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Paula Eusébio Conrado

Superfícies Quádricas Centradas

(Licenciatura Em ensino de Matemática)

Universidade Rovuma
Lichinga
2019

Paula Eusébio Conrado


Trabalho Cientifico apresentado ao
departamento de Ciências Naturais e
Matemática, extensão de Niassa, para
fins avaliativos.
Msc: Vital Napapacha.

Universidade Rovuma

Lichinga
2019

Índice
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
1.1. SUPERFÍCIES QUÁDRICAS CENTRADAS................................................................5
1.1.2. ELIPSOIDE..................................................................................................................6
1.2.1. HIPERBOLOIDE DE UMA FOLHA.........................................................................7
1.2.2. HIPERBOLÓIDE DE DUAS FOLHAS......................................................................8
1.2.3. PARABOLOIDES.......................................................................................................9
1.2.4. PARABOLOIDE ELÍPTICO....................................................................................10
1.2.5. PARABOLOIDE HIPERBÓLICO...........................................................................11
1.2.6. CONE ELÍPTICO......................................................................................................12
1.3.7. SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS.................................................................................14
1.3.8. CONCLUSÃO...........................................................................................................14
1.3.9. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................16
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1. Introdução

Este trabalho tem o intuito de apresentar informações sobre as superfícies quádricas como:
Elipsóide, Esfera e Cilindro. Estas informações serão uma visão geral e superficial da
Geometria Analítica de acordo com as minhas pesquisas.

O presente trabalho esta organizado em títulos e subtítulos para facilitar a compreensão e


apresentar alguns objectivos a saber: Geral e Especifico.

Geral:

 Analisar a equação geral das superfícies quádricas.


Especifico:
 Identificar a origem da palavra álgebra.
 Reconhecer todo problema que se pode converter em um calculo que provavelmente
utilizara da geometria analítica.
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1.1. Superfícies Quádricas Centradas

O gráfico de uma equação de segundo grau nas variáveis x,y e z da forma

Ax2 + By2 + Cz2 + Dxy + Exz + Fyz + Gx + Hy + Iz + J = 0,

com A,B,C,D,E,F,G,H,I e J constantes reais, é chamada uma superfície quadrica.

Para visualizar, reconhecer e traçar o gráfico destas superfícies usamos uma técnica que
envolve a determinação dos traços e seções da superfície.

Os traços de uma superfície são as curvas de interseção da superfície com os planos


coordenados xy (z = 0), xz (y = 0) e yz (x = 0).

As seções de uma superfície são as curvas de interseção da superfície com os planos


paralelos aos planos coordenados, ou seja, com planos x = k, y = k ou z = k, onde k ´e uma
constante real não nula.

Uma superfície quadrica dada por uma equação da forma

onde a,b,c são constantes positivas, é chamada uma quadrica central.

As superfícies quadricas centrais são classificadas do seguinte modo:

(i) Se os três sinais do lado esquerdo da equação (1) são positivos, a superfície é
chamada elipsoide.

(ii) Se apenas um dos sinais do lado esquerdo da equação (1) ´e negativo, a superfície é
chamada hiperboloide de uma folha.

(iii) Se dois sinais do lado esquerdo da equação (1) são negativos e o outro é positivo, a
superfície é chamada hiperboloide de duas folhas.

As justificativas para tais nomes são dadas a seguir.


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1.1.2. ELIPSOIDE

O elipsoide é uma superfície regular determinada pela rotação de uma elipse em volta de seu
eixo menor formando uma Superfície Elipsoidal. A mesma é determinada pela equação:

Considere o elipsoide de equação:

, com a,b,c > 0.

Os traços do elipsoide nos planos coordenados são:

1. No plano xy (z = 0) temos:

, (elipse). (2)
2.No plano xz (y = 0) temos:

, (elipse). (3)
3.No plano yz (x = 0) temos:

, (elipse).

A seção do elipsoide no plano z = k 6= 0, possui equação da forma

.
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(i) Se |k| < c, (c2 − k2)/c2 > 0,

e a seção é uma elipse.

(ii) Se |k| > c, (c2 − k2)/c2 < 0,

e a seção é o conjunto vazio.

(iii) Se |k| = c, (c2 − k2)/c2 = 0,

= 0 e a seção é o ponto (0,0,k).

De modo análogo, podemos obter as seções do elipsoide nos planos x = k e y = k.


Observação: Considere um elipsoide de equação

, com a,b,c > 0.

Se a = b = c temos uma esfera centrada na origem e raio r = a.

A equação de uma esfera S de centro em C(x0,y0,z0) e raio r é obtida da seguinte forma:

1.2.1. HIPERBOLOIDE DE UMA FOLHA

Supondo que apenas o termo envolvendo z2 seja negativo, temos a equação:

, com a,b,c > 0.

Os traços deste hiperboloide nos planos coordenados são:

(1) No plano xy (z = 0) temos:

, (elipse).
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(2) No plano xz (y = 0) temos:

, (hipérbole). (3)
No plano yz (x = 0) temos:

, (hipérbole).

A seguir as seções do hiperboloide de uma folha.

(1) No plano z = k 6= 0, temos

e a seção é uma elipse.

1.2.2. HIPERBOLÓIDE DE DUAS FOLHAS

Supondo que apenas os termos envolvendo x2 e z2 possuam sinais negativos, temos a equação:

, com a,b,c > 0.

Os traços deste hiperboloide nos planos coordenados são:

(1) No plano xy (z = 0) temos:

, (hipérbole com focos no eixo y).

(2) No plano xz (y = 0) temos:


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, (conjunto vazio).

(3) No plano yz (x = 0) temos:

, (hipérbole com focos no eixo y).

A seguir as seções do hiperboloide de duas folhas.

(1) No plano z = k 6= 0, temos

e a seção é uma hipérbole com focos no eixo y.


x = k 6= 0, temos

e a seção é uma hipérbole com focos no eixo y.

(2) No plano y = k 6= 0, temos:

 Se |k| < b, (b2 −k2)/b2 > 0 e a curva dada pela equação (3) é um conjunto vazio.
 Se |k| > b, (b2 − k2)/b2 < 0 e a curva dada pela equação (3) é uma elipse.
 Se |k| = b, (b2 − k2)/b2 = 0 e a curva dada pela equação (3) é o ponto (0,k,0).
1.2.3. PARABOLOIDES

Consideremos uma superfície quadrica cuja equação padrão tem uma das seguintes formas:

ou ou
onde a,b e c são constantes positivas.

Se os sinais do lado esquerdo destas equações são iguais, a superfície é chamada um


paraboloide elíptico. Se os sinais forem diferentes teremos uma superfície chamada
paraboloide hiperbólico (ou sela de cavalo).
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1.2.4. PARABOLOIDE ELÍPTICO

Suponha, por exemplo, que o paraboloide tenha equação

com a,b > 0.

Os traços nos planos coordenados são:

1. No plano xy (z = 0) temos :

, que é o ponto (0,0,0).

2. No plano xz (y = 0) temos:

, (parábola).
3. No plano yz (x = 0) temos:

, (parábola).

A seguir as seções do paraboloide elíptico.

(1) No plano x = k 6= 0, temos

(parábola).

(2) No plano y = k 6= 0, temos

(parábola).

(3) No plano z = k 6= 0, temos:

(i) Se k > 0 a curva dada pela equação (4) é uma elipse.

(ii) Se k < 0 a curva dada pela equação (4) é um conjunto vazio.


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b b
y

1.2.5. PARABOLOIDE HIPERBÓLICO

Suponha, por exemplo, que o paraboloide hiperbólico tenha equação

com a,b > 0.

Os traços nos planos coordenados são:

1. No plano x = 0 temos:

, (parábola).

2. No plano y = 0 temos:

, (parábola).

3. No plano z = 0 temos:

,
que é um par de retas concorrentes cujas equações são y = (b/a)x e y = −(b/a)x.

A seguir as secções do paraboloide hiperbólico.

(1) No plano x = k 6= 0, temos

(parábola).
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(2) No plano y = k 6= 0, temos

(parábola).

(3) No plano z = k 6= 0, temos:

(i) Se k > 0 a curva dada pela equação (5) é uma hipérbole com focos no eixo y.

(ii) Se k < 0 a curva dada pela equação (5) é uma hipérbole com focos no eixo x.

1.2.6. CONE ELÍPTICO

Uma superfície quadrica cuja equação padrão é da forma

ou ou ,

onde a,b e c são constantes positivas, é chamada cone elíptico.

A seguir vamos determinar os traços e as secções do cone elíptico de equação

, com a,b > 0.

(i) No plano x = 0 temos:

(par de retas concorrentes).


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(ii) No plano y = 0 temos:

(par de retas concorrentes).

(iii) No plano z = 0 temos:

,
que é o ponto (0,0,0).

A seguir as secções do cone elíptico dado pela equação (6).

(1) No plano x = k 6= 0, temos

(hipérbole).

(2) No plano y = k 6= 0, temos

(hipérbole).

(3) No plano z = k 6= 0, temos:

(elipse).

Observação: Se na equação (6) a = b, o cone é chamado circular.

Exemplos: Identifique as superfícies a seguir, determinando os traços e seções. Se a


superfície for uma esfera determinar o centro e o raio.

1. 4x2 + 8x + y2 − 2y + z2 − z = 55.

2. 4x2 + 8x + 4y2 − 8y + 4z2 − 4z = 16.

3. 3x2 + 4y2 + 9z2 = 25. 4. x2 − 16y2 + 25z2 = 4.


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1.3.7. SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS

Um cilindro é uma superfície gerada por uma recta L, chamada geratriz do cilindro, que se
move ao longo de uma curva plana C, chamada diretriz, de modo que a recta L permanece a
uma recta fixa não situada ao plano da curva.
Consideremos o problema de encontrar uma equação para um cilindro com direriz C no plano
xy e geratriz paralela ao eixo z.

Suponhamos que C tem equação F(x,y) = 0. Um ponto P(x,y,z) pertence ao cilindro se e


somente se o ponto Q(x,y,0) está em C, isto é, se e somente se as coordenadas x e y de P
satisfazem a equação de C. Logo, a equação do cilindro é F(x,y) = 0, ou seja, a mesma
equação de C.

De acordo com LAY, David C (1999), Uma superfície cilíndrica, ou simplesmente cilindro é
a superfície gerada por uma reta que se move ao longo de uma curva plana, denominada
diretriz, paralelamente a uma reta, denominada geratriz. Quando a geratriz for perpendicular
ao plano que contem a curva diretriz o cilindro é denominado cilindro reto. Se o vetor diretor
da reta g, então o ponto P (x; y; z) est· sobre a superfície S se, e somente se, a reta que passa
por P, paralela ao vetor v intercepta a curva diretriz, os cilindros quádricos são o lugar
tridimensional das equações de segundo grau com duas variáveis, todos os valores atribuídos
satisfazem a função.

Figura 14 - Superfície cilíndrica


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1.3.8. Conclusão

Ao finalizar o trabalho no que diz respeito das quadicas O gráfico de uma equação de
segundo grau nas variáveis x,y e z da forma Ax2 + By2 + Cz2 + Dxy + Exz + Fyz + Gx + Hy + Iz
+ J = 0,com A,B,C,D,E,F,G,H,I e J constantes reais, é chamada uma superfície quadrica.
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1.3.9. Bibliografia

1. LINS, R. C, GIMENEZ, J. Perspectivas em aritméticas e a geometria Analitica.


Campinas: papiros, 2006,7.ed.,176p.
2. FINE, B. and Rosenberger, G., the fundamental theorem of geometria Analitica,
Springer-Verlag, New York, 1997.
3. M. Akivis e V. Goldberg. Introductory Geometria Analitica. Prentice-Hall,1972.

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