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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

MERCEDES NOHELY RODRIGUEZ TORREALBA.

ESPERANÇA E DEPRESSÃO EM PACIENTE COM CÂNCER DE CABEÇA E


PESCOÇO NA PANDEMIA DO COVID-19

CURITIBA
2020
MERCEDES NOHELY RODRIGUEZ TORREALBA

ESPERANÇA E DEPRESSÃO EM PACIENTES COM CÂNCER DE


CABEÇA E PESCOÇO NA PANDEMIA DO COVID-19

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Setor de


Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para
obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

Linha de pesquisa: Processo de Cuidar em Saúde e Enfermagem

Orientadora: Profª. Drª. Nen Nalú Alves das Mercês

CURITIBA
2020
Dedico este trabalho com todo o meu amor e gratidão a Petra Cecilia
Rodriguéz (in memorium), por me ensinar que tudo tem um porquê e que nada acontece por
acaso, tudo o que eu fizer na vida será sempre pensando em você.

A realidade é meramente uma ilusão apesar de ser uma ilusão muito persistente.

Albert Einstein

AGRADECIMENTOS
Á Deus por seu amor infinito e suas bênçãos, por ser minha luz em cada um dos
momentos dificeis, pelo crescimento que me proporcionou durante o mestrado, por me
conceder força e sabedoria, e tornar meu processo de adaptação um pouco mais leve
e agradável.

Á minha orientadora, Professora Dra. Nen Nalú Alves das Mercês a quem tenho
profunda gratidão e admiração, por sua paciência, dedicação e compreensão, por
compartilhar seu conhecimento a longo de esta caminhada no processo de pesquisa, e
por seu apoio e cada uma das orientações, sua boa energia me permitiu seguir em
frente e acreditar em mim.

Ao meu pai Rafael (in memoriam) e a minha mãe Yrma por me motivar a ser melhor
cada dia, por ser sempre uma fonte de inspiração, por cada conselhos e por apoiar
minhas decisões, e ao meu querido irmão Elvis por me trazer até este maravilhoso pais
e me apoiar sempre, e a meus irmãos Esneyder e Rafael pela motivação.

Ao Enf. Deny kelson vasque pereira pela ajuda na coleta e a enfª Bruna Eloise Lenhani,
sem eles não seria possível fazer a coleta de dados, obrigada por sua gentileza e
colaboração nesta pesquisa.

Ao Hospital Erasto Gaetner que autorizou e disponibilizou o espaço para a pesquisa.

Aos membros da banca, por aceitarem o convite, e por cada contribuição.

Ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, a Coordenação e a seus


professores, pela oportunidade.

Aos membros do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano de


Enfermagem (NEPECHE), pelo companheirismo e as contribuições.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, pelo


suporte financeiro na concessão da bolsa.
LISTA DE FIGURA

FIGURA 1 . Principais sítios anatômicos do carcinoma de células escamosas de


cabeça e pescoço.

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Correlação entre escores EEH e PHQ-9


GRÁFICO 2 – Comparações das classificações de número de filhos duas a duas, em
relação a EEH escore
GRÁFICO 3 – Avaliação da associação entre a variável ocupação laboral (afastado
para tratamento) e os escores PHQ-9 e EEH
GRÁFICO 4 – Avaliação da associação entre a variável ocupação laboral (afastado
para tratamento) e os escores PHQ-9 e EEH
GRÁFICO 5 – Comparações das classificações de tratamento duas a duas, em relação
a PQH-9 escore
LISTA DE TABELAS Rever títulos e paginação
TABELA 1 – Dados sociodemográficos dos participantes
TABELA 2 – Dados clínicos
TABELA 3 – Dados clínicos
TABELA 4 – Escores PHQ-9 e escala EEH
TABELA 5 – Avaliação da associação entre idade e renda mensal individual e familiar
com os escores PHQ-9 e EEH
TABELA 6 – Avaliação da associação entre sexo feminino e masculino e os escores
PHQ-9 e EEH
TABELA 7 – avaliação da associação entre número de filhos e os escores PHQ-9 e
EEH
TABELA 8 – Avaliação da associação entre as variáveis de escolaridade e os escores
PHQ-9 e EEH
TABELA 9 – Avaliação da associação entre as variáveis de religião e os escores PHQ-
9 EEH
TABELA 10 – Avaliação da associação entre as variáveis de estado civil e os escores
PHQ-9 e EEH
TABELA 11– Avaliação da associação entre a variável ocupação laboral (afastado
para tratamento) e os escores PHQ-9 e EEH
TABELA 12 – Avaliação da associação entre a variável ocupação laboral
(aposentado) e os escores PHQ-9 e EEH
TABELA 13 – Avaliação da associação entre a variável histórico da doença de
depressão e os escores PHQ-9 e EEH
TABELA 14 – Avaliação da associação entre a variável diagnostico atual e os escores
PHQ-9 e EEH
TABELA 15 – Avaliação da associação entre a variável tratamento de depressão os
escores PHQ-9 e EEH
TABELA 16 – Avaliação da associação entre a variável sentimento na pandemia e os
escores PHQ-9 e EEH
TABELA 17– Avaliação da associação entre a variável medo como sentimento na
pandemia e os escores PHQ-9 e EEH
TABELA 18 – Avaliação da associação entre a variável outros sentimentos na
pandemia e os escores PHQ-9 E EEH
TABELA 19 – Avaliação da associação entre a variável tratamento oncológico atual e
os escores PHQ-9 e EEH
LISTA DE SIGLAS

ADTs - Inibidores não seletivos de recaptura de monoaminas


ASCO the American Society of Clinical Oncology
AJCC - The American Joint Committee on Cancer
BDI - Beck Depression Inventory
BVS - Biblioteca Virtual em Saúde
CCP – Câncer de cabeça e pescoço
CECS - carcinomas de células escamosas
CEC - carcinoma espinocelular
CID - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
com a Saúde
CEP - Comitê de Ética em Pesquisa de Seres Humanos
CINAHL - The Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature
COVID-19 – Corona Virus Disease 2019
DSM - Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais
DSM-IV - Mini Plus
DSM-5 - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – fifth
EEH - Escala de Esperança de Herth
EBP – Espteins-barr
EBADEP-A - Escala Baptista de Depressão - versão Adulto
EADS - Escala de Ansiedade, Depressão e Stress
FHCQ - Faith Hope and Charity Questionnaire
GAD-7 - Transtorno Geral de Ansiedade
GHQ-SIV - General Health Questionnaire
HADS - Hospital anxiety and depression scale
HAM-D - Hamilton Depression Rating Scale for Depression
HPV - Papiloma vírus humano
HEG - Hospital Erasto Gaertner
HHI - Hearth Hope Index
HHS - Herth Hope Scale
NHI- NATIONAL CANCER INSTITUTE
IARC - Agência Internacional do Câncer
INCA - Instituto Nacional do Câncer
IMAOs - inibidores de monoaminooxidase
LPCC - Liga Paranaense de Combate ao Câncer
OMS - Organização Mundial da Saúde
OPS - Organização Panamericana da Saudê
PHQ-9 - Patient Health Questionnaire – 9
PHQ-9 - Questionário sobre Saúde do Paciente
PRIME-MD - Primary Care Evaluation of Mental Disorders
PUBMED - National Library of Medicine
SARS CoV-2- severe acute respiratory syndrome coronavirus 2
SUS - Sistema único de Saúde
SSRIs - Inibidores seletivos da recaptação da serotonina
SBCO- Sociedade brasileira de oncologia clinica
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UICC- União Internacional Contra o Câncer
SUMARIO

1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………..
2. OBJETIVO…………………………………………………………………..
2.1 OBJETIVO GERAL………………………………………………………...
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS……………………………………………….
3. REVISÃO DA LITERATURA ……………………………………………….
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO……
3.2 EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER…………………………………………….
3.3 FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO……….
3.4 OS CÂNCERES DE CABEÇA E PESCOÇO………………………………
3.4.1 CÂNCER DE CAVIDADE ORAL…………………………………………
3.4.2 CÂNCER DA LARINGE…………………………………………………….
3.4.3 CÂNCER DA OROFARINGE………………………………………………
3.4.4 CÂNCER NASOFARÍNGEO………………………………………………..
3.5 ESTADIAMENTO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO…...
RESUMO farei a correção após os ajustes

O presente trabalho tem como objetivo Avaliar a esperança e a depressão


maior em pacientes com câncer de cabeça e pescoço em tratamento quimioterápico
e/ou radioterápico. Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, do tipo
observacional e analítico, vinculado ao projeto Construindo processos de cuidado na
interface do cuidar em situações de enfermidade grave inserido na linha de pesquisa
Processo de cuidar em saúde e enfermagem, realizado em o HEG no ambulatório de
cabeça e pescoço, A amostra foi composta por 60 pacientes (61,7%) de sexo
masculino e (38,3%) de sexo feminino com diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço
entre as idades 34-80 anos; A coleta de dados foi realizada entre maio e september do
2020, caracterizando o perfil sociodemográfico e clinico dos pacientes com câncer, por
meio de um questionário elaborado pela autora, foram avaliados pela scala EEH, e
pelo PQH-9, Para a análise dos dados, utilizaram-se a estatística descritiva, os testes
não paramétrico de Mann-Whitney, e de Kruskal-Wallis e a correlação de Spearman.
Resultados: (53,3%) pacientes com câncer da cavidade oral, (33,3%) da laringe, (5,0%)
orofaringe, (8,3%) na nasofaringe, (28,3%) relataram ter histórico de doença de
depressão, na analise e correlação dos escores PHQ-9 com o sexo fem demostrou 7,7
± 6,2, e o sexo masc 5,6 ± 4,6 (p= 0,250), demostrou níveis maior de depressão em
mulheres que me homens, e no escore EEH no sexo fem demostrou a 40,8 ± 4,0 e no
sexo masc a 41,6 ± 2,4 (p=0,662), observou-se a esperança em ambos, em relação a
pandemia os pacientes (n=21) manifestarem Angústia, ansiedade, e medo na
correlação com o PHQ-9 a 8,2 ± 6,2 e (n =36) manifestarem outros (tranquilos/acreditar
em Deus) e a 5,6 ± 4,7 (p= 0,123), houve significância estatística entre esperança com
o numero de filhos (p=0,034), os que têm 3 ou mais filhos tem maior esperança, e na
variável escolaridade e o PHQ-9, (P= 0,019), o que demostrou maior depressão em
quanto a maior nível de escolaridade. Conclui-se este estudo fornece mais suporte
para a eficácia e importância da esperança como estrategia de enfrentamento e
intervenção na doença do câncer e em questões como depressão.
Palavras-chave: esperança, depressão, paciente oncológico
APRESENTAÇÃO

O câncer é uma das doenças mais estudadas, vivenciadas, e rejeitadas no


mundo, ao longo da história. Existem mais de 100 tipos diferentes de câncer, cada um
com características clínicas e biológicas diversas, além disso é um dos problemas de
saúde pública mais complexos. Ao longo do tempo tem surgido muitas contribuições na
literatura, diversas pesquisas a respeito da doença, sempre tentando encontrar uma
saída do labirinto, mas infelizmente ainda sem sucesso.
O câncer é uma doença que desde criança me despertou uma enorme
curiosidade, pelo imprevisível e transformador que pode ser na vida das pessoas. Eu
tinha 10 anos quando vi pela primeira vez alguém ficar doente e morrendo de câncer.
Desde aquela época, eu disse que seria um oncologista; aos 15 anos observei de perto
a doença, cuidei de uma paciente com câncer de mama metastático durante três anos,
lembro que ela dizia para mim que seria o meu primeiro estágio, e de certa forma foi,
aprendi aferir os sinais vitais, a fazer curativos, a trocar cilindro de oxigênio, a levar o
controle do sistema de drenagem Peur-evac ®, entre outros. Eu não só aprendi sobre a
doença e seus cuidados e a importância da esperança nesses pacientes, do meu ponto
de vista pessoal a esperança permitiu a ela enfrentar seus medos, aliviar a dor,
sustentar um sorriso todos os dias.
Em minha experiência profissional como médica interna do Serviço de Clínica
Médica do Hospital Dr. Placido Daniel Rodriguez Rivero, na Venezuela, tive
oportunidade de fazer exercício de minha carreia durante um período de sete messes.
Parte de meu trabalho diário era fazer a história clínica de pacientes oncológicos,
acompanhar sua evolução clínica, terapêutica e alguns casos cirúrgicos; lembro que a
maior parte de meus pacientes eram hemato oncológico, o qual fiz de minha
experiencia desafiante. O ambiente sempre estava carregado de muita adrenalina, pois
manter os níveis hematológicos controlados era um árduo labor. O hospital tem seus
protocolos e uma das normativas era que os pacientes ao precisar de sangue devem
levar doadores, mas nem sempre é suficiente e outros simplesmente não têm ninguém.
Portanto, são muitos os desafios quando se trabalha sem recursos; e, são muitas as
complicações que surgem a longo do processo de doença e uma de as coisas que
mais tive que fazer era correr a outro hospital vizinho a buscar medicamentos para
meus pacientes, e nem sempre tive sorte. A massagem cardíaca terminava sendo só
um protocolo e muitas vezes os dias terminavam em frustração. Olhar o hospital onde
me formei durante quase quatro anos ficar cada dia pior me fez desistir, estar em um
lugar onde todos estamos cientes de que os fatos não nos pertencem, mas ninguém
faz nada para mudar isso não é encorajador. São muitas as batalhas internas e
externas que vivencia um profissional da área da saúde, experiencias que definem
nossa existência, sempre tentando aliviar a dor, sofrimento, angústia e medo, e nossa
única intenção é preservar a vida sempre que seja possível.
Pouco tempo depois de ter colocado minha carta de renúncia no hospital,
surgiu a oportunidade de fazer mestrado na Universidade Federal do Paraná - UFPR
na linha do cuidado em saúde, que até agora é a experiência mais enriquecedora da
minha vida. O aprendizado tecnológico, científico, a inovação em ferramentas e
técnicas educativas, o desenvolvimento da pesquisa, a essência da escrita acadêmica
e cada um dos conhecimentos transmitidos durante as disciplinas cursadas, me fez
sentir com sorte de fazer parte do programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Nas
salas de aula, as professoras sempre compartilhavam algumas frases como: “sua
pesquisa deve ser a melhor da terra” (Metodologia da pesquisa); “sua escrita é a
maneira como você se expressa ao mundo”, “não deixe sua felicidade de lado, a vida é
passageira mas escrita sempre” (Tópicos especiais III - Redação e Publicação de
Artigos Científicos); “não importa que você não entenda uma coisa, agora você sabe
que existe e isso lhe dá mais um passo” (Tópicos especiais I - Epidemiologia e Câncer
Ocupacional) - o que considerei inspirador.
Nesse contexto sair da minha zona de conforto me fez crescer e refletir em
muitos aspectos de minha formação e trabalhar com pesquisa oncológica não só me
conforta, mas também me lembrou do motivo pelo qual escolhi fazer parte da equipe de
saúde, A abordagem de questões como esperança, depressão, além de serem temas
muito importantes nos permite ter uma visão mais abrangente do que o paciente
oncológico realmente precisa.
Considero o câncer como uma doença que deve ser vista com muito respeito e
coragem, para enfrentar as mudanças físicas e emocionais repentinas. Para o paciente
com câncer enfrentar e superar o medo que paralisa, o medo da morte e sentir que,
merece uma segunda chance de viver é um desafio. Na guerra, a arma mais usada é a
espada, na vida é a fé e no câncer a arma essencial é a esperança.
No caso do câncer de cabeça e pescoço, é um dos cânceres mais chocantes, à
diferença de outros tipos de cânceres, nossa imagem física é tão sensível que o Ser
humano fica perturbado, com pensamentos sobre como ele é visto pela sociedade e
como ele se olha no espelho; se aceitar como se é. Nem todos conseguem alcançar
isto, pois a autoestima está ligada principalmente a auto imagem; e, considero que em
algum momento de nossas vidas apresentamos problemas de autoestima. O que me
faz pensar em como esse tipo de câncer pode ser devastador, não apenas pelo
diagnóstico de ser uma das doenças mais mortais da história, senão pelas
consequências físicas, por exemplo, alteração facial, pois como uma consequência fica
comprometida a face do paciente que é sua carta de apresentação ou pela perda da
voz, que para muitos é fundamental no trabalho e no pior dos casos ambos podem
estar afetados.
Pensando nisso e devido a tristeza, sofrimento, desolação e desmotivação dos
pacientes é que surge meu interesse em estudar o nível de depressão e encontrar nos
pacientes a esperança que permita ajudá-los no processo desta doença, O paciente
oncológico precisa de esperança, motivação, acreditar em uma possibilidade de vida,
que existe uma força interior capaz romper todo pensamento mau, haja vista, que um
espirito positivo ajuda ao enfermo a sobreviver.
1. INTRODUÇÃO

O câncer é um grupo de mais de 100 doenças, que são descritas como um


crescimento celular desordenado nomeado como maligno, caracterizado por invadir
tecidos e órgãos no processo de metástase; por sua divisão celular agressiva e
incontrolável, diferente de um tumor benigno, que corresponde a uma massa localizada
de células que se multiplicam lentamente e se assemelham ao seu tecido original. Por
ter origem monoclonal, o câncer é uma doença genética, determinada por mutações de
genes e fenótipos. Tais alterações podem converter uma célula normal, em uma célula
transformada, isto significa que o fenótipo ao sofrer mutações é transmitido da célula
alterada para as células filhas, iniciando o processo de proliferação (MARQUES, 2015),
além disso é classificado como uma doença crônica (PALECZNA, 2018)
No câncer de cabeça e pescoço sua origem é geralmente nas células
escamosas da superfície úmida da mucosa interna, no entanto podem começar nas
glândulas salivares, e se classifica de acordo com região da cabeça e pescoço, que
inicia, como cavidade oral, faringe, laringe, seios paranasais e glândulas salivares.
(NIH, 2017).
Na cavidade oral o tumor maligno afeta lábios e estruturas da boca. A maioria
dos casos é diagnosticada em estágios avançados (INCA, 2020). O tipo histológico
mais comum é o carcinoma de células escamosas, no entanto 40% iniciam no assoalho
da boca e 30% no lábio inferior (SCHIFF, 2018). A laringe é a segunda localização
mais comum, da via aérea superior e representa 2% de todas as neoplasias no mundo,
e, cerca de 25% dos tumores desta área. O principal tipo histológico é o carcinoma
epidermóide, correspondendo a 95% dos casos (INCA, 2020). O carcinoma
epidermóide de orofaringe tem aumentado em incidência desde a década de 1970.
Esse aumento é devido a alteração dos comportamentos sexuais e o papel do
papiloma vírus humano (HPV) envolvendo base lingual e amígdala. De 15 a 75% dos
pacientes podem apresentar envolvimento linfonodal, pois é um órgão extremamente
rico em linfonodos. (MARQUES, 2015; YAN, AGRAWAL, GOOI, 2019).
Estão associados a fatores de risco ambientais e de estilo de vida, como o uso
do tabaco e consumo de álcool e, também, relacionado à infecção por subtipos das
cepas oncogênicas do papiloma vírus humano, o HPV-16 e HPV-18 (WHO, 2014;
THOMO, GARCIA, CLARK, 2018). E, pelos fatores de risco ocupacional pela exposição
a agentes cancerígenos como o pó de madeira, pó de couro, compostos de níquel,
compostos de cromo, entre outros. (MENSI et al, 2013).
O câncer de cabeça e pescoço é a sétima causa mais comum de câncer no
mundo e representa a oitava causa de mortes por câncer. (ESMO SUMMIT LATIN
AMERICA, 2019).
No Brasil para cada ano do triênio 2020-2022, a incidência do câncer da
cavidade oral, será de 11.180 casos em homens e de 4.010 em mulheres e, o número
de casos novos em laringe será de 6.470 em homens e 1.180 em mulheres. Os
tumores de lábios, cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal e tireoide são
agrupados como cânceres de cabeça e pescoço e representam a segunda maior
incidência em homens brasileiros (INCA, 2020).
No Estado do Paraná, a estimativa de 2020, para o câncer de cavidade oral foi
de 680 casos novos em homens e 230 em mulheres; e, na cidade de Curitiba com 70
casos em homens e 30 em mulheres. Na laringe foi de 370 casos em homens e 100
casos em mulheres; e, 30 casos em homens e 20 casos em mulheres, em Curitiba
(INCA, 2020).
O risco de mortalidade em pacientes com câncer de cabeça e pescoço
aumentou aproximadamente em 40%, em áreas de alta incidência, em 2020,
provocado pela Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS CoV-2)
infecção originada pelo novo Coronavirus disease - 19 (COVID-19). os fatores de resgo
de infeção por COVID 19 são a exposição a tabaco e álcool o que se entrelaça com os
fatores de resgo do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. (CHAVES, 2020);
Os pacientes com câncer apresentam uma evolução clínica pior quando comparado a
outros pacientes com infecção por COVID-19 (SBCO, 2020).
Quanto aos dados globais, para janeiro 2021 houve 82,356,727 casos
confirmados de COVID-19, e 1,815,433 mortes notificados á OMS no mundo, no
entanto no brasil foram registrado 7,675,973 casos confirmados e 194,949 mortes
(OMS, 2020), nesse contexto esta emergência de saudê mundial impactou altamente
as atividades de oncologia em hospitais, os centros oncológicos em diferentes países
adotaram diversos protocolos para o manejo dos pacientes com câncer infectados pela
COVID-19, os pacientes oncológicos apresentam maior resgo de desenvolver infecção
severa, especialmente os pacientes acima de 60 anos, no entanto os pacientes com
câncer têm 3 vezes maior possibilidade de se infetar por COVID 19 do que os que não
têm alguma tipo de câncer e o risco de infecção viral severa aumenta 5 vezes e o de
óbito 8 vezes. (DENYS, et al 2020), O alto resgo de exposição ao COVID 19 aumenta
em no transporte a as consultas múltiplas com membros da equipe multidisciplinar, em
as frações diárias de radiação, ou quimioterapia; Mesmo assim o tratamento oncológico
pode aumentar o risco de complicações mais severas do COVID-19, (LIANG, et al
2020) pois os pacientes estão em um estado imunossupressor devido à malignidade e
ao tratamento oncológico (SHANKAR, et al 2020), em pacientes com câncer de cabeça
e pescoço a traqueostomia aumenta o risco de infecção por COVID-19, risco de
disseminação, risco de complicações respiratórias e, risco de morte é por isso cada um
dos procedimentos no trato aerodigestivo superior devem ser realizados após a devida
análise do caso com o objetivo de proteger ao paciente (CHAVES, et al 2020)
um estudo de análise realizado na china mostrou que resgo de complicações
severas foi muito maior em pacientes com câncer do que em pacientes sem câncer
(39% vs. 8%, p = 0,0003) (LIANG 2020). do mesmo modo é importante observar que
a pandemia pode afetar a qualidade de vida nas dimensões biológica, psicológica, e
social do paciente com câncer já que lidam com alterações mentais e físicas além do
enfrentamento da doença (MARQUES, 2020).
Os cânceres de cabeça e pescoço, de acordo com a localização, estadiamento
e terapêutica, podem levar a alterações anatômicas e fisiológicas importantes
causando um impacto devastador na vida do paciente (DIOS, LESTÓN. 2010, BOSSI
P et al, 2019). É descrito, como o mais traumático em nível emocional, do que qualquer
outra forma de câncer (THOME, GARCIA, CLARK, 2018), pois afeta a pessoa em
muitas áreas de sua vida (PALECZNA, 2018). Eles correm risco de sofrer mudanças,
tais como, problemas na respiração, deglutição e comunicação verbal, levando ao
isolamento social, (PAULA et al, 2012).
Dessa forma, o paciente com câncer pode experimentar alterações
comportamentais, de humor, entre outras, como a depressão, durante todo o processo
do adoecimento, desde o diagnóstico ao tratamento afetando a qualidade de vida,
reduzindo adesão a terapêutica e aumentando a morbimortalidade (ANDREW et al,
2009).
Um estudo realizado nos Estados Unidos com 55 pacientes de tumor primário
em cabeça e pescoço, desde o diagnóstico até um período de dois anos após o
diagnóstico, revela que indicadores de sintomas depressivos estão significativamente
associados a piores resultados, observando-se uma taxa de mortalidade de 33%
(CASH et al, 2018).
Neste contexto, a depressão é um transtorno mental e estima-se que mais de
300 milhões de pessoas sofram com esse transtorno, sendo a principal causa de
incapacidade e contribui de forma importante para a carga global de doenças. As
mulheres são mais afetadas que homens, além disso é debilitante, potencialmente letal
e pode levar ao suicídio (STRINGARIS, 2017; OMS, 2018). A interação de fatores
sociais, psicológicos e biológicos podem agravar o quadro de depressão e piorar a
situação de vida da pessoa afetada (OMS, 2018).
A depressão é classificada de acordo com os sintomas, como: transtorno
depressivo maior, transtorno depressivo persistente, outros transtornos específicos ou
inespecíficos, também por sua etiologia como transtorno disfórico pré-menstrual,
transtorno depressivo decorrente de outra condição médica e transtorno depressivo
induzido por medicamentos (CORYELL, 2018).
O impacto da depressão na qualidade de vida causa efeitos extenuantes nos
pacientes com câncer (SHERRILL et al, 2017). E, nos pacientes com câncer de cabeça
e pescoço com sintomas depressivos maiores apresentam uma pior sobrevida global,
com maior risco de interrupções do tratamento e pior resposta a terapêutica.
(ZIMMARO et al, 2018). Os pacientes com transtorno depressivo maior experimentam
estados emocionais disfuncionais e comprometimentos cognitivos, levando a
problemas comportamentais, sociais e funcionais (RINALDI et al, 2019). Dentre eles, o
humor deprimido durante a maior parte do dia, diminuição acentuada do interesse ou
prazer em todas ou quase todas as atividades durante a maior parte do dia, ganho ou
perda ponderal de peso ou diminuição e aumento do apetite, insônia ou hipersonia,
fadiga ou perda de energia, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou
inapropriada, capacidade diminuída de pensar, concentrar-se ou indecisão. Os
pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida, tentativa de suicídio ou um plano
específico para cometer suicídio, também são comuns. (CORYELL, 2018).
A terapêutica para depressão pode melhorar o humor, diminuindo a
sintomatologia e, também, melhorar o prognóstico relacionado ao câncer. Portanto, é
importante tratar os sintomas depressivos nesses pacientes (SOTELO et al, 2013)
Nesse contexto, a esperança tem um impacto direto no bem-estar físico e
psicológico, desde o aumento da tolerância ao estresse até a alteração dos hábitos de
vida e do funcionamento imunológico (MAGNANO et al, 2019).
A esperança dá um sentido de competência pessoal, enfrentamento as
situações do dia a dia, bem como habilidade, propósito e significado na vida e uma
sensação do possível (MILLER,1986), através, de estratégia de enfrentamento efetiva
(HERTH, 1989; GUCLU YA, 2019). Para Entralgo (1957), a esperança é uma
oportunidade suprema, uma nova vida, um poder de ajuda; algo transcendente, que
implica uma relação pessoal de entrega e confiança, abrindo para a totalidade da
existência.
Dessa forma, a esperança pode ser caracterizada no dia a dia como uma
probabilidade subjetiva de um bom resultado. A probabilidade subjetiva é um estado
mental em que a probabilidade de um evento, conforme julgado pela pessoa é uma
declaração de seu grau de crença (JAFARIet al, 2010)
É por isso que a esperança permite a pessoa lidar contra as fraquezas internas
ou circunstâncias adversas da vida (MOROTE, et al 2017). Ela impulsiona o ser
humano, além disso, em pacientes que convivem com uma doença crônica, como o
câncer permite que vivam de uma forma mais intensa, mesmo diante das adversidades
impostas pelo curso da doença e de seu tratamento (SARTORE; GROSS, 2007).
Em um estudo que aborda a ansiedade, depressão e esperança, realizado no
Instituto do Câncer e Hospital de Base da cidade de São José do Rio Preto,
desenvolvido com uma amostra de 100 pacientes, com diagnostico de câncer durante a
hospitalização e tratamento oncológico. Foram avaliados pela Escala Hospitalar de
Ansiedade e Depressão e Escala de esperança de Herth, dessa amostra 27% dos
pacientes apresentaram indicadores de depressão, 24% de ansiedade e 13%
ansiedade e depressão concomitante; e, os indicadores de esperança com uma media
de 39,6. Esta pesquisa traz como resultado que níveis elevados de esperança em
pacientes oncológicos diminui a ansiedade e a depressão (GRANDIZOLI et al. 2017).
Algumas variáveis associadas à esperança foram identificadas nos estudos
científicos, que são: temporalidade e futuro, prontidão positiva, expectativa e
interconectividade. Sendo identificadas sete estratégias de desenvolvimento da
esperança, que são: conexão interpessoal, base espiritual, objetivos atingíveis,
afirmação de valor, alegria, atributos pessoais e memórias edificantes. Enquanto,
abandono, dor incontrolável, desconforto e desvalorização da personalidade foram
mencionados como fatores que dificultam a esperança (HERTH, 1992).
Por fim, a equipe de saúde está em uma posição única para promover a
esperança entre os pacientes, através da conexão interpessoal, sendo importante nutrir
esperança e com habilidades de comunicação ajudar os pacientes a ampliar seu
repertório de enfrentamento (FELDER, 2004)
Diante do exposto, definiu-se para este estudo a seguinte questão
norteadora: os pacientes com câncer em cabeça e pescoço apresentam
depressão maior e esperança durante o tratamento quimioterápico e/ou
radioterápico?
Desenvolver este estudo se justifica pela escassez de dados nacionais sobre a
depressão e esperança em pacientes com câncer em cabeça e pescoço,
principalmente no momento atual, em que a população mundial enfrenta uma situação
sanitária de pandêmia.
Com o desenvolvimento deste estudo, intenta-se contribuir com subsídios para
a construção de conhecimento na temática aos profissionais da área da saúde.
2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a esperança e a depressão maior em pacientes com câncer de cabeça e


pescoço em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico do paciente com câncer de


cabeça e pescoço em estadiamento T1 a T4 (a ou b) em tratamento quimioterápico
e/ou radioterápico na pandemia do COVID 19;

 Identificar os níveis de depressão maior em pacientes com câncer de cabeça e


pescoço em estadiamento T1 a T4 (a ou b) em tratamento quimioterápico e/ou
radioterápico, na pandemia do COVID19 pelo Patient Health Questionnaire – 9;

 Caracterizar a esperança em pacientes com câncer de cabeça e pescoço em


estadiamento T1 a T4(a ou b) em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico na
pandemia do COVID 19, pela escala de esperança de Herth; e,

 Correlacionar a esperança e a depressão em pacientes com câncer de cabeça


e pescoço em estadiamento T1 a T4(a ou b) em tratamento quimioterápico e/ou
radioterápico na pandemia do COVID 19.

2.3 HIPÓTESE

Influença da esperança na depressão em pacientes com câncer de cabeça e


pescoço na pandemia do covid 19
3. REVISÃO DE LITERATURA

Neste capítulo buscou-se com o intuito da adequada fundamentação teórica, a


temática foi abordada inicialmente apresentando a contextualização do câncer de
cabeça e pescoço, epidemiologia, fatores de risco, o câncer da cavidade oral, laringe,
orofaringe e nasofaríngeo, estadiamento e tratamento, contextualização da depressão
e da esperança; e finalizando com a contextualização em tempos de pandemia por
COVID-19.
O estado da arte foi definido a partir da consulta nas bases de dados e
bibliotecas em saúde: National Library of Medicine (PubMed), Medical Literature
Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE), Scientific Eletronic Library (SciELO),
SCOPUS, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), INDEX Psicologia, Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),), Science Citation Index
Expanded,, (Web of Science), OneFile (GALE), The Cumulative Index to Nursing and
Allied Health Literature (CINAHL).). Utilizou-se os descritores padronizados: "Head
andand Neck Neoplasms", "Neoplasias de Cabeza y Cuello", "Neoplasias de Cabeça e
Pescoço","headandneckcancer" ,"Life Expectancy", "Esperanza de Vida", "Expectativa
de Vida", "Depression" ,"Depresión", "Depressão"," survivorship", "Stress,
Psychological", "Patient Health Questionnaire", "Cuestionario de Saluddel Paciente",
"Questionário de Saúde do Paciente", "PHQ-9", "Escala de Esperança", "escala de
esperanza", "Hope index", "hopescale" "Escala de Esperança de Herth", "Herth Hope
index". Também, foram utilizados livros e dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS), Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), International
Agency for Research on Cancer (IARC) e Organización Panamericana de la Salud
(OPASOPAS), American Cancer Society (ACS), e National Cancer InstituteCancer
Institute (NIH).

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

Nos escritos do pai da medicina, Hipócrates que viveu entre 460 e 377 a.C. foi
descrito a origem etimológica da palavra câncer, no grego kapkivoc (karkinos), que
significa caranguejo. O câncer foi detectado em múmias egípcias e isso comprova que
ele já existia no homem há mais de 3 mil anos a.C. (INCA, 2018).
O câncer de cabeça e pescoço segundo Brothwell (Apud RAGHAV et, al 2011)
é uma doença que remonta desde as origens da raça humana. Uma das provas vem
de um fragmento de mandíbula humana fossilizado, provavelmente do período
Pleistoceno da era Cenozóica (> 500.000 anos atrás). O fóssil mostra uma lesão
extensa e irregular, que se estende sobre as superfícies labiais na região da mandíbula
symphysis, sendo considerado o mais antigo exemplo conhecido de um tumor na
espécie humana.
Os registros mais antigos do câncer de cabeça e pescoço remonta de 1600 a
1550 a.C. em papiros, com descrição de tratamento de úlcera nas gengivas. Os
egípcios parecem ter tratado o câncer de cavidade oral com uma mistura de canela,
goma, mel e óleo. Por outro lado, Hipócrates (460 a.C.) tratou o câncer de face e lábio
por excisão. Galeno (200 d.C.) defendeu a teoria humoral da doença e postulou que o
câncer era uma doença sistêmica e, portanto, tinha que ser tratado sistemicamente
(BUTTERFIELD, 1966).
Atualmente o câncer é um grupo de mais cem doenças (MUKHERJEE, 2012;
MARQUES, 2015) e consiste em um crescimento incontrolado da célula, que pode
invadir tecidos, órgãos e provocar metástase (OMS, 2019).
O câncer de cabeça e pescoço se apresenta nas vias aéreas superiores, a qual
está formada pela cavidade oral, orofaringe, hipofaringe, esfíncter superior do esôfago,
esôfago cervical, ductos excretores da glândula salivar, ouvido médio; a parte
respiratória formada por fossas nasais, seios nasais e paranasais, nasofaringe, laringe,
traqueia; e, glândula tireoide, pele, ossos do esqueleto facial, cartilagem e partes
moles. (GALLEGOS, 2006; INCA 2018)
No processo de doença as células passam por um período de crescimento, que
difere do crescimento celular normal, pois formam novas células anormais, as quais se
dividem de forma rápida, agressiva e se espalhem para outras partes ou órgãos do
corpo, levando a transtornos funcionais. Na formação do câncer uma célula normal
sofre mutação genética, o ADN é alterado e recebe instruções erradas para realizar
suas funções; e, às vezes, sofrem mutações espontâneas, que não alteram seu
desenvolvimento, as alterações podem acontecer só em genes especiais os proto-
oncongenes, que a princípio são inativados em células normais. Quando os proto-
oncogenes são ativados se transformam em oncogenes, o que determina a
malignização (INCA, 2018).
3.2 EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER

Segundo a Agência Internacional do Câncer (IARC), a estimativa de câncer no


mundo para 2020 é de 18.989.634 novos casos, sendo em homens, 9.966.913 e em
mulheres 9.022.721, com uma mortalidade de 10.052.507 óbitos. A incidência prevista
até 2040 é de 29.532.994 novos casos, em homens 16.014.743 e em mulheres
13.518.251 de casos, com uma mortalidade de 16.388.459 óbitos (IARC, 2020). Esse
panorama poderá ser modificado com medidas preventivas, mediante a mudanças nos
hábitos e estilo de vida, utilização de vacinas, diagnósticos e tratamentos precoces
(OMS, 2018).
No continente americano, o câncer é a segunda causa de morte. Em 2018
foram registrados 3.792.000 casos novos, que correspondem a 21% do total mundial.
Para 2030 a estimativa é que aumentará em até 32%. As taxas da incidência mais
elevadas são observadas nos Estados Unidos, Canadá, Uruguai, Porto Rico, Argentina,
Brasil, Cuba Jamaica e Costa Rica (OPS, 2019). No Brasil a estimativa para cada ano
do triênio 2020-2022 é de 625 mil casos novos de câncer para cada ano (INCA, 2020).
Em relação ao câncer de cabeça e pescoço, em 2018 mais de 630.000
pessoas foram diagnosticadas, das quais mais de 90% são de histologia escamosa,
com comportamento agressivo, comprometendo órgãos e tecidos; 2% são sarcomas e
7% são adeno-escamoso, melanomas e não especificados (IARC, 2018). Observar-se
que, as taxas mais elevadas de mortalidade se encontram na Oceania, principalmente
em Melanésia, região central do Europa, Ásia Sul central, América do Sul e o Caribe. A
localização do câncer que mais mortalidade causa é na cavidade oral e lábios
(CÁRCAMO, 2019).

3.3 FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA,


2018), os fatores de risco podem ser classificados em dois grupos os modificáveis, que
são: uso de tabaco e álcool, no desenvolvimento do câncer de cavidade oral, faringe,
laringe; também, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo ou inatividade física,
agentes infecciosos como a exposição a vírus, principalmente o Epstein–Barr (EBV) e
HPV; por conseguinte exposição à radiação ultravioleta, exposições ocupacionais,
poluição ambiental, radiação ionizante; ingesta de alimentos contaminados, obesidade
e situação socioeconômica. Além de outros fatores que podem ser vistos como
acumulativos, como o uso de drogas hormonais, fatores reprodutivos e
imunossupressão; e, dentro dos fatores não modificáveis os quais se caracterizam por
não depender do comportamento ou estilo de vida, também denominado de fatores de
risco intrínsecos e se destaca a idade. No grupo de idade avançada ocorre com maior
frequência o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço, por outro lado o gênero,
etnia/raça e herança genética ou hereditariedade, também influenciam.
Os fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço conhecidos são: a
exposição crônica a agentes cancerígenos como tabaco ou álcool; a presença do vírus
HPV-16 e 18, que expressa a oncoproteína P, no desenvolvimento de carcinoma da
cavidade oral modificações genéticas e epigenéticas (LINGEN et al, 2013;
GAŹDZICKA, 2019). O consumo de cigarro foi identificado como o principal fator não
etiológico no desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço (SILVA MR, 2019). Os
tumores de nasofaringe e dos seios paranasais apresentam associação com o vírus
Epstein-Baar (MARQUES, 2015). Além disso fatores ambientais, com risco ocupacional
aumentam potencialmente o risco de carcinoma espinocelular (CEC) da laringe, como
o amianto, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e poeira têxtil (PAGET-BAILLY,
CYR, LUCE, 2012), o pó de madeira e couro, compostos de níquel e cromo, entre
outros (MENSI et al, 2013); também, foram observados, fatores alimentares como o
consumo da carne vermelha (GARAVELLO et al, 2009; DI MASO, 2013).

3.4 OS CÂNCERES DE CABEÇA E PESCOÇO

O carcinomas de células escamosas de cabeça e pescoço se origina na


mucosa de superfície de quatro sítios anatômicos principais: a cavidade oral, laringe,
faringe, e cavidade nasossinusal. (CHOW. 2020). Na figura 1, apresenta-se a
localização anatômica, a seguir:
Figura 1: Principais sítios anatômicos do carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço.
Fonte: CHOW. 2020

3.4.1 CÂNCER DE CAVIDADE ORAL

A cavidade oral é formada por os lábios, o palato duro e o palato mole, trígono
retromolar, os dois terços anteriores da língua, gengiva, mucosa bucal e assoalho da
boca (NIH, 2019). A maioria são carcinomas de células escamosas (CECs) e de células
não escamosas de origem da glândula salivar (KERAWALA et al, 2016). Por outro lado,
a maioria dos carcinomas da cavidade oral são apresentados como úlceras ou massas
(RETHMAN et al, 2010).
O câncer de lábio é o mais comum, 90% dos tumores acometem o lábio
inferior, 7% no lábio superior e 3% na comissura oral. Além disso, o tipo histológico
mais comum é o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular. Desta forma, o
exame clínico é importante para a identificação de lesão, a avaliação do tamanho e
extensão, para a indicação de exames de imagens, como a tomografia
computadorizada ou ressonância magnética, permitindo assim o estadiamento deste
tipo de câncer (KERAWALA et al, 2016)
Para investigação diagnóstica do câncer de cavidade oral são utilizados:
exames de imagens, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, a
utilização clínica do corante azul de toluidina 2% e citologias. (MARQUES, 2015). Para
identificação histocitológica, também deve ser realizada a biópsia e o exame
histopatológico. É considerado o exame diagnóstico de certeza (YAN, AGRAWAL,
GOOI, 2019)

3.4.2 CÂNCER DA LARINGE

A laringe é formada por um arcabouço cartilaginoso denominado esqueleto da


laringe e pela musculatura intrínseca. (YAN, AGRAWAL, GOOI, 2019). Ela se situa na
região infra-hióidea do pescoço entre a 4 a e a 6a vértebras cervicais, tem três funções
principais: esfincteriana, respiratória e fonatória. Além disso é dividida em três partes:
supraglote (acima das cordas vocais), glote (cordas vocais verdadeiras) e subglote
(MARQUES, 2015).
Assim, a localização dos tumores pode variar entre estas três regiões.
Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem na corda vocal verdadeira, localizada na
glote e 1/3 acomete a laringe supraglótica (acima das cordas vocais), e o tipo
histológico mais prevalente, em mais de 90% dos pacientes é o carcinoma de células
escamosas (INCA 2020).
Geralmente o paciente pode apresentar um quadro palpável de massa cervical.
Os tumores glóticos tendem a ser diagnosticados precocemente por uma massa, além
disso, pode causar ronquidão (CHU, KIM, 2008). Para seu diagnostico a laringoscopia
pode ser feita em consultório, além disso é possível a coleta de fragmentos de tumor
para exame histopatológico. A biopsia pode ser feita com uso de endoscópios para
determinar o melhor tratamento do ponto de vista oncológico (INCA2020).

3.4.3 CÂNCER DA OROFARINGE

A orofaringe é formada pela base da língua, incluindo as pregas


faringoepiglótica, glossoepiglótica, valécula e região tonsilar, que inclui as fossas
tonsilares e os pilares anterior e posterior, palato mole, que inclui a úvula, paredes
posterior e lateral da faringe. (NIH, 2020)
O câncer da orofaringe pode comprometer a parte media e a parede da
faringe,De 15 a 75 % apresentam envolvimento linfonodal, em alguns casos é
associado ao HPV (MARQUES, 2015).
A maioria são carcinomas de células escamosas que se caracterizam por ter
estrutura finas e achatadas que revestem o interior da orofaringe. Para o diagnóstico o
exame físico da boca e garganta, além de exames como: tomografia por emissão de
pósitrons (PET), tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear (NMRI),
os quais fazem uma série de imagens detalhadas de cabeça, pescoço, tórax e gânglios
linfáticos, tiradas de diferentes ângulos que ajuda no diagnóstico e no estadiamento do
câncer orofaríngeo; também, a realização da biópsia para a remoção de fragmentos de
tecido, que pode ser feito através de procedimentos como endoscopia e laringoscopia,
e se for encontrado câncer recomenda-se o teste de HPV (NIH, 2020).

3.4.4 CÂNCER NASOFARÍNGEO

A faringe é a parte superior da garganta, atrás do nariz e perto da base do


crânio; e se constituí de três partes que são: nasofaringe, orofaringe e hipofaringe; têm
a função da passagem do ar pela traqueia, dos alimentos pelo esôfago e as narinas
levam a nasofaringe, por outro lado a exposição ao vírus EBV influencia o risco do
câncer nasofaríngeo (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2020; NIH 2020).
Este tipo de câncer geralmente se origina nas células escamosas que revestem
a nasofaringe. O carcinoma nasofaríngeo (NPC) é o mais comum. Nesse contexto
existem três tipos, que são: carcinoma indiferenciado não queratinizante, carcinoma
diferenciado não queratinizante e carcinoma de células escamosas queratinizante;
também, há outros tipos como os linfomas e os adenocarcinomas (AMERICAN
CANCER SOCIETY, 2020).
Para o diagnóstico é preciso fazer o exame físico do nariz, boca e garganta;
dos músculos faciais; dos gânglios linfáticos do pescoço e teste de audição Além disso,
procedimentos como biopsia, nanoscopia, endoscopia superior, testes de imagem
como Raio X, Tomografia computadorizada, Tomografia por emissão de pósitrons,
Imagem de ressonância magnética, exame de sangue, como hemograma e os testes
para medir o nível de DNA do EBV no sangue. (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2020,
NIH 2020).

3.5 ESTADIAMENTO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

O sistema de estadiamento mais utilizado internacionalmente é o preconizado


pela União Internacional Contra o Câncer (UICC) - o sistema TNM de classificação de
tumores malignos. Ele tem como objetivo caracterizar a extensão anatômica da doença
especificamente do tumor primário (T), também os linfonodos das cadeias de
drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza (N) e a presença ou a ausência
de metástases a distância (M). (INCA 2018).O sistema serve para orientar o
gerenciamento do tratamento e prognóstico do paciente, regido por sua categoria e
critério. (ETTINGER, GANRY, FERNANDES, 2019)
Nesse contexto, o manual de estadiamento do American Joint Committee on
Cancer (AJCC), o Cancer Staging Manual and Union é utilizado como guia para
classificar o TNM no controle do câncer. Na oitava edição do manual de estadiamento
do carcinoma de câncer de cabeça e pescoço surgem alguns mudanças como um novo
p16 + algoritmo de carcinoma orofaríngeo, o anexo de extra extensão nodal na
classificação N e a profundidade do tumor na classificação T; com finalidade de
compreensão da etiologia e caraterísticas histológicas dos tumores, possibilitando a
abordagem mais personalizado. (MONDEN et al, 2019; HIRSHOREN, WEINBERGER,
ELIASHAR, 2020). Além disso nesta edição estão envolvidas as seguintes regiões da
cabeça e pescoço: lábio e cavidade oral, faringe, que destaca a orofaringe com p16
negativo e positivo, nasofaringe e hipofaringe, laringe supraglote, glote, subglote,
cavidade nasal e seios paranasais, que incluem seio maximal e etmoidal; carcinoma
primário desconhecido que aborda nódulos cervicais, melanoma maligno do trato
aerodigestivo superior glândulas salivares principais e glândula tireóidea (MONDEN N
et al, 2019). De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clinica (SBCO, 2020),
o estadiamento TNM deve seguir os critérios da AJCC, por conseguinte, é apresentado
a classificação T para câncer da cavidade oral, orofaringe com HPV negativo e positivo,
laringe e nasofaringe.
De acordo com o tratamento as principais opções para pacientes com câncer
de cabeça e pescoço incluem a cirurgia, radioterapia e quimioterapia (INCA 2018),
além disso segundo o National Cancer Institute (NIH), o tratamento também, pode
incluir terapia direcionada ou a combinação de terapias, as quais serão individualizadas
e dependerá de cada paciente e de fatores, como idade, tipo câncer, localização e
extensão (NIH, 2017). No entanto o Ministério da saúde, com a portaria nº 516, de 17
junho de 2015, estabelece as diretrizes terapêuticas no câncer de cabeça e pescoço. O
principal tratamento é a cirurgia e a radioterapia visando à erradicação da doença no
sítio primário e na rede de drenagem linfática próxima ao tumor. (BRASIL, 2015)
Dessa forma, a terapêutica curativa tem a resseção cirúrgica como a principal
modalidade usada para gerenciar a maioria dos cânceres orais, mesmo assim o
tratamento eletivo do pescoço é indicado para qualquer tumor quando o risco de
envolvimento nodal for maior que 20 %. Na cavidade oral a radioterapia - quimioterapia
primária são menos utilizadas, que em outros locais da cabeça e pescoço. A
radioterapia geralmente não é recomendada como tratamento curativo primário
(KERAWALA et al, 2016). Ela gera mucosite grave o que afeta a nutrição do paciente;
radiodermite na área irradiada e dor; nos protocolos de altas doses de radiação
(SHARMA P et al,2013).
Por outro lado, pacientes positivos para HPV tem melhor prognóstico e são
tratadas de forma diferente dos pacientes com diagnóstico de câncer orofaríngeo com
HPV negativo (NIH 2017).

3.6 CONTEXTUALIZAÇÃO DA DEPRESSÃO

“Oh! se eu pudesse consolar-me na minha


tristeza! O meu coração desfalece em mim”
(Jeremias 8:18).

A depressão foi descrita pela primeira vez na Grécia antiga, por Hipócrates, no
século V a.C. como melancolia; o espírito triste permanece sem razão, abatido e fixado
em um mesmo pensamento (CUCHE, GERARD , 1994). Para Sigmund Freud (1856-
1939), a melancolia é uma forma de luto, a perda de interesse pelo mundo externo. O
ego se torna pobre e vazio (SOLOMON A, 2002). Na antiguidade relatos bíblicos e do
Egito afirmam que, os estados emocionais associados a depressão eram atribuídos a
maus espíritos e surge como punição por desagradar a entidades divinas, portanto, a
depressão é uma experiencia universal humana registrada em papiros. (QUEVEDO,
2019)
Etimologicamente, depressão é de origem do latim depressio e depressus. Nos
tratados de Hipócrates a origem da depressão estava baseada na teoria dos humores.
Essa teoria baseia-se nos quatro fluidos corporais, a bile amarela, fleuma, sangue e
bile negra, a qual seria como alteração desses humores (CORDÁS, 2002).
Na idade média no ocidente, todas as doenças estavam condicionadas a uma
visão teológica imposta pela igreja. Os doentes com transtornos mentais eram vistos
como possuídos por algo sobrenatural. A melancolia era considerada um afastamento
de tudo o que era sagrado, também, como um pecado e algumas pessoas eram
multadas ou aprisionadas por carregarem esse mal da alma. (GONÇALES,
MACHADO, 2007).
No século XVIII, William Cullen (1710-1790), químico e médico escocês sugeriu
que no quadro de melancolia ocorreria uma alteração da função nervosa e não um
desequilíbrio dos humores; e, para Voltaire (1644 -1778), o melhor remédio para a
depressão era o trabalho, porque distraí os homens de sua depressão essencial
(CORDÁS, 2002); Nas últimas décadas do século XVIII, no período do romanticismo
europeu, a depressão é amada e desejada, as mentes se voltam para o sublime,
magnífico e comovedor. Nos séculos XIX e XX surge a psiquiatria moderna e os novos
conceitos da depressão (ZACARIA; RAMADAM , 2005).
De acordo com o neuropsiquiatra austríaco Viktor Emil Frankl (1905-1997), o
vazio existencial é um acontecimento difundido no século XX, e pode ser conferido a
uma dupla perda sofrida pelo ser humano, porém a depressão não pode ser entendida
se não reconhece o vazio existencial subjacente a ela; além disso, o vazio existencial é
considerado um estado de tédio,e se entende porque Schopenhauer afirma que a
humanidade esta predestinada a oscilar eternamente entre dois extremos - angustia e
tédio (FRANKL, 1984). Na visão do filósofo Arthur Shopenhauer (1788 – 1860), a
pessoa vive simplesmente, porque tem um instinto básico (RAMADAM, 2005). Dessa
forma, compreendemos que a depressão sempre esteve presente na vivência humana
e não é, mas que o resultado do vazio existencial (CARRARA, 2016)
3.6.1 IMPACTO DA DEPRESSÃO NO PACIENTE ONCOLÓGICO

A depressão é um transtorno psiquiátrico originado por uma conciliação de


fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos, portanto, compromete a vida
diária, afetando a capacidade de trabalhar, dormir, estudar e comer (OPAS, 2018).
Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão no
mundo e ocorre com maior regularidade em mulheres, que em homens; e, é
considerada uma das principais causas de incapacidade (OMS 2018). A depressão
atinge 5.8% das pessoas que moram no Brasil (OPAS 2017)
Entretanto, a depressão pode surgir nos mais variados quadros clínicos,
também como síndrome porque integra alterações de humor, tristeza, irritabilidade,
apatia e outros aspectos como alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas; sono
e apetite (PORTO, 1999; CAVALCANTE ESTEVES F; GALVAN A, 2006)
Com os avanços da ciência, a depressão também, foi associada a alteração da
atividade do sistema imunológico, caracterizada por níveis elevados de citocinas pró-
inflamatórias (ASSUMPÇÃO, GONÇALVES, 2011); também se associa aos
marcadores biológicos da depressão, direcionado ao nível de concentração dos
neurotransmissores. Posteriormente foi estudado o sistema de receptores e os
processos intracelulares na intervenção farmacológica. No entanto, dentro dos
neurotransmissores associados as causas da depressão estão a serotonina associada
a sintomas como ansiedade, obsessões, compulsões, perda da motivação do prazer.
No caso da dopamina e sua má regulação e a norepinefrina, como o neurotransmissor
envolvido na manutenção da motivação. No caso do paciente oncológico a
neurobiologia da depressão se associa a fatores específicos mediados por citocinas
pró-inflamatórias as quais são liberadas por células cancerosas, devido reações
agressivas inflamatórias, pelo dano tissular gerado pelo tratamento oncológico; e, por
um eixo hiperativo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). (POUSA, et al, 2015)
Segundo a descrição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders
– fifth (DSM-5), a depressão se caracteriza por tristeza persistente e grave, se
descreve com um humor baixo ou desencorajado, de desmoralização e desolamento,
com envolvimento de aspectos afetivos, motivacionais, cognitivos e neurovegetativos,
que podem ser por fatores hereditários, psicossociais, alteração da função dos
neurotransmissores e função neuroendócrinas (HEPGUL et al, 2013; CORYELL, 2018).
Segundo o DSM-5, a classificação da depressão (CORYELL, 2018):
De acordo com os sintomas específicos:
 Transtorno depressivo maior;
 Transtorno depressivo persistente;
 Outros transtornos depressivos específicos ou inespecíficos (sofrimento ansioso,
características mistas, melancólico, atípico, psicótico, catatônico, início no parto,
padrão sazonal).
De acordo com a sua etiologia:
 Transtorno disfórico pré-menstrual;
 Transtorno depressivo decorrente de outra condição médica;
 Transtorno depressivo por substância/medicação.
Atualmente observa-se um aumento da prevalência da depressão, sendo
catalogada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde (CID), com CID 10 – F33 e no Manual de Diagnóstico e
Estatística das Perturbações Mentais (DSM) (GONÇALES, MACHADO, 2007;
COUTINHO, GONTIÈS, 2008).
Neste estudo foi investigado o transtorno depressivo e, de acordo com
Salomon (2014, p. 17) “a depressão severa (maior) é um nascimento e uma morte. É
ao mesmo tempo a presença nova e o total desaparecimento de algo”.
Para Coryell (2018), na depressão maior está presente na pessoa em quase
todos os dias ou durante um período, de duas semanas os seguintes sintomas: humor
deprimido durante a maior parte do dia, diminuição do interesse para fazer as coisas
durante a maior parte do dia, perda ou aumento do apetite, insônia ou hipersonia,
agitação ou atraso psicomotor, fadiga ou perda da energia, sentimento de inutilidade,
culpa excessiva, capacidade diminuída de pensar, ou concentrar-se, pensamentos
recorrentes de morte e ideação suicida.
Neste contexto, a depressão é um transtorno psiquiátrico comum em pacientes
oncológicos, o qual é associado ao tipo de câncer, estágio da doença, tipo de
tratamento e tempo de hospitalização (BOTTINO; MOTA, 2009).
Em um estudo desenvolvido em hospital da região Centro Oeste de Minas
Gerais, com 233 pacientes com câncer em tratamento adjuvante ou neoadjuvante, com
objetivo de avaliar a ansiedade e depressão, a partir da Hospital anxiety and
depression scale (HADS). Os resultados evidenciaram que, mais de um quarto dos
pacientes demostraram componentes de transtornos psicológicos, sendo 31,33% com
depressão e 26,18% com ansiedade. No grupo estudado a depressão estava mais
presente. (FERREIRA, et al 2019)
Dessa forma, o impacto da depressão no contexto do câncer de cabeça e
pescoço, pode ser um agravante para o paciente, que enfrenta as complicações da
doença e de seu tratamento. Os sintomas depressivos são comumente observados em
doença grave e se sente impotente frente a sua nova condição, como paciente
oncológico (FURLANETTO, BRASIL, 2006, SOTELO, 2014).
Geralmente os pacientes com câncer e deprimidos apresentam exacerbação
de sintomas físicos, prejuízos funcionais e menor adesão aos tratamentos propostos, o
que piora a qualidade vida, com pior prognóstico (FANN, AM-RICH et al, 2008,
JAYASEKARA R, PROCTER, 2015). E, especificamente nos pacientes com câncer de
cabeça e pescoço possuem maior risco de sofrer estresse emocional, do que em
qualquer outro tipo do câncer. Ele sofre alteração na deglutição, olfato, respiração, fala,
além disso, no pior dos casos a desfiguração facial durante o tratamento e curso da
doença. (YI-SHAN et al, 2016).
Entretanto, a existência de depressão tem um comprometimento negativo na
experiencia da pessoa com a doença, o que destaca a importância de avaliar e
diagnosticar a depressão em pacientes oncológicos (BERGEROT C, et al 2014).
Atualmente é possível encontrar diversos instrumentos para avaliação da
depressão, como o Beck Depression Inventory (BDI), Escala Baptista de Depressão -
versão Adulto (EBADEP-A), os quais foram elaborados no Brasil; outros foram
traduzidos e adaptados ao português, como: Hamilton Depression Rating Scale for
Depression (HAM-D), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) sendo esta a
mais usado no Brasil. Há também, a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress
(EADS), a General Health Questionnaire (GHQ-SIV), Mini Plus (DSM-IV), Patient
Health Questionnaire-9 (PHQ-9) usados em adultos (BAPTISTA, 2015).
Das escalas existes, neste estudo optou-se pelo Patient Health Questionnaire
– 9 (PHQ-9). O questionário foi desenvolvido e validado pelos doutores Robert L.
Sptizer, Janet B.W Williams e Kurt Kroenke para a Pfizer, sendo aplicado em 6000
pacientes em oito clinicas de atenção primária, sete de obstetrícia e ginecologia, o que
permite evidenciar sua validade (KROENKE, et al 2001).
No Brasil foi validada por um grupo de pesquisadores de Pelotas, Rio Grande
do Sul. Seu constructo possibilita identificar pessoas em risco de apresentar
depressão. É composto de nove questões, que avaliam cada um dos sintomas para da
depressão maior, descritos no Manual Diagnóstico e Estatístico dos transtornos
Mentais. Os nove sintomas são: humor deprimido, anedonia (perda de interesse ou
prazer em fazer as coisas), problemas com o sono, cansaço ou falta de energia,
mudança no apetite ou peso, sentimento de culpa ou inutilidade, problemas de
concentração, sentir-se lento ou inquieto e pensamentos suicidas. É um teste simples,
rápido que pode ser aplicado pelo profissional de saúde (SANTOS, 2013) e para os
transtornos depressivos possui sensibilidade e especificidade de 92%. (AZEVEDO
MARQUES, ZUARDI, 2008). Cada um dos nove itens é pontuado pelo paciente em
uma escala de Likert, com escore 0 (nada) a três (quase todos os dias), com pontuação
total de 0 a 27 pontos. Um aumento do escore do PHQ-9 está associado a um grau de
depressão (LUPASCU,TIMAR 2019).
Um estudo realizado no Brasil, comparou as vantagens e desvantagens
psicométricas de instrumentos utilizados em serviços de oncologia, realizado em 200
pacientes com diagnóstico de câncer em tratamento quimioterápico, utilizando as
escalas: Ansiedade e Depressão (HADS), Transtorno Geral de Ansiedade (GAD-7) e
Questionário sobre Saúde do Paciente (PHQ-9). Este estudo destacou que o PHQ-9
apresenta boas características psicométricas e é adequado para avaliação de
depressão, além disso, apresenta índices de consistência interna, um alto coeficiente
de fidedignidade e evidência de validade discriminante, na amostra estudada.
(BERGEROT, et al, 2014)
Portanto, como a depressão é uma comorbidade comum em pacientes com
câncer, sendo importante avaliar os níveis da depressão, o questionário PHQ-9 possui
altas propriedades discriminativas em termos de diferenciação de depressão leve,
moderada e grave. (VAN DER DONK, et al, 2019). É um instrumento confiável e pode
ser usado na prática clínica de rotina geral, como uma ferramenta de triagem para a
depressão em pacientes com câncer de cabeça e pescoço (OMORO, 2006).

3.6.2 TERAPÊUTICA DA DEPRESSÃO


3.6.2.1 – Abordagem farmacológica

A terapêutica antidepressiva com fármacos iniciou na década de 50, do século


XX, com a imipramina, pelo psiquiatra suíço Roland Kunhum (DE SOUZA, 2017). Em
1969 e 1970 os farmacologistas russos Izyaslav P. Lapin e Gregory F. Oxenkrug,
propõem a hipótese serotonérgica da depressão a qual sustentava que a presença de
um déficit de serotonina na fenda sináptica em certas regiões do cérebro era uma das
causas bioquímicas das síndromes depressivas, e em 1974, de acordo com a hipótese
serotinérgica da depressão, pesquisadores patrocinados por uma indústria
farmacêutica desenvolveu uma molécula, que inibe de forma seletiva a ponte de
recaptação de serotonina ISRS, o que permitiu a popularização do tratamento
farmacológico da depressão (MUNOZ, 2012)
A seguir, vários grupos de fármacos foram desenvolvidos, dentre ele: os
tricíclicos inibidores não seletivos de recaptura de monoaminas (ADTs): imipramina,
desipramina clomipramina, amitriptilina, nortriptilina, doxepina, maprotilina, os inibidores
de monoaminooxidase (IMAOs): iproniazida, isocarboxazida, tranilcipromina, fenelzina,
brofaromina moclobemida, toloxatona, befloxatona. Embora, muito eficazes,
apresentavam efeitos colaterais indesejáveis causados pela inespecificidade de sua
ação farmacológica e eram potencialmente letais em casos de superdosagem.
(MORENO.,1999)
De acordo com o DSM-5 vários tipos medicamentos podem ser usados para
tratar a depressão, dentre eles: inibidores seletivos da recaptação da serotonina
(SSRIs), moduladores da serotonina (antagonistas do receptor 5-HT2), inibidores da
recaptação da serotonina-noradrenalina, inibidor da recaptação da noradrenalina-
dopamina, antidepressivos heterocíclicos, inibidores da monoamina oxidase (MAOI),
antidepressivo melatonérgico (CORYELL, 2018). No quando DSM-5 a terapêutica
farmacológica.

QUADRO 14 - TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DEPRESSÃO


Antagonista Inibidores da Inibidor da
SSRIs s do recaptação da recaptação
Antidepressi MAOI Antidepressi
receptor 5- serotonina- da
v melatonérgi
HT2 noradrenalina noradrenalin
heterocíclico
a-dopamina s co
citalopram Trazodona desvenlafaxina bupropiona amitriptilina fenelzina agomelatina
escitalopra Mirtazapina duloxetina imipramina tranilcipromin
m a
fluoxetina levomilnacipran nortriptilina isocarboxazi
o da
fluvoxamin venlafaxina desipramina
a
paroxetina vortioxetina tetracíclicos
sertralina e
vilazodona
Fonte: adaptado pela autora do DSM-5 (2018).

Os antidepressivos têm a função de alterar os níveis de substâncias químicas


no cérebro e outros afetam diretamente receptores celulares, os nervos usam essas
substâncias químicos para enviar mensagens uns aos outros e o aumento delas ajuda
a melhorar seu humor, os pacientes com câncer em alguns casos sentem
desesperança e isso pode levar ao suicídio e os antidepressivos ajudam a aliviar a
depressão e seus sintomas (NIH, 2019)

3.6.2.2 – Abordagem não farmacológica

A psicoterapia pode ser implementada quando os sintomas da depressão não


melhoram com tratamento farmacológico. Depois de 2 a 4 semanas, e além disso
piora, causando efeitos colaterais, o que em alguns casos impede a o paciente
continuar com o tratamento oncológico, diversos programas de psicoterapia são
usados como: intervenção durante a crises, terapia cognitiva comportamental , e
psicoterapia. Por conseguinte, os programas de psicoterapia garante ao pacientes
habilidades para enfrentar os problemas, habilidades para relaxar e diminuir a tensão,
maneiras de se livrar de pensamentos negativos e maneiras de dar e aceitar apoio
social (NIH,2019). No entanto, intervenções psicossociais, como as técnicas de
relaxamento, terapia individual e em grupo, contribuem para a redução dos sintomas
depressivos (BORGES, et al 2009; BERNAL.,et al 2016)
A opção da terapêutica psicológica é muito importante, pois fomenta um
espaço livre, para o paciente oncológico expressar sentimentos e percepções, dando
assim lugar à subjetividade, permitindo que encontre estratégias de enfrentamento
mais adaptativas, para o diagnostico, adoecimento e tratamento farmacológico.
(DUARTE., 2013). No entanto um estudo com 321 pacientes com câncer avançado
revelou a importância significativa da psicoterapia centrada no significado individual.
Foi feita a comparação com psicoterapia de apoio e o cuidado usual aprimorado, o
paciente experimenta altas taxas de sofrimento psicológico, como a depressão e a
significância do tratamento psicoterapêutico na melhora da qualidade de vida e na
redução do sofrimento. (BREITBART, 2019)

3.7 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESPERANÇA

A esperança que se retarda deixa o coração doente,


mas o anseio satisfeito é árvore de vida.
Provérbios 13:12

Etimologicamente a palavra esperança tem sua origem no latim e é derivada


de Spes, que significa confiança em algo positivo. A esperança é uma crença
emocional, (LOPES,2019) e nos faz pensar na virtude, em fé e no amor (ROCHA,
2007).
A esperança na concepção cristã, encontra-se nos quatro textos constitutivos
do pensamento cristão de, São Paulo, Santo Agostinho, Santo Tomas de Aquino e São
João da Cruz. Para São Paulo, a esperança é uma oportunidade suprema, uma nova
vida, uma visão do futuro com plenitude. O cristão a espera porque Deus é a verdade,
numa relação fidelidade. Então, Deus dá esperança gratuitamente. No entanto, na
perspectiva antropológica de São Agostinho relaciona-se a esperança com a memória
e o tempo. A memória fundamenta o desejo da bem-aventurança. E, São Tomás de
Aquino articula a esperança com a teologia e a filosofia unificando a esperança natural
com a sobrenatural. A esperança como uma expectativa. E, São João da Cruz
concorda com Santo Agostinho sobre a esperança em conjunto com a memória é a
esperança no sentido de esperar. (ESTRALGO, 1957)
Na idade antiga, na Grécia, para Heráclito de Éfeso, filosofo pré-socrático,
(aproximadamente 500 a.C. – 450 a.C.), a esperança é uma “disposição interior” ou
uma “força psíquica”, que sustenta o desejo de caminhar; e, na visão de Aristóteles
filosofo do período clássico (384 a.C.- 322a.C.), refere como a uma auto energia
(ROCHA, 2007). No século XX, o filosofo alemão Martin Heidegger (1889 – 1976),
descreve a esperança como “algo transcendente, relação pessoal de entrega e
confiança” (ESTRALGO, 1957, p.165).
Sigmund Freud (1856-1939), crítico da razão moderna diz: “uma ilusão, no
entanto, seria acreditar que, nós poderíamos encontrar noutro lugar, o que ela não nos
pode dar” e, também diz: “porque destruímos as ilusões colocamos em perigo os
ideais, mesmo assim em sua visão sob a melancolia “há uma superação da pulsão
altamente significativa do ponto de vista psicológico, que compele todo ser vivo a se
apegar à vida” o que significa a esperança, que sustenta e nutre o amor pela vida.
(ROCHA, 2007). Para o poeta inglês, Alexander Pope citado por (BURKE 2012, p. 212)
“a esperança eterna brota no peito humano”.
Segundo Dufault e Martocchio (1985), a esperança é uma ferramenta poderosa
que proporciona vida, também é descrita como uma força dinâmica e multidimensional.
De igual modo é considerada um fenômeno importante para pacientes com doenças
graves (BENZEIN et al, 2001); e intervém como estratégia do enfrentamento e melhora
a qualidade de vida (RUSTØEN, COOPER, 2010). Dessa forma, a esperança protege
da vulnerabilidade interna (MOROTE et al, 2017)

3.7.1 IMPACTO DA ESPERANÇA NO PACIENTE ONCOLÓGICO

O paciente oncológico passa por uma série de estágios, do diagnóstico à


morte, chamado duelo oncológico (BURKE, 2012).
O diagnóstico do câncer gera consequências para a vida pessoa com as
mudanças da vida cotidiana, da vida social alterando drasticamente sua rotina
(OLIVEIRA, RODRIGUEZ.et al 2016)
Dessa forma, a doença oncológica provoca neste paciente um conjunto de
emoções e reações negativas como a ira, tristeza, ansiedade, medo, isolamento,
sentimento de perda e desesperança; o questionamento da dignidade pessoal e a
pergunta radical sobre o significado da vida, que pode dificultar o enfrentamento da
doença afetando a qualidade vida (GARCÍA, HERNÁNDEZ, 2018).
A esperança é descrita como a coragem ou virtude para enfrentar a vida e
representa recursos pessoais significativos com objetivo de obter um bem futuro
(SEIBAEK, HOUNSGAARD, HVID, 2013; TAYLOR, 2012). Além disso, é considerada
uma importante estratégia de confrontação para os pacientes com câncer (AFROOZ,
RASHED; RAHMANI, AZAD et al, 2014) e melhora a sobrevivência através ,de
intervenções como o apoio psicossocial, espiritual gerando assim alívio do sofrimento
(TOH HC. 2011). Por outro lado há cinco temas inter-relacionados: a esperança de ser
curado e de viver uma vida normal; a esperança ativa para se sentir bem; a esperança
como poder interno para manter a integração e a reconciliação entre vida e morte; a
esperança do bem-estar de outras pessoas significativas; a esperança como luta contra
a desesperança; portanto, a esperança é baseada na confiança em ser curado por
meio de coragem e força interna. (HAMMER, MOGENSEN, HALL. 2009; MOK, LAM, et
al, 2010).
O sentimento de desesperança e a falta de recursos para enfrentar
determinados eventos, são vivenciados em algum momento de nossa existência. Para
enfrentar as adversidades as pessoas precisam de estratégias ou recursos de saúde,
que ajudem a enfrentar as dificuldades e o processo de adoecimentos (TOMAS, 2015).
Portanto, o equilíbrio entre desesperança e esperança desempenha um papel
importante na maneira como os pacientes principalmente em fase terminal relatam a
qualidade de vida e a resiliência pessoal pode estar relacionada à esperança no final
da vida (SOLANO, et al 2016).
Dessa forma, a esperança intervém na saúde de maneira positiva
(BRASHEAR, 2019). É preciso que o paciente oncológico sinta que sua vida, tanto a
que viveu, quanto a que vive e deixou de viver, é algo valioso que mereceu e merece
ser vivida até o último momento. Portanto, é importante a fundamentação da
esperança, através de aspectos positivos da vida, como aceitação, serenidade,
arrependimento, perdão, gratidão, humildade e significado da vida (GARCÍA,
HERNÁNDEZ, 2018)
A persistência em promover a esperança em pessoas com doença crônica
possibilita que elas vivam de uma maneira mais intensa (SARTORE, GROSSI, 2007).
O processo da esperança consiste em quatro qualidades: experiência, espiritualidade,
transcendência e o processo racional, proporcionando um estado de resiliência a
pessoa. (FELDER, 2004).
A esperança deve ser estudada e desenvolvida sistematicamente pelos
profissionais de saúde para ampliar o conhecimento e assim desenvolver novas
intervenções para incentivá-la nos pacientes (CHI, GRACE CHU-HUI-LIN, 2007 rever);
através do diálogo, sinceridade e segurança. É importante avaliar as necessidades dos
pacientes como fragilidade psicológica inclusive os recursos espirituais (RIPAMONTI,
MICCINESI, et al 2016).
Em uma revisão sistemática foram identificadas 18 escalas de esperança
relatadas em 68 estudos, em diferentes idiomas e países. A primeira escala foi
publicada em 1974, desde essa época foram publicados estudos sendo, 33% em
enfermagem, 35% em psicologia e 10% em outras áreas. As escalas para avaliação da
esperança: Herth hope Intex, Herth Hope Scale, Miller Hope Scale, The Hope Index,
Nowotny, Hope Scale, Hope Differential—Short, Multidimensional Hope Scale, Hope
Indicator Questionnaire, Comprehensive Hope Scale, Integrative Hope Scale, Snyder
Hope Scale, Hope Scale for young Women in South Africa, Gottschalk hope scale,
Leyva Theological Hope Scale, Faith Hope and Charity Questionnaire (FHCQ) e
Narrative Hope Scale. Esta revisão concluiu que atualmente não existe uma única e
melhor escala para avaliar a esperança (DORIT et al, 2018);
Neste estudo foi escolhida a escala de esperança de HERT, por sua
confiabilidade em consistência interna e validade (WAHL, 2004; RUSTØEN, et al
2018). Esta escala, determina os níveis de esperança em uma pessoa com doença
crônica ou em outros contextos (SARTORE, GROSSI, 2007), além disso pode ser
utilizada como ferramenta de pesquisa e avaliação clínica individualizada (HERT,
1982). É uma escala de fácil aplicação, composta por 12 itens, além disso, explora as
dimensões da esperança (HERT, 1992).

3.8 CONTEXTUALIZAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19: OS


EFEITOS NO PACIENTE ONCOLÓGICO

Em 31 de dezembro de 2020, na cidade de Wuhan, na China foram registrados


os primeiros casos do Sars- CoV- 2, que causou o Covid-19. A cepa deste novo
coronavírus foi confirmada em 7 de janeiro de 2020. As autoridades chinesas
informaram o sequenciamento genético do vírus para que outros países pudessem
conhecê-lo e identificá-lo nas pessoas com quadros sugestivos de Covid-19. A OMS
declarou o Covid-19 como uma emergência de Saúde Pública em 20 de janeiro de
2020. Mas, no dia 11 de março elevou o estado da contaminação à pandemia de
Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). (WHO, 2020)
O Covid -19 é uma zoonose contagiosa, em que um caso gera 2.8 novos casos
(KOWALSKI, 2020). Além disso, se espalhe-a por meio do contato direto; é
considerada uma doença infecciosa que se caracteriza por presentar febre, cansaço,
dor de cabeça, e em alguns pacientes a sintomatologia é individualizada podem
presentar perda de paladar ou olfato, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, erupção
cutânea na pele, e geralmente o 80% das pessoas com diagnostico do covid não
precisa tratamento hospitalar, mas as pessoas idosas com comorbilidades como
diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, problemas cardíacos, pulmonar, e
câncer tem maior resgo de ficarem gravemente doente (RIDWANE et al 2020, WHO
2020)
A estimativa de casos por covid-19 para 9 novembro de 2020, no mundo foi de
50.266.033 casos e 1.254.567 mortes confirmadas, e no Brasil 5.653.561 casos e
162.269 mortes confirmadas (WHO 2020).
Os pacientes com câncer são os mais desprotegidos; altamente vulneráveis
(ZHANG L et al 2020), o que foi comprovado em um estudo multicêntrico com 105
pacientes com diagnóstico de câncer e 536 pacientes sem câncer ambos com
diagnostico de Covid-19; os resultados apontam, que os pacientes com câncer e Covid-
19 apresentam mais altos riscos e pior prognóstico, pois eles tiveram a maior
regularidade de evento graves, que aqueles pacientes sem câncer (DAI MENGYUAN et
al, 2020).
Em outro estudo, realizado, 928 pacientes com câncer e Covid-19 associado
ao risco de morte. Foi observado os tipos de câncer mais comuns como mama,
próstata, gastrointestinal, linfoma e torácico, com 43% dos pacientes com câncer ativo,
39% estava em tratamento contra o câncer, e 45% em remissão, 121 morreram após a
o diagnóstico de Covid-19 e os pesquisadores liderados por Jeremy L. Warner
observaram que os pacientes, com câncer ativo tinham 5,6 mais chance de morrer que
aqueles em remissão da doença. (ASCO 2020)
Neste contexto o panorama da pandemia provocou grandes mudanças no dia a
dia da população mundial, afetando diversos aspetos, entre eles, social, econômico e o
da saúde (NACIMENTO, et al 2020), No entanto o isolamento social as adversidades
para o acesso ao tratamento, os hábitos alimentares inadequados, sedentarismo,
podem afetar diretamente a qualidade de vida do paciente com câncer (MARQUES
CORRÊA et al, 2020). Por outo lado, o paciente oncológico requer um olhar cuidadoso
do profissional de saúde a pandemia esta ensinado a ir além, é importante implementar
medidas de prevenção, proteção e controle (SOUZA , 2020).
Atualmente são poucas as medidas clínicas de prevenção e controle e, nas
experiencias do cuidado a pacientes com câncer de cabeça e pescoço com covid-19
mostram os enormes desafios dentro dos departamentos de cirurgia nos setores que
realizam exames e tratamentos. Os cuidados que envolvem a cavidade oral do
paciente e a proteção pessoal da equipe de saúde multidisciplinar é importante com
uso de equipamento de proteção individual (YONG et al. 2020).
Os pacientes com câncer apresentam risco aumentado de doenças graves
causadas por COVID-19; a probabilidade de desenvolver complicações e falência de
múltiplos órgãos, que podem levar a altas taxas de mortalidade (ZHANG, 2020).
Portanto, é importante ressaltar que os pacientes com câncer, como população
suscetível, tendem a sofrer mais emoções psicológicas, em caso de crise na Saúde
Pública (SHUMAN, et al 2020).
A priorização é essencial para reduzir os efeitos psicológicos adversos
causados aos pacientes com câncer, garantindo estabilidade mental, um estado
psicológico positivo, com a redução da depressão e outras emoções negativas
(SHUCHANG et al, 2020)
O Covid-19 colapsou a capacidade dos Sistema de Saúde em todo o
mundo, produzindo um impacto significativo sobre os pacientes com câncer no
diagnóstico, tratamento, mortalidade e principalmente emocional (PROVENCIO et al,
2020). Portanto, dados da China indicam que o novo vírus apresenta riscos adicionais,
onde a letalidade dos pacientes com câncer foi superior a 5,6% contra 2,3% da
população geral, levando-se em consideração que eles possuem imunidade diminuída
(HUANG et al, 2020).
Com as incertezas da pandemia SARS-CoV-2 e um diagnóstico de câncer de
cabeça e pescoço (CCP), as consequências potenciais para a saúde mental trazem
atrasos no tratamento. Ressalta-se que, durante o processo de adoecimento, podem
alterar significativamente o estado psicológico em pacientes com CCP, principalmente
porque quase 35% sofrem de sintomas de depressão e ansiedade (RIBLET et al.,
2014). Agora, com as complicações adicionais da pandemia de SARS-CoV-2, as
restrições de movimento podem aumentar a depressão em pacientes com CCP
(PFEFFERBAUM et al, 2020).
Mesmo assim, é importante destacar que os pacientes com CCP já são uma
população vulnerável e atrasar o tratamento em tempos de pandemia de SARS-CoV-2
pode colocar pressão adicional sobre a saúde mental e a qualidade de vida dos
pacientes. Portanto, é essencial ajuda-los a manter sua qualidade de vida durante esta
pandemia, pois ela pode afetar seus resultados de sobrevida geral (XIAOYUN et al.,
2020).
Levando em consideração que a terapia comportamental online para
transtornos depressivos, incluindo ansiedade e insônia, juntamente com diversos
manuais, gerou autoajuda psicológica durante os tempos de pandemia de SARS-CoV-2
(LIU et al,.2020)
Nos Estados Unidos, os Centros de Saúde e Serviços Médicos com as
diretrizes de telessaúde, aumentaram as plataformas virtuais, nas quais os médicos
podem se comunicar com os pacientes, enquanto a American Academy of
Otolaryngology - Head and Neck Surgery Foundation pediu a adoção da telemedicina
para reduzir a exposição desnecessária, tanto do paciente quanto do médico. Portanto,
como a pandemia de SARS-CoV-2 continua, o distanciamento social se mantém como
prática comum, pois é necessário antecipar o custo da saúde mental e os efeitos na
qualidade de vida dos pacientes com CCP (HUANG et al, 2020).
Entretanto descobrir o sentido da vida em tempos de sofrimento é uma
estratégia para superação e sobrevivência. O psiquiatra Viktor Frankl acreditava que
existem caminhos para desvelar o sentido da vida e um desses são os valores da
experiência e refere-se as vivencias que geram alivio, esperança e sensações por meio
de lembranças e os valores de atitude, os que surgem para enfrentar os desafios da
vida. (BEJARAJO, et al 2020)
4. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente capítulo apresenta os métodos definidos para o desenvolvimento


da pesquisa, contendo o tipo de estudo, caracterização do local onde foi realizado, os
participantes, a coleta e análise dos dados e os aspectos éticos.

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, do tipo observacional e


analítico, vinculado ao projeto Construindo processos de cuidado na interface do cuidar
em situações de enfermidade grave inserido na linha de pesquisa Processo de Cuidar
em Saúde e Enfermagem.
As pesquisas quantitativas originam-se do pensamento lógico positivista no
qual o conhecimento disciplinado e racional é usado e permite que surjam informações
e ideias, que nos aproximam de um mundo real para confirmar teorias ou hipóteses.
(POLIT 2019, LACERDA. 2018). A escolha do delineamento ocorre a partir de
evidências empíricas e de como as informações serão coletadas, com a utilização de
instrumentos elaborados para obtenção dos dados. (POLIT. 2019).
Neste estudo foram utilizadas técnicas mensuráveis para avaliar a depressão e
a esperança de pacientes com câncer de cabeça e pescoço, localizado na cavidade
oral, laringe, orofaringe e nasofaringe em estadiamento de T1 a T4 (a ou b) e, em
tratamento quimioterápico e/ou radioterápico.
No estudo observacional destaca que os investigadores não interferem na
variável independente eles coletam dados sobre os fenômenos já existentes.
Geralmente o investigador estuda o efeito de uma causa, que ele não consegue
manipular, faz pesquisa correlacional com a finalidade de avaliar as relações entre as
variáveis, o que significa a associação entre elas; e suas variações podem ser
observadas por análises estatísticas, por outro lado um adágio científico afirma:¨a
correlação não prova uma relação de causa¨; este tipo de pesquisa não produz
evidências persuasivas para interferências causais. Diversos estudos correlacionais
são feitos para descobrir causas, no entanto um investigador não pode deduzir que os
grupos comparados eram similares antes da recorrência da variável independente
(POLIT, 2019, FONTELLES et al, 2009)
Deste modo, a proposta deste estudo se caracteriza pela avaliação, registro e
análise da depressão e esperança e correlações entre estas variáveis.
Neste contexto a pesquisa com delineamento analítico constitui-se na base de
estudos primários, este tipo de modelo é realizado para verificar hipóteses (HOCHMAN
BERNARDO et al, 2005). No entanto os estudos analíticos observacionais são
originados na observação da realidade, permitindo a criação de hipóteses de medidas
de associação de diversos fatores (ARAGÃO, 2011). É importante destacar a
capacidade do estudo analítico de realizar um prognostico para a população de onde a
amostra foi retirada e dessa forma realizar conclusões estatísticas pela aplicação de
testes de hipóteses. (FONTELLES et al, 2009).

4.2 LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa foi desenvolvida em um Hospital Oncológico filantrópico referência


no Estado do Paraná. O hospital foi inaugurado em 08 de dezembro de 1972 e forma a
Liga de Combate ao Câncer, junto com a Rede Feminina, no Estado do Paraná. Ambos
têm como missão combater o câncer com humanismo, ciência e afeto; sem o estigma
de dor e morte, mas sim de esperança e cura. No início o hospital oferecia basicamente
atendimento clínico e cirúrgico, hoje conta com as especialidades de oncologia clínica
(quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia), ginecologia e mama, cabeça e
pescoço, pele e melanoma, gastroenterologia, torácica, neurologia, ortopedia,
oncogenética radioterapia, pediatria e cuidados paliativos. Conta com unidade de
terapia intensiva adulta e pediátrica, centro cirúrgico, pronto-atendimento, banco de
sangue, centro de manipulação intra-venosa e serviço de nutrição e dietética, entre
outros que garantem um serviço de qualidade. (HEG/LPCC, 2017).
Atualmente com 203 leitos, 1.545 funcionários. Cerca de 432 novos casos de
câncer foram contabilizados até outubro de 2020 e cerca de 35.995 pacientes
atendidos até o momento, sendo 87,7% em nível de Sistema Único de Saúde (HEG,
2020).
A pesquisa foi desenvolvida é o Serviço de Cabeça e Pescoço, que possui uma
equipe multidisciplinar. O serviço mantém duas reuniões por semana, em que são
debatidos artigos científicos, estratégias referentes a aspectos administrativos e
resolutividade dos casos novos. Em 2019, a equipe deu continuidade a pesquisas,
tendo como temas principais: HPV e câncer de boca, faringe e laringe. Também, foi
mantida a média elevada de cirurgias, incluindo muitos casos de grande porte. (HEG
2019). A valorização das atividades de ensino e pesquisa é mais um dos pontos fortes
deste Serviço (HEG 2017).
O Ambulatório oferece atendimento médico e multiprofissional de qualidade
aos pacientes e 54.294 atendimentos foram realizados em 2019 (HEG,2019).
O número de casos registrados de câncer em 2016 foi de 2.501 com 5,4% de
tumores na cavidade bucal (HEG 2017); e. no ano 2017, o registro do casos em geral
foi de 2.497, com 3,5% do câncer em a orofaringe e 5,5% em cavidade bucal, estes
tipos de câncer são predominantes no sexo masculino (HEG 2018).

4.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO

Os participantes do estudo foram pacientes com diagnóstico de câncer em


cavidade oral, laringe, orofaringe, nasofaringe em tratamento quimioterápico e/ou
radioterápico, assistidos no ambulatório do Serviço de Cabeça e Pescoço, da
Instituição cenário do estudo.
Em 2018 foram 822 casos novos e 2658 consultas, em 2019 com 573 casos
novos e 2570 consultas; Dados extraídos da Agenda de Serviços - Agendas de Cabeça
e Pescoço no Ambulatório SUS.
Devido aos trâmites no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) serem mais longos
do que o esperado e a pandemia de Covid-19, com as restrições institucionais frente ao
seguimento de pesquisas na Instituição, em decorrência das medidas protetivas
implantadas, foram readequados o tipo de amostragem e o período de coleta de dados.
Optou-se pela amostragem de conveniência que se caracteriza por não existir a
preocupação com o desenho de amostragem. O objetivo não é generalizar conclusões,
mas descrever características principais do grupo de estudo (MEDRONHO, et al,
2009).
Os participantes foram 60 pacientes com câncer de cabeça e pescoço
(cavidade oral, laringe, orofaringe, nasofaringe), assistidos no ambulatório do Serviço
de Cabeça e Pescoço, no período de agosto a setembro de 2020.
Os critérios de inclusão d os participantes, foram:
 Ser paciente assistido no ambulatório do Serviço de Cabeça e Pescoço na
pandemia do COVID 19, da Instituição cenário do estudo;
 Ter diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço de qualquer tipo histocitopatológico,
em estágio T1 a T4 (a ou b), em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico em na
pandemia do COVID 19;
 Ter idade igual ou superior a 18 anos;
 Ter comunicação oral preservada ou ter condições de comunicação não verbal
(gestual com indicação da alternativa por autor relato, apontando o escore que
expressa como se sente, nas variáveis avaliadas pela escala de depressão e de
felicidade);
 Ter acuidade auditiva, que possibilite a escuta e a comunicação verbal ou não
verbal;
 Ter capacidade de compreensão e cognitiva, que possibilitem a comunicação verbal
ou não verbal.

Os critérios de exclusão dos participantes foram:


 Estar com rebaixamento de nível de consciência;
 Recusar em qualquer etapa da realização da pesquisa, bastando informar do jeito
que lhe aprouver.

4.4 SELEÇÃO E RECRUTAMENTO DOS PARTICIPANTES

O período de seleção e recrutamento dos participantes ocorreu após a


aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa de Seres Humanos (CEP), (ANEXO, 3).
A seleção foi realizada no Ambulatório de Cabeça e Pescoço do SUS na
pandemia do COVID 19; aos pacientes que atendiam aos critérios de inclusão
definidos. Apresentada a proposta de estudo seus objetivos e finalidade, uma vez
tendo o aceite do paciente em participar do estudo, foi apresentado o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A). Posteriormente para a
coleta de dados, realizada em uma antessala no ambulatório, garantindo a privacidade
do participante e a presença do familiar ou cuidador que o assiste.
Para assegurar o anonimato e o sigilo dos participantes foi adotado, para a
identificação, o seguinte código identificador: M (participante); X (número em
algarismos arábicos em ordem crescente dos participantes pesquisados). Exemplo:
M1, M2...M30. Os dados de identificação foram registrados na ficha de identificação
dos participantes (APÊNDICE B).

4.5 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada de agos to a setembro de 2020 e ocorreu em


uma única etapa no ambulatório de cabeça e pescoço na pandemia do COVID 19.
Para a coleta de dados foi solicitada a autorização e auxílio da equipe de saúde
do ambulatório do Serviço de Cabeça e Pescoço para a obtenção dos dados. Com as
restrições em decorrência da pandemia, que instituiu medida protetiva aos pacientes,
só permitindo a coleta de dados, por profissionais da Instituição. Foi solicitado a
enfermeira responsável pelo Serviço e convidado um enfermeiro do Serviço de Cabeça
e Pescoço, que aceitou colaborar participando do estudo na coleta dos dados.
Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos:
O primeiro instrumento um questionário elaborado pela mestranda-
pesquisadora, intitulado: Perfil sociodemográfico e clínico do paciente com câncer de
cavidade oral (APÊNDICE B), no qual constam as seguintes variáveis:
- Dados sociodemográficos: nome, idade, sexo, cidade de origem, cor da pele,
número de filhos, escolaridade, estado civil, religião, ocupação laboral/ profissão,
endereço, CEP e número do telefone.
- Dados clínicos: histórico da doença de depressão, diagnóstico e tratamento;
Histórico da doença de câncer, diagnostico, estadiamento, fase da doença, tratamento
prévio (quimioterapia), (quimioterapia + radioterapia + cirurgia), (quimioterapia +
cirurgia) ou (quimioterapia + radioterapia) apenas tratamento sintomático, cuidados
paliativos e tratamento atual. Também, questionado em relação a pandemia como
estava se sentindo. Para a coleta desses dados, foram utilizadas as informações
fornecidas pelo participante e em alguns dos casos contou com a participação dos
familiares para informações de dados sociodemográfico.
O segundo instrumento é o Patient Health Questionnaire – 9 (PHQ-9) (ANEXO
1). O PHQ-9 é um instrumento construído na década de 90 e validado por Sptizer, Williams e
Kroenke (2001), patrocinado pela Pfizer Inc., indústria farmacêutica multinacional com sede em
Nova Iorque, Estados Unidos, que permite a utilização do questionário, sem solicitação de
autorização. A tradução do PHQ-9 para o português foi realizada por psiquiatras
brasileiros e a retro tradução, por um dos autores do instrumento original (FRAGUAS,
2006). O instrumento tem uma excelente aceitabilidade, boa confiabilidade além disso,
é uma ferramenta válida para rastreamento de depressão (LUPASCU et al, 2019). É
um questionário breve e fácil de ser aplicado, que pode ser lido para o paciente, mas,
foi desenvolvido originalmente, para a autoavaliação. (OMORO et al, 2006; SANTOS et
al., 2013; GARABILES et al, 2019). A validação do PHQ-9, no Brasil foi realizada por
um grupo de pesquisadores de Pelotas, Rio Grande do Sul (SANTOS et al, 2013),
O PHQ-9, possui nove itens que mede sintomas para o transtorno depressivo
maior, caracterizado no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais
(DSM-IV), baseado no Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD)
(SPITZER et al., 1994), como: humor deprimido, se o paciente sente desinteresse para
fazer as coisas, problemas com o sono, cansaço ou falta de energia, perda de apetite
ou peso, sentimento de culpa ou inutilidade. Além disso se apresenta dificuldades para
sua concentração, se sente inquieto e com pensamentos suicidas. (SANTOS et al,
2013).
A presença dos sintomas nas últimas duas semanas é avaliada em uma escala
de Likert, com escores de zero (nada ou nenhuma vez), um (vários dias), dois (mais da
metade dos dias) e três (quase todos os dias). A pontuação varia entre zero a 27
pontos. (SANTOS et al, 2013). Os escores do PHQ-9 de 5, 10, 15 e 20 representaram
depressão leve, moderada, moderadamente grave e grave, respectivamente.
(KROENKE., et al 2001),
Há uma questão, a décima sobre os sintomas, que interferem na vida
profissional, pessoal ou social do paciente. Esta questão não é totalizada com os nove
itens anteriores. Bem com a finalidade de descartar luto normal, uma história de
Episódio Maníaco (Transtorno Bipolar), e um distúrbio físico, medicamento ou outra
droga como causa biológica dos sintomas depressivos. A análise é realizada após a
pontuação total para especificar a gravidade atual dos sintomas (PFIZER'S, 2020)
O terceiro instrumento é a Escala de Esperança de Herth (EEH) (ANEXO 2). A
escala foi construída e validada pela Dra. Kaye Herth, enfermeira e professora da
Universidade do Estado de Minnesota, Estados Unidos em 1991 e 1992, nas versões
Herth Hope Scale (HHS) e Hearth Hope Index (HHI) (HERTH K 1991). A escala foi
adaptada e validada no Brasil por Alessandra Sartore em 2007, a partir da 3ª edição do
Herth Hope Index, com o título no Brasil de Escala de Esperança de Herth (SARTORE,
GROSSI, 2007). A escala possui 12 itens e avalia os estados de esperança em os
pacientes além disso destaca três componentes da esperança, a temporalidade e
futuro, expectativas positivas e interconexão, portanto é uma ferramenta útil como
dispositivo de triagem (HERTH, 1992). A graduação dos itens é estabelecida pela
escala Likert de quatro pontos, variando de concordo completamente a discordo
completamente, sendo o 1 - discordo completamente, 2 - discordo, 3 - concordo e 4 -
concordo completamente. O escore total varia de 12 a 48 pontos, sendo que quanto
maior o escore, mais alto o nível de esperança (SARTOR, 2007; GUCLU, 2019).
Também, é considerado um instrumento multidimensional, que têm propriedades
psicométricas e avalia aspetos cognitivos, afetivos, interpessoais e espirituais da
esperança (MOROTE et al, 2017). O tempo para aplicação de cada instrumento para
coleta de dados não foi fixado e dependeu e cada participante.

4.6 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados através dos instrumentos utilizados foram digitados em


planilhas do programa Microsoft Office Excel® 2018. Em seguida, as informações
foram sintetizadas, através de análise estatística (POLIT, 2019)realizada com o
programa computacional Stata/SE v.14.1. Stata Corp LP, USA.
Inicialmente os resultados do questionário sociodemográfico e clínico foram
analisados por análise descritiva, por meio de médias, desvios padrões, mediana,
valores mínimos e máximos nas variáveis quantitativas e para variáveis categóricas
foram apresentados frequências e percentuais. Seguidamente foi realizada a
comparação de dois grupos, em relação aos escores PHQ-9 e EEH, foi feita usando-se
o teste não-paramétrico de Mann-Whitney. Para comparações de mais de dois grupos
foi usado o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis. Comparações múltiplas post-hoc
foram feitas usando-se o teste de Dunn. A associação entre duas variáveis
quantitativas foi analisada estimando-se coeficientes de correlação de Spearman.
Valores de p<0,05 indicaram significância estatística. Para as comparações múltiplas
os valores de p foram corrigidos por Bonferroni. Os dados foram analisados com o
programa computacional IBM SPSS Statistics v.20.0. Armonk, NY: IBM Corp.
4.7 ASPECTOS ÉTICOS

Este estudo respeitou as normas estabelecidas pela Resolução nº 466, de 2012,


do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (BRASIL, 2012), relativa às pesquisas
envolvendo seres humanos. O Projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) do Hospital cenário do estudo em novembro de 2019, com o CAAE
nº26947819.4.0000.0098, tendo sido aprovado sob o Parecer nº 3.954.865 em 5 de
abril de 2020 (ANEXO 3), Os participantes que concordaram participar do estudo
assinaram o Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), elaborado pela
mestranda - pesquisadora (APÊNDICE A), com a finalidade que o participante
recebesse as informações sobre o estudo e compreendesse essas informações para
assim ele ter o poder de fazer uma escolha com liberdade, que lhe permita aceitar ou
recusar, de participar do estudo. (POLIT, 2019)
Os dados dos instrumentos foram arquivados em meio digital (pen drive) e com
cópia física em pasta, sob a guarda da orientadora e com acesso exclusivo só das
pesquisadoras, por um período de cinco anos.
5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo são apresentados os dados que se referem a caracterização


sociodemográfica e clínica dos participantes. Na sequência apresentam-se os
resultados relativos a caracterização clínica em relação a doença de base e a
depressão. onde é descrito o tipo câncer, estadiamento, consequentemente os dados
dos tratamentos realizados para o câncer e depressão, além disso foram a avaliados
os efeitos da pandemia nos participantes, e os níveis de depressão através do (PHQ-9)
e de esperança através de (EEH), e o analise de fatores associados como idade, renda
mensal numero de filhos, estado civil, religião, ocupação laboral, diagnósticos,
tratamentos além da associação dos sentimentos na pandemia como o medo e outros
com os escores EEH e PHQ-9.
A amostra deste estudo correspondeu a 60 pacientes com diagnóstico de
câncer de cabeça e pescoço. De acordo com às características sociodemográficas, a
idade variou de 34 a 80 anos, com uma média de 60,6, mas desvio padrão de 10,9. Em
relação a procedência n=32 são de Curitiba, n=5 de Pinhais, n=2 de Maringá, n=3 de
Paranaguá, n=2 de Rio Branco do Sul, n=2 de Colombo, n=2 de Mandirituba, n=2 de
Fazenda Rio Grande, n=3 de Araucária, e n=1 em Têlamaco Borba, Tijuca do sul, lapa,
Campo Mourão, Congonhinhas.
Na Tabela 1, destaca-se que cerca de 61,7% (n =37) são participantes de sexo
masculino; considerando a classificação de cor de pele do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) 98,3% (n=59) se declararam branco quanto a número de
filhos 38,3% (n=23) tem 1 ou 2 filhos e 28,3% (n=17) não tem filhos no nível de
escolaridade 43,3% (n= 26) fez Ensino Fundamental incompleto; de acordo com sua
religião 78,3% (n= 47) manifestou ser católico, 5,0% (n=3) que segue outras religiões,
que são : xxx e um refere acreditar em Deus, mas não segue nenhuma religião; no
estado civil 31,7% (n=22) estão casado, entretanto no que se refere a ocupação laboral
e profissão, 69,2% (n=9) pacientes estão afastados para receber o tratamento
oncológico o valor do percentagem é referente a 13 respostas, 71,1% (n=32) estão
aposentados e o valor do percentagem é referente a 45 respostas, (n= 49) possuiam
renda individual 600- 8000 R$ e (n=53) mensa de 600 a 8000 R$.
TABELA 1 – DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS DOS PARTICIPANTES
Em tabela as linhas internas não são visíveis...dê uma olhada nas regras
n
Variável válid Classificação Resultado*
o
Idade (anos) 60 60,6 ± 10,9 (34 - 80)
Sexo 60 Feminino 23 38,3%
Masculino 37 61,7%
Cor de pele 60 Branca 59 98,3%
Preta 1 1,7%
Número de filhos 60 2,0 ± 2,0 (0 - 8)
60 0 17 28,3%
1 ou 2 23 38,3%
3 ou 4 14 23,3%
5a8 6 10,0%
Escolaridade 60 Não frequenta 2 3,3%
Fund incompl 26 43,3%
Médio incompl 15 25,0%
Médio compl 12 20,0%
Superior incompl 2 3,3%
Superior compl 3 5,0%
Escolaridade (agrup) 60 Até fund incompl 28 46,7%
Médio (incomp/compl) 27 45,0%
Superior (incomp/compl) 5 8,3%
Religião 60 Católica 47 78,3%
Evangélica 9 15,0%
Outro 3 5,0%
Sem religião 1 1,7%
Estado civil 60 Solteiro 19 31,7%
Casado 22 31,7%
União cons 2 31,7%
Divorc 10 31,7%
Viúvo 7 31,7%
Estado civil (agrup) 60 Solteiro/divorc/viúvo 36 60,0%
Casado/união
24 40,0%
consensual
Afastado para
13 Não 4 30,8%
tratamento
Sim 9 69,2%
Aposentado 45 Não 13 28,9%
Sim 32 71,1%
Renda mensal 1645 ± 1249 (600 -
49
individual (R$) 8000)
Renda mensal 2193 ± 1589 (600 -
53
familiar (R$) 8000)
FONTE: a Autora 2020

NOTA:*Descrito por média ± desvio padrão (mínimo – máximo) ou por frequência e


percentual

5.2 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DOS PARTICIPANTES

Em relação aos dados clínicos dos participantes apresentados na TABELA 2


observou-se que houve variação na localização do câncer de cabeça e pescoço ,sendo
que 53,3% (n= 32) são câncer de cavidade oral, correspondendo a boca, língua,
assoalho da boca, trígono retromolar, rebordo alveolar 33,3% (n= 20) são de laringe;
33,3% (n= 20) de orofaringe; 5,0% (n=3) em nasofaringe: e, 8,3% (n= 5) CEC
adenoide maxilar e maxilar o que é CEC?...vc não colocou o tipo citohistológico só
a classificação, então esse é bom tirar o CEC
Quanto ao estadiamento (TNM), os participantes apresentavam em relação ao
tamanho do tumor (T): 16,0% (n= 8) em T2; 14,0% (n=7) em T3; e, 6,0% (n=3) em
estadiamento T4.
Quanto ao tamanho do tumor (T) e comprometimento linfático (N) associados,
observou-se que, dos 60 participantes:XXX somente 50 porque...não está descrito
o que aconteceu com os outros 10
rever sua descrição ..está confusa N1, 4,0% (n=2) em estadiamento T3 N2,
4,0% (n=2) em estadiamento T4 N3b, 4,0% (n= 2) em estadiamento T1N1, 4,0% (n=2)
em estadiamento T4, 4,0% (n=2) em estadiamentoT4 N3, 4,0% (n=2) em estadiamento
T2 N2b, 2,0% (n=1) em estadiamento T4b N1, 2,0% (n=1) em estadiamento T2 N0,
2,0% (n=1) em estadiamento T1, 2,0% (n=1) em estadiamento T4a N2c, 2,0% (n=1)
em estadiamento T4aN3, 2,0% (n=1) em estadiamento T1 Na, 2,0% (n=1) em
estadiamento T1 N2, 2,0% (n=1) em estadiamento T2N0, 2,0% (n=1) em estadiamento
T4a N2b, 2,0% (n=1) em estadiamento T2 N0b, 2,0% (n=1) em estadiamento T4a N1,
2,0% (n=1) em estadiamento T3 N2a, 2,0% (n=1) em estadiamento T1b N0, 2,0%
(n=1) em estadiamento T4a N3b, 2,0% (n=1) em estadiamento T4 N0, 2,0% (n=1) em
estadiamento T3 N2b, 2,0% (n=1) em estadiamento T4 N2, 2,0% (n=1) em
estadiamento T4a N2.
São de que tipo de tumor esses estadiamentos...interessante colocar
descrevendo
Quanto ao T2, dos 16% (n= 8), XX são de cavidade oral, X são de XXX

Em relação a TABELA 2 a depressão, cerca de 71,7% (n=43) dos


participantes não tem histórico de depressão e 28,3% (n=17) relataram ter histórico da
doença.

TABELA 2 – DADOS CLÍNICOS DOS PARTICIPANTES


Formatar corretamente a tabela
n
Variável válid Classif n %
o
Histórico da Doença de
60 Não 43 71,7
depressão
Sim 17 28,3
Diagnóstico atual do
60 cavidade oral 32 53,30
Câncer (agrup)
Laringe 20 33,3
Orofaringe 3 5,0
Nasofaringe 5 8,3
Estadiamento (TNM)* 50 T2 8 16,0
T3 7 14,0
T4 N1 3 6,0
T3 N2 2 4,0
T4 N3b 2 4,0
T1N1 2 4,0
T4 2 4,0
T4 N3 2 4,0
T4a N0 2 4,0
T2 N2b 2 4,0
T4b N1 1 2,0
T2 N0 1 2,0
T1 1 2,0
T4a N2c 1 2,0
T4aN3 1 2,0
T1 Na 1 2,0
T1 N2 1 2,0
T2N0 1 2,0
T4a N2b 1 2,0
T2 N0b 1 2,0
T4a N1 1 2,0
T3 N2a 1 2,0
T1b N0 1 2,0
T4a N3b 1 2,0
T4 N0 1 2,0
T3 N2b 1 2,0
T4 N2 1 2,0
T4a N2 1 2,0
FONTE: a Autora 2020
NOTA: *TNM: Tumor (T), Nodo (N) e Metástase (M).

Na sequência a TABELA 3, apresenta os dados dos tratamentos realizados


pelos participantes para o câncer e para a depressão
Separar dados da tabela 3 com a 4 cerca de 77, 6% (n=45), dos pacientes
com câncer de cabeça e pescoço não tem nenhum tratamento de depressão, 8,6%
(n=5) relataram que estão em tratamento com psicoterapia, e 10,3% (n=6) estão em
tratamento com psicotrópico, e um 3,4% (n=2) estão em tratamento com psicoterapia e
psicotropicos, por outro lado os pacientes demonstraram que em relação a pandemia
eles experimentaram alguns sentimentos, 1,8% (n= 1) expressaram ter sentido
angústia, 31,6% (n=18) Medo, 1,8% (n=1) Tristeza, no entanto o maior grupo de
pacientes 61,4% (n=35) relatou acreditar em Deus e estar tranquilos, e 1,8% (n=1)
relatou ter sentido Angústia e ansiedade, 1,8% (n=1) Angústia e medo, em relação ao
tratamento só 3 pacientes manifestaram ter recebido tratamento oncológico prévio
33,3% (n=1) quimioterapia, 33,3% (n=1) quimioterapia mas radioterapia e 33,3% (n=1)
cirurgia mas radioterapia, e no tratamento atual 6,7% (n= 4) estão recebendo
tratamento com quimioterapia mas radioterapia, 30,0% (n= 18) Quimioterapia mas
radioterapia e cirurgia, 5,0% (n=3) Quimioterapia mas cirurgia, 58,3% (n=35) Cirurgia
mas radioterapia.

TABELA 3 – DADOS DOS TRATAMENTOS REALIZADOS PARA O CÂNCER E


DEPRESSÃO

n
Variável válid Classif n %
o

Tratamento atual? da depressão 58 Nenhum 45 77,6%


Psicoterapia 5 8,6%
Psicotrópico 6 10,3%
Ambos 2 3,4%

Tratamento prévio do câncer 3 Quimioterapia 1 33,3%


Quimio + radioterapia 1 33,3%
Cirurgia + radioterapia 1 33,3%

Tratamento atual do câncer 60 Quimio + radioterapia 4 6,7%


Quimio + radio + cirurgia 18 30,0%
Quimioterapia + cirurgia 3 5,0%
Cirurgia + radioterapia 35 58,3%

FONTE: a Autora 2020


NOTA: Quimio= quimioterapia e Radio= radioterapia

5.3 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA PANDEMIA NOS PARTICIPANTES

Na TABELA 4, observa-se as expressões de emoções e sentimentos


autorrelatados pelos participantes frente a situação de pandemia pelo Covid-19, ao
serem questionados como estavam se sentindo. Dos 60 participantes três (03) XXXX
sendo que 31,6% (18) expressaram medo e (61% (35) mencionaram: XXX, XXX,XXX,
XXXXXXXXXXXXXXX entre outros.
Verifica-se que além da situação de enfrentamento ao câncer e ao seu
tratamento a pandemia provocou medo a esses participantes.

TABELA 4 – AVALIAÇÃO DO AUTORRELATO DOS SENTIMENTOS DOS


PARTICIPANTES FRENTE A PANDEMIA DO COVID-19

Variável n ClassifXXX n %
válid
o

Em relação a pandemia como está se 57 Angústia 1 1,8%


sentindo
Medo 18 31,6%
Tristeza 1 1,8%
Outros 35 61,4%
Angústia e ansiedade 1 1,8%
Angústia e medo 1 1,8%

57 Angústia/ansiedade/medo 21 36,8%
Em relação a pandemia como está se
sentindo (agrup)

FONTE: a Autora 2020

5.4 AVALIAÇÃO DA DEPRESSÃO (PHQ-9) E ESPERANÇA (EEH)

5.4.1 Avaliação dos escores PHQ-9 e EEH

Na TABELA 5 apresenta os resultados relativos a PHQ-9, que pode variar de 0


a 27, quanto maior o escore, maior o nível de depressão (mais depressívo) e da EEH
de 12 a 48, quanto maior o escore, maior o nível de esperança (mais esperança), são
apresentadas estatísticas descritivas dos dois escores encontrando que o PHQ-9 tem
uma media de 6,4 e desvio padrão de 5,3 e para a EEH tem uma media 41,3 e desvio
padrão de 3,1.

TABELA 5 - ESCORES PHQ-9 e EEH

Desvio Median Mínim Máxim


Escore n Média
padrão a o o
PHQ-9
60 6,4 5,3 5 0 24
ESCORE
EEH
60 41,3 3,1 42 25 47
ESCORE
Fonte: a Autora (2020)

Na Correlação entre escores EEH e PHQ-9 testou-se a hipótese nula de que o


coeficiente de correlação entre os dois escores é igual a zero (não há correlação),
versus a hipótese alternativa, de que o coeficiente de correlação é diferente de zero (há
correlação). O coeficiente de correlação estimado foi igual a -0,14, sem significância
estatística (p=0,275).
No gráfico1 é apresentada a dispersão dos dois escores. Cada ponto do gráfico
corresponde a cada um dos pacientes.

GRÁFICO 1 – XXXXXXXXXXXXXXXX ver se o título fica aqui ou após o gráfico

FONTE: a Autora (2020)

5.4.2 Análise de fatores associados aos escores EEH e PHQ-9

5.4.2.1 Variáveis quantitativas

Para cada um dos escores e cada uma das variáveis quantitativas analisadas,
testou-se a hipótese nula de que o coeficiente de correlação entre os dois escores é
igual a zero (não há correlação), versus a hipótese alternativa de que o coeficiente de
correlação é diferente de zero (há correlação).
Na TABELA 6 são apresentados os valores dos coeficientes de correlação de
Spearman estimados e os valores de p dos testes estatísticos. A avaliação da
associação entre as variáveis quantitativas idade e renda mensal individual e familiar
com os escores demonstraram que não houve significância estatística.
TABELA 6 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE IDADE E RENDA MENSAL
INDIVIDUAL E FAMILIAR COM OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Coeficiente de
Variáveis n correlação de p
Spearman
PHQ-9 ESCORE x Idade (anos) 60 -0,24 0,060
PHQ-9 ESCORE x Renda mensal
49 0,08 0,574
individual (em R$)
PHQ-9 ESCORE x Renda mensal
53 0,17 0,215
Familiar (em R$)
EEH ESCORE x Idade (anos) 60 -0,12 0,358
EEH ESCORE x Renda mensal
49 0,03 0,840
individual (em R$)
EEH ESCORE x Renda mensal
53 0,03 0,815
Familiar (em R$)
FONTE: a Autora (2020)
NOTA: se p<0,05, temos correlação significativa entre as duas variáveis analisadas

5.4.2.2 Variáveis categóricas

Para cada um dos escores e cada uma das variáveis categóricas analisadas,
testou-se a hipótese nula de que os escores são iguais para todas as classificações da
variável, versus a hipótese alternativa de que os escores não são iguais.
Na TABELA 7 são apresentadas estatísticas descritivas da avaliação da
associação entre a variável sexo e os escores PHQ-9 e EEH. Foi realizada a
correlação com o teste não paramétrico de Mann-Whitney, cujo valor de p < 0,05,
demonstraram que não houve significância estatística. Para cada um dos escores e
cada uma das variáveis quantitativas analisadas, testou-se a hipótese nula de que o
coeficiente de correlação entre os dois escores é igual a zero (não há correlação),
versus a hipótese alternativa de que o coeficiente de correlação é diferente de zero (há
correlação).
TABELA 7 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE SEXO FEMININO E
MASCULINO E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Média ± desvio Mediana (min -


Variável Sexo n p*
padrão max)
PHQ-9
Fem 23 7,7 ± 6,2 7 (0 - 24)
ESCORE
Masc 37 5,6 ± 4,6 4 (0 - 17) 0,250
EEH
Fem 23 40,8 ± 4,0 42 (25 - 46)
ESCORE
Masc 37 41,6 ± 2,4 42 (35 - 47) 0,662
FONTE: a Autora (2020)
NOTA: *Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p<0,05

Na TABELA 8 são apresentadas estatísticas descritivas da avaliação da


associação entre a variável número de filhos com os escores PHQ-9 e EEH, foi
realizada a correlação com o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, cujo valor de p <
0,05, demonstraram que houve significância estatística entre a relação da esperança
com o numero de filhos, o que permite conhecer há diferença significativa entre
aqueles com 0 filho e aqueles com 3 ou mais filhos (na tabela observa-se que o escore
EEH dos que têm 3 ou mais filhos é maior do que o escore EEH dos que não têm
filhos, por conseguinte a variável numero de filhos em relação ao escore EHH destacou
uma media 42,1 e desvio padrão 2,4, e uma mediana 42,5, mínima 36 e máximo 45,
com o valor de p= 0,034.

TABELA 8 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE FILHOS E OS


ESCORES PHQ-9 E EEH

Número Média ± desvio


Variável n Mediana (min - max) p*
de filhos padrão

PHQ-9 (0) 0 17 6,8 ± 5,4 4 (1 - 18)


ESCORE
(1) 1 ou 2 23 6,4 ± 5,3 5 (0 - 17)
(2) 3 ou
20 6,1 ± 5,5 5,5 (0 - 24) 0,898
mais
EEH
(0) 0 17 40,2 ± 4,2 42 (25 - 43)
ESCORE
(1) 1 ou 2 23 41,4 ± 2,6 41 (35 - 47)
(2) 3 ou
20 42,1 ± 2,4 42,5 (36 - 45) 0,034
mais
FONTE: a Autora (2020)
NOTA: *Teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, p<0,05
No Gráfico XX, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Comparações das classificações de número de filhos duas a duas, em relação a


EEH ESCORE:
0 x (1 ou 2): p=1
0 x (3 ou mais): p=0,039 
(1 ou 2) x (3 ou mais): p=0,170 

Gráfico 2 - XXXXXXX
FONTE: a Autora (2020)

Na TABELA 9, demonstra a avaliação da associação entre as variáveis


categóricas de escolaridade (fundamental incompleto, médio incompleto e completo,
superior incompleto e completo) com os escores PHQ-9 e EEH, foi realizada a
correlação com o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, cujo valor de p < 0,05
demonstra significância, em relação as variáveis de escolaridade: ensino fundamental
incompleto com média 6,0 e desvio padrão 4,4 mediana de 6, mínimo de 0, máximo de
18, ensino Médio incompleto e completo com média 5,6, e desvio padrão 5.7, mediana
de 4, mínimo de 0 máximo de 24, e ensino superior incompleto e completo com media
13,0 e desvio padrão 4,3, mediana de 12, e um mínimo de 9, máximo de 18, com a
associação do escore PHQ-9 destacou que houve significância estatística com o valor
de P= 0,019.

TABELA 9 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS DE


ESCOLARIDADE E OS ESCORES PHQ-9 E EEH
Média ± desvio Mediana (min
Variável Escolaridade n p*
padrão - max)

PHQ-9 (1) Até fund incompl 28 6,0 ± 4,4 6 (0 - 18)


ESCORE
(2) Médio
27 5,6 ± 5,7 4 (0 - 24)
(incompl/compl)
(3) Superior
5 13,0 ± 4,3 12 (9 - 18) 0,019
(incompl/compl)

(1) Até fund incompl 28 41,5 ± 2,3 42 (35 - 46)


EEH
ESCORE
(2) Médio
27 41,0 ± 3,8 42 (25 - 45)
(incompl/compl)
(3) Superior
5 42,0 ± 2,9 41 (40 - 47) 0,923
(incompl/compl)
FONTE: a Autora (2020)
NOTA: *Teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, p<0,05

No Gráfico XX, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Comparações das classificações de escolaridade duas a duas, em relação a PQH-


9 ESCORE:
(1) x (2): p=1
(1) x (3): p=0,053
(2) x (3): p=0,015

Gráfico 3 - XXXXXXXXXXXXX
FONTE: a Autora (2020)
Nas TABELAS 10 e 11 foram realizadas a correlação com os testes não-
paramétrico de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney, cujo valor de p<0,05 demonstra
significância estatística, a avaliação da associação das variáveis da religião (Católica,
Evangélica, outras) e as variáveis do estado civil (solteiro, divorciado, viúvo, casado,
união consensual) com os escore PHQ-9 e EEH não determinou significância
estatística.

TABELA 10 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS DE RELIGIÃO


E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Média ± desvio Mediana (min


Variável Religião n p*
padrão - max)

PHQ-9 Católica 47 5,7 ± 4,6 4 (0 - 17)


ESCORE
Evangélic
9 11,1 ± 7,3 9 (2 - 24)
a
Outras 4 4,8 ± 3,9 4 (1 - 10) 0,065

Católica 47 41,7 ± 2,1 42 (35 - 47)


EEH
ESCORE
Evangélic
9 38,7 ± 5,9 40 (25 - 44)
a
Outras 4 42,8 ± 1,7 42,5 (41 - 45) 0,204
FONTE: a Autora (2020)
NOTA: *Teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, p<0,05

TABELA 11 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS DE ESTADO


CIVIL E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Média ± desvio Mediana (min


Variável Estado civil n p*
padrão - max)
Solt/divor/
PHQ-9 36 6,6 ± 6,3 4 (0 - 24)
viuvo
ESCORE
Casado/união
24 6,1 ± 3,5 6 (1 - 13) 0,605
estável
EEH Solt/divor/
36 41,4 ± 2,5 42 (35 - 47)
ESCORE viuvo
Casado/união
24 41,2 ± 3,9 42 (25 - 45) 0,626
estável
FONTE: a Autora (2020)
NOTA: *Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p<0,05
Na TABELA 12, para avaliação foi utilizado o teste não paramétrico Mann-
Whitney, cujo valor p<0,05 que determina significância estatística. Foram associadas
as variáveis de ocupação laboral (afastado para tratamento) com os escore PHQ-9 e
EEH, a variável afastado para tratamento com o escore PHQ-9 demonstrou para os
pacientes com respostas afirmativas uma media 10,0 e desvio padrão 4,9, mediana 9,
mínima 3, e máximo, como um valor de p= 0,034 demonstrando significância
estatística.

TABELA 12 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL OCUPAÇÃO


LABORAL (Afastado para tratamento) E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Afastado
para Média ± desvio Mediana (min -
Variável n p*
tratament padrão max)
o

PHQ-9 Não 4 4,0 ± 2,6 4 (1 - 7)


ESCORE
Sim 9 10,0 ± 4,9 9 (3 - 18) 0,034

EEH Não 4 44,3 ± 1,7 44,5 (42 - 46)


ESCORE
Sim 9 42,2 ± 2,0 42 (40 - 47) 0,106
FONTE: a Autora (2020)
NOTA: *Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p<0,05

No Gráfico XX, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


Gráfico 4 XXXXXXXXXXXXX
FONTE: a Autora (2020)

Nas TABELAS 13 e 14, se observa a avaliação da associação entre as variável


de ocupação laboral ( aposentado ) e a variável histórico de doença de depressão com
os escores PHQ-9 e EHH, utilizando o teste não paramétrico de Mann-Whitney, cujo
valor de p<0,05 determina significância estatística, nestas associação é possível
perceber que não houve significância estatística.

TABELA 13 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL OCUPAÇÃO


LABORAL (APOSENTADO) E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Aposentad Média ± desvio Mediana (min


Variável n p*
o padrão - max)

PHQ-9 Não 13 6,8 ± 7,0 5 (1 - 24)


ESCORE
Sim 32 6,0± 4,5 6 (0 - 18) 0,834

EEH Não 13 42,1 ± 2,8 42 (36 - 47)


ESCORE
Sim 32 41,2 ± 2,3 42 (35 - 44) 0,528
FONTE: a Autora (2020)
NOTA:*Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p<0,05

TABELA 14 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL HISTÓRICO DA


DOENÇA DE DEPRESSÃO E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Histórico da
Média ± desvio Mediana (min -
Variável Doença de n p*
padrão max)
depressão
PHQ-9 4
Não 6,0 ± 5,4 5 (0 - 24)
ESCORE 3
1
Sim 7,5 ± 5,2 7 (1 - 17) 0,204
7
EEH 4
Não 41,5 ± 2,2 42 (35 - 45)
ESCORE 3
1
Sim 40,9 ± 4,8 42 (25 - 47) 0,987
7
FONTE: a Autora (2020)
NOTA:*Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p<0,05

Na TABELA 15 é possível observar a variável diagnóstico atual do câncer de


cabeça e pescoço e sua associação com os escores PHQ-9 e EEH, foi usado o teste
não paramétrico de Kruskal-Wallis, cujo valor de p<0,05 demonstra significância
estatística, nesta tabela o valor de p não demonstro significância.

TABELA 15 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL DIAGNOSTICO


ATUAL E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Diagnostico Média ± desvio Mediana (min


Variável n p*
atual padrão - max)

PHQ-9 boca/língua/
ESCORE cavid. oral 32 5,9 ± 4,9 4,5 (0 - 17)
laringe 20 6,1 ± 4,6 5,5 (0 - 18)
nasofaringe 5 8,6 ± 9,1 5 (1 - 24)
orofaringe 3 10 ± 7,5 9 (3 - 18) 0,736

EEH boca/língua/
ESCORE cavid. oral 32 40,8 ± 3,7 42 (25 - 47)
laringe 20 41,9 ± 1,7 42 (38 - 45)
Maxila 5 42,2 ± 4,1 44 (36 - 46)
outro 3 42 ± 2 42 (40 - 44) 0,597
FONTE: a Autora (2020)
NOTA:*Teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, p<0,05

Na TABELA 16, demonstra a associação da variável tratamento de depressão


com os escores PHQ-9 e EEH, para sua avaliação foram utilizados os testes
estatísticos não paramétricos de Kruskal-Wallis, cujo valor da p<0,05 determina a
significância estatística, por conseguinte na comparação dos tratamentos de depressão
com o escore PHQ-9 é possível observar que há diferença significativa entre nenhum
tratamento e tratamento com psicoterapia, 45 pacientes não tem nenhum tratamento
obtendo uma media 6,3 e desvio padrão 5,3, uma mediana 5, mínimo 0 e máximo de
24, entretanto 5 pacientes estão em tratamento com psicoterapia obtendo uma média
12,8 e desvio padrão 4,3 mediana 12, mínima 7, e máxima de 17, sendo o valor
P=0,033 em (0) x (1) o que determina significância estatística, também há diferença
significativa entre o tratamento com psicoterapia e psicotrópico em relação ao escore
PHQ-9, o tratamento com psicotrópico tem uma media de 4,0 e desvio padrão 3,6,
mediana de 2, e mínimo de 1, máximo de 10, sendo o valor de p=0,022 em (1) x (2)
determinando assim a significância estatística. Rever...o valor de p colocado no texto
descritivo, difere da tabela, está correto?

TABELA 16 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL TRATAMENTO


DE DEPRESSÃO OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Tratament Média ± desvio Mediana (min -


Variável n p*
o padrão max)

PHQ-9 (0) Nenhum 45 6,3 ± 5,3 5 (0 - 24)


ESCORE
(1)
5 12,8 ± 4,3 12 (7 - 17)
Psicoterapia
(2)
6 4,0 ± 3,6 2 (1 - 10) 0,018
Psicotrópico
Ambas 2 5,0 ± 2,8 5 (3 - 7)

(0) Nenhum 45 41,5 ± 2,3 42 (35 - 46)


EEH
ESCORE
(1)
5 42,8 ± 3,0 43 (39 - 47)
Psicoterapia
(2)
6 38,0 ± 6,7 40 (25 - 43) 0,266
Psicotrópico
Ambas 2 42 ± 0 42 (42 - 42)

FONTE: a Autora (2020)


NOTA:*Teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, p<0,05 (os casos com classificação
“ambas” não foram incluídos nos testes estatísticos)

No gráfico 5, XXXXXXXXX

Comparações das classificações de tratamento duas a duas, em relação a PQH-9


ESCORE:

(0) x (1): p=0,033 


(0) x (2): p=1
(1) x (2): p=0,022
Gráfico 5 XXXXXXXx
FONTE: a Autora (2020)

Nas TABELAS 17,18 e19, foram avaliadas as variáveis categóricas sentimentos


na pandemia, medo como sentimento na pandemia e a variável “outros”, que faz
referencia aos pacientes estar tranquilos e acreditar em Deus, cada um delas forma
associadas com os escores PHQ-9 e EEH, utilizando o teste não paramétrico Mann-
Whitney, cujo valor de p<0,05 demonstra significância, nestas tabelas é possível
perceber que não houve significância estatísticas.

TABELA 17 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL SENTIMENTO


NA PANDEMIA E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Sentimento na Média ± Mediana


Variável n p*
pandemia desvio padrão (min - max)
PHQ-9 Angústia/ansied/
21 8,2 ± 6,2 8 (1 - 24)
ESCORE medo
Outros* 36 5,6 ± 4,7 5 (0 - 18) 0,123
EEH Angústia/ansied/
21 41,2 ± 2,5 41 (36 - 47)
ESCORE medo
Outros* 36 41,3 ± 3,5 42 (25 - 46) 0,304
FONTE: a Autora (2020)
NOTA:*Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p<0,05
* outros : tranquilos/ acreditar em Deus

TABELA 18 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL MEDO COMO


SENTIMENTO NA PANDEMIA E OS ESCORES PHQ-9 E EEH
Medo como
Média ± desvio Mediana (min
Variável sentimento na n p*
padrão - max)
pandemia

PHQ-9 Não 38 6,1 ± 5,5 5 (0 - 24)


ESCORE
Sim 18 7,6 ± 5,4 7,5 (1 - 18) 0,276

Não 38 41,2 ± 3,6 42 (25 - 46)


EEH
ESCORE
Sim 18 41,3 ± 2,3 41,5 (38 - 47) 0,379
FONTE: a Autora (2020)
NOTA:*Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p<0,05

TABELA 19 - AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL OUTROS


SENTIMENTOS NA PANDEMIA E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Outros
Média ± desvio Mediana (min
Variável sentimentos na n p*
padrão - max)
pandemia

PHQ-9 Não 20 7,0 ± 5,4 4,5 (0 - 18)


ESCORE
Sim 35 5,8 ± 4,7 5 (0 - 18) 0,482

EEH Não 20 41,6 ± 2,3 42 (38 - 47)


ESCORE
Sim 35 41,3 ± 3,6 42 (25 - 46) 0,696
FONTE: a Autora (2020)
NOTA:*Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p<0,05

Em relação à avaliação da TABELA 20 são apresentados os resultados obtidos


para tratamento atual (radioterapia mas cirurgia, quimioterapia mas radioterapia e
cirurgia, quimioterapia mas radioterapia, e quimioterapia mas cirurgia) na relação com
os escores PHQ-9 e EEH. Essa associação revelou que não houve significância
estatística, entretanto para os testes estatísticos a classificação “Quimio+cx” não foi
incluída por ter apenas 3 casos.

TABELA 20 AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A VARIÁVEL TRATAMENTO


ONCOLÓGICO ATUAL E OS ESCORES PHQ-9 E EEH

Tratamento Média ± desvio Mediana (min -


Variável n p*
atual padrão max)
PHQ-9
Radio + cx 35 6,4 ± 5,7 5 (0 - 24)
ESCORE
Quimio +
18 6,3 ± 4,5 6 (0 - 17)
radio + cx
Quimio +
4 6,0 ± 4,1 4,5 (3 - 12) 0,950
radio
Quimio + cx 3 7,3 ± 9,3 3 (1 - 18)
EEH
Radio + cx 35 40,8 ± 3,6 42 (25 - 47)
ESCORE
Quimio +
18 41,9 ± 2,4 42 (35 - 45)
radio + cx
Quimio +
4 41,5 ± 0,6 41,5 (41 - 42) 0,363
radio
Quimio + cx 3 43,3 ± 2,3 42 (42 - 46)
FONTE: a Autora (2020)
NOTA:*Teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, p<0,05
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS precisamos conversar para realinhar a
discussão...está com muita repetição de resultado, sem discussão

Não fiz as considerações a partir daqui...para conversarmos


O câncer de cabeça e pescoço é o sexto tipo de câncer mais comum no
mundo. Em um estudo epidemiológico realizado em Minas Gerais, através da análise
de 28 prontuários de pacientes com câncer de cabeça e pescoço, entre 39 e 80 anos,
observou-se uma alta prevalência de pacientes de sexo masculino em 64,3%, (COSTA
ROCHA., 2017). Em outro estudo realizado em um hospital universitário do noroeste de
São Paulo, analisou dados de 427 pacientes e confirmou que o câncer de cabeça e
pescoço é mais frequente em homens, com idade acima de 40 anos. Além disso houve
predomínio da cor da pele branca em um 90% dos pacientes (MELO ALVARENGA,
2008); o que também concordou com o estudo de XXXXXXXXXXXXXX?????X
(PAULISTA., et al 2020) e (TORABIT.,et al 2020)
Os participantes com CCP em nosso estudo encontravam-se na faixa
etária de 34 a 80 anos, e em relação ao género se evidencia maior incidência no sexo
masculino além disso foi possível perceber a prevalência em indivíduos a cor da pele
branca o que corrobora os dados já existentes na literatura.
No entanto a incidência significativa do câncer de cabeça e pescoço na
última década tem aumentado,e as pesquisas evidenciam, a melhora nos protocolos de
tratamento e reabilitação.(período de coleta???). Em um centro oncológico de
referência no sul do Brasil, foram analisados dados de 123 pacientes com CPP os
resultados apresentaram a prevalecia no sexo masculino (65,4%), com idade acima de
50 anos, e nível baixo de escolaridade (40%), observando-se também uma baixa
renda mensal familiar? em 70%; com estadiamento (TNM) em T2 com 30.8% e T3 com
20.6%; e, de acordo com o tipo de câncer cavidade oral em 26,32%, seguido da
orofaringe 24,06 %, laringe 9,77%, nasofarige 5,26% (SILVA , 2020).
A análise do perfil sóciodemográfico desta pesquisa destacou que 43,3%
tem baixo nível de escolaridade, e a renda mensal baixa em torno de R$ XXXX salários
mínimos, de acordo com o tipo do câncer se destacou câncer da cavidade oral em
53,3%, laringe 33,3%, orofaringe 5.0%, e nasofaringe 8,3%, no estadiamento foi
possível observar sua prevalecia em T2 em 16% dos pacientes e T3 em 14.0%
concordando assim com a literatura.
Por outro lado em nosso estudo constatou-se que 28.3% dos paciente
com CCP tinha histórico de depressão, no entanto um estudo realizado em Holanda
com 345 pacientes com diagnostico de CCP corrobora o risco aumentado de
depressão antes do tratamento em um 15,1%, e alem disso destacou o câncer da
orofaringe 46%, Laringe 31%, cavidade oral 12% (VAN BEEK FE.,et al 2020) o que
demonstra semelhança dos dados com nosso estudo.
Nesse contexto é comum observar em pacientes com câncer o
diagnostico de depressão e maior parte dos pacientes prefere o tratamento com
psicoterapia, em um estudo de bases dados de pesquisas anteriores foi comparado o
tratamento com qualquer tipo de psicoterapia e comparado com o tratamento
convencional para pacientes adultos com câncer avençado, identificam um total de 780
participantes, dados de 6 estudos foram usados para meta-analise Entre esses seis
estudos, quatro estudos usaram psicoterapia de apoio, um adotou terapia cognitivo-
comportamental e outro terapia de resolução de problemas. quando comparada com o
tratamento usual, a psicoterapia foi associada a uma diminuição significativa no escore
de depressão o que sugere que a psicoterapia é útil no tratamento de depressão em
pacientes com câncer. (AKECHI., et al 2020) a psicoterapia oferece ao paciente um
modelo compreensível da sua depressão (SCHESTATSKY., 1999). no entanto um
estudo de revisão sugere que é ideal o enfoque do tratamento farmacológico em
conjunto com o psicotrópico em pacientes com níveis elevados de depressão; Mesmo
assim outro estudo de revisão determinou que os fármacos SSRIS são eficaz para o
tratamento de depressão em pacientes com câncer (BERNAL., et al 2016) em nosso
estudo foi possível perceber que os pacientes com CCP com diagnostico de depressão
8,6% estão em tratamento com psicoterapia, 10,3% e tratamento com psicotrópicos ,
3,4% recebe ambos.
Na atualidade vivemos tempos incertos, e a pandemia do COVID-19 continua
gerando prejuízos em tudo o mundo, o câncer de cabeça e pescoço (CCP) é uma
doença agressiva perigosa e seu pronóstico dependa do tempo e resposta do
tratamento. (SUÁREZ., et al 2020), uma reflexão aponta que a pandemia afeta a
qualidade vida do paciente oncológico, já que o paciente com câncer estão em alto
risco (MARQUES., et al 2020). no entanto uma pesquisa analisou o estado psicológico
de 77 pacientes com câncer, realizamdo o questionário HADS onde 31% dos pacientes
apresentou depressão. (ROMITO., et al 2020) e outro estudo aplicou uma estrutura
PRIME para analisar a carga emocional dos pacientes com câncer no qual foi usado
um conjunto de algoritmo de aprendizado de maquina para assim conhecer
sentimentos negativos e positivos, e alem disso 8 emoções: raiva, medo, antecipação,
confiança, surpresa, tristeza, alegria e repulsa, se evidencio sentimento negativo
significativo, com o medo sendo a emoção predominante. (MORALIYAGE H., 2020),
Em nosso estudo em relação a pandemia os pacientes com CCP manifestam sentir
medo, ansiedade, angustia em um 36,8%, no entanto o medo foi o mas prevalecente
em 31,6% dos pacientes o que concorda com os estudos expostos.
No caso do tratamento oncológico do câncer de cabeça e pescoço, dependera da
localização do tumor estagio da doença e a viabilidade dos abordagem, a cirurgia,
radioterapia e quimioterapia são implementadas, existe três formas de abordagem no
caso do câncer avançado, a quimiorradioterapia baseada em platina, com cirurgia
reservada para doença residual, cirurgia com esvaziamento cervical e reconstrução,
seguida de radioterapia ou quimiorradioterapia adjuvante, dependendo da presença de
fatores de risco adversos; e quimioterapia de indução seguida de quimiorradioterapia
definitiva e cirurgia. (SILVA GALBIATTI., et al 2013, CHOW LQM., 2020) em nosso
estudo 58,3% estão em tratamento atual com cirurgia + radioterapia, 30.0% refere
quimioterapia +cirurgia +radioterapia, concordando assim com a literatura.
Os pacientes com câncer frequentemente apresentam depressão e é difícil que seja
reconhecida por o conjunto de sintomas médicos e psiquiátricos que eles apresentam
(OSTUZZI., et al 2018); O PHQ-9 é um instrumento de rastreamento padrão para transtornos
depressivos em pacientes com câncer. (GRAPP., 2019) amplamente usado para identificar
transtorno depressivo maior, reconhecido como padrão de ouro corroborado em 37 estudos
aplicado em 21.292 pacientes, demonstrando que o PHQ-9 tem propriedades diagnósticas
aceitáveis no ponto de corte 10 em diferentes configurações. (MORIARTY., et al 2015) Em um
estudo multicêntrico com 2141 pacientes com câncer, onde PHQ-9 teve uma pontuação de corte
≥7 demonstrando o melhor desempenho de triagem. (HARTUNG., ET AL 2017) em nosso
estudo foi realizado o PHQ-9 em 60 pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP)
obtendo como resultado uma media de 6,4, e desvio padrão de 5,3 e mediana 5, um
mínimo 0 e máximo de 24.
Mesmo assim o ser humano vive sempre a espera de algo, pode ser uma
esperança generalizada, um desejo a futuro também pode ser particular dependera de
cada pessoa, em relação as dimensões da esperança em pacientes com câncer esta
pode ser afetiva, cognitiva, comportamental, destacando a boa relação consigo mesmo
o com Deus, também pode ser temporal e contextual, o que incluem as vivencias que
de alguma forma determinam a existência da pessoa. (SARTORE .,et al 2011) A
esperança interfere nas pessoas em tempos de crises, em um estudo com 92
pacientes com câncer foi aplicado o Herth Hope Index-PT, os níveis de esperança
foram elevados (média=29.61 pontos). (PINTO.,2012) neste contexto a esperança é
central na enfermagem já que contribui na capacidade das pessoas de lidar com uma
evento de crise. (CAVACO 2010) Em relação a nosso estudo foi aplicada a escala de
esperança de EEH em pacientes com câncer de cabeça e pescoço encontrando uma
media 41,3, desvio padrão 3,1 e mediana 42, mínimo 25 e máximo de 47 dessa forma
é possível observar os altos níveis de esperança, o que concorda com a literatura.
No entanto uma pesquisa identificou a presencia de esperança e
depressão no paciente oncológico em tratamento com quimioterapia, foram aplicado 3
questionários dentro de eles a escala de esperança de Herth e inventario de beck para
depressão além do perfil sociodemografico, contou com 96 participante a Escala de
Esperança de Herth foi menor no grupo com depressão (média = 39,8 pontos, ± 4,14),
em comparação ao grupo sem depressão (média = 42,89 pontos, ± 4,41) (p = 0, 0017
*). Os pacientes que referiram prática de religião alternativa uma média de escore de
esperança maior (média = 42,22, ± 4,71) em comparação com o grupo não praticante
(média = 39,42; ± 3,74) (p = 0 , 0025), este estudo determinou um nível alto de
esperança e que o nível de instrução e pratica religiosa interferem de forma
significativa, mesmo assim se observou a correlação negativa entre a escala de
esperança e o inventario de beck para depressão. (SCHUSTER et al.2015), os pacientes
oncológicos experimentam grandes mudanças que gera sofrimento emocional e a
esperança ajuda a resolução das dificuldades que eles apresentem, um estudo
transversal em pacientes com câncer no Instituto do Câncer no Hospital de Base de
São José do Rio Preto, foram aplicados os seguentes questionários a Escala de
Ansiedade e Depressão Hospitalar, Escala de Esperança de Hert em 118 pacientes,
obtendo como resultados níveis de esperança com média de 39,6; e os de depressão
5,82 ± 4,12, o que sugere que a esperança pode proteger a pessoas de sintomas
depressivos.
Para a correlação de dos escores de PQH-9 e EEH usados em nosso
estudo o coeficiente de correlação estimado foi igual a -0,14, sem significância
estatística (p=0,275). Cada um dos escores foi correlacionado com as variáveis
quantitativas idade, renda mensal individual e familiar, e categóricas sexo feminino,
masculino, religião (Católica, Evangélica, outras) e as variáveis do estado civil (solteiro,
divorciado, viúvo, casado, união consensual), aposentado, histórico de doença de
depressão, diagnostico atual do câncer, sentimentos na pandemia,(medo como
sentimento na pandemia, outros sentimentos tranquilidade e acreditar em Deus), e
tratamento atual do câncer, demonstrou que não tiveram significância estatística.
Entrando a significância estatística de nosso estudo se destacou em na associação das
variáveis esperança com o numero de filhos obtendo uma media 42,1 e desvio padrão
2,4, e uma mediana 42,5, mínima 36 e máximo 45, com o valor de p= 0,034 concluindo
que os pacientes que têm mais de 3 filhos tem maior esperança, também foi possível
perceber a significância estatísticas entre a associação da variável escolaridade com o
PHQ-9 obtendo no ensino fundamental incompleto uma média 6,0 e desvio padrão 4,4
mediana de 6, mínimo de 0, máximo de 18, e no ensino Médio incompleto e completo
uma média 5,6, e desvio padrão 5.7, mediana de 4, mínimo de 0 máximo de 24, e
ensino superior incompleto e completo com media 13,0 e desvio padrão 4,3, mediana
de 12, e um mínimo de 9, máximo de 18 e finalmente o valor de P= 0,019, concluindo
que quanto maior e o nível de escolaridade maior é o nível de depressão, e na
associação da variável afastado para tratamento com PHQ-9, foi possível observar
uma media 10,0 ± 4,9 e mediana 9 (3 – 18), obtendo o valor de p=0,034 o que
demonstra a significância e é possível concluir que o afastamento durante o tratamento
oncológico afeta psicologicamente a o paciente observando-se maior nível de
depressão em esses pacientes, outras das variável que se destacou foi o tratamento da
depressão com o escore PHQ-9, há diferença significativa entre nenhum tratamento e
tratamento com psicoterapia obtendo o valor de p=0,033 e há diferença significativa
entre psicoterapia e psicotrópico obtendo o valor de p= 0,022, e a relação de nenhum,
psicotrópico e psicoterapia com o PHQ-9 o valor de p= 0.018, o que conclui que os
pacientes com nenhum tipo de tratamento tem maior nível de depressão ao igual os
que estão só com tratamento com psicoterapia.
6. CONCLUSÃO

o câncer de cabeça e pescoço é uma doença cientificamente complexa


em comparação com outro tipo de câncer por sua localização e comprometimento
anatómico, pode afetar as ações básicas como deglutir, falar, o que repercute na
autoestima, gerando inseguridade, já que sua face na maioria dos casos e afetada,
além do medo da morte por o diagnostico e tratamento; Somado a isso, a pandemia do
covid 19 e o isolamento social gera mais sobrecarga emocional devido à incerteza, sua
exposição a maior risco na hora de receber o tratamento desencadeia mais
desequilíbrio emocional.
A depressão é comum no câncer por as grande mudanças da doença, e
interfere na qualidade de vida do paciente, a esperança vem como uma luz que acende
a escuridão, em causas perdidas é uma razão para vencer, e é que todos nós
precisamos dessa magia para sobreviver.
Neste pesquisa foi avaliado os níveis de esperança através da escala da
esperança de Herth (EEH) e depressão pelo PHQ-9 em pacientes com câncer de
cabeça e pescoço na pandemia do covid-19, estes escores foram correlacionado com
dados sociodemografico, tendo em vista os aspetos abordados é possível observar
níveis elevados de esperança, e níveis baixos de depressão em estes pacientes,
mesmo assim o estudo revelou que os pacientes com filhos apresentam maior nível de
esperança, o que destaca a influencia de uma força interna mediada pelo amor,
também demonstrou como as pessoas com mais nível de escolaridade apresentam
maior depressão, o qual pode acontecer pelas frustrações e demandas internas que
cada indivíduo desenvolve por ser cada dia melhor, e os pacientes que tiveram que
deixar o emprego para receber o tratamento apresentaram níveis elevados de
depressão, as mudanças repentinas desenvolvem alterações emocionais, e os
pacientes que não recebem nenhum tratamento de depressão e os que só recebem
psicoterapia tem maior níveis de depressão que os que estão tratado com
psicotrópicos, a importância do tratamento da depressão determina uma melhor
qualidade de vida.
O presente estudo pode ser relevante para aprimorar a prática dos
profissionais envolvidos com pacientes oncológico em tratamento com quimioterapia e
radioterapia, e destaca a importância das dimensões da esperança na qualidade de
vida como ferramenta para encarar a doença e se proteger de sintomas depressivos
este estudo permitio corroborar que quanto maior é o nível de esperança menor e nível
de depressão.
REFERÊNCIAS colocar nas normas da ABNT/UFPR – conferir todas…se estão
citadas no corpo do manuscrito corretamente e aqui nas referências

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APENDICE A conferir todos na sequência que aparece no manuscrito

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

1. Vimos, respeitosamente, por meio do presente documento, convidá-lo(a) a participar da pesquisa


intitulada: Avaliação dos indicadores de depressão e esperança em pacientes com câncer de cabeça e
pescoço na cavidade oral e laringe em estadiamento T1 a T4 (a ou b), em tratamento.

2. Caso você aceite participar da pesquisa, será necessário participar de uma entrevista, que será
realizada pela pesquisadora Mercedes Nohely Rodríguez Torrealba, em local reservado no Hospital
Erasto Gaertner (ambiente que você possa se sentir confortável e poderá permanecer com seu
acompanhante ou profissional da instituição, caso seja o seu desejo), em data e horário que melhor lhe
convier, agendado previamente;

3. Nessa entrevista será perguntado a você sobre seus dados pessoais e de vida, do processo de
adoecimento e tratamento. E, também será utilizado dois questionários, o primeiro chamado
Questionário de Saúde do Paciente, que em inglês é chamado Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9),
são perguntas de como você se sente nas últimas duas semanas; e o questionário chamado Escala de
Esperança Herth, com afirmativas de como você se sente frente a esperança;

4. O tempo de duração da entrevista será aberto, não sendo estabelecido um tempo máximo e você
também poderá responder as perguntas que desejar e terá liberdade para fazer perguntas a Mercedes
Nohely Rodríguez Torrealba, no momento que achar necessário;

5. A princípio a pesquisa não acarretará riscos ou danos a você, contudo, poderá ocasionar sentimento
de desconforto, pelas lembranças. Caso ocorra desorganização emocional serão respeitadas as
expressões de suas emoções e encerrada a entrevista naquele dia ou transferida em comum acordo com
você se for necessário; e, também, será assegurado o encaminhamento ao Serviço de Psicologia ofertado
no Hospital;

6. A pesquisa não trará benefícios diretos a você, mas contribuirá para se conhecer como a pessoa em
tratamento nesse hospital se sente em relação a momentos de esperança ou se vivencia sintomas
depressivos;

7. Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para
esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador é a Profª Drª Nen Nalú Alves das Mercês,
tem o endereço institucional: Av. Lothario Meissner, 632 - Bloco Didático II - 4º andar Jardim Botânico
- Curitiba/PR CEP: 80210-170 (Campi Jardim Botânico, da Universidade Federal do Paraná), Celular:
(41) 99961-4408. A pesquisadora mestranda Mercedes Nohely Rodríguez Torrealba tem o endereço
institucional: Av. Lothario Meissner, 632 - Bloco Didático II - 3º andar Jardim Botânico - Curitiba/PR
CEP: 80210-170 (Campi Jardim Botânico, da Universidade Federal do Paraná), celular (41) 9596-8722.
Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP), no Hospital Erasto Gaertner– R Dr. Ovande do Amaral, 201. – Bairro
Jardim das Américas – Fone: (41) 3361-5271;

8. É garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do


estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade de seu tratamento na Instituição;

9. O direito de confidencialidade das informações obtidas estará garantido e a análise dos dados será
realizada em conjunto com outros pacientes, não sendo divulgado a identificação de nenhum paciente;

10. O direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais da pesquisa, ou de resultados que
sejam do conhecimento dos pesquisadores, será mantido;
11. Afirmamos que não há despesas pessoais para você em qualquer fase do estudo. Também não há
compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será
absorvida pelo orçamento da pesquisa;

12. Asseguramos que os dados coletados serão utilizados somente para esta pesquisa. Essa pesquisa
resultará em uma dissertação de mestrado em enfermagem, e será apresentada em eventos científicos da
área da saúde e publicado em revistas científicas da área da saúde, e estarão à sua disposição.

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para
mim, descrevendo o estudo, “Avaliação dos indicadores de depressão e esperança em pacientes com
câncer de cabeça e pescoço na cavidade oral e laringe em estadiamento T1 a T4 a ou b, em tratamento.
Eu discuti com Mercedes Nohely Rodríguez Torrealba sobre a minha decisão em participar nesse
estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem
realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos
permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do
acesso a tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo
e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades
ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste
Hospital.

__________________________________
Assinatura do paciente/representante legal Data / /_

__________________________________
Data / /_
Assinatura da testemunha

__________________________________
Assinatura do Pesquisador Data / /
APÊNDICE B

PERFIL SOCIODEMOGRÁFIO E CLÍNICO DO PACIENTE COM CÂNCER DE


CABEÇA E PESCOÇO NA CAVIDADE ORAL E LARINGE
Código de identificação do participante
Unidade ambulatoria ou Internação
Data de atendimento ou internação
Data de Entrevista
1.DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS
Nome completo: Idade:

Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Cidade de Origem :

Cor de pele: Nº de Filhos:

Escolaridade : Religião:
Não possuo religião / não acredito em Deus ( )
Não frequentou a escola ( ) Acredito em Deus , mas não sigo nenhuma religião ( )
Católico ( )
Ensino fundamental Incompleto ( ) Evangélico ( )
Espirita ( )
Ensino fundamental completo( ) Outro ( ) Quals?________________

Ensino Médio incompleto ( )

Universitário incompleto ( )

universitário completo ( )
Estado civil: Ocupação laboral /profissão:

Solteiro(a) ( ) Local onde trabalha:

Casado(a) ( ) Cargo/ função :

União consensual ( ) Afastado para tratamento, desde:


Invalidez/tempo de serviço:
Divorciado(a) ( ) Renda mensal individual:

Viúvo(a) ( ) Renda familiar:

Aposentado: ___/____/____
Outro(a) ( )Qual? ________________
Endereço Residencial: Avenida/Rua: Cep:

Nº : Complemento:

Bairro: Cidade:

Estado: Tel ( ): Cel ( ):

E-mail:

2. DADOS CLÍNICOS
Histórico da Doença de depressão: Histórico da Doença de câncer :
SIM ( ) NÃO ( )
Diagnostico: Diagnóstico atual do câncer :
Data do Diagnóstico:
Tratamento da depressão: Estadiamento (TNM):
psicoterapia ( )
Psicotrópico ( ) Fase da doença:
1ª remissão ( )
2ª remissão ( )
Em relação a pandemia : 1ª recidiva ( )
Resistente ( )
como você está se sentindo Não se aplica ( )
angustia ( )
medo ( )
ansiedade ( )
stress ( )
tristeza ( )
outros ( ) ________________

o que mudo na sua vida depois da pandemia?

Tratamento prévio:
( ) Quimioterapia ( ) Quimio + Rádio ( ) Quimio, radio e cirurgia ( ) Quimio e cirurgia ( ) cirurgia + radio
( ) apenas tratamento sintomático ( ) cuidados Paliativos ( ) Outros _______________
Tratamento atual:
( ) Quimioterapia ( ) Quimio + Rádio ( ) Quimio, radio e cirurgia ( ) Quimio e cirurgia ( ) cirurgia + radio
( ) apenas tratamento sintomático ( ) cuidados Paliativos ( ) Outros_ ___________
ANEXO 1
Versão em português do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9)
Agora vamos falar sobre como o(a) sr.(a) tem se sentido nas últimas duas semanas:
(0) (1) (2) (3)
Nenhum Menos de Uma semana Quase todos
dia uma semana ou mais os dias
1) Nas últimas duas semanas, quantos
dias o(a) Sr.(a) teve pouco interesse ou
pouco prazer em fazer as coisas?
2) Nas últimas duas semanas, quantos
dias o(a) Sr.(a) se sentiu para baixo,
deprimido(a) ou sem perspectiva?

3) Nas últimas duas semanas, quantos


dias o(a) Sr.(a) teve dificuldade para
pegar no sono ou permanecer dormindo
ou dormiu mais do que de costume?

4) Nas últimas duas semanas, quantos


dias o(a) Sr.(a ) se sentiu cansado(a) ou
com pouca energia?

5) Nas últimas duas semanas, quantos


dias o(a) Sr.(a) teve falta de apetite ou
comeu demais?

6) Nas últimas duas semanas, quantos


dias o(a) Sr.(a ) se sentiu mal consigo
mesmo(a) ou achou que é um fracasso ou
que decepcionou sua família ou a você
mesmo(a)?
7) Nas últimas duas semanas, quantos
dias o(a) Sr.(a) teve dificuldade para se
concentrar nas coisas (como ler o jornal
ou ver televisão)?

8) Nas últimas duas semanas, quantos


dias o(a) sr.(a) teve lentidão para se
movimentar ou falar (a ponto das outras
pessoas perceberem), ou ao contrário,
esteve tão agitado(a) que você ficava
andando de um lado para o outro mais do
que de costume?
9) Nas últimas duas semanas, quantos
dias o(a) sr.(a) pensou em se ferir de
alguma maneira ou que seria melhor estar
morto(a)?

10) Considerando as últimas duas


semanas, os sintomas anteriores lhe
causaram algum tipo de dificuldade para
trabalhar ou estudar ou tomar conta das
coisas em casa
ou para se relacionar com as pessoas?

FONTE: (SANTOS, 2013)


ANEXO 2
ESCALA DE ESPERANÇA DE HERTH (EEH)
Várias afirmações estão abaixo enumeradas. Leia cada afirmação e coloque
um [X] na coluna que descreve o quanto você concorda com esta afirmação
neste momento.
(1) (2) (3) (4)
Discordo Discordo. Concordo Concordo
completamente completament
e
1. Eu estou otimista quanto a
vida.
2. Eu tenho plano a curto e
longo prazos.
3. Eu me sinto muito
sozinho(a)
4. Eu consigo ver
possibilidade em meio as
dificuldades.
5. Eu tenho uma fé que
conforta
6. Eu tenho medo do meu
futuro.
7. Eu posso me lembrar de
tempos felizes e prazerosos.
8. Eu me sinto muito forte.
9. Eu me sinto capaz de dar e
receber afeto/amor.
10. Eu sei onda eu quero ir.
11. Eu acredito no valor de
cada dia.
12. Eu sinto que minha vida
tem valor e utilidade.

FONTE: (SARTORE, 2007)


ANEXO 3
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP está faltando a 1ª folha está repetida essa

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