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INTRODUÇÃO

Sendo Angola composta por uma sociedade plurilingue e as línguas nacionais


assumem o estatuto de línguas maternas de muitos, a interferência linguística
dificilmente se pode alhear. A falta de consciencialização das variações que a língua
está sujeita motiva muitos ao acto de preconceito linguístico. Que de certa forma
afecta o sistema de ensino, e particularmente o ensino de português.

Parece haver cada vez mais, nos dias de hoje, uma forte tendência a lutar
contra as mais variadas formas de preconceito, a mostrar que eles não têm nenhum
fundamento racional, nenhuma justificativa, e que são apenas o resultado da
ignorância, da intolerância ou da manipulação ideológica ( Bagno,M. 2000: 42).

A variação é constitutiva das línguas humanas e ocorre em todos os níveis ela


sempre existiu e sempre existirá, independente de qualquer ação normativa. Assim,
quando se fala em “Língua Portuguesa” está se falando de uma unidade que se
constitui de muitas variedades. A imagem de uma língua única, mas próxima da
linguagem, subjacente às prescrições normativas da gramática escolar, dos manuais
e mesmo dos programas de difusão da mídia sobre “o que se deve e o que não se
deve falar e escrever”, não se sustenta na análise empírica dos usos da língua
(TERRA, E. 1997: 37).

O presente estudo tem como tema: Influência do preconceito linguístico no


ensino do português aos alunos da 10ª classe da escola 27 de Junho do Uíge.

O trabalho segue as normas da instituição, estando estruturado, pelo


problema científico, questões de investigação, hipóteses, objectivos gerais e
específicos, a delimitação do tema.

No primeiro capítulo teremos, a fundamentação teórica, no segundo as


metodologias, no terceiro a apresentação e discussão dos resultados e por fim as
referências bibliográficas.

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FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Uma das questões cruciais que envolvem problemas de língua na escola está
no fato de existir uma barreira entre aqueles que preconizam a gramática
pedagógica e aqueles que ensinam a língua a partir do uso cotidiano. Em geral, a
escola ainda tende a valorizar a gramática pedagógica, considerando-a
linguisticamente “correta” e “superior” por ser usada pelas classes sociais de
prestígio.

Temos visto vários casos de preconceito linguístico, muitos estudantes têm


sido vítima deste fenómeno, por parte de professores e colegas. Nalguns momentos
a competência destes é posta em causa por não dominarem fluentemente a variante
padrão, por não pronunciarem e falarem corretamente como a norma diz respeito.

Por intermédio da língua alguns estudantes são alvos de exclusão social,


sofrem buling. Alguns professores de português criam tipos ideias na sala de aula
em detrimento da forma como este ou aquele aluno fala o português, o que faz com
que as vítimas sintam-se menos privilegiados na sala de aula e ao convivo dos
outros, tornando-se assim em estudantes passivos, porque o medo do preconceito
os norteia.

Como o preconceito linguístico influencia negativamente no ensino do


português na escola 27 de Junho do Uíge?

DELIMITAÇÃO

De acordo com Ndombele E. D. (2018:92), delimitar é fixar limites, extremar


demarcar. Como é exigido que um trabalho científico, o seu tema deve ser limitado.

Delimitamos o nosso estudo. Influência do preconceito linguístico no ensino


do português, caso particular aos alunos da 10ª classe, turma B e C, período tarde
da escola 27 de Junho do Uíge, ano lectivo 2022.

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OBJETIVOS

Os objectivos num trabalho cientifico são indispensáveis, pois é através dos


mesmos, que o pesquisador define a finalidade do seu estudo, o que quer com isso
e aonde quer chegar.

É a partir desse pensamento que Ndombele E. D. (2018: 89), assegura que, o


objecttivo da pesquisa é o motivo e a razão de o tema ser pesquizado

OBJECTIVO GERAL

Analisar o grau de influência do preconceito linguístico no ensino do português?

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Procurar vias de soluções para o abrandamento do fenómeno.


2. Clarificar sobre as diferentes variações que o português está sujeito.
3. Identificar o impacto do preconceito linguístico na interação entre alunos na
sala de aula.

IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO

As leituras que tenho feito do livro de Macus Bagno (preconceito linguístico, o


que fazer), e os frequentes casos deste fenómeno proporcionou-me uma enorme
motivação para a pesquisa deste tema.

O presente trabalho, tem uma importância incomensurável porque vai


contribuir grandemente no despertar de consciência da sociedade académica e
outras, sobre como que o preconceito linguístico influencia no ensino do português.
Vai apresentar soluções para irradicação do fenómeno.

Com o presente trabalho, busca-se esclarecer e identificar a questão presente


na sociedade sobre o preconceito linguístico, reconhecendo a evolução da
linguagem como instrumento de comunicação envolvendo diversas regiões do país
contendo os fatores culturais, contextuais e naturais que promovem os diferentes
dialectos da variante angolana.

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QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO

Uma questão de investigação é um conjunto de inquietações e questões dirigidas


a um indivíduo ou a um grupo a fim de se encontrar respostas sistematizadas
(Zassala, C. 2012:26). Para a presente investigação fizemos as seguintes questões:

1. Será que, Os alunos da escola 27 junho já foram alvos de preconceito


linguístico?
2. Será que, o grupo de alunos são alvos de preconceito linguístico?
3. Será que, a má abordagem do erro do aluno por parte do professor
proporciona preconceito linguístico e desmotiva a participação dos alunos na
aula?

HIPÓTESE

1. É provável que, alguns alunos da escola 27 de junho já tenham sido alvos de


preconceito linguístico.
2. Pode ser que, os alunos oriundos das periferias e desfavorecidos tenham sido
alvos.
3. É possível que, a má abordagem do erro do aluno por parte do professor
proporcione preconceito linguístico e desmotive a participação dos alunos na
aula.

CAPITULO I- FUNDAMENTAÇÃO SOBRE O PRECONCEITO LINGUÍSTICO


1.1- Preconceito Linguístico

1.2- Formas de preconceito linguístico

1.3- Variação linguística

1.4- Desvantagens do preconceito linguístico

1.5- Visão de Marcus Bagno e outros

1.6- Norma padrão

1.7- Língua materna

1.8- Desconstrução do preconceito linguístico

1.9- Erro e falha

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1.10- Interferência linguística

1.11- Níveis de língua

1.12- Registo de língua

CAPITULO II- METODO DE PESQUISA A UTILIZAR

De acordo com os autores Aragão J.W e Nela M. a. (2017:33) Método são


etapas dispostas ordenadamente para investigação da verdade, no estudo de uma
ciência para atingir determinada finalidade, e técnica como o modo de fazer de
forma mais hábil, segura e perfeita alguma actividade, arte e ofício.

Métodos de pesquisa a utilizar:

 Quantitativo (estatístico, matemático) qualitativo


 Método empírico ou prático
 Pesquisa bibliográfica, Análise e síntese, Histórico-lógico, Abstracção e
generalização e Indutivo e Dedutivo
 Técnica Inquérito por questionário e Entrevista

CAPITULO III- APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE DADOS

3.1- Tipo de pesquisa

3.2- População e amostra

3.3- Variáveis

3.4- Método e técnica de recolha de dados

3.5- Resultado e discussão de dados

3.6- Local de investigação

Conclusão

Sugestões

Bibliografia

Anexos

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POPULAÇÃO E AMOSTRA
POPULAÇÃO Masculino Feminino
90 60 30
AMOSTRA Masculino Feminino
60 39 21

CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
MESES DO ANO DE 2022

Nº de Actividades Jan Feve Mar Abr Mai Jun Julh Agos Setem Out
oredem h t
01 Recolha de xx
bibliografia
02 Elaboração xx
do projeto
03 Apresentação xx
do projeto ao
Tutor
04 Organização xx
e análise de
dados
05 Entrada do xx
anteprojeto
ao
departamento
06 Redação do xx
trabalho
07 Revisão geral xx
do trabalho
08 Impressão e xx
encadernaçã
o
09 Leituras xx
10 Defesa do xx
trabalho

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CUSTO DO PROJECTO

Nº de ordem Designação Quantidade Preço unitário em Total em kz


kz
01 Computador 1 180.000 180.000
02 Aquisição de 5 15.000 15.000
manuais
03 Resmas 2 5000 5000
04 Pendriv 1 10.000 10.000
05 Modem 1 10.000 10.000
06 Saldo 3 3000 3000
07 Beca 1 30.000 30.000
09 Táxi 3 5000 5000

10 Emolumentos 20.000 20.000


11 Situações 20.000 20.000
imprevistas
298000

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REFERÊCIAS BIBLIOGRAFICAS

MARCOS BAGNO, M. (2002). Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São


Paulo, Loyola,

Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia & exclusão social. São
Paulo, Loyola, 2003.iografia

TERRA, E. (1997). Linguagem, língua e fala. São Paulo, Scipione.

CAGLIARI, Luiz Carlos. (2003) A linguística e o ensino de português. In:


Alfabetização e Lingüística. 10 ed. São Paulo: Scipione,

MOLLICA, M. Cecília (1992). Introdução à Sociolingüística Variacionista.

Cadernos didáticos. Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ.

SACCONI, Luiz António (1998): Não erre mais! 23a ed., São Paulo,Atual.

NEVES, Ma Helena M. (1990): Preconceito linguístico e o ensino de português.

São Paulo, Contexto.

TERRA, E. (1997). Linguagem, língua e fala. São Paulo, Scipione

ILARI, R., BASSO, R.O. (2011). Interferências linguísticas. São Paulo: Contexto.

BOV, William. (2008). Padrões Sociolinguísticos. São Paulo: Parábola.

DUARTE, Sérgio N. (1998): Gramática na escola. Rio de Janeiro, Rocco.

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