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pelo rito comum, contra a _______________, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida na
Rua ________________, endereço eletrônico, inscrita no CPNJ sob o nº ____________, pelos
fundamentos de fato e de direitos a seguir aduzidos:
1 – PRELIMINARMENTE
“Art. 1º - ...
E mais: Sua natureza jurídica sendo mista ou complexa, apesar de trazer aspectos de
outros contratos típicos é autônoma, ressalta da combinação de elementos de diferentes
contratos, formando nova espécie contratual não prevista em lei.
“in passant” : Só nas arestas de alguns artigos do Código Civil é que se nota a chamada
propriedade fiduciária (artigos 1.361 e 1368, e, no art. 1.368 – A (acrescentado pela Lei
n. 10.931/2004).
(Destaques nossos)
EXCELÊNCIA
(Destaques Nosso)
Certamente, não! Com licença poética do acadêmico Monteiro Lobato: “Triste como o
Curiango”, procurou o DEMANDADO para saber o custo do dinheiro embutido nas
prestações para uma razoável renegociação. Entretanto, foi informado que não haveria
nenhuma possibilidade de acordo, em vista de ter lido e assinado o contrato. Leia-se:
Contrato de adesão: Aquele que se caracteriza por permitir que seu conteúdo seja
preconstruído por uma das partes, eliminada a livre discussão que precede normalmente
à for mação dos contratos. (GOMES, Orlando. Contrato. Rio de Janeiro: forense, 16,
Ed. 1995. P.109).
E mais: Toda essa parafernália complexa inserida na criação do inglês Richard Price
conhecida por “Tables of Compound Interest” ou Tabelas de Juros Composto.
Tabela Price
Valor Pago R$ 1.242,00
Vê-se abertamente que a tilização da Tabela Price, enquanto manobrar matemática, não
passa de ilusão para a cobrança de juros capitalizados mensalmente, pois se parte do
valor da prestação a liquidar os juros acumulados naquele mês (R$ 35,00) e o restante
(R$ 68,00) amortizar o capital devido (R$ 1.000,00), ter-se-á o mesmo resultado
numérico de se amortizar o capital com a parcela total (R$ 1.000,00 R$ 103,00 = R$
897,00) + R$ 35,00 = R$ 932,00).
Portanto, a “Tabela Price” é utilizada pelos bancos para ludibriar a cobrança ilegal de
juros compostos, capitalizados mensalmente, pois o pagamento mensal dos juros causa
a diminuição do valor a ser amortizado na dívida principal, consequentemente, o saldo
devedor sobre o qual incide a taxa de juros do mês anterior, capitalizado-os a cada
incidência da taxa de juros sobre o saldo devedor, pois este foi indevidamente
amortizado ou ilegalmente acrescido de juros mensais.
Sobre este sistema, vale a transcrição do voto proferido pelo Superior Tribunal de
Justiça, da lavra do eminente Ministro José Delgado, que abordou a matéria nos
seguintes termos, confira-se:
Sendo assim, ainda que a Tabela Price não contivesse juros compostos, restaria inviável
sua utilização no âmbito das relações de consumo em virtude de princípios da
transparência esposada pelo Código de Defesa do Consumidor.
Em suma: O limite constitucional de 12% a.a foi revogado, mas o NCC em seu art. 591
matém os 12% a.a para este tipos de contrato, se interpretado o art. 406 do Novo Código
Civil como se referindo a 1% a.m (Doc. 3 e 4 –Contrato – Cláusula 5 ou F4).
A Súmula 696 STF poderia até representar que o Decreto nº 22.626/33, não se aplica as
instituições públicas e privadas que integram Sistema Financeiro Nacional, se não fosse
a nota de rodapé da referida súmula, que indica o artigo do decreto a que ela se
refere, no caso, somente o artigo 1º do Decreto n. 22.626/1933:
Confira-se:
“Sumula 596:
As disposições do Decreto 22.626 de 1933 não se aplicam às taxas de juros e aos outros
encargos cobrados nas operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que
integram o sistema financeiro nacional.
Data de aprovação:
Fonte de publicação:
Referência legislativa:
Lei 4595/1964
“Art. 1º. É vedado, e será punido nos termos desta lei, estipular em quaisquer
contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal (código Civil, art. 1062)”.
§ 1º Essas taxas não excederão de 10% ao ano si os contratos forem garantidos com
hipotecas urbanas, nem 8% ao ano se as garantias forem de hipotecas rurais ou de
penhores agrícolas.
§ 3º A taxa de juros deve ser estipulada em escritura pública ou escrito particular, e não
o sendo, entender se-á que as partes acordaram nos juros de 6% ao ano, a contar da data
da propositura da respectiva ação ou do protesto cambial. (Retificado)”
Note-se que as disposições do Decreto 22.626 de 1933 não se aplicam às taxas de
juros e aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por instituições públicas
ou privadas, que integram o sistema financeiro nacional.
Desta forma,
No que diz respeito à comissão de permanência o contrato prevê expressamente, em
sua Cláusula 5ª, que, na hipótese de impontualidade no cumprimento das obrigações
pecuniárias decorrentes do contrato, haverá incidência de juros moratórios de 1% ao
mês, mais juros remuneratórios às taxas previstas no pacto ou às taxas de mercado, a
que for maior, e multa moratória de 2%.
Quanto à Tarifa de emissão de carnê – TEC e TAC – Taxa de abertura de crédito estão
proibidas pelo STJ a partir de 30 de abril de 2008.
“Descrição do Produto/Serviços
..................................................................................
Entrada: R$ 15.860,00
Combustível:
Cor: Prata
Portanto, o Código do consumidor prevê duas hipóteses em que a revisão contratual
poderá ocorrer:
“Cabe frisar, igualmente, que o art. 6º, inciso V, do CDC institui, como direito do
consumidor, a modificação das cláusulas contratuais, fazendo pensar que não só a
nulidade absoluta serviria como sanção, mas também que seria possível ao juiz
modificar o conteúdo negocial.”
Repita-se:
“A norma do art 6º avança ao não exigir que o fato superveniente seja imprevisível ou
irresistível, a apenas exige a quebra da base objetiva do negócio, a quebra do seu
equilíbrio intrínseco, a destruição da relação de equivalência entre prestações, ao
desaparecimento do fim essencial do contrato. Em outras palavras, o elemento
autorizador da ação modificadora do Judiciário é o resultado objetivo da engenharia
contratual que agora apresentar a mencionada onerosidade excessiva para o consumidor,
resultado de simples fato superveniente, fato que não necessita ser extraordinário,
irresistível, fato que podia ser previsto e não foi. (in Contratos no Código de Defesa do
Consumidor – 2ª ed. – pag. 297/299)”.
Em harmonia com o disposto acima, temos a clareza das regras imposta de Código
Civil. Senão veja-se:
E, na esteira do que dispõe o artigo 422 do Novo Código Civil, o Centro de Estudo
Judiciários do Conselho da Justiça Federal, por ocasião da realização da Jornada de
Direito Civil, entre os dias 11 e 13 de setembro de 2002, aprovou os enunciados
números 25, 26 e 27, abaixo transcritos:
“Enunciado 25 do CEJ: “O art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação, pelo
julgado, do princípio da boa-fé nas fases pré e pós-contratual”.
Enunciado 26 do CEJ: “A cláusula geral contida no art. 422 do novo Código Civil
impõe ao juiz interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir o contrato segundo a
boa-fé objetiva, entendida como exigência de comportamento leal dos contratantes”.
INDAGA-SE:
Frente ao quadro apresentado, com todo o nosso respeito, quando há abusos e situações
de irregularidade na hipótese, através de pesados encargos, taxa e multa, além de uma
exigência superior aos limites legais, assim considerados tantos normativos como éticos,
a mora deixa de ser do devedor e passa ser do credor.
Quando o adimplemento torna-se impossível por força da excessiva onerosidade
imposta, que exige da outra parte gasto absurdo, que o sacrifica inteiramente,
sujeitando-o a perda material intolerável, não ocorre mora por parte do devedor. O art.
394 do Código Civil nos traz o conceito legal da mora, a qual seria o inadimplemento de
obrigação de pagamento no prazo, tempo, forma e lugar estipulado, tanto para o devedor
como para o credor. A princípio poder-se-ia imaginar que somente inadimplida a
obrigação nos termos do mencionado artigo estaria configurada a mora. Ledo engano.
Isto não quer dizer que não devamos investigar a incidência de culpa na mora.
“Em qualquer das hipóteses (mora do devedor e do credor), a culpa é elemento essencial
da mora, pois se verifica, com a mora, a violação de um dever preexistente” (in CCB
Interprestador, vol. VII).
“Como não? Cabe indagar. Então o credor não assumiu obrigação alguma? Pode não
assumir uma obrigação explícita, mas implícita sempre assumirá, qual a de cooperar e
facilitar o que depender de si, para que o devedor execute normalmente a sua obrigação.
Nem se conceberia que o credor a isso não se obrigasse, embora sem cláusula expressa,
por isso que a lealdade e boa-fé que devem inspirar e regular o modo de cumprir
exatamente os contratos criam essa obrigação implícita, que uma vez violada estabelece
uma presunção de culpa” (Ob.Cit).
Daí por que, como é lição de ORLANDO GOMES (obrigações, Forense, 8ª ed.,
Pág.175), não se pode falar em mora ou inadimplemento, vez que se tornou inexigívela
obrigação, decorrente de agravação imoderada da prestação que se leva em conta
para incluir a situação no conceito jurídico de impossibilidade.
Por todas estas razões explanadas, deseja o DEMANDANTE, cumprir com sua
obrigação, pelo meio hábil instruído pelo artigo 539 e seguintes do Novo Código de
Processo Civil, apresentado no item abaixo, argumentação sobre a sua pertinência:
De tal modo, temos materializada a síntese desse raciocino sob os comandos dos artigos
334 e 335, V, do Código Civil. Senão veja-se:
...
Pela leitura do Artigo 539 do Novo Código de Processo Civil, localizamos a solução
da presente ação:
“Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com
efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida..”
Ademais, não se pode olvidar o disposto no Artigo343 do Código Civil, no que
diz respeito às despesas com o depósito do valor consignado:
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta
do credo, e no caso contrário, a conta do devedor.” (Destaques nossos)
“Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode
o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as
que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do
respectivo vencimento.”
Dessa forma, seguindo o disposto na Lei nº 8.078/90 – Artigo 52 e seus incisos e Lei nº
10.931/2004, Artigo 50 e parágrafos, e, aplicando a média anual da taxa Selic fornecido
pelo COPOM (157ª Reunião), segue a tabela anexa, com o valorque o DEMANDANTE
pretende controverter, quantificando o valor incontroverso.
Assim é visto a vista desarmada na tabela que os juros aplicados pelo DEMANDADO
estão muito acima do mercado. Repita-se: Segundo Súmula nº 296 do STJ os juros
remuneratórios, não cumuláveis com comissão de permanência, são devidos no período
de inadimplência à taxa média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil,
limitada ao percentual contratada.
Já a Súmula nº 294 tem o seguinte teor: Não é potestativa a cláusula contratual que
prevê a comissão de permanência, calculada pela taxa média de mercado, apurada pelo
Banco Central do Brasil, limitada à taxa do contrato (no ponto, de observar que na
prática os bancos cobram os juros da inadimplência sob o título comissão de
permanência).
Ora, por taxa média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil se entendeu de
aplicar a Taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que reflete as
condições instantâneas de liquidez no mercado monetário e se compõe em taxa de juros
reais e taxa de inflação. Tal índice é utilizado nas operações realizadas com títulos
públicos.
O § 1º, inc. III, do mesmo art 51, do CDC, por sua vez afirma que:
E, com efeitos, tomando-se como parâmetro o teor de tais enunciados, uma vez
reconhecidos a abusividade contratual impõe-se a revisão contratual, fixando-se os juros
remuneratórios da normalidade com base no percentual da Taxa SELIC do período.
7 – DO MÉRITO
Que se aplique a multa de mora a dois por cento do valor da prestação, conforme
estabelece o artigo 52, parágrafo primeiro, do Código do Consumidor.
Que se afaste, por ser conflitante e alienígena ao direito que incorpora juros
capitalizados de forma composta, (juros sobre juros ou juros exponenciais), só admitida
em tese, nos casos de lei que expressamente permita sua aplicação.
“Juros sobre juros. O Decreto-Lei nº 22626/33 não foi revogado pela Lei n 4.595/64
(RTJ 108/277, 82/919) a capitalização de juros (juros de juros) é vedade pelo nosso
direito, mesmo quando expressamente convencionada, não tendo sido revogada a regra
do Decreto-Lei n.º 22626, 4º, pela Lei nº 4595/64. O anatocismo, repudiado pelo STF
121, não guarda relação com o STF 596 (RSTJ 22/197).”
No mesmo sentido:
Caso se entenda pela sua aplicabilidade em pedido subsidiário, deve-se aplicar a taxa
SELIC na forma do Artigo 406 do Código Civil.
DO EXPOSTO, Requer:
Que Vossa Excelência reconheça de ofício o teor do art. 168, parágrafo único,
do Código Civil, o reconhecimento de nulidade da cláusula apontada acima, bem
como, outras contratuais consideradas abusivas nos termos do Código do
consumidor. Dentre elas, a CAPITALIZAÇÃO DE JUROS, pois, inexistindo
previsão legal, é incabível a capitalização mensal de juros em contrato de
financiamento garantindo por alienação fiduciária, devendo incidir a anual, de
acordo com. 591 do Código Civil. ENCARGOS MORATÓRIOS. – Comissão
de Permanência. É vedada a cumulação de comissão de permanência com
correção monetária, juros remuneratórios, juros de mora e multa contratual.
TAXA DE ABERTURA DE CRÉDITO. Essa cobrança não se reveste de
fundada razão, já que não se apresenta quaisquer serviços prestado para
consumidor, devendo, portanto, ser suportada pela instituição financeira, a qual
não pode colocar o consumidor em desvantagem exagerada. MULTA. Por
inadimplência, reduzida em 02% (dois por cento), conforme estabelecido no
Parágrafo primeiro, do artigo 52 do Código do Consumidor;
Advogada
OAB