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Introdução:

Bom dia a todos


Hoje venho falar-vos do livro “O Principezinho”. Este livro é geralmente
associado a crianças, mas, no entanto, hoje eu vou tentar mostrar o
porquê de este ser livro para todas as idades e que só se compreende
verdadeiramente a mensagem que o autor tenta transmitir após várias
leituras e apenas quando se atinge uma certa idade. Não é à toa que é um
dos livros mais vendidos do mundo, com cerca de 80 milhões de
exemplares vendidos, tendo sido publicado em 160 línguas ou dialetos.
Este romance de Antoine de Saint-Exupéry foi publicado em 1943 nos
Estados Unidos e conta a história da amizade entre um homem frustrado
por ninguém compreender os seus desenhos, com um principezinho que
habita um asteroide no espaço.

O autor do livro é o personagem principal da história, que assume


também o papel de narrador e que começa por contar algumas das suas
experiências de vida, das quais descobrimos que ele, na infância, começou
a aprender a desenhar mas que no entanto nunca nenhum adulto
percebia os seus desenhos pelo que ele decidiu deixar essa arte e virar
piloto.

Em seguida, o narrador conta sobre o fatídico dia em que o seu avião caíra
no meio do deserto do Saara. Lá, o personagem principal adormece e, ao
acordar, encontra o Principezinho, que pede para que ele desenhe um
cordeiro numa folha de papel para que pudesse comer as árvores que
estariam a crescer em excesso na sua terra, um asteroide conhecido por B
612, que tinha apenas uma rosa vermelha e três vulcões, sendo um deles
inativo. Pela primeira vez alguém percebe o desenho do narrador o que o
faz gostar do principezinho que usara a imaginação para entender o
desenho. A partir desse momento, o principezinho começa a contar a
história da sua viagem por sete planetas no qual ele vai encontrar várias
pessoas diferentes que simbolizam tipos de pessoas e comportamentos
que o autor quer criticar:

Ast. 325 - O rei é mandão, mas tem um bom coração e ensina a lição que
“é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar”.

Ast. 326 - O bêbado representa a ignorância e as pessoas que tentam fugir


da realidade ou resolver um determinado problema através de um vício.
Ast. 327 - O homem de negócios tem a função de caricatura dos adultos,
que muitas vezes estão tão envolvidos nos seus negócios que não
conseguem aproveitar a vida. É o único personagem criticado
abertamente pelo Pequeno Príncipe.

Ast. 328 - O Acendedor de Lampiões simboliza as pessoas que cumprem


determinadas tarefas sem pensamento crítico, muitas vezes fazendo
coisas sem sentido ou sem entender porquê.

Ast. 329 - Não obstante a sua inteligência sobre outros lugares, não
conhece nada sobre o seu próprio planeta, afirmando que não é a sua
função explorá-lo. É ele que recomenda ao Pequeno Príncipe uma visita ao
planeta Terra. Quando o Geógrafo revela que não estuda as flores porque
elas não duram para sempre, o Pequeno Príncipe fica preocupado e se
arrepende de tê-la deixado.

Ast. 330 - O astrônomo turco representa o problema da xenofobia e


racismo na sociedade, onde pessoas são julgadas de acordo com a sua
roupa, raça ou local de nascimento. Este personagem ensina que nós não
podemos depender dos elogios dos outros para encontrarmos o nosso
valor.

No fim da história, o principezinho volta para o seu planeta. Ele


entende melhor sua relação com a flor e quer voltar para seu planeta
para cuidar dela e dos três vulcões.

Embora a despedida seja triste e trágica, o narrador consegue


consertar o avião e poderá voltar a voar e há um gesto que se destaca
que é eles compartilharem água, e o príncipe, em mais uma lição para
o crescido piloto, vê muita beleza no ato de saciar a sede do outro.

Ao ouvir as aventuras do Pequeno Príncipe, o protagonista vai percebendo


como as pessoas deixam de dar valor as pequenas coisas da vida conforme
vão crescendo e se focam apenas no seu bem-estar, esquecendo-se do
outro.

Escolhi a frase que caracteriza melhor esta obra: “L'essentiel est invisible
pour les yeux”."O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o
coração."
Esta obra literária aborda em várias partes o dar valor das coisas. Através
desta afirmação da Raposa, podemos concluir que o verdadeiro valor de
algo ou de alguém não pode ser visto com uma visão superficial.

Para conhecer o que é essencial é preciso ver com o coração, ou seja, tirar
tempo para conhecer, olhar sem preconceito e sem discriminar.

Desenvolvimento:
Intertextualidade: relação com
 “Sem a loucura que é o homem mais que a besta sadia,
cadáver adiado que procria?”- D. Sebastião da obra
Mensagem
 “Where the wild things are”- by spike jonze
 Music “Somewhere over the rainbow” em especial a frase
“And the dreams that you dare to dream Really do come true”

Conclusão:
Esta história dá-nos uma grande lição de vida. Mostra que os adultos não
dão qualquer importância às coisas que realmente são importantes. Os
adultos preocupam-se demasiado com números, são muito materialistas,
não vêm com o coração, vêm só com os olhos, e existem determinadas
coisas que só o coração vê (sente). Felizmente que nem todos os adultos
são assim e que ainda existem adultos que se parecem com as crianças e
que as compreendem. Os adultos deviam gostar de flores, de animais, do
céu azul e das estrelas, do mar e de usar a imaginação, porque isso sim é
muito importante. Mas para outros adultos o que importa é a carreira
profissional; os euros que têm no banco, o carro que têm ou a roupa que
usam. Em suma, focam-se em coisas secundárias. Assim, esta obra, que eu
recomendo a todos, por ser de simples leitura e com uma mensagem
muito importante, fez me perceber que o mais importante da vida está
nas pessoas que temos ao nosso lado e o estar grato pelas coisas simples
da vida.

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