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AGRUPAMENTO DE DADOS

Você já deve ter observado que existem formas diferentes de


apresentar os dados de uma pesquisa. Em alguns momentos, os dados
podem aparecer como uma simples “lista”, ou estarem em uma tabela
que apresenta, ou não, uma distribuição de frequência. A seguir,
apresentaremos cada uma das possíveis formas de se apresentar os
dados coletados em uma pesquisa.
DADOS BRUTOS
• É quando os dados são coletados sem que haja qualquer tipo de
organização, dizemos que se apresentam na forma bruta.
• A forma bruta de dados é o primeiro contato que um pesquisador se
depara após a união de todos os dados registrados. É sobre esses
dados que serão feitas possíveis conclusões e verificações.
• Exemplo: Ao realizar uma pesquisa em junho de 2017, com uma
turma de 50 acadêmicos do Curso de Segurança do Trabalho da
Faculdade X, sobre o tempo (em minutos) que levaram para concluir
a avaliação final da disciplina de Matemática. Os dados a seguir
demonstram o resultado bruto obtido:

Como podemos notar, fazer qualquer tipo de observação em dados apresentados desta forma é algo demorado e
cansativo. Por isso, é importante que os dados apresentados em uma pesquisa sejam organizados, pois, existem
análises estatísticas que só poderão ser realizadas se os dados estiverem realmente organizados, dando uma clareza
visual para os resultados obtidos.
ROL
• A organização de dados em ROL é a simples tarefa de colocar os
dados quantitativos em ordem crescente ou decrescente, podendo
ser por meio de uma tabela ou simplesmente um ao lado do outro.
Esta simples forma de ordenação dos dados já aumenta a capacidade
de informação do comportamento dos dados. Exemplo: Utilizando os
dados anteriores e ordenando-os em ROL, temos:
QUANDO NÃO USAR ROL
• Quando a quantidade de dados coletados não for muito grande a
organização em ROL é bastante útil. Por outro lado, para dados em
quantidades grandes, esta forma de organizar pode ser
compreendida com ineficaz, pois analisar uma grande quantidade de
dados, em ordem numa tabela, acaba confundindo em muitos casos
a veracidade dos dados apresentados.
AGRUPAMENTO SIMPLES OU DISTRIBUIÇÃO DE
FREQUÊNCIAS SEM INTERVALOS DE CLASSE
• A distribuição de frequência sem intervalos de classe ou
agrupamento simples nada mais é do que juntar os dados que
possuem valores iguais e transformar este aglomerado em uma
tabela organizada por colunas (mais comum) ou linhas. Este
agrupamento deve ser realizado após os dados estarem organizados
em ROL, pois facilita a contagem.
• Exemplo: Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que
funciona como um interruptor automático, destinado a proteger uma
determinada instalação elétrica contra possíveis danos causados por
curto-circuito e sobrecargas elétricas. A sua função básica é a de
detectar picos de corrente que ultrapassem o adequado para o
circuito, interrompendo-a imediatamente antes que os seus efeitos
térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica
protegida (PORTAL ELETRICISTA, 2015). Um levantamento feito em
100 residências, apresentado no quadro a seguir, retrata quantos
disjuntores cada casa possuía em sua distribuição elétrica.
AGRUPAMENTO POR FAIXA DE VALOR OU
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA COM INTERVALOS DE
CLASSE
• Há casos em que o número de dados diferentes apresentado em uma
pesquisa é muito grande, não havendo a possibilidade de agrupar
muitos valores e deixando a tabela muito grande em quantidade de
linhas, dificultando a visualização das informações. Para estes casos,
utilizaremos a distribuição de frequência com intervalos de classe.
• O agrupamento em classes são intervalos de valores que podem
representar um grupo de valores em uma única linha, com a
proposta de diminuir a quantidade de linhas de uma tabela. Para tal,
devemos realizar algumas observações e seguir alguns passos, os
quais veremos agora.
Método prático para construção de uma distribuição de
frequência com intervalos de classe:
1º Passo - Organize os dados brutos em um ROL.
2º Passo - Calcule a amplitude total da amostra (AA).
Amplitude total da amostra: é a diferença entre o valor máximo e o valor
mínimo da amostra (ROL). Em que AA = Xmax - Xmin.
3º Passo - Calcule o número de classes através da "Regra de Sturges".
Classe: são os intervalos de variação dos dados. É simbolizada por i e o
número total de classes simbolizada por k.
Regra de Sturges: i = 1 + 3,3. log n Em que: i = o número de classes da
distribuição de frequência; Log n = logaritmo do número de elementos
envolvidos.
Método prático para construção de uma distribuição de
frequência com intervalos de classe:
4º Passo - Decidido o número de classes, calcule então a amplitude do
intervalo de classe (h). A amplitude do intervalo de classe é sempre o
número arredondado para cima, resultante da divisão entre a
amplitude total da amostra (AA) e o número de classes (i) encontrada
no cálculo da Regra de Sturges.
Método prático para construção de uma distribuição de
frequência com intervalos de classe:
• 5º Passo: Montar a tabela com as classes. Colocamos inicialmente o
menor valor da amostra na parte inferior da primeira classe e na
parte superior ela aumentada pela amplitude da classe e seguir este
raciocínio para as demais classes. TÓPICO 3 | SÉRIES ESTATÍSTICAS
115.
• 6º Passo: Contar as aparições. Finalizaremos a tabela com a
distribuição da frequência absoluta para cada classe. Basta contar o
número de aparições em cada intervalo, não se esquecendo que o
intervalo à direita é aberto, ou seja, os valores que apresentarem
este valor dever pertencer à próxima classe.
Exemplo: Vamos seguir estes passos para a construção de
uma tabela de distribuição de frequência de classes com os
seguintes dados.

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