambiente, como a
contaminação do próprio solo, das nascentes de rios e lagos, podendo reduzir a qualidade de
vida na terra, inclusive a do homem. Quando mal utilizados, os solos perdem
progressivamente sua capacidade de produzir alimentos e energia, necessitando cada vez mais
de investimentos em adubos e corretivos a fim de manter, ou melhorar, a produtividade
(BERNARDI et al., 2014; SANTOS et al., 2014). Com isso, os custos para a produção de
alimentos tornam-se bem maiores e, em última análise, refletem no aumento dos preços dos
produtos alimentícios para o consumidor final.
41

Logo, é de extrema relevância, discutir e estudar o manejo da fertilidade do solo no


contexto atual e o futuro da agricultura brasileira, especialmente no que tange as causas da
baixa fertilidade dos solos, a produtividade agrícola brasileira, o uso eficiente de corretivos e
de fertilizantes e, sobretudo as perspectivas quanto a fatores que nos permitem preparar o país
para assumir um possível papel de destaque no futuro, diante da crescente demanda por
alimentos e energia no mundo.
Infelizmente, na maioria das vezes, o manejo racional de fertilizantes geralmente não é
aplicado pelo agricultor, apesar da disponibilidade tecnológica (CERETTA et al., 2007;
SOUSA & REIN, 2009) e, os processos para a liberação controlada de nutrientes apresentam
custos ainda muito elevados (SHAVIV, 2001; BLAYLOCK et al., 2005). Dentre as variadas
tecnologias que vêm sendo aplicadas, destaca‐se uma grande inovação realizada na
agricultura brasileira que foi a diminuição da demanda de nitrogênio, especialmente na cultura
da soja, pela inoculação de microrganismos fixadores deste nutriente (HUNGRIA et al.,
2001). Pesquisas recentes buscam alternativas semelhantes para a cultura da cana‐de‐açúcar
(CANUTO et al., 2003).
Outra limitação importante de grande parte das fontes de fertilizantes solúveis é a
ausência de outros nutrientes minerais em sua composição (LEONARDOS et al., 2000; FYFE
et al., 2006). Várias culturas apresentam desequilíbrios nutricionais e maior sensibilidade ao
ataque de pragas e doenças por este motivo. Aliado aos desequilíbrios nutricionais pode
ocorrer o “consumo de luxo” das culturas, pois neste modelo de fertilização pode ocorrer o
acúmulo dos nutrientes na planta sem refletir em aumento de produção (RESENDE et al.,
2006; KAMINSKI et al., 2007).
Para tentar solucionar esta crise uma saída seria fazer gradualmente a transição do uso
de matérias primas globalizadas (fontes convencionais de nutrientes) para matérias primas
regionais (fontes alternativas de nutrientes) (FYFE et al., 2006). Neste novo cenário, as fontes
alternativas de nutrientes apresentam características vantajosas com relação ao modelo
anterior das fontes convencionais de nutrientes. A grande abundância e a ocorrência bem
distribuída no território nacional permitem a utilização regional das fontes alternativas de
nutrientes, da mesma forma que o calcário agrícola. A baixa solubilidade das fontes
alternativas de fertilizante racionaliza o uso dos nutrientes pelas plantas e diminui no médio e
longo prazo a necessidade de utilização de nutrientes solúveis pelo aumento sustentável da
fertilidade do solo e o efeito residual. O baixo custo de produção e a simplicidade do processo
produtivo permitem o desenvolvimento de uma mineração de pequeno porte, da mesma forma
42

que as produtoras de calcário agrícola. A elevada complexidade composicional é


caracterizada por uma diversidade de minerais em diferentes proporções e permite a
recuperação gradual da fertilidade do solo.
As desvantagens aparentes oriundas das baixas concentrações e solubilidade destes
novos fertilizantes, na realidade constituem vantagens em condições tropicais. Os solos
tropicais lixiviados e de baixa fertilidade são pobres tanto nos nutrientes, como em minerais
de argila de elevada capacidade de troca de cátions (KRONBERG et al., 1979; MARQUES et
al., 2004; SOUSA & REIN, 2009). As rochas com potencial para uso na agricultura
apresentam uma complexidade composicional presente nos solos de elevada fertilidade
(LEONARDOS et al., 1987; STRAATEN, 2007). A simples moagem destas rochas pode ser
suficiente para viabilizar sua utilização nos sistemas agrícolas (MARTINS et al., 2008). O
intemperismo gradual das fontes alternativas de nutrientes nos solos tropicais gera argilas com
elevada capacidade de troca de cátions (GADD, 2007). Desta forma, além de fornecer
nutrientes, os resíduos da transformação mineral pelo intemperismo das fontes alternativas de
nutrientes têm um papel condicionador dos solos (STRAATEN, 2007).
Conforme dados da literatura, materiais a base de silicato apresentam potencial como
fonte de nutrientes minerais e como condicionadores do solo (STRAATEN, 2006, 2007). Os
macronutrientes mais importantes encontrados nestes materiais são o potássio e o fósforo.
Ocorrem também nutrientes secundários essenciais, como o cálcio, magnésio, o silício e o
enxofre (STRAATEN, 2006, 2007). Os micronutrientes ocorrem nos materiais à base de
silicato em proporções geralmente equilibradas (LEONARDOS et al., 1987). Estes materiais
são fontes de liberação controlada e este processo gera minerais que melhoram a qualidade do
solo (STRAATEN, 2010).
Minerais de argila e zeólitos modificados são usados para remover nutrientes de água,
bem como fertilizantes de libertação lenta (MANJAIAH et al, 2019). Bhardwaj e
colaboradores, em 2012, modificaram clinoptilolitas e montmorilonitas com surfactantes
como hexa- brometo de adeciltrimetilamónio (HDTMAB) e dioctadecil dimetilamónio
brometo de sódio (DODMAB) para remoção de nitrato de águas residuais, e usaram produtos
como fonte de liberação lenta de nitrogênio e observaram um aumento na capacidade de
retenção de nitratos dos produtos modificados.
Argila foram amplamente utilizadas nos substratos à base de turfa, pois eles têm a
capacidade de melhorar a retenção de potássio (K). Foi demonstrado que a adsorção e
dessorção de K de argilas eram altamente dependentes das propriedades mineralógicas, e a
43

liberação de K seguindo a ordem mineralógica: esmectita> ilita> caulinita (BINNER et al.,


2017). Além dos minerais argilosos, as zeólitas, que são aluminossilicatos hidratados com
metais alcalinos e alcalino-terrosos em sua composição, também estão sendo usados para
aumentar a eficiência de uso dos nutrientes (SARKAR & NAIDU, 2015).
Zeólitas têm um nanoporo bem definido com estrutura cristalina composta por
tetraedros de SiO4 e AlO4 . A presença de Al na estrutura da zeólita leva a uma estrutura
carregada com capacidade de troca de cátions. As zeólitas e os minerais de argila orgânica
melhoraram eficiência do uso de nutrientes, aumentando a disponibilidade de P de rochas
fosfáticas, e a utilização de NH4+ NO3 e Cu 2+ e agiram como um fertilizante de liberação lenta
(DE CAMPOS BERNARDI et al., 2013; YUAN, 2014). Zeólitas têm alta afinidade com
nutrientes; portanto, os minerais podem ser usados em meios de crescimento para melhorar o
rendimento das plantas. Misturas de zeólito, minerais de argila e nutrientes fertilizantes
também tiveram efeitos sinérgicos no rendimento de alface e tomate (DE CAMPOS
BERNARDI et al., 2013).
A perda de N por volatilização no campo pode ser controlada usando zeólitas como
aditivos que podem reter o amônio formado a partir da hidrólise da ureia devido à alta
capacidade de troca de cátions (CTC) das zeólitas. A adição de 20% de zeólita com ureia
resultou diminuição de 8% do NH3-N volátil, enquanto a perda de NH3- N foi de 21% N
aplicado quando não houve adição de zeólita (DE CAMPOS BERNARDI et al., 2013). Uso
de zeólita concentrada (650g / kg de estilbita) e zeólita natural (470 g / kg de estilbita)
juntamente com a ureia podem aumentar a produção de silagem de milho e a concentração N-
folha, respectivamente, em 5,5% e 3,6% (DE CAMPOS BERNARDI et al., 2011).
A dissolução de P e sua eficiência de uso também foram aumentadas pela combinação
de zeólitas com rochas de fosfato. Zeólito e rocha fosfato Clinoptilolite do Norte Carolina, na
proporção de 5: 1 (p / p) foi eficiente para o cultivo intensivo de trigo (Triticum aestivum)
(DE CAMPOS BERNARDI et al., 2013). Similarmente, a estilbita, uma zeólita brasileira,
também foi encontrada para ser mais adequado para retenção de NH3 (50%) do que
clinoptilolita, e NH3 reduzido volatilização significativa (BAPTISTA-FILHO et al., 2011).
Clinoptilolita, um nanozeolito, também revelou liberação lenta de enxofre (S) em comparação
com o fertilizante convencional. A liberação de nutrientes com fertilizante à base de
nanozeólita modificada foi mais de três vezes maior que a liberação por fertilizante comum
(PREETHA et al., 2014).
44

No trabalho de Campana e colaboradores (2015), a adição de 25% de zeólita num


plantio que utilizava ureia como fertilizante, minimizou a perda de nitrogênio por
volatilização de NH3 na Tanzânia. Lateef e colaboradores (2016) estudaram a liberação de
micro e macronutrientes em solos e ambientes aquosos utilizando zeólita. Eles concluíram que
a liberação de cada nutriente ocorreu após 7 dias de incubação após a aplicação inicial de
água corrente, exceto para Mg2+ e NO3-. No caso do magnésio, uma diminuição gradual na
liberação foi observada com o passar do tempo, enquanto para nitrato houve um aumento com
o passar do tempo (LATEEF et al., 2016). Uma tendência semelhante foi observada no solo
após 14 dias, mas a taxa de liberação foi um pouco maior no sistema do solo do que no meio
aquoso (LATEEF et al., 2016).
Atualmente, compósitos de polímeros preparados com montmorillonita, acrilamida,
ácido acrílico e alginato de sódio também são comprovados como substratos de liberação
lenta de nutrientes importantes, como N, P, K. Eles também têm uma alta capacidade de
retenção de água. Esses polímeros preparados com argila e fertilizantes revestidos com
minerais têm enormes potencial de propagação em áreas de chuva também devido à sua
propriedade de liberação lenta (MUKHOPADHYAY & DE, 2014). O uso destes polímeros
tem potencial para absorver água por um longo período e liberar a água lentamente, o que tem
implicações muito importantes áreas alimentadas pela chuva. Fertilizante revestido de 20% a
30% palygorskita promoveu um aumento da produção de batata de 14,6% a 20,3% na China
(SONG et al., 2014).
Os silicatos, além de disponibilizar nutrientes minerais e melhorar as características
físico‐químicas como condicionadores de solo, também disponibilizam silício, muito
importantes no desenvolvimento de diversas culturas de gramíneas, entre elas a
cana‐de‐açúcar (PEREIRA et al., 2007). Outros efeitos positivos dos silicatos também estão
relacionados com as interações silício‐fósforo, favorecendo o melhor aproveitamento de
fósforo (CARVALHO et al., 2001). Os minerais de argila são entre todos os enchimentos
sólidos que podem ser utilizados para a obtenção nanocompósitos para o desenvolvimento de
importantes materiais com propriedades específicas e uma maior aplicabilidade. Inclusive, um
grande número de estudos envolvendo a interação entre herbicidas e solos, ou com
componentes dos solos, vem sendo conduzido, visando principalmente conhecer o possível
comprometimento do solo e de águas subterrâneas (REZENDE et al., 2011). Dentre tais
estudos, um enfoque especial pode ser dado aos argilominerais em suas formas naturais ou
modificadas, para possíveis aplicações direcionadas para tratamento de águas, recuperação ou
45

preservação de solos, ou ainda no desenvolvimento de formulações com liberação controlada


de herbicidas no solo. Isso se deve a algumas propriedades desses minerais como, por
exemplo, elevada área superficial e grande capacidade de troca catiônica (REZENDE et al.,
2011).
Petrikoski e colaboradores (2011) e Cabezas e colaboradores (2005), estudaram a
aplicação de ureia como fertilizante, sendo que o primeiro procurou associar esse composto a
um aluminossilicato (caulinita), produzindo um biopolímero que liberaria o fertilizante de
forma lenta e neste estudo obteve resultados positivos. Enquanto o segundo procurou
imobilizar e identificar a assimilação tanto da ureia como do sulfato de amônio absorvido em
uma cultura de milho e afirma que a adubação feita com sulfato de amônio apresentou maior
rapidez na ciclagem do nitrogênio imobilizado-mineralizado e consequente maior assimilação
pelo milho.
Existem estudos que propõem o uso de zeólitas na cobertura das plantações para
mitigar a perda de fertilizantes, principalmente o nitrogênio, pela volatilização dos mesmos
para atmosfera (BERNARDI et al., 2014; WALDRIP et al., 2015).
Os minerais do grupo da zeólita podem apresentar potássio em sua composição
(MANNING, 2010b). No entanto, estes minerais são aplicados usualmente em sistemas
agronômicos como condicionador de solo e controlador de cinética de liberação de fontes
convencionais de nutrientes, especialmente do nitrogênio (BERNARDI et al., 2010). O
conceito de condicionadores envolve a aplicação de materiais aos solos para modificar
favoravelmente propriedades físicas adversas, tal como a baixa capacidade de retenção de
água. Dentre os condicionadores naturais, as zeólitas podem ser utilizadas para aumentar a
capacidade de retenção de água em solos sujeitos a frequentes episódios de deficiência
hídrica. Esses minerais têm três propriedades principais que lhes conferem grande interesse
para uso na agricultura: alta capacidade de troca de cátions, alta capacidade de retenção de
água livre nos canais, e a alta habilidade na captura de íons.
Zeólitas são um grupo de tectosilicatos com 50 tipos de minerais de ocorrência natural.
São aluminossilicatos cristalinos hidratados de metais alcalinos ou alcalino-terrosos,
estruturados em redes cristalinas tridimensionais rígidas, formadas por tetraedros de AlO4 e
SiO4, cujos anéis, ao se unirem, compõem um sistema de canais, cavidades e poros. A carga
negativa do arranjo aniônico de Al-O-Si se compensa com cátions trocáveis, como sódio,
potássio, cálcio, magnésio e bário, que ocupam sítios específicos nas cavidades e canais da
zeólita. A estrutura tridimensional na forma de canais e as cavidades interconectadas
46

conferem às zeólitas vantajosas características e propriedades, tais como alto grau de


hidratação, baixa densidade e grande volume de vazios (quando desidratadas), estabilidade da
estrutura cristalina, elevada capacidade de troca catiônica, canais uniformes (mesmo
desidratada), capacidade de captura de gases e vapores, e propriedades catalíticas
(VAUGHAN, 1978; MAHESH et al, 2018). Estes tectosilicatos podem reter até 60% do seu
peso em água devido à alta porosidade da sua estrutura cristalina. Além disso, as moléculas de
água nos poros podem ser facilmente evaporadas ou reabsorvidas sem danificar sua estrutura
tridimensional (POLAT et al., 2004).
As zeólitas podem atuar na melhoria da eficiência do uso da água por meio do
aumento da capacidade de retenção de água do solo e do aumento da disponibilidade dessa
água às espécies vegetais (POLAT et al., 2004; FLORES-MACÍAS et al., 2007; MAHESH et
al., 2018). Existem relatos do uso da zeólita clinoptilolita como condicionador de solo no
Japão, e com aumentos de produtividade nas culturas do trigo (13 a 15%), berinjela (19 a
55%), maçã (13 a 38%) e cenoura (63%), com a utilização entre 10 a 20 t ha-1 (TORII, 1978).
Xiubin e Zhanbin (2001) verificaram que com o uso de zeólitas, a umidade do solo aumentou
de 0,4 a 1,8% em condições de estresse hídrico, e de 5 a 15% em condições de fornecimento
adequado de água.
Issa e colaboradores (2001) observaram que as mais altas produtividades de gérberas
foram obtidas com substratos de cultivo com mistura de zeólita e perlita (1:1). Os autores
destacaram que o maior rendimento nesse substrato estava relacionado à presença da zeólita,
que conferiu alta capacidade de troca de cátions, e alta capacidade de reter e disponibilizar
nutrientes, além da possibilidade de melhor manejo de água. Obregón-Portocarrero e
colaboradores (2016) afirmam que a aplicação de zeólita na plantação de milho influenciou
significativamente (P <0,05) o rendimento de colheita, aumentando a altura de planta e o
diâmetro do caule. Os indicadores da eficiência do uso de nutrientes (N) mostraram aumentos
pela aplicação de zeólita, melhorando a utilização e custo-eficácia da aplicação de ureia. A
análise do solo, no final do ciclo da cultura mostrou que a aplicação de zeólita favoreceu a
adsorção de fósforo, magnésio e potássio e causou alterações no pH.
Mercadet e colaboradores (1990 a, b) realizaram um experimento em Cuba, no qual
adicionaram 0, 45, 90, 135 e 180 g de zeólitas naturais ao solo em sacolas plásticas para a
produção de mudas de Pinus caribaea e Eucalyptus pellita. As maiores alturas de plantas
foram obtidas com a adição de 20% de zeólita (180 g por recipiente), e com essa quantidade
foi possível reduzir a frequência de irrigação no viveiro. Os resultados de Karam e
47

colaboradores (2004) sugerem que, com a utilização de zeólita no meio de cultivo de


Codiaeum variegatum, foi possível reduzir em até 29% a utilização de água. Flores-Macías e
colaboradores (2007) comprovaram o efeito positivo da aplicação de clinoptilolita e
mordenita sobre a produção de parte aérea e de raízes de aveia.
No cultivo do arroz irrigado em terras altas é necessário um manejo adequado da água,
pois seu fornecimento interfere diretamente na produção de perfilhos e no desenvolvimento
radicular (CRUSCIOL et al., 2003). Além disso, a adequada disponibilidade de água no solo
favorece a atividade fotossintética, a acumulação de massa e a produção de carboidratos.
Considerando-se que grande parte das lavouras de arroz de terras altas está localizada na
região dos Cerrados, onde predominam Latossolos com baixa capacidade de armazenamento
de água e clima com ocorrência de veranicos, tem-se a irrigação suplementar por borrifação
como uma alternativa para minimizar os efeitos do déficit hídrico (STONE & PINHEIRO,
1998).
Após uma pesquisa exaustiva, o único trabalho encontrado que utilizava amônio,
oriundo de efluente associado à zeólitas, para ser utilizado como fertilizante, foi o trabalho de
Markou e colaboradores (2014) no qual foi utilizada uma zeólita natural como meio para a
absorção de amônia de águas residuais (tratamento de esgoto) e, posteriormente, aplicaram
este material como fertilizante, para liberação de nitrogênio em meio de cultura de
cianobactérias. Os autores concluíram que o reaproveitamento de nutrientes a partir de
efluentes é promissor e deve ser mais estudado, apesar de não terem conseguido bons
resultados em termos de rendimento e aproveitamento da amônia, em seu estudo pioneiro.
A partir destes estudos, é possível supor que a utilização de aluminossilicatos na
agricultura traz benefícios, não apenas em termos de aproveitamento de nutrientes como no
aproveitamento da água. Todavia esta relação de aluminossilicatos com a produção agrícola
ainda pode ser aprimorada a partir de estudos que associem esta aplicação com o
aproveitamento dos nutrientes oriundos de efluentes, fazendo assim uma reciclagem e melhor
aproveitamento destes valiosos nutrientes de forma natural.

1.4. Solo - suas fases e características

O solo é um sistema complexo, resultante da interação de fatores geológicos,


topográficos e climáticos, entre outros, que juntos conferem características e propriedades
químicas e físicas próprias a esse (SILVA et al., 2015). O solo é originado da ação conjunta
do intemperismo da biosfera (litosfera, atmosfera e hidrosfera) sobre o material geológico pré-
48

existente, de natureza mineral, sob o qual é depositado e enriquecido com húmus proveniente
dos seres vivos e da decomposição de matéria orgânica mediada pelos organismos do próprio
solo (ROCHA et al., 2004).
A massa do solo pode ser considerada, um sistema trifásico composto por: (i) fração
sólida (matéria mineral associada à matéria orgânica); (ii) fração líquida (solução do solo) e
(iii) fração gasosa (atmosfera do solo) (MELLO; PEREZ, 2009).
Sob o aspecto físico-químico, o solo é considerado um sistema aberto, multifásico e
multicomponente. É um sistema aberto, tendo em vista que, geralmente, se encontra em
equilíbrio dinâmico com a hidrosfera, a biosfera e a atmosfera, sendo livres as trocas de
matéria e energia entre esses compartimentos. É um sistema trifásico porque, sendo poroso,
admite a presença de gases e água em contato direto com as partículas sólidas minerais e
orgânicas do solo. Finalmente, é considerado um sistema multicomponente, porque é
composto de várias substâncias, compreendendo compostos inorgânicos e orgânicos. É,
portanto, um sistema complexo, em que os compostos das diferentes fases interagem, de
modo que para se compreender o comportamento dos solos, além de se conhecerem as
propriedades das diversas substâncias que os compõem, há que se considerar também as
interações entre seus componentes (MELLO; PEREZ, 2009).
O solo apesar de ser uma mistura complexa de material orgânico e mineral, apresenta-
se estratificado no meio ambiente. Cada parcela se chama horizonte e o conjunto de
horizontes que caracteriza um solo é denominado de perfil. Eles são formados por processos
naturais de adição de materiais, perdas das frações minerais e orgânicas por diversos
processos, transformações como intemperismo e humificação e, por fim, translocações dos
constituintes do solo pelo perfil (MANAHAN, 2001; BAIRD, 2002). A Figura 5 ilustra uma
típica estrutura de um perfil do solo, onde são apresentados os principais horizontes (O, A, B,
C; e R) e suas respectivas características.
49

Figura 5 Perfil típico de um solo, ilustrando os tradicionais horizontes: O, A, B e C

Fonte: TANG, 2004.

Na maioria dos solos, mais da metade do volume total é ocupado pela fase sólida, que
geralmente é composta, em sua maioria por compostos inorgânicos. Porém em alguns solos
tipicamente orgânicos é possível encontrar porcentagens de matéria orgânica acima dos 50%
(SPOSITO, 2008).
Em relação aos constituintes inorgânicos do solo, o principal grupo de minerais
primários são os silicatos, tais como, quartzo, felsdspato, feldspatóides, olivinas, piroxênios,
anfibólios e micas. Como esses minerais são compostos tipicamente por partículas grandes
quando comparados com os argilominerais (minerais secundários), possuem baixa área
superficial específica e por isso são pouco importantes no processo de atenuação e interação
com contaminantes, como elementos tóxicos. Os óxidos metálicos também são facilmente
encontrados em solos tropicais, principalmente na fração argila, devido ao alto estágio de
intemperismo dos mesmos (SPOSITO, 2008; MULLIGAN & YONG, 2004).
A matéria orgânica do solo pode ser classificada em duas grandes categorias
generalistas como substâncias húmicas e substâncias não húmicas, sendo que as não húmicas
são aquelas que possuem propriedades químicas bem definidas, tais como alguns
carboidratos, aminoácidos, proteínas, lipídeos, ácidos nucléicos, ligninas e ácidos orgânicos.
As substâncias húmicas são polímeros amorfos que podem ser classificados conforme sua
solubilidade em ácidos: ácidos húmicos (solúveis em bases diluídas), ácidos fúlvicos (solúveis
em ácidos e bases diluídas) e huminas (insolúveis em ácidos e bases diluídas) (BAIRD, 2002).
50

A matéria orgânica representa um componente importante no processo de


complexação de elementos na solução do solo, pois os grupos funcionais carboxílicos,
fenólicos, alcoólicos e cetonas presentes em seus compostos possuem alta afinidade para
formação de quelatos com metais tóxicos (MULLIGAN & YONG, 2004).
À medida que os solos são formados, durante os processos de intemperização, alguns
minerais e a matéria orgânica são reduzidos a partículas extremamente pequenas. Alterações
químicas diminuem ainda mais estas partículas. Estas partículas menores são chamadas de
“coloides”. Os coloides argilosos são frações menores que 0,001 mm ou 1 micra. Os coloides
orgânicos constituem-se no húmus, sendo produtos da decomposição da matéria orgânica,
transformados biologicamente. Em termos práticos, o tamanho das frações da fase sólida do
solo pode ser identificado de acordo com a classificação indicada na Tabela 5 (LOPES et al.,
2004).

Tabela 5 Classificação, quanto ao tamanho, dos componentes da fase sólida

Fonte: (LOPES et al., 2004)


A granulometria do solo está relacionada às porcentagens dessas partículas primárias,
distribuídas em diferentes tamanhos definidos por diâmetros específicos (KLEIN, 2014). A
textura é um dos principais indicadores de qualidade e produtividade dos solos, uma vez que
influencia na dinâmica da adesão e coesão entre as partículas de solo bem como o manejo dos
solos, que, por conseguinte influencia a resistência do solo à tração bem como a dinâmica da
água no solo. Além disto, pode ser usado como fator ambiental, pois influencia diretamente
nos processos ecológicos, tais como a ciclagem de nutrientes e troca de íons (HE et al., 2014).
Segundo o trabalho de Centeno e colaboradores (2017), fazendo-se a determinação da
textura do solo é possível obter uma estimativa indireta de diversos fatores dentre eles: a
dinâmica da água, grau de compactação do solo, capacidade de troca de cátions, dosagem de
nutrientes, corretivos e de herbicidas. Cabe ressaltar que a textura do solo não é sujeita a
mudanças de classe, sendo esta uma característica intrínseca do solo, podendo assim ser
somente afetada quando ocorrer à mistura com solos de texturas diferentes.
51

Dentro da classificação da textura existem três grupos principais de classes


conhecidas, sendo estas: solos arenosos, francos e argilosos; sendo que em cada grupo
coexistem as classes texturais específicas, que totalizam 13 classes texturais. Estas classes
fornecem uma ideia da distribuição do tamanho de partículas e indicam o comportamento das
propriedades físicas do solo (BRADY & WEIL, 2013).
Em geral, os solos com textura arenosa apresentaram maiores deficiências de fósforo e
matéria orgânica. Isto ocorre, porque estes solos apresentam em média 70% de sua
composição teores de areia, o que os tornam altamente permeáveis, com baixa capacidade de
retenção de água, baixos teores de matéria orgânica e adsorção de íons. Frente a isso se faz
necessário uma gestão do uso e manejo adequado para estes solos, bem como, quando
possível, investir na reposição da matéria orgânica do solo e nas práticas conservacionistas;
para torná-los menos suscetíveis à erosão e aumentar sua aptidão agrícola (BRADY & WEIL,
2013).
Os solos de textura franca, ou textura média, são solos com proporções semelhantes de
partículas de areia, silte e argila; o que os torna com boa drenagem e capacidade de retenção
de água e índice médio de erodibilidade. O trabalho de Centeno e colaboradores (2017)
mostra que, a maioria dos solos do tipo franco arenosos tendem a apresentar deficiências tanto
em matéria orgânica como de fósforo, enquanto os de textura franco argilosa possuem
maiores teores desses parâmetros. De forma geral, estes tipos de solos necessitam de poucos
cuidados durante seu manejo quando comparado aos solos de textura arenosa
Os atuais sistemas de manejo do solo tornaram os solos produtivos independente da
textura do solo. Este fato pode ser observado no estudo realizado por Bedin e colaboradores
(2003), por exemplo, onde o autor revelou que a produtividade da soja apresentou resultados
superiores em solos de textura média e arenosa, quando comparados aos argilosos. É
importante salientar ainda que o efeito positivo ou negativo do tipo de textura depende ainda
das exigências de desenvolvimento do tipo de cultura. De acordo com Galbieri e
colaboradores (2014), no estado de Mato Grosso, a produtividade de algodão não difere entre
solos argilosos e de textura média. Dou e colaboradores (2016), relataram que solos argilosos
possuem maior matéria orgânica quando comparados aos solos arenosos, isto ocorre devido à
maior proteção física oferecida pela argila, ocorrendo menores perdas de matéria orgânica e
consequentemente maior capacidade de água disponível à planta, o que proporcionou neste
estudo, um acentuado aumento na produtividade da cultura do arroz.
52

Os solos argilosos apresentam um manejo difícil, por serem solos mais pesados devido
à presença de teores de argila superiores a 35%, dificultando a penetração das raízes das
plantas e os trabalhos mecanizados, além de serem suscetíveis à compactação (KLEIN, 2014).
Na maior parte dos casos é possível observar que a textura do solo argiloso pode influenciar
diretamente no teor de matéria orgânica do solo, estreitamente relacionado com a capacidade
de troca de cátions dos respectivos solos afetando o pH, além da adsorção de fósforo bem
como de outros nutrientes (BRADY & WEIL, 2013).
A maioria das argilas e da matéria orgânica humificada tem propriedades coloidais,
dentre as quais se destaca o fato de possuírem carga elétrica de superfície. Por isso, esses dois
componentes da fração sólida são considerados como os maiores sítios de atividade do solo,
sendo, portanto, os principais responsáveis pela sua reatividade e pelo aumento da capacidade
de troca (CTC) (SPOSITO, 2008; DICK et.al., 2009).
Algumas propriedades físicas e químicas, importantes dos principais minerais de
argila e do material orgânico humificado, encontram-se respectivamente, nas tabelas 6 e 7.

Tabela 6 - Características físicas e químicas dos minerais de argila mais comumente


encontrados em solos tropicais.
Mineral PCZL* Área Específica (m2/g) CTC** (cmolc/kg)
Caulinita 4,0- 5,0 10 – 20 3 – 15
Oxi-hidróxidos de Fe/Al 7,0- 9,0 1 – 400 0–4
Ilita ------ 70 – 120 10 – 40
Vermiculita ------ 300 – 500 100 – 150
Legenda: *Ponto de carga zero líquida. ** Capacidade de Troca Catiônica
Fonte: SPOSITO, 2008.

Tabela 7 Propriedades químicas e físicas dos principais componentes da matéria orgânica


humificada.
Fração Húmica Massa Molecular Carbono (%) Oxigênio (%) Acidez (mol/kg)
Ácido Fúlvico 103 – 5 x 105 42 – 47 45 – 50 14
Ácido Húmico 103 – 105 51 – 62 31 – 36 5
Humina >105 >62 <30 >5
Fonte: Mc BRIDE, 1994.

Em geral, coloides (argila ou húmus) apresentam uma quantidade maior de cargas


negativas (-), desenvolvido durante o processo de formação. Isto significa que eles podem
53

atrair e reter íons com cargas positivas (+), semelhante ao que acontece quando os polos
diferentes de um imã são atraídos, ao passo que repelem outros íons de carga negativa, como
polos iguais de um imã se repelem, ou seja, os coloides de cargas negativas atraem os cátions
e os retêm de modo semelhante ao imã retendo pequenos pedaços de metal este conceito é
ilustrado na Figura 6. Em certos casos, os coloides podem, também, desenvolver cargas
positivas (+). É comum dividir as cargas negativas dos solos em cargas permanentes e cargas
dependentes do pH. Esta divisão é extremamente importante, as cargas permanentes existem
nas estruturas dos minerais e, por esta razão, estão sempre operantes. Já as cargas dependentes
do pH são efetivas ou não, dependendo do pH do meio.
Esta característica dos coloides explica porque o nitrogênio na forma de nitrato (NO3-)
lixivia mais facilmente no solo, do que nitrogênio na forma de amônio (NH4+). O nitrato
apresenta uma carga negativa fraca. Assim sendo, é pouco retido no solo, permanecendo
como íon livre na água do solo, passível de ser lixiviado através do perfil de certos solos e sob
certas condições pluviométricas (LOPES et al., 2004).

Figura 6 Demonstração de como, a semelhança de um imã, as cargas negativas dos coloides


do solo atraem ou repelem os cátions e ânions.

Fonte: Adaptado de INSTITUTO DA POTASSA & FOSFATO, 1998 apud LOPES et al., 2004

Cátions adsorvidos nas partículas do solo podem ser substituídos por outros. Isto, em
termos práticos, significa que eles são trocáveis. O número total de cátions trocáveis que um
solo pode reter (a quantidade de sua carga negativa) é chamado de sua Capacidade de Troca
(adsorção) de Cátions ou CTC. Quanto maior a CTC do solo, maior o número de cátions que
este solo pode reter. Portanto, a CTC é uma característica físico-química fundamental ao
manejo adequado da fertilidade do solo. Uma visão esquemática da CTC é mostrada na Figura
7.
54

Vale lembrar que muitos solos encontrados brasileiros, apesar de possuírem alta
percentagem de argila, comportam-se, em termos de CTC, de modo semelhante a solos
arenosos. Isto é explicado pelo fato destas argilas serem, predominantemente, de baixa
atividade (caulinita, sesquióxidos de ferro e alumínio, etc.). Muitos latossolos sob “cerrado”
se enquadram nesta categoria (LOPES et al., 2004).
A capacidade de troca iônica dos solos representa, portanto, uma forma de mensurar a
capacidade de liberação de vários nutrientes, favorecendo a manutenção da fertilidade por um
prolongado período e reduzindo ou evitando a ocorrência de efeitos tóxicos da aplicação de
fertilizantes. Se a maior parte da CTC do solo está ocupada por cátions essenciais como Ca 2+,
Mg2+ e K+, pode-se dizer que esse é um solo bom para a nutrição das plantas. Por outro lado,
se grande parte da CTC está ocupada por cátions potencialmente tóxicos como H+ e Al3+ este
será um solo pobre. Um valor baixo de CTC indica que o solo tem pequena capacidade para
reter cátions em forma trocável; nesse caso, não se devem fazer as adubações e as calagens
em grandes quantidades de uma só vez, mas sim de forma parcelada para que se evitem
maiores perdas por lixiviação. A CTC pode ser expressa como “CTC total” quando considerar
todos os cátions permutáveis do solo (Ca2+ + Mg2+ + K+ + H+ + Al3+) (RONQUIM, 2010).

Figura 7 Visão esquemática da CTC

Fonte: Adaptado de INSTITUTO DA POTASSA & FOSFATO, 1998 apud LOPES et al., 2004
55

A capacidade de troca iônica dos solos representa, portanto, uma forma de mensurar a
capacidade de liberação de vários nutrientes, favorecendo a manutenção da fertilidade por um
prolongado período e reduzindo ou evitando a ocorrência de efeitos tóxicos da aplicação de
fertilizantes. Se a maior parte da CTC do solo está ocupada por cátions essenciais como Ca 2+,
Mg2+ e K+, pode-se dizer que esse é um solo bom para a nutrição das plantas. Por outro lado,
se grande parte da CTC está ocupada por cátions potencialmente tóxicos como H+ e Al3+ este
será um solo pobre. Um valor baixo de CTC indica que o solo tem pequena capacidade para
reter cátions em forma trocável; nesse caso, não se devem fazer as adubações e as calagens
em grandes quantidades de uma só vez, mas sim de forma parcelada para que se evitem
maiores perdas por lixiviação. A CTC pode ser expressa como “CTC total” quando considerar
todos os cátions permutáveis do solo (Ca2+ + Mg2+ + K+ + H+ + Al3+) (RONQUIM, 2010).
No entanto, o H+ só é retirado da superfície de adsorção por reação direta com
hidroxilas (OH–) originando água (H+ + OH– → H2O). Quando a CTC é expressa sem
considerar o íon H+ (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Al3+) a denominação é “CTC efetiva”. Um solo pode
apresentar alto valor de CTC total (por exemplo, 100 mmolc dm-3 ), mas uma parcela
significativa das cargas negativas do solo (por exemplo, 60%) está adsorvendo íons H+, e a
CTC efetiva será de apenas 40 mmolc dm-3. A soma de bases trocáveis (SB) de um solo,
argila ou húmus representa a soma dos teores de cátions permutáveis, exceto H+ e Al³+ (SB =
Ca²+ + Mg²+ + K+) (RONQUIM, 2010).
Denomina-se saturação por bases (V%) a soma das bases trocáveis expressa em
porcentagem de capacidade de troca de cátions. A saturação por bases é um excelente
indicativo das condições gerais de fertilidade do solo, sendo utilizada até como complemento
na nomenclatura dos solos. Os solos podem ser divididos de acordo com a saturação por
bases: solos eutróficos (férteis) = V%≥50%; solos distróficos (pouco férteis) = V%. O
trabalho de Ferraz e colaboradores (2017) visou traçar um comparativo entre os atributos
químicos do solo utilizando diferentes tipos de amostragem, como referência para sua análise
utilizaram, assim como fizemos no presente trabalho, a Tabela 8 como base comparativa dos
parâmetros do solo.
56

Tabela 8 Classes de interpretação de fertilidade do solo.

Fonte: Adaptado de ALVAREZ et al., 1999, apud FERRAZ et al., 2017

Na definição de Sposito (2008), a solução do solo é “a fase líquida e aquosa cuja


composição é influenciada pelos fluxos de matéria e energia que ocorrem dentro dela e na sua
vizinhança, além da ação do campo gravitacional da Terra”. A solução do solo desempenha
importante papel nas inter-relações solo-planta-organismos, devido ao fato de ser o principal
transportador de água, nutrientes e de outros elementos, alguns tóxicos, para as raízes das
plantas e para a biota do solo (PEREZ, 2002). O estudo da solução do solo possibilita avaliar
e analisar as transformações químicas que ocorrem no solo e que são de importância para a
agricultura e o meio ambiente (MEURER, 2012).
Existe uma condição de equilíbrio entre os componentes da solução do solo e os
componentes da fase sólida e, na interface fase sólida-fase líquida, ocorrem diversas reações
químicas, com transferência de íons e moléculas de uma fase para a outra. O estudo e a
caracterização da solução do solo são importantes para predizer transformações e reações de
sorção, dissolução e precipitação que podem ocorrer no solo. Além disso, permite identificar a
especiação e as concentrações das espécies químicas que estão sendo adicionadas ao solo ou
ao lençol freático (MEURER, 2012).
As concentrações dos elementos químicos na solução do solo são governadas por uma
série de mecanismos que estão simplificadamente, ilustrados na Figura 8, onde setas com
número ímpar representam saídas (“output”) e setas pares, entradas (“input”) (MELLO &
PEREZ, 2009).
57

Figura 8 - Inter-relação da solução do solo com outros componentes do sistema

Fonte: MELLO & PEREZ, 2009.

Da análise da Figura 8, identificam-se os seguintes processos (MELLO & PEREZ,


2009):
1 – Absorção de nutrientes pela nutrição das plantas e microbiota;
2 – Exsudação e excreção de solutos e substâncias orgânicas pelas raízes e
microrganismos, além da morte e decomposição dos organismos, o que libera solutos,
também;
3 – Precipitação derivada da supersaturação e nucleação na solução do solo;
4 – Dissolução via intemperismo;
5 – Adsorção por causa de vários tipos de interação intermoleculares, tais como, força
de Van der Waals, ponte de hidrogênio, ponte hidrofóbica, troca de íons e ligantes, etc.;
6 – Dessorção e troca iônica;
7 – Drenagem de constituintes para fora do solo uma série e diluição da solução do
solo pela chuva;
8–Adição de metais e ligantes à solução do solo por fertilizantes e contaminantes com
possível recombinação, formando novos minerais (3);
9 – Liberação de gases para a fase gasosa;
10 – Dissolução de gases na água;
11 – Formação de compostos orgânicos via polimerização,
12 – Decomposição da matéria orgânica via ação microbiana.
58

A composição final da solução do solo também é fortemente controlada pela fase


mineral do solo. Existe uma constante interação entre a fração sólida, principalmente a fração
coloidal, e a fração líquida, a qual é complexa, devido aos vários fatores envolvidos
(LINDSAY, 2001).
Segundo Reichardt, (1985), os processos dinâmicos, que ocorrem no sistema solo-
planta-atmosfera, podem ser representados da seguinte forma geral:

M(Sólido)  M(Solução)  M(Raiz)  M(Parte Aérea)

Onde, M representa um elemento qualquer; M(Sólido) representa o elemento na fase


sólida (cristalina, precipitada, etc.) ou adsorvido; M(Solução) seria o elemento na fase aquosa
e M(Raiz) e M(Parte Aérea) estariam associados ao elemento absorvido pela planta. Há uma
predominância do movimento do solo para a planta, apesar das setas indicarem processos em
ambos os sentidos.
Existem ainda outros fatores que promovem variações na composição química da
solução do solo, tais como: o tempo, a acidificação do solo e a competição entre cátions de
elementos traço e de elementos mais abundantes pelos sítios de troca dos coloides (PEREZ,
2002).
Com a adoção crescente do plantio direto, aumentou a necessidade de se conhecer a
mobilidade vertical de cada nutriente no solo, porque nesse sistema os fertilizantes são
aplicados nos centímetros superficiais, sem incorporação posterior. A mobilidade dos
nutrientes no perfil pode afetar a disponibilidade destes aos vegetais e também as perdas por
lixiviação e, por isso, influencia a escolha das técnicas mais adequadas de fertilização do solo,
incluindo épocas, doses e métodos de aplicação dos fertilizantes, tanto sob o ponto de vista
agronômico quanto ambiental. Os nutrientes necessitam estar na solução do solo e em contato
com as raízes para serem absorvidos pelas plantas. A concentração nesse meio é determinada
pelo conjunto de reações que afetam cada nutriente (ERNANI et al., 2007).

1.4.1. Processos de sorção e troca iônica

Meurer, em 2012, refere-se à sorção como mecanismo de íons e moléculas por uma
fase sólida, sendo adsorção e polimerização exemplos de sorção. E define adsorção como a
59

acumulação de um elemento ou substância na interface entre a superfície sólida e a solução


adjacente, onde o adsorvato é o material que se acumula na interface, o adsorvente é a
superfície sólida e o adsortivo é a molécula ou íon em solução de tem potencial de ser
adsorvido.
Segundo Fagnani e colaboradores, 2017, o aumento da população mundial e o
desenvolvimento econômico introduziu uma enorme quantidade de contaminantes no
ambiente. A não remoção destes contaminantes dos efluentes pode causar danos tanto à saúde
humana quanto à indústria. Neste contexto, os processos de adsorção/troca iônica vêm se
constituindo em métodos promissores com alto potencial de aplicabilidade e passível de
estudos mais detalhados (IHSANULLAH et al., 2016).
A adsorção e a troca iônica são processos muito semelhantes. A adsorção é uma
operação unitária que envolve o contato entre uma fase fluida e uma sólida. Quando as duas
fases entram em contato o composto que está presente no seio da fase fluida (adsorvato) se
difunde para a superfície do adsorvente (fase sólida). A adsorção é um processo simples de
operar e há possibilidade de reuso do adsorvente contaminado via regeneração. Na troca
iônica, assim como na adsorção, uma espécie dissolvida é atraída por um sólido. A diferença
característica entre os dois fenômenos é que, a troca iônica é um processo estequiométrico.
Cada íon que é removido da solução é substituído por uma quantidade equivalente de outra
espécie iônica. Uma vez que ocorre na superfície de um sólido, a troca iônica pode ser
considerada como um processo de sorção (FAGNANI et al., 2017).

1.4.2. Dinâmica da água no solo

O movimento da água no solo é um tema importante em campos ambientais e


agrícolas (JAYAWARDANE et al., 2011). A camada externa e agriculturável da superfície da
terra, cuja origem é determinada pela ação de processos físicos, químicos e biológicos na
rocha, dando origem a um material natural, sólido e poroso que abriga em seus poros
quantidade variável de solução, denomina-se solo. E as distintas ações desses processos
resultam na variedade de solos, os quais apresentam uma disposição diferente com relação a
esse espaço poroso e que por sua vez formam canais naturais, de onde se originam as
interações entre a água e as partículas sólidas do solo, resultando em forças de atração e
fixação da água no solo, diminuindo a sua energia em relação à água livre (MIRANDA,
2002).
60

O movimento da água no solo é um dos assuntos mais estudados na física do solo


devido, principalmente, à sua importância relacionada à disponibilidade de água para as
plantas e ao transporte de solutos no solo (VELI & ALYUZ, 2007). O transporte simultâneo
de água e solutos no solo ocorre por convecção ou fluxo de massa, onde a água leva consigo
os solutos, podendo uma parte destes ser adsorvida ao complexo coloidal, outra absorvida
pelas plantas e por difusão em relação ao gradiente de concentração. A compreensão dos
processos de transferência de soluto no solo e das interações iônicas entre as fases (sólida e
líquida) é de fundamental importância ao estabelecer práticas de manejo de solo-água-planta
(RUIZ et al., 2010).
A dinâmica da água no solo desloca os solutos para as distintas profundidades do
perfil. Neste movimento, uma parte dos solutos pode ser absorvida pelas plantas, outra
perdida por percolação profunda e outra pode ser precipitada. Este deslocamento depende de
fatores relacionados às propriedades do meio poroso e suas interações, propriedades do
líquido percolante e as condições ambientais que influenciam nos parâmetros de transporte
dos solutos. Dentre os fatores que influenciam o processo de migração e a retenção de
substâncias químicas podem ser destacados: o tipo de solo, mineralogia, capacidade de troca
catiônica, espécies de cátions absorvidos, velocidade de percolação e teor de matéria
orgânica; concentração do contaminante, presença de outras substâncias na solução
percolante, as condições hidrogeológicas, temperatura e pH do meio (COSTA, 2002).
O entendimento da distribuição da água e soluto no solo para as distintas
profundidades do perfil é de suma importância para prevenir um desequilíbrio de nutrientes
no solo, evitando, assim, possível contaminação no lençol freático e desestruturação do solo
(PIFFER, 1989).
A diminuição da concentração de íons, cátions, como o sódio, na solução do solo pode
resultar na degradação da estrutura do solo (LE BISSONNAIS, 2016). Uma redução na
concentração de eletrólitos pode resultar no aumento de inchaço e dispersão de argila, o que
altera ainda mais o tamanho dos poros, podendo eventualmente diminuir a infiltração de água
no solo. Além disso, a infiltração de água no solo também pode ser reduzida quando os íons
presentes na ordem Ca2 + > Mg2 + > K +> Na + (MARCHUK & MARCHUK, 2018).
A estrutura e estabilidade dos agregados do solo determinam a infiltração de água no
mesmo. Os mecanismos de degradação dos agregados do solo, por sua vez, incluem forças
internas entre as partículas do solo, tais como interações eletrostáticas, hidratação e van der
Waals (HU et al., 2018), bem como forças externas, como o impacto da gota de chuva, a força
61

de cisalhamento da água corrente, diferencial inchaço, estresse osmótico e o preparo do solo


(CARMI et al., 2018; LUO et al., 2018). As interações eletrostáticas entre as partículas do
solo desempenham papéis cruciais para estabilidade de agregados no solo (HU et al., 2018), e
influenciam fortemente o movimento da água do solo (YU et al., 2016)
Uma força de indução não clássica de cátions adsorvidos foi encontrada como a
origem de efeitos iônicos nos sistemas de solo e argila (LIU et al., 2017). Os cátions não-
classicamente polarizados poderiam aumentar as forças de interação de Coulomb entre cátions
e a superfície da argila, e, em seguida, diminuiriam a força do campo elétrico em torno das
partículas argila e a força repulsiva eletrostática entre partículas adjacentes nos agregados,
finalmente aumentando a estabilidade do agregado do solo (HU et al., 2015; LI et al., 2015).
Considerando que a infiltração de água no solo é determinada pela estrutura e estabilidade do
solo agregados, é importante investigar os efeitos dos íons específicos da infiltração de água
no solo (DING et al., 2019).
Diante do uso de águas residuárias na agricultura, a dinâmica da água e dos solutos no
solo adota uma dimensão maior, para evitar ou mensurar os possíveis impactos no solo com o
uso de águas de qualidade inferior na agricultura. Sendo assim, alguns estudos foram
realizados como, por exemplo, o transporte no solo de solutos presentes na água residuária de
café Conilon (FERREIRA et al., 2006); o uso de vinhaça e impactos nas propriedades do solo
e lençol freático (SILVA; GRIEBELER e BORGES, 2007); a viabilidade do aproveitamento
agrícola de percolados de resíduos sólidos urbanos (MATOS; CARVALHO e AZEVEDO,
2008); a mobilidade de solutos em colunas de solo com água residuária doméstica e de
suinocultura (SANTOS et al., 2010); a distribuição de solutos em colunas de solo com
vinhaça (SILVA et al., 2012).

1.4.3. Dinâmica do Nitrogênio no solo

A combinação adequada de doses, modos de aplicação e fontes de N pode aumentar


significativamente a eficiência do uso dos fertilizantes nitrogenados e, consequentemente, a
produtividade de culturas anuais, como o arroz. Normalmente, a dose de N a ser utilizada na
cultura se baseia na produtividade esperada e no histórico da área. Aliado a este fato, a
crescente utilização de cultivares de alto potencial produtivo tem implicado no uso mais
frequente de insumos, dentre os quais o N. No entanto, a utilização de doses cada vez mais
62

elevadas deste nutriente para aumentar a produtividade pode acarretar em elevado


desenvolvimento vegetativo, o que pode levar ao acamamento de plantas e interferir
negativamente na produtividade e na qualidade dos grãos (FAGERIA et al., 2003).
As formas não orgânicas de N mineral encontradas no solo são os íons nitrato (NO₃‫ )־‬e
amônio (NH4⁺). Estas são as duas formas minerais passiveis de serem absorvidas pelas
plantas. O contato íon-raiz ocorre principalmente por fluxo de massa, onde o íon se move na
solução do solo até a raiz. A disponibilização de N do solo às plantas ocorre pela
mineralização da matéria orgânica, sendo influenciada por fatores como o nível de umidade
do solo, a temperatura, o pH do solo, a relação C/N da cobertura do solo. Em função disto, a
adição de adubos minerais nitrogenados constitui a fonte rápida deste nutriente. As formas
minerais de N têm a vantagem de serem facilmente solúveis em água e de apresentarem alto
teor do elemento. Apenas uma parte do N mineral aplicado é absorvido pelas plantas. O
restante é perdido do sistema solo-planta-atmosfera por processos de lixiviação, volatilização,
erosão e desnitrificação, tendo ainda uma fração que permanece no solo na forma orgânica
(VARGAS, 2015).
A dinâmica do nitrogênio (N) no solo envolve processos de natureza física, química e
biológica, que determinarão se o N permanecerá adsorvido na camada agricultável do solo,
absorvido pelas plantas ou se moverá no solo, até atingir camadas mais profundas. O
movimento e o destino desses produtos no ambiente são influenciados por processos de
retenção (adsorção e absorção), de transporte (lixiviação, volatilização, escoamento
superficial), de transformação biológica e pela interação desses processos (SPADOTTO,
2003). Nutrientes com alta mobilidade no solo, a exemplo do N, atingem o volume de solo
explorado pelas raízes rapidamente, porém se perdem facilmente por lixiviação e, se
manejados incorretamente, podem contaminar as águas subterrâneas (ERNANI et al., 2007).
Aproximadamente 90% da fixação de cerca de 190 milhões de toneladas métricas por
ano de nitrogênio, são fixadas biologicamente, onde bactérias ou cianobactérias (algas azuis)
fixam o N2 em amônia (NH3). Essa amônia dissolve-se na água e forma amônio. Do ponto de
vista agrícola, essa fixação biológica do nitrogênio. É fundamental, pois os fertilizantes a base
de nitrogênio, produzidos industrialmente apresentam custos econômicos e ambientais, além
de não estarem acessíveis a muitos agricultores pobres devido ao seu custo elevado.
Uma vez fixado em amônia ou nitrato, o nitrogênio entra no ciclo biogeoquímico,
passando por várias formas orgânicas ou inorgânicas antes de finalmente retornar a forma de
nitrogênio molecular. Os íons amônio e nitrato da solução do solo, gerados pela fixação ou
63

liberados pela decomposição da matéria orgânica, tornam-se alvos de intensa competição


entre plantas e microrganismos. Para serem competitivos, os vegetais desenvolveram
mecanismos para capturar rapidamente esses íons da solução do solo. Quando em
concentrações elevadas no solo, que ocorrem após a fertilização, a absorção do amônio e do
nitrato pelas raízes pode exceder a capacidade de uma planta de assimilar esses íons, levando
a sua acumulação nos tecidos vegetais.
Porém, o amônio se acumulado em níveis elevados nos tecidos vivos, é toxico tanto
para plantas quanto para animais. O amônio dissipa os gradientes de prótons transmembrana
necessários para o transporte de elétrons na fotossíntese e na cadeia respiratória, bem como
para o sequestro de metabolitos nos vacúolos. Em relação assimilação de amônio, geralmente
as células vegetais para evitar a toxicidade do amônio – gerado a partir da assimilação ou da
fotorrespiração convertendo-o – em aminoácidos. A principal rota para essa conversão
envolve as ações sequenciais da glutamina sintetase e da glutamato sintase. ( TAIZ et al.,
2017)

Legenda: Quantidades relativas de nitrato e outros compostos nitrogenados de exsudados do xilema de várias
espécies vegetais. As plantas foram cultivadas com suas raízes expostas a soluções de nitrato, e a seiva
do xilema foi coletada por rompimento do caule. Observe a presença de ureidas em feijoeiro e ervilha;
somente leguminosas de origem tropical exportam nitrogênio em tais compostos
Fonte: Pate, 1983 apud Taiz et al., 2017
^
64

1.4.4. Dinâmica do Potássio no solo

O potássio (K) é o nutriente mais requerido pelas plantas, próximo a N, em termos


quantitativos (OOSTERHUIS et al., 2014), especialmente por vegetais que o extraem do solo
em grandes quantidades. Em espécies que acumulam reservas (carboidratos) nas raízes ou
tubérculos, a qualidade nutricional varia de acordo com o potássio (ZÖRB; SENBAYRAMB;
PEITER, 2014). Existem relatos de que altos níveis de K no solo influenciar negativamente a
qualidade dos vegetais: exemplo, tubérculos de batata (ZÖRB; SENBAYRAMB; PEITER,
2014) e raízes de cenoura (ZANFIROV et al., 2012). É um nutriente importante para a
manutenção da quantidade de água nas plantas, uma vez que a absorção de água pela célula e
pelos tecidos é, frequentemente, consequência da absorção ativa do potássio. Por ser um
elemento que não forma composto na planta, permanece livre para regular muitos processos
essenciais, incluindo ativação enzimática, fotossíntese, atuando no controle do uso eficiente
da água, na síntese de amido e de proteína (MALAVOLTA, 1996).
O incremento na produtividade agrícola, decorrente da adição dos fertilizantes
potássicos ao solo, varia principalmente com a quantidade de K disponível e com o nível geral
da fertilidade do solo (UCHOA et al., 2011). Segundo Ernani, e colaboradores (2007), o K
estrutural é a forma mais encontrada no solo e é liberado para a solução do solo quando esses
minerais são intemperizados, como esse é um processo lento, as quantidades liberadas para o
solo são insuficientes para suprir a demanda das plantas, principalmente às de ciclo curto.
Entretanto a forma do K trocável é a mais importante para a nutrição vegetal, pois restitui
rapidamente o K retirado da solução do solo pelas plantas ou perdidos por lixiviação.
Ainda de acordo com Ernani e colaboradores (2007), em solos com predomínio de
cargas variáveis, a concentração de K na solução é influenciada, sobretudo pela liberação do
K de formas não-trocáveis e pela reação de adsorção eletrostática. O contato com as raízes,
por sua vez, depende da distância entre elas e os nutrientes, assim como dos fatores de solo e
de planta que afetam a movimentação dos íons no solo (CHEN & GABELMAN, 2000). O
movimento radial de K em direção às raízes ocorre por fluxo de massa e principalmente por
difusão (ARAÚJO et al., 2003), porém o movimento vertical ocorre fundamentalmente por
fluxo de massa. Dependendo das condições, o K pode ser carreado para profundidades além
daquelas ocupadas pelas raízes, perdendo-se por lixiviação
65

1.4.5. Dinâmica do fósforo no solo

O fósforo (P) é adicionado ao solo em grandes quantidades (AVALHÃES et al., 2009)


devido à baixa eficiência de fertilização e absorção pelas plantas da formação de compostos
de fósforo com uma baixa solubilidade e forte adsorção ao solo. Assim, isso permite que a
maioria dos nutrientes se torne sólida (não-lábil) (PAVINATO; ROSELEM, 2008). Tal
evento faz do P um dos principais nutrientes limitantes para cortar a produtividade, pois faz
parte do metabolismo, processos como transferência de energia, síntese de proteínas,
fotossíntese e respiração (PANDEY et al., 2015).
O fósforo desempenha papel importante na fotossíntese, na respiração, no
armazenamento e na transferência de energia, na divisão e no crescimento celular, entre
outros processos. O P é importante na transferência de energia, como parte do trifosfato de
adenosina (ATP), como componente de proteínas, coenzimas, ácido nucleicos e substratos
metabólicos. A deficiência de P é responsável pela redução tanto do crescimento vegetativo,
incluindo a emissão de estolhos, quanto do reprodutivo (emissão de flores). A falta do
nutriente pode tornar os frutos mais ácidos e com aroma desagradável. Além disso, a correta
nutrição fosfatada é importante para aumentar a resistência da planta a doenças e a
consistência e o tamanho dos frutos (COCCO et al., 2016)
Nutrientes com baixa mobilidade, a exemplo do P, normalmente são lixiviados em
quantidades insignificantes, porém, quando aplicados sobre a superfície, podem não atingir as
camadas de solo onde se encontra a maior parte das raízes, as quais, para a maioria das
espécies anuais, se concentram nos 20 cm superficiais (ERNANI et al., 2007). Ao aplicar uma
fonte solúvel de P num solo, normalmente, mais de 90% do elemento aplicado é adsorvido na
primeira hora de contato com o solo (NOVAIS et al., 2007). Solos altamente intemperizados
possuem elevadas concentrações de minerais silicatados 1:1 e de óxidos e hidróxidos de Fe e
de Al na fração argila. Assim, grande parte do P adicionado via adubação é ou adsorvida pela
fração mineral do solo ou precipitada como compostos de Fe e de Al (CORREIA, 2010), o
que torna necessária a aplicação de doses maciças de fertilizantes fosfatados para adequada
nutrição das plantas. Alleoni, Fernandes e Correia (2012) observaram que as formas
inorgânicas de P ligadas a Fe e a Al foram as predominantes em um Latossolo tratado com
lodo de esgoto, o que foi atribuído às altas concentrações de óxidos de Fe e de Al tanto no
solo como no lodo.
66

A adsorção de P no solo se dá inicialmente por uma primeira fase rápida de atração


eletrostática, que é seguida de uma fase lenta, por meio de ligação covalente denominada
troca de ligantes, na superfície de óxidos de Fe e de Al. A troca de ligantes acontece por meio
de ligações monodentadas, bidentadas e binucleadas, sendo que a energia de ligação com os
coloides aumenta nesta ordem, enquanto sua labilidade (capacidade do complexo de quebrar
as suas ligações e formar outras ligações com compostos mais estáveis) aumenta na ordem
inversa. A adsorção em minerais é um dos mecanismos mais importantes de retenção de P nos
coloides do solo. No entanto, outros mecanismos, como a precipitação, também ocorrem e são
denominados coletivamente de sorção (NOVAIS et al., 2007; HESTERBERG, 2010).

1.5. O Cultivo de rabanete (Raphanus sativus)

No Brasil, a produção de rabanete não é realizada em larga escala, talvez devido à


população desconhecer que se trata de um alimento funcional rico em sulforafano, um
composto de isotiocianato com efeito quimiopreventivo para o câncer (CECÍLIO FILHO et
al., 2017) No entanto, é uma cultura considerada rentável, tornando-se uma interessante
alternativa aos produtores devido ao seu ciclo curto, que permite a diversificação das culturas
e aumenta a gama de produtos comercializados e a rotação de culturas, permitindo um rápido
retorno econômico (MESQUITA et al., 2011).
O rabanete (Raphanus sativus, Figura 9) pertence à família das brassicáceas, da
pequena região mediterrânea; essas plantas não ultrapassam 30cm de altura e possuem folhas
bem cortadas (MATOS et al., 2015); possui raiz globular de coloração rosa, brilhante e polpa
branca, sendo essa a parte comercial. É apreciado pela sua polpa crocante e sabor picante, é
uma hortaliça produzida em pequena escala, porém, em virtude de suas qualidades apresenta
grande potencial de aumento na área de produção e de comercialização (TAIZ & ZEIGER,
2013). Tem propriedades nutracêuticas e medicinais, pois possui alto teor de cálcio, ferro,
vitaminas (A, B1, B2 e C) e compostos de enxofre, além de suas atividades anticarcinogênica,
diurética, antiescorbútica e estimulante das enzimas digestivas; este último melhora a função
hepática para aumentar a digestibilidade (SOUSA GOUVEIA et al., 2018).
67

Figura 9 Rabanete (Raphanus sativus)

Fonte: O autor, 2017.


Outra característica relevante é seu ciclo extremamente curto, de 25 a 35 dias, que o
torna uma alternativa interessante de rotação de cultura para produtores de outras oleráceas. O
uso de fertilizantes minerais é uma opção onerosa para alguns produtores, a cultura do
rabanete, mesmo não sendo muito exigente em nutrientes, responde a adubação mineral,
principalmente aos fosfatados (XAVIER et al., 2015).
A gestão adequada dos fertilizantes minerais é um dos fatores que favorece o sucesso
da produção de hortaliças (CECÍLIO FILHO et al., 2014). A necessidade de níveis mais altos
de P e K no solo para vegetais, em relação com outras culturas, incentiva os produtores a
muitas vezes aplicar grandes quantidades de fertilizantes independentemente dos níveis de
nutrientes presentes na área, sem monitoramento da fertilidade do solo antes do plantio
(CECÍLIO FILHO et al., 2015). Isso gera um acúmulo desses nutrientes no solo, o que pode
causar um desequilíbrio nutricional e afetar negativamente a planta.
68

Na cultura de rabanete, por causa de seu ciclo curto, muitos cultivos são feitos ao
longo do ano em a mesma área. Onde é comum observar altos níveis de P e K no solo. O
rabanete é considerado uma espécie que exige pouca quantidade de nutrientes (NARLOCH et
al., 2002), embora existam trabalhos que relatam uma boa resposta da cultura à fertilização
mineral (COUTINHO NETO et al., 2010; OLIVEIRA et al., 2010). No entanto, existem
poucos estudos sobre nutrição e fertilização dessa cultura, especialmente em solos brasileiros.
Além disso, a recomendação de adubação fosfatada e potássica para rabanete em o estado de
São Paulo (TRANI et al., 1997) consiste nos mesmos níveis propostos para cenoura,
beterraba, nabo e salsa. No entanto, mesmo com a estrutura comercial semelhante desses
vegetais, acredita-se que há uma diferença na demanda de nutrientes uma vez que eles têm
níveis de acumulação distintos na massa seca e têm um desenvolvimento fisiológico diferente
(CECÍLIO FILHO et al., 2017).
O cultivo intensivo de hortaliças com frequentes fertilizações químicas pode ocasionar
acúmulo de nutrientes no solo que, por sua vez, pode reduzir a produtividade das culturas,
além de prejudicar o ambiente através de contaminação de lençóis freáticos, mananciais e
rios. De forma a possibilitar a investigação da fertilização em um curto período de tempo, foi
escolhida a cultura do rabanete que, segundo Mesquita e colaboradores (2011), apesar de ser
uma cultura de pequena importância em termos de área plantada, é cultivado em grande
número de pequenas propriedades dos cinturões verdes das regiões metropolitanas. Uma das
vantagens de se cultivar esta espécie é a possibilidade de auferir ganhos durante o tempo
transcorrido entre duas outras culturas de ciclo mais longo, pois além de ser relativamente
rústica, apresenta ciclo muito curto (cerca de 30 dias), com retorno rápido.
69

2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Desenvolvimento de metodologia analítica para determinação de compostos
nitrogenados por cromatografia de íons (CI)

2.1.1. Preparação das amostras para leitura no CI.

Todas as amostras analisadas por CI foram diluídas antes de serem injetadas no


equipamento. As amostras do lixiviado in natura e os destilados foram diluídos mil vezes
(1000 x) com água deionizada, sendo que as amostras de lixiviado in natura ainda foram
submetidas a um processo prévio de filtração com cartuchos On guard ® II RP da DIONEX®.
Os cartuchos, à base de resinas macroporosas de divinilbenzeno, foram ativados pela eluição
de 5 mL de metanol P.A. Merck® numa vazão aproximada de 1,0 mL por minuto para eluição,
no intuito de capturar a matéria orgânica presente na amostra, evitando o entupimento e
saturação das colunas do equipamento.
As amostras coletadas após a destilação foram diluídas quinhentas vezes (500x) com
água deionizada, devido à menor concentração de amônio presente na amostra. Todavia todas
as amostras após seu devido processo de diluição ou preparação foram filtradas antes de
serem colocadas nos vials do mostrador automático do CI. Este processo foi realizado com
auxílio de seringas acopladas a filtros de fibra de vidro com 0,22 µm de porosidade
(MILLIPORE ®) com a finalidade de garantir que nenhum material particulado passasse para
as colunas do equipamento evitando o entupimento das mesmas. Todas as amostrar foram
lidas em triplicata.

2.1.2. Determinação de amônio por cromatografia de íons

O CI utilizado neste trabalho (Figura 10) foi o modelo ICS-3000 da DIONEX®


equipado com coluna de cátions IonPac® CS16 Analytical (3x250 mm) antecedida de duas
pré-colunas. A supressora de cátions usada foi a CSRS 300 2 mm. O equipamento também
dispõe de uma coluna de ânions a IonPac ® AS23 Analytical (2x250 mm) antecedida de uma
pré-coluna, e uma supressora de ânions ASRS 300 2 mm. A fase móvel do equipamento,
utilizada para detecção de cátions neste trabalho, foi o ácido metilsulfônico (MAS),
apropriado para cromatografia, comprado na própria DIONEX ®. Este ácido foi injetado na
coluna a uma concentração 32 mmol.L-1 a partir do gerador de eluente que compõe o
70

equipamento. Para ânions foram usadas soluções de carbonato/bicarbonato de sódio (ambos


da Sigma Aldrich®) de concentrações iniciais de 4,5 mmol.L-1 e 0,8 mmol.L-1respectivamente,
bombeadas a partir de uma bomba isocrática. Todas as amostras foram lidas em triplicata.

Figura 10 Cromatógrafo de íons ICS 3000 da DIONEX®

Fonte: o autor, 2016

As condições operacionais utilizadas no cromatógrafo de íons são detalhadas na Tabela 9, a


seguir:

Tabela 9 - Condições operacionais utilizadas no cromatógrafo de íons DIONEX®, modelo


ICS 3000.
Parâmetros Condições operacionais
Vazão da fase móvel (mL min.-1) 0,3
Volume de injeção (µL) 25
Temperatura (oC) 30
Pressão do sistema (psi) 2.356
Fonte: O autor, 2017

2.2. Solução Padrão de Amônio

As soluções-padrão de amônio foram preparadas a partir da diluição da solução


estoque de 3000,0 mg.L-1 preparada com água deionizada e cloreto de amônio (NH4Cl) -
Sigma Aldrich®. As demais soluções-padrão, com diferentes concentrações foram preparadas
de acordo com a necessidade de cada teste.
Para a curva de calibração do CI, foi utilizada a solução padrão de seis cátions da
®
DIONEX (Six Cátion-II Standard) na qual a concentração de íons amônio (NH4+) é de 253
71

± 3 mg.L-1. Esta solução sofreu diluições para formação de cinco pontos diferentes na curva,
com concentrações iguais a 0,5, 1, 2,5, 5,0, 7,5 e 10 mg.L-1.

2.3. Materiais Adsorventes Utilizados

Inicialmente foram testadas três amostras de argila (C1,C2,C3) e uma zeólita (Z) com
e sem tratamento prévio. As amostras de argila granular foram fornecidas pela Süd Chemie
Ltda. identificadas pelo fabricante como CO620G, CO622G e CO626G. A zeólita comercial é
uma clinoptilolita identificada como Watercel-ZS fornecida pelas Indústrias Celta Brasil Ltda.

2.3.1. Caracterização dos alumino silicatos por FRX

As amostras C1, C2 e C3 e Z foram preparadas em prensa automática VANEOX


(molde de 20 mm, P = 20ton e t = 30s), utilizando como aglomerante ácido bórico (H3BO3)
na proporção de 1:0,3 - 0,6 g do ácido e 2 g da amostra seca a 100⁰C. Os resultados
semiquantitativos foram expressos em %, calculados como óxidos normalizados a 100%. Os
teores apresentados, expressos em %, foram determinados por análise semiquantitativa
(standardless) em espectrômetro por fluorescência de raios-X - (WDS-1), modelo AXIOS
(Panalytical).( BRISOLA, 2008.)
A determinação da perda por calcinação (PPC) das amostras foi feita em equipamento
Leco TGA-701. Primeira rampa de aquecimento 10°C/min de 25-107°C, segunda rampa
40°C/min de 107-1000°C. O ensaio é finalizado após 3 pesagens sequenciais idênticas.

2.3.2. Tratamento prévio dos aluminossilicatos

Amostras de C1, C2 e C3 e Z homoiônicas foram tratadas a partir da suspensão a 5%


(m/v), em solução aquosa 2,0 mol.L-1 de cloreto de sódio e água deionizada, colocadas em
tubos Falcon® de 50 mL, por 24 h em agitador mecânico seguido por três sucessivas lavagens
com água deionizada (LIN et al., 2013). Logo após, foram centrifugadas a 1500 rpm por 10
min. Dispensado o sobrenadante, as amostras modificadas de C1, C2 e C3 e Z agora
denominadas MC1, MC2 e MC3 e MZ de argilas e zeólita foram colocadas em estufa a 60
0
C para secar por um período de 12 h. Depois de secas, as amostras de argila foram maceradas
(processo não necessário para MZ) e armazenadas até o seu uso.
72

2.3.3. Teste preliminar

Para realização deste teste, 0,4 g de cada aluminossilicato (natural ou na forma


homoiônica) foi colocado em um tubo Falcon® com 40 mL de uma solução aquosa de NH4Cl
10 mg.L-1 formando uma suspensão que ficou sob agitação por um tempo fixo de 20 min.

2.3.4. Avaliação da capacidade de remoção de íons amônio por aluminossilicatos

Os testes descritos nesta etapa foram adaptados da metodologia descrita por (CRUZ
et.al., 2004) onde foram avaliados:

a) Variação do tempo de contato

Foram utilizados 40,0 mL da solução estoque de NH4Cl (3000,0 mg.L-1) e 10%,(m/v)


dos aluminossilicatos em tubos Falcon® de 50mL em diferentes tempos variando de 0 a 120
minutos - conforme o procedimento descrito por Cruz e colaboradores (2004) - sob agitação
mecânica a 300 rpm. Foram realizadas triplicatas para cada amostra. Após o tempo de
contato, as suspensões foram então centrifugadas a 1500 rpm por 10 min. O sobrenadante foi
recolhido e analisado no CI, após a diluição com água deionizada (1000x) e filtração de cada
amostra com auxílio de seringas acopladas a filtros de fibra de vidro com 0,22 µm de
porosidade (MILLIPORE®).

b) Variação da massa do aluminossilicatos

Foram utilizados 40 mL da solução estoque de NH4Cl (3000,0 mg.L-1) e adicionados


5, 10, 20 ou 30% (m/v) dos aluminossilicatos por um tempo fixo de 30 min. Após este tempo,
as suspensões foram centrifugadas a 1500 rpm por 10 min. O sobrenadante foi recolhido e
analisado no CI, após a diluição com água deionizada (1000x) e filtração de cada amostra
com auxílio de seringas acopladas a filtros de fibra de vidro com 0,22 µm de porosidade
(MILLIPORE®).

c) Variação da concentração de amônio


73

10% (m/v) dos aluminossilicatos foram colocados em contato com soluções que
variaram de 2000 a 6000 mg.L-1 de NH4Cl. Após o tempo de contato de 30 min, as
suspensões foram centrifugadas a 1500 rpm por 10 min. O sobrenadante foi recolhido e
analisado no CI, após a diluição com água deionizada (1000x) e filtração de cada amostra
com auxílio de seringas acopladas a filtros de fibra de vidro com 0,22 µm de porosidade
(MILLIPORE®).

2.4. Coleta, Caracterização e Tratamento do Lixiviado Bruto

2.4.1. Coleta do Lixiviado

Foram coletadas amostras do lixiviado bruto (LB) provenientes do Aterro


Metropolitano de Gramacho, localizado no município de Duque de Caxias no estado do Rio
de Janeiro. O município do Rio de Janeiro foi o maior usuário do aterro, espaço criado em
1976 em uma área de 1.300.000 m2 (GIORDANO et al., 2002). Após mais de 30 anos de
funcionamento, o local atualmente encontra-se desativado, todavia a degradação dos resíduos,
a geração de gases e de lixiviado continuam, fazendo com que as estações de tratamento
continuem operantes.
O lixiviado bruto foi coletado, mensalmente, durante o período de março de 2014 a
março de 2016, sempre no horário da manhã, da lagoa de equalização do aterro. Utilizou-se
para a coleta garrafas de politereftalato de etileno (PET) com capacidade para 2,0 L,
previamente pintadas com tinta acrílica preta à base de solvente em spray para evitar a
influência da incidência de luz e lavadas com solução aquosa de extran alcalino a 5 % e,
posteriormente, água deionizada. Após a coleta das amostras, estas foram acondicionadas à
temperatura de ± 4 ºC para posterior análise físico-química, conforme adaptações de APHA
(2012).

2.5. Caracterização do lixiviado de aterro

As análises de caracterização físico-químicas do lixiviado bruto seguiram as


metodologias preconizadas por APHA (2012) e compreenderam a determinação dos seguintes
parâmetros: condutividade elétrica, pH, salinidade, sólidos totais dissolvidos, demanda
química de oxigênio (DQO), cátions e ânions e metais. Sendo obtidas da seguinte maneira:
74

a) Condutividade elétrica:
A condutividade elétrica das amostras foi obtida através de leitura direta em um
analisador multiparâmetros (modelo: PCS Testr 35; fabricante OAKTON), conforme o
procedimento 2510 descrito no Standard Methods for The Examination of Water and
Wastewater (APHA, 2012).

b) pH:
O pH das amostras foi obtido através de leitura direta no analisador multiparâmetros
(modelo: PCS Testr 35; fabricante OAKTON), conforme o procedimento 4500 H+ descrito
no Standard Methods for The Examination of Water and Wastewater (APHA, 2012).

c) Salinidade:
A salinidade foi quantificada através de leitura direta em um analisador multiparâmetros
(modelo: PCS Testr 35; fabricante OAKTON), conforme procedimento o 2510 descrito no
Standard Methods for The Examination of Water and Wastewater (APHA, 2012).

d) Sólidos Totais Dissolvidos:


Os sólidos totais dissolvidos foram quantificados nas amostras através de leitura direta
com um analisador multiparâmetros (modelo: PCS Testr 35; fabricante OAKTON).

e) Demanda Química de Oxigênio (DQO):

A DQO das amostras foi obtida usando-se o método colorimétrico de refluxo fechado,
baseado no procedimento 5220 descrito no Standard Methods for The Examination of Water
and Wastewater (APHA, 2012). Foi utilizado um digestor modelo DRB 200 e um
espectrofotômetro modelo DR 5000 ambos do fabricante HACH.

f) Concentrações de cátions e ânions por Cromatografia de Íons (CI):

As análises quanto às concentrações de cátions e ânions por cromatografia de Íons


(CI), foram realizadas em triplicata. Para o lixiviado de aterro in natura as amostras foram
diluídas mil vezes em água dionizada (1000 x) e preparadas conforme descrito no item 4.1.1,
enquanto as amostras de lixiviado tratado por destilação foram diluídas quinhentas vezes
(500x).
75

Depois de diluídas as amostras foram filtradas, com auxílio de seringas acopladas a


filtros de fibra de vidro de 0,22 µm de porosidade (MILLIPORE ®), com a finalidade de evitar
o entupimento das colunas do equipamento com material particulado, e colocadas nos vials do
amostrador automático do CI. Todas as amostras foram lidas em triplicada.

g) Concentrações de metais por Espectrometria de Absorção Atômica de Chama (AAS):

As amostras foram digeridas segundo adaptação do procedimento EPA-3051A


(USEPA, 1998), sendo utilizado: 20 mL da amostra de lixiviado bruto e 8 mL de HNO 3 P.A.
foram colocados em um frasco de Teflon, que posteriormente foi fechado e aquecido em
forno de micro-ondas (Fabricante: Milestone – Modelo: Start E), com potência de 600W,
durante 20 min. (aquecimento até 170 oC durante 10 min. e manutenção a 170 oC por 10 min.).
O volume obtido foi filtrado em papel filtro e avolumado para 100 mL com água
deionizada. As amostras foram lidas, em triplicata, no espectrômetro de absorção atômica
(Fabricante: VARIAN – Modelo: AAS-220). Foram quantificados os seguintes elementos-
traços: Al, Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb e Zn.

2.6. Destilação do lixiviado bruto

Foram transferidos 500mL de lixiviado in natura para um balão de destilação de fundo


redondo de capacidade de 1,0 L com rolha esmerilhada 24/40. Esse balão foi adaptado, com o
auxílio de um redutor de 9 cm de comprimento, à aparelhagem de destilação com rolhas
esmerilhadas 14/20 (com dedo frio e controlador de refluxo) e aquecido por uma manta de
aquecimento. A vazão de destilação foi aproximadamente de 3 mL/min. A temperatura ao
longo de todo processo em 100º C. Coletou-se, em garrafas plásticas de polietileno, 4
alíquotas de 100 mL cada (A1, A2, A3 e A4) do destilado, que foram posteriormente
analisadas por CI.
Os resultados apresentados são as médias de seis destilações de diferentes lixiviados.

2.6.1. Tratamento do destilado com os materiais adsorventes

As quatros alíquotas do destilado foram unificadas e um volume correspondente a 40


mL foi colocado em suspensão de 10% (m/v) com cada aluminossilicato (MC3 e MZ) por um
período de 30 min. Após este tempo, as amostras foram centrifugadas a 1500 rpm por 10 min,
o sobrenadante recolhido e analisado no CI - após a diluição com água deionizada (1000x) e
76

filtração de cada amostra com auxílio de seringas acopladas a filtros de fibra de vidro com
0,22 µm de porosidade (MILLIPORE ®).

2.7. Avaliação, em coluna de solo, do comportamento dinâmico dos fertilizantes propostos


em solos brasileiros e comparação com fertilizantes comerciais

Nesta etapa foram estudados 2 solos, 4 fontes de nitrogênio em 3 repetições. Na coluna


controle, não serão adicionados nenhum tipo de fertilizante. A Tabela 10 mostra o desenho do
planejamento experimental de como serão testados os diferentes tipos de solos em relação às
diferentes fontes de nitrogênio.

Tabela 10 Planejamento experimental das colunas de solo.


ARE B (controle) ARG B (controle)
ARE x Z ARG x ZCA
ARE- x U ARG x UR
ARE- x N ARG x NA
Os diferentes tipos de solo serão: solos arenosos e argilosos naturais (ARE e ARG). As diferentes fontes de
nitrogênio serão: a amostra comercial de zeólita da Watercel-ZS com amônio do destilado de lixiviado (Z),
nitrato de amônio P.A da Vetec® (N) e ureia P.A da Vetec® (U)
Fonte:

2.8. Solos utilizados

Para a realização dos ensaios de avaliação dos efeitos da aplicação de diferentes


qualidades de fertilizantes nos atributos dos diferentes tipos de solo, foram fornecidos pela
EMBRAPA-SOLOS dois tipos de solo representativos do Estado do Rio de Janeiro: um
arenoso (ARE) e outro argiloso (ARG). Uma porção de cada solo terá seu pH alterado por
meio da calagem (de 4,5 para 6,0). Os solos serão nomeados como solos ARE e ARG naturais
(ARE e ARG) e tratados (ARE-T e ARG-T).

2.8.1. Modificação dos solos

Os dois solos foram modificados pelo processo de calagem, onde A recomendação de


calagem foi feita com base na saturação por bases atual, a desejada e a capacidade de troca de
cátions, utilizando um corretivo com PRNT de 100%, conforme metodologia descrita na
literatura (DE SOUSA, 2016, NOVAIS et al., 2007)
77

Onde: NC - é a necessidade de calcário; V2 - é a saturação por bases desejada (70 %);


V1 - é a saturação por bases atual; CTC - é a capacidade de troca catiônica e PRNT - é o
poder real de neutralização do calcário.

2.8.2. Fontes de nitrogênio, fósforo e potássio

Tendo em vista a facilidade operacional e os resultados eficientes das zeólitas, a partir


desta etapa, foi utilizada apenas a amostra comercial de zeólita da Watercel-ZS (ZC) que,
após tratada (conforme item 4.3.1), foram enriquecidas com íons amônio provenientes do
destilado do lixiviado, passando a ser denominada como ZCA. Além das zeólitas enriquecidas
com amônio serão testadas nesta etapa outras fontes comuns de nitrogênio que são nitrato de
amônio P.A da Yara Brasil® (N) e ureia P.A da Vetec® (U).
A fonte de fósforo (P) foi o superfosfato simples (Ca(H2PO4)2.H2O+ CaSO4.2H2O) da
Vale Fertilizantes S.A. e a fonte de potássio (K) foi o KCl adquirido dos Fertilizantes
Heringer S.A..

2.8.3. Quantificação de nitrogênio na zeólita utilizada como fertilizante.

A quantificação de nitrogênio na zeólita foi feita a partir da adaptação da metodologia


fornecida junto ao kit da HACH® “Simplified S-TKN TNT 880 HACH®”, onde 15 gramas de
zeólita enriquecida com amônio do lixiviado foram e mantida sob agitação branda em 200mL
de água ultrapura por 24 horas. Após o repouso o sobrenadante foi submetido às etapas
experimentais descritas no kit e posteriormente as amostras foram lidas no Espectrofotômetro
UV-VIS DR 5000 HACH®. Os resultados indicaram uma quantidade de 154,7 mg de
nitrogênio por grama de zeólita.
78

2.9. Colunas de solo

Para esta etapa, foram construídas colunas de PVC (Figura 11), de 40 cm de altura e
3,0 cm de diâmetro (MEURER & ANGHINONI, 2012), segmentadas em 10 cm. Utilizamos
as siglas A, B, C, e D para identificar a divisão das colunas representando, 0-10cm, 10-20cm,
20-30cm e 30 a 40cm, respectivamente Os quatro seguimentos de 10 cm serão unidos com
cola de silicone e estabilizados externamente por fitas PVC. No seguimento inferior será
acoplado um tampão de PVC com cinco furos de 2 mm de diâmetro, acima do qual foi
colocado um círculo feito com papel de filtro qualitativo, para sustentação do material e evitar
a perda de solo durante os ensaios.
As colunas foram preenchidas com os diferentes tipos de solo (ARE, ARG), secos ao
ar por 24 horas, destorroados e passados em peneira de 2 mm, até a altura de 30 cm com o
auxílio de um funil de plástico. Após o preenchimento das colunas com o solo, as
extremidades foram lacradas com papel alumínio e mantidas em repouso por 30 dias para a
devida acomodação dos agregados do solo, de maneira a se obter uma densidade próxima ou
igual à encontrada em campo (SANTOS, 2008).
Após o período de acomodação dos agregados de solo, cada coluna foi colocada
dentro de uma proveta (Figura 15) e preenchida até 2/3 de sua altura com água destilada. Em
seguida foram deixadas em repouso durante 36 horas para promover a sua saturação e, após
esse período, o excesso de água foi drenada por ação gravitacional durante três dias para se
atingir a capacidade de campo (SANTOS, 2008; BOEIRA et.al., 2011).
Este teste teve como objetivo, avaliar a dispersão dos nutrientes presentes no lixiviado,
e remanescentes no solo. Além de avaliar a capacidade de campo de cada solo. Por isso à
camada superior do solo foi misturada uma quantidade de nutrientes NPK, referente a vinte
vezes o valor recomendado para adubação de rabanetes, a quantidade de N recomendada pela
literatura foi de 20 kg.ha-1, para ambos os solos, a quantidade de K também foi a mesma para
ambos, 90 kg.ha-1, porém a quantidade de P foi de 30 kg.ha-1 para o solo arenoso e de 90
kg.ha-1 para o solo argiloso (PORTZ et. al., 2013). Segundo o autor as fontes de P e K, para o
plantio de rabanetes devem ser ajustadas de acordo com a quantidade já presente em cada
solo.
As fontes de N variaram entre os diferentes tipos de fertilizante propostos utilizaram-
se as siglas B, N, U e Z que se referem respectivamente aos tratamentos branco (sem adição
de nenhum nutriente), nitrato de amônio, uréia e zeólita, enquanto as fontes de P (P 2O5) e K
79

(KCl) foram todas iguais para todas as colunas. Resolveu-se multiplicar o valor recomendado,
para que os valores encontrados dos nutrientes nas análises pudessem ser detectados.

Figura 11 - Colunas de solo

Fonte: O autor, 2017

Com o solo na capacidade de campo, colocou-se lã de vidro na parte superior da coluna,


de modo a proporcionar melhor distribuição do líquido a ser percolado e garantir
uniformidade de infiltração da solução no solo. Finalmente, as colunas foram colocadas sobre
funis de vidro, munidos de papeis de filtro qualitativo para recolhimento dos percolados e
cada sistema (coluna + funil) foi fixado por meio de garras em suporte universal.
No topo de cada coluna de solo, foram aplicados dois volumes de poros de cada um
dos tratamentos, divididos em uma aplicação semanal de 0,5 volume de poros, durante 4
semanas, tendo sido aplicado um volume total de aproximadamente 200 mL, nas colunas com
solo ARG e 180 mL no solo ARE. O volume de poros (Vp) de cada coluna foi determinado
pela Equação (1) (BARROS et al., 2004; SANTOS, 2008):

Vp = π r2 h (1 – Ds / Dp) (1)
Onde:
Vp = volume de poros (cm-³)
r = raio da coluna (cm)
h = comprimento da coluna (cm)
Ds = densidade do solo (g cm-3)
Dp = densidade das partículas (g cm-3)
80

A densidade de solo (Ds) de cada coluna foi obtida com a Equação (2) para o cálculo
do Vp:

Ds = m / v = (mc+s - mc) / v (2)

Onde:
Ds = densidade do solo (g cm-³)
m = massa de solo na coluna (g)
v = volume de solo na coluna (cm3)
mc+s = massa total (coluna e acessórios + solo) (g)
mc = mc + acessórios (g)

Após o termino do ensaio de lixiviação, as colunas foram desmontadas e amostras de


solo de cada seguimento foram coletadas. Essas amostras foram, em seguida, secas ao ar,
peneiradas em uma peneira de malha de 2 mm e acondicionadas em envelopes de papel,
devidamente identificados. Foram analisados, no solo lixiviado, os principais atributos que
auxiliam no entendimento dos processos de salinização e de sodificação do solo: pH em água;
sódio, potássio, cálcio e magnésio trocáveis; capacidade de troca catiônica (CTC); sódio
solúvel e potássio solúvel.

2.10. Caracterização do solo

Todas as amostras de solo da presente tese foram analisadas física e quimicamente nos
laboratórios do Centro Nacional de Ciência do Solo (EMBRAPA-SOLOS), no Rio de Janeiro.
As metodologias utilizadas foram as descritas detalhadamente no Manual de Métodos de
Análise de Solo (EMBRAPA, 1997). A seguir, são apresentados os princípios das
metodologias empregadas nessas análises:
A análise granulométrica, que consiste na determinação dos teores de argila, silte e
areia, foi determinada com base na lei de Stokes, após adição de dispersante químico (NaOH)
e agitação (dispersão física) de uma suspensão de solo (relação solo-solução=1:50). O teor de
argila foi obtido por densimetria e o de areia com base no material retido em peneira de malha
de 0,053 mm.
A acidez ativa (pH em água) foi determinada através da medição do pH com um
potenciômetro dotado de eletrodo combinado de Ag/AgCl, na suspensão solo-água deionizada
na proporção 1:2,5.
81

A Capacidade de troca catiônica (CTC) foi determinada através da soma dos


resultados obtidos para as concentrações de Ca 2+, Mg2+ e Al3+ (extraídos por solução de
1,0mol L-1 de KCl); Na+ e K+ (extraídos por solução de H2SO4 0,0125 mol L-1 + solução de
HCl 0,05 mol L-1) e H+ e Al3+ (extraídos por solução de acetato de cálcio 0,5 mol L-1 em pH
7,0) (Equação 3).

CTC = Valor S + (H+ + Al3+) (3)


(Valor S = Ca2+ + Mg2+ + Na + + K+)

A percentagem de saturação com sódio foi calculada através da seguinte expressão


(Equação 4):

PST (%) = 100 x (Na+ / CTC) (4)

Ca2+ e Mg2+ trocáveis foram determinadas por titulação com EDTA dissódico 0,0125
mol L-1, na presença, respectivamente, dos indicadores Negro de Eriocromo T e Calcon. Na + e
K+ trocáveis foram extraídos por uma solução conhecida como Mehlich 1 (HCl 0,05 mol L -1 +
H2SO4 0,0125 mol L-1) e determinados por fotometria de chama. A acidez potencial (H+Al)
foi extraída com solução de acetato de cálcio 0,5 mol L-1 a pH 7,0 e determinada por titulação
com solução de NaOH 0,025 mol L-1, em presença do indicador fenolftaleína.
O carbono orgânico do solo (Corg), foi determinado por titulação de oxi-redução com
sulfato ferroso amoniacal 0,102 mol L-1, em presença do indicador difenilamina, após
digestão com solução ácida de dicromato de potássio 0,0667 mol L-1. O nitrogênio foi obtido
pela sua conversão em sulfato de amônio (método Kjeldahl), através da oxidação do solo com
uma solução ácida de CuSO4 e Na2SO4. Em seguida o sulfato de amônio, convertido da
matéria orgânica, em meio alcalino (pela adição de solução de NaOH 7,5 mol L-1), libera
amônia, que em um microdestilador kjeldahl foi complexada em solução de ácido bórico
(3,64 mol L-1) contendo indicador misto (verde de bromocresol + vermelho de metila), sendo
determinado posteriormente por acidimetria.
A densidade de partículas foi determinada pelo método do balão volumétrico. Esse
método consiste em determinar o volume de etanol necessário para completar a capacidade de
um balão volumétrico, contendo o solo previamente seco em estufa.
82

A condutividade elétrica (CE) foi obtida a partir da leitura em condutivímetro do


extrato de saturação da pasta saturada do solo. Os teores de Na e K solúveis foram
determinados pela leitura, em fotômetro de chama, do extrato de saturação da pasta saturada
do solo.

2.11. Avaliação da fertilização do rabanete nos diferentes tipos de solo e fertilizantes

No intuito de analisar a eficiência do fertilizante preparado, a partir da adsorção de


amônio de lixiviado de aterro em zeólita e comparar sua eficácia com os outros fertilizantes
utilizados comercialmente (nitrato de amônio e ureia), foi conduzido em ambiente protegido
um experimento em vasos com solo característico do estado do Rio de Janeiro, nos quais
foram plantados rabanetes da espécie (Raphanus sativus).

2.12. Localização do experimento, Coleta e Caracterização do solo do inicial

O trabalho foi conduzido em vasos com capacidade de 3 litros, no período julho a setembro
de 2017, em casa de vegetação (Figura 12) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, campus
Maracanã (Rio de Janeiro – RJ), com coordenadas geográficas de latitude 22º 54’ Sul, longitude
43º 14’ Oeste.

Figura 12 Casa de vegetação do laboratório de tecnologia ambiental (LABTAM-UERJ).

Fonte: O autor, 2017

2.13. Montagem do experimento e sua condução

Tendo em vista a possibilidade do pH do solo estar baixo, parte das amostras de solo
argiloso (ARG) e solo arenoso (ARE) sofreram um tratamento por calagem para ajuste do pH,
83

que passamos a denominar de solo argiloso tratado (ARG-T) e solo arenoso tratado (ARE-T).
Sendo assim nesta fase de plantio foram utilizados quatro tipos de solos (ARG, ARG-T, ARE
e ARE-T) As amostras de solo depois de secas ao ar, foram destorroadas, homogeneizadas e
passadas em peneira com malha de 3,35 mm foram pesadas para preenchimento homogêneo
dos vasos. Todos os vasos receberam a mesma massa de solo, sendo pesados em balança
semi-analítica, totalizando 2,0 kg de solo por vaso.
As sementes de rabanete adquiridas do fabricante Isla Sementes LTDA. foram
plantadas em julho de 2017, onde foram utilizados 4 tipos de solos e 4 tratamentos com
diferentes fontes de N. Cada tratamento foi repetido 5 vezes, totalizando um quantitativo de
80 vasos. Em cada um dos vasos de 3 litros, foram adicionados a mesma quantidade de cada
um dos diferentes tipos de solo que foram testados (ARE, ARG, ARE-T e ARG-T) com as
diferentes fontes de nitrogênio (B, N, U e Z) para fertilização dos rabanetes (Raphanus
sativus). Sendo que também foram adicionados P e K de acordo com a recomendação da
literatura.
Para garantir o crescimento dos rabanetes em todos os vasos e avaliar o efeito do N na
fertilização, os vasos com tratamento branco (B) foram privados apenas deste nutriente,
recebendo então as mesmas quantidades de P e K que os demais. As sementes de Raphanus
sativa utilizadas foram adquiridas do fabricante ISLA PAK ® (Figura 13) onde em cada vaso
foram colocadas 5 sementes no solo de cada vaso onde já haviam sido dispostos os
fertilizantes, misturados a camada superficial do solo de acordo com a quantidade de NPK
recomendada pela literatura (PORTZ et al., 2013), onde foram utilizados uma dose de 20 kg
de N ha-1, em cada fonte de nitrogênio utilizada (N,U e Z). Já para as fontes de fósforo e
potássio, seguindo o mesmo manual o recomendado foi aplicar 90 kg de P 2O5 ha-1 no solo
argiloso e 30 kg de P2O5 ha-1 no solo arenoso, e 90 kg de K ha-1 em ambos os solos.
A irrigação dos vasos foi feita, a partir do aproveitamento dos cálculos utilizados nas
colunas para capacidade de campo e volume de poros. A partir destes cálculos a irrigação foi
feita diariamente, sempre ao final do dia, mantendo-se o solo húmido.
84

Figura 13 - Semente utilizada e preparação para o plantio.

Análises de crescimento dos rabanetes


Fonte: O autor, 2017

Para avaliar o efeito da aplicação dos diferentes tratamentos utilizados (B, N, U, e Z)


sobre o crescimento do rabanete, foram avaliados ao final de 40 dias: a altura da parte aérea
(cm), e comprimento e largura da maior folha (cm), comprimento e largura dos rabanetes,
com o auxílio de uma régua graduada em milímetros.
A matéria fresca foi pesada imediatamente após cada corte e acondicionada em sacos
plásticos. A parte aérea (haste e folhas) e a raiz foram colocadas para secar em estufa a uma
temperatura de 65º C por 24 horas, até atingir massas constantes. Ao final efetuou-se à
pesagem em balança, tento, portanto o Peso fresco e o peso seco da parte aérea e da raiz que
objetiva avaliar a perda de água da planta. Com esses dados, também obtivemos por meio da
Equação 5 a taxa de crescimento absoluto (TCA) (BENINCASA, 2003 apud SANTI, 2013).

P2− P 1
TCA =
t 2− t 1 (5)

P1 e P2 = peso de matéria seca de duas amostragens sucessivas (gramas);


t1 e t2 = intervalo de tempo entre amostragens (dias).
85

2.13.1. Análise foliar

A determinação teores de macronutrientes e micronutrientes foliares foram obtidas após


o corte da parte aérea no 40º dia contados a partir do início de aplicação dos tratamentos.
O material cortado foi pesado, submetido à secagem em estufa a 65 °C, durante 24 h);
em seguida, o material foi moído em moinho analítico (IKA A11 Basic ®) com peneira de 30
mesh, acondicionado em tubos Falcon e encaminhado ao laboratório da EMBRAPA solos
para determinação dos macro e micronutrientes, conforme metodologia de Carmo e
colaboradores (2000), onde as amostras secas e moídas foram submetidas à digestão via
úmida nítrico-perclórica. Após a digestão o fósforo foi determinado por calorimetria, o
potássio por fotometria de chamas, o cálcio e magnésio por absorção atômica e os demais
nutrientes foram determinado por espectrometria de emissão atômica com indução de plasma
(ICP).
Para a determinação do teor de N, as amostras foram submetidas à digestão via úmida
sulfúrica e a determinação do Nitrogênio obtida por Kjeldahl.

2.13.2. Análise do solo ao final do experimento

Ao final do experimento, foram retiradas amostras de solo de cada unidade


experimental, essas amostras foram secas ao ar, destorroadas e enviadas para análise química
no laboratório da Embrapa Solos, conforme procedimento da Embrapa (2009).

2.14. Tratamentos Estatísticos dos dados

Os valores obtidos nas análises foram analisados, tanto no EXCEL (médias, desvio
padrão, tabelas e gráficos), como por análise de variância (ANOVA) no programa
STATISTICA®. Todos os testes estatísticos produzidos neste trabalho estarão no APÊNDICE
B.
86

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Soluções Padrão de Amônio

Como pode ser visto na Figura 14 estão os pontos da curva de calibração feitos a partir
das soluções padrão preparadas. Da destilação da solução padrão de amônio obteve-se uma
recuperação satisfatória desse composto, de aproximadamente 89%, o que corrobora com
estudos anteriores que tentaram recuperar nitrogênio amoniacal por destilação (UDERT et al.,
2012). O mesmo estudo indica que a perda do nitrogênio no condensado após o processo de
destilação está diretamente relacionada com o pH, em que quanto maior for o pH, maior será
a perda de nitrogênio na forma de amônia.

Figura 14 Curva de calibração de amônio para a análise de cromatografia de íons


Am onio External CD_1
4.50
Area [µS*min]

4.00

3.00

2.00

1.00

mg/L
0.00
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0 11.0 12.0

Legenda: Curva de calibração de amônio para a análise de cromatografia de íons (R 2 = 0,98), cinco pontos
diferentes na curva, com concentrações iguais a 0,5, 1, 2,5, 5,0, 7,5 e 10 mg.L-1
Fonte: O autor, 2016
3.2. Caracterização dos aluminossilicatos por FRX

As amostras C1, C2 e C3 e Z foram análisadas por fluorescência de raio-X (FRX) e a


partir desta análise foi verificada a seguinte composicão de cada amostra, conforme os valores
percentuais apresentados na Tabela 11 .
87

Tabela 11 Caracterização por FRX

Amostra Na 2O MgO Al2 O3 SiO2 P2 O5 SO3 K2O CaO TiO2 Fe 2O3 Cl La 2O3 Nd2 O3 *PPC

C1 0,64 3,80 13,70 61,10 0,16 2,60 2,30 1,60 0,53 5,00 < 0.1 < 0.1 < 0.1 8,2

C2 0,62 4,60 13,50 60,50 0,19 2,70 2,50 1,60 0,45 4,60 < 0.1 ND ND 8,5

C3 0,30 5,00 16,10 64,30 < 0.1 1,6 0,35 1,50 0,19 1,70 < 0.1 0,21 0,13 8,5

Z 7,40 1,10 11,20 61,80 < 0.1 < 0.1 1,30 1,50 0,20 1,50 3,8 ND ND 10,1

Legenda: Composição química dos aluminossilicatos estudados com todos os valores apresentados em
porcentagem. *PPC. Perda por calcinação.
Fonte: O autor, 2017:

Como os minerais analisados são aluminossilicatos, o alumínio foi um dos principais


elementos da composição de cada um. A presença deste elemento se torna importante, uma
vez que devido a sua troca com o silício (Si) promove a criação de cargas negativas sobre os
O (oxigênios) da estrutura, assim, outros elementos catiônicos podem ser facilmente trocados
sobre condições adequadas. Quanto maior o número de cátions de alumínios, maior a
capacidade de trocador iônico para a zeólita (BRAGA; MORGON, 2003).
Os elementos como Na, Ca, Mg e K também ocorreram em teores consideráveis, o que
reflete o ambiente geológico de formação que tende a favorecer a precipitação destes
elementos. Resultados semelhantes foram encontrados por Shinzato e colaboradores (2008) e
Belviso e colaboradores (2014). A amostra estudada por Mansouri e colaboradores (2013)
mostra que SiO2, Al2O3 e CaO são componentes principais em sua clinoptilolita, porém, os
óxidos como CaO, Na2O, Fe2O3 e K2O apresentaram menor valor do que os resultados da
amostra deste estudo. Vale ressaltar que as principais diferenças da zeólita utilizada nesse
estudo, para os demais aluminossilicatos estão na quantidade MgO que está abaixo e a
quantidade de sódio que está bem superior que as demais amostras e assim como é superior a
aos valores encontrados nos estudos da literatura supracitados.

3.3. Testes Iniciais dos Aluminossilicatos

Para os testes iniciais de adsorção, tanto o material modificado (MC1, MC2, MC3 e
MZ) quanto o material não modificado (C1, C2, C3 e Z) foram colocados em contato com
40mL de solução padrão de NH4Cl 10 mg L-1 por um período de 20 minutos. Os resultados da
remoção podem ser vistos na Figura 15, onde o aumento na capacidade de adsorção dos
88

aluminossilicatos tratados com NaCl, como proposto em experimentos anteriores, pôde ser
confirmado.

Figura 15 Resultado do teste inicial de adsorção

Legenda: Ensaio de inicial de adsorção com C1, C2, C3 e Z e MC1, MC2, MC3 e MZ. Que mostra o efeito do
tratamento com NaCl na adsorção de amônio (Condições: tempo de contato = 20 min, a concentração inicial de
amônio = 10 mg L-1; dosagem de adsorvente = 10 g.L-1)
Fonte: O autor, 2016

Este resultado pode ser comparado com o que foi encontrado por Lin e colaboradores
(2013) que aumentou em 58% a capacidade de adsorção de amônio a utilizando zeólitas
modificadas. Os autores ainda afirmaram que o material modificado tem uma taxa de
adsorção mais rápida, especialmente durante os primeiros 15 minutos (LIN et al., 2013;
ERDOGAN et al., 2011). Essa observação é atribuída a uma maior quantidade de íons de
sódio na zeólita modificada do que na zeólita natural, onde os íons de sódio adsorvidos foram
prontamente trocados por íons de amônio na superfície da zeólita.
Uma vez que MC3 e MZ foram mais eficazes na remoção de amônio (83% e 73%,
respectivamente) e por apresentarem melhores características de troca iônica, apenas essas
duas amostras foram utilizadas nos experimentos seguintes.
89

3.4. Isotermas e Cinéticas

As capacidades de adsorção das amostras MC3 e MZ em diferentes concentrações de


solução padrão de NH4Cl podem ser vistas na Figura 16 onde os dados foram obtidos a partir
da Equação (6):

 

C  C   V

o f 
qf   (6)
W

onde Co e Cf representam, respectivamente, as concentrações iniciais e finais de íons


amônio na solução (mg.L-1), V é o volume da solução (L) e W é a massa seca dos materiais
adsorventes (g).
As concentrações da solução padrão de NH4Cl variaram de 10 a 4500 mg L-1, sendo
que a solução mais concentrada tem uma quantidade de amônio superior a encontrada no
lixiviado bruto analisado neste estudo. E, como pode ser visto na Figura 16, ambos os
materiais adsorventes MC3 e MZ aparentemente não atingiram a sua capacidade máxima de
adsorção.

Figura 16 Capacidade de adsorção de MC3 e MZ em diferentes concentrações de amônio

Legenda: Influência da concentração inicial (Co) de íons amônio na capacidade de adsorção(q) de MZ e MC3
adsorventes (dosagem do adsorvente =50 g L-1, tempo de contato de 30 min.)
Fonte: O autor, 2017
90

Pode ser visto neste estudo que a capacidade de remoção de amônio dos materiais
adsorventes cresce de acordo com o aumento da concentração inicial de amônio na solução.
Huang e colaboradores (2010) executaram experimentos e também observaram que uma
maior concentração de amônio resultava em uma maior adsorção. Experimentos anteriores
também mostram que a adsorção de amônio varia de acordo com a concentração deste
composto na solução, tendendo a aumentar em concentrações maiores de amônio (DU et al.,
2005).
O efeito da dosagem de adsorvente na remoção de amônio foi avaliado a partir de
experimentos com diferentes massas (10, 50, 100, 200, 300 g.L-1). Na Figura 17 podemos
observar que a remoção de amônio depende da quantidade de adsorvente em solução.
Todavia, a remoção de amônio não aumentou para a zeólita quando a concentração de
adsorvente foi aumentada de 200 para 300 g.L-1, indicando uma estabilização deste
adsorvente. Saltali e colaboradores (2007) e Ye e colaboradores (2015) observaram resultados
semelhantes e atribuíram tais resultados a uma possível formação de agregados numa maior
razão de sólido/líquido ou pela precipitação das partículas de zeólita.

Figura 17 Efeito da MC3 e MZ dosagem na adsorção de íons amônio

Dosagem (g.L-1)

Legenda: Efeito da MC3 e MZ dosagem na adsorção de íons amônio (tempo de contato = 30 min, concentração
inicial de NH4+ = 3.000,0 mg.L-1)

Fonte: O autor, 2016


91

Fez-se necessário investigar também o efeito do tempo de contato entre o material


adsorvente e a solução, na adsorção de amônio. Amostras de MC3 e MZ foram colocadas em
suspensão de 10% (m/V) em solução padrão de NH4Cl de 3000 mg L-1 em diferentes tempos
de contato, que variaram de 0 a 120 minutos. A partir desta análise o tempo de equilíbrio de
adsorção pôde ser determinado.
Como pode ser observado na Figura 18, 20 minutos foram suficientes para ambos
adsorventes atingirem o equilíbrio adsorção, obtendo uma remoção satisfatória dos íons
amônio da solução. Embora ambas as amostras tenham apresentado bons resultados, MC3
apresentou uma adsorção ligeiramente maior do que MZ.

Figura 18 Remoção de íons amônio em diferentes tempos de contato

Fonte: O autor, 2016


A partir dos dados obtidos com o experimento acima foram realizados os cálculos de
cinética de adsorção, onde a quantidade de íons adsorvidos (qt, mg.g-1) foi obtido, conforme
realizado no estudo de Vignoli e colaboradores (2015), a partir da Equação (7) abaixo:

C o  Ct   V
qt 
W (7)

onde Ct é a concentração de íons após o tempo t (mgL-1), Co representa, a concentração inicial de íons
amônio na solução (mg L-1), V é o volume da solução (L) e W é a massa seca dos materiais adsorventes (g)
92

Vários modelos de cinética já foram aplicados para descrever o processo de adsorção


em sistemas sólido/líquido (HO, 2006; EVARISTO et al., 2013). É de conhecimento
científico que o processo de adsorção se dá em múltiplas etapas, compreendendo (i) transporte
de íons através da massa da solução, (ii) difusão de íons através da camada de líquido que
circunda as esferas (camada de hidratação de Nernst), (iii) difusão dos íons através da parte
interna do sólido, (iv) adsorção química ou física nos sítios ativos, (v) difusão dos íons da
parte interna para a externa (SHEK et al., 2009; WOLOWICZ et al., 2009). Cada etapa pode
controlar o processo de adsorção dependendo da combinação adsorvente-adsorbato e as
características do meio (pH, concentração de metais, temperatura, etc.) (SHEK et al., 2009).
De acordo com Wolowicz (2009) esse conhecimento é essencial para a seleção do adsorvente
para suas aplicações específicas, pois permite a compreensão do processo de adsorção, além
de permitir selecionar a melhor estratégia de dessorção.
No intuito de investigar o mecanismo de adsorção e o potencial da taxa de controle das
etapas de MC3 e MZ, os dados obtidos da cinética de adsorção do íon amônio por esses
adsorventes foram aplicados aos seguintes modelos de difusão cinética: modelo de pseudo-
primeira ordem de Lagergen - Equação (8) - e o modelo de segunda ordem - Equação (9)
(HO, 2006).
K
pseudo-primeira ordem: log( q  q )  log( qe )  1
(t ) (8)
e t 2.303
onde K1: é a constante de velocidade de pseudo-primeira ordem (L.min-1)

t 1 1
segunda ordem  2
 (t ) (9)
qt K 2 qe qe

onde K2: é a constante de velocidade de segunda ordem (L.min-1)

Os valores da constante de segunda ordem (K2) e de qe foram determinados a partir


das inclinações e interseções do gráfico (t/q t x t). As constantes de velocidade, os coeficientes
de correlação e qe dos modelos de pseudo-primeira ordem e segunda ordem foram calculados.
O coeficiente de correlação (r2) do modelo de pseudo-primeira ordem em diferentes
parâmetros experimentais foi menor do que 0,90 o que indica que este modelo não seria o
mais adequado para descrever este processo de adsorção. Por outro lado, os valores de
coeficiente de correlação do modelo de segunda ordem (r2) estão muito próximos de um
(0,9999) e os valores de qe calculados estão muito próximos dos valores de qe experimentais,
93

logo, o modelo de segunda ordem é o mais adequado para os dados encontrados neste
experimento.
Como pode ser visto na Figura 19 ambos os adsorventes se adequaram ao modelo de
segunda ordem, tendo uma correlação de r2 = 0,9999. Os valores de K2 e qe estão apresentados
na Tabela 12.

Figura 19 Gráfico do modelo cinético de segunda ordem

tempo (min)
Legenda: Modelo cinético de segunda ordem para adsorção de amônio por MC3 e MZ (concentração inicial
NH4Cl = 3000,0 mg. L-1; dosagem de adsorvente = 100 g.L-1)
Fonte: O autor, 2016

Tabela 12 Parâmetros cinéticos de MC3 e MZ na adsorção de NH4 +

Modelo Coeficientes MC3 MZ


qe (mg g-1) 25 20.28
-1 -1
Segunda ordem K2 (g mg min ) 0.0039 0.0039
r2 0.9999 0.99999
Legenda: qe: capacidade de sorção experimental, K2: constante de velocidade de segunda ordem.
Fonte: O autor, 2016

Os resultados dos modelos de adsorção mostraram que tanto MC3 quanto MZ se


adequaram ao modelo de segunda ordem, o que corrobora os resultados encontrados por
Erdogan e Ulku (2011) que afirmam que os resultados encontrados indicam que as taxas da
constante (K1) diminuíram com o aumento da concentração inicial, tamanho da partícula e
temperatura e aumentaram com a elevação da velocidade de agitação. O mesmo trabalho
94

também encontrou uma melhor correlação com o modelo de segunda ordem apesar dos
valores da constante K2 deste modelo terem diminuído com o aumento da concentração,
temperatura e tamanho da partícula, além de ter aumentado com o aumento de pH e a
elevação da velocidade de agitação.
Assim como mostrado na Figura 20 a capacidade máxima de adsorção de MZ foi de
69,6 mg – N/g enquanto MC3 alcançou uma maior adsorção (77,5 mg – N/g), valores estes
maiores do que encontrados por Yusof e colaboradores (2010) (11,3 mg – N/g para modernite
granulada natural da Indonésia) e Karadag e colaboradores (2006) (6,32 mg – N/g para
clinoptilolita da Turquia) e Widiastuti e colaboradores (2011) (3,89 mg – N/g zeólita natural
da Austrália).

Figura 20 Efeito da dosagem de MC3 e MZ sobre a adsorção de íons amônio

Legenda: Efeito da dosagem de MC3 e MZ sobre a adsorção de íons amônio (tempo de contato = 30 min, a
concentração inicial de NH 4 Cl = 3,000 mg L-1).
Fonte: O autor, 2016

A performance de adsorção de MC3 e MZ pode ser associada com tratamento feito


com NaCl, o que vai de encontro com estudos anteriores, como os de Lin e colaboradores
(2013) e Liang e Ni (2009). De acordo com Grim (1968), tratar um adsorvente com sais
solúveis no intuito de alterar os seus cátions trocáveis adsorvidos fornecem uma melhor
condição de troca no sistema adsorvente – água, uma vez que a ligação de forças entre as
95

partículas é alterada e a natureza da água adsorvida na superfície das partículas do adsorvente


podem ser modificadas.
Para determinar o modelo de isoterma mais adequado para descrever o processo de
adsorção de MC3 e MZ os resultados experimentais do efeito da concentração inicial de
amônio sobre a capacidade de adsorção foram calculadas com as equações de modelo de
equilíbrio de Langmuir e Freundlich (Equações 10 e 11 respectivamente) (HO et al., 1996;
WOLOWICZ & HUBICKI, 2010; LIN et al., 2016):

Ce 1 C
Langmuir:   e (10)
qe Q0bL Q0
onde Q0: constante de Langmuir relacionada à capacidade de monocamada (mg.g-1); bL:constante de
Langmuir relacionada à energia livre de adsorção (dm3.g-1).

1
Freundlich: log qe  log k F  log Ce (11)
n
onde kF é a constante de Freundlich (mg.g-1) e 1/n é o fator de heterogeneidade que analisa os
coeficientes de correlação (r2) das isotermas de adsorção obtidas das equações lineares

Tabela 13 Parâmetros dos modelos de adsorção de Langmuir e Freundlich para MC3 e MZ.

Material Langmuir
Q0 (mg/g) bL(L/g) r2 E
MC3 7,8308 0,00120 0,9686 0,0314
MZ 1,2265 0,00100 0,9979 0,0021
Freundlich
kf (mg/g) 1/n r2 E
MC3 287474.9 -0,8096 0,7745 0,2255
MZ 1,37E+18 -0,1798 0,9213 0,0787
Fonte: O autor, 2016

A partir dos dados apresentados (Tabela 13) podemos afirmar que o modelo de
Langmuir é mais adequado para descrever o equilíbrio de troca iônica para MC3 e MZ na
adsorção de amônio. Os altos valores de r2 obtidos no modelo de Langmuir (r2 = 0,9686 para
MC3 e r2 = 0,9979 para MZ) revelam que ao contrário do proposto pelo modelo de Freundlich
o processo de adsorção está restrito a uma classe específica de sítios (MOHAMEDA et al.,
2013; LIN et al., 2016). Os parâmetros para as isotermas de Langmuir e Freundlich foram
96

avaliados com base nos dados experimentais dos sistemas adsorventes – adsorbatos, sendo
que o modelo de Langmuir se adequou melhor aos dados obtidos do que o de Freundlich. Isso
implica dizer que a adsorção de amônio por MC3 e MZ provavelmente é feita em um
processo de adsorção em monocamada com distribuição uniforme dos sítios energéticos de
adsorção da superfície destes materiais.

3.5. Caracterização e Tratamento do Lixivado

Tabela 14 Parâmetros Físico-químico avaliados das amostras de lixiviado in natura

Parâmetros Valores
pH 8,5 - 9,2
Condutividade 7,18 - 12,27
DQO 3303 - 3680
Sólidos Totais Dissolvidos 6750,0 - 8590,0
Salinidade 6366,0 - 6620,0
Lítio 54,00 - 134,00
)
Potássio 1300,20 - 3724,30
Sódio 1,377 - 4,425
Amônio 837,63 - 4500,30
Magnésio 0 – 61,10
Cálcio 73,2 - 578,2
Nitrito 0 - 277,0
Nitrato 4, 06 - 234,35
Fosfato 0 - 17,1
Sulfato 38,4 - 744,0
Cloreto 3450,0 - 6173,0
Zinco 0,110 - 0,314
Cromo 0,160 - 0,246
Manganês 0,172 - 0,229
Níquel 0,215 - 0,537
Cobre 0,047 - 0,080
Alumínio 0,50 - 2,03
Cádmio 0, 002 - 0,032
Ferro 2,820 - 3,921
Chumbo 0 - 0,480
Legenda: Com exceção do pH e da condutividade, que está em mS/cm, todos os outros parâmetros estão em mg.L-1
Fonte: O autor, 2016
97

Na Tabela 14 podem ser observados os valores da caracterização do lixiviado bruto,


coletados do aterro sanitário de Jardim Gramacho (RJ/Brasil). O pH básico (8,5 – 9,2),
encontrado nas amostras, se dá devido ao aumento da concentração de nitrogênio amoniacal
oriundo da decomposição da matéria orgânica e a diminuição da concentração de ácidos
graxos voláteis (encontrados nas fases iniciais – fase acidogênica) os quais estão sendo
consumidos durante o estágio de decomposição anaeróbica, gerando principalmente gás
metano.
A alta condutividade reflete a grande quantidade de sais solúveis nas amostras. A
variação da DQO mesmo em aterros mais estáveis (3303 – 3650 mg.L-1) se dá devido à
grande influência que este parâmetro sofre em função da variedade e quantidade de resíduos
presentes no aterro. Entretanto, ao longo do tempo esse parâmetro tende a atingir valores
menores conforme ocorre a redução da carga orgânica biodegradável. Os níveis de DQO
também podem variar de acordo com a pluviosidade, tendendo a diminuir na estação chuvosa
(VIGNOLI et al., 2015).
No cromatograma típico de uma amostra de lixiviado bruto (Figura 21), apresentado
com diferentes diluições (1000x - a Figura. 21a - e 500x - a Figura. 21.b) usando coluna CS-
16, pode ser observada uma elevada concentração de cátions, tais como os íons amônio
(837,63 – 4500,3 mg.L-1), sódio (1377 - 4425 mg.L-1) e potássio (1300,2 - 3724,3 mg.L-1).
Estes dados são compatíveis com os resultados encontrados em outros estudos que fizeram a
caracterização de lixiviado bruto, utilizando diferentes métodos de quantificação, em que
também foram encontradas altas concentrações de íon amônio e sódio (VIGNOLI et al., 2015;
RIGO et al., 2016). O cálcio e o magnésio foram detectados apenas com um fator de diluição
mais baixo (500X) (Figura 21b).
A Figura 22 mostra as concentrações dos íons amônio, sódio e potássio em seis
amostras de lixiviado bruto lidas por cromatografia de íons. Como descrito na literatura,
existe uma interferência direta entre estes íons, quando a sua concentração é elevada
(THOMAS et al., 2002).
Os dados apresentados na Tabela 15 mostram uma grande correlação negativa entre os
íons de sódio, potássio e amônio. Esta relação reforça a dificuldade de analisar estes íons por
cromatografia de íons, quando estes íons estão presentes em concentrações elevadas na
amostra. De acordo com Joseph e colaboradores (2003), os principais cátions em lixiviados de
aterro são os íons amônio, sódio e potássio.
98

Figura 21 Cromatograma típico de amostras de lixiviado bruto

a) b)
+
Legenda: a) cromatograma típico de uma amostra LB – 1: Na , 2: NH4+, 3: K+; b) cromatograma típico de
uma amostra LB - 1: Na +, 2: NH4+, 3: K+, 4: Mg2+, 5 : Ca2+, feito com um fator de diluição
inferior (500x). CI feito com coluna catiônica IonPac CS16 anal analítica (3x250 mm) precedido
por duas pré-colunas. A supressora de cátions utilizada foi ASI 300 de 2 mm. A fase móvel
utilizada foi o ácido sulfônico de metilo (MSA) 32 mmol L-1 a partir do gerador de eluente
Fonte: O autor, 2016

Figura 22 Concentrações médias de NH4+, Na+ e K+ em seis amostras de LB


Concentração em mg/L

Amostras

Legenda: Gráfico das concentrações médias de NH4+, Na+ e K+, em seis amostras de LB
Fonte: O autor, 2016
99

Tabela 15 Correlação entre os efeitos das matrizes

Variável [NH4+] [Na+] [K+] [Ca2+] [Mg2+] [Li+]

[NH4 +] 1.000000 -0.683805 -0.755408 -0.220245 -0.255283 0.078869


[Na+] -0.683805 1.000000 0.980402 -0.019013 -0.358296 -0.271781
[K+] -0.755408 0.980402 1.000000 -0.065213 -0.347287 -0.421520
2+
[Ca ] -0.220245 -0.019013 -0.065213 1.000000 0.701650 -0.179365
2+
[Mg ] -0.255283 -0.358296 -0.347287 0.701650 1.000000 -0.011212
[Li+] 0.078869 -0.271781 -0.421520 -0.179365 -0.011212 1.000000
Legenda: Teste realizado utilizando STATISTICA (análise de dados sistema de software), versão 7
Fonte: O autor, 2016

Os raios iônicos de amônio e potássio são semelhantes e eles tendem a se comportar


de maneira similar. Enquanto que o cálcio é semelhante ao magnésio. O comportamento de
íons de sódio é diferente, no entanto ele também é deslocado do espaço interlamelar por
outros íons (ROOSTA & MOHAMMADI, 2013). Isto leva à uma competição pelos sítios no
espaço interlamelar entre os íons potássio e amônio (que causa a retração do aluminossilicato,
devido à desidratação parcial da camada interlamelar) e entre os íons cálcio e magnésio (que
mantêm um espaçamento relativamente maior por reter mais água).
Considerando as interferências dos íons sódio e potássio na quantificação do íon
amônio por CI, fez-se necessário um pré-tratamento em amostras com elevada concentração
destes íons (como no caso de lixiviados de aterro). Em função disso, neste trabalho foi
proposta a destilação do lixiviado, sem ajuste de pH (pH de lixiviado bruto: 8,5-9,2) como
uma etapa de limpeza para a preparação de amostras para a quantificação de amônio por CI.

3.6. Destilação do lixiviado bruto

Sabendo-se que a perda de amônio é relativamente pequena (recuperação de 89% de


amônio), seis amostras de lixiviado bruto foram destiladas e a partir de cada uma delas foram
recolhidas quatro alíquotas sucessivas (4 x 100 mL) que foram posteriormente analisadas por
CI (Figura 23). Pode-se verificar que foi possível realizar o isolamento do íon amônio uma
vez que sua concentração está significativamente maior que a de outros íons. Os interferentes
apresentados na análise de lixiviado bruto, realizada anteriormente, não foram detectados nas
alíquotas de condensado, uma vez que o amônio presente nas amostras foi isolado pelo
processo de destilação. No entanto, a utilização deste método para a medição de outros
100

componentes em amostras semelhantes não seria recomendada, uma vez que a concentração
elevada de amônio exige uma grande diluição das amostras que impede a detecção de outros
compostos em menor concentração.

Figura 23 Cromatograma típico da primeira alíquota de condensado de destilação de


lixiviados

Legenda: Cromatograma típico da primeira alíquota de condensado de destilação de lixiviados (1: Na +,


2: NH4+, 3: K+, 4: Mg2+, 5: Ca2+).

Fonte: O autor, 2016

Na Tabela 16 pode ser observado as concentrações médias de amônio em amostras de


lixiviado bruto e suas respectivas alíquotas da destilação (A1, A2, A3 e A4). Considerando as
concentrações do íon amônio detectadas no lixiviado bruto e nas quatro alíquotas da
destilação (Tabela 16), é possível observar que a recuperação de amônio pela destilação do
lixiviado bruto atingiu 79%, onde a maior concentração do íon amônio pode ser encontrada na
primeira alíquota da destilação. O que significa que, em termos de recuperação de amônio,
não seria necessário destilar todo o volume de lixiviado para obter a quantidade desejada de
amônio. Destilar metade seria o suficiente, uma vez que a concentração de amônio A3 e A4
são quase insignificantes, o que representa uma perda aceitável. A destilação total somente
faria sentido se a intenção for reduzir o volume de lixiviado como um tratamento desse
efluente.
101

Tabela 16 concentração média de íon amônio em amostras LB e suas respectivas alíquotas da


destilação (A1, A2, A3 e A4)

Massa Recupera
LB A1 A2 A3 A4
recup. ção

Amost.
a b a b a b a b a b
Conc. Massa Conc. Massa Conc. Massa Conc. Massa Conc. Massa (Ʃ A1, A2,
(%)
(mg.L-1) (mg) (mg.L-1) (mg) (mg.L-1 ) (mg) (mg.L-1) (mg) (mg.L-1 ) (mg) A3, A4)

1 1664,91 832,45 5481,29 548,13 247,89 24,79 45,81 4,58 19,67 1,97 579,47 70

2 1712,81 856,40 5020,16 502,02 236,29 23,63 25,24 2,52 19,01 1,90 530,07 62

3 1770,16 885,08 4902,93 490,29 255,06 25,51 30,06 3,01 20,50 2,05 520,86 59

4 1741,50 870,75 5717,04 571,70 501,58 50,16 17,77 1,78 15,46 1,55 625,18 72

5 1746,64 873,32 6362,33 636,23 502,29 50,23 20,53 2,05 15,74 1,57 690,09 79

6 1709,11 854,55 5802,68 580,27 353,25 35,32 23,30 2,33 15,66 1,57 619,49 72
-1 +
a: Concentração em mg.L medido por CI. b: Massa de NH4 calculada em cada LB e suas respectivas alíquotas
da destilação.
Fonte: O autor, 2016

3.6.1. Tratamento do condensado de lixiviado com o material adsorvente

Para avaliar a capacidade de remoção de amônio das amostras de condensado da


destilação de lixiviado bruto pelos materiais adsorventes MC3 e MZ, as alíquotas da
destilação foram misturadas, formando uma amostra única com concentração de 897,60 mg L -
1
de amônio. Esta amostra foi colocada em contato com os materiais adsorventes, MC3 e MZ,
em uma proporção de 10% (m/V) por um período de 30 minutos.

Figura 24 Capacidade de remoção de íons amônio do destilado de lixiviado por MC3 e MZ

Legenda: Concentração inicial de NH4+ = 897,60 mg.L-1; dosagem de adsorvente = 100 g L-1, tempo de contato:
30 min).
102

Fonte: O autor, 2016

A remoção média de NH4+ para MZ foi de 81,4% e foi de 95,8% para MC3 (Figura
24), o que indica que os adsorventes utilizados apresentaram uma remoção eficiente,
apresentando resultados mais elevados do que outros estudos (YE et al., 2015; VIGNOLI et
al., 2015). De acordo com Huang e colaboradores (2010) a presença de outras espécies de
cátions e ânions na solução pode influenciar significativamente a remoção do íon amônio pelo
material adsorvente. Os autores afirmaram que a presença do íon sódio teve maior
interferência sobre a remoção dos íons amônio, que outros íons analisados, uma vez que os
íons de sódio têm maior efeito competitivo. Esse mesmo trabalho determina ainda que a
influência dos íons sobre a remoção de amônio segue a seguinte ordem: Na +> K+> Ca2+>
Mg2+. Esta afirmação sugere que o isolamento de amônio lixiviado por destilação explicaria a
alta eficiência de remoção de NH4+ por MC3 e MZ.
O uso de MC3 e MZ como adsorvente apresentou uma capacidade de remoção de
amônio satisfatório nas condições estudadas neste trabalho. O que acaba por ser uma proposta
interessante do ponto de vista ambiental e tecnológica, propondo uma técnica que pode
potencialmente contribuir para o processo de tratamento de lixiviado, reduzindo a toxicidade
deste poluente, utilizando um material barato e abundante. Além disso, a fixação desse NH4+
removido de lixiviado nos adsorventes utilizados, nos leva a acreditar na possibilidade da
reutilização deste nutriente aprisionado em aluminossilicatos como fertilizante.
Tendo em vista os resultados positivos em relação a capacidade de adsorção de
amônio, além do aspecto vantajoso no ponto de vista operacional das zeólitas, decidiu-se
utilizar apenas este material para os demais testes em colunas e o de fertilização dos rabanetes
em casa de vegetação. As zeólitas enriquecidas com o amônio removido do lixiviado de aterro
passou a ser utilizado como uma das fontes de nitrogênio nos testes a seguir denominado
como uma das formas de tratamento “Z”.

3.7. Caracterizaçao física dos solos virgens (fisico-quimica)

As amostras de solo ARG e ARE foram fornecidas pela Embrapa e os laboratórios da


própia empresa forneceram a caracterização física e química de cada um. Os resultados das
análises podem ser observados nas Tabelas 17 e 18, respectivamente.
103

Tabela 17 Caracterização física dos solos virgens

Parâmetro ARG ARE

Areia Grossa (g kg-1) 386 659


-1
Areia Fina (g kg ) 199 267
Silte (g kg-1) 128 34
Argila (g kg-1) 287 40
Relação Silte/Argila 0,45 0,85
Fonte: O autor, 2018

Com base nas análises e nos resultados mostrados na Tabela 17 fornecidos pelos
laboratórios da Embrapa, os solos ARG e ARE analisados de fato podem ser
considerados, respectivamente, um solo franco-argiloso-arenoso e um solo arenoso, ou
seja, o primeiro possui uma mistura de grãos em que a fração argila é significativa e o
outro possui uma mistura onde a fração areia é predominante. Essa fração areia não
interfere diretamente no potencial reativo do solo, papel este que é exercido pela fração
argila em conjunto com a matéria orgânica humificada.

Tabela 18 Caracterização química dos solos virgens.


Valor V 3+
2+ 2+ + + 3+ + 100.Al C
Ca + Mg K Na Valor S Al H Valor (sat. por 3+ P assim. N
Amostra pH (cmol/kg) S + Al (orgânico) C/N
(cmol/kg) (cmol/kg) (soma) (cmol/kg) (cmol/kg) T bases) mg/kg g/kg
% g/kg
%

ARG 4,8 3,8 0,05 0,03 3,9 0 3,9 7,8 50 0 3 8,9 1,1 8
ARE 4,4 0,8 0,03 0,01 0,8 0,1 1,7 2,6 31 11 16 2,1 0,3 7

Legenda: Valor S é a soma de cátions trocáveis (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+). Valor T é capacidade de troca
catiônica (CTC) (S + H+ + Al3+). Valor V é o Percentual de saturação por bases (V% = 100 S/T).
Fonte: O autor, 2018

A Tabela 18 apresenta os valores médios das propriedades químicas dos solos. O pH


encontrado em tanto no solo ARG como ARE, confere uma acidez baixa e um pouco abaixo
das exigências para o plantio de rabanetes, cujo ideal está entre 5,5 e 6,0 (PORTZ et. al.,
2013). Segundo o sistema brasileiro de classificação de solos (DOS SANTOS et al, 2013) a
atividade da fração argila de um solo, refere-se à capacidade de troca de cátions (CTC)
relativa à fração argila, sem correção para carbono, calculada pela expressão: Valor T (cmolc
kg-1) x 1.000 / conteúdo de argila (g kg-1). Atividade alta (Ta) corresponde a valor igual ou
104

superior a 27 cmolc kg-1 de argila, e atividade baixa (Tb), a valor inferior a 27 cmolc kg-1 de
argila. Este critério não se aplica a materiais de solo das classes texturais areia e areia franca.
O que significa dizer que o solo argiloso tem uma atividade alta (27,17 cmolc kg-1) e a
atividade da fração argila do solo arenoso é ainda maior (65,0 cmolc kg-1).
Ainda seguindo o sistema de classificação da Embrapa, a saturação por bases (Valor
V) refere-se à proporção (taxa percentual, V% = 100 x S/T) de cátions básicos trocáveis em
relação à capacidade de troca determinada a pH 7 (valor S refere-se à soma de bases). A
expressão “alta saturação” se aplica a solos com saturação por bases igual ou superior a 50%
(eutrófico) e “baixa saturação” a solos com valores inferiores a 50% (distrófico). Sendo assim
o solo ARG é considerado eutrófico (V= 50) e o solo ARE é distrófico (V= 31). Além disso,
quando o solo tiver saturação por bases alta e simultaneamente caracteres sódico e/ou sálico
ou salino, a saturação por base não é indicativa de fertilidade alta, pelo teor de sódio elevado
e/ou pelos altos teores de sais solúveis. Também não é indicativa de fertilidade alta nos solos
com textura nas classes areia e areia franca e valor de S inferior a 1,0 cmol c kg-1.
No trabalho de Centeno e colaboradores (2017), fez-se um compilado de estudos com
diferentes tipos de solo, analisando suas características e influências sobre diferentes tipos de
produção, nesse trabalho é possível verificar a relação entre as variáveis matéria orgânica
(MO) e CTC, observando-se que solos arenosos possuem menor matéria orgânica quando
comparados aos solos argilosos e consequentemente apresentam menor capacidade de troca
de cátions, ou seja apresentam baixa capacidade de adsorção de cátions o que é condizente
com os resultados obtidos nos solos ARG e ARE.
Porém nossos resultados contradizem o que foi encontrado por estes autores, quanto a
relação da quantidade de P em solos arenosos. Centeno e colaboradores (2017) afirmam que
quanto mais arenoso é o solo menor é a quantidade de fósforo nestes solos. A baixa
quantidade deste nutriente no solo se deve principalmente a baixa adsorção do fósforo às
partículas de areia do solo, e principalmente pela baixa porção de argila e silte nestes solos, o
que diminui a capacidade de adsorção bem como a área superficial específica deste solo
(KLEIN, 2014).
Estudos sugerem que a calagem pode tornar os solos arenosos bem mais produtivos
uma vez que o calcário neutraliza o alumínio tóxico, ao elevar o pH, e assim liberar o cálcio e
magnésio necessário para as plantas (BRADY & WEIL, 2013). Agricultores tendem a colocar
uma dose acima do recomendado nas técnicas de calagem, o que de acordo com Donagemma
e colaboradores (2016) pode ser explicado pela baixa reatividade do calcário nesses solos, em
105

razão do baixo teor de alumínio e do baixo poder tampão do solo, e por possíveis perdas de
cátions em profundidade, pela lixiviação. Tendo em vista que os valores de pH estavam um
pouco abaixo do recomendado para o plantio, neste trabalho foi aplicado o tratamento por
calagem nos solos que foram utilizados nos testes de plantio dos rabanetes.
3.8. Teste de percolação em colunas de solo

3.8.1. Análise do solo das colunas após o processo de lixiviação

As colunas com solo argiloso (CARG), assim como as colunas com solo arenoso
(CARE), foram preparadas com quatro tratamentos: branco (B) que não recebeu nenhum tipo
de fertilizante; o tratamento N, que consistiu na aplicação de nitrato de amônio como fonte de
nitrogênio; o tratamento U com ureia, como fonte de nitrogênio e; o tratamento Z, em que a
zeólita enriquecida com amônio serviu como fonte de nitrogênio. Além destes tratamentos as
colunas que receberam nitrogênio também receberam a mesma fonte de aplicação de fósforo e
potássio.
Após a realização do teste de percolação com água destilada, as colunas foram
desmontadas e divididas em segmentos A, B, C e D para que o solo contido em cada
segmento fosse analisado separadamente, nos laboratórios da EMBRAPA Solos. Nas
amostras pós-lixiviação foram analisados parâmetros físico-químicos do solo e do lixiviado.
Segundo Rios e colaboradores (2008) que avaliaram o efeito da lixiviação na dispersão
de nutrientes em colunas, esse processo é o principal responsável pela alteração do teor de
nutrientes do solo, observação que é condizente com os resultados observados neste trabalho.
Nas Tabelas 19 e 20 podemos observar os resultados obtidos das amostras de solo argiloso
(Tabela 19) e arenoso (Tabela 20) que foram tratadas com diferentes fertilizantes, como
mencionado anteriormente.
Esses valores foram analisados, tanto no EXCEL (médias, desvio padrão, tabelas e
gráficos), como por análise de variância (ANOVA) no programa STATISTICA ®. Essa análise
estatística tem por objetivo avaliar os efeitos e distribuição dos nutrientes dos tratamentos em
cada profundidade, nos atributos do solo, assim como no lixiviado.
106

Tabela 19 - Caracterização química do solo argiloso fertilizado após lixiviação com água

Legenda: Valor S é a soma de cátions trocáveis (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+). Valor T é capacidade de troca
catiônica (CTC) (S + H+ + Al3+). Valor V é o Percentual de saturação por bases (V% = 100 S/T). CARG é a
coluna de solo argiloso e as siglas B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos do solo branco,
nitrato de amônio, ureia e zeólita. A, B, C e D são as alturas em que as colunas foram divididas, 0-10cm, 10-
20cm, 20-30cm e 30 a 40cm, respectivamente.
Fonte: O autor, 2018.
107

Tabela 20 - Caracterização química do solo arenoso após a lixiviação em colunas

Legenda: Valor S é a soma de cátions trocáveis (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+). Valor T é capacidade de troca
catiônica (CTC) (S + H+ + Al3+). Valor V é o Percentual de saturação por bases (V% = 100 S/T).
CARE é a coluna de solo arenoso e as siglas B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos
branco, nitrato de amônio, ureia e zeólita. A, B, C e D são as alturas em que as colunas foram
divididas, 0-10cm, 10-20cm, 20-30cm e 30 a 40cm, respectivamente.
Fonte: O autor, 2018.
108

De uma maneira geral se compararmos os parâmetros químicos do solo entre os


valores obtidos nas colunas controle onde não foram adicionados nenhum fertilizante (CARG
B e CARE B), com as colunas que receberam os diferentes tipos de fertilizante (N, U e Z), a
maioria teve um aumento representativo destes parâmetros, dando destaque para as colunas
que foram tratadas com zeólita (Z). Podem ser vistos também teores relativamente baixos de
bases (cátions trocáveis) e de matéria orgânica em todas as colunas, sendo que os valores de
carbono e nitrogênio encontrados em ambos os solos - apesar da quantidade encontrada em
CARG ser maior que CARE - foram baixos e variaram muito pouco em todas as colunas e
seus respectivos segmentos
O pH é o principal fator responsável para a variação da composição iônica da solução
do solo, pois a alteração do mesmo irá influenciar no equilíbrio químico das reações que
envolvem a dissolução, precipitação, complexação e sorção dos íons. A diminuição do valor
de pH com o aumento da força iônica da solução do solo (devido ao aumento da concentração
salina) tende a promover o deslocamento dos íons H+ da superfície dos coloides e/ou a
hidrólise do cátion Al3+ deslocado. Esse processo, ao mesmo tempo, provoca o deslocamento
dos sítios de troca para a solução do solo de cátions que são importantes na nutrição das
plantas (tais como: Ca, Mg e K) favorecendo sua percolação ao longo do perfil do solo e
reduzindo sua disponibilidade (MELO & PEREZ, 2009).
Em nosso estudo, o pH encontrado em todas as colunas de solo, mesmo após a
fertilização, denota certo grau de acidez (variando entre 4,2 e 5,23), o qual está um pouco
abaixo das exigências do rabanete, cujo ideal, de acordo com Portz e colaboradores (2013),
está entre 5,5 e 6,0. Apesar de um aparente aumento do pH nas camadas mais inferiores de
cada coluna, segundo o teste estatístico de Scheffe há uma forte correlação entre esses valores
indicando que esta variação não é significativa, nem entre as camadas, nem entre os tipos de
solo.
Denominados como trocáveis, os cátions Na+, K+, NH4+, Ca2+, Mg2+ e Al3+, formam
complexos com os grupos funcionais da superfície sólida do solo formando complexos de
esfera externa. Esses complexos possuem pelo menos uma molécula de água interposta entre
o grupo funcional da superfície e o íon da solução do solo, podendo ser deslocados dos sítios
de adsorção por outros cátions presentes na solução do solo. Em geral, íons trocáveis de maior
carga presentes na solução do solo tendem a deslocar íons de menor carga da superfície
sólida. Entretanto, é possível que cátions de menor carga (como o Na), pelo princípio de ação
109

de massas, desloquem outros de maior carga (como Mg e Ca), quando apresentarem


concentração elevada na solução do solo (SPOSITO, 2008).
Com exceção da coluna de solo arenoso tratado com ureia como fonte de nitrogênio,
as demais colunas de solos mostraram boas características químicas, com saturação de bases
(valor V1) superiores a 50% (máximo observado foi de 85%), o que lhes confere um caráter,
na maioria das vezes, eutrófico. O que significa dizer que em relação a este parâmetro, houve
uma melhoria em comparação aos solos virgens, principalmente em relação aos solos
arenosos que eram considerados distróficos.
O valor T que representa a capacidade de troca catiônica (CTC), é um indicativo
potencial do solo na adsorção de cátions, representando indiretamente, a quantidade de cargas
negativas do solo (BISSANI et al., 2012). Com respeito a esse atributo, observa-se que dos
valores obtidos (Tabelas 19 e 20), de acordo com os parâmetros determinados por Alvarez e
colaboradores, 1999, apud Ferraz e colaboradores, 2017, apenas nas camadas mais
superficiais das colunas de solo argiloso tratadas com zeólita e nitrato de amônio (CARG Z,
CARG N) possuem valores considerados bons (>8,61 cmolc kg-1). Tal fato indica que, em
comparação as colunas sem tratamento (CARG B), a aplicação dos tratamentos Z e N
aumentaram a capacidade de troca neste solo.
Por outro lado, nas colunas arenosas, a aplicação de fertilizantes, apesar de também
gerar um aumento da CTC nas camadas mais superficiais das colunas em relação a coluna
CARE B, os valores são considerados baixos (<4,1 cmolc kg-1). Sendo que o valor mais alto
(3,8 cmolc kg-1) também foi na camada mais superficial do solo tratado com zeólita (CARE
Z), o que indica a baixa capacidade de interação e troca deste tipo de solo. Além disso se
compararmos os resultados encontrados nas colunas CARE, com os valores encontrados no
solo virgem, podemos inferir que o processo de lixiviação afeta a CTC.
Visando uma melhor visualização de alguns dos resultados apresentados nas Tabelas
19 e 20, nas Figuras 25, 26, 27, 28 e 29 foram elaborados gráficos, nos quais podemos
observar, que as variações obtidas nas concentrações da maioria dos cátions trocáveis tiveram
diferença significativa, variando entre o tipo de solo, profundidade e do tratamento utilizado,
principalmente nas colunas de solo argiloso.
Para facilitar a compreensão, comparação e análise dos dados, foi feita a conversão da
unidade de medida de alguns parâmetros, de forma a deixá-los mais uniformes e dentro de
uma mesma escala.

1 V%: Saturação por bases: Sx100/T, onde S= Ca+ + Mg2+ + K+ + Na+/ T= S+Al3++H+.
110

Na Figura 25 podemos observar que nas colunas de solo argiloso com algum tipo de
tratamento, as concentrações de potássio variaram bastante entre os segmentos com valores
expressivamente maiores que os encontrados na coluna controle (CARG B). Apesar da
dispersão semelhante entre as colunas Z, N e U as colunas com tratamento Z apresentaram
maiores concentrações de potássio que as demais, principalmente no segmento superior (A) o
que indicaria que este fertilizante seria uma boa opção para manutenção do potássio na
superfície, aumentando a disponibilidade deste nutriente para a planta. Em relação ao sódio os
valores variaram muito pouco, sendo mais expressivo nas colunas de tratamento Z, tal fato se
deve provavelmente pela quantidade de sódio presente na própria composição das zeólitas e
do pré-tratamento aplicado a este material.

Figura 25 Médias das variações dos íons potássio e sódio nos diferentes segmentos da coluna
de solo argiloso.
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
800

700

600

500

400
mg/kg
mg/kg

300

200

100

-100

-200
Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D K+ (mg/kg)
Na + (mg/kg)
Tratamento: B Tratamento: Z Tratamento: N Tratamento: U

Legenda: Variação dos íons sódio e potássio nas colunas de solo argiloso que receberam diferentes tratamentos,
B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia e zeólita. A,
B, C e D são as alturas em que as colunas foram divididas, 0-10cm, 10-20cm, 20-30cm e 30 a 40cm,
respectivamente.
Fonte: O autor, 2018
Nas colunas de solo arenoso (Figura 26), em geral as quantidades de potássio e sódio
encontradas, em todos os níveis das colunas, foi bem menos expressiva em comparação as
colunas CARG, ficando mais semelhante a coluna controle (CARE B), com exceção do
segmento superior (A) da coluna tratada com zeólita que assim como a coluna CARG Z
111

apresentou valores mais elevados de sódio e potássio nesse segmento, provavelmente pelos
mesmos motivos.
Íons como Ca2+, Mg2+, K+, Na+, são considerados bases trocáveis pois estes cátions
não promovem o processo hidrólise, não havendo a liberação de H+ e consequentemente, não
aumentando a acidez. Por outro lado, além da concentração de hidrogênio, a presença de
minerais como alumínio e ferro aumentam a acidez do solo uma vez que estes minerais
promovem o processo de hidrólise aumentando a concentração de H+ no solo e
consequentemente, sua acidez (MILLER, 2016).

Figura 26 Médias das variações dos íons potássio e sódio nos diferentes segmentos da coluna
de solo arenoso.
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
800

700

600

500

400
mg/kg

300

200

100

-100

-200
Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D K+ (mg/kg)
Na + (mg/kg)
Tratamento: B Tratamento: Z Tratamento: N Tratamento: U

Legenda: Variação dos íons sódio e potássio nas colunas de solo arenoso que receberam diferentes tratamentos,
B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia e zeólita. A,
B, C e D são as alturas em que as colunas foram divididas, 0-10cm, 10-20cm, 20-30cm e 30 a 40cm,
respectivamente.
Fonte: O autor, 2018

Na Figura 27 podemos observar que aparentemente que no solo argiloso não há uma
relação direta entre as variações das concentrações de hidrogênio e alumínio. As
concentrações de hidrogênio ficaram muito semelhantes e praticamente constantes em todas
as colunas e segmentos, independente do tratamento aplicado, enquanto as concentrações de
alumínio variaram mais, principalmente, na coluna CARG Z, porém existe certa uniformidade
quanto a variação, nas colunas onde a concentração de alumínio tende a ser maior no
112

segmento superior e menor nos segmentos inferiores, o que indica uma baixa lixiviação deste
analito.

Figura 27 Médias das variações dos íons hidrogênio e alumínio nos diferentes segmentos da
coluna de solo argiloso.
100

80

60

40
mg/kg

20

-20

-40
Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D H+ (mg/kg)
Al3+ (mg/kg)
Tratamento: B Tratamento: Z Tratamento: N Tratamento: U

Legenda: Variação dos íons hidrogênio e alumínio nas colunas de solo argiloso que receberam diferentes
tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia
e zeólita. A, B, C e D são as alturas em que as colunas foram divididas, 0-10cm, 10-20cm, 20-30cm e
30 a 40cm, respectivamente.
Fonte: O autor, 2018

No solo arenoso as concentrações de hidrogênio e alumínio encontradas (Figura 28)


foram menores que as encontradas no solo argiloso, sendo que as concentrações de H+, além
de baixas, variam muito pouco nas diferentes colunas e segmentos. As concentrações de
alumínio variaram mais entre as colunas tendendo a ficar menor nos segmentos inferiores.
113

Figura 28 Médias das variações dos íons hidrogênio e alumínio nos diferentes segmentos da
coluna de solo arenoso.
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
100

80

60
mg/kg

40

20

-20

-40
Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D H+ (mg/kg)
Al3+ (mg/kg)
Tratamento: B Tratamento: Z Tratamento: N Tratamento: U

Legenda: Variação dos íons hidrogênio e alumínio nas colunas de solo arenoso que receberam diferentes
tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia
e zeólita. A, B, C e D são as alturas em que as colunas foram divididas, 0-10cm, 10-20cm, 20-30cm e
30 a 40cm, respectivamente.
Fonte: O autor, 2018

Como os valores das concentrações dos íons cálcio e magnésio foram fornecidas com
um valor único para os dois analitos, e seriam necessários os valores individuais para fazer a
conversão de unidade, estes analitos foram mantidos na unidade de concentração fornecida
(cmolc.kg-1) e por isso foram colocados em um gráfico a parte das demais bases trocáveis. Na
figura 29 há a representação das variações de cálcio e magnésio nas colunas CARG e CARE.
Os resultados indicam que as colunas de solo argiloso que receberam fertilizantes apresentam
concentrações maiores de cálcio e magnésio nos segmentos superiores das colunas, do que a
coluna CARG B sendo que os valores mais elevados estão nas colunas CARG Z. Isso indica
que os tratamentos principalmente Z e N, seriam interessantes para aumentar a
disponibilidade destes nutrientes nas camadas mais superiores do solo.
Ainda no mesmo gráfico da Figura 29, nota-se que todas as colunas apresentam
concentrações semelhantes de cálcio e magnésio, apresentando poucas variações, sendo que
os valores mais elevados encontrados estão no segmento superior da coluna CARE Z. O que
indica que entre os fertilizantes utilizados, a zeólita seria o fertilizante que forneceu a maior
114

quantidade de cálcio e magnésio no segmento superior (A) de todas as colunas, em ambos os


solos.

Figura 29 Médias das variações dos íons cálcio e magnésio nos diferentes segmentos das
colunas de solo argiloso e arenoso.
12

10

8
Ca2+ +Mg 2+ (cmol/kg)

Tipo de solo
-2 ARE
Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D Nível: A B C D
Tipo de solo
ARG
Tratamento: B Tratamento: Z Tratamento: N Tratamento: U

Legenda: Variação dos íons cálcio e magnésio nas colunas de solo argiloso e arenoso, que receberam diferentes
tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia
e zeólita. A, B, C e D são as alturas em que as colunas foram divididas, 0-10cm, 10-20cm, 20-30cm e
30 a 40cm, respectivamente.
Fonte: O autor, 2018

Ainda nas colunas de solo, foi possível observar as variações de N, P e K (Figuras 30 e


31), presentes em cada solo, após os processos de lixiviação. Onde foi constatado que a
aplicação de fertilizantes no solo argiloso (Figura 30), foi fundamental para elevar as
concentrações de fósforo e potássio no solo, sendo que para as colunas CARG Z, CARG N e
CARG U o comportamento destes dois analitos foram quase que antagônicos entre os
segmentos das colunas. Porém nas colunas CARG Z houve uma retenção maior de potássio
no segmento superior (A) em relação as outras colunas. A concentração de nitrogênio variou
muito pouco entre as colunas.
115

Figura 30 Médias das concentrações de NPK encontradas nos segmentos das colunas de solo
argiloso, após as lixiviações.
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
1200

1000

800

600
mg/kg

400

200

-200 N (mg/kg)
Nível: B D Nível: B D Nível: B D Nível: B D P assim (mg/kg)
A C A C A C A C
K (mg/kg)
Tratamento: B Tratamento: Z Tratamento: N Tratamento: U

Legenda: Variação de NPK nas colunas de solo argiloso que receberam diferentes tratamentos, B, N, U e Z
referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia e zeólita. A, B, C e D são
as alturas em que as colunas foram divididas, 0-10cm, 10-20cm, 20-30cm e 30 a 40cm,
respectivamente.
Fonte: O autor, 2018
Figura 31 Médias das concentrações de NPK encontradas nos segmentos das colunas de solo
arenoso, após as lixiviações.
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
1200

1000

800
mg/kg

600

400

200

-200 N (mg/kg)
Nível: B D Nível: B D Nível: B D Nível: B D P assim (mg/kg)
A C A C A C A C
K (mg/kg)
Tratamento: B Tratamento: Z Tratamento: N Tratamento: U

Legenda: Variação dos íons hidrogênio e alumínio nas colunas de solo argiloso que receberam diferentes
tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia
e zeólita. A, B, C e D são as alturas em que as colunas foram divididas, 0-10cm, 10-20cm, 20-30cm e
30 a 40cm, respectivamente.
116

Fonte: O autor, 2018


Os resultados para NPK na coluna de solo arenoso (Figura 31), dão a entender que a
aplicação dos fertilizantes, como foi feita neste trabalho, não acrescentam grandes
modificações uma vez que os valores encontrados em quase todas as colunas, são muito
próximos aos valores encontrados na coluna controle (CARE B), sendo s exceção a regra, a
coluna CARE Z que apresentou valores mais elevados de nitrogênio e potássio no segmento
superior da coluna (A). Para uma melhor compreensão da mobilidade de alguns analitos, a
água destilada que foi lixiviada pelas colunas foi analisada por cromatografia de íons.

3.8.2. Analise do lixiviado após os testes de lixiviação em colunas de solos com diferentes
tratamentos.

Tabela 21 Concentração dos íons encontrados no percolado das colunas de solo argiloso e
arenoso.

Data de Tipo de solo e


Cloreto Nitrito Nitrato Fosfato Sulfato Sódio Amônio Potássio Magnésio Cálcio
amostragem tratamento

PERC ARG B 44,86 15,03 477,01 0,00 0,00 28,68 0,00 0,00 37,16 98,75

PERC ARG N 5087,19 0,00 2341,04 138,28 1047,66 85,65 317,78 2357,43 344,82 971,79
1º dia
PERC ARG U 2713,90 0,00 328,39 0,00 852,52 34,40 196,33 854,84 278,81 877,01

PERC ARG Z 4805,35 13,32 447,35 0,00 1470,64 467,31 76,53 502,27 483,17 1291,63

PERC ARG B 514,95 0,00 177,19 0,00 30,03 0,00 5,69 6,97 26,96 49,61

PERC ARG N 1287,24 0,00 700,03 0,00 2010,83 55,35 333,67 1915,51 324,54 669,37
2º dia
PERC ARG U 620,58 0,00 212,79 0,00 1303,09 119,14 173,06 846,65 380,13 644,77

PERC ARG Z 687,25 0,00 129,61 0,00 2332,38 436,24 104,86 1023,20 396,51 628,69

PERC ARG B 21,25 0,00 0,00 0,00 108,85 0,00 0,00 0,00 18,01 32,99

PERC ARG N 35,80 0,00 6,52 0,00 2198,90 0,00 181,50 1099,92 66,91 136,64
3º dia
PERC ARG U 732,19 0,00 25,67 0,00 1469,37 0,00 118,55 744,03 69,49 163,25

PERC ARG Z 15,13 0,00 3,89 0,00 1684,62 157,07 66,70 692,33 79,94 163,62

PERC ARG B 0,00 0,00 0,00 0,00 51,74 0,00 0,00 0,00 8,24 36,06

PERC ARG N 23,15 0,00 0,00 0,00 2101,27 4,54 258,03 2172,37 62,31 325,79
4º dia
PERC ARG U 14,18 0,00 19,35 0,00 1377,63 0,00 90,67 886,53 64,30 221,59

PERC ARG Z 5,58 0,00 0,00 0,00 1325,08 205,67 47,91 686,20 41,55 174,41

Legenda: Concentração dos íons encontrados no percolado das colunas de solo argiloso (PERC ARG) e arenoso
(PERC ARE) que receberam diferentes tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos
tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018
117

Na Tabela 21 podemos observar a concentração de cátions e ânions presentes no


líquido obtido no final de cada lixiviação (percolado). Estes valores nos ajudam a
compreender a dispersão dos nutrientes provocada pela lixiviação.
A Figura 32 apresenta a variação dos ânions encontrados no lixiviado das colunas de
solo argiloso, após cada dia de lixiviação. Os gráficos mostram que há uma diferença
significativa entre as colunas controle e as colunas que receberam algum tratamento, no que
tange as concentrações de cloreto, sulfato e nitrato. Onde todas as colunas tratadas lixiviaram
grandes quantidades de cloreto, já no primeiro dia, indicando que esse analito é carreado
facilmente pela água e perderam quantidades significativas de sulfato ao longo dos quatro
dias, com valores muito próximos entre as colunas. A coluna tratada com nitrato de amônio
(CARG N) apresentou uma perda maior de nitrato que as demais colunas.

Figura 32 Média das concentrações de ânions encontradas no lixiviado das colunas de solo
argiloso

10000

8000

6000

4000
mg/L

2000

-2000 Cl- (mg/L)


NO2- (mg/L)
-4000
NO3- (mg/L)
PO4-3 (mg/L)
1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

SO4-2 (mg/L)
Tratamento: B Tratamento: N Tratamento: U Tratamento: Z

Legenda: Variação dos ânions encontrados no percolado das colunas de solo argiloso receberam diferentes
tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia
e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018
118

As variações dos ânions no percolado das colunas de solo arenoso (Figura 33) foram
semelhantes as encontradas no solo argiloso, havendo concentrações maiores de alguns
analitos nos solos que receberam algum tratamento, porém com valores maiores de cloreto e
menores de sulfato, e a coluna CARE N também foi a que teve uma maior perda de nitrato por
lixiviação.

Figura 33 Média das concentrações de ânions encontradas no lixiviado das colunas de solo
arenoso

10000

8000

6000
mg/L

4000

2000

-2000 Cl- (mg/L)


NO2 - (mg/L)
NO3 - (mg/L)
-4000
PO4 -3 (mg/L)
1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

SO4 -2 (mg/L)
Tratamento: B Tratamento: N Tratamento: U Tratamento: Z

Legenda: Variação dos ânions encontrados no percolado das colunas de solo arenoso receberam diferentes
tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco, nitrato de amônio, ureia
e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018

A presença de cloreto e sulfato provavelmente se justifica pela composição dos


fertilizantes utilizados para o fornecimento de fósforo e potássio. Provavelmente a interação
entre o sulfato e o solo argiloso é mais forte do que entre o sulfato e o solo arenoso, isso pode
ser notado quando se avalia a média de concentração de sulfato independentemente do tipo de
tratamento e o tempo de lixiviação. No solo argiloso a lixiviação carreia o sulfato aos poucos
e encontrando-se valores próximos a cada lixiviação já no gráfico de concentração no solo
arenoso, a maior perda é no primeiro estágio de lixiviação e depois apenas decresce. As
119

quantidades de nitrito e fosfato não foram relevantes em nenhuma das colunas de ambos os
solos.
Segundo Mendes e colaboradores (2015) o nitrato no solo geralmente resulta
diretamente do fertilizante nitrogenado aplicado ou da mineralização da matéria orgânica.,
este nitrato pode ser facilmente lixiviado, pois apresenta carga negativa e não é adsorvido
pelos coloides do solo que apresentam predominantemente cargas negativas, neste mesmo
trabalho foi observado que a lixiviação de nitrato está diretamente ligada a quantidade de água
utilizada e a textura do solo, onde, a lixiviação do solo arenoso é mais rápida que no argiloso,
o que de certa forma corrobora com o que vimos nesta teste.
Na intenção de facilitar a visualização da lixiviação das bases trocáveis foram
elaborados gráficos mostrando separadamente as concentrações de sódio e potássio no solo
argiloso (Figura 34) e no solo arenoso (Figura 35), assim como foram feitos gráficos
separados das concentrações de cálcio e magnésio para ambos os solos (Figuras 36 e 37)

Figura 34 Médias das concentrações dos íons sódio e potássio encontrados nos lixiviados das
colunas de solo argiloso.

8000

7000

6000

5000

4000
mg/L

3000

2000

1000

-1000

-2000
1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

Na+ (mg/L)
K+ (mg/L)
Tratamento: B Tratamento: N Tratamento: U Tratamento: Z
Legenda: Variação dos cátions de sódio e potássio encontrados no percolado das colunas de solo argiloso
receberam diferentes tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco,
nitrato de amônio, ureia e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018
120

Nas colunas de solo argiloso podemos observar (Figura 34) que a aplicação dos
fertilizantes contribuiu para o aumento da quantidade de potássio presente no lixiviado, uma
vez que os valores estão maiores que no lixiviado da coluna controle (CARG B). A perda de
potássio por lixiviação foi uniforme na coluna tratada com ureia (CARG U) e teve algumas
variações nas colunas CARG N e CARG Z, havendo uma perda ligeiramente menor de
potássio na coluna tratada com zeólita. Os valores de sódio não variaram significativamente
entre as colunas havendo uma concentração um pouco maior de sódio no lixiviado da coluna
tratada com zeólita. Estes resultados, tanto de sódio como de potássio são condizentes com os
dados apresentados na Figura 25, que demonstraram uma retenção maior de potássio nas
colunas tratadas com zeólita e os valores um pouco maiores de sódio nessas mesmas colunas.

Figura 35 Médias das concentrações dos íons sódio e potássio encontrados nos lixiviados das
colunas de solo arenoso.

8000

7000

6000

5000

4000
mg/L

3000

2000

1000

-1000

-2000
1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

Na+ (mg/L)
K+ (mg/L)
Tratamento: B Tratamento: N Tratamento: U Tratamento: Z
Legenda: Variação dos cátions de sódio e potássio encontrados no percolado das colunas de solo arenoso
receberam diferentes tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco,
nitrato de amônio, ureia e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018
121

Nas colunas de solo arenoso (Figura 35) a utilização dos fertilizantes também
contribuiu para o aumento da quantidade de potássio, sendo que nas colunas tratadas com
ureia (CARE U) houve uma lixiviação maior deste analito já no primeiro dia, enquanto nas
colunas CARE N e CARE Z tiveram um comportamento semelhante quanto a mobilidade do
potássio. Sendo que as colunas tratadas com zeólita foram as que apresentaram uma maior
lixiviação de sódio. As quantidades de potássio encontradas na lixiviação das colunas de solo
arenoso, foram muito maiores as encontradas no solo argiloso, isso explica as baixas
concentrações deste analito encontradas no solo das colunas após o processo de lixiviação.
Segundo Nahas Duarte e colaboradores (2013), o potássio, quando presente na solução
do solo, movimenta-se verticalmente, principalmente pela água de drenagem, promovendo
uma grande perda deste elemento por lixiviação, ou seja, transportado para profundidades
além daquelas ocupadas pelas raízes. Esta movimentação do potássio no perfil do solo
depende, principalmente, do tipo de solo, textura, CTC, regime hídrico, além da dose e
solubilidade do fertilizante.
A energia de retenção dos cátions trocáveis Ca2+, Mg2+e K+, nos coloides do solo,
segue uma série liotrópica, que leva em consideração a carga e o tamanho do íon hidratado, e
o potássio é o quinto elemento desta série Como o potássio apresenta apenas uma carga de
valência (K+), é pouco adsorvido nos coloides do solo (ERNANI et al., 2007). Portanto, em
solos bem drenados e com menor CTC, a lixiviação é maior (RAIJ 2011). Outro fator que
influencia nas perdas de potássio por lixiviação é a fonte de potássio a ser utilizada, sais de
potássio de alta solubilidade conferem à solução do solo altos teores de potássio e, com isto,
este elemento tende a ser lixiviado. Isto ocorre, principalmente, em solos arenosos, em razão
da baixa CTC (RAIJ 2011). Isso reflete exatamente o que aconteceu com o cloreto de potássio
(KCl) neste experimento.
A manutenção da adubação potássica é de grande importância em solos tropicais,
tendo em vista que as reservas de K nesses solos, de modo geral, não são suficientes para
suprir as quantidades extraídas pelas plantas ao longo dos anos e quando sua disponibilidade é
baixa para a planta, o crescimento das mesmas é retardado. Segundo Werle e colaboradores
(2008), é de suma importância que se evite que o potássio seja trocado por outros nutrientes à
medida que a concentração destes aumente e que acabe sendo lixiviado para camadas mais
profundas do solo.
Na Figura 36 podemos observar que a aplicação de fertilizantes também teve efeito
significativo na quantidade de cálcio e magnésio obtidos na lixiviação do solo argiloso, uma
122

vez que foram encontradas concentrações significativamente maiores que nas colunas
controle. A quantidade de cálcio obtida foi maior que a de magnésio, provavelmente pela
composição dos fertilizantes aplicados terem uma maior concentração deste analito. A perda
de cálcio por lixiviação foi maior na coluna CARG Z, enquanto as colunas CARG N e CARG
U apresentaram uma mobilidade semelhante tanto para o cálcio como para o magnésio.

Figura 36 Médias das concentrações dos íons cálcio e magnésio encontrados nos lixiviados
das colunas de solo argiloso.

1800

1600

1400

1200

1000
mg/L

800

600

400

200

-200

-400

-600
1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

Mg+2 (mg/L)
Ca+2 (mg/L)
Tratamento: B Tratamento: N Tratamento: U Tratamento: Z

Legenda: Variação dos cátions de cálcio e magnésio encontrados no percolado das colunas de solo argiloso
receberam diferentes tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco,
nitrato de amônio, ureia e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018

A aplicação de fertilizantes nas colunas de solo arenoso, também fizeram diferença na


quantidade de cálcio e magnésio encontrada no lixiviado. Os gráficos (Figura 37) mostram
que nas colunas CARE Z há uma perda menor de cálcio e magnésio por lixiviação, o que
coerente com uma maior concentração destes analitos encontradas no solo (Figura 29) Na
coluna CARE N a perda de cálcio visivelmente maior, logo no primeiro dia de lixiviação,
enquanto na coluna CARE U a maior perda ocorre no segundo dia. Nessas duas colunas
(CARE N e CARE U) a lixiviação de cálcio e magnésio, nas devidas proporções, seguem uma
123

mesma tendência, provavelmente porque os dois analitos, por serem ambos bivalentes, devem
fazer as mesmas trocas. Essa variação indica uma forte correlação entre estes dois analitos
nessas colunas.
Segundo Ghiberto e colaboradores (2015), a baixa retenção de íons, e sua consequente
perda por lixiviação está diretamente ligada aos baixos valores de CTC dos solos. O que ajuda
a justificar as perdas de K+, Ca2+ e Mg2+.

Figura 37 Médias das concentrações dos íons cálcio e magnésio encontrados nos lixiviados
das colunas de solo arenoso.

1800

1600

1400

1200

1000

800
mg/L

600

400

200

-200

-400

-600
1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

Mg+2 (mg/L)
Ca+2 (mg/L)
Tratamento: B Tratamento: N Tratamento: U Tratamento: Z

Legenda: Variação dos cátions de cálcio e magnésio encontrados no percolado das colunas de solo arenoso
receberam diferentes tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco,
nitrato de amônio, ureia e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018

Os solos ácidos, que são típicos no território brasileiro, apresentam baixas


concentrações de bases, especialmente cálcio e magnésio, apesar da ocorrência generalizada
destes elementos em diversos materiais de origem do solo (RIOS et al., 2008; DA SILVA et
al., 2017a), além disso segundo a capacidade de troca catiônica diminui em solos com pH
ácido, deixando os cátions disponíveis, facilitando sua perda por lixiviação. O que explica a
124

grande perda de cátions observada nas colunas de solo, tornando a aplicação de zeólita como
fertilizante, uma opção interessante uma vez que conseguimos observar que ao aplicarmos
este tratamento obtivemos uma certa retenção destes cátions no solo e consequentemente uma
menor perda por lixiviação.
No intuito de visualizar melhor a perda de nitrogênio de cada fertilizante utilizado nas
Figuras 38 e 39, podemos observar os compostos nitrogenados (NO 2-, NO3- e NH4+)
analisados por CI em cada uma das colunas, nos quatro dias de experimento.
Figura 38 Médias das concentrações dos compostos nitrogenados encontrados nos lixiviados
das colunas de solo argiloso

4000

3500

3000

2500

2000
mg/L

1500

1000

500

-500

-1000

-1500
NO2 - (mg/L)
NO3 - (mg/L)
1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

NH4 + (mg/L)
Tratamento: B Tratamento: N Tratamento: U Tratamento: Z

Legenda: Variação dos compostos nitrogenados encontrados no percolado das colunas de solo argiloso
receberam diferentes tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco,
nitrato de amônio, ureia e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018

Em relação aos ao compostos nitrogenados, a partir dos gráficos (Figuras 38 e 39),


podemos inferir que a perda de amônio por lixiviação, em ambos os solos, foi pouco
expressiva, sendo maior nos tratamentos com nitrato de amônio e ureia e, praticamente
irrelevante, no tratamento com zeólita, o que é um aspecto positivo, uma vez que isso indica
125

que esse tratamento não perdeu o fornecimento de nitrogênio por lixiviação, retendo este
material e mantendo-o disponível no solo.
O nitrato foi carreado por lixiviação, principalmente nas colunas fertilizadas com
nitrato de amônio, o que indica que, numa plantação, a eficiência deste fertilizante poderia ser
prejudicada em relação ao fornecimento de nitrogênio para as plantas, uma vez que foi
quantificado em concentrações elevadas nas amostras do lixiviado. Vale ressaltar que o
tratamento com zeólitas também teve uma perda de nitrato menor do que a dos outros
fertilizantes, apresentando valores de perda próximos aos das colunas controle (CARG B e
CARE B), valor de perda menor do que a dos outros fertilizantes.
Figura 39 Médias das concentrações dos compostos nitrogenados encontrados nos lixiviados
das colunas de solo arenoso

4000

3500

3000

2500

2000
mg/L

1500

1000

500

-500

-1000
NO2- (mg/L)
-1500
NO3- (mg/L)
1º dia
2º dia

3º dia
4º dia

1º dia
2º dia
3º dia
4º dia

1º dia
2º dia
3º dia

4º dia

1º dia
2º dia

3º dia
4º dia

NH4 + (mg/L)
Tratamento: B Tratamento: N Tratamento: U Tratamento: Z

Legenda: Variação dos compostos nitrogenados encontrados no percolado das colunas de solo arenoso
receberam diferentes tratamentos, B, N, U e Z referem-se respectivamente aos tratamentos branco,
nitrato de amônio, ureia e zeólita. Em quatro dias de lixiviação.
Fonte: O autor, 2018

Estes resultados corroboram com o trabalho de Bernardi e colaboradores (2014) que


afirmam que o uso de zeólitas melhora a eficiência do uso de nutrientes e afeta a dinâmica de
liberação dos mesmos, uma vez que estes materiais possuem alta capacidade de troca de
cátions, alta capacidade de retenção de água e alta capacidade de adsorção. Segundo Mendes
126

e colaboradores (2015), vários fatores afetam a eficiência da adubação nitrogenada, podendo


ocorrer perdas elevadas de N.
Essas perdas variam muito em função do tipo de solo, as perdas de N geralmente são
maiores no solo arenoso, que tente a ter uma CTC menor. Íons de NO3- por não serem retidos na
fase sólida do solo, geralmente ficam dissolvidos em sua solução, e podem ser lixiviados em
maior ou menor grau, em função da percolação da água ao longo do perfil do solo, reduzindo sua
disponibilidade para as plantas, com riscos de contaminação das águas de superfície e
subsuperfície (JADOSKI et al., 2010). Segundo Ghanbari e Ariafar, (2013), a aplicação de
zeólitas ajuda principalmente a controlar a lixiviação de diferentes formas de nitrogênio no
solo. e é importante para manter o seu equilíbrio, uma vez que sua estrutura porosa, pode reter
mais água. Esta propriedade pode ser muito útil em áreas que sofrem com a escassez de água.

3.9. Plantio do Rabanete

Os rabanetes foram plantados em julho de 2017, na casa de vegetação da UERJ.


Foram 40 dias da semeadura à colheita. Tendo em vista o pH do solo, parte das amostras de
solo argiloso (ARG) e solo arenoso (ARE) sofreram um tratamento por calagem para ajuste
do pH, que passamos a denominar de solo argiloso tratado (ARG-T) e solo arenoso tratado
(ARE-T). Sendo assim nesta fase de plantio foram utilizados quatro tipos de solos (ARG,
ARG-T, ARE e ARE-T) assim como os quatro tratamentos com diferentes fontes de
nitrogênio (B, N, U e Z), como foi feito no teste de lixiviação em colunas. A única diferença
deste tratamento, para o tratamento utilizado nas colunas é que, como a intenção era analisar a
diferença dos fertilizantes nitrogenados, o tratamento controle foi apenas privado de
nitrogênio, mas recebeu a mesma quantidade de fósforo e potássio que os outros tratamentos.
Cada tratamento foi repetido 5 vezes, totalizando um quantitativo de 80 vasos.
Nas figuras 40 a 42 (a, b, c e d) estão os registros fotográficos semanais do
desenvolvimento do plantio ao longo dos 40 dias de cultivo. Apesar do experimento ter sido
realizado num ambiente próprio e controlado (casa de vegetação da UERJ) e da irrigação e
observação diárias, o crescimento e desenvolvimento das folhagens e dos rabanetes não foram
uniformes. Sete dias após o plantio, praticamente todos os vasos brotaram, com exceção de
alguns vasos com solo ARG-T, mas a partir da segunda semana, todos os vasos já
apresentavam as primeiras folhas (Figura 40).
Na terceira e na quarta semanas (Figura 41) houve um crescimento significativo na
folhagem, principalmente na quarta semana onde o volume de folhas aumentou bastante na
127

maioria dos vasos. Mesmo o plantio tendo sido feito dentro da época recomendada para a
plantação de rabanetes (em julho e agosto), durante o plantio foram registradas temperaturas
elevadas que podem ter atrapalhado o desenvolvimento das plantas, como pode ser visto na
Figura 42 onde algumas plantas começaram na quinta semana a apresentar mudança de
coloração e certa desidratação, o que talvez possa ser justificado pelas questões
meteorológicas.
Segundo Silva e colaboradores (2017), à influência dos fatores meteorológicos sobre
as plantas pode afetar os indicadores agronômicos a elevação da temperatura e da radiação
solar podem afetar o rendimento diminuindo a massa da raiz e, uma vez que a temperatura e a
radiação solar estejam elevadas, isso pode promover oscilações mais bruscas na umidade do
solo entre os intervalos de irrigação, causando rachaduras nas raízes do rabanete. Segundo os
autores, variações de umidade e temperatura no solo durante o desenvolvimento dessa
hortaliça podem prejudicar a produtividade e a qualidade das raízes.
As imagens das Figuras 43 a 58 mostram o material vegetal colhido de cada um dos
vasos dos tratamentos feitos em quintuplicata, em cada tipo de solo (ARG, ARG-T, ARE e
ARE-T), nos diferentes tratamentos (B,N,U e Z), somando um total de 80 exemplares que
foram colhidos, pesados e medidos no mesmo dia. Assim como já foi dito o crescimento das
plantas e dos seus rabanetes não foi uniforme, o que pode ser melhor observado nas figuras de
cada colheita. O plantio variou em relação ao volume e tamanho de folhas, quantidade e
tamanho de rabanetes.
O principal fator que contribuiu para determinar o que havia chegado o momento de
colheita foi o surgimento de clorose (amarelecimento) nas folhas, a partir da quinta semana,
este fenômeno começou a se manifestar em todos os tratamentos sendo mais expressivo nos
vasos de solo ARE (Figuras 51 a 54) e ARE-T (Figuras 55 a 58). Segundo a literatura (TAIZ
& ZEIGER, 2013; OLIVEIRA CAETANO et al., 2015) o amarelecimento das folhas podem
simplesmente sinalizar o envelhecimento da planta, como podem ser um sinal de deficiência
de nitrogênio ou de potássio, ou ainda há a possibilidade da clorose ser causada por um
excesso de nitrogênio amoniacal (OLIVERA VICIEDO et al., 2017).
128

Figura 40 Registro fotográfico das duas primeiras semanas de plantio de rabanete nos
diferentes tipos de solo em casa de vegetação.

Legenda: Fotos dos vasos onde foram plantados os rabanetes na casa de vegetação da UERJ. (a) solo arenoso
(ARE); (b) solo arenoso tratado (ARE-T), (c) solo argiloso (ARG), (d) solo argiloso tratado (ARG-T).
Fonte: O autor (2017)
129

Figura 41 Registro fotográfico da terceira e quarta semana de plantio de rabanete nos


diferentes tipos de solo em casa de vegetação.

Legenda: Fotos dos vasos onde foram plantados os rabanetes na casa de vegetação da UERJ. (a) solo arenoso
(ARE); (b) solo arenoso tratado (ARE-T), (c) solo argiloso (ARG), (d) solo argiloso tratado (ARG-T).
Fonte: O autor (2017)
130

Figura 42 Registro fotográfico da quinta e da sexta semana de plantio de rabanete nos


diferentes tipos de solo em casa de vegetação.

Legenda: Fotos dos vasos onde foram plantados os rabanetes na casa de vegetação da UERJ. (a) solo arenoso
(ARE) ; (b) solo arenoso tratado (ARE-T), (c) solo argiloso (ARG), (d) solo argiloso tratado (ARG-T).
Fonte: O autor (2017)
131

Provavelmente a causa mais plausível para a clorose, pelo o que foi observado em
cada exemplar, seria a deficiência de nitrogênio, uma vez que este as plantas requerem este
elemento mineral que serve como um constituinte de muitos componentes celulares vegetais,
incluindo clorofila, aminoácidos e ácidos nucleicos. Por isso, a deficiência de nitrogênio
rapidamente inibe o crescimento vegetal. Se essa deficiência persiste, a maioria das espécies
mostra clorose (amarelecimento das folhas), sobretudo nas folhas mais velhas, próximas à
base da planta (TAIZ & ZEIGER, 2013), o que aconteceu em muitos exemplares coletados.
Além disso, sem motivo aparente, apenas as plantas nos vasos com solo ARE e
tratamento N sofreram uma infestação de parasitas não identificados, e muitos vasos
apresentaram casos de herbivoria, apresentando algumas folhas comidas (ARG N, Figura 44;
ARG U, Figura 45; ARG Z, Figura 46; ARE U, Figura 53; ARE-T N, Figura 56).

Figura 43 Colheita do solo ARG tratamento controle (B)

Fonte: O autor, 2017


132

Figura 44 Colheita do solo ARG tratamento com nitrato de amônio (N)

Fonte: O autor, 2017

Figura 45 Colheita do solo ARG tratamento com ureia (U)

Fonte: O autor, 2017


133

Figura 46 Colheita do solo ARG tratamento com zeólita (Z)

Fonte: O autor, 2017

Figura 47 Colheita do solo ARG-T tratamento controle (B)

Fonte: O autor, 2017


134

Figura 48 Colheita do solo ARG-T tratamento com citrato de amônio (N)

Fonte: O autor, 2017

Figura 49 Colheita do solo ARG-T tratamento com ureia (U)

Fonte: O autor, 2017


135

Figura 50 Colheita do solo ARG-T tratamento com zeólita (Z)

Fonte: O autor, 2017

Figura 51 Colheita do solo ARE tratamento controle (B)

Fonte: O autor, 2017


136

Figura 52 Colheita do solo ARE tratamento nitrato de amônio (N)

Fonte: O autor, 2017

Figura 53 Colheita do solo ARE tratamento com ureia (U)

Fonte: O autor, 2017


137

Figura 54 Colheita do solo ARE tratamento com zeólita (Z)

Fonte: O autor, 2017

Figura 55 Colheita do solo ARE-T tratamento controle (B)

Fonte: O autor, 2017


138

Figura 56 Colheita do solo ARE-T tratamento com nitrato de amônio (N)

Fonte: O autor, 2017

Figura 57 Colheita do solo ARE-T tratamento com ureia (U)

Fonte: O autor, 2017


139

Figura 58 Colheita do solo ARE-T tratamento com zeólita

Fonte: O autor, 2017

Apesar de todos os vasos apresentarem alguma folhagem, nem todos apresentaram


rabanetes, havendo algumas variações dependendo do solo e do tratamento havendo, em
alguns casos, diferença significativa (Teste de Tukey, p<0,05) entre as dimensões das
folhagens e dos rabanetes dependendo do solo ou tratamento.
Na Tabela 22 encontram-se os valores médios de algumas dimensões aferidas das
folhagens e dos rabanetes no dia da colheita, onde foram medidos a altura total de cada
exemplar colhido (rabanete e folhagem), a quantidade de rabanetes produzida por vaso, a
altura do rabanete com e sem as raízes, o número de rachaduras e a altura e largura da maior
folha.
140

Tabela 22 Médias das dimensões das folhagens e dos rabanetes.


ARG ARG-T ARE ARE-T
Dimensões
Z N U B Z N U B Z N U B Z N U B
Altura Total (cm) 27,9 28,2 27,4 28,8 25,2 30,2 27,5 22,7 15,7 22,8 23,7 22,6 28 27,9 25,6 23
Quantidade de rabanetes 2 2 3 2,8 1,5 1,8 1,6 1 0 0,2 2,6 2 2,2 2,2 1,8 1,6
Rabanete com raiz (cm) 8,9 7,8 7,9 7,9 7,7 8,3 7,8 7,5 - 3,2 8,1 6,8 9,7 8 8,6 7,9
Largura do rabanete (cm) 1,5 2,3 1,8 1,5 1,3 2,3 1,9 1,3 - 0,6 2 2,1 2,3 2,4 2,3 3,9
Altura do rabanete (cm) 4,7 4,2 3,9 4 3,7 4,5 4,9 4,3 - 1,3 3,2 3,3 4,1 3,7 3,2 3,1
Número de rachaduras 0,8 1 - 2,5 2,3 3 2,3 2 - 0,4 0,6 1,5 0,4 0,2 1 1,4
Altura da folha (cm) 9,6 10,6 11,7 11,2 11,4 14 13,3 10,2 5,1 9,2 9,5 8,6 9,6 11,6 9,4 8,4
Largura da folha (cm) 6,1 6,9 5,8 5,8 6,1 7,2 6,7 5 2,7 5,4 5,5 4,8 6,8 6,8 5,9 5,3

Legenda: ARG: solo argiloso; ARG-T: solo argiloso tratado por calagem; ARE: solo arenoso; ARE-T: solo
arenoso tratado com calagem; Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento
com ureia; B: branco, tratamento controle sem adição de nitrogênio.
Fonte: O autor, 2018.

Em relação a essas medidas, poucos foram os casos em que, estatisticamente (Teste de


Tukey, p<0,05), houveram diferenças significativas entre o tipo de solo e tratamento. Os
casos que se destacaram em relação a uma diferença significativa, foram os principalmente os
exemplares do solo arenoso tratados com zeólita, que não produziram rabanetes em
quantidades mensuráveis e sua folhagem produzida foi muito reduzida, além de algumas
medidas (número de rabanetes e altura dos rabanetes) das plantas colhidas dos vasos com solo
arenoso e tratamento com nitrato de amônio. Fora esses casos as demais medidas possuem,
em sua maioria, uma correlação positiva indicando pouca diferença significativa.
No intuito de facilitar a visualização de alguns dados apresentados na Tabela 22, as
Figuras 59 e 60 mostram, respectivamente, gráficos com as médias e os desvios de algumas
dimensões dos rabanetes e das folhagens, onde podemos perceber as similaridades e algumas
discrepâncias já mencionadas.
141

Figura 59 Gráfico com os valores médios das dimensões dos rabanetes.

40

30

20

10

-10

-20

-30
B N U Z B N U Z

Tipo de solo: ARE Tipo de solo: ARET


40

30

20

10

-10

-20
Peso do rabanete (g)
-30 largura (cm)
B N U Z B N U Z
altura (cm)
Tipo de solo: ARG Tipo de solo: ARGT

Legenda: ARG: solo argiloso; ARG-T: solo argiloso tratado por calagem; ARE: solo arenoso; ARE-T: solo
arenoso tratado com calagem; Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento
com ureia; B: branco, tratamento controle sem adição de nitrogênio.
Fonte: O autor, 2018.

Nestes gráficos (Figura 60) podemos conferir o insucesso na produção de rabanetes e


uma deficiência na formação das folhas em solo arenoso tratado com zeólitas e em
contrapartida podemos observar o quanto o tratamento do solo arenoso deixou esse tratamento
competitivo em relação aos demais fertilizantes uma vez que os resultados obtidos foram
muito semelhantes.
O ajuste do pH, gerando os solos ARG-T e ARE-T foram importantes para obtenção
de resultados principalmente para o tratamento Z no solo arenoso, a aplicação deste
tratamento e seus bons resultados que corroboram com o que foi dito no trabalho de Crusciol
e colaboradores (2011) no qual eles afirmaram que especialmente sob plantio direto, a acidez
do solo tem sido um problema, uma vez que esta depende da lixiviação de bases, que tem sido
associada com a presença de ácidos orgânicos de baixo peso molecular e dos ânions presentes.
142

Pode ser observado que o tratamento foi significativo, possibilitando melhores resultados para
o tratamento com zeólita no solo arenoso, o que está de acordo com o que afirmaram Centeno
e colaboradores (2017) que afirmaram que a calagem pode tornar os solos arenosos bem mais
produtivos uma vez que o calcário neutraliza o alumínio tóxico, ao elevar o pH, e assim
liberar o cálcio e magnésio necessário para as plantas. Todavia não podemos dizer o mesmo
para o solo argiloso tratado por calagem, pois, à exceção do solo tratado com nitrato de
amônio, onde os resultados obtidos foram melhores, para os demais tratamentos o processo de
calagem resultou num melhor aproveitamento, principalmente nas dimensões das folhagens.
Segundo Fidalski e Tormena, que estudaram os efeitos da calagem em solos argilosos, o
tratamento por calagem não traz resultados significativos em termos de produtividade e o
processo de calagem pode proporcionar um aumento da densidade do solo, em razão do
aumento da carga elétrica negativa líquida e da dispersão de argila. O que pode causar a
ausência de efeitos da incorporação de calcário em sua densidade, tal fato pode contribuir para
compreensão do baixo rendimento apresentado pelos demais tratamentos aplicados no solo
argiloso, uma vez que alterações na carga e na dispersão da argila, podem influenciar
diretamente na interação dos nutrientes fornecidos com a planta.
Com exceção das amostras ARE Z, as medidas das folhagens em comprimento estão
condizentes com o que é observado na literatura para o crescimento da espécie (SILVA et al.,
2017) > 18cm, porém o mesmo não pode ser dito quanto a quantidade de massa fresca de
folhagens e a massa fresca e tamanho dos rabanetes, que ficaram com valores abaixo dos
encontrados na literatura. Segundo Castro e colaboradores 2016 alguns estudos com aplicação
de fertilizantes minerais sugerem que a cultura do rabanete responde de forma positiva e
diferenciada a doses crescentes de potássio e nitrogénio e que os rabanetes necessitam de
grandes quantidades de nutrientes num período de tempo relativamente curto. tal fato pode ser
a justificativa do baixo rendimento dos rabanetes, pode ter ocorrido por uma possível
subestimação dos valores necessários de fertilizantes, apesar dos valores recomendados terem
sido seguidos à risca.
Além disso, segundo a literatura (CECÍLIO FILHO et al., 2017) a recomendação de
adubação com fósforo e potássio para rabanete consiste nos mesmos níveis propostos para as
culturas de cenoura, beterraba, nabo e salsa. No entanto, mesmo com a estrutura comercial
similar desses vegetais, acredita-se que exista uma diferença na demanda de nutrientes, pois
eles possuem níveis distintos de acúmulo de massa seca e produtividades e apresentam um
desenvolvimento fisiológico diferente.
143

Figura 60 Gráfico com os valores médios das dimensões das folhagens.

40
35
30
25
20
15
10
5
0
B N U Z B N U Z

Tipo de solo: ARE Tipo de solo: ARET


40
35
30
25
20
15
10
Peso da folhagem (g)
5
Altura total (cm)
0 altura da folha (cm)
B N U Z B N U Z
largura da folha (cm)
Tipo de solo: ARG Tipo de solo: ARGT

Legenda: ARG: solo argiloso; ARG-T: solo argiloso tratado por calagem; ARE: solo arenoso; ARE-T: solo
arenoso tratado com calagem; Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento
com ureia; B: branco, tratamento controle sem adição de nitrogênio.
Fonte: O autor, 2018.

A Tabela 23 mostra os resultados obtidos a partir da pesagem dos rabanetes e das


folhagens no dia da colheita (peso fresco) e após a secagem na estufa (peso seco), com estes
valores foi possível mensurar o rendimento de cada tratamento nos diferentes solos a partir da
massa fresca e da massa seca obtida em cada vaso. Segundo as análises houve diferença
significativa (Teste de Tukey, p<0,05) entre os valores de massa obtidos nos diferentes
tratamentos, principalmente em relação a massa fresca das folhagens e dos rabanetes, porém
essas diferenças diminuem e tornam-se menos significativas com os valores da massa seca.
144

Tabela 23 Tabela com valores médios e desvios da pesagem dos rabanetes e das folhagens.
Peso fresco
Massa de rabanete (g) Massa da Folhagem (g)
Tipo de solo /
Tratamento B N U Z B N U Z

ARG 3.94 8.62 6.50 5.81 29.60 23.92 30.12 24.09


ARG-T 3.52 11.26 5.22 2.95 15.52 31.42 21.60 17.96
ARE 5.04 2.00 10.02 0.00 13.76 2.00 20.96 5.76
ARE-T 8.46 12.12 11.16 20.32 7.46 18.18 14.04 17.98
Desvio padrão
ARG 1.69 7.45 4.00 4.25 1.01 3.73 5.70 5.01
ARG-T 2.86 5.50 3.12 0.70 8.48 3.16 5.24 5.65
ARE 2.10 2.34 7.95 0.00 2.97 5.24 2.59 2.99
ARE-T 6.14 3.59 5.01 4.55 1.50 2.35 2.65 3.91
Pe so seco
Tipo de solo / Massa de rabanete (g) Massa da Folhagem (g)
Tratame nto B N U Z B N U Z
ARG 1.03 0.81 1.14 0.77 3.32 2.32 2.85 3.00
ARG-T 0.73 1.36 0.94 0.28 1.65 3.30 1.95 1.35
ARE 0.69 0.96 0.90 0.00 1.96 0.96 1.78 1.30
ARE-T 0.92 1.16 1.12 1.58 0.96 1.44 1.71 2.04
Desvio padrão
ARG 0.43 0.39 0.32 0.38 0.93 0.97 1.08 0.88
ARG-T 0.56 0.57 0.32 0.05 1.25 1.03 1.29 0.60
ARE 0.23 0.77 0.53 0.00 0.59 0.21 0.64 0.55
ARE-T 0.59 0.66 0.31 0.43 0.30 0.67 0.57 0.67

Legenda: ARG: solo argiloso; ARG-T: solo argiloso tratado por calagem; ARE: solo arenoso; ARE-T: solo
arenoso tratado com calagem; Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento
com ureia; B: branco, tratamento controle sem adição de nitrogênio.
Fonte: O autor, 2018.

Os valores da Tabela 23 estão graficamente representados nas Figuras 61 e 62, onde


podemos observar com mais clareza as diferenças entre os valores de massa fresca dos
rabanetes e das folhagens e ao mesmo tempo a similaridade entre os valores de massa seca
dos rabanetes e das folhagens.
Os gráficos mostram que no solo arenoso o tratamento com ureia como fonte de
nitrogênio obteve em média um rendimento maior quanto a quantidade de massa fresca tanto
de rabanete (Figura 61) quanto em relação as folhagens (Figura 62). No solo arenoso tratado
os três tratamentos (N, U e Z) obtiveram rendimentos competitivos e maiores que o
tratamento controle, sendo importante lembrar que para o tratamento Z este tratamento foi
fundamental para um bom rendimento, uma vez que os resultados encontrados foram muito
superiores aos encontrados com o mesmo fertilizante no solo arenoso in natura.
145

Nas amostras de solo argiloso houveram diferenças significativas (Teste de Tukey,


p<0,05), principalmente entre os valores de massa fresca das folhagens, no solo argiloso in
natura. Os três fertilizantes (N, U e Z) obtiveram resultados competitivos quanto a massa
fresca de rabanetes e todos os tratamentos tiveram bons resultados quanto a massa fresca das
folhagens. Porém, nas amostras de solo argiloso tratado, os rendimentos de praticamente
todos os fertilizantes diminuíram, exceto o tratamento à base de nitrato de amônio que
apresentou rendimentos significativamente mais elevado neste solo.

Figura 61 Valores médios e desvios da massa fresca e da massa seca dos rabanetes
22000
20000
18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
B N U Z B N U Z

tipo de solo: ARE tipo de solo: ARE - T


22000
20000
18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
B N U Z B N U Z
Massa fresca de Rabanete (mg)
Massa seca de Rabanete (mg)
tipo de solo: ARG tipo de solo: ARG - T
Tratamento
Legenda: ARG: solo argiloso; ARG-T: solo argiloso tratado por calagem; ARE: solo arenoso; ARE-T: solo
arenoso tratado com calagem; Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento
com ureia; B: branco, tratamento controle sem adição de nitrogênio.
Fonte: O autor, 2018.

Esse bom rendimento das amostras ARG-T N em comparação aos demais tratamentos
foge a expectativa do que se esperava acontecer num solo tratado por calagem, afinal este
tratamento tende a aumentar a quantidade de cargas negativas no solo aumentando a
capacidade de retenção de cátions, como o amônio presente no tratamento Z, e deveria repelir
e lixiviar mais cargas negativas como o nitrato que tende a levar consigo outros cátions como
cálcio e magnésio (ARAÚJO et al., 2004) o que deveria levar um menor rendimento do
146

tratamento N e um melhor rendimento do tratamento Z, mas observou-se justamente o


contrário.

Figura 62 Valores médios e desvios da massa fresca e da massa seca das folhagens

40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
B N U Z B N U Z

tipo de solo: ARE tipo de solo: ARE - T


40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
B N U Z B N U Z
Massa fresca da folhagem (mg)
Massa seca da folhagem (mg)
tipo de solo: ARG tipo de solo: ARG - T
Legenda: ARG: solo argiloso; ARG-T: solo argiloso tratado por calagem; ARE: solo arenoso; ARE-T: solo
arenoso tratado com calagem; Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento
com ureia; B: branco, tratamento controle sem adição de nitrogênio.
Fonte: O autor, 2018.

Segundo a literatura (BENINCASA, 2003 apud SANTI 2013) estes dados servem
também para mensurar a perda de água dos vegetais a partir da diferença entre a massa fresca
e a massa seca (Figura 63) além de ser possível calcular a taxa de crescimento absoluto
(Figura 64). Em relação a porcentagem de água calculada a partir da diferença da massa
fresca pra massa seca, apenas as amostras de rabanete ARE Z e ARE N e alguns poucos casos
(das folhagens), mostraram diferenças mais significativas (Teste de Tukey, p<0,05) quanto ao
teor de água. No caso as amostras ARE Z isso é facilmente explicado, tendo em vista o baixo
rendimento das amostras que não chegaram a formar rabanetes, já no caso das amostras ARE
N a diferença se dá provavelmente pela discrepância dos valores obtidos. Todavia, fora esses
147

casos, os valores do teor de água são muito próximos e elevados, o que enfatiza a importância
da manutenção hídrica do plantio.

Figura 63 Porcentagem de água nos rabanetes e na folhagem obtida pela diferença entre a
massa fresca e a massa seca.

200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
B N U Z B N U Z

tipo de solo: ARE tipo de solo: ARE - T


200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
B N U Z B N U Z
% de água no rabanete
% de água na folhagem
tipo de solo: ARG tipo de solo: ARG - T
Legenda: ARG: solo argiloso; ARG-T: solo argiloso tratado por calagem; ARE: solo arenoso; ARE-T: solo
arenoso tratado com calagem; Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento
com ureia; B: branco, tratamento controle sem adição de nitrogênio.
Fonte: O autor, 2018.

Os altos teores de água perdida pela secagem do material vegetal vão de acordo com o
que se defende na literatura, de acordo com da Silva e colaboradores (2017b), a água exerce
papel fundamental no crescimento da planta. Cerca de 97%, é perdida por evapotranspiração
afim e equilibrar as temperaturas internas e permitir a atuação ótima de enzimas no
metabolismo vegetal. Sem a água os minerais não seriam solubilizados e as plantas não
absorveriam os elementos essenciais ao seu crescimento. O estresse hídrico ao longo do ciclo
da cultura do rabanete pode interferir no seu desenvolvimento, causando alterações na
148

morfologia, fisiologia, e impossibilita as reações bioquímicas da planta (ROCHA LACERDA


et al., 2017).
Na Figura 64 está representado o graficamente a taxa de crescimento absoluto dos
rabanetes e das folhagens de cada solo e cada tratamento onde esses valores foram calculados
de acordo com a literatura (BENINCASA, 2003 apud SANTI 2013) a partir da razão da
massa seca produzida em gramas, pelo tempo de plantio em dias. Foi encontrado uma
diferença significativa (Teste de Tukey p<0,05) para algumas amostras principalmente em
relação a taxa de crescimento das amostras ARE Z, ARG B e ARG-T N. A partir destes
resultados podemos evidenciar a proporcionalidade do crescimento das estruturas vegetais
(rabanetes e folhagem) além de confirmarmos os rendimentos de cada tratamento em cada
solo já retratados anteriormente.

Figura 64 Taxa de crescimento dos rabanetes e das folhagens

0.16

0.14

0.12

0.10

0.08

0.06

0.04

0.02

0.00

-0.02

-0.04
B

B
Z

Z
N

U
Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:

T CA - Rabanetes
T CA - Folhagem
T CA - T otal
tipo de solo: ARE tipo de solo: ARE - T tipo de solo: ARG tipo de solo: ARG - T
Legenda: TCA: Taxa de crescimento absoluto; ARG: solo argiloso; ARG-T: solo argiloso tratado por calagem;
ARE: solo arenoso; ARE-T: solo arenoso tratado com calagem; Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com
nitrato de amônio; U: tratamento com ureia; B: branco, tratamento controle sem adição de nitrogênio.
Fonte: O autor, 2018.

Toda via vale ressaltar que com esse gráfico podemos ver mais uma vez o quanto a
calagem foi significativa no solo arenoso e trouxe os resultados esperados, melhorando
significativamente o rendimento do tratamento Z que passou do pior rendimento no solo ARE
149

para o melhor rendimento no solo ARE-T. E o quanto a calagem foi negativa para o solo
argiloso, reduzindo a taxa de crescimento dos tratamentos B, U e Z.
Após a colheita dos rabanetes, e de todas as aferições de peso e medida, as amostras
vegetais e dos solos pós plantio foram analisadas nos laboratórios da Embrapa. A partir dos
resultados destas análises destas análises foi possível a elaboração dos gráficos apresentados
nas Figuras 65 a 71. Dentre as quais nas as Figuras 65 a 67, representam gráficos de contorno
que demonstram, de uma forma geral, numa compilação de dados a distribuição de nitrogênio
fosforo e potássio (NPK), nas três partes analisadas, folhagem, rabanetes e solos.
Os gráficos mostram que, dentro das condições trabalhadas, e de acordo com os
resultados obtidos, os nutrientes nitrogênio (Figura 65) e potássio (Figura 67) foram os mais
exigidos e assimilados obedecendo a seguinte ordem de assimilação folhagens >
rabanetes>>solo.

Figura 65 Distribuição do nitrogênio após o plantio.

U
Tratamento

20000
10000
Folhagem Rabanete SOLO
0
parte da
Legenda: Z: Tratamento com zeólita, N tratamento complanta
nitrato de amônio; U: tratamento com ureia; B: branco,
tratamento controle sem adição de nitrogênio. Valores em mg/kg.
Fonte: O autor, 2018.
150

Figura 66 Distribuição do fósforo após o plantio.

U
Tratamento

B
3000
2000
1000
Folhagem Rabanete SOLO
0
Legenda: Z: Tratamento com zeólita, N parte com
tratamento da planta
nitrato de amônio; U: tratamento com ureia; B: branco,
tratamento controle sem adição de nitrogênio. Valores em mg/kg.
Fonte: O autor, 2018.

Figura 67 Distribuição do potássio após o plantio.

U
Tratamento

B 30000
20000
10000
0
Folhagem Rabanete SOLO
-10000
parte da planta

Legenda: Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento com ureia; B: branco,
tratamento controle sem adição de nitrogênio. Valores em mg/kg.
Fonte: O autor, 2018.

Pelas linhas de contorno podemos observar também que a assimilação de nitrogênio e


potássio, nas diferentes partes analisadas foram diferentes de acordo com o tratamento, onde
151

tanto a assimilação de nitrogênio como a do potássio foram maiores na folhagem como a


assimilação de nitrogênio no rabanete, para este tratamento, também foi maior.
A assimilação maior de nitrogênio e potássio está de acordo com o que foi dito por
Castro e colaboradores 2016 que afirmam que a aplicação de fertilizantes deve ser eficiente
utilizando fontes e doses deforma adequada, principalmente de N e K, que são os dois
nutrientes normalmente requeridos em maiores quantidades pelas culturas. O nitrogênio, por
ser componente essencial de aminoácidos e proteínas, ácidos nucléicos, hormonas e clorofila.
E o potássio, por estar está envolvido em diversas reações bioquímicas necessárias ao
metabolismo vegetal.
Além disso, a definição de uma dose adequada de potássio é de suma importância
devido ao efeito antagonista deste nutriente na absorção de outros cátions (Na +, Ca2+, Mg2+)
(NURZYŃSKA-WIERDAK et al., 2012). Há uma interação entre esses íons, sendo que esta
depende, em grande parte, do nível em que se encontra a nutrição nitrogenada, uma vez que
há indícios de que de que em rabanetes, doses crescentes de Nitrogênio, aumentam a
assimilação de potássio (INAM et al., 2011). Além disso, a proporção adequada de
fertilizantes N-K não é apenas importante para alto rendimento, mas também necessário para
a qualidade de rabanete.
As Figuras 68 a 71 mostram a distribuição de NPK após o plantio, de cada tipo de
solo, no gráfico da Figura 68 que corresponde a variação de NPK no solo argiloso, podemos
observar a de fato há uma relação nos comportamentos N e K, uma vez que eles possuem
praticamente a mesma tendência de distribuição. Os níveis de NPK, em todas as amostras de
solo ARG, ARG-T, Are e ARE-T ficaram baixos em odos os tratamentos, ficando com
valores semelhantes ao controle, indicando que ou estes nutrientes foram muito bem
aproveitados pela planta ou foram altamente lixiviados pela irrigação.
152

Figura 68 Distribuição de NPK após o plantio no solo ARG

70000

60000

50000

40000

30000
mg/Kg

20000

10000

-10000

-20000
B

B
Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:
Z

Z
N

U
N
K
P
Folhagem Rabanete Solo
Legenda: Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento com ureia; B: branco,
tratamento controle sem adição de nitrogênio. Valores em mg/kg.
Fonte: O autor, 2018.

Na Figura 69 temos os gráficos da distribuição de NKP o solo ARG-T e neles


podemos observar que a distribuição de nitrogênio e potássio já não obedecem mais a mesma
proporção observada no solo ARG, e as concentrações de potássio chegam a superar as
concentrações de nitrogênio tanto nos rabanetes como nas folhagens dos tratamentos U e Z,
vale ressaltar também que a assimilação de nitrogênio e potássio foi relativamente maior nas
folhagens que nos rabanetes. A diminuição da assimilação de nitrogênio nos tratamentos U e
Z, talvez possa ser a justificativa para a diminuição do rendimento destes dois fertilizantes.
153

Figura 69 Distribuição de NPK após o plantio no solo ARG-T

70000

60000

50000

40000

30000
mg/Kg

20000

10000

-10000

-20000
B

B
Z

Z
N

U
Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:
N
K
P
Folhagem Rabanete Solo
Legenda: Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento com ureia; B: branco,
tratamento controle sem adição de nitrogênio. Valores em mg/kg.
Fonte: O autor, 2018.

Na Figura 70 está representado graficamente a distribuição de NPK na folhagem, nos


rabanetes e no solo após o plantio das amostras de solo ARE, onde podemos constatar que,
mais uma vez, os nutrientes nitrogênio e potássio são os mais representativos, porém as
concentrações destes nutrientes, que foram assimiladas pelos tecidos vegetais, estão ao
contrário das que foram encontradas no solo argiloso. Tanto nas amostras ARE (Figura 70)
como nas amostras ARE-T (Figura 71) os níveis de potássio, na maioria dos casos, estão
muito mais elevados que os níveis de nitrogênio.
As concentrações menores de nitrogênio encontradas nos solos ARE e ARE-T podem
ser justificadas pelos resultados observados nos testes de coluna, onde observamos que os
solos arenosos por possuírem uma menor CTC tendem a reter menos nutrientes lixiviando
uma maior quantidade de nitrogênio. Um dado que ajuda a comprovar este fato é que nas
análises de solo pós-plantio, para as amostras de solo ARE e ARE-T foram encontrados como
154

concentração máximo de nitrogênio remanescente 300mg/kg, enquanto nas amostras de solo


argiloso os valores máximos foram de 1100mg/kg de nitrogênio.
Outros fatores interessantes sobre essa diferença na proporção de nitrogênio e potássio
nos solos ARE e ARE-T é que eles não proporcionaram diferenças significativas na massa
fresca de folhagem produzida, porém resultou numa maior diferença entre os valores de
massa fresca dos rabanetes produzidos em cada tratamento (Tabela 23). Tais resultados
indicam que concentrações mais elevadas de nitrogênio disponível no solo é fundamental para
o crescimento e formação dos rabanetes. Além disso os casos de clorose, que julgamos ser
pela deficiência de nitrogênio, foram mais expressivos nos vasos de solo arenoso

Figura 70 Distribuição de NPK após o plantio no solo ARE

70000

60000

50000

40000
mg/Kg

30000

20000

10000

-10000

-20000
B

B
Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:

Z
N

N
K
P
Folhagem Rabanete Solo
Legenda: Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento com ureia; B: branco,
tratamento controle sem adição de nitrogênio. Valores em mg/kg.
Fonte: O autor, 2018.

O ganho total de massa fresca por planta de rabanete pode ser explicado pela
importância do K nos processos de ativação de vários sistemas enzimáticos que participam do
metabolismo vegetal, como fotossíntese, respiração, crescimento meristemático, extensão
155

celular, eficiência no uso da água. , formação e translocação de carboidratos; depois,


desempenhando papel decisivo na taxa de crescimento normal das plantas (TAIZ & ZEIGER
2013).

Figura 71 Distribuição de NPK após o plantio no solo ARE-T

70000

60000

50000

40000

30000
mg/Kg

20000

10000

-10000

-20000
B

B
N

U
Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:
Z

Z
N
K
P
Folhagem Rabanete Solo
Legenda: Z: Tratamento com zeólita, N tratamento com nitrato de amônio; U: tratamento com ureia; B: branco,
tratamento controle sem adição de nitrogênio. Valores em mg/kg.
Fonte: O autor, 2018.

Em geral, os vegetais apresentam grande exigência nutricional para o seu


desenvolvimento e produção, sendo o potássio e o nitrogênio os macronutrientes mais
extraídos por eles. A nutrição mineral tem importância fundamental no aumento da
produtividade e, sendo o potássio o nutriente mais extraído por eles, já que o potássio
desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e formação de tais atributos. O
potássio influencia diretamente o crescimento meristemático e a extensão das células vegetais,
pois estimulam o processo de alongamento celular; consequentemente, aumentando os
parâmetros de produção em níveis adequados nos tecidos vegetais (SOUSA GOUVEIA et al.,
2018).
156

O potássio influencia a produtividade e a qualidade do produto final, o que impacta no


valor de mercado (ARAÚJO et al., 2012). Este nutriente tem grande importância na ativação
de diversos sistemas enzimáticos envolvidos no metabolismo das plantas; atuando na síntese
de proteínas e trifosfato de adenosina (ATP); nos processos de respiração, fotossíntese e
transpiração; crescimento meristemático na extensão de células vegetais; preservação da
turgidez tecidual; abertura e fechamento de estômatos; formação e translocação de
carboidratos. O potássio aumenta a resistência à geada, bem como a seca, a salinidade, a
doença, o armazenamento e a manutenção da qualidade do produto final. (TAIZ et al., 2017).
Os valores de fósforo estão baixos em todos os tipos de solo e tratamentos,
principalmente nos rabanetes e no solo pós plantio, segundo Taiz e colaboradores (2017) Os
íons fosfato (H2PO2–) podem se ligar às partículas de solo contendo alumínio ou ferro, pois os
íons ferro e alumínio carregados positivamente (Fe2+, Fe3+ e Al3+) estão associados a grupos
hidroxila (OH–) que são trocados por fosfato. Os íons fosfato também reagem fortemente com
Ca2+, Fe3+ e Al3+, formando compostos inorgânicos insolúveis. Como resultado, o fosfato com
frequência é ligado fortemente em baixo ou em alto pH, e sua falta de mobilidade e
disponibilidade no solo pode limitar o crescimento vegetal, ou seja, as baixas concentrações
de fósforo assimilado observado nas folhagens, nos rabanetes e nos solos também podem ter
contribuído para o crescimento abaixo do esperado nos rabanetes.
157

CONCLUSÃO

A destilação de soluções padrão de NH4Cl e amostras de lixiviado bruto apresentaram


uma recuperação satisfatória de amônio de 88% e 79%, respectivamente. Além disso, a
destilação de lixiviado de aterro provou ser um bom método para isolar os íons de amônio dos
outros componentes presentes no lixiviado, simplificando a sua quantificação e,
provavelmente, melhorando a eficácia de adsorção de amônio por MC3 e MZ.
Em suma, tanto MC3 e MZ são materiais promissores para a remoção de amônio em
tratamento de lixiviados com eficiência de remoção de 81,4% para MZ e 95,8% para MC3.
Onde este insumo, oriundo do tratamento de lixiviado, pode ser usado como fonte de nutriente
na agricultura. O material MZ, representado pelas zeólitas comerciais, devido ao seu bom
desempenho na remoção de amônio do lixiviado de aterro e sua facilidade operacional, foi
utilizado como uma das fontes de nitrogênio (tratamento Z) nos testes de coluna e plantio de
rabanetes, com uma concentração de 154,7mg de nitrogênio por grama de zeólita.
A análise dos solos ARG e ARE utilizados demonstrou que ambos são ligeiramente
ácidos, sendo necessária uma correção por calagem para ajustar o pH para o plantio. O solo
ARG apresentou resultado mais interessante quanto a sua fertilidade, mostrando-se ser um solo
eutrófico, com valores S maiores que o solo ARE (distrófico), além de possuir maior valor T,
representando uma maior CTC, que o solo ARE. No teste de lixiviação em colunas, foi
possível observar que os tratamentos U, N e Z promoveram uma melhoria nos parâmetros
químicos do solo, tornando o solo ARE eutrófico e no solo ARG os tratamentos Z e N
aumentaram a CTC do solo. O tratamento Z aumentou a CTC e obteve os valores mais altos
deste parâmetro em ambos os solos, além de garantir uma maior retenção de potássio nas
camadas mais superficiais das colunas. O solo ARE, por ter uma CTC menor que o solo ARG,
teve uma maior lixiviação dos nutrientes.
Em relação ao plantio de rabanetes, nos vasos de solo ARG, todos os tratamentos
formaram folhagem e rabanete, com resultados competitivos, sem diferenças significativas
entre os tratamentos. Nas amostras de solo ARG-T também foram produzidos rabanetes e
folhagens, porém, o tratamento N teve rendimento melhor que os demais, gerando resultados
significativamente diferentes. Nas amostras de solo ARE foram obtidos os valores de menor
rendimento para os tratamentos N e Z, principalmente para o tratamento Z, onde não foi
observada sequer a formação de rabanetes.
158

A correção do solo por calagem foi significativa, tendo em vista a melhoria do


rendimento do tratamento Z no solo ARET, em que foi observado os melhores resultados neste
solo em comparação com os outros fertilizantes. Quanto à proposta de utilizar as zeólitas
enriquecidas com amônio de lixiviado como fertilizante, foi possível observar que isto é
viável, principalmente em solos argilosos eutróficos e solos arenosos tratados, pois foi onde
encontramos os resultados mais competitivos deste fertilizante em relação aos fertilizantes
comerciais.
Sendo assim com os resultados obtidos a partir deste trabalho, podemos considerar a
remoção de amônio de lixiviado de aterro para produção de fertilizantes como uma proposta
não apenas tecnicamente viável como também economicamente e ambientalmente
interessante. Uma vez que esta pode ser aplicada nos aterros sanitários, ao mesmo tempo
trazendo tanto uma solução ambiental como uma forma de tratar o efluente, gerando um ganho
econômico pelo reaproveitamento deste nutriente tão importante que é o nitrogênio.
159

REFERÊNCIAS

AHMED F.N.; LAN, C.Q. Treatment of landfill leachate using membrane bioreactors: a
review. Desalination, 287 p. 41–54. 2012.

ALLEONI, L R F.; FERNANDES, A R.; CORREIA, B L. Sequential extraction of


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APÊNDICE A
Teste de Scheffé para os valores de pH do solo nos testes de lixiviação por coluna.
Scheffe test; variable pH (1:2,5) (Cópia de resultados da coluna para importar para o STATISTICA (1))
Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = ,04635, df = 64,000
Nível Tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16} {17} {18} {19} {20} {21} {22} {23} {24} {25} {26} {27} {28} {29} {30} {31} {32}
Cell No. 4,5667 4,6667 4,6000 4,6000 4,7000 4,5000 4,6000 5,0000 4,2000 4,5000 4,6000 4,8000 4,7667 4,8333 4,8667 4,8667 4,3000 4,8000 4,6000 4,6000 4,8000 5,0667 4,9333 5,0667 5,1667 4,8667 5,1000 5,2333 5,0333 5,2000 5,0000 5,1000
1 A ARE B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 0,999946 0,998124 1,000000 0,999796 0,989427 0,999988 0,995296 0,999998 0,999796
2 A ARE Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 0,999998 0,999338 1,000000 0,999796 1,000000 0,999998
3 A ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 0,999988 0,999338 1,000000 0,999946 0,995296 0,999998 0,998124 1,000000 0,999946
4 A ARE U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 0,999988 0,999338 1,000000 0,999946 0,995296 0,999998 0,998124 1,000000 0,999946
5 A ARG B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 1,000000 0,999796 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000
6 A ARG Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999338 0,999998 0,999338 0,989427 1,000000 0,998124 0,959924 0,999796 0,978474 0,999946 0,998124
7 A ARG N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 0,999988 0,999338 1,000000 0,999946 0,995296 0,999998 0,998124 1,000000 0,999946
8 A ARG U 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 0,890134 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,978474 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
9 B ARE B 1,000000 0,999988 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000 0,890134 1,000000 1,000000 0,998124 0,999338 0,995296 0,989427 0,989427 1,000000 0,998124 1,000000 1,000000 0,998124 0,768582 0,959924 0,768582 0,517503 0,989427 0,690694 0,349475 0,835769 0,430847 0,890134 0,690694
10 B ARE Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999338 0,999998 0,999338 0,989427 1,000000 0,998124 0,959924 0,999796 0,978474 0,999946 0,998124
11 B ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 0,999988 0,999338 1,000000 0,999946 0,995296 0,999998 0,998124 1,000000 0,999946
12 B ARE U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,998124 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
13 B ARG B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999338 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 0,999998 1,000000 1,000000
14 B ARG Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,995296 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999796 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
15 B ARG N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,989427 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999338 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
16 B ARG U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,989427 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999338 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
17 C ARE B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,978474 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 0,999988 0,999796 0,999338 0,999338 0,999946 1,000000 1,000000 0,999946 0,931180 0,995296 0,931180 0,768582 0,999338 0,890134 0,605578 0,959924 0,690694 0,978474 0,890134
18 C ARE Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,998124 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
19 C ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 0,999988 0,999338 1,000000 0,999946 0,995296 0,999998 0,998124 1,000000 0,999946
20 C ARE U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999988 1,000000 0,999988 0,999338 1,000000 0,999946 0,995296 0,999998 0,998124 1,000000 0,999946
21 C ARG B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,998124 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
22 C ARG Z 0,999946 1,000000 0,999988 0,999988 1,000000 0,999338 0,999988 1,000000 0,768582 0,999338 0,999988 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,931180 1,000000 0,999988 0,999988 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
23 C ARG N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999998 1,000000 1,000000 0,959924 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,995296 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
24 C ARG U 0,999946 1,000000 0,999988 0,999988 1,000000 0,999338 0,999988 1,000000 0,768582 0,999338 0,999988 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,931180 1,000000 0,999988 0,999988 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
25 D ARE B 0,998124 0,999946 0,999338 0,999338 0,999988 0,989427 0,999338 1,000000 0,517503 0,989427 0,999338 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,768582 1,000000 0,999338 0,999338 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
26 D ARE Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,989427 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999338 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
27 D ARE N 0,999796 0,999998 0,999946 0,999946 1,000000 0,998124 0,999946 1,000000 0,690694 0,998124 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,890134 1,000000 0,999946 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
28 D ARE U 0,989427 0,999338 0,995296 0,995296 0,999796 0,959924 0,995296 1,000000 0,349475 0,959924 0,995296 0,999998 0,999988 1,000000 1,000000 1,000000 0,605578 0,999998 0,995296 0,995296 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
29 D ARG B 0,999988 1,000000 0,999998 0,999998 1,000000 0,999796 0,999998 1,000000 0,835769 0,999796 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,959924 1,000000 0,999998 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
30 D ARG Z 0,995296 0,999796 0,998124 0,998124 0,999946 0,978474 0,998124 1,000000 0,430847 0,978474 0,998124 1,000000 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 0,690694 1,000000 0,998124 0,998124 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
31 D ARG N 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,999946 1,000000 1,000000 0,890134 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,978474 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
32 D ARG U 0,999796 0,999998 0,999946 0,999946 1,000000 0,998124 0,999946 1,000000 0,690694 0,998124 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,890134 1,000000 0,999946 0,999946 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
183

Testes estatísticos de Tukey e de Scheffé para os valores de nitrogênio nos testes de lixiviação por coluna.

Tukey HSD test; variable N (Cópia de resultados da coluna para importar para o STATISTICA (1))
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1258E2, df = 16,000
Local Tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. de origem 933,33 1133,3 1066,7 1133,3 4000,0 3500,0 3600,0 3566,7 60,519 342,93 1157,5 754,73 152,21 361,41 1536,9 582,41
1 Solo ARE B 0,999991 1,000000 0,999991 0,000179 0,000182 0,000180 0,000181 0,726462 0,975435 1,000000 1,000000 0,840295 0,981027 0,970775 0,999867
2 Solo ARE Z 0,999991 1,000000 1,000000 0,000179 0,000195 0,000186 0,000188 0,446158 0,829953 1,000000 0,999681 0,573368 0,850240 0,999350 0,986151
3 Solo ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 0,000179 0,000188 0,000183 0,000185 0,537847 0,896886 1,000000 0,999968 0,668624 0,912199 0,996795 0,995731
4 Solo ARE U 0,999991 1,000000 1,000000 0,000179 0,000195 0,000186 0,000188 0,446158 0,829953 1,000000 0,999681 0,573368 0,850240 0,999350 0,986151
5 Solo ARG B 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,910732 0,982681 0,967136 0,000179 0,000182 0,000381 0,000206 0,000180 0,000182 0,001353 0,000190
6 Solo ARG Z 0,000182 0,000195 0,000188 0,000195 0,910732 1,000000 1,000000 0,000189 0,000221 0,002217 0,000499 0,000195 0,000225 0,011779 0,000322
7 Solo ARG N 0,000180 0,000186 0,000183 0,000186 0,982681 1,000000 1,000000 0,000184 0,000204 0,001473 0,000378 0,000188 0,000207 0,007512 0,000264
8 Solo ARG U 0,000181 0,000188 0,000185 0,000188 0,967136 1,000000 1,000000 0,000186 0,000209 0,001683 0,000415 0,000190 0,000212 0,008721 0,000279
9 Lixiviado ARE B 0,726462 0,446158 0,537847 0,446158 0,000179 0,000189 0,000184 0,000186 0,999999 0,695034 0,982391 1,000000 0,999999 0,290115 0,998829
10 Lixiviado ARE Z 0,975435 0,829953 0,896886 0,829953 0,000182 0,000221 0,000204 0,000209 0,999999 0,940448 0,999920 1,000000 1,000000 0,582299 1,000000
11 Lixiviado ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,000381 0,002217 0,001473 0,001683 0,695034 0,940448 0,999939 0,794022 0,949281 0,999971 0,996842
12 Lixiviado ARE U 1,000000 0,999681 0,999968 0,999681 0,000206 0,000499 0,000378 0,000415 0,982391 0,999920 0,999939 0,995033 0,999954 0,955299 1,000000
13 Lixiviado ARG B 0,840295 0,573368 0,668624 0,573368 0,000180 0,000195 0,000188 0,000190 1,000000 1,000000 0,794022 0,995033 1,000000 0,373114 0,999866
14 Lixiviado ARG Z 0,981027 0,850240 0,912199 0,850240 0,000182 0,000225 0,000207 0,000212 0,999999 1,000000 0,949281 0,999954 1,000000 0,603904 1,000000
15 Lixiviado ARG N 0,970775 0,999350 0,996795 0,999350 0,001353 0,011779 0,007512 0,008721 0,290115 0,582299 0,999971 0,955299 0,373114 0,603904 0,842241
16 Lixiviado ARG U 0,999867 0,986151 0,995731 0,986151 0,000190 0,000322 0,000264 0,000279 0,998829 1,000000 0,996842 1,000000 0,999866 1,000000 0,842241

Scheffe test; variable N (Cópia de resultados da coluna para importar para o STATISTICA (1))
Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1258E2, df = 16,000
Local Tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. de origem 933,33 1133,3 1066,7 1133,3 4000,0 3500,0 3600,0 3566,7 60,519 342,93 1157,5 754,73 152,21 361,41 1536,9 582,41
1 Solo ARE B 1,000000 1,000000 1,000000 0,000123 0,001043 0,000671 0,000777 0,987196 0,999798 1,000000 1,000000 0,995582 0,999862 0,999738 1,000000
2 Solo ARE Z 1,000000 1,000000 1,000000 0,000283 0,002567 0,001632 0,001897 0,931200 0,995029 1,000000 0,999999 0,965066 0,996080 0,999998 0,999912
3 Solo ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 0,000214 0,001897 0,001211 0,001405 0,957370 0,997992 1,000000 1,000000 0,980609 0,998478 0,999988 0,999983
4 Solo ARE U 1,000000 1,000000 1,000000 0,000283 0,002567 0,001632 0,001897 0,931200 0,995029 1,000000 0,999999 0,965066 0,996080 0,999998 0,999912
5 Solo ARG B 0,000123 0,000283 0,000214 0,000283 0,998434 0,999879 0,999687 0,000400 0,000958 0,013275 0,003565 0,000530 0,001015 0,045446 0,002046
6 Solo ARG Z 0,001043 0,002567 0,001897 0,002567 0,998434 1,000000 1,000000 0,001908 0,004747 0,066477 0,018247 0,002560 0,005041 0,203472 0,010381
7 Solo ARG N 0,000671 0,001632 0,001211 0,001632 0,999879 1,000000 1,000000 0,001388 0,003431 0,048518 0,013156 0,001858 0,003643 0,153868 0,007483
8 Solo ARG U 0,000777 0,001897 0,001405 0,001897 0,999687 1,000000 1,000000 0,001543 0,003822 0,053922 0,014673 0,002067 0,004059 0,169142 0,008345
9 Lixiviado ARE B 0,987196 0,931200 0,957370 0,931200 0,000400 0,001908 0,001388 0,001543 1,000000 0,983845 0,999876 1,000000 1,000000 0,852741 0,999997
10 Lixiviado ARE Z 0,999798 0,995029 0,997992 0,995029 0,000958 0,004747 0,003431 0,003822 1,000000 0,999201 1,000000 1,000000 1,000000 0,966820 1,000000
11 Lixiviado ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,013275 0,066477 0,048518 0,053922 0,983845 0,999201 1,000000 0,992806 0,999383 1,000000 0,999988
12 Lixiviado ARE U 1,000000 0,999999 1,000000 0,999999 0,003565 0,018247 0,013156 0,014673 0,999876 1,000000 1,000000 0,999979 1,000000 0,999495 1,000000
13 Lixiviado ARG B 0,995582 0,965066 0,980609 0,965066 0,000530 0,002560 0,001858 0,002067 1,000000 1,000000 0,992806 0,999979 1,000000 0,901378 1,000000
14 Lixiviado ARG Z 0,999862 0,996080 0,998478 0,996080 0,001015 0,005041 0,003643 0,004059 1,000000 1,000000 0,999383 1,000000 1,000000 0,970787 1,000000
15 Lixiviado ARG N 0,999738 0,999998 0,999988 0,999998 0,045446 0,203472 0,153868 0,169142 0,852741 0,966820 1,000000 0,999495 0,901378 0,970787 0,995682
16 Lixiviado ARG U 1,000000 0,999912 0,999983 0,999912 0,002046 0,010381 0,007483 0,008345 0,999997 1,000000 0,999988 1,000000 1,000000 1,000000 0,995682
184

Testes estatísticos de Tukey e de Scheffé para os valores de fósforo nos testes de lixiviação por coluna.

Tukey HSD test; variable P (Cópia de resultados da coluna para importar para o STATISTICA (1))
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 21613,, df = 16,000
Local Tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. de origem ,06567 ,25267 ,29667 ,28333 14,333 672,67 942,00 892,33 0,0000 311,86 174,47 21,907 0,0000 0,0000 45,094 0,0000
1 Solo ARE B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,002708 0,000211 0,000253 1,000000 0,870325 0,998976 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
2 Solo ARE Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,002716 0,000211 0,000253 1,000000 0,870770 0,998988 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
3 Solo ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,002718 0,000211 0,000254 1,000000 0,870875 0,998991 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
4 Solo ARE U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,002717 0,000211 0,000254 1,000000 0,870843 0,998990 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
5 Solo ARG B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,003339 0,000219 0,000273 1,000000 0,901866 0,999599 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
6 Solo ARG Z 0,002708 0,002716 0,002718 0,002717 0,003339 0,662094 0,873031 0,053896 0,729481 0,293540 0,067848 0,053896 0,053896 0,086225 0,053896
7 Solo ARG N 0,000211 0,000211 0,000211 0,000211 0,000219 0,662094 1,000000 0,002979 0,083987 0,019436 0,003746 0,002979 0,002979 0,004791 0,002979
8 Solo ARG U 0,000253 0,000253 0,000254 0,000254 0,000273 0,873031 1,000000 0,005030 0,138211 0,033282 0,006363 0,005030 0,005030 0,008171 0,005030
9 Lixiviado ARE B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,053896 0,002979 0,005030 0,966481 0,999896 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
10 Lixiviado ARE Z 0,870325 0,870770 0,870875 0,870843 0,901866 0,729481 0,083987 0,138211 0,966481 0,999995 0,981213 0,966481 0,966481 0,990851 0,966481
11 Lixiviado ARE N 0,998976 0,998988 0,998991 0,998990 0,999599 0,293540 0,019436 0,033282 0,999896 0,999995 0,999980 0,999896 0,999896 0,999998 0,999896
12 Lixiviado ARE U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,067848 0,003746 0,006363 1,000000 0,981213 0,999980 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
13 Lixiviado ARG B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,053896 0,002979 0,005030 1,000000 0,966481 0,999896 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
14 Lixiviado ARG Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,053896 0,002979 0,005030 1,000000 0,966481 0,999896 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
15 Lixiviado ARG N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,086225 0,004791 0,008171 1,000000 0,990851 0,999998 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
16 Lixiviado ARG U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,053896 0,002979 0,005030 1,000000 0,966481 0,999896 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000

Scheffe test; variable P (Cópia de resultados da coluna para importar para o STATISTICA (1))
Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 21613,, df = 16,000
Local Tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. de origem ,06567 ,25267 ,29667 ,28333 14,333 672,67 942,00 892,33 0,0000 311,86 174,47 21,907 0,0000 0,0000 45,094 0,0000
1 Solo ARE B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,077003 0,003942 0,006847 1,000000 0,996986 0,999997 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
2 Solo ARE Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,077155 0,003950 0,006862 1,000000 0,997005 0,999997 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
3 Solo ARE N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,077191 0,003952 0,006865 1,000000 0,997009 0,999997 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
4 Solo ARE U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,077180 0,003952 0,006864 1,000000 0,997008 0,999997 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
5 Solo ARG B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,089407 0,004618 0,008029 1,000000 0,998157 0,999999 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
6 Solo ARG Z 0,077003 0,077155 0,077191 0,077180 0,089407 0,979744 0,997098 0,462534 0,987492 0,855157 0,513626 0,462534 0,462534 0,569275 0,462534
7 Solo ARG N 0,003942 0,003950 0,003952 0,003952 0,004618 0,979744 1,000000 0,082449 0,563073 0,272698 0,096864 0,082449 0,082449 0,114565 0,082449
8 Solo ARG U 0,006847 0,006862 0,006865 0,006864 0,008029 0,997098 1,000000 0,118378 0,682786 0,364697 0,138235 0,118378 0,118378 0,162324 0,118378
9 Lixiviado ARE B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,462534 0,082449 0,118378 0,999677 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
10 Lixiviado ARE Z 0,996986 0,997005 0,997009 0,997008 0,998157 0,987492 0,563073 0,682786 0,999677 1,000000 0,999864 0,999677 0,999677 0,999951 0,999677
11 Lixiviado ARE N 0,999997 0,999997 0,999997 0,999997 0,999999 0,855157 0,272698 0,364697 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
12 Lixiviado ARE U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,513626 0,096864 0,138235 1,000000 0,999864 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
13 Lixiviado ARG B 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,462534 0,082449 0,118378 1,000000 0,999677 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
14 Lixiviado ARG Z 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,462534 0,082449 0,118378 1,000000 0,999677 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
15 Lixiviado ARG N 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,569275 0,114565 0,162324 1,000000 0,999951 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
16 Lixiviado ARG U 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 0,462534 0,082449 0,118378 1,000000 0,999677 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
185

Testes estatísticos de Tukey e de Scheffé para os valores de nitrogênio nos testes de lixiviação por coluna.

Tukey HSD test; variable K+ (Cópia de resultados da coluna para importar para o STATISTICA (1))
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 23481,, df = 16,000
Local Tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. de origem 22,100 201,50 39,000 37,700 67,600 1172,6 1137,5 1051,7 1,5865 5944,9 5260,4 7033,1 6,9724 2904,0 7545,2 3332,0
1 Solo ARE B 0,976444 1,000000 1,000000 1,000000 0,000180 0,000182 0,000193 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179
2 Solo ARE Z 0,976444 0,989790 0,989045 0,998425 0,000217 0,000246 0,000448 0,997264 0,000179 0,000179 0,000179 0,997921 0,000179 0,000179 0,000179
3 Solo ARE N 1,000000 0,989790 1,000000 1,000000 0,000181 0,000183 0,000198 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179
4 Solo ARE U 1,000000 0,989045 1,000000 1,000000 0,000181 0,000183 0,000197 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179
5 Solo ARG B 1,000000 0,998425 1,000000 1,000000 0,000182 0,000186 0,000209 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179
6 Solo ARG Z 0,000180 0,000217 0,000181 0,000181 0,000182 1,000000 0,999475 0,000554 0,000179 0,000179 0,000179 0,000581 0,000179 0,000179 0,000179
7 Solo ARG N 0,000182 0,000246 0,000183 0,000183 0,000186 1,000000 0,999991 0,000727 0,000179 0,000179 0,000179 0,000759 0,000179 0,000179 0,000179
8 Solo ARG U 0,000193 0,000448 0,000198 0,000197 0,000209 0,999475 0,999991 0,001542 0,000179 0,000179 0,000179 0,001621 0,000179 0,000179 0,000179
9 Lixiviado ARE B 1,000000 0,997264 1,000000 1,000000 1,000000 0,000554 0,000727 0,001542 0,000179 0,000179 0,000179 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179
10 Lixiviado ARE Z 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,210190 0,007722 0,000179 0,000179 0,000261 0,000179
11 Lixiviado ARE N 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,210190 0,000194 0,000179 0,000179 0,000179 0,000182
12 Lixiviado ARE U 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,007722 0,000194 0,000179 0,000179 0,592159 0,000179
13 Lixiviado ARG B 1,000000 0,997921 1,000000 1,000000 1,000000 0,000581 0,000759 0,001621 1,000000 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179
14 Lixiviado ARG Z 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,808233
15 Lixiviado ARG N 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000261 0,000179 0,592159 0,000179 0,000179 0,000179
16 Lixiviado ARG U 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000179 0,000182 0,000179 0,000179 0,808233 0,000179

Scheffe test; variable K+ (Cópia de resultados da coluna para importar para o STATISTICA (1))
Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 23481,, df = 16,000
Local Tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. de origem 22,100 201,50 39,000 37,700 67,600 1172,6 1137,5 1051,7 1,5865 5944,9 5260,4 7033,1 6,9724 2904,0 7545,2 3332,0
1 Solo ARE B 0,999810 1,000000 1,000000 1,000000 0,000681 0,000974 0,002378 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000
2 Solo ARE Z 0,999810 0,999943 0,999937 0,999995 0,004417 0,006424 0,016109 0,999990 0,000000 0,000000 0,000000 0,999993 0,000001 0,000000 0,000000
3 Solo ARE N 1,000000 0,999943 1,000000 1,000000 0,000809 0,001160 0,002842 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000
4 Solo ARE U 1,000000 0,999937 1,000000 1,000000 0,000798 0,001144 0,002803 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000
5 Solo ARG B 1,000000 0,999995 1,000000 1,000000 0,001084 0,001560 0,003847 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000
6 Solo ARG Z 0,000681 0,004417 0,000809 0,000798 0,001084 1,000000 0,999999 0,020418 0,000000 0,000000 0,000000 0,021265 0,000325 0,000000 0,000019
7 Solo ARG N 0,000974 0,006424 0,001160 0,001144 0,001560 1,000000 1,000000 0,026596 0,000000 0,000000 0,000000 0,027694 0,000255 0,000000 0,000016
8 Solo ARG U 0,002378 0,016109 0,002842 0,002803 0,003847 0,999999 1,000000 0,050336 0,000000 0,000000 0,000000 0,052363 0,000142 0,000000 0,000009
9 Lixiviado ARE B 1,000000 0,999990 1,000000 1,000000 1,000000 0,020418 0,026596 0,050336 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000 0,000006 0,000000 0,000001
10 Lixiviado ARE Z 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,782229 0,156605 0,000000 0,000003 0,007306 0,000023
11 Lixiviado ARE N 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,782229 0,002536 0,000000 0,000088 0,000129 0,000995
12 Lixiviado ARE U 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,156605 0,002536 0,000000 0,000000 0,968678 0,000000
13 Lixiviado ARG B 1,000000 0,999993 1,000000 1,000000 1,000000 0,021265 0,027694 0,052363 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000006 0,000000 0,000001
14 Lixiviado ARG Z 0,000000 0,000001 0,000000 0,000000 0,000000 0,000325 0,000255 0,000142 0,000006 0,000003 0,000088 0,000000 0,000006 0,000000 0,993743
15 Lixiviado ARG N 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,007306 0,000129 0,968678 0,000000 0,000000 0,000000
16 Lixiviado ARG U 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000019 0,000016 0,000009 0,000001 0,000023 0,000995 0,000000 0,000001 0,993743 0,000000
186

Teste estatístico de Tukey para massa fresca de rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable Massa fresca de Rabanete (mg) (medidas das plantas)
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1976E4, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 5040.0 1300.0 10020. 0.0000 9660.0 12120. 11160. 12320. 3940.0 9005.0 6500.0 5810.0 4200.0 11260. 5220.0 2950.0
1 ARE B 0.996197 0.916830 0.909380 0.953062 0.472840 0.708841 0.425130 1.000000 0.993077 1.000000 1.000000 1.000000 0.685232 1.000000 0.999997
2 ARE N 0.996197 0.234041 1.000000 0.295389 0.043294 0.099804 0.035968 0.999933 0.519124 0.925824 0.976672 0.999889 0.091916 0.993823 1.000000
3 ARE U 0.916830 0.234041 0.051560 1.000000 0.999992 1.000000 0.999975 0.718124 1.000000 0.996265 0.978645 0.840805 1.000000 0.936723 0.575513
4 ARE Z 0.909380 1.000000 0.051560 0.072196 0.005678 0.016291 0.004536 0.988424 0.192171 0.616843 0.777847 0.987852 0.014644 0.884534 0.999741
5 ARE - T B 0.953062 0.295389 1.000000 0.072196 0.999942 1.000000 0.999848 0.796420 1.000000 0.998864 0.990734 0.894961 1.000000 0.966131 0.659611
6 ARE - T N 0.472840 0.043294 0.999992 0.005678 0.999942 1.000000 1.000000 0.241001 0.999507 0.816157 0.663560 0.382186 1.000000 0.517032 0.170594
7 ARE - T U 0.708841 0.099804 1.000000 0.016291 1.000000 1.000000 1.000000 0.439252 0.999995 0.949727 0.864260 0.601425 1.000000 0.749786 0.323583
8 ARE - T Z 0.425130 0.035968 0.999975 0.004536 0.999848 1.000000 1.000000 0.208598 0.998996 0.775740 0.614358 0.341215 1.000000 0.467990 0.146971
9 ARG B 1.000000 0.999933 0.718124 0.988424 0.796420 0.241001 0.439252 0.208598 0.939166 0.999905 0.999998 1.000000 0.415690 1.000000 1.000000
10 ARG N 0.993077 0.519124 1.000000 0.192171 1.000000 0.999507 0.999995 0.998996 0.939166 0.999966 0.999339 0.974382 0.999991 0.995682 0.853271
11 ARG U 1.000000 0.925824 0.996265 0.616843 0.998864 0.816157 0.949727 0.775740 0.999905 0.999966 1.000000 0.999989 0.940651 1.000000 0.997830
12 ARG Z 1.000000 0.976672 0.978645 0.777847 0.990734 0.663560 0.864260 0.614358 0.999998 0.999339 1.000000 1.000000 0.847361 1.000000 0.999821
13 ARG - T B 1.000000 0.999889 0.840805 0.987852 0.894961 0.382186 0.601425 0.341215 1.000000 0.974382 0.999989 1.000000 0.577875 1.000000 1.000000
14 ARG - T N 0.685232 0.091916 1.000000 0.014644 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.415690 0.999991 0.940651 0.847361 0.577875 0.727306 0.304615
15 ARG - T U 1.000000 0.993823 0.936723 0.884534 0.966131 0.517032 0.749786 0.467990 1.000000 0.995682 1.000000 1.000000 1.000000 0.727306 0.999990
16 ARG - T Z 0.999997 1.000000 0.575513 0.999741 0.659611 0.170594 0.323583 0.146971 1.000000 0.853271 0.997830 0.999821 1.000000 0.304615 0.999990

Teste estatístico de Tukey para massa fresca da folhagem nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable Massa fresca da folhagem (mg) (medidas das plantas)
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1587E4, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 13760. 10725. 20960. 5760.0 7456.0 18180. 14040. 17980. 29600. 22695. 30120. 24090. 18525. 31420. 21600. 18950.
1 ARE B 0.998714 0.266698 0.136206 0.483864 0.922449 1.000000 0.945402 0.000146 0.091104 0.000144 0.010981 0.912753 0.000144 0.157327 0.845546
2 ARE N 0.998714 0.024538 0.883992 0.997083 0.302916 0.996608 0.346012 0.000144 0.006887 0.000143 0.000657 0.314500 0.000143 0.012050 0.236030
3 ARE U 0.266698 0.024538 0.000152 0.000283 0.999077 0.327348 0.997976 0.073422 0.999999 0.042435 0.996556 0.999904 0.009356 1.000000 0.999992
4 ARE Z 0.136206 0.883992 0.000152 0.999998 0.000807 0.104779 0.001023 0.000143 0.000146 0.000143 0.000143 0.001283 0.000143 0.000146 0.000793
5 ARE - T B 0.483864 0.997083 0.000283 0.999998 0.006737 0.409405 0.008648 0.000143 0.000185 0.000143 0.000144 0.009635 0.000143 0.000199 0.005854
6 ARE - T N 0.922449 0.302916 0.999077 0.000807 0.006737 0.953072 1.000000 0.002800 0.941586 0.001443 0.593165 1.000000 0.000347 0.991492 1.000000
7 ARE - T U 1.000000 0.996608 0.327348 0.104779 0.409405 0.953072 0.968823 0.000148 0.117436 0.000145 0.015365 0.944538 0.000144 0.200066 0.892412
8 ARE - T Z 0.945402 0.346012 0.997976 0.001023 0.008648 1.000000 0.968823 0.002172 0.919146 0.001127 0.537361 1.000000 0.000297 0.985349 1.000000
9 ARG B 0.000146 0.000144 0.073422 0.000143 0.000143 0.002800 0.000148 0.002172 0.428711 1.000000 0.702124 0.009569 0.999995 0.136206 0.015531
10 ARG N 0.091104 0.006887 0.999999 0.000146 0.000185 0.941586 0.117436 0.919146 0.428711 0.309168 1.000000 0.980732 0.110324 1.000000 0.993083
11 ARG U 0.000144 0.000143 0.042435 0.000143 0.000143 0.001443 0.000145 0.001127 1.000000 0.309168 0.559662 0.005196 1.000000 0.082847 0.008572
12 ARG Z 0.010981 0.000657 0.996556 0.000143 0.000144 0.593165 0.015365 0.537361 0.702124 1.000000 0.559662 0.768315 0.241061 0.999743 0.854632
13 ARG - T B 0.912753 0.314500 0.999904 0.001283 0.009635 1.000000 0.944538 1.000000 0.009569 0.980732 0.005196 0.768315 0.001103 0.998505 1.000000
14 ARG - T N 0.000144 0.000143 0.009356 0.000143 0.000143 0.000347 0.000144 0.000297 0.999995 0.110324 1.000000 0.241061 0.001103 0.020148 0.001817
15 ARG - T U 0.157327 0.012050 1.000000 0.000146 0.000199 0.991492 0.200066 0.985349 0.136206 1.000000 0.082847 0.999743 0.998505 0.020148 0.999733
16 ARG - T Z 0.845546 0.236030 0.999992 0.000793 0.005854 1.000000 0.892412 1.000000 0.015531 0.993083 0.008572 0.854632 1.000000 0.001817 0.999733
187

Teste estatístico de Tukey para massa seca de rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable Massa seca de Rabanete (mg) (medidas das plantas)
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1834E2, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 694.80 493.75 896.40 0.0000 969.00 1155.6 1115.4 1359.8 1033.8 805.00 1135.0 769.40 888.00 1355.8 943.00 281.75
1 ARE B 0.999997 0.999993 0.441322 0.999659 0.938453 0.970670 0.516542 0.996282 1.000000 0.957105 1.000000 0.999998 0.526848 0.999898 0.985274
2 ARE N 0.999997 0.988423 0.933500 0.950536 0.622692 0.717419 0.194413 0.874707 0.999593 0.672067 0.999820 0.994402 0.200195 0.968861 0.999997
3 ARE U 0.999993 0.988423 0.099150 1.000000 0.999826 0.999979 0.935750 1.000000 1.000000 0.999937 1.000000 1.000000 0.939872 1.000000 0.733091
4 ARE Z 0.441322 0.933500 0.099150 0.049754 0.006539 0.010409 0.000625 0.025526 0.296300 0.008310 0.275714 0.164861 0.000651 0.064226 0.999766
5 ARE - T B 0.999659 0.950536 1.000000 0.049754 0.999997 1.000000 0.984786 1.000000 1.000000 0.999999 0.999994 1.000000 0.986178 1.000000 0.560661
6 ARE - T N 0.938453 0.622692 0.999826 0.006539 0.999997 1.000000 0.999992 1.000000 0.997159 1.000000 0.986377 0.999875 0.999993 0.999986 0.183492
7 ARE - T U 0.970670 0.717419 0.999979 0.010409 1.000000 1.000000 0.999915 1.000000 0.999274 1.000000 0.995387 0.999984 0.999931 0.999999 0.244843
8 ARE - T Z 0.516542 0.194413 0.935750 0.000625 0.984786 0.999992 0.999915 0.997555 0.851018 0.999971 0.707040 0.953329 1.000000 0.972878 0.030668
9 ARG B 0.996282 0.874707 1.000000 0.025526 1.000000 1.000000 1.000000 0.997555 0.999983 1.000000 0.999779 1.000000 0.997864 1.000000 0.406671
10 ARG N 1.000000 0.999593 1.000000 0.296300 1.000000 0.997159 0.999274 0.851018 0.999983 0.998536 1.000000 1.000000 0.857671 1.000000 0.930764
11 ARG U 0.957105 0.672067 0.999937 0.008310 0.999999 1.000000 1.000000 0.999971 1.000000 0.998536 0.991959 0.999954 0.999977 0.999996 0.213354
12 ARG Z 1.000000 0.999820 1.000000 0.275714 0.999994 0.986377 0.995387 0.707040 0.999779 1.000000 0.991959 1.000000 0.716693 0.999999 0.939509
13 ARG - T B 0.999998 0.994402 1.000000 0.164861 1.000000 0.999875 0.999984 0.953329 1.000000 1.000000 0.999954 1.000000 0.956432 1.000000 0.814629
14 ARG - T N 0.526848 0.200195 0.939872 0.000651 0.986178 0.999993 0.999931 1.000000 0.997864 0.857671 0.999977 0.716693 0.956432 0.975067 0.031899
15 ARG - T U 0.999898 0.968861 1.000000 0.064226 1.000000 0.999986 0.999999 0.972878 1.000000 1.000000 0.999996 0.999999 1.000000 0.975067 0.624150
16 ARG - T Z 0.985274 0.999997 0.733091 0.999766 0.560661 0.183492 0.244843 0.030668 0.406671 0.930764 0.213354 0.939509 0.814629 0.031899 0.624150

Teste estatístico de Tukey para massa seca da folhagem nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable Massa seca da folhagem (mg)(medidas das plantas)
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 6668E2, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 1959.6 1546.0 1781.8 1297.4 958.80 1441.0 1711.6 2044.0 3322.0 2342.8 2848.6 2996.6 2032.0 3302.2 1952.0 1245.3
1 ARE B 0.999991 1.000000 0.995203 0.847703 0.999690 1.000000 1.000000 0.393564 0.999997 0.932673 0.811296 1.000000 0.418317 1.000000 0.994302
2 ARE N 0.999991 1.000000 1.000000 0.999336 1.000000 1.000000 0.999907 0.116530 0.990028 0.570572 0.387129 0.999965 0.126874 0.999993 1.000000
3 ARE U 1.000000 1.000000 0.999864 0.963483 0.999999 1.000000 1.000000 0.207928 0.999609 0.778410 0.588685 1.000000 0.224946 1.000000 0.999770
4 ARE Z 0.995203 1.000000 0.999864 0.999999 1.000000 0.999981 0.984500 0.018863 0.861774 0.198884 0.103868 0.992452 0.021117 0.995745 1.000000
5 ARE - T B 0.847703 0.999336 0.963483 0.999999 0.999871 0.983270 0.756931 0.002438 0.467282 0.039789 0.017490 0.837051 0.002759 0.854818 1.000000
6 ARE - T N 0.999690 1.000000 0.999999 1.000000 0.999871 1.000000 0.998246 0.041701 0.952400 0.339758 0.195348 0.999285 0.046308 0.999740 1.000000
7 ARE - T U 1.000000 1.000000 1.000000 0.999981 0.983270 1.000000 0.999999 0.155128 0.998484 0.692497 0.493557 1.000000 0.168855 1.000000 0.999959
8 ARE - T Z 1.000000 0.999907 1.000000 0.984500 0.756931 0.998246 0.999999 0.502932 1.000000 0.969818 0.889564 1.000000 0.529638 1.000000 0.983215
9 ARG B 0.393564 0.116530 0.207928 0.018863 0.002438 0.041701 0.155128 0.502932 0.911172 0.999897 0.999999 0.586748 1.000000 0.384244 0.027447
10 ARG N 0.999997 0.990028 0.999609 0.861774 0.467282 0.952400 0.998484 1.000000 0.911172 0.999887 0.997762 1.000000 0.923379 0.999996 0.865286
11 ARG U 0.932673 0.570572 0.778410 0.198884 0.039789 0.339758 0.692497 0.969818 0.999897 0.999887 1.000000 0.979492 0.999940 0.928238 0.232765
12 ARG Z 0.811296 0.387129 0.588685 0.103868 0.017490 0.195348 0.493557 0.889564 0.999999 0.997762 1.000000 0.920319 1.000000 0.803147 0.129516
13 ARG - T B 1.000000 0.999965 1.000000 0.992452 0.837051 0.999285 1.000000 1.000000 0.586748 1.000000 0.979492 0.920319 0.612091 1.000000 0.991177
14 ARG - T N 0.418317 0.126874 0.224946 0.021117 0.002759 0.046308 0.168855 0.529638 1.000000 0.923379 0.999940 1.000000 0.612091 0.408740 0.030424
15 ARG - T U 1.000000 0.999993 1.000000 0.995745 0.854818 0.999740 1.000000 1.000000 0.384244 0.999996 0.928238 0.803147 1.000000 0.408740 0.994888
16 ARG - T Z 0.994302 1.000000 0.999770 1.000000 1.000000 1.000000 0.999959 0.983215 0.027447 0.865286 0.232765 0.129516 0.991177 0.030424 0.994888
188

Teste estatístico de Tukey para % de água nos rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable % de água no rabanete (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 191.86, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 85.677 18.227 90.151 0.0000 88.471 90.952 88.850 87.992 69.332 87.483 78.235 83.805 70.355 87.193 74.669 90.267
1 ARE B 0.000143 1.000000 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.880708 1.000000 0.999960 1.000000 0.951760 1.000000 0.996118 1.000000
2 ARE N 0.000143 0.000143 0.835805 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000225 0.000144 0.000145 0.000144 0.000303 0.000143 0.000150 0.000143
3 ARE U 1.000000 0.000143 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.571519 1.000000 0.991321 0.999995 0.738678 1.000000 0.918199 1.000000
4 ARE Z 0.000143 0.835805 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
5 ARE - T B 1.000000 0.000143 1.000000 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 0.703572 1.000000 0.998231 1.000000 0.841804 1.000000 0.966800 1.000000
6 ARE - T N 1.000000 0.000143 1.000000 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 0.507484 1.000000 0.983896 0.999976 0.682342 1.000000 0.883709 1.000000
7 ARE - T U 1.000000 0.000143 1.000000 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 0.674692 1.000000 0.997372 1.000000 0.820740 1.000000 0.958453 1.000000
8 ARE - T Z 1.000000 0.000143 1.000000 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 0.738911 1.000000 0.998974 1.000000 0.866439 1.000000 0.975505 1.000000
9 ARG B 0.880708 0.000225 0.571519 0.000143 0.703572 0.507484 0.674692 0.738911 0.839891 0.999642 0.950992 1.000000 0.793931 1.000000 0.657568
10 ARG N 1.000000 0.000144 1.000000 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.839891 0.999721 1.000000 0.924245 1.000000 0.990081 1.000000
11 ARG U 0.999960 0.000145 0.991321 0.000143 0.998231 0.983896 0.997372 0.998974 0.999642 0.999721 0.999999 0.999961 0.999616 1.000000 0.994694
12 ARG Z 1.000000 0.000144 0.999995 0.000143 1.000000 0.999976 1.000000 1.000000 0.950992 1.000000 0.999999 0.984307 1.000000 0.999517 0.999997
13 ARG - T B 0.951760 0.000303 0.738678 0.000143 0.841804 0.682342 0.820740 0.866439 1.000000 0.924245 0.999961 0.984307 0.902220 1.000000 0.797273
14 ARG - T N 1.000000 0.000143 1.000000 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.793931 1.000000 0.999616 1.000000 0.902220 0.986027 1.000000
15 ARG - T U 0.996118 0.000150 0.918199 0.000143 0.966800 0.883709 0.958453 0.975505 1.000000 0.990081 1.000000 0.999517 1.000000 0.986027 0.944453
16 ARG - T Z 1.000000 0.000143 1.000000 0.000143 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.657568 1.000000 0.994694 0.999997 0.797273 1.000000 0.944453

Teste estatístico de Tukey para % de água nas folhagens nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable % de água na folhagem (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 62.307, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 85.855 72.836 91.353 75.109 87.316 91.930 87.860 88.790 88.827 89.790 90.703 87.598 89.429 89.348 91.148 93.705
1 ARE B 0.513890 0.999097 0.724578 1.000000 0.997244 1.000000 1.000000 1.000000 0.999993 0.999792 1.000000 0.999998 0.999997 0.999415 0.980486
2 ARE N 0.513890 0.061619 1.000000 0.334360 0.046029 0.277246 0.194949 0.192097 0.185080 0.084404 0.303944 0.212011 0.155059 0.068148 0.031832
3 ARE U 0.999097 0.061619 0.113307 0.999979 1.000000 0.999997 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999992 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000
4 ARE Z 0.724578 1.000000 0.113307 0.523333 0.085445 0.448495 0.330950 0.326662 0.312596 0.153216 0.484155 0.352366 0.269579 0.124854 0.059253
5 ARE - T B 1.000000 0.334360 0.999979 0.523333 0.999886 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999998 1.000000 1.000000 1.000000 0.999989 0.997487
6 ARE - T N 0.997244 0.046029 1.000000 0.085445 0.999886 0.999977 0.999999 0.999999 1.000000 1.000000 0.999948 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000
7 ARE - T U 1.000000 0.277246 0.999997 0.448495 1.000000 0.999977 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999999 0.999073
8 ARE - T Z 1.000000 0.194949 1.000000 0.330950 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999880
9 ARG B 1.000000 0.192097 1.000000 0.326662 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999891
10 ARG N 0.999993 0.185080 1.000000 0.312596 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999997
11 ARG U 0.999792 0.084404 1.000000 0.153216 0.999998 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000
12 ARG Z 1.000000 0.303944 0.999992 0.484155 1.000000 0.999948 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 0.999996 0.998467
13 ARG - T B 0.999998 0.212011 1.000000 0.352366 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999990
14 ARG - T N 0.999997 0.155059 1.000000 0.269579 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999974
15 ARG - T U 0.999415 0.068148 1.000000 0.124854 0.999989 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999996 1.000000 1.000000 1.000000
16 ARG - T Z 0.980486 0.031832 1.000000 0.059253 0.997487 1.000000 0.999073 0.999880 0.999891 0.999997 1.000000 0.998467 0.999990 0.999974 1.000000
189

Teste estatístico de Tukey para altura das plantas nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable Altura total (cm) (medidas das plantas)
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 8.8701, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 22.600 23.500 23.700 15.700 23.000 27.900 25.600 28.000 28.760 27.625 27.400 27.900 24.750 30.180 27.500 26.625
1 ARE B 1.000000 1.000000 0.039348 1.000000 0.289838 0.963646 0.262014 0.108942 0.474958 0.452492 0.289838 0.999305 0.013826 0.417164 0.807584
2 ARE N 1.000000 1.000000 0.019772 1.000000 0.691952 0.999470 0.658092 0.396856 0.837258 0.840625 0.691952 1.000000 0.091123 0.814445 0.980319
3 ARE U 1.000000 1.000000 0.006956 1.000000 0.673514 0.999673 0.637111 0.363331 0.834275 0.834418 0.673514 1.000000 0.071414 0.806054 0.982578
4 ARE Z 0.039348 0.019772 0.006956 0.021508 0.000145 0.000346 0.000144 0.000144 0.000154 0.000147 0.000145 0.002827 0.000143 0.000146 0.000235
5 ARE - T B 1.000000 1.000000 1.000000 0.021508 0.417164 0.989994 0.383112 0.177086 0.614758 0.600076 0.417164 0.999942 0.025867 0.562749 0.901360
6 ARE - T N 0.289838 0.691952 0.673514 0.000145 0.417164 0.997140 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.966594 0.997400 1.000000 0.999999
7 ARE - T U 0.963646 0.999470 0.999673 0.000346 0.989994 0.997140 0.995503 0.944729 0.999654 0.999829 0.997140 1.000000 0.532929 0.999673 1.000000
8 ARE - T Z 0.262014 0.658092 0.637111 0.000144 0.383112 1.000000 0.995503 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.956748 0.998407 1.000000 0.999997
9 ARG B 0.108942 0.396856 0.363331 0.000144 0.177086 1.000000 0.944729 1.000000 1.000000 0.999995 1.000000 0.811716 0.999992 0.999998 0.999359
10 ARG N 0.474958 0.837258 0.834275 0.000154 0.614758 1.000000 0.999654 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.991008 0.995329 1.000000 1.000000
11 ARG U 0.452492 0.840625 0.834418 0.000147 0.600076 1.000000 0.999829 1.000000 0.999995 1.000000 1.000000 0.993243 0.981257 1.000000 1.000000
12 ARG Z 0.289838 0.691952 0.673514 0.000145 0.417164 1.000000 0.997140 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.966594 0.997400 1.000000 0.999999
13 ARG - T B 0.999305 1.000000 1.000000 0.002827 0.999942 0.966594 1.000000 0.956748 0.811716 0.991008 0.993243 0.966594 0.344260 0.990261 0.999928
14 ARG - T N 0.013826 0.091123 0.071414 0.000143 0.025867 0.997400 0.532929 0.998407 0.999992 0.995329 0.981257 0.997400 0.344260 0.986636 0.914062
15 ARG - T U 0.417164 0.814445 0.806054 0.000146 0.562749 1.000000 0.999673 1.000000 0.999998 1.000000 1.000000 1.000000 0.990261 0.986636 1.000000
16 ARG - T Z 0.807584 0.980319 0.982578 0.000235 0.901360 0.999999 1.000000 0.999997 0.999359 1.000000 1.000000 0.999999 0.999928 0.914062 1.000000

Teste estatístico de Tukey para largura dos rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable Largura do rabanete(cm)(medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1.8944, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 2.1000 .67500 2.0000 0.0000 3.9000 2.4000 2.3000 2.3000 1.5400 2.3000 1.8400 1.5000 1.3000 2.3400 1.8600 1.2500
1 ARE B 0.972153 1.000000 0.546305 0.777116 1.000000 1.000000 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 0.999997 0.999949 1.000000 1.000000 0.999892
2 ARE N 0.972153 0.985516 0.999994 0.062298 0.879631 0.920617 0.920617 0.999866 0.946745 0.995939 0.999925 0.999999 0.905510 0.995155 1.000000
3 ARE U 1.000000 0.985516 0.626907 0.704996 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999991 1.000000 1.000000 0.999978
4 ARE Z 0.546305 0.999994 0.626907 0.003311 0.321370 0.390884 0.390884 0.917582 0.491507 0.749197 0.932128 0.987890 0.362231 0.734742 0.991711
5 ARE - T B 0.777116 0.062298 0.704996 0.003311 0.932128 0.892162 0.892162 0.348317 0.929197 0.578634 0.321370 0.288630 0.909591 0.594775 0.260344
6 ARE - T N 1.000000 0.879631 1.000000 0.321370 0.932128 1.000000 1.000000 0.999745 1.000000 0.999999 0.999563 0.997812 1.000000 0.999999 0.996463
7 ARE - T U 1.000000 0.920617 1.000000 0.390884 0.892162 1.000000 1.000000 0.999944 1.000000 1.000000 0.999894 0.999252 1.000000 1.000000 0.998696
8 ARE - T Z 1.000000 0.920617 1.000000 0.390884 0.892162 1.000000 1.000000 0.999944 1.000000 1.000000 0.999894 0.999252 1.000000 1.000000 0.998696
9 ARG B 0.999999 0.999866 1.000000 0.917582 0.348317 0.999745 0.999944 0.999944 0.999973 1.000000 1.000000 1.000000 0.999894 1.000000 1.000000
10 ARG N 1.000000 0.946745 1.000000 0.491507 0.929197 1.000000 1.000000 1.000000 0.999973 1.000000 0.999949 0.999594 1.000000 1.000000 0.999285
11 ARG U 1.000000 0.995939 1.000000 0.749197 0.578634 0.999999 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999999
12 ARG Z 0.999997 0.999925 1.000000 0.932128 0.321370 0.999563 0.999894 0.999894 1.000000 0.999949 1.000000 1.000000 0.999808 1.000000 1.000000
13 ARG - T B 0.999949 0.999999 0.999991 0.987890 0.288630 0.997812 0.999252 0.999252 1.000000 0.999594 1.000000 1.000000 0.998827 1.000000 1.000000
14 ARG - T N 1.000000 0.905510 1.000000 0.362231 0.909591 1.000000 1.000000 1.000000 0.999894 1.000000 1.000000 0.999808 0.998827 1.000000 0.998022
15 ARG - T U 1.000000 0.995155 1.000000 0.734742 0.594775 0.999999 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999999
16 ARG - T Z 0.999892 1.000000 0.999978 0.991711 0.260344 0.996463 0.998696 0.998696 1.000000 0.999285 0.999999 1.000000 1.000000 0.998022 0.999999
190

Teste estatístico de Tukey para altura dos rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable Altura do rabanete (cm) (medidas das plantas)
Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1.1289, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 3.3000 1.1250 3.2000 0.0000 3.1000 3.7000 3.2000 4.1000 4.0000 4.1250 3.9000 4.6600 4.2500 4.5400 4.9000 3.7250
1 ARE B 0.179556 1.000000 0.000853 1.000000 1.000000 1.000000 0.997829 0.999523 0.998405 0.999926 0.802464 0.992909 0.889246 0.568421 1.000000
2 ARE N 0.179556 0.240182 0.966288 0.313462 0.045190 0.240182 0.008734 0.013436 0.015182 0.020409 0.000740 0.009139 0.001227 0.000319 0.067753
3 ARE U 1.000000 0.240182 0.001344 1.000000 0.999993 1.000000 0.992547 0.997829 0.994574 0.999523 0.711570 0.981568 0.818797 0.464997 0.999994
4 ARE Z 0.000853 0.966288 0.001344 0.002165 0.000224 0.001344 0.000149 0.000155 0.000166 0.000165 0.000144 0.000154 0.000144 0.000143 0.000369
5 ARE - T B 1.000000 0.313462 1.000000 0.002165 0.999926 1.000000 0.979811 0.992547 0.985231 0.997829 0.610216 0.959541 0.730811 0.368077 0.999941
6 ARE - T N 1.000000 0.045190 0.999993 0.000224 0.999926 0.999993 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.986119 0.999988 0.996327 0.911845 1.000000
7 ARE - T U 1.000000 0.240182 1.000000 0.001344 1.000000 0.999993 0.992547 0.997829 0.994574 0.999523 0.711570 0.981568 0.818797 0.464997 0.999994
8 ARE - T Z 0.997829 0.008734 0.992547 0.000149 0.979811 1.000000 0.992547 1.000000 1.000000 1.000000 0.999969 1.000000 0.999999 0.997829 1.000000
9 ARG B 0.999523 0.013436 0.997829 0.000155 0.992547 1.000000 0.997829 1.000000 1.000000 1.000000 0.999762 1.000000 0.999980 0.992547 1.000000
10 ARG N 0.998405 0.015182 0.994574 0.000166 0.985231 1.000000 0.994574 1.000000 1.000000 1.000000 0.999992 1.000000 1.000000 0.999218 1.000000
11 ARG U 0.999926 0.020409 0.999523 0.000165 0.997829 1.000000 0.999523 1.000000 1.000000 1.000000 0.998773 1.000000 0.999836 0.979811 1.000000
12 ARG Z 0.802464 0.000740 0.711570 0.000144 0.610216 0.986119 0.711570 0.999969 0.999762 0.999992 0.998773 1.000000 1.000000 1.000000 0.993952
13 ARG - T B 0.992909 0.009139 0.981568 0.000154 0.959541 0.999988 0.981568 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.999903 0.999997
14 ARG - T N 0.889246 0.001227 0.818797 0.000144 0.730811 0.996327 0.818797 0.999999 0.999980 1.000000 0.999836 1.000000 1.000000 1.000000 0.998606
15 ARG - T U 0.568421 0.000319 0.464997 0.000143 0.368077 0.911845 0.464997 0.997829 0.992547 0.999218 0.979811 1.000000 0.999903 1.000000 0.951850
16 ARG - T Z 1.000000 0.067753 0.999994 0.000369 0.999941 1.000000 0.999994 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.993952 0.999997 0.998606 0.951850

Teste estatístico de Tukey para concentração de nitrogênio na folhagem nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable N na folhagem (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 4811E4, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 18368. 16428. 22342. 17472. 15092. 20474. 20334. 18738. 26600. 29845. 29990. 27436. 27038. 33406. 25100. 36193.
1 ARE B 1.000000 0.999911 1.000000 0.999992 1.000000 1.000000 1.000000 0.876036 0.508344 0.386291 0.777464 0.881747 0.073650 0.973491 0.024476
2 ARE N 1.000000 0.995609 1.000000 1.000000 0.999947 0.999966 1.000000 0.702557 0.333671 0.238406 0.578932 0.717614 0.040898 0.881474 0.013582
3 ARE U 0.999911 0.995609 0.999011 0.950859 1.000000 1.000000 0.999974 0.999793 0.959715 0.925923 0.998347 0.999671 0.470151 0.999999 0.210246
4 ARE Z 1.000000 1.000000 0.999011 1.000000 0.999998 0.999999 1.000000 0.769305 0.380072 0.268814 0.644987 0.784112 0.042826 0.927349 0.013851
5 ARE - T B 0.999992 1.000000 0.950859 1.000000 0.996991 0.997734 0.999970 0.402864 0.137621 0.079875 0.289689 0.439679 0.008707 0.638051 0.002780
6 ARE - T N 1.000000 0.999947 1.000000 0.999998 0.996991 1.000000 1.000000 0.988803 0.807885 0.713737 0.964695 0.987669 0.223047 0.999450 0.083553
7 ARE - T U 1.000000 0.999966 1.000000 0.999999 0.997734 1.000000 1.000000 0.986132 0.790902 0.692684 0.958388 0.984973 0.208899 0.999225 0.077445
8 ARE - T Z 1.000000 1.000000 0.999974 1.000000 0.999970 1.000000 1.000000 0.909523 0.564022 0.441247 0.824771 0.912525 0.091065 0.984028 0.030729
9 ARG B 0.876036 0.702557 0.999793 0.769305 0.402864 0.988803 0.986132 0.909523 0.999997 0.999988 1.000000 1.000000 0.970860 1.000000 0.780708
10 ARG N 0.508344 0.333671 0.959715 0.380072 0.137621 0.807885 0.790902 0.564022 0.999997 1.000000 1.000000 1.000000 0.999990 0.999628 0.994722
11 ARG U 0.386291 0.238406 0.925923 0.268814 0.079875 0.713737 0.692684 0.441247 0.999988 1.000000 1.000000 0.999999 0.999987 0.998964 0.992893
12 ARG Z 0.777464 0.578932 0.998347 0.644987 0.289689 0.964695 0.958388 0.824771 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.991275 1.000000 0.873669
13 ARG - T B 0.881747 0.717614 0.999671 0.784112 0.439679 0.987669 0.984973 0.912525 1.000000 1.000000 0.999999 1.000000 0.990775 1.000000 0.880314
14 ARG - T N 0.073650 0.040898 0.470151 0.042826 0.008707 0.223047 0.208899 0.091065 0.970860 0.999990 0.999987 0.991275 0.990775 0.868557 1.000000
15 ARG - T U 0.973491 0.881474 0.999999 0.927349 0.638051 0.999450 0.999225 0.984028 1.000000 0.999628 0.998964 1.000000 1.000000 0.868557 0.566231
16 ARG - T Z 0.024476 0.013582 0.210246 0.013851 0.002780 0.083553 0.077445 0.030729 0.780708 0.994722 0.992893 0.873669 0.880314 1.000000 0.566231
191

Teste estatístico de Tukey para concentração de fósforo na folhagem nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable P na folhagem (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1383E3, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 1226.0 1982.5 1473.8 2036.8 3199.6 3604.6 3249.6 4270.8 3551.8 3948.3 4534.6 3658.2 4110.5 3904.2 5077.0 3545.0
1 ARE B 0.999822 1.000000 0.999196 0.383929 0.129365 0.342772 0.011216 0.152206 0.069581 0.003671 0.109105 0.040140 0.046733 0.000413 0.227085
2 ARE N 0.999822 0.999999 1.000000 0.972271 0.784097 0.961055 0.245444 0.821507 0.580627 0.118609 0.742865 0.445495 0.530018 0.018753 0.875101
3 ARE U 1.000000 0.999999 0.999991 0.611202 0.263193 0.563987 0.029987 0.300857 0.148960 0.010503 0.228306 0.091501 0.109741 0.001043 0.401769
4 ARE Z 0.999196 1.000000 0.999991 0.968936 0.752976 0.955951 0.199003 0.795212 0.539117 0.087942 0.706946 0.399735 0.478219 0.011429 0.860258
5 ARE - T B 0.383929 0.972271 0.611202 0.968936 1.000000 1.000000 0.985043 1.000000 0.999843 0.908655 0.999999 0.998450 0.999846 0.469043 1.000000
6 ARE - T N 0.129365 0.784097 0.263193 0.752976 1.000000 1.000000 0.999923 1.000000 1.000000 0.996321 1.000000 0.999999 1.000000 0.826591 1.000000
7 ARE - T U 0.342772 0.961055 0.563987 0.955951 1.000000 1.000000 0.990507 1.000000 0.999933 0.930844 1.000000 0.999186 0.999938 0.515373 1.000000
8 ARE - T Z 0.011216 0.245444 0.029987 0.199003 0.985043 0.999923 0.990507 0.999804 1.000000 1.000000 0.999973 1.000000 1.000000 0.999247 0.999893
9 ARG B 0.152206 0.821507 0.300857 0.795212 1.000000 1.000000 1.000000 0.999804 1.000000 0.993503 1.000000 0.999996 1.000000 0.787328 1.000000
10 ARG N 0.069581 0.580627 0.148960 0.539117 0.999843 1.000000 0.999933 1.000000 1.000000 0.999993 1.000000 1.000000 1.000000 0.985932 1.000000
11 ARG U 0.003671 0.118609 0.010503 0.087942 0.908655 0.996321 0.930844 1.000000 0.993503 0.999993 0.998065 1.000000 0.999961 0.999995 0.996195
12 ARG Z 0.109105 0.742865 0.228306 0.706946 0.999999 1.000000 1.000000 0.999973 1.000000 1.000000 0.998065 1.000000 1.000000 0.862223 1.000000
13 ARG - T B 0.040140 0.445495 0.091501 0.399735 0.998450 0.999999 0.999186 1.000000 0.999996 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.997041 0.999998
14 ARG - T N 0.046733 0.530018 0.109741 0.478219 0.999846 1.000000 0.999938 1.000000 1.000000 1.000000 0.999961 1.000000 1.000000 0.966601 1.000000
15 ARG - T U 0.000413 0.018753 0.001043 0.011429 0.469043 0.826591 0.515373 0.999247 0.787328 0.985932 0.999995 0.862223 0.997041 0.966601 0.845773
16 ARG - T Z 0.227085 0.875101 0.401769 0.860258 1.000000 1.000000 1.000000 0.999893 1.000000 1.000000 0.996195 1.000000 0.999998 1.000000 0.845773

Teste estatístico de Tukey para concentração de potássio na folhagem nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable K na folhagem (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 6133E4, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 40388. 32300. 49146. 21162. 35462. 39148. 38580. 24182. 25468. 27980. 25904. 23906. 24368. 28312. 28320. 46695.
1 ARE B 0.972735 0.917863 0.021118 0.999723 1.000000 1.000000 0.108488 0.195201 0.581815 0.233972 0.094740 0.180308 0.528248 0.529378 0.997618
2 ARE N 0.972735 0.126648 0.745172 1.000000 0.994324 0.997725 0.971850 0.994457 0.999987 0.997227 0.962655 0.985754 0.999991 0.999991 0.418354
3 ARE U 0.917863 0.126648 0.000192 0.318057 0.805369 0.736906 0.000591 0.001268 0.013623 0.001672 0.000505 0.001549 0.007898 0.007938 1.000000
4 ARE Z 0.021118 0.745172 0.000192 0.251835 0.042942 0.058514 1.000000 0.999947 0.994571 0.999825 1.000000 1.000000 0.984697 0.984538 0.000992
5 ARE - T B 0.999723 1.000000 0.318057 0.251835 0.999993 0.999999 0.640831 0.805818 0.986508 0.851601 0.601997 0.750334 0.984697 0.984855 0.733750
6 ARE - T N 1.000000 0.994324 0.805369 0.042942 0.999993 1.000000 0.191401 0.318518 0.741585 0.370917 0.169744 0.289934 0.701591 0.702658 0.985370
7 ARE - T U 1.000000 0.997725 0.736906 0.058514 0.999999 1.000000 0.242212 0.387598 0.805843 0.445090 0.216463 0.351717 0.773933 0.774895 0.971939
8 ARE - T Z 0.108488 0.971850 0.000591 1.000000 0.640831 0.191401 0.242212 1.000000 0.999995 1.000000 1.000000 1.000000 0.999969 0.999968 0.006152
9 ARG B 0.195201 0.994457 0.001268 0.999947 0.805818 0.318518 0.387598 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.013154
10 ARG N 0.581815 0.999987 0.013623 0.994571 0.986508 0.741585 0.805843 0.999995 1.000000 1.000000 0.999988 0.999999 1.000000 1.000000 0.083272
11 ARG U 0.233972 0.997227 0.001672 0.999825 0.851601 0.370917 0.445090 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.016879
12 ARG Z 0.094740 0.962655 0.000505 1.000000 0.601997 0.169744 0.216463 1.000000 1.000000 0.999988 1.000000 1.000000 0.999929 0.999927 0.005213
13 ARG - T B 0.180308 0.985754 0.001549 1.000000 0.750334 0.289934 0.351717 1.000000 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 0.999992 0.999992 0.013500
14 ARG - T N 0.528248 0.999991 0.007898 0.984697 0.984697 0.701591 0.773933 0.999969 1.000000 1.000000 1.000000 0.999929 0.999992 1.000000 0.061257
15 ARG - T U 0.529378 0.999991 0.007938 0.984538 0.984855 0.702658 0.774895 0.999968 1.000000 1.000000 1.000000 0.999927 0.999992 1.000000 0.061502
16 ARG - T Z 0.997618 0.418354 1.000000 0.000992 0.733750 0.985370 0.971939 0.006152 0.013154 0.083272 0.016879 0.005213 0.013500 0.061257 0.061502
192

Teste estatístico de Tukey para concentração de nitrogênio nos rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable N no rabanete (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 6025E4, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 14044. 10635. 17914. 0.0000 12002. 20364. 13296. 15046. 13726. 17190. 22888. 19476. 13740. 20116. 20320. 4240.0
1 ARE B 0.999999 0.999985 0.265205 1.000000 0.995001 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.906175 0.999047 1.000000 0.996712 0.995346 0.873309
2 ARE N 0.999999 0.988696 0.791910 1.000000 0.879571 1.000000 0.999962 1.000000 0.997749 0.587980 0.939339 1.000000 0.898922 0.883155 0.998286
3 ARE U 0.999985 0.988696 0.040912 0.997538 1.000000 0.999859 1.000000 0.999958 1.000000 0.999655 1.000000 0.999981 1.000000 1.000000 0.401171
4 ARE Z 0.265205 0.791910 0.040912 0.523637 0.009462 0.349955 0.174460 0.299515 0.101077 0.001842 0.016407 0.393062 0.011067 0.009727 0.999977
5 ARE - T B 1.000000 1.000000 0.997538 0.523637 0.937840 1.000000 0.999999 1.000000 0.999717 0.681819 0.975277 1.000000 0.950848 0.940304 0.979497
6 ARE - T N 0.995001 0.879571 1.000000 0.009462 0.937840 0.985073 0.999251 0.991812 1.000000 1.000000 1.000000 0.995576 1.000000 1.000000 0.162738
7 ARE - T U 1.000000 1.000000 0.999859 0.349955 1.000000 0.985073 1.000000 1.000000 0.999992 0.839721 0.996041 1.000000 0.989351 0.985919 0.927267
8 ARE - T Z 1.000000 0.999962 1.000000 0.174460 0.999999 0.999251 1.000000 1.000000 1.000000 0.962742 0.999915 1.000000 0.999569 0.999319 0.772662
9 ARG B 1.000000 1.000000 0.999958 0.299515 1.000000 0.991812 1.000000 1.000000 0.999998 0.880492 0.998185 1.000000 0.994409 0.992331 0.898553
10 ARG N 1.000000 0.997749 1.000000 0.101077 0.999717 1.000000 0.999992 1.000000 0.999998 0.999159 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 0.583601
11 ARG U 0.906175 0.587980 0.999655 0.001842 0.681819 1.000000 0.839721 0.962742 0.880492 0.999159 0.999997 0.921643 1.000000 1.000000 0.049207
12 ARG Z 0.999047 0.939339 1.000000 0.016407 0.975277 1.000000 0.996041 0.999915 0.998185 1.000000 0.999997 0.999094 1.000000 1.000000 0.233185
13 ARG - T B 1.000000 1.000000 0.999981 0.393062 1.000000 0.995576 1.000000 1.000000 1.000000 0.999999 0.921643 0.999094 0.997053 0.995875 0.929829
14 ARG - T N 0.996712 0.898922 1.000000 0.011067 0.950848 1.000000 0.989351 0.999569 0.994409 1.000000 1.000000 1.000000 0.997053 1.000000 0.180558
15 ARG - T U 0.995346 0.883155 1.000000 0.009727 0.940304 1.000000 0.985919 0.999319 0.992331 1.000000 1.000000 1.000000 0.995875 1.000000 0.165797
16 ARG - T Z 0.873309 0.998286 0.401171 0.999977 0.979497 0.162738 0.927267 0.772662 0.898553 0.583601 0.049207 0.233185 0.929829 0.180558 0.165797

Teste estatístico de Tukey para concentração de fósforo nos rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable P no rabanete (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1506E2, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 918.00 673.75 1072.8 0.0000 1062.2 1364.2 1312.4 1809.0 1303.8 1453.3 1468.6 1581.2 1866.8 1526.4 2154.2 1353.8
1 ARE B 0.999863 0.999999 0.031704 1.000000 0.899974 0.960852 0.043061 0.967427 0.783952 0.664207 0.353647 0.041410 0.499871 0.000596 0.945669
2 ARE N 0.999863 0.973747 0.425911 0.979304 0.384429 0.517634 0.004847 0.540738 0.275486 0.178824 0.063435 0.005056 0.107598 0.000187 0.500406
3 ARE U 0.999999 0.973747 0.004695 1.000000 0.997891 0.999779 0.200493 0.999858 0.982857 0.959696 0.774912 0.180163 0.888040 0.004191 0.999282
4 ARE Z 0.031704 0.425911 0.004695 0.005381 0.000210 0.000290 0.000143 0.000309 0.000205 0.000153 0.000145 0.000143 0.000147 0.000143 0.000391
5 ARE - T B 1.000000 0.979304 1.000000 0.005381 0.996886 0.999629 0.182937 0.999755 0.978031 0.950113 0.748604 0.164866 0.869499 0.003653 0.998908
6 ARE - T N 0.899974 0.384429 0.997891 0.000210 0.996886 1.000000 0.902141 1.000000 1.000000 1.000000 0.999934 0.851231 0.999999 0.123094 1.000000
7 ARE - T U 0.960852 0.517634 0.999779 0.000290 0.999629 1.000000 0.802695 1.000000 1.000000 0.999999 0.999151 0.739285 0.999945 0.073312 1.000000
8 ARE - T Z 0.043061 0.004847 0.200493 0.000143 0.182937 0.902141 0.802695 0.782611 0.990915 0.989515 0.999880 1.000000 0.998494 0.988008 0.924224
9 ARG B 0.967427 0.540738 0.999858 0.000309 0.999755 1.000000 1.000000 0.782611 1.000000 0.999998 0.998782 0.718125 0.999910 0.066991 1.000000
10 ARG N 0.783952 0.275486 0.982857 0.000205 0.978031 1.000000 1.000000 0.990915 1.000000 1.000000 1.000000 0.977406 1.000000 0.359427 1.000000
11 ARG U 0.664207 0.178824 0.959696 0.000153 0.950113 1.000000 0.999999 0.989515 0.999998 1.000000 1.000000 0.974257 1.000000 0.300863 1.000000
12 ARG Z 0.353647 0.063435 0.774912 0.000145 0.748604 0.999934 0.999151 0.999880 0.998782 1.000000 1.000000 0.999136 1.000000 0.600930 0.999943
13 ARG - T B 0.041410 0.005056 0.180163 0.000143 0.164866 0.851231 0.739285 1.000000 0.718125 0.977406 0.974257 0.999136 0.994151 0.999069 0.879086
14 ARG - T N 0.499871 0.107598 0.888040 0.000147 0.869499 0.999999 0.999945 0.998494 0.999910 1.000000 1.000000 1.000000 0.994151 0.445977 0.999998
15 ARG - T U 0.000596 0.000187 0.004191 0.000143 0.003653 0.123094 0.073312 0.988008 0.066991 0.359427 0.300863 0.600930 0.999069 0.445977 0.170661
16 ARG - T Z 0.945669 0.500406 0.999282 0.000391 0.998908 1.000000 1.000000 0.924224 1.000000 1.000000 1.000000 0.999943 0.879086 0.999998 0.170661
193

Teste estatístico de Tukey para concentração de potássio nos rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable K no rabanete (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 6475E4, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 36276. 18603. 41074. 0.0000 27144. 29242. 28948. 27092. 19842. 22160. 17950. 22132. 21573. 21234. 28108. 32863.
1 ARE B 0.107966 0.999855 0.000143 0.908778 0.989869 0.985060 0.905051 0.120172 0.408297 0.046673 0.308843 0.340717 0.219649 0.961266 0.999999
2 ARE N 0.107966 0.009038 0.070329 0.965573 0.830975 0.857931 0.967298 1.000000 0.999999 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 0.920313 0.481146
3 ARE U 0.999855 0.009038 0.000143 0.332923 0.607833 0.567261 0.326975 0.008791 0.060532 0.002701 0.033403 0.045196 0.020112 0.452903 0.975454
4 ARE Z 0.000143 0.070329 0.000143 0.000297 0.000179 0.000187 0.000303 0.020088 0.010814 0.056955 0.005040 0.015031 0.008780 0.000219 0.000150
5 ARE - T B 0.908778 0.965573 0.332923 0.000297 1.000000 1.000000 1.000000 0.985544 0.999888 0.904323 0.999754 0.999572 0.998347 1.000000 0.999420
6 ARE - T N 0.989869 0.830975 0.607833 0.000179 1.000000 1.000000 1.000000 0.888536 0.993945 0.680942 0.988764 0.986812 0.967159 1.000000 0.999998
7 ARE - T U 0.985060 0.857931 0.567261 0.000187 1.000000 1.000000 1.000000 0.910607 0.996085 0.719158 0.992549 0.990934 0.976219 1.000000 0.999995
8 ARE - T Z 0.905051 0.967298 0.326975 0.000303 1.000000 1.000000 1.000000 0.986481 0.999901 0.908068 0.999783 0.999616 0.998501 1.000000 0.999356
9 ARG B 0.120172 1.000000 0.008791 0.020088 0.985544 0.888536 0.910607 0.986481 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.957295 0.546545
10 ARG N 0.408297 0.999999 0.060532 0.010814 0.999888 0.993945 0.996085 0.999901 1.000000 0.999987 1.000000 1.000000 1.000000 0.999091 0.874156
11 ARG U 0.046673 1.000000 0.002701 0.056955 0.904323 0.680942 0.719158 0.908068 1.000000 0.999987 0.999974 0.999998 0.999999 0.817792 0.318213
12 ARG Z 0.308843 0.999999 0.033403 0.005040 0.999754 0.988764 0.992549 0.999783 1.000000 1.000000 0.999974 1.000000 1.000000 0.998134 0.822124
13 ARG - T B 0.340717 1.000000 0.045196 0.015031 0.999572 0.986812 0.990934 0.999616 1.000000 1.000000 0.999998 1.000000 1.000000 0.997394 0.824076
14 ARG - T N 0.219649 1.000000 0.020112 0.008780 0.998347 0.967159 0.976219 0.998501 1.000000 1.000000 0.999999 1.000000 1.000000 0.991900 0.723546
15 ARG - T U 0.961266 0.920313 0.452903 0.000219 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.957295 0.999091 0.817792 0.998134 0.997394 0.991900 0.999937
16 ARG - T Z 0.999999 0.481146 0.975454 0.000150 0.999420 0.999998 0.999995 0.999356 0.546545 0.874156 0.318213 0.822124 0.824076 0.723546 0.999937

Teste estatístico de Tukey para concentração de nitrogênio no solo nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable N no solo (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 2816.7, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 260.00 300.00 240.00 240.00 200.00 220.00 220.00 220.00 1100.0 1075.0 1060.0 1100.0 1025.0 1040.0 1000.0 1050.0
1 ARE B 0.998869 1.000000 1.000000 0.911208 0.997806 0.997806 0.997806 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
2 ARE N 0.998869 0.942726 0.942726 0.292482 0.661729 0.661729 0.661729 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
3 ARE U 1.000000 0.942726 1.000000 0.997806 1.000000 1.000000 1.000000 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
4 ARE Z 1.000000 0.942726 1.000000 0.997806 1.000000 1.000000 1.000000 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
5 ARE - T B 0.911208 0.292482 0.997806 0.997806 1.000000 1.000000 1.000000 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
6 ARE - T N 0.997806 0.661729 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
7 ARE - T U 0.997806 0.661729 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
8 ARE - T Z 0.997806 0.661729 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143
9 ARG B 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.999997 0.997806 1.000000 0.753600 0.911208 0.209222 0.988178
10 ARG N 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.999997 1.000000 0.999997 0.992936 0.999759 0.753600 0.999998
11 ARG U 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.997806 1.000000 0.997806 0.999759 1.000000 0.911208 1.000000
12 ARG Z 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 1.000000 0.999997 0.997806 0.753600 0.911208 0.209222 0.988178
13 ARG - T B 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.753600 0.992936 0.999759 0.753600 1.000000 0.999997 0.999998
14 ARG - T N 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.911208 0.999759 1.000000 0.911208 1.000000 0.997806 1.000000
15 ARG - T U 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.209222 0.753600 0.911208 0.209222 0.999997 0.997806 0.988178
16 ARG - T Z 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.000143 0.988178 0.999998 1.000000 0.988178 0.999998 1.000000 0.988178
194

Teste estatístico de Tukey para concentração de fósforo no solo nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable P no solo (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 638.64, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 37.200 37.000 38.600 29.400 43.200 37.800 35.600 42.800 65.400 76.500 61.600 57.200 63.000 60.400 33.600 66.250
1 ARE B 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.919162 0.612454 0.974675 0.996286 0.975353 0.983903 1.000000 0.934917
2 ARE N 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.945329 0.686506 0.983947 0.997808 0.983543 0.989993 1.000000 0.954514
3 ARE U 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.944942 0.669499 0.985140 0.998308 0.985112 0.991086 1.000000 0.955812
4 ARE Z 1.000000 1.000000 1.000000 0.999951 1.000000 1.000000 0.999966 0.658080 0.309279 0.807575 0.927214 0.825209 0.846834 1.000000 0.710858
5 ARE - T B 1.000000 1.000000 1.000000 0.999951 1.000000 1.000000 1.000000 0.989368 0.834410 0.998498 0.999942 0.998240 0.999305 1.000000 0.991354
6 ARE - T N 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.931028 0.637098 0.979691 0.997322 0.980005 0.987392 1.000000 0.944574
7 ARE - T U 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.881251 0.546149 0.956746 0.991854 0.958957 0.970840 1.000000 0.903772
8 ARE - T Z 1.000000 1.000000 1.000000 0.999966 1.000000 1.000000 1.000000 0.987392 0.822085 0.998099 0.999917 0.997808 0.999098 1.000000 0.989785
9 ARG B 0.919162 0.945329 0.944942 0.658080 0.989368 0.931028 0.881251 0.987392 0.999999 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.821174 1.000000
10 ARG N 0.612454 0.686506 0.669499 0.309279 0.834410 0.637098 0.546149 0.822085 0.999999 0.999939 0.998680 0.999991 0.999841 0.464439 1.000000
11 ARG U 0.974675 0.983947 0.985140 0.807575 0.998498 0.979691 0.956746 0.998099 1.000000 0.999939 1.000000 1.000000 1.000000 0.923256 1.000000
12 ARG Z 0.996286 0.997808 0.998308 0.927214 0.999942 0.997322 0.991854 0.999917 1.000000 0.998680 1.000000 1.000000 1.000000 0.981177 1.000000
13 ARG - T B 0.975353 0.983543 0.985112 0.825209 0.998240 0.980005 0.958957 0.997808 1.000000 0.999991 1.000000 1.000000 1.000000 0.928783 1.000000
14 ARG - T N 0.983903 0.989993 0.991086 0.846834 0.999305 0.987392 0.970840 0.999098 1.000000 0.999841 1.000000 1.000000 1.000000 0.944942 1.000000
15 ARG - T U 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.821174 0.464439 0.923256 0.981177 0.928783 0.944942 0.853435
16 ARG - T Z 0.934917 0.954514 0.955812 0.710858 0.991354 0.944574 0.903772 0.989785 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 1.000000 0.853435

Teste estatístico de Tukey para concentração de potássio no solo nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable k no solo (mg/kg) (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = 1161.9, df = 60.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. 49.920 58.500 47.580 92.040 45.240 15.600 24.180 129.48 61.620 46.800 39.780 77.220 66.300 30.420 50.700 132.00
1 ARE B 1.000000 1.000000 0.839779 1.000000 0.963785 0.997755 0.036481 1.000000 1.000000 1.000000 0.995785 0.999996 0.999913 1.000000 0.048122
2 ARE N 1.000000 1.000000 0.982279 1.000000 0.876248 0.978202 0.160039 1.000000 1.000000 0.999975 0.999975 1.000000 0.996952 1.000000 0.180387
3 ARE U 1.000000 1.000000 0.780358 1.000000 0.980377 0.999234 0.026839 0.999999 1.000000 1.000000 0.990370 0.999975 0.999983 1.000000 0.036331
4 ARE Z 0.839779 0.982279 0.780358 0.712750 0.054151 0.145143 0.928046 0.987639 0.827079 0.538106 0.999998 0.998845 0.266460 0.857435 0.924637
5 ARE - T B 1.000000 1.000000 1.000000 0.712750 0.990370 0.999777 0.019577 0.999991 1.000000 1.000000 0.980377 0.999891 0.999998 1.000000 0.027205
6 ARE - T N 0.963785 0.876248 0.980377 0.054151 0.990370 1.000000 0.000328 0.736045 0.991054 0.998890 0.266460 0.681962 0.999998 0.956445 0.000517
7 ARE - T U 0.997755 0.978202 0.999234 0.145143 0.999777 1.000000 0.000923 0.928046 0.999741 0.999995 0.512829 0.890559 1.000000 0.996896 0.001557
8 ARE - T Z 0.036481 0.160039 0.026839 0.928046 0.019577 0.000328 0.000923 0.145143 0.044814 0.009100 0.538106 0.317953 0.002294 0.040329 1.000000
9 ARG B 1.000000 1.000000 0.999999 0.987639 0.999991 0.736045 0.928046 0.145143 0.999999 0.999656 0.999995 1.000000 0.984339 1.000000 0.169561
10 ARG N 1.000000 1.000000 1.000000 0.827079 1.000000 0.991054 0.999741 0.044814 0.999999 1.000000 0.993041 0.999979 0.999996 1.000000 0.055787
11 ARG U 1.000000 0.999975 1.000000 0.538106 1.000000 0.998890 0.999995 0.009100 0.999656 1.000000 0.928046 0.998370 1.000000 1.000000 0.013462
12 ARG Z 0.995785 0.999975 0.990370 0.999998 0.980377 0.266460 0.512829 0.538106 0.999995 0.993041 0.928046 1.000000 0.712750 0.996896 0.558074
13 ARG - T B 0.999996 1.000000 0.999975 0.998845 0.999891 0.681962 0.890559 0.317953 1.000000 0.999979 0.998370 1.000000 0.967920 0.999998 0.339571
14 ARG - T N 0.999913 0.996952 0.999983 0.266460 0.999998 0.999998 1.000000 0.002294 0.984339 0.999996 1.000000 0.712750 0.967920 0.999859 0.003736
15 ARG - T U 1.000000 1.000000 1.000000 0.857435 1.000000 0.956445 0.996896 0.040329 1.000000 1.000000 1.000000 0.996896 0.999998 0.999859 0.052757
16 ARG - T Z 0.048122 0.180387 0.036331 0.924637 0.027205 0.000517 0.001557 1.000000 0.169561 0.055787 0.013462 0.558074 0.339571 0.003736 0.052757
195

Teste estatístico de Tukey para os valores de TCA dos rabanetes nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable TCA - Rabanetes (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = .00012, df = 64.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. .01737 .00988 .02241 0.0000 .02423 .02889 .02789 .03399 .02585 .01610 .02837 .01923 .01776 .03390 .02358 .00564
1 ARE B 0.999322 0.999995 0.488473 0.999762 0.950958 0.977293 0.563525 0.997296 1.000000 0.966310 1.000000 1.000000 0.573690 0.999930 0.943257
2 ARE N 0.999322 0.907310 0.987242 0.781809 0.335265 0.426127 0.065776 0.629779 0.999927 0.380472 0.992409 0.998786 0.068291 0.833462 1.000000
3 ARE U 0.999995 0.907310 0.121546 1.000000 0.999880 0.999986 0.948716 1.000000 0.999914 0.999957 1.000000 0.999998 0.952136 1.000000 0.548308
4 ARE Z 0.488473 0.987242 0.121546 0.063218 0.008985 0.014057 0.000858 0.033363 0.616710 0.011329 0.316888 0.450141 0.000896 0.080516 0.999979
5 ARE - T B 0.999762 0.781809 1.000000 0.063218 0.999998 1.000000 0.988472 1.000000 0.998298 1.000000 0.999996 0.999883 0.989567 1.000000 0.372362
6 ARE - T N 0.950958 0.335265 0.999880 0.008985 0.999998 1.000000 0.999994 1.000000 0.893326 1.000000 0.989722 0.962967 0.999996 0.999990 0.090415
7 ARE - T U 0.977293 0.426127 0.999986 0.014057 1.000000 1.000000 0.999942 1.000000 0.941353 1.000000 0.996630 0.983880 0.999953 0.999999 0.128323
8 ARE - T Z 0.563525 0.065776 0.948716 0.000858 0.988472 0.999994 0.999942 0.998240 0.437111 0.999980 0.745961 0.603085 1.000000 0.979062 0.011405
9 ARG B 0.997296 0.629779 1.000000 0.033363 1.000000 1.000000 1.000000 0.998240 0.988751 1.000000 0.999847 0.998388 0.998463 1.000000 0.242760
10 ARG N 1.000000 0.999927 0.999914 0.616710 0.998298 0.893326 0.941353 0.437111 0.988751 0.920292 1.000000 1.000000 0.446751 0.999342 0.978235
11 ARG U 0.966310 0.380472 0.999957 0.011329 1.000000 1.000000 1.000000 0.999980 1.000000 0.920292 0.994028 0.975314 0.999984 0.999998 0.108486
12 ARG Z 1.000000 0.992409 1.000000 0.316888 0.999996 0.989722 0.996630 0.745961 0.999847 1.000000 0.994028 1.000000 0.754913 0.999999 0.840780
13 ARG - T B 1.000000 0.998786 0.999998 0.450141 0.999883 0.962967 0.983880 0.603085 0.998388 1.000000 0.975314 1.000000 0.613183 0.999969 0.927202
14 ARG - T N 0.573690 0.068291 0.952136 0.000896 0.989567 0.999996 0.999953 1.000000 0.998463 0.446751 0.999984 0.754913 0.613183 0.980807 0.011921
15 ARG - T U 0.999930 0.833462 1.000000 0.080516 1.000000 0.999990 0.999999 0.979062 1.000000 0.999342 0.999998 0.999999 0.999969 0.980807 0.432800
16 ARG - T Z 0.943257 1.000000 0.548308 0.999979 0.372362 0.090415 0.128323 0.011405 0.242760 0.978235 0.108486 0.840780 0.927202 0.011921 0.432800

Teste estatístico de Tukey para os valores de TCA das folhagens nos diferentes solos e tratamentos.

Tukey HSD test; variable TCA - Folhagem (medidas das plantas)


Approximate Probabilities for Post Hoc Tests
Error: Between MS = .00042, df = 64.000
tipo de solo Tratamento {1} {2} {3} {4} {5} {6} {7} {8} {9} {10} {11} {12} {13} {14} {15} {16}
Cell No. .04899 .03809 .04455 .03243 .02397 .03603 .04279 .05110 .08305 .05806 .07122 .07492 .04130 .08256 .04880 .03375
1 ARE B 0.999967 1.000000 0.995550 0.853336 0.999717 1.000000 1.000000 0.401379 0.999997 0.935868 0.817693 1.000000 0.426455 1.000000 0.998178
2 ARE N 0.999967 1.000000 1.000000 0.999235 1.000000 1.000000 0.999705 0.065786 0.973186 0.449123 0.275831 1.000000 0.072649 0.999973 1.000000
3 ARE U 1.000000 1.000000 0.999876 0.965455 0.999999 1.000000 1.000000 0.213036 0.999536 0.785380 0.597264 1.000000 0.230381 1.000000 0.999971
4 ARE Z 0.995550 1.000000 0.999876 0.999999 1.000000 0.999983 0.985461 0.019302 0.829762 0.203812 0.106636 0.999998 0.021620 0.996051 1.000000
5 ARE - T B 0.853336 0.999235 0.965455 0.999999 0.999883 0.984296 0.764223 0.002458 0.399634 0.040824 0.017891 0.992905 0.002785 0.860290 0.999992
6 ARE - T N 0.999717 1.000000 0.999999 1.000000 0.999883 1.000000 0.998383 0.042790 0.939847 0.346975 0.200204 1.000000 0.047528 0.999763 1.000000
7 ARE - T U 1.000000 1.000000 1.000000 0.999983 0.984296 1.000000 0.999999 0.159119 0.998132 0.700525 0.502032 1.000000 0.173151 1.000000 0.999997
8 ARE - T Z 1.000000 0.999705 1.000000 0.985461 0.764223 0.998383 0.999999 0.511441 1.000000 0.971506 0.894126 0.999992 0.538217 1.000000 0.992823
9 ARG B 0.401379 0.065786 0.213036 0.019302 0.002458 0.042790 0.159119 0.511441 0.854630 0.999907 0.999999 0.122063 1.000000 0.391964 0.026013
10 ARG N 0.999997 0.973186 0.999536 0.829762 0.399634 0.939847 0.998132 1.000000 0.854630 0.999665 0.994660 0.994929 0.872249 0.999996 0.878158
11 ARG U 0.935868 0.449123 0.785380 0.203812 0.040824 0.346975 0.700525 0.971506 0.999907 0.999665 1.000000 0.621899 0.999945 0.931584 0.250576
12 ARG Z 0.817693 0.275831 0.597264 0.106636 0.017891 0.200204 0.502032 0.894126 0.999999 0.994660 1.000000 0.423907 1.000000 0.809697 0.135744
13 ARG - T B 1.000000 1.000000 1.000000 0.999998 0.992905 1.000000 1.000000 0.999992 0.122063 0.994929 0.621899 0.423907 0.133508 1.000000 1.000000
14 ARG - T N 0.426455 0.072649 0.230381 0.021620 0.002785 0.047528 0.173151 0.538217 1.000000 0.872249 0.999945 1.000000 0.133508 0.416690 0.029047
15 ARG - T U 1.000000 0.999973 1.000000 0.996051 0.860290 0.999763 1.000000 1.000000 0.391964 0.999996 0.931584 0.809697 1.000000 0.416690 0.998412
16 ARG - T Z 0.998178 1.000000 0.999971 1.000000 0.999992 1.000000 0.999997 0.992823 0.026013 0.878158 0.250576 0.135744 1.000000 0.029047 0.998412
196

ANEXO A

Parte dos resultados obtidos no desenvolvimento da presente tese deu origem ao


seguinte artigo:

COUTO, R. S. D. P., OLIVEIRA, A. F., GUARINO, A. W. S., PEREZ, D. V., &


MARQUES, M. R. D. C. Removal of ammonia nitrogen from distilled old landfill leachate by
adsorption on raw and modified aluminosilicate. Environmental Technology, 1-38. 2016.
197

ANEXO B

Ao longo do período do doutorado os experimentos e as trocas de informações


permitiram a participação na elaboração do seguinte artigo:

SOUZA, P. S., CERQUEIRA, A. A., RIGO, M. M., DE PAIVA, J. L., COUTO, R. S., MERÇON, F., ... &
MARQUES, M. R. Oilfield water treatment by electrocoagulation–reverse osmosis for agricultural use: effects
on germination and early growth characteristics of sunflower. Environmental technology, 38(9), 1151-1159,
2017.

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