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Do útero da mulher nasce a humanidade.

Do útero da mulher, para a


medicina antiga, também nascia a histeria. Da histeria, ao fim do século
XIX, a psicanálise.
O enigma da histeria se confundia com o enigma da mulher. Foi buscando
decifrá-los que o jovem médico vienense, Sigmund Freud, pôde construir
um novo método clínico baseado na escuta.
Continente negro para a psicanálise, assim Freud denominou o feminino,
para ele, indecifrável. Se Freud tudo explica, como diz o dito popular, o
mesmo afirmou: “A grande pergunta que não foi nunca respondida e que eu
não fui capaz ainda de responder apesar de meus trinta anos de pesquisa
sobre a alma feminina é – O que quer uma mulher?".
Ainda mais além na busca da compreensão de em que consiste o desejo
feminino, Jacques Lacan afirma: “A Mulher não existe”. Isto é, A Mulher
enquanto representação do que é a mulher, sua essência, seu desejo não
existe. Não existe algo que unifique as mulheres em uma única
representação. Cada uma é singular e compõe sua própria essência, se faz
existir a seu próprio modo.
Continente repleto de cores, sabores e texturas o feminino. Tantas são as
mulheres, seus desejos e singularidades.

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