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Estes dias em uma outra rede social me deparei com a imagem acima com a

seguinte inscrição: “ninguém conhece a sua história”. 

De plano surge a ideia de que as pessoas julgam a obra pronta e acabada sem
saber o longo caminho que cada um percorreu para chegar até o sucesso, o que
daria pano para uma longa reflexão. 

Entretanto, o que mais me chamou a atenção na referida gravura foi o grande


número de pratos quebrados pelo nosso malabarista antes que ele pudesse
chegar ao palco e apresentar-se com maestria e receber os aplausos e o
reconhecimento do público por suas habilidades. 

Fiquei pensando quantas vezes este homem não pensou em desistir quando, lá
no início, talvez ainda tentando fazer a manobra com “apenas” três pratos,
deixou-os espatifarem-se no chão. Talvez isto tenha lhe trazido uma tristeza
por ter falhado na manobra, por ter que recolher os cacos, pela vergonha das
pessoas que viram a sua falha, pela necessidade de ter que adquirir novos
pratos quando os recursos financeiros eram escassos. Talvez este fracasso o
tenha feito pensar em desistir de seu “empreendimento”. 

Mas para chegar à apresentação relatada na figura, ele teve que pegar sua
tristeza, sublima-la e buscar forças para poder seguir em frente. 

E este ânimo, muitas vezes desconhecido de nós mesmos, esta motivação


interna para não desistir o levou a aperfeiçoar sua técnica e fazer com que
progredisse e incluísse mais um prato em suas manobras de malabarismo. 

Quando tudo parecia bem e caminhando para que conseguisse uma


apresentação pública, em um momento de hesitação, ou de relaxamento no
treinamento, ou de soberba, lá se foram todos os pratos ao chão mais uma vez. 

E novamente veio o desânimo, a ideia de que jamais seria um malabarista de


renome, a lembrança do conselho de seus pais quando lhe disseram para optar
pela segurança do concurso público, a sensação de abandono, o sentimento de
que aquilo era o início do fim. 

Olhou os pratos quebrados, varreu os cacos, contou suas economias para ver se
tinha dinheiro para comprar outros (viu que não tinha e que precisaria de um
empréstimo), ligou para um amigo e tentou uma colocação em um novo
negócio que surgira, o UBERPLATES (delivery para substituição de pratos
quebrados através de aplicativos), mas, em um instante de calma, respirou
fundo e decidiu que devia recomeçar. E assim o fez! 

Vieram outros pratos quebrados, outras noites mal dormidas, outros “inícios
do fim”, mas ele não desistiu. 

Ao se apresentar naquele dia, quando se inclinou para receber os aplausos da


plateia percebeu atrás de si, em cada prato quebrado, um fracasso! 

Percebeu que, assim como para se ter coragem é necessário ter medo, para se
ter sucesso é necessário passar por fracassos (discorde aquele que nunca
falhou na caminhada). Olhou os cacos do degrau imediatamente anterior ao
palco e agradeceu por não ter desistido quando estava quase lá. 

Se vocês está se sentindo fracassado, cuidado, você pode estar a um passo do


Sucesso!

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