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DE LÍNGUAS
1ª Edição
Indaial - 2021
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
ISBN 978-65-5646-321-6
ISBN Digital 978-65-5646-320-9
CDD 370
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Didática do Ensino de Línguas: Fundamentações
Teórica e Prática........................................................................... 7
CAPÍTULO 2
Pressupostos Pedagógicos para o Ensino de
Língua Materna............................................................................ 41
CAPÍTULO 3
Métodos e Abordagens para o Ensino de Língua
Estrangeira.................................................................................. 81
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico da pós-graduação! Seja muito bem-vindo!
Este livro está dividido em três capítulos, com o intuito de ampliar os seus
saberes acerca do campo da Didática na formação de professores para uma
atuação embasada em teoria, esta, sempre, relacionada com a prática docente. É
um campo amplo, portanto, a delimitação do tema é necessária. Assim, a divisão
desta leitura acontece da seguinte forma: primeiramente, Didática do ensino de
línguas: fundamentações teórica e prática; em segundo plano, pressupostos
pedagógicos para o ensino da língua materna; e, por fim, métodos e abordagens
para o ensino da língua estrangeira.
Bons estudos!
C APÍTULO 1
DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O mundo da sala de aula apresenta uma complexidade observada por
diferentes filósofos, psicólogos, historiadores, sociólogos, economistas etc. Desde
a Antiguidade, busca-se entender o processo de ensino, a formação dos sujeitos e
de que forma essa dinâmica acontece. Estudos filosóficos mais antigos indicavam
uma formação mais passiva para os sujeitos envolvidos nos processos de ensino
e de aprendizagem. Com o passar do tempo, com os avanços investigativos, e
com um olhar mais apurado, possibilita-se a consolidação, então, da pedagogia
como campo de estudo. Passa-se a perceber que os seres humanos são ativos
nos processos de ensino e de aprendizagem.
Boa leitura!
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
Acesse https://www.scielo.br/pdf/rbeped/v96n244/2176-6681-
rbeped-96-244-00561.pdf.
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
educação escolar e a prática docente. Portanto, opera como uma ponte entre o “o
que” e o “como” do processo pedagógico de ensino.
3 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
A Didática está relacionada com a prática do professor em sala de aula, certo?
Sim! Essas práticas são fundamentais para a efetiva construção do conhecimento.
Como arte de ensinar tudo para todos, considerando as necessidades individuais
de todo estudante, o termo didática (do grego, didaktiké) foi utilizado, pela primeira
vez, por Ratke (1629) e por Comenius (1967), conforme Fereira et al. (2018). A
partir de Comenius, a Didática foi conquistando espaço como disciplina.
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Didática do Ensino de Línguas
FONTE: <http://lapedagogiadels-xvii.blogspot.com/2018/11/aspectos-
que-surgen-en-la-pedagogia_7.html>. Acesso em: 24 abr. 2021.
FONTE: A autora
“Nós ousamos prometer uma Didática Magna, isto é, um método universal de
ensinar tudo a todos” (COMENIUS, 2011, p. 131).
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
certo, para obter resultados, sem que isso fosse cansativo para educandos e
educadores, pelo contrário, esse processo pudesse ser acompanhado de grande
alegria, mas de forma sólida e não superficial, conduzindo todos à cultura, aos
bons costumes e à piedade mais profunda.
FONTE: <https://www.infoescola.com/filosofia/jean-jacques-
rousseau/>. Acesso em: 24 abr. 2021.
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
FONTE: <https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-educacao-no-
emilio-rousseau.htm>. Acesso em: 24 abr. 2021.
Comenius
Princípios defendidos:
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Didática do Ensino de Línguas
Além dos pensadores citados até aqui, há, ainda, Heinrich Pestalozzi (1746-
1827). Pestalozzi defendia, nos seus escritos, a doutrina considerada naturalista
(principalmente, nos parâmetros do Naturalismo Pedagógico de Rousseau).
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
FONTE: <http://grandesnomesnahistoriadaeducacao.blogspot.
com/p/jo.html>. Acesso em: 24 abr. 2021.
FONTE: <https://novaescola.org.br/conteudo/1775/herbart-o-organizador-
da-pedagogia-como-ciencia>. Acesso em: 24 abr. 2021.
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
FONTE: <https://www.udesc.br/ceart/noticia/udesc_ceart_oferece_grupo_
de_estudos_e_leituras_sobre_john_dewey>. Acesso em: 24 abr. 2021.
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
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Didática do Ensino de Línguas
FONTE: <https://www.angra.rj.gov.br/noticia.asp?vid_
noticia=53802&indexsigla=imp>. Acesso em: 11 abr. 2021.
FONTE: <https://segredosdomundo.r7.com/mapa-do-mundo-63-versoes-
que-voce-nao-aprende-na-escola/>. Acesso em: 11 abr. 2021.
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
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Didática do Ensino de Línguas
FONTE: <https://idiomas.gcfglobal.org/pt/curso/ingles/a1/
cumprimentos-em-ingles/>. Acesso em: 11 abr. 2021.
Dessa forma, saiba que todo material didático de suporte digital deve
ser elaborado a partir da exploração das potencialidades oferecidas pela
tecnologia digital. Para essa ação, equipes colaborativas e multidisciplinares
são fundamentais. Profissionais com conhecimento de programação, design, UX
(experiência do usuário) etc., quando trabalham em conjunto, podem construir
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
Os materiais granulares, por sua vez, dão conta de algum aspecto dos
processos de ensino e de aprendizagem. Representam, conforme o nome
enuncia, pequenas estruturas que, ao serem combinadas, podem formar uma
estrutura mais ampla de material didático, formando, por exemplo, objetos de
aprendizagem, módulos e cursos.
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
BNCC: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_
EF_110518_versaofinal_site.pdf.
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
Com a leitura feita até esta etapa, você percebe que o processo de ensino,
considerando a prática, e pautado nas diretrizes vigentes, busca, com a inserção
da aprendizagem de uma língua estrangeira (língua inglesa, por exemplo), a
criação de novas formas de engajamento e de participação dos alunos em um
mundo social cada vez mais globalizado e plural, no qual as fronteiras entre países
e interesses pessoais, locais, regionais, nacionais e transnacionais estão cada vez
mais difusas e contraditórias. Assim, o estudo da língua inglesa pode possibilitar,
a todos, o acesso aos saberes linguísticos necessários para o engajamento e a
participação, contribuindo para o agenciamento crítico dos estudantes e para o
exercício da cidadania ativa, além de ampliar as possibilidades de interação e
de mobilidade, abrindo novos percursos de construção de conhecimentos e de
continuidade dos estudos. É esse caráter formativo que inscreve a aprendizagem
de inglês em uma perspectiva de educação linguística, consciente e crítica, na
qual as dimensões pedagógicas e políticas estão intrinsecamente ligadas.
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Didática do Ensino de Línguas
Gêneros do discurso
Roxane Rojo
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
FONTE: <http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/
verbetes/generos-do-discurso>. Acesso em: 11 abr. 2021.
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
• Habilidades comunicativas.
• Compreensão.
• Compreensão escrita.
• Orientações didáticas para o ensino de compreensão escrita (Pré-leitura,
Leitura e Pós-leitura).
• Compreensão oral
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
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Didática do Ensino de Línguas
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nesta parte inicial do livro, buscamos compreender o conceito de Didática
a partir de informações relacionadas com a definição do termo e a construção
histórica. Nesse processo de consolidação, como disciplina independente, mas
sendo um ramo da Pedagogia, você passa a entender que o objeto de investigação
está relacionado com a ação de ensinar, ou seja, de construir um embasamento
teórico acerca da ação de ensino, na busca por práticas, em sala de aula, que
valorizem os múltiplos letramentos, e que se tenha uma proximidade de vivências
de situações reais. Tudo isso norteado pelo princípio de uma formação cidadã.
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Capítulo 1 DIDÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUAS:
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA E PRÁTICA
REFERÊNCIAS
BANDEIRA, D. Materiais didáticos. Curitiba: IESDE, 2009.
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Didática do Ensino de Línguas
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C APÍTULO 2
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este capítulo apresentará, como proposta de reflexão, as teorias da
linguagem e os Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs. A partir da
perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes objetivos de
aprendizagem, relacionados ao saber: conhecer os pressupostos pedagógicos,
as teorias da linguagem, os PCNs e todas as abordagens centradas no ensino de
línguas; e identificar as teorias da linguagem e as especificidades de cada uma e
as relações com a construção dos PCNs para uma atuação docente diferenciada.
Boa leitura!
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Didática do Ensino de Línguas
2 TEORIAS DA LINGUAGEM:
INATISMO, EMPIRISMO E
INTERACIONISMO
A linguagem, como um sistema simbólico tipicamente humano, apresenta
organização e estruturas profundas. Para a aquisição de diferentes processos
e procedimentos, são postos em ação. Dessa forma, independentemente da
língua a ser utilizada, a organização da linguagem em estruturas profundas é
compartilhada por todas. Esse conjunto constitui os universais linguísticos.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
tipo de frase. A questão que se coloca é saber o que faz com que
uma frase seja uma frase de uma língua. Conclui-se, assim, que
existem princípios que filtram as frases mal-formadas [...].
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
O modelo inatista
Claudio A. Dalbosco
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Didática do Ensino de Línguas
FONTE: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/faced/article/
download/11640/8032/>. Acesso em: 11 abr. 2021.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
FONTE: <http://www.cemp.com.br/novo/corpo.asp?id=13&cod=137&tipo=9>.
Acesso em: 11 abr. 2021.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
Isso permite afirmar que a teoria empirista, como corrente filosófica, reafirma
que as vivências e as experiências dos seres humanos são os elementos
responsáveis pela construção das aprendizagens. As ideias, para os empiristas,
têm origem na percepção e no contato com os objetos do conhecimento, sendo
que esse contato apenas é possível por meio dos sentidos.
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Didática do Ensino de Línguas
[...]
FONTE: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/
historia-manuscrito-de-john-locke-que-discute-tolerancia-religiosa-e-
encontrado-em-faculdade.phtml>. Acesso em: 11 abr. 2021.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
[...]
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Didática do Ensino de Línguas
pela interação que os sujeitos estabelecem com o meio externo, sendo histórico,
físico e social.
FONTE: <https://www.ufrgs.br/psicoeduc/imagens/fotos_piaget/
piaget-idoso1.gif>. Acesso em: 11 abr. 2021.
FONTE: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/lev-
vygotsky-alguns-seus-conceitos.htm>. Acesso em: 11 abr. 2021.
Dessa forma, você percebe que o conhecimento não é entendido como algo
inato. Não é interno e não vem com o ser humano, com o nascimento. Também,
não vem do contexto externo construído a partir das percepções sensoriais,
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
FIGURA 4 – EXPLANAÇÃO
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Didática do Ensino de Línguas
FONTE: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3259298/mod_
resource/content/1/aula.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2021.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
Ontogenia
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Didática do Ensino de Línguas
3 PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS
Nesta etapa da leitura, após conhecermos algumas das teorias da
aprendizagem, refletiremos a respeito dos pressupostos pedagógicos para o
ensino das línguas materna e estrangeira, a partir das teorias da linguagem e
das propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Considere que esse
conhecimento influencia, diretamente, na produção e na seleção de materiais
didáticos para o ensino de línguas, e na prática docente (tendo em vista a relação
entre professor e aluno, aluno e aluno, aluno e escola, aluno e mundo etc.), a
partir do entendimento da aplicação das teorias da linguagem nas construções
didáticas do professor. Por exemplo, considerar, para o ensino, a sociointeração
como teoria que fundamenta a prática docente, significa que as atividades
propostas para o estudo das línguas devem considerar situações contextualizadas
de interação. Pense nisso!
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Didática do Ensino de Línguas
À escola, portanto, cabe construir uma reflexão acerca dos usos da língua,
de acordo com as diferentes situações comunicativas (pressupostos da teoria
sociointeracionista). Para o ensino de LP, por exemplo, considere a reflexão da
linguagem em instâncias públicas e privadas, de forma a abarcar as diferentes
formas de manifestação para que o aluno tenha domínio das variações da língua
(grau de formalidade) e das exigências dos diferentes contextos, possibilitando
que ele se aproprie dos usos da LP. Esse trabalho, em sala de aula, considera
atividades sistemáticas de fala, de escuta e de reflexão da língua.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
Proposta:
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Didática do Ensino de Línguas
QUADRO 3 – ABORDAGENS
A visão behaviorista • A aprendizagem é compreendida como
um processo de adquirir novos hábitos
linguísticos no uso da língua estrangei-
ra.
• Há a automatização desses novos hábi-
tos, usando uma rotina que envolva ES-
TÍMULO, a exposição do aluno ao item
lexical, à estrutura sintática etc. a serem
aprendidos, fornecidos pelo professor;
RESPOSTA do aluno; REFORÇO, a
partir do qual o professor avalia a res-
posta do aluno.
• Ocorre o uso de metodologias que en-
fatizam exercícios de repetição e de
substituição.
• Os erros têm que ser imediatamente
eliminados ou corrigidos, para que não
afetem o processo de aprendizagem.
• É uma Pedagogia corretiva.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Didática do Ensino de Línguas
Proposta didática
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/colecao-de-tira-de-filme-vetorial-
3d_1131924.htm#page=1&query=filme&position=2>. Acesso em: 11 abr. 2021.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
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Didática do Ensino de Línguas
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A partir desta leitura, buscou-se ampliar os conhecimentos acerca dos
pressupostos pedagógicos para o ensino das línguas materna e estrangeira,
a partir das teorias da linguagem e dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Com esses saberes ampliados, e, a partir da perspectiva do saber-fazer,
desenvolveram-se os objetivos de aprendizagem relacionados, primeiramente,
com o saber: pressupostos pedagógicos, teorias da linguagem e PCNs, algumas
abordagens centradas no ensino de línguas; e com o fazer: teorias da linguagem,
especificidades de cada uma e relações com a construção dos PCNs para uma
atuação docente diferenciada.
Para a sua prática docente, desafie-se a observar de que forma você elabora/
seleciona materiais didáticos direcionados para o ensino e a aprendizagem de
línguas. É importante, sempre que possível, considerar materiais didáticos e
planejamentos de aula que valorizem a interação, a diversidade cultural, os
diferentes contextos e os usos da linguagem, tendo, como objetivo, a formação
para a cidadania.
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Capítulo 2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS PARA
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino
Médio. Brasília: MEC/SEF, 2000.
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Didática do Ensino de Línguas
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C APÍTULO 3
MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo, você será convidado a refletir a respeito das duas temáticas
a seguir: os métodos e as abordagens para o ensino de LE, e as possibilidades
de avaliação no ensino de LE. Com a primeira seção, há o objetivo de conhecer
os métodos que foram se consolidando ao longo do tempo, e, de certa forma,
foram se modificando e demonstrando que a combinação entre eles sinalizava
uma abordagem produtiva para o trabalho docente.
Boa leitura!
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
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Didática do Ensino de Línguas
Toda a reflexão possibilita inferir que não é cabível apenas uma metodologia
de ensino como capaz de ser eficaz para todos os sujeitos. Existe a complexidade
na inter-relação das dimensões, portanto, a seleção de diferentes metodologias
(combinação delas) pode ser mais eficaz para o sucesso dos processos de ensino
e de aprendizagem. Para a prática docente e para a seleção de metodologias,
estratégias e atividades adequadas, é preciso que diferentes perguntas sejam
respondidas (LIBÂNEO, 2012):
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/um-monte-de-gente-
fazendo-perguntas_13404902.htm>. Acesso em: 11 abr. 2021.
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
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FONTE: A autora
Boa leitura!
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
São eles:
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Didática do Ensino de Línguas
• Sugestologia de Lozanov.
• Método de Curran - Aprendizagem por Aconselhamento.
• Método Silencioso de Gattegno.
• Método de Asher - Resposta Física Total.
• Abordagem Natural.
• Abordagem Comunicativa.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/pessoas-usando-aplicativo-de-traducao-
online_9650656.htm#page=1&query=translate&position=0>. Acesso em: 11 abr. 2021.
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Conforme explica Leffa (2016, p. 24), “o objetivo final da AGT é – ou era – levar
o aluno a apreciar a cultura e a literatura da L2. Na consecução desse objetivo,
acreditava-se que ele acabava adquirindo um conhecimento mais profundo dp
próprio idioma, desenvolvendo inteligência e capacidade de raciocínio”. L2 é a
forma como o autor faz referência à LE (segunda língua).
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Didática do Ensino de Línguas
Exercícios orais precedem os escritos. O ditado não deve mais ser utilizado e a
técnica da repetição se faz presente para o aprendizado automático da língua.
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
a língua; a língua é o que os falantes nativos dizem, não o que alguém acha
que eles deveriam dizer; e as línguas são diferentes” (LEFFA, 2016, p. 30-33).
Assim, tem-se reestabelecida a ênfase na língua oral. Portanto, ensinar leitura
não representava, para esse método, ensinar a LE, pois a escrita era como uma
“fotografia mal feita da fala” (LEFFA, 2016, p. 30). Essa corrente de pensamento
gerou implicações pedagógicas: o aluno, primeiramente, deve ouvir e falar, para,
depois, ler e escrever, o que acontece com a língua materna (aprendemos a
escrever muito tempo depois de já sabermos falar).
Para a AAL, o aluno deve ser exposto à língua escrita apenas depois que os
padrões da língua oral já se apresentam automatizados. Para essa abordagem,
a apresentação precoce à escrita prejudica, em certo grau, a pronúncia. Então,
o diálogo deve estar mais presente no espaço de formação. O laboratório de
línguas, com a apresentação de gravações de falantes nativos da LE, possibilita
o desenvolvimento da pronúncia ideal, por este motivo, audiovisual. Experimentar
situações de diálogo, ouvindo ou vendo, está no centro desse método.
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
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Didática do Ensino de Línguas
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
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Didática do Ensino de Línguas
LA CHAMBRE
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
3 AVALIAÇÃO NO ENSINO DE LE
FIGURA 3 – AVALIAÇÃO E ENSINO DE LE
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-conceito-de-exames_9233873.
htm#page=1&query=avalia%C3%A7%C3%A3o&position=1>. Acesso em: 11 abr. 2021.
104
Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
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Didática do Ensino de Línguas
Exemplo prático
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
107
Didática do Ensino de Línguas
e alunos. Para os professores, serve como um registro dos efeitos que são
gerados com as propostas e as ações pedagógicas. Ações posteriores podem
ser direcionadas, tendo, como base, os resultados. O aluno, por sua vez, pode
observar, criticamente, o próprio desempenho, as facilidades e as dificuldades,
com o intuito de buscar, sempre, superar-se em cada etapa, de acordo com o
ritmo de aprendizagem.
108
Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
I - avaliação da aprendizagem;
II - avaliações institucionais interna e externa;
III - avaliação de redes de Educação Básica.
109
Didática do Ensino de Línguas
QUADRO 5 – AVALIAÇÃO
Avaliação da Art. 47. A avaliação da aprendizagem se baseia na concepção
aprendizagem de educação que norteia a relação professor-estudante-con-
hecimento-vida em movimento, devendo ser um ato reflexo de
reconstrução da prática pedagógica avaliativa, premissa bási-
ca e fundamental para se questionar o educar, transformando
a mudança em ato, acima de tudo, político.
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Avaliações insti- Art. 52. A avaliação institucional interna deve ser prevista no
tucionais interna projeto político-pedagógico e detalhada no plano de gestão,
e externa realizada anualmente, levando em consideração as orien-
tações contidas na regulamentação vigente, para rever o con-
junto de objetivos e de metas a serem concretizados, mediante
a ação dos diversos segmentos da comunidade educativa, o
que pressupõe a delimitação de indicadores compatíveis com
a missão da escola, além de clareza quanto ao que seja qual-
idade social da aprendizagem e da escola.
Avaliação de Art. 53. A avaliação de redes de Educação Básica ocorre pe-
redes de Edu- riodicamente, é realizada por órgãos externos à escola e en-
cação Básica globa os resultados da avaliação institucional, sendo que os
resultados dessa avaliação sinalizam, para a sociedade, se a
escola apresenta qualidade suficiente para continuar funciona-
ndo como está.
FONTE: A autora
111
Didática do Ensino de Línguas
A partir da metade do século XX, nos anos 40, houve o reforço do Método
Áudio-Oral e Audiovisual (Audiolingual). Esse método tinha, como foco, a
comunicação, mas, da mesma forma, permanece a imitação do falante nativo.
O aluno pouco elabora os enunciados, sendo que os diálogos são exercícios
de repetição de estruturas e jogos gramaticais, considerados úteis na formação
de hábitos em LE. Nessa perspectiva de ensino-aprendizagem, o contexto é
negligenciado, e o aluno não é considerado um ser social e crítico, que interage
com o meio, mas um ser que repete modelos, mecanicamente, e interage
com os outros somente a partir da iniciativa de uma das partes envolvidas no
processo, ou seja, o professor. Ainda, segundo essa perspectiva, professores e
alunos devem perseguir os objetivos – consequentemente, comuns – de maneira
responsável, contudo, indiferentes às individualidades (LUCENA, 2004). Para a
avaliação, significa presença de testes de língua, os quais objetivam avaliar o
aluno em relação ao domínio em diferentes áreas do sistema linguístico, como
discriminação de fonemas, conhecimento gramatical e vocabulário (LUCENA,
2004).
Além dos testes objetivos, para avaliar o domínio de LE, também são
aplicadas avaliações comportamentais. Espera-se que o aluno alcance um padrão
definido em critérios preestabelecidos, e, nesse aspecto, decidir a respeito da
escolha, sem arbitrariedade, consiste em um problema (LUCENA, 2004). Ainda,
para utilizar, em algumas escolas brasileiras, essa forma de avaliação, precisa
se ter cuidado, pois pressuporia um modelo idealizado, distorcendo a pluralidade
e a valorização das diferenças. Boletins e fichas de avaliação são instrumentos
desse tipo de avaliação, e passam, se assim construídos, a sofrer críticas,
pois são simplistas e reducionistas. Pouco constroem informações acerca do
desempenho individual dos alunos, uma vez que, já entendemos, que as formas
de desenvolvimento são singulares, e esse tipo de avaliação reducionista não é o
mais adequado, se não for combinado com outras formas de avaliação.
Por volta dos anos 60, houve um avanço nos paradigmas educacionais e
o estudante passou a receber um papel mais ativo no processo de formação.
A psicologia cognitivista aparece como uma reação contra o behaviorismo e a
Pedagogia de línguas passou a considerar o professor um facilitador, o qual
deve propiciar, aos alunos, um ambiente favorável, no qual possam aprender
por meio de experiências significativas, e não mais com o simples instrutor de
regras, que estabelece objetivos que devem ser alcançados sem questionamento
e criatividade (LUCENA, 2004). A Abordagem Comunicativa de ensino de línguas
ganha espaço, e a língua em uso conquista o espaço da sala de aula: linguagem
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Capítulo 3 MÉTODOS E ABORDAGENS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Para a avalição, nessa abordagem, tem-se uma forma mais global, a partir da
qual se valorizam os usos e as habilidades do uso de LE em limites contextuais.
A avaliação busca conduzir o aluno a um processo de reflexão acerca do próprio
processo de aprendizagem, e a promover a capacidade de autoavaliação. Para o
aluno, é importante que o docente entregue um relatório descritivo do processo e
do produto do aprendizado (análise qualitativa do processo).
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao momento de finalização da proposta de leitura, mas tenha
em mente que não significa a conclusão, pelo contrário, as propostas, aqui
apresentadas, devem servir de ponto de partida para mais leitura, mais pesquisa
e mais reflexão. Essas análises objetivam contribuir com a sua prática docente,
pois as informações cobrem os diferentes métodos e as formas de avaliação,
possibilitando que você construa propostas pedagógicas pautadas na reflexão
teórica, mas que, ao serem analisadas por você, sejam levadas para a prática, de
forma efetiva.
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ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução n° 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.
br/dmdocuments/rceb004_10.pdf. Acesso em: 9 jun. 2021.
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