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O Tribunal de Cristo

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o
mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5.10).

Os destinatários da Segunda Carta aos Coríntios eram filhos de Deus, pessoas renascidas que um dia estarão com o Senhor.
Apesar disso, 2 Coríntios fala de um tribunal e de um julgamento que ainda virá. Está escrito que “todos nós” compareceremos
diante do tribunal de Cristo. O apóstolo Paulo inclui a si mesmo ao usar o plural, nós. À primeira vista, essa passagem parece
estar em contradição com João 5.24, que diz: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que
me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”. Mas essas passagens serão contraditórias
apenas se não levarmos em consideração que haverá diversos julgamentos futuros. Em sua carta aos coríntios, Paulo está
mencionando um julgamento bem diferente daquele a que Jesus se refere no Evangelho de João. Nós cristãos também teremos
de prestar contas diante de um tribunal. Mas neste estará em julgamento apenas nosso galardão e não a sentença por nossos
pecados. Nossa culpa foi expiada pelo sangue do Senhor Jesus, que Ele derramou na cruz do Calvário, onde pagou por toda a
nossa culpa de uma vez por todas! “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados...
Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades para sempre” (Hb 10.14,17). Em Colossenses
2.13-15, a Bíblia fala que o Senhor rasgou o escrito de dívida que era contra nós e que Ele triunfou sobre o pecado e a morte.
Existem passagens que dizem que somos participantes dessa vitória de Cristo, por exemplo 2 Coríntios 2.14: “Graças, porém, a
Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo...” Que triunfo seria esse se um cristão acabasse perdendo sua salvação
outra vez? Que vitória seria essa se o Deus Todo-Poderoso, que não poupou Seu próprio Filho, permitisse que Satanás lhe
arrancasse novamente Seus filhos salvos e eleitos? Isso não seria triunfo! Mas nós somos vencedores por meio dEle, já e desde
agora: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.57).

Nossa culpa foi expiada definitivamente e nosso pecado está esquecido. O escrito de dívida foi rasgado, não apenas colocado de
lado para uma cobrança futura. Isso é perdão pleno e completo! Não há mais nada que acuse os filhos de Deus. É por essa razão
que não entraremos mais em juízo. “Quem nele crê não é julgado...” (Jo 3.18).

O Tribunal de Cristo julga o quê?

Como podemos imaginar o Tribunal de Cristo? Obviamente qualquer tentativa de comparação é deficiente, mas eu gostaria de
traçar alguns paralelos com a premiação do Oscar. Todos os convidados não vêm ao evento para serem insultados ou
zombados; são personalidades escolhidas e privilegiadas participando dessa grande festa. Muitos deles são homenageados,
recebem um Oscar, um buquê de flores, um beijinho no rosto ou alguma outra distinção. Mas nem todos recebem o prêmio
máximo, que é a estatueta do Oscar. Obviamente haverá os frustrados por terem sido preteridos enquanto outros recebem as
honrarias. Mas apesar das decepções, todo mundo fica feliz por estar ali, participando. É algo bonito, mesmo que os níveis de
alegria e satisfação não sejam iguais para todos.

Segunda Coríntios 5.10 diz: “importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba
segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”. Portanto, nossas obras estarão em julgamento, ou seja, o que
fizemos ou deixamos de fazer com os dons e talentos que nos foram confiados – depois de salvos. Que fruto produzimos, que
semente plantamos? Essas coisas serão reveladas no Tribunal de Cristo e condicionarão o que receberemos como recompensa.
Um cristão deve produzir fruto e não contentar-se apenas com sua própria salvação. Deve servir com boas obras para alegrar
seu Senhor. Essa é nossa tarefa: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão
preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).

Mas, o que são boas obras?

São aqueles atos e palavras que contribuem para a glorificação do nome de Deus: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16). Entendemos bem? Cada
palavra e cada ato que contribui para que o nome do Senhor seja glorificado é uma boa obra.

O malfeitor na cruz não tinha nenhuma oportunidade de fazer o bem, apenas sua confissão: “Nós, na verdade, com
justiça, ...recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez” (Lc 23.41). Essa foi uma boa obra, porque
glorificou o nome de Jesus. Por exemplo, se eu prego a Palavra e depois do culto a igreja fica falando que eu sou o máximo
como pregador, então minha mensagem certamente não foi uma boa obra, já que evidentemente desviei a atenção dos
ouvintes do que é essencial, que é o Senhor, e a dirigi à minha própria pessoa. Mas se os ouvintes chegam à conclusão: “Como é
grande o nosso Deus! Que salvador maravilhoso nós temos! Louvado seja o nome do Senhor!”, então essa minha mensagem foi
uma boa obra. Ela honrou o Senhor e contribuiu para Sua glória.

Qual seu alvo ao fazer boas obras?


Pergunto: No que você faz ou deixa de fazer, sua motivação é agradar aos outros, agradar a si mesmo ou agradar ao Senhor e
exaltar o Seu maravilhoso Nome? Cada um de nós tem a responsabilidade de usar para a glorificação de nosso grande e Todo-
Poderoso Deus todos os dons que recebeu. O que realmente importa não é o quanto alguém faz mas a motivação de seu
coração e a consagração e fidelidade em tudo o que realiza.

“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Co 4.2). Deus não espera de nós
atos grandiosos e heróicos. Ele espera nossa fidelidade genuína – nada mais e nada menos. Uma coisa é bem certa: o Senhor
conhece nosso coração. Não conseguimos enganá-lO de forma alguma. Como é fácil ficar dizendo: “Tudo para o Senhor! Tudo
para a glória de Deus!”, enquanto nosso coração fala uma linguagem bem diferente!

No Tribunal de Cristo

Não será nossa arte dramática e nossa capacidade de representar e fingir que estará sendo avaliada quando estivermos diante
do Tribunal de Cristo, mas a verdadeira disposição de nosso coração. Tudo o que um cristão possui na vida é dom de Deus. E
quanto mais recebemos, mais teremos de prestar contas quando estivermos diante de Cristo. O parâmetro não é termos tido
muitos admiradores para nossos dons ou sua apreciação e seu louvor para o que fizemos em vida, mas se fizemos o uso correto
e adequado, de coração sincero, de tudo aquilo que o Senhor nos concedeu.

Entre os cristãos existem muitas capacidades enterradas porque ficamos preguiçosos demais e perdemos a coragem de servir.

Você tem o dom de falar? Então não fique falando superficialidades, mas proclame o Senhor ressuscitado! Você tem o dom de
escrever? Então não escreva extensos tratados de filosofia – que tão pouco proveito trazem, mas escreva de seu Senhor! Você
tem o dom de contribuir? Então não jogue fora seu dinheiro em caça-níqueis ou jogos de azar mas use-o para Deus! Você tem o
dom de servir? Então não sirva organizações seculares – “deixe os mortos sepultar seus mortos” –, sirva ao Senhor. Você tem
mãos habilidosas? Então não construa uma casa sobre a areia mas na rocha, que é Jesus! Não há igreja ou obra missionária que
não seja grata por ajuda, seja da forma que for. Entre os cristãos existem muitas capacidades enterradas porque ficamos
preguiçosos demais e perdemos a coragem de servir. Muitos cristãos vivem sonolentos, desperdiçando seus dons, sem usar
tudo aquilo que receberam do Senhor e que poderia contribuir tanto para a honra dEle. Assim, muitas igrejas vivem no
marasmo. Vamos imaginar cada filho de Deus usando plenamente todos os seus dons e talentos na obra do Senhor. Que força
concentrada isso representaria na terra! Ao invés disso, muitas igrejas ficam atacando as outras. Vemos apenas as coisas que
nos separam e gastamos muito tempo em batalhas na trincheira, enquanto o inimigo está lá fora. Sempre deveríamos colocar o
Senhor Jesus no centro de nossos esforços conjugados. Aí nossa luta não será em vão.

Obras com fundamento

Em 1 Coríntios 3.11-15 está escrito: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus
Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se
tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o
próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de
alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”.

devemos ter em mente que poderá ser vergonhoso quando for revelado como desonramos o Senhor enquanto vivemos.

O fundamento dos crentes é Jesus Cristo. Esse fundamento está assentado sobre a graça de Deus. É um presente. Vamos fazer a
comparação com uma casa. O fundamento está posto e é o mesmo para todos os cristãos. Mas agora cada um dos cristãos
começa a edificar individualmente a sua casinha sobre esse fundamento. O que edificamos são as nossas boas obras. Aí nos
perguntamos, curiosos: será que a casa vai agüentar as provações? Tormentas, enxurradas e até o fogo? Aqueles cuja obra
permanecer são os que edificaram sobre o fundamento de Cristo e receberão recompensa no Tribunal de Cristo: “Se
permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão” (2 Co 3.14; veja 2 Tm 4.8). Porém,
aquele cuja obra queimar, sofrerá dano (v.15). Mas o fundamento permanecerá intacto. Ou seja, a salvação, que se firma sobre
o fundamento e é sua base, não será perdida pelo cristão: “...mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”
(v.15). Lembremos da comparação com a premiação do Oscar. O convite foi feito, irrevogavelmente. Estamos lá na festa, talvez
nominados para algum prêmio, mas não recebemos nenhum. Porém, isso não fará com que nos expulsem do recinto.
Naturalmente, precisamos ter cuidado com esse tipo de analogia, para não pensarmos de forma demasiadamente humana. Em
relação a todas essas coisas que se referem ao futuro, precisamos ter em mente que tocamos uma área que supera em muito
nossa capacidade de imaginação e desafia por completo toda a nossa lógica. Alguém poderia argumentar: “Tudo bem, estar lá já
será ótimo. Por que almejar um Oscar? Participar ainda é melhor do que não ter sido convidado. O que importa é estar salvo!”
Outro poderá ficar pensando: “Como deve ser terrível o Tribunal de Cristo, quando eu perceber que grande recompensa eu
poderia estar recebendo e que me coube tão pouco!” Não sei como será realmente quando estivermos diante do Tribunal de
Cristo, mas deveríamos ficar bem conscientes de que ali não será um lugar de juízo e castigo, mas de recompensa e premiação.
Por outro lado, devemos ter em mente que poderá ser vergonhoso quando for revelado como desonramos o Senhor enquanto
vivemos: “Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos
afastemos envergonhados” (1 Jo 2.28). Alguém disse: “Quem exagera o aspecto triste do Tribunal de Cristo faz do céu o inferno.
Quem negligencia o aspecto triste do Tribunal menospreza o valor da fidelidade”.

Como podemos receber galardão no Tribunal de Cristo?

Os apóstolos já se ocupavam com a questão: quem seria o maior e quem se assentaria à direita ou à esquerda do Senhor? (Mt
20.20ss.; Mc 9.33ss.). O homem é e continuará sendo egoísta e egocêntrico. Isso não é perceptível apenas nos discípulos
daquela época, mas em todos, inclusive em nós. Seria tão bom se de fato levássemos a sério o que dizemos e cantamos com
tanta facilidade. “Tudo, ó Cristo, a Ti entrego!” é mais uma frase piedosa do que um desejo sincero que vem do nosso coração.
Em geral nossa preocupação primordial não é a glória de Deus, mas nosso próprio reconhecimento, nossa glória, honra e louvor.
Tantas vezes nosso temor aos homens é tão maior que nosso temor a Deus!

Por que você quer mesmo ir para o céu? Há aqueles que desejam ir ao céu para não acabarem no inferno. Outros querem ir
para o céu para reencontrar seu marido ou sua esposa que já faleceram. E existem aqueles que pretendem chegar ao céu para
apanhar seu “Oscar”. Cada uma dessas três motivações é altamente egoísta. Será que alguém teria a gloriosa idéia de dizer: “Eu
quero chegar ao céu para servir ao meu grande Deus e Salvador. Quero chegar ao céu para dizer ‘Muito obrigado!’ a Jesus”. A
maior recompensa para nós é sermos salvos, termos a vida eterna e podermos ver Deus face a face. Tudo isso já está prometido
a nós quando cremos no Filho de Deus ressurreto – é nosso e ninguém poderá tomá-lo de nós. Estaremos na premiação do
“Oscar” e nosso “cartão de entrada” é o sangue derramado de Jesus! Mas as recompensas, que serão entregues diante do
Tribunal de Cristo, são simbolizadas na Bíblia por meio de coroas (Tg 1.12; 1 Pe 5.4; Ap 3.11).

A coroa incorruptível

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o
alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém a incorruptível. Assim corro
também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão,
para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Co 9.24-27).

Como em uma luta na arena, nós também deveríamos empreender todos os esforços pela causa do Senhor. Não para receber
alguma recompensa humana ou para nossa própria vanglória. Essa seria uma recompensa corruptível. Nossa luta espiritual é
por uma coroa de vitória que não estraga nem se deteriora. Para isso vale a pena se preparar bem, exercitar-se de verdade e,
bem motivados, empenhar-nos por uma coroa incorruptível, lançando mão de todos os nossos dons para servir o Senhor e
cumprir nossa missão. Enquanto estivermos aqui na terra devemos estar dispostos a servir. E essa prontidão não ficará sem
recompensa. Como já disse o Senhor Jesus a seus discípulos: “quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva”
(Mc 10.43).

O exemplo do lutador

Um lutador, para voltar ao exemplo usado por Paulo, não irá se embriagar ou exagerar na comida pouco antes da luta. Ele se
absterá do que lhe faz mal e priorizará uma alimentação saudável. Por que não fazemos igual? Abstinência. De quê? Das coisas
sem valor, que só pesam e atrapalham – é ficar longe do pecado, que impede uma vida de santificação. No lugar delas, vamos
nos alimentar de comida boa, espiritualmente saudável. O que é alimento espiritual para nós, cristãos? Não são barrinhas de
cereal ou energéticos açucarados, mas a Palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus Cristo. Paulo estava convicto de que era
imprescindível abrir mão de todas as coisas mundanas para conseguir uma coroa de vitória não-perecível, para receber pleno
galardão e para, um dia, estar diante do Senhor servindo-O em posição privilegiada, “para que, tendo pregado a outros, não
venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Co 9.27).

A certeza da salvação não está em questão

Paulo não tinha qualquer dúvida acerca de sua salvação. Ele tinha a mais plena certeza – uma certeza que qualquer cristão pode
ter. Ele não tinha receio acerca da garantia de sua salvação, mas estava cônscio do fato de que se pode perder o galardão.
Assim, todas as exortações dentro desse assunto não são no sentido de cuidarmos para não perdermos a salvação, mas de
estarmos atentos e empenhados em não perder a recompensa: “Ninguém se faça árbitro contra vós...” (Cl 2.18). A Bíblia de
Estudo MacArthur diz: “Paulo adverte aos colossenses a não permitir que os falsos mestres os enganassem a respeito das
bênçãos passageiras ou do galardão eterno...”. E o prêmio pela luta não tem relação com a salvação, e sim com as coroas, com a
recompensa que receberemos no Tribunal de Cristo. “Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com
esforço, mas para receberdes completo galardão” (2 Jo 8). Portanto, é possível perder parte dele, e nessa perda, mais uma vez,
não é a salvação que está em discussão. É a recompensa na eternidade. “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua
coroa” (Ap 3.11).

Paulo também teve lutas como cada um de nós, mas podia dizer: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que,
tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Co 9.27). Como Paulo conseguia isso? Pelo poder do
Espírito Santo. Ele se mantinha sempre ligado ao Senhor em oração, servindo-O com alegria. Dessa forma ele conseguia
dominar seu corpo, impedindo que a carne assumisse o controle. Quanto mais você ora, quanto mais serve, quanto mais estuda
as Escrituras – deixando o Senhor falar com você – menos tempo terá para ocupações inúteis ou pensamentos imorais. O
Espírito Santo deseja transformar você. Quer transformá-lo na imagem do Senhor Jesus. A questão é: você dá lugar e reserva
tempo para o Espírito Santo fazer Sua obra? A salvação é de presente. Não podemos dar nada ao Senhor em troca, pois jamais
poderíamos pagar por ela (Hb 10.18). A única coisa que devemos ao Salvador, a única coisa que podemos trazer a Ele é uma vida
de consagração e de absoluta fidelidade, oferecendo nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1-2).
Essa consagração, essa entrega de si mesmo, certamente não ficará sem retribuição.

Qual será a recompensa no Tribunal de Cristo?

“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a
recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça
feita; e nisto não há acepção de pessoas” (Cl 3.23-25). Tudo para o Senhor! Quanto antes você começar a perseguir esse alvo,
maior será sua herança!

Ainda que não saibamos exatamente como será a vida na presença de Deus, creio poder dizer que pelo menos uma das
atividades será louvar e servir ao Senhor. “Quero ir para o céu para louvar e servir ao meu grande Deus e Salvador...” Sim, eu
creio que esse é o rumo. Nossa recompensa poderia consistir em serviço a Deus. Mas será que iremos mesmo servir a Deus na
eternidade? “Servir no céu? Então prefiro tocar harpa!”, dirão alguns. Calma, irmão! Vejamos Apocalipse 22.3: “Nunca mais
haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro.  Os seus servos o servirão”.

Quem são esses “servos de Deus e do Cordeiro” que O servirão?

São os salvos, que um dia estarão com o Senhor! Sendo assim, a maior alegria será de fato servir o Salvador. Esse serviço na
eternidade não será serviço de escravo ou trabalho de servo no sentido comum. Nós serviremos a Ele. De fato, somos
chamados de servos, assim como somos chamados de sacerdotes e reis, irmãos e amigos de Jesus, bem como de filhos de Deus
e herdeiros Seus. Por exemplo, em Apocalipse 21.7 está escrito: “O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me
será filho”. A Bíblia diz ainda que iremos reinar com Ele, pois conforme Apocalipse 22.5 os servos de Deus “reinarão pelos
séculos dos séculos”. Esse reinado em conjunto com Cristo também é um serviço. Não reinaremos para nós mesmos mas para o
Senhor e com o Senhor.

Atentemos: Apocalipse 22.4 fala que veremos Sua face e que Seu nome estará em nossa fronte. Seu nome, Seu santo nome
estará em nossa fronte. Isso demonstra que somos propriedade dEle e que nada mais poderá nos separar do amor e da
presença de Deus e do Cordeiro. Para todo o sempre somos Seus! Que privilégio poder servir na imediata presença do Deus
santo e todo-poderoso Criador! Será no lugar que Apocalipse 21 descreve assim: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens.
Deus habitará com eles... Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não
haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram”. Usufruir do agrado do Deus santo e todo-poderoso,
fazer parte do Seu círculo mais íntimo, ficar sempre perto do Salvador – isso tudo não é uma recompensa altamente desejável?
Podemos dizer com convicção que este será um trabalho privilegiado, que Paulo almejava e que será motivo de alegria
transbordante para cada um de nós. Será um servir cheio de satisfação, sem preocupações e sem privações – um serviço
celestial no sentido literal da palavra. Mesmo não conseguindo compreender plenamente essa realidade com nosso raciocínio
limitado, não haverá nada mais belo, e jamais teremos experimentado algo mais sublime do que estar na imediata presença de
Deus, servindo e adorando a Ele. Com palavras nunca conseguiremos exprimir nem descrever vagamente tudo aquilo que um
dia experimentaremos e viveremos na presença de Deus. Não podemos nem imaginar o que realmente significará reinar com
Ele, ser filhos e herdeiros Seus e estar servindo a Ele para todo o sempre.

Um poderoso estímulo

O fato de que cada cristão estará diante de Deus no Tribunal de Cristo, prestando contas a Ele, deveria nos estimular a sermos
fiéis e a direcionar as prioridades da nossa vida de acordo com a avaliação que nossos atos terão diante da eternidade. Não
terão importância as belas palavras e os elogios proferidos junto à nossa sepultura. Importante será o que o Senhor nos dirá na
hora do julgamento diante do Tribunal de Cristo, quando nosso Salvador pesará e avaliará nossas obras. Uma coisa é bem certa:
nesse julgamento a alegria será preponderante, já que teremos parte na vida eterna e estaremos vendo o Senhor face a face,
adentrando a indescritível glória eterna.

diante da eternidade, Não terão importância as belas palavras e os elogios proferidos junto à nossa sepultura.

Tudo isso será motivo de alegria, júbilo e adoração: “Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se
manifestar, tenhamos confiança...” (1 Jo 2.28). Diante de toda essa alegria indizível que espera por nós, enquanto andarmos
aqui na terra animemos e incentivemos uns aos outros a servir ao Senhor de todo o coração e a sermos administradores fiéis,
para que “dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”. Louvado seja o Senhor por Seu amor e pela fidelidade que tem
demonstrado para conosco. Queremos ser fiéis por amor Àquele que nos amou primeiro e que entregou tudo, mas tudo mesmo
– por nós, por mim e por você! (1 Jo 4.9-11,14-16,19). (Thomas Lieth — Chamada.com.br)
I – O tribunal de Cristo:

Após o arrebatamento da Igreja, cada crente haverá de  comparecer perante o tribunal de Cristo. II Co 5.10 diz:
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de cristo, para que cada um receba segundo o que tiver
feito por meio do corpo, ou bem ou mal”. Paulo se utilizou do vocábulo “bem” que significa “lugar
elevado”,”plataforma” isto nos dá uma idéia de como será estemomento.

II – Como será o  tribunal de Cristo:

1 – Não é o Grande trono branco de Ap 20:11-15;

2 – Não será para julgar pecados, pois somente crentes cujos pecados já foram julgados na cruz, estarão diante
desse tribunal. Os textos de I Cor cap 3 e II Cor cap 5 reforçam essa idéia, uma vez que Paulo quando escrevia
essas palavras, as escrevia aos crentes de uma igreja em corinto. É certo que eles eram carnais, facciosos,
vaidosos, mas diz Paulo “eram crentes”.

3 – Não será para condenar, “Porque NENHUMA condenação há para os que estão em Cristo Jesus” Rm 8.1.

4 – Cada Crente terá as suas obras julgada. II Co 5.10,  ( I Co 3:12-15), sofrimentos ( Mt 5:11-12), trabalhos
para Deus ( I Co 15:58), tratamentos para com os irmãos (Rm 14:10), a fidelidade (Ap 2:10). O nosso caminhar
é acompanhado por Deus (Sl 139.1-3).

III – Galardão:

O galardão será uma recompensa, reconhecimento pelo trabalho executado enquanto na esfera terrestre. II Co
5.10.

Obs.: A salvação não é pelas obras, o cristão pratica boas obras, não para ser salvo e sim porque é salvo. A
salvação é pela fé. Ef 2:8-9. Não depende de nós e sim da graça de Deus.

GRAÇA = Deus nos dando o que não merecemos.

MISERICORDIA = Deus nos livrando daquilo que merecemos.

 V – Como se dará o  julgamento do tribunal de Cristo:

I  Co 3:11-15, o apostolo Paulo utiliza uma figura de linguagem para mostrar como será esse julgamento. Aqui
vemos  o Apóstolo no uso de figuras de linguagem mostrando domo será  o resultado do que a Igreja está
fazendo aqui na terra.

Obs: três materiais, estão representados como sendo aprovados por Deus, e três como reprovados.

Que tipo de material estamos usando no nosso serviço para Deus?

Aprovados:

 Ouro: ICo 3.12. Representa a “glória de Deus”.Êx 37.7; 40.34-38;Hb9.5. O Ouro realmente é tudo o
que exclusivamente glorifica a Deus, que tudo seja feito para a sua glória.
 Prata: I Co 3.12. Representa “resgate” no V.T. Êx 26.19. Podemos entender o empenho por resgatar
vidas do pecado, salvação para os que perecem.
 Pedras Preciosas: Êx 28.17-20. O sumo sacerdote fazia uso de um peitoral com pedras preciosas,
também o ***urim e tumim (verdades,perfeições)***
Podemos entender que as pedras preciosas, estão relacionadas a “direção do Espírito Santo” e a “Doutrina
Bíblica” I Tm 4.16. ou seja, obras feitas em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Jo 15.4-16.

Reprovados:

 Madeira: Representa um material de pouca duração, em relação ao ouro a prata e pedras preciosas


e ao valor delas. Mt 3.10. A madeira é uma figura daquilo que é feito com interesses humanos, de 
natureza humana, que glorifica a si mesmo. Lc 6.34-36.
 Feno: I Co 3.12 O feno é erva seca, comida de animais. Dn 4.23. Representa o resultado do trabalho
na carne, com mundanismo e vaidade humana. I Co 2.14, 3:1.
 Palha: I Co 3.12. A palha, é sem valor, casca vazia do grão, Sl 1.4. A palha representa a falta de
estabilidade espiritual. I Rs 18.20.
Diz o texto sagrado que o nosso feito para Deus, um dia perante o tribunal de Cristo, será provado pelo fogo da
Santidade de Deus e dependendo do material que usamos ao longo de nossa trajetória aqui no mundo, se
queimará ou manifesta será.

Coroas:

1 – coroa da vida. Tg 1.12, Ap 2.10; Para aqueles que  passam por tribulações e provas, e mesmo assim,
amam ao Senhor

2 – coroa da justiça. II Tm 4.8; Guardam a fé e amam a vinda do Sr. Jesus.

3 – coroa da glória. I Pe 5.3-4; Aos lideres que no pastoreio do rebanho, o fazem expontaneamente, com
dedicação sacrifícial, humildade e dedicação.

4 – coroa incorruptível. I Co 9.25. Para aqueles que vencerem na carreira cristã, que conseguirem andar no
Espírito, dominando a carne e de acordo com a Palavra de Deus.

5 – coroa de exultação,  Fip 4: 1-3 Reservada para os ganhadores de almas e que edificaram em Cristo Jesus.

Essas coroas, também chamado, galardões ou recompensas, podem até ser mais do que as que aqui foram
relatadas, e estão reservadas para aqueles cujas obras, diante do tribunal de Cristo, resistirão ao fogo da
santidade de Deus e servirão; não para adornar nossas cabeças, mas para depositá-las aos pés de Cristo.

O TRONO BRANCO/ O JUÍZO FINAL

 A Bíblia fala deste terrível e tremendo dia, o dia do juízo final, ou trono branco. Este juízo do trono branco foi
avistado por João na Ilha de Patmos. Ap 20.11-15. Este trono branco é a grande representação do poder infinito
de Deus, é a representação temível da justiça implacável de Deus revelada á humanidade que em vida
rejeitaram a salvação e o perdão de Deus, e não haverá lugar ali para os que em vida creram em Jesus. Até
mesmo aqueles cujas obras se queimaram perante o tribunal de Cristo, não terão lugar diante do trono branco,
porque “..,serão salvos todavia como que através do fogo”.

Como se dará:

 Este julgamento já foi determinado pelo Senhor. At 17.31; ”Porquanto estabeleceu um dia em que
há de julgar o mundo…”
 Jesus Cristo será o grande juiz. At 17.31; “…por meio de um varão que destinou e acreditou diante
todos, ressuscitando-o dentre os mortos”.
 Será individual. Ap 20.13;”…e foram julgados um por um…”
 Será para os ímpios e pecadores. Ap 20:15; “ e os que não forem achados inscritos no livro da
vida…”
Os livros que estarão no julgamento:

1 – Bíblia. Jo 12.47-48;

2 – Das Obras. Ap 20.12, Dn 7.10. Estes textos nos dão a entender que cada ser humano tem o seu livro de
obras, cada um será julgado segundo as suas obras, neste caso, más obras.

3 – Da Vida. Ap 20.12,15. Pelo rol do livro da vida, não constarão neste livro, por isso Jesus disse aos seus
discípulos que se alegrassem por terem os nomes deles escritos no livro da vida. Lc 20.10.

Neste grande e temível dia, não haverá salvação, mas sim condenação, e o resultado desta condenação será
justamente o lançamento destes réus no lago de fogo e enxofre descrito em Ap 20.15. Estejamos pois
preparados podendo dizer “Maranata, ora vem Senhor Jesus”.

 
Os Critérios do Juízo Divino
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.  Já agora a coroa da justiça
me está guardada, a qual o Senhor, RETO JUIZ, me dará naquele Dia; e não somente a
mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda”  (II  Timóteo 4.7-8)

A palavra de Deus é clara, precisa e insistente em afirmar que Deus é um reto juiz. Essa verdade
é ensinada desde o Antigo Testamento pelos profetas até o Novo Testamento, por diferentes
pessoas e em tempos distintos.

“Ele é o Senhor, nosso Deus; os seus juízos permeiam toda a terra “-  (Salmos 105:7)

“Mas, ó Senhor dos Exércitos, justo Juiz, que provas o mais íntimo do coração, veja eu a
tua vingança sobre eles; pois a ti revelei a minha causa” – (Jeremias 11:20.)

Outro texto que revela um julgamento divino é encontrado no livro aos Hebreus observe:

“Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a
incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia.  E igreja dos primogênitos
arrolados nos céus, E A DEUS, O JUIZ DE TODOS, e aos espíritos dos justos
aperfeiçoados”,   (Hebreus 12.22-23)

O apostolo Paulo sabia e ministrava essa verdade, pois até mesmo quando dava testemunho do
evangelho, isto é, quando ele pregava sobre a Salvação de Cristo, o apostolo não deixou de
ensinar sobre um juízo vindouro, pois essa importante verdade da Palavra fazia parte da sua
mensagem, vejamos:

Ora, não levou DEUS em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos
homens que todos, em toda parte, se arrependam;  Porquanto estabeleceu um dia em
que há de JULGAR o mundo com JUSTIÇA, por meio de um varão que destinou e
acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.  (Atos 17.30-31)

 Sabemos que todos os homens serão julgados, sabemos também que haverá julgamentos
distintos pois a Bíblia fala que a Igreja irá comparece no Tribunal de Cristo, já o mundo no Trono
Branco. Assim como na terra existem tribunais ou juízos diferentes assim também em relação a
coisas de Deus.
Quando formos ao Tribunal de Cristo, iremos para receber galardões, pois Jesus JÁ GARANTIU
nossa salvação.

Glória a Deus, Cristo cancelou nossos pecados na cruz, Ele garantiu nossa salvação, agora com
nossa vida consagrada a Deus garantimos o nosso galardão por andarmos em obediência a Sua
Palavra.

O Cristão comparecerá no Tribunal de Cristo

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que
cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”. II  Coríntios
5.10

 O Tribunal de Cristo é de fato o julgamento do serviço cristão.

Já o mundo é bem diferente, pois rejeitaram o DOM SUPREMO DE DEUS que é o Sacrifício de
Cristo.A Palavra mostra o triste fim daqueles que rejeitaram a Salvação disponibilizada por Deus.

O Mundo Comparecerá no Trono Branco

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a
terra e o céu, e não se achou lugar para eles.  Vi também os mortos, os grandes e os
pequenos, postos em pé diante do trono.  Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o
Livro da Vida, foi aberto.  E os mortos foram julgados, segundo as suas obras,
CONFORME O QUE SE ACHAVA ESCRITO NOS LIVROS.  Deu o mar os mortos que nele
estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um
por um, segundo as suas obras.  Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro
do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.  E, se alguém não foi achado
inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”.  (Apocalipse
20.11-15)

Nesse texto percebemos que serão abertos livros – E os mortos foram julgados, segundo as
suas obras, CONFORME O QUE SE ACHAVA ESCRITO NOS LIVROS.

Os mortos foram julgados conforme estava registrado nesses livros, então percebemos que há um
registro divino das obras humanas. Naturalmente falando, hoje a tecnologia nos proporciona
recursos para armazenar de dados sobre a vida de uma pessoa desde o nascimento até a
morte,através de áudio, vídeo e texto.

Então existe um arquivo divino das atividades humanas e por isso haverá um julgamento justo,
pois será baseado em fatos, não em suposições.
Agora quando alguém recebe o DOM supremo de Deus, isto é: Jesus como Senhor e
Salvados, Deus pelo Seu Poder cancela essa “divida” e agora ela passou da Morte para
Vida. Aleluia!

Quatro Princípios Bíblicos

Para entendermos como se processará o juízo Divino devemos ter em mente quatro princípios da
Palavra pelos quais de forma geral seremos julgados.

No capítulo dois de Romanos o apostolo Paulo ensina esses quatro princípios fundamentais que
são:

 Segundo a verdade.
 Segundo as obras.
 Sem acepção de pessoas.
 De acordo com a Revelação que se tem sobre Deus.

 SEGUNDO A VERDADE

“Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no
que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que
condenas.  Bem sabemos que O JUÍZO DE DEUS É SEGUNDO A VERDADE contra os que
praticam tais coisas.  Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as
mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus?  Ou desprezas a riqueza da sua
bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te
conduz ao arrependimento?”  (Romanos 2.1-4)

Paulo está reprovando a atitude das pessoas em querer julgar os outros com um nível elevado e a
si mesmas com um nível inferior. Em Deus não acontecerá dessa forma, pois o critério usado por
Deus será o mesmo em todos os Juízos. Paulo disse: Bem sabemos que O JUÍZO DE DEUS É
SEGUNDO A VERDADE contra os que praticam tais coisas.

Quando o apostolo falou que“o juízo de Deus é segundo a verdade”ele está mostrando o
critério imutável do juízo de Deus que é a Palavra. Jesus disse:

“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”  –  João 17.17.

Esse é o primeiro critério do juízo Divino, nada mais, nada menos que a própria Palavra de Deus.
Esse padrão não varia, será sempre o mesmo –  segundo a verdade.

 SEM ACEPÇÃO DE PESSOAS


 “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as
obras de cada um, portai- vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação,”  (1
Pedro 1.17)

 Esse é segundo critério do julgamento de Deus, “sem acepção de pessoas”.

Vivemos em um mundo corrompido pelo pecado, manchado pela maldade, de fato na terra existe
uma inversão de valores onde as pessoas aplaudem o que Deus reprova e reprovam o que agrada
a Deus.

E nesse mundo que vivemos é comum encontramos esse comportamento – “acepção de pessoas”.

Hoje em dia, poder aquisitivo, classe social, cor, raça, aparência física e nível cultural, tudo isso
tem exercido forte pressão em nossa sociedade.

Sem acepção de pessoas– Esta expressão implica que Deus não é influenciado,afetado  no Seu
julgamento pelas características externas de uma pessoa, nada pode desviar, embaçar, intimidar
o Justo Juízo de Deus.

E Deus também adverte a todos os homens que exercem juízo nas coisas humanas, que
também não façam acepção de pessoas.

 SEGUNDO AS OBRAS

Que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento:

A vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade;

Mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.

Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e
também ao grego;

Glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao
grego.

Porque para com Deus não há acepção de pessoas.

Romanos 2.6-11

Obra é todo e qualquer comportamento humano inclusive palavras. Claro que quando falamos
obras não excluímos pensamentos e intenções que também serão julgados, pois Paulo disse:
No dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de
conformidade com o meu evangelho.  Romanos 2.16

As obras são de fato a parte externa daquilo que nos motiva, impulsiona a fazer algo.

 DE ACORDO COM A REVELAÇÃO QUE SE TEM SOBRE DEUS.

“Passou, então, Jesus a increpar as cidades nas quais ele operara numerosos milagres,
pelo fato de não se terem arrependido:  Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se
em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito
que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza.  E, contudo, vos digo: no Dia
do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras.  Tu, Cafarnaum,
elevar- te- ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma
se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia
de hoje.  Digo- vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de
Sodoma do que para contigo”.  Mateus 11.20-24

 Outra versão diz: Então Jesus começou a acusar as cidades onde tinha feito muitos milagres
–  Mateus 11.20 NTLH.

Nesse contexto percebemos que o Senhor falou abertamente reprovando a dureza de coração das
pessoas e as consequências que viriam sobre elas por tal dureza.

O Senhor ainda disse: Digo- vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo  para com
a terra de Sodoma do que para contigo.

Percebemos muitos fatos importantes nas Palavras do Senhor que são: Maior rigor ou menor
rigor. Quanto maior a manifestação de Deus, maior será a “cobrança” é disso que o Senhor está
falando, foi por isso que o apostolo Tiago disse:

Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber
MAIOR JUÍZO – Tiago 3.1

Quanto maior a revelação, o entendimento ou mesmo a manifestação de Deus, mais elevado se


tornaram o juízo de Deus também.

As vezes criticamos certos comportamentos por parte dos novos convertidos, quando os velhos
convertidos que sabem mais, fazem pior. Tais pessoas se esquecem que “a quem muito é dado,
muito será cobrado”.

Apenas para ilustrar esse assunto, um fio de cabelo é pouco ou muito? Depende! Um fio de cabelo
na cabeça com certeza é pouco, mas um fio de cabelo em prato de sopa é muito.
Alguns equívocos em pessoas novas convertidas é compreensível, mas alguns equívocos por parte
de pessoas que tem um maior entendimento, esclarecimento das coisas de Deus, é inadmissível.

Então podemos dizer que O JUÍZO DE DEUS É:

 Segundo a verdade.
 Segundo as obras.
 Sem acepção de pessoas.
 De acordo com a Revelação que se tem sobre Deus.

A Palavra Viva

Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois
gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para
discernir os pensamentos e propósitos do coração.

E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário,  todas as coisas estão
descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.  Hebreus
4.12-13

Aleluia, observe o que a Palavra diz: E não há criatura que não seja manifesta na sua
presença.Não há uma única criatura.

Sim, Aquele que perscruta os corações, sabe todos os meus dias, conhece todo meu sere diante
Dele vou comparecer para prestar contas naquele Glorioso Dia – Maranata, Senhor Jesus. 
TEXTO DO DIA

“Porque todos devemos comparecer antes o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do
corpo, ou bem ou mal” (2 Co 5.10)

SÍNTESE

Todos os salvos em Jesus Cristo, um dia, deverão comparecer diante do tribunal de Cristo. Aí cada um será recompensado por
suas atitudes e obras.

TEXTO BÍBLICO

1 Coríntios 3.8-15

INTRODUÇÃO

Como você tem realizado a obra do Senhor? Com diligência e excelência? Na lição de hoje estudaremos acerca do tribunal de
Cristo, lugar onde os crentes vão receber a recompensa por suas obras realizadas na terra em favor do Reino de Deus. O próprio
Senhor Jesus Cristo afirmou: “O meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22.12). Muitas pessoas
confundem o tribunal de Cristo com o Juízo Final, entretanto serão dois acontecimentos muitos distintos. Segundo a Declaração
de Fé das Assembleias de Deus, o tribunal de Cristo será para os crentes. É o momento em que eles serão recompensados por
todo o trabalho realizado em prol do Reino de Deus. Veremos que haverá uma recompensa para todos aqueles que serviram e
servem a Cristo por Amor, com zelo e excelência.

Os crentes serão julgados? A Bíblia diz: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo...”
(Hb 9.27). Até mesmo uma pessoa salva deverá passar por um julgamento, o julgamento do tribunal de Cristo. O julgamento de
1 Coríntios 3, com ênfase nos versos 13 e 14, refere-se aos cristãos, de modo que se alguém é salvo – é um filho de Deus – e é aí
que ele se encaixa. O Tribunal de Cristo, desta forma, envolve crentes dando contas de suas vidas a Cristo. O Tribunal de Cristo
não determina salvação; esta foi determinada pelo sacrifício de Cristo em nosso lugar (1Jo 2.2), e nossa fé Nele (Jo 3.16). Todos
os nossos pecados são perdoados e nunca seremos condenados por eles (Rm 8.1). Não devemos olhar para o Tribunal de Cristo
como Deus julgando nossos pecados, mas sim como Deus nos galardoando por nossas vidas. Sim, como dizem as Escrituras,
teremos que dar conta de nossas vidas. Parte disto é, certamente, dar conta pelos pecados que cometemos. Entretanto, este
não será o foco principal do Tribunal de Cristo. Let's think maturely Christian faith?

I- O QUE É O TRIBUNAL DE CRISTO

1. Uma avaliação das obras realizadas pelos crentes. Se pela fé em Jesus Cristo nos tornamos filhos de Deus, certamente
participaremos essa grande audiência. Paulo diz que todos os salvos estão intimados a comparecer ante o tribunal de Cristo
para receber ‘o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal’ (2 Co 5.10). Você consegue imaginar esse momento? Nessa
hora, Nossas obras, boas ou más, serão expostas diante de uma multidão de pessoas. Você já pensou A esse respeito? Haverá,
certamente, muitas surpresas quando o Senhor trouxer juízo a respeito das nossas ações. Quando se dará o tribunal de Cristo?
Segundo a Declaração de Fé das Assembleia de Deus o Tribunal de Cristo se dará após o Arrebatamento da igreja.

No Tribunal de Cristo, crentes são recompensados tomando-se por base o quão fielmente serviram a Cristo (2Co 9.4-27; 2Tm
2.5). As coisas pelas quais seremos julgados serão provavelmente o quão fielmente obedecemos à Grande Comissão (Mt 28.18-
20), o quão vitoriosos fomos sobre o pecado (Rm 6.1-4), o quão bem controlamos nossa língua (Tg 3.1-9), etc. A Bíblia fala dos
crentes recebendo coroas por diferentes coisas com base em quão fielmente serviram a Cristo (1Co 9.4-27; 2Tm 2.5). As várias
coroas são descritas em textos como 2Tm 2.5; 2Tm 2.4-8; Tg 1.12; 1Pd 5.4 e Ap 2.10. Tiago 1.12 é um bom resumo de como
devemos pensar no Tribunal de Cristo: “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá
a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.”

Somente as obras que sobreviverão ao teste de fogo de Deus têm valor eterno e são dignas de recompensa (1Co 3.10-15; 4.1-5;
2Co 5.10). A parábola das minas ou moedas de ouro revela que cada crente redimido tem a responsabilidade de empregar
fielmente aquilo que de Deus recebeu: “Negociai até que eu venha” (Lc 19.13). Naquele grande Dia, o Justo Juiz pedirá o nosso
“relatório” (Lc 16.2). Mas Ele não pedirá conta apenas da administração do nosso trabalho. Tudo o que nos foi outorgado será
levado em consideração: a vida — espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23) —, que é um dom de Deus (Ec 9.9); a maneira como nos
conduzimos em relação à nossa gloriosa salvação (Fp 2.12); os talentos (1 Per 4.10); o livre-arbítrio (1 Co 6.12); o uso do tempo
(Ef 5.16); os bens (Lc 12.16-20) etc.

2. Uma prestação de contas. Ainda não conseguimos compreender totalmente a justiça de Deus, contudo sabemos que o
Senhor Jesus Cristo é justo e fiel; Ele não erra, seu julgamento é perfeito e Deus outorgou todos os julgamentos (Jo 5.27). As
Escrituras Sagradas nos mostram como será o julgamento dos crentes para entrega dos galardões, o tribunal de Cristo. Segundo
Tim Lahaye, somente as obras que suportarem o fogo do julgamento Divino serão recompensados (1Co 3.14). É importante
ressaltar que no tribunal de Cristo não haverá julgamento de Pecados, os crentes somente receberam ou perderam
recompensas. Contudo, esse será um momento de muito terror, pois as intenções dos corações dos homens será revelada
diante de todos os crentes. Muitos fazem a obra de Deus por amor e obediência, de modo desinteressadas. No entanto, alguns
fazem a obra visando apenas lucro e fama, mas no tribunal de Cristo tudo será revelado.

No Tribunal de Cristo já estaremos glorificados. No momento em que cremos em Jesus Cristo e o confessamos como Senhor,
obtivemos a certeza da vida eterna (Jo 5.24; Rm 10.9,10). No entanto, a salvação — no sentido de glorificação — só ocorrerá no
momento do Arrebatamento da Igreja. À luz da Bíblia, a nossa preciosa salvação possui três tempos e um tríplice aspecto. No
passado, ela é posicional. Passamos a estar em Cristo! No presente, é progressiva. Estamos nos aperfeiçoando, a cada dia (Hb
6.9; Ef 4.11-15). No futuro, ela será perfectiva. É a nossa glorificação (Rm 13:11; Hb 9.28), que ocorrerá por ocasião do Rapto da
Igreja (1 Co 15.50,51; Fp 3.20,21). O julgamento será preciso, pois passará pelo crivo do Senhor Jesus Cristo. Muitos fazem a
obra de Deus e praticam boas ações apenas para serem vistos pelos homens. Estes buscam satisfazer seus interesses pessoais,
buscam seus próprios galardões. Mas a Palavra de Deus diz que todas as obras serão provadas pelo fogo. O fogo divino vai
purificar e revelar qual é a verdadeira intenção do coração.

Tudo o que foi realizado no poder de Cristo e para sua glória sobreviverá (Mt 23.21, 23; 2Co 5.9; Fp 3.13-14; ITs 2.19-20; 2Tm
4.7-8; Tg 1.12; 1Pe 5.4; Ap 22.12). Não se trata de um julgamento pelo pecado, pois, Cristo já pagou o preço requerido no
Calvário (Rm 8.1), de modo que nenhum cristão será jamais julgado pelo pecado. Isso é somente para determinar o galardão
eterno. N ã o importa o quão inútil seja, nenhum cristão perderá a salvação; se é que de fato está salvo e se ela foi conquistada
para nós no Calvário!

3. Um momento de recompensa ou a perda delas. Alguns crentes pregaram a Cristo somente por inveja e porfia, mas todos
anunciaram o Evangelho, fizeram uso dos seus dons e talentos, de boa vontade e por amor (Fp 1.15). Estes que pregaram
porfias verão, no tribunal de Cristo, suas obras serem queimadas e sofreram perdas, quando do recebimentos dos galardões.
Jesus ensinou a respeito da importância de fazermos qualquer tipo de ação, como por exemplo, orar, dar esmola e jejuar em
secreto, para que não venhamos perder o nosso galardão no céu (Mt 6.1-21). Muitos praticam boas ações e realizam a obra do
senhor somente para serem reconhecidos pelos homens. Esses já receberam a sua recompensa que na terra. Que venhamos
servir ao Senhor de modo a garantir mus o recebimento do inteiro galardão (2 Jo 8). No tribunal de Cristo, haverá muitas
surpresas, os alguém que se achava grandemente usado por Deus e que era reconhecido pelos homens na terra pode ter suas
obras reprovadas: e outro que não tinha nenhum tipo de reconhecimento fez a obra do senhor no anonimato, poderá ser
grandemente honrado pelo Eterno.

É bom refletir bem no que o comentarista quer dizer ao escrever “Alguns crentes pregaram a Cristo somente por inveja e
porfia”. Se há estes sentimentos facciosos, inveja e porfias, estes já não são crentes, quanto mais, estarão glorificados... As
obras praticadas pelo crente serão submetidas ao julgamento naquele dia para se determinar se são boas ou más. A palavra
“mal” na língua grega aparece como kakosou poneros, e ambas significam aquilo que é eticamente mal. Porém, a palavra
poneros, além de denotar maldade, tem o sentido de se estar praticando alguma coisa de total inutilidade. Portanto, o que
Paulo entendia como obras más era a prática de coisas sem utilidade alguma, feitas com materiais espiritualmente imprestáveis.

“Quando Deus o chamar para prestar contas de sua vida, não haverá lugar oculto, esconderijo, nem protelação. Não haverá
ouro que suborne, não haverá padrinho político que o proteja. Não haverá nada neste mundo que possa proteger você. Você,
como réu estará diante do Tribunal de Cristo”. (Hernandes Dias Lopes - http://hernandesdiaslopes.com.br/2007/06/o-tribunal-
de-cristo/#.Vq_1dU8szIU). A Bíblia diz que no dia do juízo, quando o Senhor da glória, assentar-se no trono para julgar, os livros
serão abertos e nós seremos julgados segundo o que tiver escrito nos livros. Tudo o que falamos, fizemos, deixamos de fazer ou
pensamos estará registrado lá.
“Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (1Co 3.15). Esse texto
mostra que haverá crentes cujas obras não subsistirão quando passarem pelo crivo do fogo divino. Observe:

a) Madeira. Na Bíblia, madeira é símbolo das coisas humanas. É uma figura da árvore, que cresce por si mesma. Há crentes que
fazem muitas coisas, mas buscando a glória humana. No fogo do julgamento, elas vão desaparecer. Há quem trabalhe muito na
igreja, mas não o faz para a glória de Deus (1Co 10.31). Madeira não resiste ao fogo.

b) Feno. Feno é capim, erva seca. São obras aparentes, mas sem consistência, sem vida, tais como erva seca (Is 15.6). O capim é
perecível (Is 51.12) e representa as obras dos crentes que trabalham somente buscando a glória e a fama para si. Infelizmente,
nos dias atuais, há muitos pregadores e cantores que só realizam a obra de Deus pelo dinheiro ou se o evento tiver destaque na
mídia. Estes “já receberam o seu galardão”, aqui mesmo (cf. Mt 6.2,5,16).

c) Palha. A madeira tem certa consistência, mas a palha é muito fraca. Não resiste a força do fogo. O vento a leva com facilidade
(Sl 1.4; Jó 21.18; Os 13.3). É instável. Não pode se misturar com o trigo (Jr 23.28); palha representa obras sem firmeza, ou seja,
feita por crentes que são inconstantes. Muitos vivem mudando de igreja, de costume, de crenças, etc. São levados, como a
palha, por “todo vento de doutrina” (Ef 4.14).

O apóstolo Paulo mencionou seis diferentes materiais que, figurativamente, representam os elementos que empregamos na
construção de nossa vida cristã. Os materiais são indicados como ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha. Os três
primeiros são resistentes ao fogo do julgamento de Cristo. Os três últimos são frágeis e não resistem ao juízo de fogo. A obra de
cada um será provada (1 Co 3.13-15). O tribunal de Cristo avaliará os materiais que temos utilizado na construção do edifício da
nossa vida cristã. As obras feitas com madeira, feno e palha serão manifestas naquele dia, e o galardão será consoante à
avaliação divina. Os materiais de madeira, feno e palha são inflamáveis e perecíveis, por isso, tudo o que for construído com
eles não subsistirá. O juízo que determinará a qualidade das obras feitas (2 Co 5.10).

II- O QUE ACONTECERÁ NO TRIBUNAL DE CRISTO

1. A Fidelidade ao Senhor será recompensado. A palavra usada por Paulo, Não grego, para tribunal de Cristo em 2 Coríntios 5.10
é bema. O bema era um lugar elevado, uma plataforma, usado por oradores (públicos) e atletas (pódio) quando recebiam seus
troféus. O bema também era usado pelos governantes em seus discursos e pelos juízes (At 12.21; 18.12-17). No tribunal de
Cristo, Jesus estará em uma posição elevada, superior e dali seus olhos podem contemplar tudo o que acontece e assim premiar
os Vencedores de forma justa. Não desanime pois Jesus está vendo todo o seu trabalho, a sua fidelidade e no momento certo
ele vai lhe recompensar. Por isso, não desista!

O Tribunal de Cristo ou Bema de Cristo é um evento que acontecerá após o Arrebatamento da Igreja. Todos os salvos em Cristo
devem compreender o que será esse Tribunal, bem como o que os aguarda nesse grande evento. O termo “Tribunal” é
representado pela palavra grega bema, ou bematos, que se refere a uma plataforma elevada de julgamento e recompensa. Esse
termo é usado dez vezes no Novo Testamento. O bema não é um evento prejudicial; ao invés disso, é um local de análise,
discurso e premiação. Assim como o evento de um concurso de beleza, será um local onde a vida e as obras do cristão serão
expostas e examinadas. Servir a Deus é um grande privilégio, embora haja lutas, decepções, frustrações e outras intempéries,
chegará o dia da recompensa. A Palavra de Deus assegura que todos os que creram e serviram a Jesus terão que comparecer no
Tribunal de Cristo, contudo, não se trata de um juízo para julgamento de pecados, mas um Tribunal que julgará as obras e os
atos dos crentes, recompensando-os, ou não, pelo que fizeram na Obra de Deus enquanto estiveram na Terra.

2. Um julgamento individual. Os crentes prestaram contas, individualmente, do uso que fizeram dos dons e talentos que
receberam do Senhor. Todos os servos de Deus receberam da parte do Senhor algum tipo de talento, sendo que uns receberam
mais e outros menos, mas todos receberam conforme suas habilidades (Mt 25.14-30). Na Parábola dos Talentos e vírgulas
narrada pelo Senhor Jesus, também vemos que os servos não receberam aquilo que eles poderiam administrar. Tal fato nos
mostra que se falarmos em nossas atribuições, não poderemos dar nenhum tipo de desculpas. Diante do tribunal de Cristo, os
crentes não poderão dizer que estavam sobrecarregados. Então, precisamos ter cuidado!

O Pastor Ciro Sanches Zibordi escreve no artigo ‘O que é o Tribunal de Cristo?’, disponível no site CPADNEWS, o seguinte: “Para
o filho de Deus não há adjetivos negativos no Novo Testamento. Quanto ao servo do Senhor, vemos na parábola dos talentos —
narrada por Jesus em Mateus 25.14-30 — que ele pode ser útil ou inútil, previdente ou negligente, bom ou mau e fiel ou infiel.
Mencionam-se nas páginas neotestamentárias dons, ministérios e operações que o Senhor concede à sua Igreja (Rm 12.6-8; 1
Co 12.4-6; Ef 4.11). Cada salvo, além de chamado para proclamar as virtudes do Senhor (1 Pe 2.9; Mc 16.15), recebeu pelo
menos uma incumbência específica no Corpo de Cristo (1 Co 3.6-9). Todos os servos do Senhor, de todas as épocas, hão de
prestar contas de sua administração. Ao sermos salvos, recebemos Jesus como Senhor e Salvador (Fp 3.20; 2 Pe 3.18).
Relacionamo-nos com o Salvador como filhos (Jo 1.11,12). Mas, como Ele é Senhor, nosso comportamento perante Ele deve ser,
também, de servos fiéis até o fim (Ap 2.10; 3.11), para que tenhamos confiança no Dia do Juízo (1 Jo 4.17) e recebamos a coroa
incorruptível (1 Co 9.25). Jesus não galardoará apóstolos, bispos, missionários, reverendos, escritores, teólogos, conferencistas
internacionais, cantores... O prêmio da soberana vocação (Fp 3.14) será dado aos “servos bons e fiéis” (Mt 25.21,23)!” (Ciro
Sanches Zibordi, O que é o Tribunal de Cristo? http://cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/183/o-que-e-o-
tribunal-de-cristo-.html.)

3. A qualidade precederá a quantidade. Deus valoriza a maneira como crente executam seu trabalho. O Senhor não se
impressiona com a quantidade, com os números. Ele deseja ver qualidade, pois a palavra de Deus adverte a respeito daqueles
que fazem no serviço de Deus de qualquer maneira: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente” (Jr 48.10a
NAA). Precisamos de realizar a obra do Senhor, mas com excelência! Temos visto um aumento do chamado ‘marketing pessoal’,
ou seja, os crentes querem ser conhecidos e que suas obras apareçam a todo custo mesmo que para isso usem de engano. Esses
fazem da sua vida uma verdadeira ‘vitrine’, postando todas as suas ações nas redes sociais a fim de receberem muitas curtidas e
aumentar o número de seguidores. Deus Sabe conhece o coração do homem. Ninguém engana ao Senhor por isso, as nossas
ações serão provadas pelo fogo.
Já vimos que as pessoas julgadas nesse tribunal são os santos remidos por Cristo. O texto de 2Co 5.1-10 fala daqueles que lutam
nesta vida para alcançarem o privilégio de serem revestidos de uma habitação espiritual no céu. Não haverá discriminação
nesse lugar. Só entrarão os salvos, os remidos. Não haverá lugar nesse tribunal para julgamento condenatório. Jesus falou em
Mt 12.36 que “toda palavra ociosa (ou frívola) que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo”. O apóstolo Paulo
declarou que todos vão colher o que semearam (Gl 6.7), e, numa palavra especial aos cristãos, Paulo escreveu que os que
servirem bem ao Senhor receberão a recompensa da sua herança (Cl 3.24,25). Em 1Co 3.9-15 não há descrição da natureza dos
galardões a serem recebidos pelas obras aceitáveis, mas passagens paralelas sugerem que a recompensa tomará a forma de
"coroas". Distingue-se cinco "coroas" distintas em vários textos:

(1) a "coroa incorruptível" para aqueles que dominam a velha natureza (1 Co 9.25);

(2) uma "coroa em que exultamos" para aqueles que levam outros a Cristo (1 Ts 2.19);

(3) uma "coroa de justiça" para os que amam a vinda de Cristo (2 Tm 4.8);

(4) uma "coroa da vida" para aqueles que mantém o seu amor pelo Senhor no meio de tribulação (Tg 1.12);

(5) uma "coroa de glória" para aqueles que são bons pastores do rebanho de Deus (1 Pe 5.4).

“O propósito do julgamento dos crentes diante do Tribunal de Cristo é determinar se as obras de cada um foram dignas ou não.
O julgamento é apenas para os crentes, de modo que, ainda sofram danos, estes serão salvos. Além disso, aqueles que ali forem
julgados terão firmado suas vidas na Rocha, que é o próprio Jesus Cristo (1Co 3.11,12). O Senhor avaliará as obras dos crentes
ao longo de toda a vida. Uma vez que fomos separados para as boas obras que Deus preparou para os crentes (Ef 2.10),
deveríamos esperar que Ele examinasse a fidelidade de nossas ações” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.463,464).

III- O QUE RECEBEREMOS NO TRIBUNAL DE CRISTO

1. Recompensas eternas. Jesus nos ensinou que deveríamos ajuntar tesouros no céus, “onde nem a traça nem a ferrugem não
consome e nem onde os ladrões não minam e roubam” (Mt 6.20). Com essa afirmação Ele estava mostrando qual deveria ser o
nosso alvo nesse mundo os tesouros Celestiais, ou seja, aquilo que é eterno e não efêmero. Todo reconhecimento ou
recompensa recebida aqui na terra ficar aqui mesmo. Contudo, o que receberemos o segurado de Cristo não terá data de
validade. Será que nós conseguimos entender a grandiosidade do que Deus tem preparado para nós? Aqueles que conseguem
compreender essa verdade permanecem ‘firmes e constantes sempre abundantes na obra do Senhor’ (1 Co 15.58).
A esperança da ressurreição torna todos os esforços e sacrifícios para a obra do Senhor dignos dela. Nenhum trabalho feito em
seu nome é vão à luz da glória e da recompensa eternas! “A distribuição de recompensas será feita no julgamento. Tais
recompensas nunca serão concedidas para satisfazer o ego do crente, mas trazer louvor e glórias a Cristo, aquEle que capacita o
fiel a servir (Fp 1.11). Aos que servem com fidelidade são prometidas as recompensas. As boas obras, os frutos de justiça,
glorificam aquEle que graciosamente imputou sua justiça aos crentes (Jo 3.21)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.463,64). Quando partirmos deste mundo, as nossas obras nos seguirão (Ap 14.13). Tudo o
que temos feito está registrado. E, no Arrebatamento, Jesus — que conhece todas as nossas obras (Ap 2.2,9,13,19; 3.8,15) —
trará consigo o resultado, a avaliação de nosso trabalho, a fim de nos galardoar. Coisas encobertas, positivas ou negativas, virão
à tona. Em 1 Coríntios 4.5 está escrito: “nada julgueis antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as
coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor”. Daí ser
prioritária a aprovação do Senhor (2 Co 10.17,18), e não a dos homens (Pv 25.27; 27.2).

2. Recompensas inimagináveis. O apóstolo Paulo nos mostra, no texto de 1 Coríntios 2.9, que não temos condições para
imaginar ou compreender, o que Deus tem preparado para aquele que o ama. O Pai Celeste tem reservado uma recompensa
para todos aqueles que são fiéis. Sabemos que neste mundo Temos que enfrentar dores, sofrimentos, tribulações, mas um dia
tudo isso terá um fim. Se você está enfrentando uma perda, uma decepção, uma enfermidade ou qualquer tipo de sofrimento
não desanime. Permaneça firme em Jesus Cristo! Não deixe a casa de Deus, não pare de orar, de jejuar e de buscar ao Senhor,
pôs em breve “[…] Deus limpará dos seus olhos toda lágrima e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor,
porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4). Continue com seus olhos voltados para o cordeiro de Deus.

Por causa da soberania e da promessa imutável, os cristãos são assegurados dessa graça - passado, presente e futuro - e
permanecerão salvos, certos da glória vindoura no aparecimento d e Cristo (Ef 5.26-27). Esse chamado, como sempre nas
epístolas do Novo Testamento, diz respeito ao chamado efetivo que salva (Rm 8.30). Deus, que chama para a salvação e para o
céu, será fiel em conceder a graça necessária para o cumprimento desse chamado à comunhão de seu filho.

O julgamento do Tribunal de Cristo se mostra tão sério que o texto base da lição da semana usa a imagem do “fogo” como
elemento probatório à “verdade” e “valor” da obra julgada — é importante ressaltar que no Tribunal de Cristo serão julgadas as
obras dos crentes. Conquanto a salvação de Cristo é pela graça mediante a fé, o galardão entregue a cada crente será
distribuído mediante as obras. Neste aspecto, as obras do crente são essenciais para justificá-los diante do Tribunal de Cristo. O
texto de 1 Coríntios 3 mostra que acerca dos líderes, mas que pode ser aplicado a toda comunidade de crentes, a maneira pela
qual eles continuarão a edificar a Igreja de Cristo será julgada neste Tribunal. Aqui, se verificará que tipos de obras tais líderes
fizeram: se edificaram o edifício de ouro, se de prata, se de pedras preciosas, se de madeira, feno ou palha. Então, o detalhe de
cada obra será manifesto naquela oportunidade. Então, o “fogo” provará a essencialidade de cada obra. Se após a provação do
“fogo”, a obra permanecer, o crente receberá o seu galardão; senão, não o receberá. O texto diz que a obra padecerá
sofrimento, mas isso não interferirá na salvação do crente. Este será salvo como pelo fogo, ou em linguagem mais
contemporânea, “como por um triz” ou “por um fio” (1Co 3.14).
3. Recompensas imerecidas. Receberemos no tribunal de Cristo são frutos do que discursos com nossos talentos: existe uma
relação com as decisões que tomamos e com as escolhas que fizemos. Contudo, não podemos nos esquecer que eles também
são consequência da graça divina, “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar segundo a sua boa
vontade” (Fp 2.13). A compensação será dada em decorrência da Graça, aos servos que foram “fiéis no pouco”, a cada um
conforme suas obras (1 Co 3.13). Na Parábola dos trabalhadores da vinha, essa generosidade divina mencionada por Jesus, ao
responder aos que acham justo a recompensa dos obreiros da Última Hora: “Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é
meu?” (Mt 20.15).

“Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão” (1Co 3.14). A doutrina do Tribunal de Cristo
visa ensinar sobre como a Igreja prestará contas de tudo o quanto fez enquanto esteve presente no mundo. Ali, todas as obras
se revelarão, desde as mais complexas às consideradas mais simples. Será um momento de julgamento divino acerca das ações
e atitudes dos salvos em Cristo. Entretanto, é importante não confundir o Tribunal de Cristo com o Trono Branco. Este será
destinado aos ímpios que serão julgados no final do Milênio, e aquele se destina aos crentes vivos e mortos, que foram
ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem julgados e receberem cada um, conforme a
verdade de suas ações, o seu galardão.

Todo crente recebeu algum tipo de talento (habilidades, dons) do Senhor. Uns recebem mais e outros menos, pois estes são
distribuídos de acordo com a capacidade de cada um, mas todos recebem (Mt 5.14-30). O Senhor espera que venhamos
desenvolver nossos talentos com dedicação e zelo, utilizando-os para a glória do Pai. Você é responsável, perante o Senhor, por
usar bem aquilo que Ele lhe concedeu. Jesus está voltando, por isso, é tão urgente que venhamos empregar nosso tempo e
nossos talentos diligentemente em sua obra. Não aja jamais como o servo negligente, que com medo do seu senhor, enterrou
seu talento. Utilize suas habilidades em favor do Reino de Deus, pois o Pai vai lhe recompensar por isso. “A distribuição de
recompensas será feita no julgamento. Tais recompensas nunca serão concedidas para satisfazer o ego do crente, mas trazer
louvor e glórias a Cristo, aquEle que capacita o fiel a servir (Fp 1.11). Aos que servem com fidelidade são prometidas as
recompensas. As boas obras, os frutos de justiça, glorificam aquEle que graciosamente imputou sua justiça aos crentes (Jo
3.21)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.463,64).

CONCLUSÃO

O Senhor é bom e recompensará todos aqueles que trabalharam na sua Seara por amor. Todos os nossos esforços, no serviço
do mestre, um dia será recompensado. Talvez você esteja enfrentando muitas barreiras, muitas dificuldades que querem fazê-lo
abandonar a obra do Senhor. Mas não desista! Em Jesus Cristo você encontrará força para suportar as aflições do nosso tempo.
Vai valer a pena tudo que você tem feito, todo seu trabalho e esforço.

As obras que fizermos por meio do corpo serão provadas pelo fogo (2Co 5.10) e podem ser aprovadas ou reprovadas (1Co 9.27).
A palavra utilizada por Paulo para “mal” é phaulos, que tem o sentido de inutilidade, impossibilidade de gerar qualquer bem.
Cristo vai avaliar o tipo de cada obra e também a razão da mesma: foi feito por amor ao Senhor? (1Co 13.3). Pois o primeiro
mandamento em Mt 22.37 é: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento”. Se as fizemos de boa vontade, receberemos galardão (1Co 9.17,18; 1Pe 5.2-4), mas se as fizemos com motivos de
auto benefício, nada receberemos (Fp 1.15). Há um segundo evento que ocorre para os santos da igreja logo após o
arrebatamento. Apocalipse 19.7-9 refere-se a isto como "as bodas do Cordeiro". Nesta ceia Cristo será o Noivo e a igreja será a
Sua noiva. As figuras de um noivo e sua noiva em se referir a Cristo e Sua igreja são usadas freqüentemente em outras
passagens do Novo Testamento (veja, por exemplo, Jo 3.29; Rm 7.4; 2 Co 11.2; Ef 5.25-33). As bodas celebrarão a união formal
de Cristo com a Sua igreja num relacionamento eterno. Até este momento estavam separados, Um no céu e a outra na terra,
mas deste instante em diante estarão sempre juntos.

“O propósito do julgamento dos crentes diante do Tribunal de Cristo é determinar se as obras de cada um foram dignas ou não.
O julgamento é apenas para os crentes, de modo que, ainda sofram danos, estes serão salvos. Além disso, aqueles que ali forem
julgados terão firmado suas vidas na Rocha, que é o próprio Jesus Cristo (1Co 3.11,12). O Senhor avaliará as obras dos crentes
ao longo de toda a vida. Uma vez que fomos separados para as boas obras que Deus preparou para os crentes (Ef 2.10),
deveríamos esperar que Ele examinasse a fidelidade de nossas ações” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.463,464).
O Tribunal de Cristo - Todo Cristão precisa
conhecer
O Tribunal de Cristo ou Bema de Cristo é um evento que acontecerá após o Arrebatamento
da Igreja. Todos os salvos em Cristo devem compreender o que será esse Tribunal, bem como
o que os aguarda nesse grande evento.

O termo “Tribunal” é representado pela palavra grega bema, ou bematos, que se refere a


uma plataforma elevada de julgamento e recompensa. Esse termo é usado dez vezes no
Novo Testamento. O bema não é um evento prejudicial; ao invés disso, é um local de análise,
discurso e premiação. Assim como o evento de um concurso de beleza, será um local onde a
vida e as obras do cristão serão expostas e examinadas.

Servir a Deus é um grande privilégio, embora haja lutas, decepções, frustrações e outras
intempéries, chegará o dia da recompensa. A Palavra de Deus assegura que todos os que
creram e serviram a Jesus terão que comparecer no Tribunal de Cristo, contudo, não se trata
de um juízo para julgamento de pecados, mas um Tribunal que julgará as obras e os atos dos
crentes, recompensando-os, ou não, pelo que fizeram na Obra de Deus enquanto estiveram
na Terra.

Porque todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba
segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.

2 Coríntios 5:10

1. Uma análise do versículo:


Quando o versículo diz “Todos”, percebe-se que não haverá exceções, ou seja, todos os
verdadeiro cristãos, de todas as línguas e nações estarão lá.

O Termo “Comparecer” é uma tradução da palavra grega phonero, que significa “ser


claramente visto, ser explicitamente manifesto ou discernido”. Esta mesma palavra é usada
em 1 Coríntios 3:13, ela adverte que “a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a
declarará, porque pelo fogo será descoberto…”.

2. O julgamento
Conforme 2 Coríntios 5:10 e 1 Coríntios 1:8, todos os crentes, arrebatados e transformados,
vão comparecer perante o Tribunal de Cristo. Nesse evento não haverá julgamento pelos
pecados, as obras que foram praticadas pelos salvos na Terra é que serão julgadas, a fim de
que recebam, ou não, os galardões.

A recompensa do cristão será medida pela qualidade resultante de suas obras. Como
exemplo, o Apóstolo Paulo não estava satisfeito em apenas ir para o céu, mas havia nele um
incansável desejo de possuir todos os privilégios do céu e de agradar completamente ao
Senhor com a máxima qualidade do seu caráter e do seu serviço.

3. Quando se dará o Tribunal de Cristo?


Esse julgamento se dará logo após o Arrebatamento, quando a Igreja chegar ao Céu. Todos os
salvos que permanecerem “em Cristo Jesus” participarão desse glorioso evento.

4. Quem será o Juiz?


Em todo Tribunal há um Juiz. Jesus Cristo será o Juiz que julgará as Obras, boas ou más,
realizadas enquanto estávamos na Terra.

5. Alguém poderá ser condenado no Tribunal de Cristo?


O propósito do Tribunal de Cristo é avaliar as obras de cada um, se foram dignas ou não.
Sendo assim, todos os participantes desse evento já foram salvos.

Aqueles que hoje recebem grandes fortunas para fazerem a Obra de Deus, buscando glória
para si, já alcançaram suas recompensas aqui mesmo na Terra (Mateus 6:2). Deus conhece a
intenção dos corações. É possível enganar os homens, mas não ao verdadeiro e eterno Juiz.

6. Como as obras serão julgadas?


 Pelos interesses que levaram os cristãos a fazer a Obra de Deus

“Deus, naquele dia, “manifestará os desígnios do coração” (1 Coríntios 4:5). As Obras serão
analisadas segundo a intenção do coração.

 Se as obras realizadas estavam de acordo com a Palavra de Deus

A obra de Deus dever ser realizada em conformidade com a Sua Palavra. "Bem-aventurado
aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão
escritas; porque o tempo está próximo". Apocalipse 1:3

 Se os métodos tiveram as motivações corretas

“Cada um receberá segundo  o bem ou o mal que tiver feito. (2 Coríntios 5:10)
Mesmo que os motivos sejam sinceros visando o bem do Reino de Deus, os métodos que se
devem usar precisam ter a aprovação de Deus, pois muitos têm usado métodos modernos
mas, meramente humanos, caindo em movimentos que buscam apenas o entretenimento,
mas não levam as pessoas ao verdadeiro arrependimento da vida de pecados.

8. Como as Obras serão classificadas no Tribunal de Cristo?

1. Ouro, prata e pedras preciosas

Esses materiais representam as Obras daqueles que desempenharam a Obra de Deus como
bons servos. Os crentes que terão em seus pés esses materiais serão aqueles que buscaram
glória não para o seu nome ou ministério, mas para Deus (Mateus 5:16).

 Prata: Simboliza o preço da redenção pago pelo Senhor Jesus Cristo. São as obras feitas pela
graça de Deus (1 Coríntios 15:10; 2 Coríntios 1:2 Filipenses 2:13; Colossenses 1:29), expondo o
verdadeiro plano de salvação a um incrédulo, ou membro de igreja, com o mesmo espírito que
Jesus tinha (1 Coríntios 11:1; Colossenses 2:6; 1 João 2:6; Filipenses 2:5; 2 Timóteo 4:16). São
portanto, as obras dignas de arrependimento.

 Ouro: Simboliza as coisas celestiais (A Palavra, O Senhor Jesus), as obras em ouro são as obras
feitas em Deus (João 3:21; 15:4, 5; Filipenses 1:10, 11; Hebreus 13:20, 21; 1 João 2:28, 29; 1
Coríntios 15:10; Gálatas 5:22, 23; 6:8), conforme a sua palavra (1 Coríntios 4:6; João 5:39).

 Pedras Preciosas: Simboliza o Espírito Santo (como um adorno para a sua noiva João 17:22;
Gênesis 24:22, 23). São as obras feitas através do poder do Espírito Santo (1 Coríntios 2:1-5;
4:20; Romanos 14:17; 15:15-19; Filipenses. 3:3; Colossenses 1:29).

2. Madeira, feno e palha

“Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo
fogo”.

1 Coríntios 3:15

Muitos salvos terão suas Obras comparadas a materiais de fácil combustão. Isso demonstra
que haverá pessoas cujas obras não resistirão quando passarem pelo crivo do fogo divino. É
possível então, que estes servos compareçam perante o Tribunal de Cristo com o sentimento
de remorso pela oportunidade perdida, pelo fato de não terem prestado um bom serviço ao
Reino de Deus.

 Madeira: Na Bíblia, madeira é símbolo das coisas humanas. É uma figura da árvore, que cresce
por si mesma. Há crentes que fazem muitas coisas, mas buscando a glória humana. No fogo do
julgamento, elas irão desaparecer. Há quem trabalhe muito na igreja, mas não o faz para a
glória de Deus (1 Coríntios 10:31). Madeira não resiste ao fogo.

 Feno: Feno é capim, erva seca. São obras aparentes, mas sem consistência, sem vida, tais como
erva seca (Isaías 15:6). O capim é perecível (Isaías 51:12) e representa as obras dos que
trabalham somente buscando a glória e a fama para si. Infelizmente, nos dias atuais, há muitos
pregadores e cantores que só realizam a obra de Deus pelo dinheiro ou se o evento tiver
destaque na mídia. Estes “já receberam o seu galardão”, aqui mesmo (cf. Mateus 6:2, 5, 16).

 Palha: A madeira tem certa consistência, mas a palha é muito fraca. Não resiste à força do fogo.
O vento a leva com facilidade (Salmo 1:4; Jó 21:18; Oséias 13:3). É instável. Não pode se misturar
com o trigo (Jeremias 23:28); palha representa obras sem firmeza, ou seja, feita por pessoas
inconstantes. São levados, como a palha, por “todo vento de doutrina” (Efésios 4:14).

9. O que sentirão aqueles cujas Obras foram consumidas pelo


Fogo?
 Não receberão completo galardão. (2 João 1:8)

 Será considerado o menor no reino dos Céus. (Mateus 5:19)

 Terão tristeza ao verem suas obras queimadas. (1 Coríntios 3:15)

 Ficarão envergonhados. (1 João 2:28)

10. As Coroas que os salvos receberão no Tribunal de Cristo


 Coroa Incorruptível (do Vencedor) 1 Coríntios 9:25: "E todo aquele que luta de tudo se abstém;
eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível".

 Coroa da Vida (dos Mártires) Apocalipse 2:10: "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis
que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação
de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida".

 Coroa de Glória (dos Presbíteros) 1 Pedro 5:4: E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a
incorruptível coroa da glória.

 Coroa da Justiça (dos que amam a Sua vinda) 2 Timóteo 4:8: "Desde agora, a coroa da justiça
me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas
também a todos os que amarem a sua vinda".

 Coroa da Exultação (do Vencedor) 1 Tessalonicenses 2:19: "Porque, qual é a nossa esperança,


ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus
Cristo em sua vinda"?

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor".

1 Coríntios 15:58

11. A missão é de toda a Igreja


João deixa claro que a mesma comissão entregue ao Filho pelo Pai é a nossa mesma
comissão. Consciente disso, a Igreja tem a intensa missão de viver a serviço do Reino de Deus.
Essa atitude demonstra que não pensamos em ficar para sempre aqui, mas que estamos em
uma missão urgente.
Devemos trabalhar enquanto é dia, pois a noite vem quando ninguém poderá trabalhar. O dia
representa a oportunidade que temos para servir e trabalhar. Ao contrário, a noite se refere
ao tempo que terá passado todas as oportunidades de fazermos algo.

"Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando
ninguém pode trabalhar".

João 9:4
O Que é o Juízo Final e Qual o Seu Significado na Bíblia?

O juízo final é o evento em que Deus irá julgar os homens e os seres espirituais. O juízo final marca a transição entre a
consumação da presente era e o início do estado eterno, sendo amplamente referenciado em toda Bíblia, com particular
detalhe no livro do Apocalipse, sobretudo na passagem onde é descrito “o grande trono branco”.

Neste estudo bíblico, conheceremos um pouco mais sobre o que é o juízo final segundo a Bíblia, e consideraremos alguns
pontos fundamentais sobre este evento que todos os cristãos verdadeiros devem conhecer.

O juízo final e as diferentes correntes escatológicas

Sabemos que a escatologia não é um tema fácil, e há muita discussão entre os cristãos nessa área. Das diferentes opiniões
acerca do assunto, surgiram diferentes correntes escatológicas.

Quanto ao juízo final, cada uma delas o interpreta de maneira diferente de acordo com o entendimento que possuem acerca
dos eventos finais descritos na Bíblia.

De maneira geral, todas elas concordam que todas as pessoas serão julgadas, embora discordem do momento em que
acontecerá tal julgamento, e da quantidade de julgamentos que ocorrerão, conforme veremos a seguir:

 Amilenismo e Pós-Milenismo: defendem que haverá um único julgamento geral de todas as pessoas, isto é, o juízo
final, e ocorrerá imediatamente após a segunda vinda de Cristo.

 Pré-Milenismo Histórico: geralmente seus defensores entendem que haverá dois julgamentos, sendo o primeiro na
segunda vinda de Cristo, e o segundo, no caso o juízo final, após a última revolta de Satanás que ocorrerá ao fim do
reino milenar e literal de Cristo na terra, o milênio.

 Pré-Milenismo Dispensacionalista: esta posição é a mais complicada, pois mesmo entre seus defensores há muitas
opiniões divergentes. Alguns dispensacionalistas ensinam a existência de até sete julgamentos, mas maioria deles
entende que haverá três julgamentos diferentes, sendo eles:

1. Julgamento por ocasião do arrebatamento da Igreja: ocorrerá na primeira fase da segunda vinda de Cristo, ou seja, o
arrebatamento secreto da Igreja, e será o julgamento das obras do salvos, também denominado como “Tribunal de
Cristo“, onde os santos serão galardoados.

2. Julgamento de judeus e gentios no final da grande tribulação: ocorrerá na segunda fase da segunda vinda de Cristo,
sete anos após a primeira fase, isto é, ao término da grande tribulação, e servirá como base para determinar questões
acerca do milênio. Esse julgamento também é chamado de “Julgamento das Nações“.

3. Julgamento geral dos ímpios após o milênio: esse será o juízo final, o julgamento do grande trono branco. Ele ocorrerá
após a última revolta de Satanás que se dará ao fim do milênio. Muitos dispensacionalistas entendem que nesse
julgamento, além dos anjos caídos, apenas os ímpios serão julgados, ou seja, será um julgamento exclusivo para
condenação. Já para outros, também serão julgados os santos que morrerão durante o milênio.

Apesar das divergências, todas as correntes escatológicas concordam que após o juízo final se dará início ao estado eterno,
com os ímpios condenados eternamente ao lago de fogo, e os santos reinando com Deus no novo céu e nova terra.

Quantos juízos finais ocorrerão?

Bem, como vimos anteriormente, há muita discussão a respeito da quantidade de julgamentos, e, dependendo da resposta
dada a esta pergunta, automaticamente uma determinada posição escatológica passará a ser defendida.

Todavia, acredito que esse não deva ser um motivo de divisão entre os cristãos, ao contrário, devemos nos unir fielmente na
esperança da chegada desse grande dia. Precisamos agir com respeito por quem pensa diferente de nós, lembrando que
também são cristãos genuínos que amam a Palavra de Deus.

Para mim, considero herege apenas aqueles que negam a realidade do juízo final, a condenação eterna dos ímpios, e a
eternidade dos santos com Deus. Particularmente entendo que a Bíblia sempre se refere ao juízo final como um único evento
diretamente ligado a vinda de Cristo e a ressurreição geral dos mortos (Dn 12:2; Mt 7:22; 11:22; 12:41,42; 25:31-46; Jo
5:28,29; At 17:31; 24:14,15; Rm 2:5; 2Ts 1:7-10; 2Tm 1:12; 4:1,8; 2Pe 3:7; Jd 14; Ap 20:11-14).

Qualquer tentativa de se estipular dois, três ou mais julgamentos não encontra fundamentação bíblica. Geralmente tais
argumentos são construídos valendo-se de versículos isolados ou pré-conceitos.

Muitos pré-milenistas dispensacionalistas insistem em afirmar que passagens como Mateus 25:31-46 e 2 Coríntios 5:10 se
referem a julgamentos diferentes do julgamento do grande trono branco do capítulo 20 do Apocalipse.

Sobre a referência no Evangelho de Mateus, eles afirmam que se trata do julgamento das nações para o início do milênio, e
quanto à referência da Epístola aos Coríntios, defendem que o Tribunal de Cristo é um julgamento exclusivo para os crentes,
onde suas obras serão julgadas.

Primeiramente, precisamos admitir que no capítulo 25 de Mateus a ênfase no tema do juízo é notória. Entretanto, em tal
passagem nada é dito acerca do milênio, e o fato das nações estarem reunidas perante o trono de Cristo, apenas mostra a
completude e alcance desse julgamento, pois todos estarão diante do Senhor, isto é, ninguém escapará.

Fica claro também que o julgamento é individual, ou seja, as ovelhas são separadas dos bodes. Leia mais sobre isso na Parábola
da Separação das Ovelhas e dos Bodes.

Já na passagem de 2 Coríntios 5:10, o apóstolo Paulo não está estabelecendo uma distinção entre “dias de julgamentos”.
Entender assim é desconsiderar o contexto em que o capítulo está inserido, além de desconhecer o objetivo do próprio texto,
onde Paulo está tratando acerca da habitação dos santos com o Senhor.

Em relação à referência ao julgamento presente no capítulo (vers. 10), Paulo não está falando sobre quando será o julgamento,
mas sim sobre quem e o que será julgado. Na verdade, o próprio apóstolo nitidamente esperava um único dia de juízo (At
17:29-31; Rm 2:5-16; 2Ts 1:7-10; 2Tm 1:12).

Existem temas difíceis na Bíblia, e este é um deles. Porém, apesar de algumas coisas não estarem muito claras nas Escrituras, o
que não há nelas são erros e contradições. A Bíblia sempre se refere a esse momento como “o dia do juízo“, não “os dias dos
juízos“.

Portanto, não podemos isolar e forçar um texto bíblico desconsiderando todas as outras passagens acerca do assunto, a fim de
construirmos um posicionamento teológico, pois isto resultaria numa aparente contradição. Como a Palavra de Deus é inerrante
e infalível, certamente o erro está em nossa interpretação.

Quando ocorrerá o juízo final?

Depois que entendemos que haverá apenas um único juízo final, naturalmente surge a pergunta acerca de quando este
julgamento ocorrerá. Vale lembrar que num certo sentido as pessoas são julgadas já no presente, isto é, de acordo com a
resposta delas com relação a Cristo ainda em vida.

Isto foi o que Jesus ensinou a Nicodemos no Evangelho de João, ao dizer que “quem crê nele não é condenado, mas quem não
crê já está condenado”. No original, o termo traduzido como “condenado” também significa “julgado”. Logo, quem não crê no
nome do unigênito Filho de Deus já está julgado.

Isto implica na ideia de que o juízo de Deus já recai no presente sobre os incrédulos, porém isto não anula a verdade de que a
Bíblia aponta para um julgamento futuro e final, que ocorrerá na consumação da História.

Sobre esse julgamento futuro, a Bíblia nos ensina que ele acontecerá no final da presente era, “no último dia” (Jo 12:48),
precedendo imediatamente o estabelecimento do estado eterno.

Na Parábola do Trigo e do Joio, Jesus explicou que o julgamento se dará “na consumação deste mundo” (Mt 13:40). Segundo o
próprio Jesus, esse momento ocorrerá por ocasião de Sua segunda vinda, quando “Ele se assentará no trono da sua glória; e
todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros…” (Mt 25:31,32).

O apóstolo Paulo também apontou exatamente para esse mesmo momento escrevendo à igreja em Tessalônica (2Ts 1:7-10).
Segundo Paulo, esse será o dia em que o Senhor Jesus se manifestará desde o céu com os anjos do Seu poder, “com labareda,
tomando vingança dos que não conhecem a Deus”.

O apóstolo Pedro também falou sobre esse momento. Para ele, “os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se
reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios” (2Pe 3:7).
No versículo 10 do mesmo capítulo 3, Pedro esclarece que esse evento acontecerá no dia da vinda do Senhor, um dia que
pegará o mundo iníquo de surpresa, pois “vira como ladrão”. Nesse dia se encerrará a presente era, e começará a eternidade
com “novos céus e nova terra, em que habita a justiça”.

Apesar da Palavra de Deus nos esclarecer de maneira geral a ordem dos eventos, ela não nos revela o momento exato em que
isto ocorrerá. Jesus falou que “daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente o Pai” (Mt 24:36).
Entenda se Jesus não sabia a data de sua volta.

Embora não possamos estabelecer uma data, somos confortados de que a hora do juízo final já está marcada. No Evangelho de
João lemos: “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que
fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (Jo 5:28,29).

Qual será a duração do juízo final?

Esta pergunta é impossível de ser respondida sob os padrões de medida de tempo que conhecemos. A Bíblia se refere ao
momento do juízo final como “o dia do juízo” (Mt 11:22), “aquele dia” (Mt 7:22; 2Ts 1:10; 2Tm 1:12) e “o dia da ira” (Rm 2:5).

Apesar de a Bíblia deixar claro que se trata de um único dia de juízo, nós não sabemos como o tempo funcionará nesse
momento. Em outras palavras, não devemos entender o dia do julgamento final como um dia necessariamente de 24 horas,
além do que, a Bíblia também usa a palavra “dia” para se referir a períodos mais longos.

O importante é que haverá tempo suficiente para que todos sejam julgados, de modo que tal julgamento acontecerá sem
interrupções, imprevistos, recessos e adiamentos. O julgamento final só terminará quando todos os ímpios estiverem no lago
de fogo, e os salvos acolhidos na bem-aventurança de Deus.

Onde ocorrerá o juízo final?

A Bíblia esclarece que o juízo final ocorrerá diante de um grande trono branco (Ap 20:11). No entanto, não se sabe onde estará
este trono branco. Alguns estudiosos sugerem que estará na terra, enquanto outros defendem que estará no céu (ou nos ares).
Os que preferem a terra, argumentam que seria mais lógico que o juízo final fosse aqui considerando a ressurreição dos mortos.

Já os que argumentam em favor das alturas, consideram que no livro do Apocalipse o trono de Deus sempre está no céu, não na
terra, além de que dificilmente haveria lugar na terra para comportar todas as pessoas que já viveram deste que o mundo foi
criado, de modo que se apresentem todas juntas diante do trono do juízo final.

Outros fazem um “combinado” das duas possibilidades, ou seja, defendem que os mortos ressuscitados estarão na terra e o
trono branco estará nos ares, pairando sobre eles.

Particularmente, prefiro a sugestão de que o juízo final ocorrerá nas alturas, isto por considerar o momento de colapso e
renovação em que o mundo a qual conhecemos estará submetido. Seja como for, o importante é que o julgamento final
ocorrerá, embora a Bíblia não determine claramente o local em que se dará.

Quem será o juiz no juízo final?

Em algumas passagens bíblicas, o juízo é atribuído ao Pai (1Pe 1:17; Rm 14:10; cf. Mt 18:35; 2Ts 1:5; Hb 11:6; Tg 4:12; 1Pe
2:23). Entretanto, de forma geral o Novo Testamento aponta que Cristo será o Juiz.

No Evangelho de João, lemos que “o Pai ninguém julga, mas ao Filho confiou todo o julgamento” (Jo 5:22). O apóstolo Paulo no
livro de Atos dos Apóstolos, disse aos atenienses que Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por
meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17:31; cf. 2Co 5:10).

É importante entender que não há qualquer contradição acerca deste assunto. Basta nos atentarmos para a verdade bíblica de
que nas obras divinas da criação, providência, redenção e finalmente no juízo, as três Pessoas da Trindade cooperam. Entenda o
que é a Trindade na Bíblia.

Logo, Deus o Pai, por meio do Cordeiro, Jesus Cristo, será o juiz, ou seja, a honra de julgar os vivos e os mortos foi conferida a
Cristo, que julgará todos os homens em nome de Seu Pai (Dn 7:13; Mt 13:40-43; 25:31,32,41-46; 26:64; 28:18; Jo 5:22-27; At
10:42; 2Co 5:10; Fp 2:9,10; 2Tm 4:1; Hb 9:27; 10:25-31; 12:23; 2Pe 3:7; Jd 6,7; Ap 20:11-15). Isto está de acordo com o fato de
que foi Cristo quem se encarnou, morreu e ressuscitou. Saiba mais sobre quem é Jesus.

Os salvos são aqueles que creem nEle, e os condenados são aqueles rejeitam a Ele. Por isso é mais apropriado que Ele mesmo
julgue tais pessoas. Isso também será um tipo de recompensa por seu trabalho realizado como Mediador, e a exaltação final de
Seu trinfo maior. Este será o momento em que o Cordeiro consumará todas as coisas, subjugará todos os seus inimigos e
entregará o Reino a Deus Pai (1Co 15:24).
Quem participará do julgamento final?

A Bíblia claramente afirma que os anjos estarão associados a Cristo no juízo final (Mt 13:41,42; 24:31; 2Ts 1:7,8; Ap 14:17-20). O
papel desempenhado por eles será o de reunir os ímpios para o juízo diante do trono e os lançar no lago de fogo.

Outras passagens bíblicas também afirmam que os santos, em seu estado glorificado, também participarão ativamente do
julgamento (Sl 149:5-9; 1Co 6:2,3). A Bíblia não é muito clara sobre como será essa participação, porém é muito provável que
seja no sentido de louvar e reconhecer a integridade dos juízos de Cristo (Ap 15:3,4).

Quem será julgado no juízo final?

A Bíblia nos informa que todos os anjos caídos serão julgados no juízo final (Mt 8:29; 2Pe 2:4; Jd 6). Além dos anjos
caídos, todos os seres humanos, de todas as épocas e gerações, também comparecerão diante do grande trono branco para
serem julgados.

Apocalipse 20:12 deixa claro que não haverá nenhuma exceção, pois todos, “os grandes e os pequenos” estarão diante de Deus.
Considerando que não haverá outro julgamento, e que todas as pessoas estarão diante do trono branco, logicamente os santos
também estarão.

O ensino que afirma que os salvos não comparecerão no juízo final não encontra base bíblica. O Novo Testamento ensina
explicitamente que os ímpios e os santos serão julgados no mesmo dia de juízo.

No Evangelho de Mateus, Jesus disse aos escribas e fariseus incrédulos que os ninivitas que se arrependeram nos dias
do Profeta Jonas se levantarão juntamente com eles no juízo, com a diferença de que eles não receberão condenação, ao
contrário, condenarão os ímpios daquela geração (Mt 12:41,42).

Relembrando a passagem já citada aqui de 2 Coríntios 5:10, o apóstolo Paulo foi claro ao dizer que “todos devemos comparecer
ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”.

Como já discutimos, Paulo não está falando de um outro dia de juízo, mas apenas do único dia do juízo final pela qual ele
aguardava. Lembrando que ele sempre se refere a esse julgamento como “aquele dia” (2Ts 1:6-10; 2Tm 4:1,8; cf. At 17:31).

Na Carta aos Romanos (cap. 14:10), o mesmo Paulo escreve que “todos compareceremos perante o tribunal de Deus”. Tiago, em
sua epístola, adverte sobre a responsabilidade que está sobre aqueles que ensinam a Palavra de Deus, pois estes
serão “julgados com maior rigor” (Tg 3:1). Na Epístola aos Hebreus (cap. 10:30) lemos que “o  Senhor julgará o seu povo” (cf. 1Pe
4:17).

Outro fato que nitidamente demonstra que os salvos também estarão participando do juízo final é a abertura do livro da vida
(Ap 20:12,15). O livro da vida será aberto e mostrará de uma forma indiscutível a diferença entre os salvos e o incrédulos, entre
as ovelhas e os bodes. Entenda o que é o Livro da Vida.

Os que não tiverem seu nome registrado no livro da vida serão lançados no lago de fogo, que é a segunda morte. Somente os
salvos é que terão seus nomes escritos nesse livro (Fp 4:3; Ap 13:8; 17:8; 20:15; 21:27; cf. Lc 10:20).

Apesar de a Igreja comparecer diante do tribunal de Cristo, ela não deve temer o dia do juízo final. Conforme vimos acima, os
nomes dos santos estão escritos no livro da vida, ou seja, não há qualquer condenação para aqueles que estão em Cristo
Jesus (Rm 8:1).

O apóstolo João, em sua primeira epístola, nos ensina que aqueles que estão em Deus podem ter confiança no dia do juízo (1 Jo
4:17). Além dessa passagem também reafirmar que os salvos serão julgados, ela explica que para eles não há o que temer.

O dia do juízo final será de terror para uns e de grande alegria para outros. Enquanto os ímpios receberão a condenação
eterna, os santos serão salvos pelos méritos de Cristo no “dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus” (Rm 2:5). Jesus é
quem nos livra da ira futura (1Ts 1:10).

O que será julgado no juízo final?

No juízo final serão julgadas todas as coisas que foram feitas durante a vida presente, quer sejam más, quer sejam boas (2Co
5:10). Isto inclui:

 As obras: o livro do Apocalipse diz que “os mortos foram julgados segundo as suas obras, conforme o que se achava
escrito nos livros” (Ap 20:12). O mesmo ensino encontramos em várias outras referências bíblicas (Mt 25:35-40; Ef 6:8;
Hb 6:10; cf. 1Co 3:8; 1Pe 1:17; Ap 22:12). Aqui também podemos incluir a questão da omissão, ou seja, as vezes que
erramos por deixarmos de fazer algo.
 As palavras: Jesus foi claro ao dizer que “de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do
juízo” (Mt 12:36).

 Os pensamentos: o apóstolo Paulo escreveu dizendo que quando o Senhor vier, “não somente trará à plena luz as
coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações” (1Co 4:5; cf. Rm 2:16).

Resumindo, podemos dizer que no dia do juízo final não há nada que agora esteja escondido que não será revelado (Lc 12:2;
Mt 6:4,6,18; 10:26; 1Tm 5:24,25). O julgamento de todas as coisas feitas pelos homens em vida, enfatiza a realidade da
responsabilidade humana ensinada na Bíblia.

Qual será o critério de julgamento no juízo final?

Primeiramente, precisamos ressaltar que a eternidade ao lado de Deus, ou a condenação eterna no lago de fogo, dependerá
exclusivamente se a pessoa estará vestida com a justiça de Cristo, ou seja, sem a justificação pela fé em Cristo Jesus será
impossível ser absolvido no juízo final.

Em outras palavras, em nenhuma hipótese há qualquer salvação fora de Cristo (Jo 3:16; 14:6; At 4:12; 1Co 3:11). O critério para
a salvação não são as obras, mas a graça.

Apesar de as obras serem julgadas no juízo final, fica clara a intima ligação que há entre fé e obras, no sentido de que a
verdadeira fé revela a si própria nas obras, ou seja, as obras são a evidência da fé. Logo, se alguém possui a fé
verdadeira, necessariamente produzirá boas obras (Mt 7:21; Tg 2:18-26).

Estabelecido este princípio, agora podemos dizer que o critério de julgamento no juízo final será basicamente o conhecimento
da vontade revelada de Deus. A Bíblia nos mostra que algumas pessoas recebem uma revelação maior da vontade de Deus do
que outras (Mt 11:20-22).

Esta verdade nos leva ao fato de haverá graus de castigos e também graus de glória. Jesus falou exatamente sobre este ponto
no Evangelho de Lucas, ao ensinar que “o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua
vontade, será castigado com muitos açoites; mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será
castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (Lc
12:47,48).

Perceba que Jesus ensinou que quanto maior a revelação que alguém recebe acerca da vontade de Deus, maior será a sua
responsabilidade. Se a passagem acima revela que haverá graus de sofrimento para os perdidos, outras passagens também
revelam que haverá graus de gloria para os santos, como por exemplo, em 1 Coríntios 3:10-15, onde o apóstolo Paulo trata da
questão dos galardões.

Portanto, as pessoas serão julgadas com base na quantidade de conhecimento receberam acerca da vontade de Deus, e como
reagiram ao conhecimento que receberam.

Dando um exemplo prático, uma pessoa que teve a revelação da vontade de Deus apenas no Antigo Testamento, será julgada
de acordo com sua reação ao Antigo Testamento. Vale lembrar que o Antigo Testamento aponta para Cristo, e que homens de
Deus, no Espírito de Cristo, pregaram a justiça (1 Pe 1:10,11; 3:18-20; 4:6).

Já quem recebeu a revelação completa da vontade de Deus, isto é, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, será
julgado por sua reação a toda a Escritura. Logo, os santos da antiga dispensação viveram pela fé na promessa que haveria de vir,
e nós, da nova dispensação, vivemos pela fé no cumprimento da promessa. De igual modo, todos nós seremos julgados por isso.

Há também aqueles que não receberam essa revelação especial de Deus através das Escrituras. Paulo fala sobre estas pessoas
em sua Carta aos Romanos, e diz que todos eles são indesculpáveis, pois apesar de não terem recebido a revelação especial de
Deus, ignoraram a clara revelação dEle na natureza e na consciência, e não O honraram como Deus (Rm 1:18-21).

Para saber mais sobre isso, leia os seguintes textos:

 Quem nunca ouviu o Evangelho será salvo?

 Porque Deus não permitiu que todos ouvissem o Evangelho?

Os galardões no Juízo Final

Como pudemos ver, no juízo final o ímpio receberá sua condenação com diferentes graus de castigo, e o santo receberá seu
galardão com diferentes graus de glória.
A Bíblia afirma que os salvos serão galardoados (Mt 5:11,12; 6:19-21; 25:23; Mc 9:41; Lc 6:35). Os galardões serão distribuídos
segundo as obras de cada um. Isto é o que o Apóstolo Paulo afirmou em 1 Coríntios 3:10-15.

Nesta passagem, Paulo utilizou seis materiais para exemplificar a forma com que os santos constroem suas obras, sendo eles:
ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha. Paulo também deixou claro que o fundamento sobre o qual todos devem
construir é um só: Jesus Cristo. Depois, Paulo fala que a obra de cada um será testada pelo fogo, uma clara referência ao dia do
juízo de Deus.

O apóstolo completa dizendo que “se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão;
se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (1Co
3:14,15).

Paulo está falando exatamente sobre o fato de que cada cristão terá de prestar contas do que fez com a revelação de Deus em
Seu Filho. O cristão fiel e aplicado, que serve a Deus com diligencia e comprometimento, será graciosamente recompensado por
Deus com galardão.

Já o cristão que age com negligência, será punido, sofrerá dano e terá suas obras queimadas. Apesar disto, por Sua infinita
graça, Deus lhe concede o dom da salvação. Note que o tipo de material com que cada um construiu foi importante para o
recebimento do galardão, mas o determinante para a salvação foi o fundamento sobre o qual os edificadores construíram, ou
seja, ambos são salvos pela graça, pois de nada adiantaria construir com ouro sobre outro fundamento que não seja Cristo.

Outro ponto importante é entender que os galardões são dons da graça de Deus, ou seja, são presentes d’Ele para nós, e não
conquistas nossas, pois por melhor que pareçam ser as nossas obras, aos olhos de Deus nenhuma delas é digna de honra (Lc
17:10). Se receberemos galardões, isso também é graça.

Quais são os propósitos do juízo final?

Podemos citar alguns propósitos principais que explicam a necessidade acerca do juízo final:

 O juízo final mostrará a soberania de Deus e a Sua glória na revelação do destino eterno de cada pessoa que já existiu
sobre a face da terra, e no desfecho final da presente era. Na condenação dos ímpios, a justiça de Deus será exaltada,
bem como Sua graça será exaltada na salvação dos santos.

 O juízo final será o momento em que Cristo e seu povo serão publicamente vindicados. Todos os homens verão aquele a
quem crucificaram em grande esplendor e glória. Agora, aquele a quem eles julgaram os julgará.

 O juízo final revelará o grau de punição ou de gloria (galardões) que cada um vai receber.

 NO juízo final cada pessoa será designada ao devido lugar em que passará a eternidade, isto é, ou o novo céu e a nova
terra ou o lago de fogo.

Qual o significado do juízo final?

O juízo final significa, sobretudo, que a História não é conduzida pelo acaso. Nada do que acontece escapa do conhecimento
de Deus, pois Ele é soberano, e é Ele quem governa a História.

O dia do juízo final mostrará o grande triunfo de Deus e de Sua obra redentora, ou seja, a conquista final e decisiva sobre todo
mal, e a revelação máxima da vitória de Cristo, o Cordeiro que foi morto. O juízo final revelará e provará ao mundo que a
vontade de Deus será executada perfeitamente, e que nenhum de Seus planos poderá ser frustrado.

Que tal fazer Bac

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