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J Daniels
RELAÇÕES
MORTAIS
PREMEDITATED MARRIAGE
2002
Sinopse
Charlotte Larkin não tinha nascido para amar e nem para ser amada. De
alguma forma, fora amaldiçoada e todos os homens que se aproximavam dela
acabavam mortos...
E ela era a principal suspeita.
Gus Riley, um autor de thríllers sobre mulheres assassinas, decide
investigar a vida de Charlie e se muda para Utopia, a cidade onde ela mora.
Gus logo se sente atraído por Charlie. E embora seu coração diga que ela é
inocente, a razão o alerta para que não se deixe enganar.
Ainda assim, tornar-se amante de Charlie parece ser o melhor caminho para
descobrir se ela realmente é a assassina, ou se há mais alguém interessado em
incriminá-la.
Prólogo
FIM DE SETEMBRO
A cálida lua cheia de outono refletia seu brilho no lago e os jovens amantes
estavam na água ainda aquecida pelo verão, nus, banhados até a cintura. Perto dali,
escondida na escuridão dos pinheiros, uma pessoa solitária os observava e tentava
decidir se deveria matá-los logo ou esperar.
Eles não deveriam estar aqui.
Nunca mais ninguém passou pela estrada coberta por ervas daninhas que
leva ao lago Freeze Out. Não depois de todas as tragédias. Ninguém era tolo o
suficiente de chegar perto desse lugar tarde da noite – quanto mais nadar na sinistra
água escura.
Exceto esses dois.
Eles começaram a se acariciar, as bocas famintas e as mãos correndo pelos
corpos molhados refletindo a luz da lua, os musculosos ombros do rapaz e os seios
fartos e alvos da moça moviam-se na água.
Ele a seduzia em uma espécie de brincadeira sensual em que mergulhava,
fazendo-a dar risinhos e fingir que lutava contra ele, o que os afastava cada vez
mais da margem. O nível de água do lago estava baixo – mais baixo do que
estivera em anos graças à recente estiagem, deixando-o perigosamente raso.
O rapaz nadou para longe, convidando-a a segui-lo enquanto mergulhava.
Já um pouco distante da margem, ele desapareceu embaixo d'água e a moça passou
a nadar mais lentamente como se pressentindo o perigo.
De repente, ele voltou à superfície como um boto e, com a voz trêmula,
falou: – Ei, tem alguma coisa aqui! – O que é? – Ela parou de nadar. Deixá-los
viver não era mais uma opção.
– O que é? – perguntou a moça novamente, com a voz preocupada.
– Não sei – respondeu assustado com a voz aumentando, ecoando na
barreira de árvores que rodeava o pequeno e distante lago. – O que quer que seja,
estou em pé em uma parte dele.
Selando seu destino, ele desapareceu embaixo d'água.
Ela continuava batendo as pernas para se manter à tona, sua atenção no
lugar onde o rapaz desaparecera, aparentemente inconsciente do movimento nas
árvores atrás dela. Um galho quebrou entre as ervas daninhas.
Ela virou a cabeça abruptamente, o olhar amedrontado fixo em um ponto
nas árvores como se tivesse visto algo se movendo na escuridão vindo na direção
deles.
O ruído de um carro se afastando a distraiu por um instante, mas o
suficiente para que quando olhasse de novo ficasse evidente que não via mais
movimento algum. Pela expressão de seu rosto, porém, estava evidente que vira
algo. Talvez o vulto de uma pessoa em pé nas sombras dos pinheiros na margem
banhada pelo luar. Ou talvez apenas o brilho da lâmina afiada de uma faca.
Inesperadamente, a cabeça do rapaz saiu de dentro d'água espirrando gotas
prateadas. Começou a nadar freneticamente em direção à margem e às roupas,
tiradas de modo tão descuidado mais cedo.
– O que houve? – perguntou ela quase chorando. – O que tem lá? – Saia da
água! – gritou ele, com o rosto estampado de horror enquanto batia os braços e as
pernas, nadando loucamente para a margem, para onde ingenuamente achava que
estaria seguro.
O som do motor ficou mais alto. Alguém estava passando pela estrada do
lago. Luzes piscaram através dos galhos escuros, um segundo antes de uma
caminhonete aparecer e parar na beira da água.
– Meu Deus, é o meu pai! – A moça prendeu a respiração, ainda estava
longe da margem e de suas roupas; não tinha saída, e estava nua como viera ao
mundo.
A lua implacável a iluminava quando tinha água e problemas até o
pescoço. Mas não sabia o quanto estava encrencada até seu pai aparecer.
Ele saiu da caminhonete com uma espingarda nas mãos, enquanto
praguejava contra eles.
Mas o rapaz parecia não notar a arma nem a própria nudez ao sair da água,
falando sobre um carro no meio do lago, e um corpo.
Nas sombras escuras dos pinheiros, a lâmina da faca brilhou por um
instante antes de voltar para a bainha. Pela manhã, a polícia já teria tirado o carro
do lago e descoberto atrás do volante o que sobrara do corpo espancado. Nada
podia ser feito sobre isso agora.
Capítulo 1
INÍCIO DE OUTUBRO
FIM
Digitalização: Marina Campos Revisão: Karen Fiori
Digitalização
Marina Campos
Revisão
Karen Fiori
Formatação .ePub
2013
Table of Contents
Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Epílogo