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Universidade Federal do Tocantins

Campus de Palmas
Curso de Engenharia Civil e Elétrica
Disciplina : Estatística e Probabilidade

Aula - 8

UFT/2012.2 Prof. Dra. Hayda Maria Alves Guimarães


Probabilidade

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1 - Experimento aleatório

 Em quase tudo, em maior ou menor grau, vislumbramos o acaso. Assim,


da afirmação “é provável que meu time ganhe a partida de hoje” pode
resultar:

1 – que, apesar do favoritismo, ele perca;


2 – que, como pensamos, ele ganhe;
3 – que empate.

 Como vimos, o resultado final depende do acaso. Fenômeno como esse


são chamados fenômenos aleatórios ou experimentos aleatórios.

 Experimentos ou fenômenos aleatórios são aqueles que, mesmo repetidos


várias vezes sob condições semelhantes, apresentam resultados
imprevisíveis.

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 Experimento ou fenômeno legatório, podem classificar em dois tipos :
a) Determinísticos : São aqueles repetidos sob as mesmas condições iniciais
conduzem sempre a um só resultado.

a) Aleatórios : São aqueles repetidos sob mesma condições iniciais podem


conduzir a mais que um resultado

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2 – Teoria das probabilidade :
2.1 - Espaço amostral :
Ao conjunto dos resultados possíveis damos o nome de espaço amostral ou
conjunto universo, representado por S.

Exemplo:

a) O lançamento de uma moeda têm o seguinte espaço amostral:

S = {Ca, Co}

b) O lançamento de um dado têm o seguinte espaço amostral:

S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Cada um dos elementos de S que corresponde a um resultado recebe o nome de


PONTO AMOSTRAL.

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Exemplo:

Dois lançamentos sucessivos de uma moeda, podemos obter o seguinte espaço


amostral:

S = {(Ca, Ca), (Ca, Co), (Co, Ca), (Co, Co)}

Assim, 2  S  2 é um ponto amostral de S.

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2.2 - Eventos
Chamamos de evento qualquer subconjunto do espaço amostral de S de um
experimento aleatório.

Assim, qualquer que seja E, se E  S (E está contido em S), então E é um evento


de S.

• Se E = S, E é chamado de EVENTO CERTO.

• Se E  S e E é um conjunto unitário, E é chamado de EVENTO


ELEMENTAR.

• Se E = , E é chamado EVENTO IMPOSSÍVEL.

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Exemplo:
No lançamento de um dado, onde S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, temos:
A = {2, 4, 6}  S; logo, A é um evento de S.

B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}  S; logo, B é um evento certo de S (B = S).

C = {4}  S; logo, C é um evento elementar de S.

D =   S; logo, D é um evento impossível de S.

UM EVENTO É SEMPRE DEFINIDO POR UMA SENTENÇA.

Assim, os eventos deste exercício podem ser definidos pelas seguintes sentenças:

 “Obter um número par na face superior.”

 “Obter um número menor ou igual a seis na face superior.”

 “Obter o número quatro na face superior.”

 “Obter um número maior que seis na face superior.”

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5 - Probabilidade

Chamamos de probabilidade de um evento A (A  S) o número real P(A), tal que:

n A 
P  A 
n S 
onde:

n(A) é numero de elementos de A;

n(S) é número de elementos de S.

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Exemplo:

a) Considerando o lançamento de uma moeda e o evento A “obter cara”, temos:

S = {Ca, Co}  n (S) = 2


A = {Ca}  n (A) = 1

Logo:

n A  1
P  A  
n S  2

O RESULTADO NOS PERMITE AFIRMAR QUE, AO LANÇARMOS UMA


MOEDA EQUILIBRADA, TEMOS 50% DE CHANCE DE QUE APAREÇA CARA
NA FACE SUPERIOR.

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b) Considerando o lançamento de um dado, vamos calcular:
:
b.1- a probabilidade do evento A “obter um número par na face superior”.

Temos:

S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}  n (S) = 6

A = {2, 4, 6}  n (A) = 3

Logo:

n A 3 1
P  A   
n S  6 2

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b.2- a probabilidade do evento B “obter um número menor ou igual a seis na face
superior”.

Temos:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n (S) = 6

A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}  n (A) = 6

Logo:

n B  6
P B    1
n S  6

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b.3- a probabilidade do evento C “obter o número quatro na face superior”.

Temos:

S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n (S) = 6

C = { 4,}  n (C) = 1

Logo:

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b.4- a probabilidade do evento D “obter um número maior que seis na face superior”.

Temos:

S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n (S) = 6

D =   n(D) = 0

Logo:
0
P D    0
6

Pelos exemplos que acabamos de ver, podemos concluir que, sendo n(s)=n:

a) A PROBABILIDADE DE UM EVENTO CERTO É IGUAL A 1:

P(S) = 1

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a) A PROBABILIDADE DE UM EVENTO IMPOSSÍVEL É IGUAL A ZERO:

P() = 0

b) A PROBABILIDADE DE UM EVENTO E QUALQUER (E  S) É UM


NÚMERO REAL P(E), TAL QUE:

0  PE  1

c) A PROBABILIDADE DE UM EVENTO ELEMENTAR E QUALQUER É,


LEMBRANDO QUE N(E)=1:

1
P E  
n

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Probabilidade - Eventos

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Eventos Complementares
Sabemos que um evento pode ocorrer ou não.
Sendo p a probabilidade de que ele ocorra (sucesso) e q a probabilidade de que ele
não ocorra (insucesso), para um mesmo evento existe sempre a relação:

p+q=1q=1–p
Exemplo:

A probabilidade de se tirar um 4 no lançamento de um dado é dada por:

n  A 1 1
P  A    p
n S  6 6
Logo, a probabilidade de não se tirar um 4 no lançamento de um dado é:

1 5
q 1 
6 6

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Eventos Independentes

 Dizemos que dois eventos são independentes quando a realização ou a não


realização de um dos eventos não afeta a probabilidade da realização do outro e
vice-versa.

 Se dois eventos são independentes, a probabilidade de que eles se realizem


simultaneamente é igual ao produto das probabilidades de realização dos dois
eventos e, é dada por:

p = p 1 . p2
Exemplo:
Lançamos dois dados. A probabilidade de obtermos 1 no primeiro dado é: 1
p1 
1 6
A probabilidade de obtermos 5 no segundo dado é: p 2 
6
Logo, a probabilidade de obtermos, simultaneamente, 1 no primeiro e 5 no segundo
é: 1 1 1
p  p1 x p2  x  p
6 6 36

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, Eventos Mutuamente Exclusivos
Dizemos que dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a realização
de um exclui a realização do(s) outro(s).

Se dois eventos são mutuamente exclusivos, a probabilidade de que um ou outro se


realize é igual à soma das probabilidades de que cada um deles se realize:

p  p1  p2
Exemplo 01:

Lançamos um dado. A probabilidade de se tirar o 3 ou o 5 é:


1 1 1 1 2 1
p1  p2  , logo, p  p1  p2    p 
6 6 6 6 6 3
pois, como vimos, os dois eventos são mutuamente exclusivos.

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Exemplo 02:

Qual a probabilidade de sair uma figura quando retiramos uma carta de um baralho
de 52 cartas?

Temos:

n  A  12
n  A 12 3
 p  A   
n S  52 13
n S   52

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Exemplo 03:

Qual a probabilidade de sair uma carta de copas ou de ouros quando retiramos


uma carta de um baralho de 52 cartas?

Temos:
13 1 13 1
pC   , pO  
52 4 52 4

Como os eventos são mutuamente exclusivos, vem:

1 1 2 1
pTOTAL  pC  pO    
4 4 4 2

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Regras de probabilidade
 P(A ou B),
-Para eventos não mutuamente excludentes:
P(A ou B ou ambos) = P(A) + P(B) – P(A e B)
-Para eventos mutuamente excludentes:
P(A ou B) = P(A) + P(B)
 P(A e B),
-Para eventos independentes:
P(A e B) = P(A) . P(B)
-Para eventos dependentes
P(A e B) = P(B).P(A/B) ou P(A).P(B/A)
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3 - Bibliografia :
AZEVEDO, A. G. de. Estatística básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico e
Científico, 1984.

DOWNING, D.; CLARK, J. Estatística aplicada. São Paulo: Saraiva 2000.

CRESPO, A. Estatística fácil. São Paulo: saraiva, 2001.

MARTINS, G. Estatística geral e aplicada. São Paulo: atlas, 2005.

SILVA, H. et al. Estatística para os cursos de economia, administração e


contábeis. 3. Ed. São Paulo: atlas, 1999.

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