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Visualizando a Hiperesfera

Autor: Ebenézer Rangel Botelho Orientador: Prof. Marco A. P. Cabral

UFRJ
Visualizando a Hiperesfera

Autor: Ebenézer Rangel Botelho


Aluno de Informática – IM – UFRJ

Orientador: Prof. Marco A. P. Cabral


Dep. Matemática Aplicada – IM – UFRJ

Resumo: A hiperesfera ( S 3 ) é definida como o lugar geométrico dos


pontos (x,y,z,w) do R 4 que satisfazem a relação x 2 + y 2 + z 2 + w 2 =
r 2 . O objetivo deste trabalho é visualizar S 3 projetando-a em R 3 .
Para tal, procuramos reproduzir o trabalho de Koçak e Laidlaw(1987)
utilizando os modernos recursos computacionais que não haviam na
época.
Seguindo o artigo, introduzimos a função de Hopf, definida de S 3
em S 2 (esfera), que possui uma propriedade notável: A imagem
inversa de um ponto qualquer em S 2 é um círculo em S 3 . Como S 2
pode ser preenchida (folheada) com dois pontos (Polo Norte e Sul), e
uma família de círculos paralelos, utilizando a função de Hopf
podemos preencher (folhear) S 3 com dois círculos excepcionais e
com uma família de toros. Estes toros, conhecidos como toros de
Hopf, estão em R 4 , e para serem visualizados são projetados,
utilizando a projeção estereográfica, em R 3 . Estas projeções de toros
de Hopf podem finalmente ser visualizadas utilizando o computador.

Convenções:
Ao longo deste artigo, estarei utilizando a seguinte notação:
S 1 → Círculo, que vem a ser a “esfera” no R 2 , ou seja, o lugar geométrico dos
pontos que satisfazem a relação x 2 + y 2 = r 2 , onde r é o raio do círculo.
S 2 → Esfera, já conhecida de todos, contida em R 3 , ou seja, o lugar geométrico
dos pontos que satisfazem a relação x 2 + y 2 + z 2 = r 2 , onde r é o raio da esfera.
S 3 → Hiperesfera, que vem a ser a “esfera” no R 4 , ou seja, o lugar geométrico dos
pontos que satisfazem a relação x 2 + y 2 + z 2 + w 2 = r 2 , onde r é o raio da hiperesfera.
Com o intuito de facilitar os cálculos, estaremos considerando sempre raios
unitários (r = 1).

2
Projeção estereográfica:
Uma projeção tem a propriedade de representar um objeto de n dimensões em um
espaço de dimensão m, em que m ≤ n. A projeção estereográfica tem a propriedade de levar
um objeto de n dimensões em um espaço de n-1 dimensões, e é esta projeção que
utilizaremos ao longo deste trabalho.

Estereografia: [De estere(o)- + graf(o)- + -ia.]S.F. 1.Arte de representar os sólidos em um plano.


2.Qualquer dos processos em que a impressão se dá pelo relevo, como p. ex., a tipografia, a estereotipia, a
xilogravura.

A projeção estereográfica consiste em representar a esfera no plano, processo muito


utilizado na elaboração de mapas em que representa-se o globo terrestre em folhas planas.
Existem duas formas de projeção estereográfica: A primeira delas é colocarmos o
centro da esfera na origem dos eixos, e considerarmos o Polo Norte como ponto de
referência de aplicação da projeção: Ligando este polo (ponto (0,0,1)) a um ponto qualquer
do plano xy, interceptaremos um ponto da esfera. Este processo define a projeção
estereográfica que associa a cada ponto da esfera um ponto do plano.

z
Percebe-se que a parte com z negativo fica projetada no interior do círculo de interseção da
esfera com o plano, e que a parte com z positivo fica projetada no exterior deste círculo. O
que pode ser feito é projetar a parte superior pelo Polo Sul e a inferior pelo Polo Norte,
obtendo-se assim dois discos(círculos cheios) representando a esfera.

A segunda delas é colocarmos o Polo Sul na origem e, como no processo anterior,


considerarmos o Polo Norte como ponto de referência de aplicação da projeção e ligarmos
o polo norte a um ponto do plano xy. Define-se a projeção estereográfica da mesma
maneira que a anterior.
Neste trabalho nós preferimos trabalhar com a segunda forma da projeção pois isto
exclui valores negativos de z e, como será visto a posteriori, simplificará na hora de
trabalharmos com a fórmula da projeção estereográfica.
Os métodos aplicados na hiperesfera, com relação a projeção estereográfica e
obtenção de suas fórmulas, serão obtidos por analogia com o caso da esfera.

Observe agora que o polo de aplicação da projeção não se encontra mais em (0,0,1), mas em
(0,0,2).

y
x

3
Dado um ponto (a,b,c) pertencente à esfera, vamos determinar o ponto (x,y) do
plano.

(0,0,2)

(a,b,c) 2 (a,b)
(a, b)
c
(x,y) (x,y)

( x, y )

Observe a figura acima. Aplicando semelhança de triângulos,


2 ( x, y ) 2. (a, b)
= → ( x, y ) = .
2−c ( a, b) 2−c

Por outro lado, claramente o vetor (x,y) possui a mesma direção e sentido que o
( x, y ) 2
vetor (a,b). Logo ∃ λ>0 tal que (x,y) = λ(a,b); portanto =λ= .
( a, b) 2−c

Conclusão:
2  2a 2b 
(x,y) = .(a,b). Portanto (x,y) =  , .
2−c 2−c 2−c

Acabamos de encontrar a fórmula da projeção estereográfica de S 2 no R 2 . Agora,


por analogia, obteremos a fórmula da projeção estereográfica da S 3 no R 3 .
Considerando (a,b,c,d) um ponto qualquer da hiperesfera, e (x,y,z) a sua projeção no
3
R , temos que:
 2a 2b 2c 
(x,y,z) =  , , .
2−d 2−d 2−d 

Vamos encontrar, agora, sua inversa, ou seja: Dado o ponto (x,y) do plano,
queremos o ponto (a,b,c) pertencente à esfera.

Considere R a reta que liga o pólo norte da esfera à um ponto qualquer do plano que
a tangencia no pólo sul(origem dos eixos).

(0,0,2)
R=(0,0,2) + t(x,y,-2) = tx + ty + (2-2t) ∈ S 2
Mas S 2 é definida por a 2 +b 2 + (c-1) 2 =1
(a,b,c) Logo: (tx) 2 + (ty) 2 + ((2-2t)-1) 2 =1
t 2 (x 2 + y 2 + 4) – 4t = 0
4±4 4
(x,y) t= → t1 = 2 ; t 2 = 0.
2( x + y + 4)
2 2
x + y2 + 4

4
Análise de t: Para t=0, temos o Polo Norte, que já era conhecido. Queremos então
4
t= 2 .
x + y2 + 4
Sabemos que (a,b,c) = (tx, ty, 2-2t),

Logo:
 4x 4y 8 
(a,b,c) =  2 , 2 ,2 − 2  .
 x + y 2
+ 4 x + y 2
+ 4 x + y 2
+ 4 

De forma análoga à anterior, dado (x,y,z) do R 3 , queremos o ponto (a,b,c,d)


pertencente à hiperesfera.

Portanto:

 4x 4y 4z 8 
(a,b,c,d) =  , , ,2 − .
 x² + y ² + z + 4 x² + y ² + z + 4 x² + y ² + z + 4
2 2 2
x ² + y ² + z + 4 
2

Entendendo a hiperesfera
De posse destas fórmulas, e das equações de S 2 e S 3 , podemos tirar conclusões
interessantes, que tornam mais claro o entendimento da S 3 . Vamos, como sempre, entender
o resultado desta projeção de S 2 e, por analogia, entender a projeção da S 3 .
Sabemos que a equação de S 2 é definida por x 2 + y 2 + z 2 =1, então considere agora
o primeiro tipo de projeção, ou seja, a esfera está com o centro na origem dos eixos. Se
pararmos para analisar esta esfera, fica óbvio, que o hemisfério norte é a parte com z
positivo, o hemisfério sul é a parte com z negativo. Façamos então esta projeção em duas
etapas: Faremos primeiro na parte positiva de z, ou seja, o intervalo [0,1], e posteriormente
na parte negativa de z, o intervalo [-1,0].
Temos agora: x 2 + y 2 = 1 - z 2 , { z ∈ R / 0 ≤ z ≤ 1}, que nada mais é que a união
de círculos concêntricos cujos raios variam de 0 a 1, o que resulta em um disco (círculo
cheio).
Fazendo o mesmo para a parte negativa de z, teremos outro conjunto de círculos
concêntricos que geram um círculo cheio.

Conclusão: Se considerarmos o plano xy como uma chapa de metal, e fizermos


estas projeções, teremos então uma “moeda”, na qual cada face representa u m hemisfério
da esfera.

z z
Projetando
Z negativo

Z=[0,1]
Z=[-1,0] Projetando
Z positivo
Observe que para projetar o hemisfério norte, utilizamos o Polo Sul, e para projetar o hemisfério sul, utilizamos o Polo Norte

5
Faremos agora o mesmo procedimento com a S 3 . Considere que esta está com o
centro na origem dos eixos, ou seja, (0,0,0,0).
Se tomarmos as mesmas considerações feitas para a projeção da S 2 , perceberemos
que a parte de S 3 que se encontra em w positivo, onde w é o quarto eixo de coordenadas,
representa o “hemisfério” norte da S 3 , e que a parte da mesma que se encontra em w
negativo, representa seu “hemisfério” sul. Faremos a projeção em duas etapas:
Trabalharemos primeiro com a parte positiva de w e posteriormente com sua parte negativa,
ou seja, os intervalos [0,1] e [-1,0] respectivamente.
2
Temos agora: x 2 + y 2 + z = 1 - w 2 ,{ w ∈ R / 0 ≤ w ≤ 1}, que nada mais é que a
união de esferas concêntricas cujos raios variam de 0 a 1, o que resulta em uma bola (esfera
cheia).
Fazendo o mesmo para a parte negativa de w, teremos outro conjunto de esferas
concêntricas que geram uma outra bola (esfera cheia).

Conclusão: Se considerarmos o espaço xyz e fizermos estas projeções, teremos


então duas “bolas” concêntricas, na qual cada uma represen ta um hemisfério da hiperesfera.

A função de Hopf:
Para que se entenda a função de Hopf, começaremos por uma analogia.
Considere a função p : S 3 → [−1,1] ( S 2 com centro na origem), p ( x, y, a ) = a :

.
S2 p
a

-1
-
1
Para entender esta aplicação, considere uma esfera ao lado de um segmento de reta e
um plano que intercepta os dois: Perceberemos que o ponto determinado pela interseção
deste segmento com o plano tem “ligação” com o círculo determinado pela interseção deste
plano com a esfera.

Conclusões: p −1 (1) = Polo Norte


p −1 (-1) = Polo Sul
p −1 (0) = Equador
p −1 (a) = Círculo ∀ a ∈ (-1,1)
S 2 = ∪ p −1 [-1,1] = ∪ (Círculos e 2 pólos).
Portanto S 2 pode ser preenchida (folheada) com dois pontos (Polo Norte e Sul), e
uma família de círculos paralelos.

Introduzida por H. Hopf em 1931, a função de Hopf (h) é definida de S 3 em S 2


( )
h : S 3 → S 2 , sobrejetiva, e possui a propriedade fundamental de levar um círculo da S 3
em um ponto na S 2 . Portanto dado um ponto na S 2 , aplicada a inversa da função Hopf,
teremos um círculo da S 3 .

6
Se considerarmos um círculo de S 2 , teremos como inversa em S 3 , um círculo que
gira em torno de outro círculo, ou seja, um toro.

S3
S2
.
? h
?
? a
?
? ? S1
?

Conclusões: h −1 (Polo Norte) = Círculo


−1
h (a) = Círculo ∀ a ∈ S 2
h −1 ( S 1 ) = Toro ∀ S 1 ⊂ S 2
S 3 = ∪ h −1 ( S 2 ) = ∪ (Toros e 2 Círculos) = ∪ h −1 (Círculos e 2 pólos).
Portanto S 3 pode ser preenchida (folheada) com dois círculos excepcionais e com
uma família de toros.

Definição de Hopf: Considere (a,b,c,d) um ponto qualquer pertencente à S 3 ,


contida em R 4 , cujas coordenadas do centro são (0,0,0,0), e (x,y,z) sua imagem em S 2 ,
contida em R 3 , após aplicação da função de Hopf. A função é definida por:

x = 2 (ab + cd)
y = 2 (ad – bc)
z = (a 2 + c 2 ) - (b 2 + d 2 ).

Mas como foi dito no início, nós preferimos trabalhar com S 2 centrada em (0,0,1) e
S 3 centrada em (0,0,0,1), portanto temos as equações de S 2 e S 3 na forma x 2 + y 2 + (z-
1) 2 = 1 e x 2 + y 2 + z 2 + (w-1) 2 = 1 respectivamente, e para que a função de Hopf (que as
considera centradas na origem) se adeqüe ao modelo de projeção proposto, teremos que
substituir z por z-1 e w por w-1 na função, e teremos agora:

x = 2 (ab + c(d-1))
y = 2 (a(d-1) – bc)
z = (a 2 + c 2 ) - (b 2 + (d-1) 2 ) + 1.

Observação: É importante que fique claro que a aplicação da função de Hopf e a


aplicação da projeção estereográfica aos pontos da S 3 têm resultados bem distintos:

S 3  → Casca da esfera (esfera oca)


Hopf

S  → Esfera cheia.


3 Pr oj .ester .

7
Introduzindo a notação

Projeção estereográfica π1 : S 2 → R2 ,
Projeção estereográfica π 2 : S 3 → R3 ,
Função de Hopf h : S3 → S2,

Obteremos o seguinte diagrama:

? ? h
? S3 S2

π2 π1

R3 R2

O que se quer agora, é, dado um ponto do R 2 , obter sua curva no R 4 e projetá-la no


R 3 . Isto é possível, pois sabemos que as projeções π 1 e π 2 levam um ponto de R n em
um ponto de R n −1 , e que a projeção de Hopf leva um círculo em um ponto.
Se no lugar de π 2 colocarmos sua inversa( π 2 ) −1 , poderemos definir a função
F : R 3 → R 2 conforme o diagrama:

? ? h
S3 S2
?

π 2 ) −1
(π π1

R3
F R2

Portanto: F = π 1 ο h ο (π 2 )
−1

Ou seja, teremos uma função F que define, implicitamente, para cada ponto do R²
(x,y) uma curva no R³ resultada da projeção estereográfica de uma parte da hiperesfera.
Do mesmo modo, dada uma curva em R², a função F define, implicitamente, um
“toro” em R³, pois estará girando uma curva ao redor de outra. (Mais precisamente, um
círculo em torno de outro).

8
F( a,b,c,d ) se dá pela composição de ( π 2 ) −1 , h e π1 em uma única função.

 4x 4y 4z 8 
(π 2 )−1 (x, y, z ) = (a,b,c,d) =  , 2 , 2 ,2 − 2 
 x + y + z +4 x + y +z +4 x + y + z +4
2 2 2 2 2 2 2
x + y + 4 
2

h(a, b, c, d ) = (i,j,k) = (2 ( ab + c(d-1), 2 (a(d-1) - bc), (a 2 + c 2 ) - (b 2 + (d-1) 2 ) + 1)

 2i 2j 
π 1 (i, j , k ) = (xx,yy) =  , 
2−k 2−k 

Onde: (a,b,c,d) = Ponto de S 3


(i,j,k) = Ponto de S 2
(xx,yy) = Ponto de R 2
(x,y,z) = Ponto de R 3 definido por ( π 2 ) −1

Houve a necessidade de se trabalhar desta forma (a,b,c,d,i,j,k,xx,yy) para tornar


clara a idéia da composição de F( ), mas agora definiremos o ponto (x,y,z) que é o que
queremos visualizar, de acordo com o ponto (xx,yy) escolhido.

Para:
4x 4y
a= ,b= 2 ,
x + y +z +4
2 2 2
x + y + z2 + 4
2

4z 8
c= ed=2- 2 .
x + y +z +4
2 2 2
x + y + z2 + 4
2

Temos:

i=
(
8 4 xy + zx 2 + zy 2 + z 3 − 4 z ),
(x 2
+ y2 + z2 + 4 )
2

j=
(
8 x 3 + xy 2 + xz 2 − 4 x − 4 yz )e
(x 2
+ y2 + z2 + 4 )
2

k=
(
32 x 2 + z 2 ) .
(x 2
+ y +z +42 2
)
2

9
Onde:

xx =
(
8 4 xy + zx 2 + zy 2 + z 3 − 4 z ) e
x 4 + 2 x 2 y 2 + 2 x 2 z 2 − 8 x 2 + y 4 + 2 y 2 z 2 + 8 y 2 + z 4 − 8 z 2 + 16

yy =
(
8 x 3 + xy 2 + xz 2 − 4 x − 4 yz ) .
x 4 + 2 x 2 y 2 + 2 x 2 z 2 − 8 x 2 + y 4 + 2 y 2 z 2 + 8 y 2 + z 4 − 8 z 2 + 16

Agora basta aplicar xx e yy de acordo com o interesse. Para visualizar um toro, por
exemplo, basta plotar a superfície definida implicitamente por: xx 2 + yy 2 = 1, 2xx 2 +
yy 2 =2, etc.
Para visualizar estes toros, estão abaixo alguns exemplos, que podem ser rodados no
Maple (Utilizei o Maple V Release 5):

> restart;
a:=4*x/(x^2+y^2+z^2+4): #Inversa da projeção estereográfica π 2
b:=4*y/(x^2+y^2+z^2+4):
c:=4*z/(x^2+y^2+z^2+4):
d:=2-8/(x^2+y^2+z^2+4):
i:=simplify(2*(a*b+c*(d-1))): #Função de Hopf
j:=simplify(2*(a*(d-1)-b*c)):
k:=simplify((a^2+c^2)-(b^2+(d-1)^2)+1):
xx:=simplify(2*i/(2-k)): #Projeção estereográfica π1
yy:=simplify(2*j/(2-k)):

Estes comandos declaram as funções que o Maple irá utilizar.


Agora para gerar a figura em 3D, utilizamos o comando implicitplot3d que esboça
funções definidas implicitamente.

with(plots):
setoptions3d(style=PATCHNOGRID,scaling=CONSTRAINED,numpoints=5000):
implicitplot3d({xx=0,xx=-.5,xx=.5},x=-7..7,y=-7..7,z=-7..7);
implicitplot3d(xx^2+yy^2=1,x=-7..7,y=-7..7,z=-7..7);
implicitplot3d({(xx+2)^2+yy^2=1,(xx-2)^2+yy^2=1},x=-7..7,y=-7..7,z=-7..7);
2 2
Mas também podemos determinar os pontos em S , ao invés de R (observe que não
declararei mais a função a ser plotada em função de xx e de yy, mas de i, j e k):

implicitplot3d({i=0,i=-.5,i=.5},x=-7..7,y=-7..7,z=-7..7);
implicitplot3d({k=0,k=-.5,k=.5},x=-7..7,y=-7..7,z=-7..7);
implicitplot3d({k=.1,k=.9},x=-6..6,y=-6..6,z=-6..6);

Para visualizar esta imagem por ângulos diferentes, basta clicar com o mouse sobre
a mesma e arrastá-lo com o botão pressionado.

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Fig 1 Fig 2

Fig 3

Figura 1 e Figura 3 são toros entrelaçados, obtidos pela aplicação de F em três círculos de S 2 , a saber o equador, um círculo
do hemisfério norte e outro do hemisfério sul (contidos em planos paralelos entre si).
Figura 2 são toros concêntricos obtidos pela aplicação de F em três círculos concêntricos do R 2 , a saber xx 2 + yy 2 = 1 ,
xx 2 + yy 2 = 2 e xx + yy = 3
2 2

Bibliografia:

H. Koçak, D. Laidlaw; A view of Hipersphere; The Mathematical Intelligencer;


Springer – Verlag New York – Publishers; Volume 8, Número 3 (1986), Pg. 4

3
H. Koçak, D. Laidlaw; Computer Graphics and the Geometry of S ; The Mathematical
Intelligencer; Springer – Verlag New York – Publishers; Volume 9, Número 1 (1987), Pg. 8-10

J. L. Boldrini, S. I. R. Costa, V. L. Figueiredo, H. G. Wetzler; Álgebra Linear;


3a edição; Editora Harbra Ltda (1986);
Dept. de Mat. da Univ. do Est. de Campinas - UNICAMP

T. Banchoff, J. Wermer; Linear Algebra Through Geometry;


Second edition; Springer – Verlag – Publishers (1991)

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